Costa Rica: Tudo sobre…

Viajantes brasileiros têm fama de exigentes. Sim! Afinal , temos  mais de 8.500.000Km² de lindas praias, montanhas, Amazônia, Pantanal,  incontáveis cachoeiras etc,  tudo, só esperando por nossa mochilada.

E se alguém lhe disser que um lugar com pouco mais de  51.000 Km² tem um pouquinho de quase tudo isso? Tudo b-e-m mais pertinho! Você iria?

Bem, sem incitar a concorrência com o Brasil, apresentaremos aqui um pouquinho da Costa Rica, país que ficou no topo de um ranking mundial que combina expectativa de vida e sustentabilidade* e é “Pura vida” como dizem por lá.

46,8% do país é coberto de bosques e selvas e 25% do território é protegido por leis ambientais (eles têm até o Dia dos Parques Nacionais: 24 de agosto). O país não tem forças armadas desde 1948 e quando de nossas andanças por lá nos pareceu bem tranquilo, podemos até arriscar a dizer realmente seguro.

Em se tratando de verba, viajar pela América Central é barato, mas na Costa Rica nem tudo é tão barato assim, destaque para algumas hospedagens, passeios/ingressos e taxis! Taxistas. O bolso pede cuidado com eles! Os taxis oficias na Costa Rita têm triângulos amarelos nas portas e o taxímetro (fuja dos que não têm esses dois itens).

Alugar um carro para percorrer o país também é interessante e você pode utilizar a carteira de habilitação brasileira mesmo (isso por no máximo 3 meses). É belíssima a paisagem da região central costa-riquenha repleta de cafezais. De carro dá pra dar uma paradinha para apreciar mais e para os cliques! Agora se você prefere se locomover de ônibus pode conferir os itinerários e horários aqui . Se o seu negócio é avião (por falta de tempo ou outro motivo), pelo menos duas companhias cobrem os trajetos nacionais, a Costa Rica Airlines e a Sansa .

Se de repente você está fazendo uma pequena mochilada pela América Central (nosso caso) ou se tempo e dinheiro estão curtos (nossos casos também), pode optar por conhecer coisas que não temos aqui no Brasil: vulcões! Belíssimos parques nacionais e seus vulcões!

Vulcões ativos da Costa Rica

Espetáculo em La Fortuna - Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil
Espetáculo em La Fortuna – Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil

Irazú – Em dias de horizonte sem nuvens, da capital, São José é possível avistar um dos mais conhecidos vulcões costa-riquenhos, o Irazú. Ele está a 3432m acima do nível do mar, é o mais alto do país.
Uma estrada asfaltada (que parte da Panamericana) leva até o vulcão que fica na província de Cartago, a 31Km da cidade de Cartago. Muitas agências de turismo levam até o local.
Com sorte, em dias de céu limpo, do Irazú é possível avistar os oceanos Pacífico e Atlântico e, com telescópio, o maior lago da América Central (o segundo maior da América Latina, ficando atrás somente do Titicaca na Bolívia), o Lago Nicarágua.
Há 2 crateras principais. A “Diego de la Haya” é que mais aparece nas fotos dos viajantes com seu exuberante tom de verde…
A última erupção do Irazú ocorreu em dezembro de 1994.
Telefone para mais informações: (506) 2551-9398.

Poás – O vulcão fica no Parque Nacional Poás, o mais visitado da Costa Rica, talvez por sua beleza cênica.  Conta com várias trilhas entre a cratera e a Laguna Botos (lago formado por uma cratera) e mirantes nas áreas de ambos, bem como pequenos gêiseres que também são responsáveis pela sua fama.
Está a 37Km de Alajuela, na província de Alajuela. Da cidade partem ônibus diários até o parque. Atente para o horário pois é somente um diário (para ir e para voltar).
Telefone para mais informações: (506) 2482-2121.
É o único parque nacional do país que tem acesso para cadeirantes.

Os vulcões Irazú e Poás fazem parte da chamada Cordillera Volcánica Central (Cordilheira Vulcânica Central).

Rincón de La Vieja – na área de um maciço com mais de 600 mil anos está o Rincón de La Vieja, vulcão cujas atividades fornecem o ambiente para águas termais e lagos de vapor, disponíveis para os visitantes. Fica entre Liberia e Upala (nas províncias de Guanacaste e Alajuela, respectivamente). No Parque Nacional Rincón de La Vieja há opções de trilha e caminhos a serem feitos com veículo 4×4.
O parque tem um pequeno centro de visitantes, mirante, estacionamento e duas áreas de camping.
Telefone para mais informações: (506) 2661-8139.

