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Bolívia --> Outubro 2006 --> 13 dias --> Diário de


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Primeiro de tudo gostaria de me desculpar pela demora em postar, pois tive muitas dificuldades ultimamente. Ja fazem 9 meses que realizei a viagem, mas espero que gostem dos relatos....sei que vai ajudar muita gente que pretende visitar nossos vizinhos bolivianos.

 

Me sinto na obrigação de compartilhar estas informações pois todas as dicas que consegui foram graças ao mochileiros que fizeram o mesmo que estou fazendo agora....espero que um dia outras pessoas sigam o mesmo exemplo.

 

Segue abaixo dividido por dias.

 

Um abraço e estou a disposição quanto a dúvidas.

 

Rodrigo

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Preparativo anterior a viagem: Além do roteiro, adquiri passaporte necessário para entrada no país vizinho. Dizem que já é possível adentrar a Bolívia somente com RG, mas não quis arriscar. Além do passaporte, tomei vacina contra febre-amarela e adquiri a carteirinha internacional como comprovante da vacinação. Sem ela não é possível atravessar a fronteira para qualquer país sul-americano. Comprei inúmeros remédios para diversos tipos de sintomas que eu pudesse vir a sentir, além de esterilizador de água chamado hidrosteril, pois dizem que não é indicado o consumo da água da Bolívia.

Comprei antecipadamente a passagem para Corumbá-MS. Providenciei também uma bota confortável que seria uma amiga praticamente inseparável durante toda a viagem.

Equipamento básico:

• Mochila 60 litros

• Mochilinha de ataque

• Bota de couro

• Roupas básicas

• Tênis reserva para emergências.

• Lanterna, canivete multi-uso

• Calculadora

• Câmera digital e 3 pares de pilhas recarregáveis.

 

Deixei para comprar vestuário de frio na Bolívia pois disseram que é muito mais barato por lá do que no Brasil. Minha mochila está quase cheia e percebo que é pequena para enfrentar uma viagem longa deste tipo. Creio que o tamanho ideal seja em torno de 75 litros.

 

Chega de conversa fiada e vamos ao que interessa. Daqui para frente começa meu depoimento sobre a viagem aos nossos vizinhos bolivianos.

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29/09/2006

 

A viagem foi iniciada as 11:25h, portanto com 25 minutos de atraso, saindo do terminal da Barra funda – SP. O terminal é grande, bem conservado e sinalizado. Havia comprado a passagem com antecedência de 20 dias no balcão da Viação Andorinha, na Rodoviária de Santos-SP ao custo de R$ 194,56. Serão aproximadamente 22 horas de viagem, cortando o pantanal Matogrossente até a chegada em Corumbá-MS, cidade limítrofe do Brasil – Bolívia.

O ônibus é bem confortável, possui ar-condicionado, banheiro e fornecem água mineral em copos lacrados.

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30/09/2006

 

Chegada a rodoviária de Corumbá as 09:00h. Parada para desembarque de passageiros.

Após 15 minutos o ônibus seguiu pela pequena cidade de Corumbá, passando pela ponte sobre o Rio Madeira, que separa os dois países. Parada final na imigração, onde preenchi o papel de entrada e carimbei o passaporte. Neste momento começou o assédio de cambistas e taxistas. Paguei R$ 7,00 num táxi caindo literalmente aos pedaços. Não quis perder muito tempo negociando pois meu maior medo era não conseguir comprar a passagem para o mesmo dia, pois hoje é sábado, o único dia da semana em que só a saída de um trem. Nos demais dias, saem 2 trens.

O bilheteiro pediu o passaporte e o número fica registrado na passagem. Paguei em dólares. Dei uma nota de US$ 20 e peguei 45bls de troco. A passagem no trem Regional custou 115bls na categoria Pullman, a melhor do trem. A taxa de cambio foi de 1 U$  8bls.

Troquei R$ 20,00 por 65bls, cambio equivalente 1U$  7,5bls. Na imigração me ofereceram 1U$  7,8bls mas recusei pois disse que só cambiaria se fosse 1U$  8bls e o cara não aceitou. O taxista e a senhora do câmbio me falaram que o câmbio na fronteira não tem a força que tem em Santa Cruz de la Sierra pois não tem muito giro de moeda.

A estação de Puerto Quijarro é bem arrumada e policiada, me senti seguro no local, diferente do vilarejo feio de ruas de terra batida.

