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Buenos Aires e Bariloche Julho/2011 - 15 dias (casal) com fotos


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Como TODOS que frequentam o Mochileiros, estou fazendo minha parte ao retribuir a enorme ajuda que recebi do site e dos amigos participantes, para que nossa viagem tenha sido um sucesso.

Este relato é sobre nosso (eu e minha esposa) primeiro mochilão, realizado de 17 a 31 de julho de 2011, quando a ideia era conhecer Buenos Aires, Bariloche e Pucón (Chile), mas como nem tudo sai como o planejado, tivemos que alterar um pouco o roteiro devido às más condições de estrada entre Bariloche e Pucón, mas aí é que mora a graça de uma mochilada não é?

 

1º dia - Buenos Aires/Feira de San Telmo: Após duas horas de vôo - SP/Uruguai - espremidos como sardinha, pagando 3 dólares na água - chegamos em Montevidéu, quando deveríamos fazer a conexão para Buenos Aires às 12h20, o tempo não ajudou e acabamos tomando o famoso “chá de aeroporto” e o vôo só saiu às 13h45...

Finalmente chegamos ao Hostel (Florida) por volta das 16h, fizemos o check in e saímos para comer, pois até o momento estávamos apenas com uma coxinha de R$ 5,50 do aeroporto (!). O lugar mais perto - e confiável no momento - era o McDonalds (nos sentimos em casa), mas não tinham o Big Mac, na Argentina eles comem o “Triple Mac” ou seja, um Big Mac com 3 hambúrgueres...Depois saímos para caminhar e conhecer a região, estava muito frio, o vento cortava – agora entendo porque os argentinos usam aqueles famosos “mulets”, desce um ventinho por detrás da nuca que é fogo (!) - mas seguimos em frente e fomos conhecer a Feira de San Telmo, que só ocorre aos domingos. No caminho topamos com uma festa em homenagem ao povo peruano, demos uma olhada, tiramos algumas fotos e seguimos. A feira é bem legal, lembra um pouco as “feirinhas de artesanato” do Brasil, mas com algumas coisas bem diferentes e um tanto caras, talvez pela presença de muitos turistas...

 

2º dia - Dilúvio em B.A., Puerto Madero, Galerias Pacífico e Siga La Vaca: Muita chuva em Buenos Aires, mas nada que atrapalhasse nossos planos, ou quase... A ideia era visitar o zoológico de Lujan, mas como a chuva era forte, achamos melhor alterar o roteiro e jogá-lo para outro dia.

Acordamos e fomos tomar café no Hostel, o café na Argentina faz a gente sentir saudade do Brasil, parece um chá com leve gosto de café, mas o pãozinho é uma delícia, um mini pão francês quentinho “uma belezinha" como disse a Miriam...Compramos as passagens para Bariloche logo cedo e já saímos para conhecer a Galeria Pacífico, muito linda, com várias lojas e coisas para fazer, mas com altos preços...Conhecemos o Centro Cultural Borges, mas com pouca coisa sobre o autor (?). Em seguida fomos bater perna e depois iniciamos a saga para almoçar no famoso “Siga La Vaca”.

Perguntamos no Hostel qual a direção do restaurante e como sempre nos informaram: “Esta a siete cuadras adelante” (tudo fica a ¨siete cuadras¨ para os argentinos). Pois bem, começamos a andar na direção informada e após caminhar as “siete maledetas cuadras” descobrimos que ainda faltavam mais 15 !!! Deve ser sacanagem dos hermanos...Continuamos e quando percebemos estávamos em Puerto Madero. Este lugar é lindo, fica na região portuária de Buenos Aires, com muitos restaurantes, bares e cafés, alguns museus que funcionam em barcos antigos e exposição de fotos ao ar livre, valeu muito a pena ter ¨camelado¨ por mais ou menos 22 quadras.

Siga La Vaca: O lugar é muito legal, a comida excelente, só estranhamos não ter arroz, feijão, essas coisas de brasileiro, eles praticamente só comem a carne...Havia um buffet de frios com uma salada de língua muito boa que lembrou a que a avó da Miriam fazia...O único arroz que existia era servido como salada ! Frio e com tomate, estranho... O valor é pago por pessoa e com cerca de 30 reais, você come a vontade, ganha 1 litro de refrigerante, cerveja ou vinho, uma porção de papas fritas (batatas) e a sobremesa, vale muito a pena, fora a qualidade das carnes, a costela estava maravilhosa!