Arenal – vulcão cônico, daqueles que logo nos remetem à imagem “vulcão” quando pensamos em um. A silhueta, a cor viva das explosões e a lava expelida durante a noite é um espetáculo na pequena (pequena mesmo) vila de La Fortuna de San Carlos, ou simplesmente, La Fortuna, cujo centro dista 15km do vulcão. Os ares de cidade pequena do interior e o majestoso vulcão fazem do local parada obrigatória. Quesada é a cidade mais próxima, a 40km.
Lembrando que a vila é pequena mesmo, mas é dotada de total infra-estrutura turística, tem lavanderias, receptivos, hospedagem, restaurantes e até Burger-King! Os viajantes recomendam muito o Café Viena por ali!
Próximo ao Arenal, mas já inativo, está o vulcão Chato que, quando em atividade ajudou a formar a Catarata do Rio Fortuna; hoje também uma das atrações locais.

Bem, você certamente ouvirá falar da “Laguna del Arenal” ou “Lago Arenal” . Um lago artificial construído em 1974 para obtenção de energia hidroelétrica. Em áreas do lago é possível a prática de esportes náuticos, pesca desportiva ou simples passeios para se observar a paisagem e a imponência do vulcão. Famílias locais também fazem seus passeios por ali.

– Alguns vídeos (didáticos) podem matar um pouco mais da curiosidade dos viajantes que queiram conhecer os vulcões da Costa Rica  (No link, vídeo sobre o Vulcão Poás, na lateral direita da página você encontra outros vídeos de conteúdo similar. Todos em espanhol).

Além dos vulcões e seus belíssimos cenários, paisagens muito incomuns para nós brasileiros, a maioria das áreas turísticas costa-riquenhas tem muito boa infra-estrutura, com trilhas bem demarcadas (até demais em alguns casos), boa sinalização (em espanhol e inglês); contam com guias muito gentis e educados (não é uma questão pessoal, mas profissional), ingressos a preços não muito convidativos (mas há de se considerar que manter aquilo tudo protegido, limpo e em pleno funcionamento requer investimento) e uma “malha” turística muito profissional. Em vilas pequenas das regiões turísticas você vai encontrar várias agências de tours/receptivos, bom número de leitos e alguma oferta gastronômica e, claro, muita criatividade! Turistas estrangeiros (alguns estudiosos dedicados, outros não) que agora residem por lá podem montar um borboletário por exemplo e, um nativo pode ampliar sua casa e fazer ali mesmo um “mini-museu de insetos”.  Iniciativas muito válidas, importantes e reconhecidas que levam algum lucro para pessoas que senão exclusivamente, quase exclusivamente, vivem do turismo; indústria que mais vem contribuindo para o PIB do país. Desde 1995 representa a primeira fonte de divisas para a economia costa-riquenha.

Recorrido los volcanes… que tal um passeio à pé por pontes suspensas a metros de altura em meio à exuberantes fauna e flora?! E uma caminhada por uma floresta não selvagem, mas não menos atrativa? Se a resposta é sim, siga para a região de Monteverde!

No caminho, cafezais e um lindo céu azul para chegar à Monteverde, base da Reserva Biológica de Monteverde e Santa Elena que se extende do Pacífico ao Atlântico. Digo base, pois ali estão as hospedagens e serviços turísticos para conhecer a região cujos passeios vão de caminhadas e cavalgadas, passando por tours em cooperativas de cafeicultores a visitas à serpentários.

Muitas atrações ali são meio “pega-gringo” então atente às prioridades, pois de ranário a ranário seu dinheiro vai para o brejo (não literalmente, porque a coisa por lá é realmente muito organizada).

Nós ajudamos o turismo local visitando rapidamente um mini-museu de insetos (não vale a pena) e o ranário, que posso dizer… foi… curioso.

O ingresso no ranário custa US$ 10 por pessoa. Criança de até 6 anos, acompanhada de adulto pagante, não paga. Mais informações via: ranariomv@racsa.co.cr ou (506) 2645-6320.