Atrasei o relógio em uma hora devido ao fuso horário.

O trem saiu pontualmente as 11:45h, horário que constava na passagem.

O trem Regional é bem simples, mesmo na melhor classe que é a pullman, na qual estou. Não há ar condicionado e faz muito calor. Devia estar perto dos 35 graus. O trem balança mas não tanto quanto eu imaginava. O trem faz parada nos vilarejos por qual vamos cruzando e os locais entram no trem para vender alimentos. As 19:00h parou-se num vilarejo maior, chamado Estación Roboré. Ficamos parados cerca de 40 minutos, tempo suficiente para provar as saborosas empanadas de queijo e carne, muito semelhantes aos nossos pastéis fritos. A comida é muito barata. Paguei 1bls por cada empanada e 1bls por sucos

A noite o trem tem iluminação, porém devido ao calor, as janelas estão todas abertas e a luz começava a atrair os mosquitos, assim as pessoas começaram a pedir para apagar as luzes após a janta. Eu também já começava a me sentir incomodado com tantos insetos. Antes disso, amarrei as alças de minha mochila no compartimento de bagagem, para prevenir um possível furto em quanto eu estivesse dormindo e também para me sentir mais tranqüilo. Deixei a mochila de ataque (onde carregava a maquina digital, água, comida, mapas e o diário) entre minhas pernas e a amarrei com um cordão na poltrona. Quando as luzes se apagaram, tentei dormir. Acordei diversas vezes pois as poltronas quase não se reclinavam, muito desconfortável para se dormir.

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01/10/2006

 

Chego a Santa Cruz de la Sierra as 08:30h. Gostei da estação bimodal (trem e ônibus), é bem grande e bem sinalizada e limpa. Possui guarda-volumes, banheiros e duchas para banho, pagando-se pequenas taxas para sua utilização.

Fui atrás de passagem direta para La Paz. Havia opção de ir para Cochabamba e de la comprar passagem para La paz. Diziam ser mais econômico, mas eu preferi mais conforto pois já não dormia em uma cama há 2 dias e ainda enfrentaria mais uma noite antes da tão sonhada noite em uma cama vertical. Negociei na viação TransCopacabana em um bus cama de 3 filas.Negociei o preço, de 150bls caiu para 140bls e a saída estava marcada para 17:30h.

Cambiei US$ 20,00 ao câmbio de 7,95bls. Aproveitei para ver o preço de alguns hostels. Decidi não me hospedar pois estava tudo muito caro. O mais barato que encontrei estava 30bls e o lugar não me agradou. Bom, não me sentia cansado e como é inicio de viagem, resolvi economizar.

Peguei um ônibus local e fui conhecer a praça principal da cidade. A praça tem casarões antigos e uma igreja muito bonitos. A praça é muito bem conservada.

É necessário pagar taxa de embarque de 3bls que é uma taxa para se manter a estação bimodal arrumada.

comprei a famosa soroche pill, 5 pilulas por 12,5bls. A senhora da farmácia me orientou como tomar a primeira em Cochabamba e depois 1 de 6 em 6 horas.

Meu ônibus partiu as 17:40h.Adorei o ônibus assim que entrei. Ônibus semi-leito de 3 filas conforme havia combinado. Todas as poltronas tinham cobertor, 2 televisões na qual passaram um filme. As poltronas são super espaçosas e confortáveis. São ao todo 26 acentos contra 42 da Andorinha. O ônibus boliviano está todo ocupado e ninguém viaja no corredor.

A subida começa já de noite e toda ela é sinuosa até a chegada em Cochabamba. No meio do caminho de subida começo a sentir dor de cabeça fraca e tomei um dorflex e melhorou. Neste tempo, o calor de St. Cruz desaparece e começa a esfriar e coloquei meu casaco.

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02/10/2006

 

Cheguei em Cochabamba as 02:40h, 9h de viagem. Parada para abastecer o ônibus e aproveito para descer e urinar. Tomei pouca água no caminho com medo de ficar com vontade e o motorista não fazer paradas, e realmente, só fez aquela após 9h.

A esta altura já estava muito frio. Devia estar dentro do ônibus uns 5 a 10 graus.

Volto a dormir e acordo com o nascer do sol em plena Cordilheira dos Andes, no Antiplano

Até o momento, 7:00h, não senti nada da doença de altura, nem dor de cabeça, nem dificuldade de respirar.

