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5 dias em Buenos Aires com alguns problemas, hermanos prestativos e vontade de voltar. (Fotos)


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Escrevo esse relato meses após minha viagem apenas para dar uma visão diferente das que li por aqui sobre Buenos Aires e os Hermanos. Se não fosse pela boa vontade deles comigo e com o meu azar, eu estaria MUITO ferrada.

Acho que ninguém deve ir pra lá achando que está indo para Europa porque não está. Embora existam cidades muito piores na Europa, você está indo para um país latino-americano. Além disso, a maioria dos brasileiros já vão com um péssimo conceito sobre os argentinos. Assim com aqui, lá existem pessoas mal educadas. Mas não julgue um povo por apenas alguns exemplos.

Eu resolvi viajar quase que de ultima hora. Moro no Rio de Janeiro e minha Família no Espírito Santo. Em junho fui olhar passagens aéreas para passar meu aniversário (Julho) em VItória com meus pais. Por acaso ví um banner no site da TAM com uma promoção para Buenos Aires à R$200,00 mais taxas. Achei muito barato e resolvi ir para lá ao invés de pagar mais caro numa passagem para Vitória. A principio eu viajaria sozinha, mas minha melhor amiga, Betha, (que mora em Vitória) resolveu ir também. Compramos as passagens na primeira quinzena de Junho para viajar em Julho. Eu consegui 5 dias no trabalho. Nada mais que isso.

 

Primeiro dia (que foi só noite)

 

Pegamos um vôo no Rio de Janeiro direto para Buenos Aires. Chegamos em B.A por volta das 22:00 hrs. Estava um leve friozinho, mas foi o suficiente para eu estrear meu casaco fofo de pelinhos no capuz. E eu descobri que tinha esquecido minha bolsa com minha bota e meu outro tênis no Brasil.

Já no desembarque fizemos cambio no banco de La Nacion e fomos procurar um taxi. Primeiro tentamos combinar o preço com um taxista fora do saguão e ele queria nos cobrar 90 pesos para nos levar até o centro. Como já tínhamos visto na plaquinha do guichê do taxi oficial do aeroporto que eram 98 pesos até o mesmo local, preferimos ficar com esse uma vez que eu sou bastante azarada. Contar com o certo nunca é demais principalmente quando tratamos com os taxistas hermanos. Vale adiantar que eu me surpreendi positivamente com o povo dos mullets. Mas isso vocês vão ver mais pra frente.

Fomos felizes e saltitantes tentando conversar com o taxista em portunhol. Ele ria muito e dizia que era melhor falarmos em português que seria melhor para ele entender. Tadinho, nós alugamos MUITO o ouvido dele que só ria e tentava responder nossas perguntas.

Tivemos dificuldade de achar o hostel porque a porta é bem discreta e a numeração também. Mas não podíamos ter escolhido melhor local para ficar. A localização é ótima (apesar de ser no centro e requerer uma atenção maior à noite), a limpeza é impecável e o staff, apesar de ser meio curto e grosso, é deveras prestativo. O hostel é o Obelisco Suítes (http://www.hostelsuites.com) que fica na Corientes, 830, entre o obelisco e a calle Florida.

O elevador não estava funcionando quando chegamos e não apareceu um cavalheiro para subir com nossas mega malas aquela escada infinita. Ah, nós só levamos mala porque íamos ficar pouco tempo e em um só local. Caso contrario é cargueira nas costas. Chegamos à recepção ofegantes e todo mundo que estava na área do bar ficou olhando pra gente. Até que os rapazes perguntaram porque não pedimos ajuda com as malas. Depois que o problema já foi resolvido não adianta dizer que existia outra solução. : )

A atendente mais ranzinza nos levou aos nossos aposentos reais. Fiquei bem satisfeita. Pegamos um quarto duplo com banheiro partilhado. Mas era partilhado com apenas mais dois quartos duplos e estava sempre limpinho e sem cabelos espalhados pelo chão. Eu acho LINDO quando as pessoas zelam pela higiene em espaços partilhados. Se não me engano pagamos uns 80 pesos pelo quarto.

A Betha estava com muito sono e foi dormir. Eu desci para beber uma quilmes e fumar um cigarro. Fumar é uma merd*, MAS, sempre me faz encontrar boas companhias. No local reservado aos fumantes conheci um casal, a Gio e o Ricardo, e duas primas, a Agatha e a Marina, todos brasileiros. Eles comentavam algo sobre um show de rock local no dia seguinte e eu logo venci minha timidez e me meti na conversa. Eu amo musica e não podia perder um show de rock argentino por nada. Perguntei alguns detalhes e a conversa foi se estendendo até altas horas. Lembrei que havia combinado com a Beth de acordar cedo e fui tomar banho para dormir. Nessa noite não estava muito frio, mas para quem mora no Rio de Janeiro, dava pra sentir alguma coisa. No quarto havia um aquecedor bem fajuto, mas que se deixasse ligado por muito tempo funcionava. Mas no banheiro não tinha nada além de uma enorme janela que insistiam em deixar aberta e isso é um ponto negativo já que nós mulheres sentimos muito frio.

