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Buenos Aires - 8 dias [sozinha]


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  • Colaboradores

Olá Pessoal.

 

Estou aqui para relatar minha viagem de oito dias à Buenos Aires, em maio deste ano.

Como já existem muitas informações e relatos sobre a cidade, meu relato é mais um depoimento e incentivo para você que ainda tem receio de viajar sozinho. Além disso, acho justo colocar aqui minha experiência, uma vez que foi aqui pelo site que obtive a maior parte das informações necessárias para minha primeira viagem de mochila e sozinha.

 

Neste ano eu não tinha intenção de fazer nada em meus 20 dias de férias, mas o destino me reservava outra coisa ou melhor, outras coisas! Minha irmã me mandou uma superpromoção de passagem aérea para Buenos Aires - estava muito barato (R$ 500 – ida e volta) pela Pluna -, então comprei por impulso, duas semanas antes das minhas férias, e comecei pesquisar, aqui no Mochileiros, o que deveria fazer na cidade.

Para a minha surpresa, encontrei um tópico só de pessoas que estariam em Buenos Aires em maio, então comecei meus primeiros contatos com a galera e troquei muitas informações.

 

Como “marinheira de primeira viagem” tentei me organizar o máximo que pude:

 

:: Reserva de Hostel

Fiz tudo pela internet e paguei a reserva com meu cartão de crédito. Tudo seguro, não tive nenhum problema. ::otemo::

 

Reservei minhas primeiras diárias em Buenos Aires, no Obelisco Hostel, indicado por uma amiga, mas acabei ficando no MilHouse Avenue (http://milhousehostel.com/portugues/), pois fiquei sabendo que era bem mais agitado pra quem estava indo sozinha, como era o meu caso. Depois comentarei melhor sobre o MilHouse Avenue, mas desde já digo que SUPERRECOMENDO!

 

Minha dica aqui é que não reserve todos os dias de hospedagem antecipadamente, pois se não gostar do Hostel, tem como mudar, pois eles não devolvem o valor da reserva. Tenho um amigo que foi “obrigado” a ficar no Hostel chato dele, pois já tinha reservado e efetuado o pagamento antecipadamente. ::putz::

Mas fique atento, em alta temporada alguns Hostel não aceitam reserva... é chegar lá e tentar a sorte grande de achar uma cama disponível!

 

:: A minha “companheira de viagem”

 

Como poderia viajar de mochila, sem uma mochila?! Isso “no ecziste”, então pesquisei um pouco sobre as mochilas cargueiras e comprei uma Curtlo Adventure 60L (http://www.curtlo.com.br/produtos/prod384.asp) na Casa de Pedra.

Ela deu conta do recado! Pegou chuva e não molhou minhas roupas, é adaptada para mulher, coube mais roupas do que, de fato, precisaria ter levado. Recomendo! ::otemo::

 

:: A troca de dinheiro

 

Como já haviam me alertado que a troca de Real por Peso aqui no Brasil é um abuso, troquei apenas o essencial para pegar um táxi do aeroporto até o Hostel. Não me preocupei muito com isso, pois eles também aceitam Real, então é supertranqüilo.

 

ATENÇÃO: não troque dinheiro no aeroporto e troque o mínimo necessário aqui no Brasil, pois lá o câmbio é simples e com uma ótima cotação. Você pode ir a qualquer Banco que tenha câmbio e efetuar a troca. Pesquise as cotações e, importante, os Bancos fecham às 15h lá.

 

Um fato engraçado é que fui cambiar no Banco de La Nación Argentina, da av. Paulista, e eles não tinham Pesos há alguns dias... Pensei: Nossa, como o Banco da Argentina não tem moeda argentina para troca?! Loucura! Enfim... ::ahhhh::

 

:: A viagem

 

Com passagem, reserva de hostel, dinheiro e cartão de crédito internacional no bolso, saí do Brasil com o seguinte roteiro: São Paulo - Buenos Aires – Colônia Del Sacramento – Montevidéu – Buenos Aires – São Paulo.

 

O vôo não atrasou e, como na noite anterior eu estava muito ansiosa por causa da viagem e não tinha dormido, até dei umas cochiladas... só acordei em Montevidéu, onde fiz escala para Buenos Aires, com atraso de 2h.

 

Sobre a cia aérea – Pluna – se eu puder, não viajo mais por ela. O avião é bem pequeno, balança bastante, a poltrona não é nada confortável e, pra quem tem pernas cumpridas como eu, passa uma viagem apertada. Nada é de graça, nem água! Tudo pago e em dólar! Não recomendo! ::bad::

 

Bom , mas a empresa cumpriu o contrato e me desembarcou no Aeroparque Jorge Newbery. Esse aeroporto é o mais próximo do centro de Buenos Aires, uns 30 minutos, no máximo. Vi muita gente reclamando de desembarcar no Aeroporto Internacional Ezeiza, que fica à 2h do centro de Buenos Aires, o que requer maior gasto com táxi... Como, geralmente, um mochileiro não tem muita grana sobrando, fica o alerta!