Voltamos para o Hostel, descansamos um pouco e saímos para fazer algumas compras na Calle Florida, espécie de 25 de Março da Argentina, mas com lojas de qualidade dentre as genéricas e uma imensa variedade de quinquilharias, inclusive ficamos hospedados nesta rua, perto de tudo e do centro comercial da capital argentina.

 

3º dia - La Boca e 22 horas no ônibus: O terceiro dia foi muito corrido, pois tínhamos que conhecer o bairro La Boca, que fica na periferia de Buenos Aires, fazer check out no Hostel Florida e partir para a rodoviária com destino a Bariloche.

O bairro La Boca foi o mais legal que conhecemos até o momento, apesar da pobreza ao redor, as ruas são coloridas, com muitas lojas de produtos “oficiosos” do Boca e onde fica o estádio “La Bombonera”, mas tudo isso se resume a duas ruas, o restante do bairro é muito perigoso e pobre. Após voltarmos ao Hostel para o check out, fomos para a rodoviária pegar o ônibus, nunca vimos algo tão confuso! Para se ter uma ideia, estava marcado em nosso bilhete plataforma de 35 a 55, ou seja, tínhamos que ficar andando de um lado para o outro até avistar nosso ônibus ou correríamos o risco de perdê-lo...O terminal do Retiro em Buenos Aires, faz a rodoviária de São Paulo ser coisa de primeiro mundo, rs...

Enfim embarcamos, o ônibus da empresa “Via Bariloche” é muito bom, com café da manhã, almoço e janta, o atendimento excelente, com poltronas semi-leito, ainda mais que conseguimos os melhores lugares, poltronas 1 e 2 superiores, de frente a tudo, com uma vista maravilhosa! 22 horas depois, chegamos a Bariloche, o tempo estava muito ruim, chuva e FRIO de verdade, fora a confusão que aqueles caras que “ajudam” a pegar as malas da galera no ônibus fazem, teve brasileiro já querendo partir para o BJJ, mas logo se acalmou e deu R$ 5,00 HAHAHHhahahahha.

 

4º dia - 22 horas dentro de um ônibus é muito tempo, mas a paisagem vale a pena.

 

5º dia - Malasuerte e Colonia Suiza: Acordamos cedo com a intenção de irmos ao Cerro Otto ou Catedral para ver neve e esquiar, mas...MALASUERTE, muita chuva, vento e cinzas do vulcão, o que acabou fechando os Cerros. Tomamos café e depois fomos pesquisar na internet o que poderíamos fazer, acabamos conhecendo duas argentinas e uma brasileira que nos convidaram para irmos à Colonia Suiza, que fica a 20 km de Bariloche. O tempo estava tão ruim que tivemos que alugar roupa de neve para enfrentar o vento forte e a chuva fria dentro da própria cidade... Devido ao mal tempo, fomos ao centro de informações turísticas para ver se teria como irmos à Pucón de carro, NEGATIVO, uma entrada fechada e a outra aberta com restrições, achamos melhor mudarmos os planos e fomos trocar as passagens para Buenos Aires, reformulando assim parte do roteiro.

Voltamos ao Hostel, colocamos as roupas e fomos à Colonia Suiza, o lugar é lindo! Comemos a famosa Truta Patagônica, comemos tortas doces típicas da região e tomamos um chocolate quente. As argentinas que conhecemos são muito gente fina, demos muita risada...Minha esposa ficou boba com os cachorros, um mais lindo do que o outro, todos são muito grandes e peludões, parecem lobos ou mestiços de São Bernardo, que aliás estão por toda parte no Centro Cívico, com aqueles barris e tudo.

 

6º dia - Cerro catedral e muita neve! Nossa sorte mudou da noite para o dia, acordamos e estava fazendo um sol maravilhoso... Fomos correndo ao escritório da empresa de ônibus e alteramos novamente as passagens para poder curtir os Cerros e esquiar, graças a Deus deu tudo certo, pois foi um dos dias mais legais até aqui.

Cerro Catedral - Chegamos por volta das 11h30, fechamos uma aula coletiva de esqui e alugamos os equipamentos necessários, as roupas já estavam alugadas, então fomos ao encontro da neve! Como a aula iria iniciar somente a partir das 13h, fomos comer algo alí por perto, acabamos experimentando o “choripan” um pão com linguiça muito bom e ainda comemos duas empanadas de presunto e queijo (a de carne é mais gostosa...).

