Precisamos conversar sobre o impacto do terrorismo em suas viagens

Olá desbravadores, precisamos conversar sobre o impacto do terrorismo em suas viagens.

Se perguntarmos: O que você fazia no dia do ataque as torres do World Trade Center? Você saberia responder?

Provavelmente para minha geração, esse tenha sido o primeiro contato com um atentado terrorista. A data de 11 de Setembro de 2001 tornou-se para grande maioria, um dia onde o terror ganhou. Eu, assim como muitos, me recordo perfeitamente onde estava ao ver aquelas cenas surreais de dois aviões atingindo as torres e as consequências desse dia.

Em 2012, visitei o que seriam as novas instalações do World Trade Center. Logo eu, uma pessoa de riso fácil e espontâneo, realizando o sonho de conhecer aquela cidade na qual sempre tive uma forte ligação, não conseguiu sorrir nas fotos, sentindo-me abalada ao lembrar e imaginar o terror daquele dia.

Atualmente, em pleno planejamento de mais uma viagem dos sonhos, me deparo com a tristeza de saber que meu país de destino sofreu um ataque terrorista: 17 de Agosto de 2017 em Barcelona.

Dois ataques, duas viagens, duas estratégias: atingir cidades com um volume grande de turistas, onde é possível matar o maior número de pessoas. Os atentados em La Ramba e World Trade Center despertaram nessa humilde viajante vários questionamentos, sendo o principal: Por que tanto ódio contra o diferente?

Acredito que não podemos classificar todos os que habitam o ocidente como “capitalistas exterminadores selvagens”, assim como nem todo muçulmano é um “terrorista em formação”. Precisamos sair de nossas bolhas, respeitar as diferenças e praticar o amor ao próximo em primeiro lugar (a primeira lição que viajar me ensinou).

Existe, para meu total espanto, um mapa interativo do terrorismo. Para que tenhamos ideia, em 2017 já somamos 883 ataques com 5.724 mortes em seu total. São 5.724 crianças, homens e mulheres que tiveram suas vidas interrompidas pela intolerância e fanatismo. E quando falo em intolerância, não se restringe apenas no extremo do terrorismo: está no feminicídio estampando no jornal da sua cidade, na homofobia transmitida na TV ou na xenofobia vivida no cotidiano. Sinto que se nossa visão de mundo não mudar, acabaremos com a humanidade.

Quando digo que viajar me fez sair da minha bolha, respeitar o próximo, me transformando em uma pessoa mais agradecida e menos descrente na humanidade, não significa que você só será uma pessoa melhor se viajar. Significa que ao ver o diferente, aquilo que sai da minha zona de conforto, percebi que o mundo é maior que meu umbigo, que vai muito além do meu cotidiano.

Somos todos indivíduos diferentes, cada um com suas peculiaridades que nos torna únicos. Porque não valorizar e respeitar essas diferenças ao invés de querer unificar todos a uma “raça pura” (lembre-se de Hitler e todo o terror que a filosofia desse homem representa)?

Vamos propagar a solidariedade aos que sofrem nesse momento de profunda tristeza. E minha viagem? Segue firme e forte em seu planejamento, porque não podemos parar diante do terror, se não ele vence.

Gostou desse texto? Leia também sobre mapas interativos para marcar suas viagens.

Au Revoir, Ciao, Hasta Luego, See you later, Até logo!

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Michelle Graça tem 35 anos, Paulista, pós-graduada em marketing estratégico, mochileira, redatora de conteúdo do blog Michellândia, colaboradora do site Mochila Brasil e com uma paixão incontrolável por conhecer o mundo.

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