 

Desembarquei meio desesperada em BUE, sozinha, tensa, juro que me deu vontade de voltar... mas decidi seguir em frente e fui preencher a papelada da imigração. Quero deixar registrado aqui que meu inglês é precário e meu espanhol não chega ao intermediário, o que me rendeu idas e vindas até preencher corretamente o papel da imigração. Nisso, encontrei 3 brasileiros mais perdidos do que eu... e como sou uma pessoa solidária, fui ajudá-los com a papelada da imigração, afinal já estava perito naqueles papéis...

 

Conversa vai e conversa vem, os meninos decidiram se juntar a mim e se hospedarem no MilHouse Avenue, só que pra isso, EU deveria chamar um táxi e negociar o valor, já que eu era a única com noções de espanhol e maior cara de pau! ::hãã2::

 

Saímos do Aeroporto e negociamos com um táxi de rua, já que imaginamos que os do aeroporto sairiam bem mais caros! Consegui negociar o táxi por 50 pesos para dividir por quatro. Bom negócio! Menos de 15 pesos pra cada um. ::otemo::

 

O trânsito de Buenos Aires é tão caótico como o de São Paulo, muitos ambulantes vendendo bandeiras argentinas... eu pensei: “Que bonito o amor que esses argentinos têm por sua nação!”, mas aí fomos surpreendidos novamente! Era a semana do feriado do Bi-centenário! A cidade estava um caos, muitas pessoas nas ruas, palcos sendo montados, uma loucura... “Oba! Cheguei pra festa!” ::otemo::

 

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Trânsito de Buenos Aires

 

Ainda no trânsito o Luis, um dos brasileiros que dividi o táxi, tentou comprar uma bandeira da Argentina, mas tentou negociar o valor com o ambulante... Luis mal tinha aberto a boca para pedir desconto, o argentino solta um “BRASILEÑO!” meio indignado e cerrou os punhos, fazendo sinal de “mão de vaca”... hilário!

Após uns 30 minutos chegamos ao Hostel. Que maravilha! Foi paixão à primeira vista! Superorganizado, staff supersimpático, clima agradabilíssimo! Logo acharam a minha reserva e liberaram meu quarto. Os meninos que vieram comigo também conseguiram quarto disponível.

 

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:: O Hostel

 

Dividi um quarto com cinco meninas! O colchão é agradável e o chuveiro era uma delícia. Uma vez por dia eles limpavam o quarto e lavavam o banheiro. Apesar de o Hostel se tornar uma balada, depois das 22h, o barulho não sobe até o quarto. Pra quem quer descansar, é tranqüilo.

Todos os dias até as 10h é servido o café da manhã (incluso na diária), nada demais, mas dá pra matar a fome (pão, cereais, sucos, leite, chá, frutas e doce de leite).

 

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Fachada do Hostel

 

As áreas de convivência também são limpas, a cozinha equipada para quem preferir se arriscar preparar sua própria refeição.

O hostel é muito legal pra quem viaja sozinho, tem várias atividades diárias e uma agência de viagem.

 

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Subi ao meu quarto e qual não foi minha surpresa? Tinha um recado da mochileira Andréa, aqui do site, no meu locker! Dizendo que tinha saído pra dar uma volta, mas que nos encontraríamos em breve! Foi muito legal! Estávamos no mesmo quarto...

 

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:: Continuação da Viagem

 

Já era noite, umas 19h, e como não queríamos perder tempo, combinei com os meninos de nos encontrarmos no saguão em 30 minutos para sair pra fazer o reconhecimento do bairro e jantar. Naquela noite jantamos num hotel, comida boa! Pedi um salmão, uma delícia, mas engana-se você se acha que vem acompanhamentos. Pediu salmão é só o salmão...hehehe. Como estava com fome, acabei pedindo uma batata recheada também. Tudo regado a Quilmes, é claro!

 

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Andamos um pouco, tinha muita gente nas ruas, devido ao Bi-Centenário, e voltamos ao Hostel. Sem dúvida o MilHouse foi responsável por eu ter adorado essa viagem, pois o Hostel é uma festa só. Às 22h tem uma baladinha no próprio hostel, para animar a galera pra sair pra balada mais tarde. Bem legal, eles fazem de tudo pra interar a galera.