 

 

Segundo dia

 

Acordamos 8:30 da manhã, nos arrumamos descemos para toma o café. Eu detesto acordar cedo, mas como eu tinha pouco tempo me comprometi a fazer todo o esforço de acordar sempre que o despertador chamasse.

O café é simples, porém gostoso. Tem pãezinhos salgados e doces, manteiga, geléia, doce de leite em pasta, café (horrível), leite, toddy, sucos (de pó) cereais, iogurte, leite com baunilha e umas frutas bem xoxas. Eu não como quase nenhuma fruta, então fiquei só no pão e cereais com iogurte.

Encontramos os brasileiros e cada um ia pra um canto. Como eles já estavam na cidade há mais tempo já conheciam bem mais que nós. Pegamos umas dicas e saímos a pé mesmo. Eu gosto de conhecer as coisas andando. Às vezes o taxi ou o bus fazem muitas coisas não turísticas passarem despercebidos. Compramos um super-mega-hiper mapa detalhado de B.A (desnecessário daquele tamanho) por 10 pesos e fomos caminhando até a Plaza de Mayo. Descobrimos no caminho que a Calle Florida ficava bem perto do hostel, que haviam quioscos 24 horas espalhados pela região e que cosméticos são bem mais baratos em farmácias argentinas do que em qualquer lugar no Brasil.

Plaza de Mayo é a mesma coisa de sempre. Casa Rosada, um role na praça, fotos, etc. Como chegamos “cedo” pegamos uma praça calma, sem muitos brasileiros. Só uns tios locais dando alimento para os pombos e um tio vendendo café. A casa estava aberta para a visitação e não tinha quase ninguém. Na hora que saímos da praça já havia uma fila enorme para entrar. Não pagamos nada pela visitação.

Resolvemos caminhar pelas redondezas. Não tínhamos noção que Puerto Madero era tão pero dali e acabamos indo para o outro lado. Preciso treinar localização em mapas, porque se eu depender disso para sobreviver já era. Eu fiquei encantada com o visual que a cidade oferece no inverno. É realmente bem europeu. As árvores sem folhas, muito vento e frio. Chegamos ao parque Cólon. Bonitinho mas nada demais. Ao contrário do que muita gente falou, achei a cidade bastante limpa e bem cuidada. Comparando com Rio e São Paulo (que são as bases que eu tenho) estava maravilhosa. Claro que havia locais menos cuidados, com pichações e etc, mas nada surreal como dizem.

Voltamos andando para o hostel com uma parada rápida na Calle Florida. Tomamos um cafezinho na Havanna, compramos um alfajores e fomos deixar bolsas e comprinhas no quarto. Encontramos a Marina e a Agatha e fomos convidadas para assistir ao jogo do Uruguai e Holanda na arena da FIFA que ficava na Plaza San Martin. Eu aceitei na hora. Amo futebol e sou apaixonada pelo Loco Abreu. Não podia perder essa. Como tínhamos pouco tempo para comer optamos pelo Burguer King que era bem próximo e estava relativamente vazio. Os preços são iguais aos daqui. Se houver diferença é pouca.

Voltamos para encontrar nossas novas amigas e fomos para a arena andando.

Eu esperava uma coisa tipo a FIFA fan fest aqui de Copacabana que por azar (meu) foi instalada na frente do meu prédio. Mas fui surpreendida, primeiro, por uma estrutura bem menor mais simples e, depois, pela educação das pessoas. Ninguém assistiu ao jogo em pé. Ninguém ficava conversando assuntos aleatórios durante o jogo. Quase ninguém deixou lixo no chão. E não houve NENHUMA briga ou qualquer indício de confusão. Um exemplo para nós que gostamos de futebol e freqüentamos estádios ou locais do gênero. Mas voltando, o jogo foi ótimo e eu virei uma atração a parte da arena. Com raras exceções, todos que estavam ali torciam pelo Uruguai. Foi só eu falar: “coloca o Loco Abreu que ele resolve” para todos os tios virem conversar comigo. Eu expliquei que era Brasileira e o Loco Abreu jogava no meu time do coração. Aí não sei por que começou a juntar gente querendo tirar foto comigo. Eu sou bastante tímida mas fiquei com vergonha de negar e tirei foto com várias pessoas. Até agora eu não sei se eles acharam que eu era alguém famosa, se gostaram do meu cabelo ou se eu sou muito bonita. E prefiro nem saber se há outra alternativa.

Saímos e fomos tomar um café no Starbucks que fica ao lado da praça. Voltamos para o albergue para tomar banho e seguir para o tal show de rock.

Descansamos um pouco, comemos uns alfajores, tomamos banho e fomos encontrar Marina e Agatha. Não sabíamos que seriamos ciceroneadas por uma argentina fofa, chamada Nadia, que a Agatha conheceu pela internet num fã clube da Julieta Venegas.