Nos encontramos com o instrutor e a aula seria somente com três pessoas, demos sorte, eu, a Mi e um carinha do Rio de Janeiro. O instrutor era uma figura, muito gente boa, ficava tentando falar português mas acabava só piorando para a gente entender HAHhahahhaa...A primeira coisa que aprendemos foi andar com aquelas malditas botas, são muito pesadas e apertadas, a gente fica andando como robô, estranho...Depois tivemos que carregar todo o equipamento até o local da aula, aí já dá vontade de desistir, rs...Os esquis são pesados e ficavam escorregando dos ombros, tinha que andar olhando para o chão para não escorregar no gelo e ainda tinha aqueles bastões, realmente uma “via crucis”...

- Iniciamos a aula no plano, com um pouco da teoria e depois do basicão, até aí muito fácil, não tivemos dificuldades...Depois fomos ao pé da montanha, quando a dificuldade foi aumentando, assim como a altitude, rs...A Mi se deu bem com o esporte, tirou de letra, não caiu nenhuma vez e no final o professor ainda a elogiou, já eu... Atropelei uma família inteira, derrubei um cara e quase matei uma criança... No final consegui parar em pé e até curti o lance todo, a sensação é muito boa, muito emocionante.

HILÁRIO: Estávamos esquiando e tal, um monte de gringo a nossa volta, quando ouço: “Webster! Traga cá os pauzinhu de gelo!!!” HAHAHAHhahahhahaha...Passei mal de tanto rir, deu vontade de gritar Brasil, sil, sil !!!

 

7º dia - Cerro Otto e retorno a Buenos Aires: Após o episódio do esqui, conhecemos um casal do Rio Grande do Sul e duas meninas de São Paulo, sendo que uma mora em São José dos Campos e trabalha em Jacareí (nossa cidade)! Mundo pequeno... Nos demos muito bem e acabamos marcando a ida ao Cerro Otto em Bariloche para conhecermos a cafeteria giratória. Essa cafeteria fica bem no alto da montanha, tem uma vista maravilhosa e para chegarmos lá precisamos pegar o teleférico - parecido com o bonde do Pão de Açúcar - que sobe a mais de 1.ooo metros de altura, muito legal...Fora que toda a cafeteria se move, girando para que possamos observar o Cerro por todos os ângulos, no começo dá um pouco de tontura, mas depois acostuma.

Pedimos um cachorro quente dos argentinos, ENORME, muito bom, mas a batata palha vem do lado de fora do pão HAHAHahahahaha...Comemos e depois fomos dar uma volta no Cerro, tirar fotos e tal. Lá tem algumas atividades como o esqui-bunda (invenção de brasileiro), Kart no gelo e Treking na neve, mas como ainda iríamos voltar de ônibus para Buenos Aires - mais 22 horas de estrada - achamos melhor pegar leve nesse dia e não sujar nossas roupas, que estavam escassas, rs...

 

8º e 9º dia - Final da Copa América e Visita aos Outlets: Chegamos de Bariloche por volta das 13h, deixamos as coisas no Hostel e saímos para dar uma volta e comer alguma coisa. Lembramos que era o dia da Final da Copa América (Uruguai x Paraguai) e que montaram um telão gigantesco na Plaza San Martin, onde passavam todos os jogos - inclusive no dia que chegamos na Argentina, o Brasil jogava e estava lotado de brasileiros nessa praça - fomos lá dar uma olhada e estava bem legal, mas detalhe, esquecemos a máquina fotográfica (!). Voltamos ao Hostel correndo, pegamos a máquina e retornamos à praça, ficamos lá assistindo o jogo ao lado de brasileiros, uruguaios, paraguaios, americanos, etc...Interessante ver a reação das pessoas durante a partida...

No dia seguinte (25.07) fomos visitar a avenida Córdoba e as ruas Gurruchaga e Villa Crespo, onde se encontram os Outlets de Buenos Aires. Fizemos algumas compras, andamos pra caramba e pegamos aquele temporal no final do dia, estávamos dentro do ônibus, mas passaram informação errada e íamos no sentido contrário HAHAHhahahahaha...Tivemos que “bajar” em um ponto e seguir desbravando a capital portenha, no final deu tudo certo, chegamos ao Hostel e sentimos como se estivéssemos em casa.

Em Tempo: No dia em que o Brasil foi eliminado, tocou a música ¨Chao, Chao, Adiós!¨ o dia e a noite inteira no Hostel ! De verdade, estávamos ficando malucos! Na maior altura! Mas foi engraçado...

 

10º dia - Jardim Japonês e Museu Evita: Acordamos cedo e saímos com o objetivo de conhecer o Jardim Japonês que fica em Palermo, um bairro bem legal de Buenos Aires. Eles cobram para entrar, mas vale a pena, o lugar é lindo, tiramos muitas fotos e ainda almoçamos no restaurante japonês que fica dentro do parque.

