Convidei minha mãe para fazer um mochilão comigo e ela aceitou

Num belo dia de primavera, eu, Erik, convidei minha mãe (Darcy Voltolim) para fazer um mochilão comigo. E ela aceitou! O destino: Uruguai. Bem, antes de contar as deliciosas histórias de mochilão com minha mãe por várias cidades dos nossos vizinhos uruguaios, vou falar sobre o processo de convencimento para ela ir comigo. Não foi tão fácil assim.

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Minha mãe tem um grande espírito jovial e de aventura, mas alguns detalhes para viajar com ela precisam ser amplamente debatidos:

1) Ela tem medo de voar – as táticas de convencimento são as melhores: exibição a ela de estatísticas sobre a segurança aérea, dizer sobre como é legal ver o mundo de cima e, por fim, a cartada final, que é “mãe, já comprei a passagem.” Então, quando se menos espera, ela está incrivelmente empolgada;

2) Meus avós (e o cão Lito), que já tentei levar para viajar, mas não vão nem a pau, pois são idosos e ela fica, segundo palavras da própria “meio assim” de deixar eles por alguns dias. Porém, todos estão bem e tudo sempre se resolve.

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Bom, processo de convencimento concluído, bora arrumar as malas. Já no aeroporto, a diversão começa. Empolgadíssimos e ansiosos, os corredores do aeroporto ficam pequenos para tantas caminhadas. Voo até lá meio tranquilo, já que venta muito no Uruguai e a descida tem aquela turbulência, finalmente chegamos ao incrível e moderno Aeroporto Internacional General Césareo L. Berisso, em Montevidéu.

Do Brasil, já alugamos um carro para passar 15 dias rodando por lá. Primeira parada: Punta del Leste. Pontos turísticos locais, mansões e cassino devidamente visitados (em três dias), pegamos o veículo e partimos aos municípios vizinhos. Um deles foi San Carlos, com sua pequena igreja e aquele ar de cidade pequena do interior de São Paulo.

Já em José Inácio, local rústico, sem tanto turismo e de natureza preservada, ocorreu algo engraçado demais. O vento era tanto que empurrou minha mãe, de estatura mignon, para dentro do carro novamente. Ela não teve ferimentos, claro (o que não seria divertido).

Passamos ainda pela linda Piriápolis, cidade pacatíssima, com o maravilhoso Hotel Argentino como pausa obrigatória às fotos (o edifício é fantástico). Subi numa das montanhas de lá pelo teleférico, convite que mãe prontamente rejeitou.

Ponto marcante desse trecho da viagem: por um problema de visão, minha mãe ficou insegura para dirigir, apesar de estar habilitada. Então, numa estrada de terra, no caminho à Fazenda La Pataia, especializada em doce de leite, estacionei o carro e a incentivei. E ela, corajosa que é, conduziu o carro com tranquilidade e competência.

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Primeira parte da viagem encerrada, partimos a Montevidéu. Que lugar! Passeamos muito por lá. Muito mesmo. Incontáveis ‘rolês’. O do Estádio Centenário, palco da primeira final de Copa do Mundo de futebol (1930), foi muito marcante. Relíquias históricas em seu museu. Passeio imperdível.

Tive a oportunidade, sozinho, de assistir a partida entre as seleções de futebol do Uruguai e Colômbia (3 a 0 aos anfitriões), no próprio Centenário – válida ao mundial da Rússia de 2018. Apesar de muito incentivada por mim, mãe optou por não ir. Estava muito cansada, segundo suas próprias palavras, do dia intenso de passeios.

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Ah, quase ia me esquecendo, também fomos à histórica Colônia do Sacramento. Visitamos de uma ponta a outra. Detalhe importante: as estradas do Uruguai são boas e não tivemos problema algum.

Conclusão: viajar com minha mãe foi uma das grandes experiências da minha vida, uma forma de retribuição a tudo que ela já fez por mim. E temos de planejar a próxima, né, mãe?

Galera, tem umas fotos dos meus rolês pelo mundo lá no Instagram: erikao_backpacker

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