Fala mochileiros! Tudo bem com vocês?
Somos a Marcela e a Rayane do blog de viagem Az.Wanderlust, duas fisioterapeutas que acreditam que viajar não é só tirar férias, vai muito além disso… Criamos o Az.Wanderlust para inspirar mais pessoas a explorar o mundo, redescobrir o jeito de viajar e viver experiências inesquecíveis. Contamos causos e contos das experiências mais incríveis que tivemos e também dos contratempos que surgiram ao longo do caminho.
Vamos compartilhar com vocês aqui no Mochila Brasil três crônicas de viagem do nosso Diário de Bordo.
Começaremos com a crônica “A primeira vez que vi a neve“. Deixe nos comentários a primeira vez que você viu a neve, vamos adorar saber!
A primeira vez que vi a neve
“— Desculpe-me, prometo que não farei novamente! — digo sem graça. É a terceira vez que o atropelo.
Que vergonha! Se a neve não fosse tão gelada, tenho certeza que cavaria um buraco aqui mesmo.
É o meu segundo dia na estação SkiPucón, no Chile. Ontem eu esquiei. Quando desci as ladeiras do Vulcão Villarrica com as pranchas presas nas botas alugadas, percebi que levava jeito para o esporte. Não caí e deslizei pelo gelo acompanhada dos dois bastões parecendo a Elsa de Frozen. O dia foi sensacional!

Ski Pucón | Az.Wanderlust
Hoje de manhã, pedi os equipamentos de snowboard na loja de aluguel.
— Você vai querer fazer a aula? — a simpática atendente perguntou.
— Não, obrigada! — respondi gentilmente. Já tinha andado de skate. Tinha certeza que seria a mesma coisa.
Subi pelo teleférico para a pista de principiantes. Apesar de ter me destacado ontem no esqui, ainda não tive coragem de aventurar-me pelas pistas mais íngremes.
Quando saltei do banquinho com a prancha acoplada na bota, me desequilibrei no momento que ela encostou no chão escorregadiço. Consegui controlar meu corpo antes de cair. Ufa!
Esperta como sou, fui para a encosta da pista, perto da montanha. É a parte da pista que menos desliza. Depois, virei a ponta dianteira da prancha para a descida e pressionei suavemente o pé de comando. Comecei a descer. Cinco segundos depois, levei o primeiro tombo.
Levantei-me e comecei tudo de novo. Consegui descer a ladeira e ganhei uma velocidade surpreendente! Um Senhor cruzou o meu caminho. Como eu freio isso? Perguntei mentalmente ao mesmo tempo que pressionei o pé de comando mais profundamente.
Ploft!
Atropelei o Senhor de casaco preto.
Pedi desculpas e senti as maças do meu rosto corarem. Tenho certeza que não foi por causa do frio.
Levantei-me e apontei a mão em sua direção na tentativa de ajudá-lo a se levantar. Ele não aceitou e fez sinal para eu ir embora. Segui meu caminho e… caí de novo!
Levantei-me. Olhei envergonhada para os lados e coloquei a prancha perpendicular à encosta. Dei pulinhos até chegar num montinho de neve. Olhei para os lados e senti que estava sendo observada.
Sentei e soltei todas as presilhas da bota. Observei as pessoas e tentei analisar o gesto esportivo. Pronto! Agora estou preparada! Disse mentalmente após dez minutos de observação.
Segui ladeira abaixo.
Ploft!
— Você de novo? — o Senhor de casaco preto perguntou exclamando ao reconhecer meu rosto.
— Perdão! Não foi de propósito! — disse completamente envergonhada! Tenho certeza que as maças do meu rosto coraram.
Ele tirou as presilhas da bota e caminhou na direção contrária à minha. Arrumei meu corpo e tentei me equilibrar novamente na prancha.
Desci o restante da pista ora caindo e ora caindo também. Mas… como sou teimosa, peguei o teleférico e subi para outra pista.
Agora será mais fácil, você não vai me derrubar de novo! Disse em voz alta olhando para a montanha de neve.
Deslizei alguns centímetros antes de cair, de novo. Estou pegando o jeito! Suspirei aliviada. Afinal, consegui deslizar mais que da outra vez.
De repente, uma menina de cabelos negros passou na minha frente. Tentei desviar dela e, desesperada, virei a ponta da prancha para o outro lado.
Ploft!
— Não acredito que você me atropelou mais uma vez! — o Senhor de casaco preto disse em voz alta, quase gritando. Seu olhar me fuzilou.
— Desculpe-me, prometo que não farei novamente! — digo sem graça. É a terceira vez que o atropelo.
Tiro a prancha da bota e seguro-a com as duas mãos. Sento na beirada da pista e penso: Preciso aprender a frear este negócio!”

Rayane na estação Ski Pucón, no Chile [2001] | Az.Wanderlust
O texto original você encontra aqui: azwanderlust.com/blog/a-primeira-vez-que-vi-a-neve/
“Essa foi a primeira vez que vi a neve! Aconteceu em 2001 e naquela época, máquina fotográfica digital era cara e eu não tinha! Tive que escolher, minuciosamente, o que tiraria foto, porque só tinha dois filmes de 36 poses. E quando relevei, elas ficaram assim… a neve mesmo, nem dá para ver!” [Rayane Azevedo]
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