Fomos andando, para variar, até o local. Era próximo a Casa Rosada (que se traveste de casa Rosa Choque a noite), porém escondido nas ruelas. O lugar se chama La Trastienda. Compramos os tickets por 25 pesos (nós não tínhamos carteirinha de estudante) e entramos. Eu tomei um susto quando entrei. Havia adolescentes conversando, crianças correndo e adultos sentados em mesas bebendo. Comentei com a Bethania que tínhamos nos ferrado e que provavelmente a banda deveria ser um Restart Hermano. Mas, como já estávamos ali fui beber umas Quilmes com a Marina. Conversamos com a Nadia sobre a banda. Ela garantiu que a banda era muito boa e que ela era fã há muito tempo. Logo o show começou e para a minha surpresa a banda era EXCELENTE. É uma mistura muito louca de rock com música latina, tem uns violinos, umas escaletas e é cantado em espanhol. Não sei explicar, só sei que eu amei e fiquei platonicamente apaixonada pelo vocalista. Todos que estavam ali eram realmente fãs e cantavam todas as musicas com um amor bonito de ver. Até da rodinha de hard core eu participei. Me senti uma adolescente argentina. Ah, o nome da banda é ARBOL. Saímos de lá levemente alcoolizadas, suadas e felizes. Sentimos MUITO frio na rua e mesmo assim fomos andando. Levamos Nadia no ponto de ônibus e esperamos quase uma hora para ele passar. Nós andamos de madrugada pelas ruas da região central e não nos sentimos ameaçadas em momento algum. Vimos alguns moradores de rua, um até nos pediu dinheiro, mas nada que nos assustasse. Estavamos com muita fome e como era tarde não conseguimos achar muita coisa aberta. Comemos numa pizzaria (não me lembro o nome) na Corrientes mesmo. É assustador como os argentinos fumam. E fumam em locais fechados. Eu sou fumante (fumo relativamente pouco) mas me incomodou muito fumaça na minha cara e cheiro de cigarro enquanto eu comia. Alguns locais tem áreas para fumantes mas esse não tinha. A pizza também não era grande coisa, mas valeu pela fome. Comemos uma pizza grande e bebemos 4 garrafinhas de coca e a conta deu 15 pesos para cada (estavamos em quatro). Chegamos ao hostel umas 3:30 da manhã e desmaiamos.

 

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Terceiro Dia

 

Acordamos novamente umas 8:30 com MUITA dificuldade, graças à quantidade de cerveja ingerida na noite anterior. Tomei o banho mais demorado da minha vida e dormi mais um pouco enquanto a Betha tomava o dela. Descemos para tomar café e encontrar o casal de brasileiros e Marina e Agatha que já eram amigas de infância. Tínhamos combinado de ir a San Telmo visitar a feirinha que nos informaram que acontece SOMENTE aos domingos. Só a Gio e o Ricardo estavam de pé. As meninas bodaram de ressaca e só desceram umas 10:30. A Agatha desistiu do passeio para dormir. Então nós comemos e fomos para a rua. Esse dia estava bem frio, 5º no termômetro da Calle Florida. O tempo estava fechado e ventava DEMAIS. Eu que estou acostumada com muito calor achei o cúmulo do frio. Minha boca ficou toda rachada. Convenci o pessoal a pegar um bus para San Telmo, pois seria mais divertido do que entrar num taxi. Perguntamos na banca (bancas são os oráculos de todas as viagens) qual ônibus pegar e fomos. Uma senhora local percebeu que éramos turistas (graças ao meu super mapa) e disse para tomarmos cuidado em San Telmo. Eu não sou muito de dar ouvidos a terrorismo psicológico, mas como eu estava com minha câmera fotográfica de trabalho fiquei com o pé atrás. Depois que nós passamos bastante do ponto o motorista resolveu avisar que San Telmo havia ficado para trás. Descemos e voltamos andando e pedindo informações para chegar a tal feira.

De cara percebemos que era um bairro mais simples com uma atmosfera menos segura. Mas não percebemos nada de incomum. Eu fiquei vidrada nas pichações e grafites que havia nos muros pelo caminho. Fui tirando foto de tudo até que uma senhora de uma fruteria avisou para guardar as câmeras devido ao grande número de assaltos na região. Como não estávamos na parte turística de San Telmo e as ruas estavam muito desertas, resolvi prevenir. Chegamos a um local que é o “rabo da feira”. É uma ruela muito feia e fedida que ficam apenas umas barraquinhas vendendo livros, vinis e quadros. Alguns turistas que não sabem acham que aquilo é a feira e ficam desanimados. A princípio nós também achamos mas um policial informou que a feira de fato era na praça. Nessa rua especificamente notamos umas pessoas estranhas que ficavam andando em torno dos turistas mas não vimos nada acontecer. Quando finalmente chegamos à feira uma chuva muito forte começou a cair. Ficamos muito molhados e resolvemos procurar um café para esperar diminuir. Só que estavam todos lotados de turistas com a mesma idéia :(. Paramos embaixo de um toldo e ficamos uma meia hora com cara de pastel sem poder fazer nada. A chuva diminui e virou uma garoa. Fomos andar assim mesmo, já que estávamos ali. Achamos um galpão enorme, cheio de boxes com tudo que existe no mundo à venda. Aproveitei para comprar uns imas de geladeira para mamãe. A feira é ok, mas tudo o que é interessante é MUITO caro já que são antiguidades. Eu queria muito um chapéu dos anos 20 só que custava 300 pesos. Enfim, sem chance. Os trabalhos dos artistas de rua são bem interessantes também mas eu não queria gastar com isso porque não tinha levado fortunas.