Naquela mesma noite encontrei a Andréa e a Patrícia, duas cariocas que tornaram minha viagem bem divertida! E como já estavam na cidade há um tempo, me deram muitas dicas! Conversamos um pouco e fomos para a baladinha do Hostel e depois para a Crobar. Essa foi, sem dúvida, a melhor balada de Buenos Aires para mim. Não curti a Pachá... muita droga rolando! Não curto!

 

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"Esquenta" no Hostel

 

Não vou detalhar aqui os passeios turísticos, pois são os mesmos que todo mundo faz, deixo as fotos registrarem o momento!

 

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Fiz tudo com calma, nada de pressa pra conhecer os arredores. Andamos de metrô, de ônibus, de táxi, tomamos café na Cafeteria Martinez, tomamos o sorvete Fredo de Dulce de Leche, visitei os principais pontos turísticos, fui ao tango, tudo que você já deve conhecer de Buenos Aires, pelas pesquisas...

 

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:: O que fiz que muitas pessoas não fazem

 

- Visitei a livraria El Ateneo, simplesmente MARAVILHOSA! Vale muito a pena visitar e é de graça! Pena eu não ter conseguido fotografar a abóbada...

 

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Livraria El Ateneo

 

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Livraria El Ateneo

 

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Livraria El Ateneo

 

- Fui à Cidade de Luján, onde tem o famoso Zoo de Luján. Lá você pode entrar nas jaulas e tirar fotos com os animais. Experiência imperdível!

 

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Zoo Luján

 

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Zoo Luján

 

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Zoo Luján

 

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Zoo Luján

 

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Zoo Luján

 

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Basílica de Luján

 

:: É fato

 

- Não feche o tango aqui no Brasil, é um absurdo! Eu preferi um tango tradicional e fui no do Café Tortoni;

- Não considerei que compensasse fazer compras lá... comparando custo x benefício, não vi muita vantagem, mas também não fui com essa intenção, então não pesquisei muito;

- A cidade é segura, mas vale sempre ter atenção com os seus pertences. Ouvi muitas histórias de turistas que foram furtados;

- Buenos Aires é uma cidade noturna. Aproveite a noite desta cidade, vale muito a pena.

 

:: Ah, as amizades!!!

 

As novas amizades conquistadas realmente fazem diferença na viagem... conheci Luiza, Thaís, Kika, Andréa, Patrícia, Willian (Gaúcho), Victor, Luis, Willian (Paulista), Léo (Paulista), Moa, Rafael, Léo (Campinas), Bruno (Pernambucano), Bruno (Carioca) Henrique, Fábio (Espanhol), Trondr (Norueguês), Lauren (Australiana), Paola (Peruana), Marcos, Andy (Australiano), Fernando, dois marinheiros e um judoca que esqueci o nome... decidi citar algumas das pessoas que conheci nessa trip e que ainda mantenho contato, pra exemplificar que numa viagem sozinho, a coisa mais rara vai ser você ficar sozinho!

A turma era muito animada e tornou minha viagem mais do que especial! Foi aí que decidi mudar o roteiro de minha viagem e ficar só em Buenos Aires.

 

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Como disse no início do meu relato, este é mais um incentivo pra você que tem receio de viajar sozinho! Não precisa ter medo e depois que você viajar sozinho pela primeira vez, vai ser mais criterioso na hora de aceitar uma cia.

 

Eu já estou programando a minha próxima aventura e advinha quem vai comigo?! Minha companheira de aventuras, minha mochila!

 

É isso aí! Espero ter contribuído com meu relato!

 

ATENÇÃO: sua dúvida pode ser a mesma dúvida de outros mochileiros portanto, procure deixá-la registrada aqui abaixo. Evite MP. Terei muito prazer em esclarecer todas as dúvidas.

 

Abraços.

Angela.

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::hãã2:: Muito Legal o Seu Relato!! Show de bola e parabéns por não desistir !! :)

 

Estou indo amanhã para Argentina com 2 amigos e vamos passar um mês por lá, desde B.As. até Ushuaya !! vamos postar depois nosso relato tbm, espero que possamos deixar legal assim tbm como o seu, com fotos e etc !! ::hãã2::

 

Estaremos colocando algumas informações,dicas etc diariamente no twitter, quem quiser pode nos seguir :)

http://www.twitter.com/sodemochila

 

Beijossss!!!

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  • Colaboradores

Olá FelipePendragon!

 

Essa sua viagem vai ser show, heim? Conheço uma pessoa que fez + ou - esse roteiro e disse que foi sua melhor trip! Tire bastante fotos, pois os lugares são maravilhosos!

Ah, e não esqueça de postar aqui a sua aventura, para encorajar mais pessoas a pôr o pé na estrada!

 

Beijos.

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