7 destinos imperdíveis e pouco conhecidos de Mato Grosso

O Mato Grosso é monumental e possui diversos destinos imperdíveis e pouco conhecidos dos brasileiros com muitas cachoeiras e piscinas naturais, é o terceiro maior Estado brasileiro, ficando atrás dos Estados do Amazonas e Pará.  No Tratado de Tordesilhas, a área que depois se tornou a “Capitania de Mato Grosso” pertencia à Coroa espanhola e só a partir de 1680 foi tomada pelos bandeirantes paulistas. O Pantanal, um de seus principais destinos, ocupa apenas 7% de seu território e era chamado pelos colonizadores europeus de “Mar dos Xaraés”, em referência às cheias do rio Paraguai e aos índios xaraés.  Além do Pantanal o estado é ocupado pelos biomas do Cerrado (39,6%) e pela floresta amazônica (56,6%). Outro grande destino do estado é o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães que provavelmente você já conhece ou já ouviu falar. O que nós iremos reunir aqui, são os destinos imperdíveis e pouco conhecidos de Mato Grosso.

1. Vila Bela da Santíssima Trindade – MT

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Cachoeira do Jatobá – Parque Estadual Serra Ricardo Franco – Foto: Renato Soares Moreira / Wikimedia Commons

“Vila Bela foi a primeira capital de Mato Grosso e carrega uma grande carga de história em sua origem. A cultura negra e a força dos quilombolas está presente naquele lugar, mas não é só isso. Vila Bela, às margens do Rio Guaporé, e na fronteira com a Bolívia, fica a 80 Km da cidade de Pontes e Lacerda e possui uma bela serra onde se encontram várias cachoeiras.

A visita é interessante mas precisa ser guiada por um dos poucos guias locais. A estrutura para turismo ainda é precária, o que pode tornar o passeio mais interessante para os aventureiros, que podem explorar caminhos quase intocados.

Para os casais a cachoeira dos namorados é um caminho maravilhoso. Mas para quem gosta de aventura o caminho da cachoeira do Jatobá com 3h30 de caminhada e uma bela vista de mais de 200m de altura é algo inesquecível. Como é inesquecível poder banhar-se no belo riacho que passa por cima da cachoeira.

As melhores visitas acontecem nos meses de abril a junho, por conta das chuvas. Mas no final de junho as cachoeiras tendem a secar, ficando apenas interessante o passeio pela história, que encontra sua maior festa no mês de julho. ” – Dica do viajante Ronaldo Moura

Mais informações você encontra aqui, aqui e aqui

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Canyon da Cachoeira do Jatobá – Parque Estadual  Serra Ricardo Franco – MT – Foto: Aleks Palitot / Instagram: @alekspalitot

2. Bom Jardim – Nobres – MT

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Foto: Thiago Zuza / Mochileiros.com

“Bom Jardim é uma vila pequena e aconchegante. Ali existem muitas pousadas e é possível conseguir se hospedar com conforto. (Procure as pousadas Buriti ou Anaconda)  O ideal é ir de carro porque a cidade não conta com muita estrutura para o turismo, e acredito que pegar um guia com carro pode custar caro.  Os passeios são próximos da Vila (máximo 35km de distância) e podem ser comprados na própria pousada. Cuidado: há agências que cobram mais caro pelos passeios.

1º dia

Aquário encantado – flutuação em um rio de água cristalina. Muitos peixes.
Balneário estivado – (para um banho e almoço)
Lagoa das Araras –  Fim de tarde para ver os pássaros retornando ao ninho (é lindo!)
Jantar no espetinho (único local aberto)

2º dia

Cachoeira Serra Azul  – a estrutura do local é ótima, mas é necessário subir 400 e poucos degraus. Fomos com o guia. Lá você tem a opção de retornar da cachoeira de tirolesa. Achei que valeu a pena.
Flutuação no rio Triste  – é possível ver arraias e vários peixes. É lindo!