Depois de andar bastante eu comecei a me sentir muito mal. Uma dor forte no estômago. Não conseguia andar direito. Fiquei sentada na calçada enquanto o pessoal dava mais uma volta. Uma senhora de um café percebeu que eu estava ali há muito tempo e foi me perguntar se estava tudo bem. Eu expliquei pra ela, com o meu portunhol sofrido, que estava com dores e esperava meus amigos voltarem para irmos embora. Ela me chamou para entrar e me deu um chá que eu não sei do que era e ficou conversando comigo. Disse que eu não parecia brasileira porque brasileiros são morenos e eu sou muito branca e, além disso, estava com uma camisa da seleção espanhola. O pessoal voltou depois de uma hora e não sei se por causa do chá, eu estava melhor. A senhora do café não me deixou pagar de jeito nenhum. Fiquei sem graça mas aceitei. Agradeci muito e fomos procurar algum lugar para almoçar. A Marina disse que umas francesas tinham almoçado no Siga La Vaca em Puerto Madero e tinham amado. Resolvemos ir andando até lá. Super tranqüilo, tirando o frio que estava e uma garoa que caia.

Chegamos lá e encontramos uma fila ENORME. O Ricardo entrou para pegar uma senha e disse que deveríamos esperar uma hora. Aproveitamos para passear no porto. Puerto Madero é o lugar mais frio de B.A por causa do vento cortante que vem do rio. Entramos em um café para passar tempo e acabamos tomando um submarino delicioso. O local estava vazio e o dono resolveu socializar com a gente. Vibrou quando descobriu que éramos brasileiros e lamentou nossa saída precoce da copa. Quando viu minha camisa da seleção espanhola ficou mais feliz ainda e disse que os parentes dele eram espanhóis e que queria que a Espanha ganhasse. Nesse papo lembramos que tínhamos que voltar para o restaurante e saímos correndo. Chegamos lá e nossa senha já havia passado e por isso teríamos 15 minutos de penalidade. Esperamos quase mortos de inanição. Pagamos 42 pesos. O Buffet é livre, inclui frios, churrasco, guarnições, bebida e sobremesa. Eu particularmente odiei o local. Muito cheio, barulhento e meio sujo. O famoso churrasco argentino deixou a desejar. O que comemos foram pedaços tostados de carne jogados sobre uma grande chapa. A Beth, que é filha de açougueiro, também não curtiu as carnes. O único ponto positivo é que eu pedi vinho e ganhei uma garrafa inteira. A sobremesa era apenas ok. Pela foto parecia muito melhor. Olhei o relógio e me dei conta que o jogo da final da copa ia começar e saímos correndo para o hostel. Pegamos dois taxis. Cada um custou 12 pesos.

Assistimos a final no próprio hostel com muita quilmes e farra. Eu era a única que torcia para a Espanha. Um grupo de holandeses queria me matar e ficou com muita raiva porque não foram campeões. Mas tudo depois se resolveu em cerveja. Após a social subimos para tomar banho e descansar um pouco.

Umas 21:30 Marina e Agatha bateram a nossa porta e falaram para nos arrumarmos que iríamos para alguma balada. Eu não estava nem um pouco animada mas, coloquei uma calça jeans, meu único tênis e um casaco e fui com a blusa do pijama mesmo. Essa foi a noite mais fria que pegamos. A temperatura era de 1º. E foi a noite que eu senti mais ODIO na vida. Antes de sairmos fizemos um stop na área de fumantes. Como o local é fechado o cheiro de cigarro fica no cabelo e na roupa. Pedimos para o hostel chamar um taxi e descemos as quatro sem rumo.

O taxista era muito mal humorado. Perguntamos para ele onde poderíamos ir para dançar ele disse que não sabia. A Marina pediu para ele nos levar para Palermo onde segundo informações haviam baladinhas aquele dia. Ai o motorista começou a falar que estava sentindo cheiro de queimado, de cigarro e de fumaça. Começou a abrir o vidro e como ventava MUITO eu e Marina pedimos por favor para ele fechar a janela. Ele foi extremamente grosso e disse que não ia fechar pois estava sentindo um odor ruim no carro dele. A Marina perguntou se ele estava dizendo que nós estávamos fedendo. Eu comecei a rir muito porque ela falava em portunhol e a cena era ridícula. O taxista começou a falar que ela era maluca e que ele não havia dito aqui. Não satisfeita, Marina solta: “se no somos nosotras que estamos fedendo, quem eres entonces? Você?”. E foi o suficiente para um ataque de riso coletivo. Ninguém conseguia mais falar e o taxista muito puto parou no meio do nada, na escuridão e mandou, aos berros, a gente descer. Eu não queria descer porque não fazia noção de onde estávamos. Mas para evitar confusão pagamos e saímos. Estava muito escuro e muito deserto. Não tinha ninguém para pedir informação, um frio do cão e não passava um taxi. Ficamos andando a esmo até que encontramos um hotel e perguntamos onde ficava Palermo. O manobrista disse que estávamos em PUERTO MADERO, muito longe de Palermo. O FDP do taxista, além de grosso e sem senso de humor, levou a gente para o lado oposto de onde queríamos. Explicamos o que aconteceu e o rapaz levou a gente para um taxi do próprio hotel. Resolvemos tirar umas fotos no cais a noite que estava bonito e frio. Enfim o taxista nos levou para Palermo e nos indicou uma praça com umas boites em volta. Encontramos dois brasileiros que nos indicaram uma casa bem tosquinha mas que afirmaram ser ótima. Pagamos 12 pesos e entramos. O local era péssimo, só tocava música ruim e os homens não tinham o menor respeito quando descobriam que éramos brasileiras. Não sei como a notícia correu o lugar e quando tocou Xuxa TODOS os homens vieram pra cima da gente. Frustradas resolvemos ir dormir. Não me lembro o nome do local (isso se havia um nome) mas era do lado de um restaurante numa praça. Pegamos um taxi e voltamos pro hostel. O taxi de volta custou uns 20 pesos.