- Após o almoço saímos para dar uma volta no bairro e acabamos dando de cara com o museu Evita Perón, não estava em nossos planos, mas a visita valeu o dia. O museu foi construído onde antigamente era uma das casas da família Perón, andamos pela sala de estar, cozinha e área comum, visitamos os quartos e ainda utilizamos o banheiro da casa rs...

 

11º dia: Zoo de Lujan - O tempo abriu e resolvemos ir ao Zoo de Lujan. Pegamos o metrô até a estação da Plaza Italia e em seguida o ônibus até a cidade vizinha Lujan, pagamos $20,00 pesos para cada um ida e volta, o transporte aqui é muito barato, para se ter uma ideia, o “colectivo” deles custa em média $1,25 pesos e o “subte” (metrô) $1,10 o problema foi entender como funciona, no começo estranhamos pois é um ponto para cada ônibus, então na mesma rua existem vários pontos, cada um com uma ou duas linhas no máximo, engraçado...Acabamos comprando um cartão recarregável que podemos andar tanto de ônibus como de metrô, muito prático.

O zoológico de Lujan é bem legal, pena que por ser época de férias escolares e alta temporada, estava muito cheio, o que nos fez ficar parados por um bom tempo em cada fila para conhecer os animais...Mas valeu a pena, é MUITO EMOCIONANTE chegar perto e tocar nos leões, tigres e elefantes, sensação única que nunca iríamos experimentar no Brasil. Detalhe importante: Vi muita gente dizendo que os animais são dopados, maltratados, castigados...PAPO FURADO! Primeira jaula com os filhotes de leão e um deles “carcou” as garras em um brasileiro e deu uma bela mordiscada nas costas do figura hahahahha...Animal dopado não faz isso...E todos são muito bem tratados, fortes e com os pêlos brilhando...Fomos dar uma fuçada mais pelo fundão do zoológico e vimos outros dormindo e brincando em um espaço amplo e reservado, longe da multidão, perguntamos a um cara de uniforme que passava e ele nos explicou que fazem um rodízio com os animais para que eles não fiquem estressados, ou seja, eles são é muito bem treinados e alimentados, além de receber carinho o tempo todo, assim, bicho nenhum é agressivo...

 

12º dia: City Tour e Senhor Tango – Após a empreitada no Zôo de Lujan, resolvemos tirar o dia para o tão famoso City Tour (que encontramos em qualquer cidade turística no mundo...). Aqui vale a dica de NUNCA fechar o City pelo Hostel, nunca mesmo, porque você acaba pagando mais caro e ainda te enfiam naqueles ônibus convencionais com um guia falando (às alturas) em um microfone com som de casa de vespa, tentando se comunicar em outras línguas que não seja o Espanhol, neste caso...Já caímos nessa, por isso fiquem espertos, esses passeios são extremamente cansativos, chatos, cronometrados e caros. O lance do City Tour de Buenos Aires é pegar o tradicional da cidade (aquele amarelo e aberto em cima). Este sai da Calle Florida e passa por todos os pontos turísticos e interessantes da capital portenha, possui fones de ouvido nas mais diversas línguas – inclusive hebraico e chinês, é hilário – permitindo que você compre um bilhete de 24 ou 48 horas, ou seja, com um único bilhete poderá aproveitar – e se locomover, o que é mais interessante – por até dois dias (!). Ao adquirir o bilhete eles já te entregam um roteiro com todas as paradas, um guia de atrações e mapa, um delírio aos mochileiros de plantão, que de posse desses “aparatos” poderão criar seu próprio roteiro, que foi o que fizemos. Detalhe importante é que você poderá descer em qualquer ponto e ficar o tempo que quiser naquele local, podendo subir no próximo ônibus que vier, muito bom isso... Em cada ponto você encontrará um poste amarelo com os horários que eles passam, mas é com muita frequência, se não me engano de 15 em 15 minutos ou de meia em meia hora. Aproveitamos muito bem todas essas facilidades e conhecemos praticamente todos os pontos turísticos de Buenos Aires, inclusive passeando por alguns bairros bem agradáveis, almoçando em restaurantes afastados dos centros turísticos e apreciando as exposições do MALBA.

- Chegada a noite – já havíamos feito a reserva – fomos ao “Senhor Tango” um dos mais famosos shows de Tango da Argentina. Tínhamos duas opções, com ou sem jantar, bons mochileiros que somos, resolvemos comprar “sem o jantar” e comer um lanchinho próximo do horário, rs, pois o valor é absurdamente mais alto...Se for um momento especial, a dois, até vale a pena, eles servem champanhe, vocês ficam à beira do palco, enfim...Mas não era o caso, queríamos somente apreciar o belíssimo show de tango. Impressionante eu diria, tudo neste show impressiona, desde a decoração e arquitetura do lugar, até a entrada dos cavalos por entre as mesas e claro, os dançarinos e dançarinas que beiram a perfeição.