Chego em La Paz as 8:30h, portanto 15h de viagem. La Paz está em uma depressão, parece que foi construída dentro de um grande buraco.

Ao sair do terminal, peço ajuda à polícia turística para tomar um táxi confiável. Fechei em 6bls para me levar até a Calle Sagarnaga, rua onde mochileiros do fórum haviam indicado bons hostels. A polícia turística anotou meu nome, a placa do táxi e o destino a ser tomado, me deixando muito mais tranqüilo.

Chegando a Calle Sagarnaga, entrei em vários Hostels, entre eles: Maya, Sagarnaga no qual eu tinha indicação, entretanto, não era o que eu esperava, não gostei deles e estavam com preço acima do planejado, que era gastar no máximo 40bls na diária.

Esta rua fica na parte turística de La Paz, onde todos os gringos se hospedam. Toda a área turística é muito bem policiada. Possui muitas agências de turismo onde se podem comprar diversos passeios e passagens para outras cidades.

Fui ao Hotel Torino que ficava na Calle Socabaya mas detestei o hotel. Me pareceu um hotel de filmes de terror, corredores estreitos e escuros, com piso de madeira e a cada passo um rangido diferente, além de que fica um pouco distante do movimento dos turistas...enfim, não recomendo se hospedar la. Assim, só restava conhecer o Hostal Copacabana, entre os que eu tinha indicação. O Hostal Copacabana fica na Calle Illampu.

As ladeiras de La Paz são muito cansativas e tive que parar diversas vezes para pegar fôlego. Agora começo a me dar conta que não é lenda a tal da falta de ar...

O Hostal Copacabana foi o melhorzinho que encontrei na faixa que eu estava disposto a pagar, negociei e de 47 saiu por 43bls com baño compartido, desayuno e internet grátis. Gostei do ambiente do hostal e fica próximo a Calle Sagarnaga.

Perguntei na recepção onde podia encontrar roupas de frio baratas. Indicaram-me local próximo ao hotel. Saindo dele, virando a esquerda, era a primeira rua. Havia diversas barraquinhas com roupas de diversos gostos. Encontrei uma jaqueta muito bonita por 75bls. Pechinchei e saiu por 70bls. O casaco era feito de polar por dentro e por fora era a prova d’água e corta-vento. Era tudo o que eu procurava e não pude acreditar como foi barato. No Brasil, um casaco desses não se encontra por menos de 150 reais. Aproveito e compro luvas e meias de pêlo de alpaca. De 20bls saiu por 18bls.

Começo a me sentir mal, com estômago enjoado e resolvo ir para o hotel e descansar um pouco. Tento durmir um pouco e acordo com uma câimbra enorme na batata da perna. Recordo-me que disseram que o soroche pill causava câimbras pois retirava potássio do corpo e também desidratava. Parei assim de tomar o comprimido, após ter tomado dois. Tomei um em Cochabamba e outro quando cheguei em La Paz.

Não me sentindo bem e ainda faltava comprar o passeio para o Chacaltaya e Valle de La Luna, nem pensei em pesquisar preços. Fui direto à agência ligada ao hostal. Contratei o passeio por 50bls com saída as 8:30h do dia seguinte e combinei de me pegarem no hotel. Paguei mais barato do que tinha pesquisado nos relatos.

Passei muito mal a noite, vomitando diversas vezes e pouco consegui dormir.

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03/10/2006

 

Acordo ainda um pouco enjoado e com aquele pressentimento que não iria agüentar enfrentar a subida da montanha Chacaltaya.

Desço para tomar o desayuno, o café é bem simples. Buscam-me no horário combinado e partimos em uma besta com 8 turistas + guia e motorista.

Partimos em direção ao Chacaltaya, que dista aproximadamente 30km de La Paz.

Chacaltaya é a pista de ski mais alta do mundo. Seu acesso se dá por uma estrada íngrime, estreita e sinuosa e vou segurando meu enjôo até a chegada ao refúgio que fica a 5300m de altitude.

paga-se 10bls pela entrada.

São cerca de 100m de subida, entre o refúgio e o cume. É cansativo mas a paisagem é muito gratificante, ainda mais para alguém que nunca tinha visto neve ao vivo.

Chego finalmente ao cume após aproximadamente 25 minutos de caminhada. A vista é inacreditável.