Chegamos e fomos direto para a cama tentar esquecer a noite falida.

 

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Quarto (e tenso) dia.

 

Acordamos no horário habitual, tomamos banho e descemos para tomar café e encontrar as meninas. Como era o ultimo dia delas na cidade, resolvemos ir a Recoleta, local onde ninguém havia visitado. Precisei sacar dinheiro e fui ao link bank da calle Florida. Eu já tinha comprado e pagado coisas com o meu cartão. Mas na hora de sacar eu não conseguia. O caixa eletrônico não dizia a razão, somente que não era possível realizar a transação. Voltei para o hostel e liguei para o atendimento do Banco do Brasil, que foi péssimo e demorado. A pessoa que me atendeu disse que é comum acontecer isso, que para confirmar que era eu mesmo sacando eu deveria ligar para confirmar o desbloqueio. Balela. Eu já havia viajado antes e sei que isso não existe. Além de já ter feito compras no mesmo cartão. Fiquei bem chateada mas voltei lá e consegui sacar. Pedimos informações, pegamos um ônibus para recoleta e fomos nos guiando pelo mapa. Descemos no local correto e logo encontramos o cemitério. A Recoleta é um bairro nobre, bem tranqüilo de passear e para mim, o mais belo de Buenos Aires.

Antes de entrar no cemitério resolvemos visitar a igreja de San Luan, que fica na mesma praça, ao lado da entrada lateral do cemitério. A entrada é gratuita e vendem umas lembrancinhas no pátio. Nada de mais. Não curto muito igrejas mas aproveitei para comprar pingentes da santa para minha ex sogra e ex cunhada que adoram essas coisas e uma santinha que achei bonita para minha mãe. Existe um museu no interior da construção mas é pago. Não estávamos a fim e fomos para o cemitério.

Compramos um mapa por 5 pesos na entrada e fomos procurar o famoso tumulo de Eva Perón. Eu passaria um dia inteiro naquele lugar. É fantástico. Cada mausoléu tem uma peculiaridade. Algumas construções são muito antigas e conservadas. Algumas caindo aos pedaços também. E existem milhares de gatos, todos fofos e amigáveis. Gostaria muito de ter ficado mais tempo, porém Marina e Agatha tinham hora marcada para irem embora então partimos em busca de Evita Perón. É meio complicado de achar, mas como havia bastante turistas seguimos o fluxo e depois de um tempo encontramos. Estava LOTADO de gente em volta. Impossível chegar perto e tirar foto sem 985093853 pessoas estranhas como figurantes. E a Betha prometeu a mãe dela que gravaria um vídeo cantando “Don’t cry for me” em frente ao túmulo. Impossível fazer isso com platéia. Resolvemos dar uma volta, fazer umas fotos e retornar depois. Quando voltamos estava menos tumultuado. Tiramos fotos e fizemos o tal vídeo. Vários turistas filmaram nosso mico. Mas tudo bem.

Saímos do cemitério e fomos tomar um café na Freddo que fica logo em frente. Não resistimos e tomamos um sorvete de doce de leite. O melhor que já tomei na vida. É meio carinho mas vale a pena. Somos turistas né!?

Resolvemos caminhar pelo bairro. Uma policial indicou o museu de belas artes. Fomos andando até lá. Realmente a construção é linda mas não íamos ter tempo de entrar e olhar tudo. Descobrimos sem querer a flor metálica, que fica ao lado do museu. Andamos até lá, fizemos fotos, vídeos e tivemos um fim de tarde agradável. Voltamos para o hostel de ônibus. Nos despedimos das meninas que seguiram para Mendonza.