Atrações imperdíveis

Reserva Biológica Bosque Nuboso Monteverde –  ali até o mais distraído dos viajantes vai sentir algo diferente, é como se você estivesse realmente em uma floresta, nublada, com árvores lindas e imensas, uma infinidade de plantas, orquídeas e bromélias que são ímãs para o olhar, ar puro e pisando em um caminho “fofinho” formado de musgos por conta da umidade.

O bosque possui 13km de trilhas (mapa: https://www.mochileiros.com/blog/wp-content/uploads/2019/06/senderos-trails.jpg  ), mirante, serviços de guia, cafeteria, restaurante e um albergue de montanha o “La Casona” com capacidade para até 47 pessoas (US$ 62 por pessoa com banheiro compartilhado e US$ 73 com banheiro privado – inclui três refeições, a entrada da reserva e uma noite no albergue).
Para hospedar-se no “La Casona”  é preciso fazer uma reserva através do reservaciones2@cct.or.cr ou pelo telefone (506) 2645-5122.

A não ser que você queira fazer uma caminhada noturna ou esteja no local para pesquisa científica, precisará de mais que um dia para apreciar um pouco da reserva que funciona das 7h às 16h, durante todo o ano. A entrada custa US$ 18 para estrangeiros. Crianças estrangeiras pagam US$ 9. Sim é um lugar que dá pra mochilar de 0 a 90 anos!

Cada tipo de caminhada guiada tem um preço. Para saber mais sobre, consulte via e-mail: montever@cct.or.cr ou no https://cloudforestmonteverde.com/

Para estudiosos/pesquisadores a reserva oferece ainda,  uma mini biblioteca técnica, um laboratório e trilhas para investigação, algumas não utilizadas por turistas.

Ponte suspensa - Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil
Ponte suspensa – Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil

Pontes suspensas – pequenas trilhas em meio à floresta e alguns degraus de uma confiável estrutura podem levá-lo além da copa de imensas árvores!  Em princípio parece bobo, mas a sensação, a vista, os sons e a inimaginável integração com aquele ambiente valem a pena.

O “Sky Walk”, passeio pelas pontes suspensas à pé é o mais interessante.  O trajeto de 5 pontes têm extensões que variam entre 30 e 300 metros e as alturas entre 15 e 49 metros.

Quem gosta de tirolesa, pode optar pelo “Sky Trek”. O maior cabo entre as árvores tem 750m alguns estão a 160m de altura! Para ter acesso ao primeiro cabo da tirolesa você precisa fazer os 15 minutos de passeio em um teleférico o “Sky Tram”.

Também há o passeio de 15 minutos em um teleférico. O “Sky Tram”.

O Sky Walk (diurno ou noturno) guiado custa US$ 33 por pessoa e o Sky Tram + Sky Trek sai a US$ 66 por pessoa. Os 3 juntos custam US$ 83 por pessoa. O passeio de teleférico + a caminhada pelas pontes suspensas custam US$ 55. Analise o que vale mais a pena pra você na ocasião! Crianças pagam um pouquinho mais que a metade do preço dos adultos (exceto na tirolesa, que é proibida para menores de 8 anos).

Mais informações podem ser obtidas em https://skyadventures.travel/monteverde , por e-mail info@skytrek.com ou através do telefone (506) 2645-5238.
A Sky adventures também oferece seus serviços na região do Vulcão Arenal.

– Quando de nossa visita à Costa Rica fizemos o passeios pelas pontes suspensas sem guia (parece realmente desnecessário a não ser que você queira informações muito específicas sobre por exemplo, flora e fauna locais). Consulte sobre se isso é possível no momento.

Uma das coisas que você vai observar na Costa Rica, além da incrível natureza (não é a toa que o marketing do turismo do país é “Sin ingredientes artificiales” – Sem ingredientes artificiais) é que quase tudo que você pense em fazer por lá (em se tratando de passeios) vai esbarrar em alguma empresa, ONG e ou fundação local oferecendo muitas opções de todas as atividades que possa imaginar.