3º dia

Bóia Cross no Duto do Quebo- para quem quer um passeio descontraído e emocionante, você desce de bóia e passa por uma caverna cheia de morcegos. A paisagem e linda!
Almoço no restaurante Vila da Serra (na Vila bom Jardim), a comida da é boa e barata.  Retornamos para Cuiabá as 14:00, a estrada estava vazia e sossegada.”  Dica da viajante ingrid.kotvan

3. Aripuanã – MT

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Cachoeira Salto das Andorinhas em Aripuanã – Foto: Walter Von Eye /  conhecendomt.com.br

Aripuanã está dentro da floresta Amazônica às margens do rio Aripuanã que possui 2 das mais belas cachoeiras do país, as cachoeiras de Andorinhas e Dardanellos. A região também conta com trilhas e balneários com piscinas naturais. A cidade que fica a 990 km de Cuiabá  na década de 40 foi um dos pontos de desbravamento do Projeto Rondon.

A melhor época para visitar a cidade para quem quer chegar o mais próximo das cachoeiras é entre os meses de agosto a novembro. Já para quem quer contemplar as cachoeiras com máximo volume de água a melhor época é  de dezembro a julho.

Você encontra mais informações sobre Aripuanã aqui e aqui.

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Cachoeira Salto das Andorinhas – Foto: doug.ponks / Flickr

4. Nova Xavantina e Barra do Garças – MT

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Cachoeira da Saudade na Ilha do Coco – Foto: Lourenço Gomes Alves / Instagram: @lourencogomes_

Nova Xavantina e Barra do Garças possuem diversas atrações com muitas trilhas, cachoeiras e piscinas naturais, além de serem base para quem quer se aventurar pela Serra do Roncador. As principais atrações  são:

Rancho Ponte de Pedra

No rio Ponte de Pedra encontram-se várias quedas d’água de 1 a 2 metros de altura, algumas formam belas piscinas de água verde esmeralda.  O local possui área para banho e camping. O acesso é pela BR 158, entrada à direita no km 155, sentido Barra do Garças. A visitação pode ser feita durante todo o ano e precisa ser autorizada pelo proprietário, Marinho.  Mais informações aqui

 Cachoeira da Saudade

O local é mais conhecido como cachoeira da Ilha do Coco, possui três quedas d’água, totalizando 22 metros, com paredões de pedra ideais para a prática de rapel. Tem fácil acesso e possui área para camping. A cachoeira é muito visitada durante o período da seca (maio a outubro), mas fica dentro de uma área particular e a entrada precisa ser autorizada pelo proprietário.

Olho D’Água

Está localizado a cerca de cinco km do centro do setor Xavantina, no Sítio Morada Ecológica, é uma nascente de águas límpidas que forma três fervedouros, de propriedade de Julio, só pode ser visitada mediante autorização. Estrada do bairro da Palha.

Cachoeiras do Bateia

O córrego Bateira fica em propriedade particular e está localizado a 60 km do centro de Barra do Garças. São 17 quedas d’água e muitas piscinas naturais com águas transparentes e esverdeadas.  O acesso para a propriedade é feito no km 42 da BR 070 sentido Cuiabá. Da sede da propriedade até as cachoeiras são 12 km, sendo que os últimos 5km devem ser feitos em um veículo 4×4 ou a pé.   Tracklog aqui

Serra do Roncador

Park Portal do Roncador

Fica nos pés da formação rochosa conhecida como Dedo de Deus e possui cavernas, cachoeiras e mirante, além de esconder lendas e histórias místicas sobre seus portais. A base para a visitação do local é o Park Portal do Roncador, no km 90 da BR 158. Falar com Maurinho.

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Complexo do Bateia – Foto: Carol Danelli / Laboratório Info Campus UFMT

5. Primavera do Leste – MT

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Lagoa Encantada – Foto: Thyago Ribeiro / Panoramio 

“Eu não sabia que no Mato Grosso tinha mar…”

Foram exatamente essas as palavras despejadas imediatamente da minha boca, sem sequer pensar no que estava dizendo, quando me deparei com a Lagoa da Lua. Tive a sensação de que estava dentro de um bote no meio do mar, e sem ser exagerada, o do Caribe.

Em um sábado, ás 5 da manhã, acordei, peguei minha mochila, algumas guloseimas e parti com mais 3 amigos, rumo à Primavera do Leste – MT pela BR 251 e BR 070. Sim, sei que optei pelo caminho mais longo, porém a estrada é nova e sem transito pesado de caminhões.