A noite fomos a calle Florida para fazer compras e comer. O comércio funciona até tarde, porque chegamos umas 20:00 e tudo estava aberto com bastante movimento. A rua estava muito cheia e toda hora alguém esbarrava em mim. Eu queria muito comprar uma pantufa pé de monstro verde. No primeiro dia eu vi uma e pirei mas deixei para comprar depois. E na hora que eu resolvi comprar não achava a verde de jeito nenhum. Andamos de um lado para o outro e depois de muito insistir e revirar sacolas encontrei um par. Comprei e saí feliz da vida. Conhecemos um artista de rua, o Marito, e ficamos uma boa hora papeando com ele, sentadas no meio da calle florida, num frio danado. Ele foi tão legal que até fizemos uma caricatura com ele por 10 pesos. Depois escolhemos um restaurante qualquer e comemos. Achei a comida de modo geral bem barata. Pagamos 30 pesos cada uma num prato de bife a Milanesa com batata frita. Mas o bife era gigante e com muita batata. Na hora de pagar a conta, problemas. Meu cartão que estava no meu bolso havia sumido. Na hora eu saquei que eu tinham me furtado. Eu ouvi muita gente falando que foi roubada na Florida e nem percebeu. As pessoas passam, esbarram, levam alguma coisa e você nem percebe. Roubaram câmeras que estavam dentro de mochilas, carteiras em bolsas. Enfim. Certamente em um dos esbarrões que eu levei meu cartão se foi. Cair ele não caiu, porque meu bolso tinha velcro e estava fechado. Fiquei desesperada porque em alguns lugares o meu cartão não precisou de senha. Era só assinar. Logo achei que meu dinheiro já tinha sido gasto por algum ladrão.

A Beth pagou a conta e voltamos correndo para o Hostel. Liguei para o banco para bloquear meu cartão. Mais uns 40 minutos. Gastei uma grana de ligação para o Banco do Brasil. O atendimento moroso pesou no orçamento. Entrei no net bank para ver se alguma compra havia sido feita. Ninguém havia usado o cartão ainda mas, para a minha surpresa, o Banco do Brasil debitou TODOS os saques que eu tentei fazer e não consegui. Era um valor altíssimo somadas todas as tentativas. Eu fiquei com vontade de explodir o banco e novamente tive que ligar para o serviço de atendimento no exterior. Depois de muita espera um atendente com uma má vontade impressionante disse que nada podia fazer, que eu deveria provar que os saques não haviam sido efetuados de fato. Eu discuti muito tempo com ele até pedir para me transferir para o superior. O tal superior disse que eu deveria esperar para o sistema do banco ser atualizado e talvez o dinheiro voltar para a minha conta. E ele não sabia quanto tempo isso ia demorar. Um absurdo, como tantas outras coisas que os bancos fazem com a gente. Bateu o desespero e eu liguei pro meu pai, aqui no Brasil, que é aposentado no B.B e tem muitos contatos lá dentro. Expliquei tudo pra ele e deixei que ele tentasse resolver. Fui para o quarto tomar um banho e tentar relaxar. Quando voltei do banheiro comecei a organizar a pequena bagunça sobre a mesa de cabeceira e me dei conta que um valor alto em pesos que eu havia deixado em baixo do abajur havia sumido. Esperei a Beth chegar, perguntei se ela havia pegado e obviamente ela disse que não. Procuramos feito loucas o dinheiro e nada. Até que percebemos que alguém havia entrado no quarto para limpar porque a lixeira estava vazia. Corri na recepção e contei o fato para a moça e o rapaz que estavam lá. Eles, claro, não acreditaram em mim e ainda disseram que eu fui muito inocente em ter deixado uma grande quantia no quarto. Eu realmente fui. Porém em outros hostels que fiquei em quartos privados, a entrada da limpeza só era feita quando solicitada ou quando as chaves eram deixadas na recepção. Eu insisti e disse que esse era o único dinheiro que eu tinha até ir embora uma vez que meu cartão havia sido furtado. A recepcionista ligou para o gerente do hostel e eu falei com ele ao telefone. Expliquei tudo e ele me perguntou se eu tinha certeza pois apenas uma pessoa havia entrado no quarto. Eu fiquei com medo de acusar alguém injustamente e disse a ele que ia procurar novamente e então dava um retorno. Voltei para o quarto, conversei com a Beth e nós tiramos TUDO da mala, olhamos bolso por bolso, embaixo da cama e até no lixo. Ficamos horas fazendo isso e nada do dinheiro. Voltei na recepção e afirmei que o dinheiro não estava lá. A recepcionista disse que iria falar com o gerente e depois me dava uma resposta. Eu fui dormir muito puta da vida. Estava sem cartão, sem dinheiro e ainda ia ficar dois dias na cidade. A Beth não tinha cartão, apenas o dinheiro que ela havia levado.

 

 

 

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(continua..)

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Olá, desculpem por parar na metade do caminho. Fiquei sem internet uns dias. Mas aí vai o final da viagem trágica e cômica:

 

 

Quinto dia

 

Acordei super triste nesse dia por tudo o que havia acontecido. E era o dia do meu aniversário e eu havia deixado para fazer coisas legais nesse dia. Queria muito conhecer La Bombonera (o estádio do Boca), fazer comprar e fechar com uma balada. Mas não ia rolar sem dinheiro. Desci para tomar meu café com a Beth e aí tive uma surpresa deveras agradável. O gerente do albergue pediu para que a funcionária da recepção me devolvesse o valor EXATO que havia sumido. Eu fiquei meio em choque porque isso nunca aconteceu antes. Eu já viajei muito pelo Brasil e já tive coisas pequenas furtadas em quartos de hotéis e nunca ninguém se responsabilizou. Aí um albergue na argentina confia na palavra de uma brasileira que diz que furtaram uma quantia alta e devolve meu dinheiro. Agradeci muito pela confiança e subi para trocar de roupa e sair.