Apesar de toda tranquilidade que paira sobre a Costa Rica vale ressaltar que como em qualquer lugar por onde se esteja viajando, ostentar está fora de cogitação. O turismo local frisa que você deve tomar conta de seus pertences, sobretudo em lugares públicos e transportes, que deixe coisas de valor no cofre de onde está hospedado e que não dê esmolas a pedintes. Nós não cruzamos com nenhum na Costa Rica o que nos deixou muito felizes e com uma certa inveja, afinal seria tão bom se alguns brasileiros não fossem obrigados à mendigar pelas ruas…

Do centro de La Fortuna partem os passeios para o vulcão e cachoeiras da região - Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil
Do centro de La Fortuna partem os passeios para o vulcão e cachoeiras da região – Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil

Como chegar à Costa Rica

Chegamos à Costa Rica vindos do Panamá, mais precisamente do Terminal Albrook na Cidade do Panamá (saímos de SP rumo à Bolívia, passando por Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala), por terra, mais precisamente de ônibus, com o “Tica Bus”. Preços, horários e itinerários podem ser vistos em: https://www.ticabus.com/Route/routes_maps
O Tica Bus roda por toda a América Central (exceto Belize), tem terminais nas capitais e vai até Tapachula, no México.
Se você vai de avião à Costa Rica, passagens de ida e volta são necessários para a entrada no país.
Nós, como fomos de ônibus do Panamá para lá não precisamos. Só é um pouco cansativa a passagem pela fronteira entre os dois países,  nada comparada à volta cuja entrada é a partir da Nicarágua. Burocracia, revistas, perguntas e fila, muita fila! Os costa-riquenhos sofrem com uma considerável  e não desejada (pelo que notamos por conversas com alguns ticos*), “invasão” nicaraguense.

Opções de hospedagem na Costa Rica aqui

 + informações relevantes

Brasileiros com passaporte válido (atente para que ele não venha a expirar dentro de menos de 7 meses) não precisam de visto para entrarem na Costa Rica e sem visto podem ficar por lá até 90 dias. Se você quer informações mais específicas sobre visto como, por exemplo, de trabalho, ou residente pode obtê-las aqui.

É preciso levar o comprovante (internacional) de vacina contra a Febre-Amarela para entrar no país.

É preciso contratar um Seguro Viagem Costa Rica para entrar no país.

Os produtos e ou serviços na Costa Rica, assim como em outros países da América Central têm um imposto, ou embutido, ou acrescido sobre cada artigo. Antes de achar que algo está muito baratinho confira se já está incluso o imposto de 13% (Veja se há algo escrito, porque se você perguntar vai ter que confiar na honestidade da pessoa que pode dizer que não e cobrar-lhe a mais!).

A moeda nacional é o Colón, mas dólares americanos e euros são aceitos por toda parte. É sempre bom ter algo em moeda local no bolso (em qualquer destino) para evitar cotações apressadas e desatentas fazendo com que você perca seu suado dinerito na conversão.

Uma coisa que pode gerar certa confusão é com relação aos endereços das ruas. Comumente os costa-riquenhos utilizam um ponto de referência e algo de coordenadas geográficas.  Exemplo:  “100m Este Del Ministerio del Trabajo, barrio Tournón” (seria algo como 100m a leste do prédio do ministério do Trabalho, bairro Tournón) ou Costado Este del Puente Juan Pablo II, sobre Autopista General Cañas (Canto leste da Puente Juan Pablo, sobre a estrada General Cañas). Santo ponto de referência! Difícil pra nós não?! Então mapinha na mão e muita atenção quando pedir informações em postos, no hotel/hostel/pousada e a pessoas confiáveis.

Detalhe do carro de boi, artesanato mais famoso da Costa Rica - Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil
Detalhe do carro de boi, artesanato mais famoso da Costa Rica – Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil

Na internet

http://www.visitcostarica.com  (Muito completo, traz informações gerais sobre o turismo no país. Em espanhol,inglês, alemão e francês)

ACTUARCostarica  ( Também nos quatro idiomas. Tem informações para quem está interessado em Turismo Rural na Costa Rica, cultural, para descanso ou aventura).

http://www.cct.or.cr (Site da ONG que controla, entre outras reservas a de Monteverde. Para quem está interessado em informações mais científicas e outros dados sobre a reserva).

Para os interessados e ou preocupados com as atividades dos vulcões e também com terremotos, segue o endereço do site do Observatorio Vulcanológico e Sismologico de Costa Rica: http://www.ovsicori.una.ac.cr/ .