Saímos do chacaltaya as 12:00h, seguindo para La Paz, onde cruzamos toda a cidade, indo em direção ao sul, onde iríamos visitar o Valle de La Luna. A entrada custa 15 bls. É um parque muito bem conservado e com boa infra-estrutura turística. As erosões nas rochas são enormes e interessantes.

No caminho de volta ao hotel, pude ver, a montanha Illimani. É o maior pico em altitude da Cordilheira Real, com 6462m de altitude. Todo nevado, é um vulcão extinto.

A noite peguei um táxi e fui conhecer um Pub chamado Mongo’s. Gostei muito do ambiente do bar, com musica ao vivo e é lotado de gringos.

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04/10/2006

 

Acordei já melhor do estômago, tomei café da manhã e fui conhecer a Plaza Murillo (a principal praça da cidade onde se encontra o palácio do governo). Foi uma caminhada de uns 15 minutos pelas ladeiras de La Paz. Foi fácil de localizá-la pois era muito próxima ao Hotel Torino.

De lá peguei um táxi até o mirador publico por 6 bls. De lá se tem uma boa visão da cidade e do Illimani. a montanha cartão postal de La Paz, com 6462m de altitude. Paga-se 3,50 bls para entrar no mirador.

Na volta peguei táxi até o Mercado de Lãs Brujas por 8bls. La se encontra todo o comércio de antigos indígenas, como amuletos, fetos de lhama embalsamado, que são usados em diversos rituais de origem indígena. Não gostei nada.

Voltei ao hotel e peguei minha mochila, fechei minha conta no hostal, me despedi da atenciosa atendente e peguei táxi até o Cementério, de onde saem os ônibus públicos para Copacabana. Paguei 8 bls no táxi e 15bls no microônibus.

Levei a mochila comigo no ônibus, assim me sentia mais seguro. A viagem durou aproximadamente 4 horas.

Durante boa parte da viagem, podia-se ver as montanhas nevadas a direita e o lago Titicaca a esquerda.

Em um momento, após umas 3 horas de viagem, chego ao Estreito de Tiquina.

O estreito de Tiquina separa a parte sudeste do lago do restante dele.

O ônibus atravessa o canal em uma balsa pré-histórica toda de madeira, que parece um caixote e os passageiros atravessam de lancha e aguardam do outro lado pela travessia do ônibus. A lancha custou 1,5bls.

Cheguei a Copacabana as 16:30h, a tempo de ver o tão famoso pôr-do-sol.

Desembarquei em um praça e saí a procura de hostal para me hospedar, meio que perdido pois não tinha mapa daquela cidade. Segui em frente e virei a esquerda na primeira rua e pude perceber que o lago ficava naquela direção. Fui abordado por uma senhora de uma agência, me oferecendo um hostal. Me mostrou foto do quarto e me apontou p/ o hostal que estava bem ao lado. A foto tinha me agradado e o hostal por fora era muito bonito. Perguntei o preço e ela disse 40 bls com desayuno incluso. Fui então conhecer o quarto e adorei. Aceitei de imediato. O nome do hostal é Las Kantutas e fica ao lado do Hotel Ambassador, de cor rosa, que havia sido elogiado por mochileiros.

Deixei minhas coisas no quarto e fui até o lago ver a paisagem. O pôr-do-sol é bonito e muitos turistas aproveitaram para tirar fotografias, inclusive eu.

A noite fechei o passeio para a Isla del Sol, na mesma agência na qual me apresentou o hostal, por 20bls após pechinchar é claro. Consegui 5bls de desconto.

Saí para experimentar o famoso prato de truta do Titicaca. Fui em direção ao lago onde havia visto diversos restaurantes. Uma menina me abordou e mostrou suas opções de comida. Vi que havia truta e o ambiente era aconchegante e climatizado e resolvi entrar. Naquela hora já fazia muito frio e eu estava todo encapotado. Comi o menu turístico por 17bls. Prato de entrada sopa de quinua (um cereal típico na Bolívia) que estava muito bom, prato principal arroz, fritas e truta ao molho de salsa e alho, gostoso também. Sobremesa uma torta de limão. Ainda tomei uma coca e tudo saiu por 23 bls. Dei 25 bls deixando a gorjeta para o garçom que me atendeu muito bem e conversou comigo em português.

Voltei para o hostal e dormi, sabendo que no dia seguinte teria um longo dia pela frente.

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05/10/2006

 

Fui em direção ao lago de onde saem as lanchas para os passeios no Titicaca.