Decidimos ir para La Boca (onde fica o estádio) de ônibus. Saímos do albergue por volta de 10:30 e fomos procurar o ponto de ônibus. Nós não andamos de metro dia nenhum, mas dizem que é muito bom também. O bairro é longe pra caramba o centro e é típico subúrbio. Nada contra, claro, mas nós nos sentimos menos seguras lá. Como não sabíamos o local exato para saltar do bus, nós descemos num ponto onde conseguíamos enxergar o estádio. Mas estávamos BEM longe e tivemos que andar pelo bairro. Pedimos informação em um bar e o senhor foi bem simpático. Ele disse que ia nos ensinar um caminho um pouco mais longo porém um pouco mais seguro. Continuamos andando e passamos no meio de um local parecido com um acampamento sem terra (isso porque era o caminho mais seguro), muito sujo com umas fogueiras. O pessoal que estava lá não falou nada nem mexeu com a gente, mas deu um pouco de medo. Enfim, quando chegamos até o estádio descobrimos que estávamos na entrada errada e que teríamos que dar a volta. O complexo do Boca é grande, logo a volta também era... Passamos por um pessoal bem mal encarado, uns pedreiros que jogaram umas cantadas em espanhol hilárias, mas nada que nos fizesse sentir pavor. Chegamos na tal entrada e compramos o ticket para a visita guiada. Eu optei em fazer a visita completa, que passa pelo vestiário, arquibancadas e no campo. Não me lembro o preço exato mas era algo em torno de 35 pesos. Existe outra mais barata que é sem guia e você passa apenas pela arquibancada. A visita foi bacana, para mim que adoro futebol. Talvez para quem queira ver apenas como é o famoso estádio, vale a pena só à arquibancada.

Saímos e fomos comer uma empanada numa birosquinha feinha que fica bem em frente à porta da loja. Foi a melhor empanada que nós comemos na Argentina. Além disso, o dono é super gentil e engraçado. Ele que nos lembrou de visitar Caminito, porque nós havíamos esquecido completamente. Fomos a pé mesmo. O Caminho foi bem mais tranqüilo. Apesar de desertas e com alguns moradores de rua, as ruas eram mais “bonitinhas.”

Tivemos um ataque de riso quando chegamos em Caminito. Eu sei que aquele lugar é quase um símbolo de B.A e que não há como não visitar. Mas da próxima vez que eu voltar lá, caminito será um local no qual eu não quero pisar. Tudo se resume a uma rua com umas casinhas coloridas. Além de pequeno, é mal cuidado e os vendedores das lojas são extremamente mal educados. Nós ficamos ali uns 20 minutos, tiramos umas fotos e resolvemos voltar pro hostel. Voltar foi uma novela, porque precisamos achar a garagem dos ônibus e descobrir qual era o nosso. Ficamos iguais duas patetas andando dentro da empresa de bus sem ninguém conseguir dar uma informação concreta. Enfim, pegamos a condução e voltamos para “casa”.

Tomamos um banho, relaxamos e procuramos na internet um bar legal para comemorarmos meu aniversário. Foi outro tiro no escuro muito bem dado. Optamos pelo Mundo Bizarro (http://www.mundobizarrobar.com/home.php). O bar é sensacional. A decoração é retro e a trilha sonora é toda de rock antigo (eu não sei se é sempre ou demos a sorte de ir no dia certo). Dessa vez pegamos um taxi por causa do horário. Nós bebemos muita frozen Marguerita (muito boa) e comemos nachos com chilli. Tudo muito bom e o preço era o normal de Buenos Aires, ou seja, mais barato que qualquer bar legal aqui do Rio. Voltamos para o hostel de taxi e fomos dormir para sair cedo para o aeroporto no dia seguinte. Deixamos o taxi já marcado na recepção.

 

 

 

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Sexto e último dia.

 