 Curiosidades

Saudade do arroz com feijão? Vendido até no McDonald’s o Gallo Pinto é a pedida!
O prato, cuja origem é reivindicada por Costa Rica e Nicarágua é uma mescla de arroz com feijões pretos ou vermelhos/marrons e faz parte da culinária local. Na verdade o prato, com pequenas variações e com outros nomes é encontrado desde o México, até por aqui. O nosso famoso e para muitos, diário, “arroz com feijão”.
Na América Central dizem que o prato foi trazido à Costa do Caribe por negros africanos que, na falta de variedade nos alimentos misturaram os grãos. Acertaram em cheio! (É a mesma história da nossa “Feijoada”)
Supostamente chamaram o prato de “gallo pinto”, pois ele lembrava um galo (de penas brancas) com “plumas” pintadas de vermelho.
Em outras partes da Costa Rica adotaram o nome “Rice and beans” (arroz e feijão) e nas regiões do Caribe muitos acrescentam leite de coco à receita.
Em Cuba, o prato é chamado de “moros y cristianos” (Mouros e Cristãos). Em El Salvador e Honduras, “casamiento” ou “arroz y frijoles” na costa norte hondureña (casamento e arroz e feijões, respectivamente); na Guatemala o prato é conhecido por “casados” ou “arroz y frijoles”.
Detalhe: o “Gallo pinto” é comido no café-da-manhã! (E quando mais der vontade).

Sua vó, mãe e até você já podem ter falado a palavra “pequeno” num diminutivo carinhoso do tipo “pititinho”, “pititico”. O “momento fofo” é só pra ilustrar (grosso modo), de onde vem o gentílico coloquial “Tico” referente aos costarricenses (em espanhol) ou costarriquenhos (em português).
Segundo a tradição, durante a guerra contra os filibusteiros na América Central (comandados pelo norte americano Willian Walker), soldados observaram que os costarriquenhos tinham o hábito de terminarem os diminutivos com “ico”, “ica” ao invés de “Ito”, “ita”, para, por exemplo, palavras como gato (gatito, gatico), pato (patito, patico); com relação aos compatriotas, seus hermanitos, eles afetuosamente chamavam hermaniticos.
Uma das companhias de ônibus que circulam por toda a América Central é a costarriquenha, “Tica bus”.
Esse “Ti” pronuncia-se como os nossos TA, TE, TO, TU. O TI seria pronunciado como falam, por exemplo, os pernambucanos (a maioria dos Estados brasileiros pronuncia o TI, como “tchi”, pelo meu modesto conhecimento de sotaques).
Se você pronunciar “tchica bus” estará falando “Rapaz bus” (do espanhol “CHico”).

OBS: Serve de regrinha básica da pronúncia em espanhol, assim como a letra J tem som de R (ou RR). Exemplo: “Ramón quiere un sandwich de jamón y queso” (Ramón quer um sanduíche de presunto e queijo – O indivíduo Ramón, tipo narração do Galvão Bueno quer … jamón… –  com som de RR de carro, carreta).

Passeando pelo país, você provavelmente se deparará com um artesanato muito peculiar: um carro de boi (ou a roda dele) minuciosamente pintado. Ele é o artesanato mais famoso da Costa Rica e Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO).
A tradição de pintar e enfeitar os carros de boi teve início no começo do século XX, mas desde o século XIX esses veículos serviam para transportar o café da região central do país até o Oceano Pacífico e, geralmente eram o único meio de transporte de muitas famílias também apontando o status social da mesma.
Originalmente cada região do país tinha nos carros suas próprias pinturas e enfeites, o que permitia saber de onde ele vinha.

Nos dias 24 de agosto (desde 1982) o país comemora o Dia dos Parques Nacionais.
Na província Limón, o Carnaval é celebrado em outubro.
Algumas moedas (metal e papel) e selos postais trazem a imagem de uma orquídea (Guaria Morada) que desde 1939 é a flor símbolo da Costa Rica.

Se você gosta e ou pratica Surf, no Google Maps você contra as melhores praias para prática na Costa Rica

Em 2012 o índice “Happy Planet” da fundação inglesa New Economics classificou a Costa Rica como o país “mais feliz do mundo”. O ranking combina longevidade, felicidade e baixa degradação ambiental. (Mais no  https://pt.wikipedia.org/wiki/Happy_Planet_Index ).

Fotos da Costa Rica:

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Foto do autor

Claudia Severo de Almeida

Jornalista, há 20 anos escreve sobre Turismo Backpacker/Mochileiro e viagens independentes. Participou do corpo de júri especializado do Prêmio 'O Melhor de Viagem e Turismo' (categoria Hospedagem - Hostel). Cocriadora do site Mochileiros.com.

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