Embarquei rumo a Isla del Sol. A lancha vai devagar e demora cerca de 2 horas e meia para chegar ao lado norte da ilha. Sigo o nosso guia por cerca de 45 minutos até as ruínas Chinkana. O guia é malandro e pede propina aos turistas para contar segredos dos locais por onde visitávamos. Eu não dei dinheiro algum, porque também não tinha bolivianos, somente dólares.

Para visitar as ruínas paga-se 10bls.

Após a visita, pode-se optar em fazer a trilha de 10km para o lado sul da ilha ou retornar ao barco. Quem opta por fazer a trilha, se compromete a estar no horário combinado do outro lado, ou então ficará para trás, tendo que dormir na ilha e retornar no próximo dia.

Eu optei em fazer a trilha é claro, como adoro aventuras e estava na Bolívia atrás disso.

A trilha é muito cansativa, não há palavras para descrever. Pensei diversas vezes o quanto arrependido eu estava por optar em fazer a trilha e já começava a chingar os Incas. Praticamente não havia plano, era somente subidas e descidas íngrimes, eu parava a toda hora para tomar fôlego. A paisagem muitas vezes reconfortava por tamanha beleza

Cheguei ao destino após quase 3 horas de caminhada. Estava morto de cansaço. O barco partiu de volta lá pelas 16:00h e cheguei em Copacabana as 17:30.

 

La pelas 22:00h fui dormir pois pretendia pegar a van para La Paz as 4:00h da manhã para conseguir chegar a tempo em Oruro e pegar o trem para Uyuni.

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06/10/2006

 

Peguei a van para La Paz na praça, que partiu as 4:40h. Paguei 17bls. Cheguei em La Paz, no cementério por volta de 8:00h e peguei um táxi até o terminal de bus. O cara queria 12bls. Negociei e saiu por 6bls. Os bolivianos vêem as pessoas que têm cara de turista e jogam o preço la em cima para explorar, portanto pechinche em tudo que puder. Comprei passagem para Oruro pela Trans Naser que sairia as 08:30h. A atendente logo quis me cobrar 20 bls. Falei que pagava 15 bls e ela aceitou. Tive que pagar a taxa de uso do terminal e se foram mais 2 bls.

O ônibus até que era bonzinho, com TV e colocaram um filme para assistir durante a viagem. O ônibus perdeu muito tempo parando na cidade pegando mais passageiros e o ônibus ficou lotado e teve gente que foi em pé. Os bolivianos pegam o ônibus na rua pois assim evitam de pagar a taxa de manutenção do terminal de bus. Eu fui sentado com meu mochilão no meio das pernas e estava muito apertado. Não senti segurança em colocar a mochila no bagageiro. Ainda bem que não pus pois toda hora embarcava e desembarcava pessoas e toda hora abriam o bagageiro para pegar ou colocar malas.

Cheguei a Oruro por volta de 12:30h. Achei a cidade feia e suja e não me senti seguro nela apesar de não ver nenhuma ação que denegrisse a imagem da mesma.

Tomei um táxi até a estação de trens e saiu por 4 bls. Desta vez já estava muito barato e nem pechinchei. Deixei minha mochila no Guarda-equipaje e me custou 3 bls. Comprei a passagem de trem, classe Ejecutivo no trem Expresso del Sur por 101 bls, com saída as 15:30h.

Gostei também da estação de trem de Oruro, bem organizada, limpa e bonita.

O trem era muito mais confortável do que o Trem Regional e não balançava tanto, além de ter ventilador, TV de 29’’, poltronas mais reclináveis e calefação. Possui vagão-restaurante onde acabei conhecendo várias pessoas. Chegada a Uyuni, por volta de 22:30h. Estava muito frio.

Assim que se desembarca, começa o assédio de pessoas oferecendo passeios no Salar de Uyuni mas não dei muita atenção a eles pois queria negociar com mais calma logo pela manhã. Foi bom negociar na manhã seguinte pois quanto mais perto do horário de saída dos passeios, consegue-se barganhar e os preços ficam realmente mais em conta.

Me hospedei junto com uma galera que conheci no trem. Ficou 25 bls por pessoa, em quarto compartido para nós quatro e baño compartido.

O hostal chama-se Los Cactos. Já havia lido sobre ele em relatos e não haviam recomendado. E, realmente, era uma espelunca mas estava tarde e frio para procurar outro hostal e logo cedo sairia para o tour de 3 dias no deserto e achei por bem, ficar com meus novos amigos.

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