Em Primavera do Leste, encontrei o pessoal do mergulho, Rogério e Weder. Rogério é instrutor de mergulho, e tem só no Mato Grosso, 16 anos de profissão. Tanto tempo assim e eu só fui descobrir essa maravilha pertinho de mim, agora. De Primavera até a Lagoa, são mais 25 km, sendo que uns 8 desses é estrada de chão, em perfeitas condições.

A Lagoa da Lua fica em uma fazenda, propriedade particular, área preservadíssima e a única pessoa que tem permissão para fazer essa atividade lá é o Rogério. Cara gente boa, super simples, com um coração que não cabe dentro dele. Somente ele possui a chave da porteira que dá acesso à lagoa, então, se quiserem conhecer o lugar, e aconselho, falem com o Rogério. Sozinhos não conseguirão, até porque, somente ELE pode entrar. Possui 8 metros de profundidade, podendo chegar a 10 em época de chuva. E as nascentes ficam maiores. Quase não tem peixes, apenas filhotes de tucunaré e cará, mas o mais encantador da Lagoa são as nascentes. A água é natural e deliciosamente com uma temperatura fixa de 26 graus. Mas você jura que não está em uma Lagoa, porque a cor da água te confunde com os 365 tons de azuis do Caribe. Não é exagero. – Continuar lendo

6. Campo Novo do Parecis – MT

Você não sabia, mas Campo Novo do Parecis provavelmente esteve presente naquela sessão de cinema e nas suas maratonas de filmes sobre viagem no Netflix (sugestões de filmes que a gente publicou aqui, aqui, aqui e aqui). O município é o maior produtor nacional de girassol e milho de pipoca e 42% do seu território é empregado na plantação destes grãos.
Além das belas paisagens dos campos de girassol, a cidade é recortada pelo rio Sacre (rio Verde) com águas cristalinas e esverdeadas que ao longo de seu percurso formam diversas piscinas naturais com leito de areia branca e quedas d´dagua. Um verdadeiro paraíso escondido na região amazônica. Além dos balneários, cujos principais são o Rio Verde e o Hawai, há também 2 cachoeiras monumentais: o Salto Utiariti com 98 metros de queda d`água e o Salto Belo com 45 metros de altura.

Mais informações sobre Campo Novo do Padecis você encontra aqui, aqui e aqui.

7. Jaciara – MT

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Rafting na Cachoeira da Fumaça – Foto: Paulo Henrique Vacario / Instagram: @paulovacario

“Jaciara está localizada ao Sudeste de Cuiabá 142 Km, e possui infra-estrutura de serviços com pousadas, hotéis, restaurantes, balneários, etc.
É uma região produtora de águas termais e minerais .Em Jaciara encontramos lugares de rara beleza, para serem apreciados e fotografados: Rios, Cachoeiras, Águas Quentes, Sítios Arqueológicos, Piscinas Naturais, Parque Aquático, Rapel, Rafting e muito mais atividades: Bóia-Cross, Canoagem, Canyoning, Motocross, Mountain Bike, Off-Road e Tirolesa.
O nome da cidade tem origem na lenda da Índia Jaciara, Senhora da Lua, no texto Vitória Régia, de Humberto Campos. A era região habitada por diversas tribos e povos primitivos e está sob o místico paralelo 15º, que, segundo místicos, são regiões onde as energias cósmicas positivas banham a todos com mais intensidade.
É atualmente conhecida por suas atividades de ecoturismo e aventura, sendo uma das referências em atividades de aventura em Mato Grosso

Atrações: Rafting, Sítio Arqueológico Vale das Perdidas, Rapel e Balneário Cachoeira da Fumaça”  Dica da Viajante Lannna

Mais informações você encontra aqui

Mochileiros.com

Mochileiros.com

O Mochileiros.com é um blog e um fórum para viajantes independentes e mochileiros. Está online desde 1999 e foi responsável pela inclusão do verbete "Mochileiro" na Wikipédia em Português. Possui mais de 10.000 relatos de viagens publicados. Recebeu com muita honra o "Prêmio Influenciadores Digitais" nos anos de 2017, 2018 e 2020.

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