Acordamos bem cedo, umas 6:00 da manhã porque nosso vôo saía as 11:00 e tínhamos que chegar cedo ao aeroporto. Arrumamos tudo, descemos, tomamos café e ficamos esperando o taxi. A recepcionista disse que havia marcado para as 8:45. Até as 9:00 o tal taxi não deu sinal de vida e eu fiquei preocupada porque o aeroporto é bem longe. Resolvemos pegar um táxi na rua mesmo. Pegamos um trânsito infernal, digno de São Paulo em hora de rush. Nós chegamos ao Ezeiza as 10:20. Óbvio que tínhamos perdido o avião. Mas como tentar não custa nada, fomos correndo ao balcão da TAM tentar embarcar. A moça que nos atendeu foi MUITO grossa, só faltou nos chamar de burras. Por fim, disse que se o vôo não estava lotado e que iria deixar que nós embarcássemos. Que bom. Se não fosse pelo fato da Beth ter PERDIDO os documentos de imigração. Ela acha que jogou fora junto com o lixo no quarto, mas não vamos saber onde eles foram parar nunca. Como nós viajamos só com a identidade não tínhamos como provar nada do que é preciso para retornar. A atendente disse que teríamos que ir até a polícia fazer tipo um b.o de roubo e pedir outro documento e depois disso voltar para remarcar o vôo para mais tarde. Eu fiquei com vontade de matar minha amiga, embarcar e deixar ela pra trás. Mas nunca ia ter coragem de fazer isso : ( Então fui com ela numa delegacia dentro do aeroporto e fizemos o tal b.o. Demorou um pouco porque tinha uma galerinha lá que tinha sido assaltada, perdido passaporte e etc.

Voltamos para o balcão da TAM para enfim embarcar de volta. Aí a atendente disse que havia um vôo as 15:00 e que nós teríamos que pagar uma taxa de DUZENTOS DOLARES como “penalidad”. A única reação que eu tive foi rir muito alto. Eu havia pagado 200 reais para ir e teria que pagar o dobro em taxa de remarcação. Eu disse que não iríamos pagar e ponto final. Ela nos encaminhou para a loja da TAM para conversa com uma pessoa que poderia resolver melhor o problema. Lá nós conversamos com a Cecília (nunca vou esquecer esse nome). Muito simpática e atenciosa e conversava devagar para a gente entender o que ela falava. Eu expliquei, aos prantos, que no dia anterior foi meu aniversário, que eu fui assaltada e não tinha dinheiro nem cartão para pedir para alguém me mandar dinheiro e que eu precisava muito voltar porque no dia seguinte eu tinha compromisso no Rio. Acho que ela ficou com pena da minha desgraça e disse que ia tentar resolver. Eu e Beth ficamos mais de uma hora sentadas na frente da loja da TAM chorando e esperando. Até que a Cecília nos chamou e disse que conversou com o gerente da empresa e conseguiu isenção da tal “penalidad”. Mas só havia um vôo para Porto Alegre disponível as 17:00 e de lá faríamos conexão para o Rio. Nós ficamos muito felizes, beijamos a moça e compramos um chocolate escrito “gracias” de presente para ela.

Mofamos horas no aeroporto e conseguimos embarcar de volta. No fim, tudo deu certo.

 

 

Apesar de todos os contratempos eu gostei muito de Buenos Aires de das pessoas que eu conheci por lá. Acho que vale a pena visitar. É uma viagem relativamente barata e conhecer outras culturas é muito divertido. Claro que cada um tem uma opinião e para isso é preciso visitar. Acontece também de a gente ir em alguns locais e não curtir muito na primeira visita e amar na segunda. Aí vai do gosto do mochileiro. : )

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Muito bom o relato, parabéns!

Estive em março em BsAs e tbm gostei muito, embora nunca tivesse interesse em visitar a cidade (fui parar lá por conta do terremoto no Chile)

 

Latinidade:

Acho a ressalva que vc fez importante: não vá pensando que está na Europa, a arquitetura é sim em estilo europeu, mas é um país latino-americano, aproveitemos isso!!! Pricincipalmente com as pessoas! O meu saldo é muito mais positivo que negativo quanto aos hermanos, sem dúvidas. Encontrei gente grossa e gente gentil, nada anormal.Fora de BsAs, então, não tenho do que reclamar.

 

Sobre segurança:

Não tive nenhum problema na cidade, mas conheci um brasileiro no albergue que tinha sido furtado na feira de San Telmo da mesma forma que vc, tiraram a arteira dele da bermuda cargo sem ele perceber. DICA: na feira, há muiiita gente,pra todo lado, então nada de mochila nas costas enquanto bisbilhota as quinquilharias na banca, sempre na frente (Para a Calle Florida vale a mesma dica). O curioso é que na feira vi um monte de turista andando com suas mega máquinas fotográficas no pescoço, vai saber.... Por via das dúvidas sempre andei com documentos e dinheiro nos bolsos da frente, atrás só um carteira velha, pro ladrão, sabe né?

 

Pecado

Se vc curte museu, perdeu o MNBA. Embora não tenha o charme arquitetônico do Museu Nacional de Belas Artes do Rio, sua coleção é in-crí-vel. História da arte pura e metologicamente organizada. Tem Van Gogh, Pollock, Rodin, Goya, Rembrandt, a porra toda!!!! E é de gratis!!!

 

Bem, que bom que no fim tudo se transfomou em uma boa(?) história. Aliás, e o dinheiro do banco, voltou ou não voltou pra conta?

Abraços ::hãã::

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Allan, uu queria MUUUUITO ter ido no Museu, mas não rolou por falta de tempo mesmo. Pretendo voltar em Buneos Aires nem que seja como caminho para outro lugar, aí eu vou no museu com certeza!

O dinheiro voltou pra conta um tempo depois. Talvez se eu não tivesse contatos no banco eu teria tomado um mega preju :(

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