 

13º dia: Recoleta – Acordamos cedo e pegamos um ônibus seguindo em direção ao bairro da Recoleta. Ao chegarmos já decidimos de cara que se um dia fôssemos morar em Buenos Aires, ali seria o lugar... O bairro é lindo, muito charmoso, cheio de palácios que se converteram em embaixadas – inclusive a do Brasil – várias lojas de grifes famosas, PUBs estilosos, enfim, adoramos aquele lugar. O objetivo principal da visita, é claro, era conhecer o cemitério, mas gostamos tanto do ambiente que acabamos passando o dia lá. Conhecemos o centro cultural da Recoleta, passeamos pela feira de artesanato – com muitas coisas diferentes não vistas até então – e almoçamos em um PUB irlandês. Após o almoço, fomos à principal atração turística do bairro, o cemitério... Mórbido não? Este é um espetáculo à parte, grandiosas esculturas, túmulos fascinantes, personagens históricos e, evidente, o local onde está enterrada Eva Perón, com seus infinitos bilhetes, flores, cartazes, pedidos, poemas... Parece até uma santa... Saindo, tomamos um sorvete Freddo (irritantemente gostoso) e voltamos ao Hostel.

 

14º dia: Encomendas, presentes e etc. – O dia que antecede a volta sempre é marcado pela angústia, tristeza e, é claro, as compras... Valha-me Deus o tanto de coisa que o povo pede! Precisamos deixar claro que viagem não é expedição de sacoleiro e que mochila PESA! Enfim, desabafo feito, fomos em busca de algumas encomendas – dentre elas caneca da Quilmes, camiseta da Argentina, CD de Tango, polainas e alfajores – e também aproveitamos para nos despedirmos desta cidade da qual gostamos tanto... Literalmente nos sentimos em casa, fomos sempre muito bem tratados – inclusive pelos argentinos (!) rs... – e passamos por ótimas experiências que só uma mochilada pode propiciar, incluindo as mudanças inesperadas de roteiro, horas e horas camelando por aí gastando a sola da bota, secando roupa no aquecedor do quarto e lavando-as, por sua vez, no chuveiro, conhecendo pessoas do mundo todo, respeitando toda a diversidade cultural, escapando de alguns golpes (vide ATENÇÃO) e arquitetando já a próxima aventura... Se valeu a pena? MUITO!

 

15º dia: Volta ao Brasil.

 

ATENÇÃO: Tentaram nos aplicar um golpe enquanto estávamos mudando de Hostel em Buenos Aires, então fica aqui o alerta. Ao sairmos de um Hostel em direção a outro, estávamos com nossas mochilas cargueiras nas costas e carregando uma bolsa com roupas sujas que iríamos levar a uma lavanderia, quando um homem de uns trinta e poucos anos, vestido normalmente e de gorro, me chamou a atenção para o alto de um prédio com inúmeras janelas, olhei e não vi nada, ao questioná-lo, este fingiu não entender e ficou apontando para a minha mochila, quando minha esposa viu que estava toda suja de uma espécie de tinta branca. Ao mesmo tempo, uma mulher se dirigiu à minha esposa, dizendo que sua mochila também estava suja (olhei e não vi nada). Meio desorientados, paramos para tentar entender o que estava acontecendo, quando percebi a chegada de um terceiro, um homem também de gorro e casaco que ficou só olhando, nessa começaram a nos dar lenços para limparmos as mochilas, mas como estávamos usando a capa de chuva, pouco demos importância, então ficaram pressionando para que tirássemos as mochilas das costas para podermos limpar e sem perceber já tinham nos colocado em uma roda... Bom, nos tocamos que era um golpe e saímos bem depressa do local sem dar atenção a mais nada. Ao chegar no Hostel, descobrimos que se tratava realmente de um golpe, no qual eles te convencem a tirar a mochila das costas para tentar roubá-la ou mesmo furtar algo de valor sem que percebamos. Então galera, olho vivo. :!:

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Editado por Visitante
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  • 2 semanas depois...
  • 2 semanas depois...
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Olá Daniela,

 

Me desculpe responder somente agora, mas estava viajando a trabalho...Quanto ao lance das paradas de ônibus em Buenos Aires, saíamos muito para caminhar e conhecer lugares à pé, o que facilitou a observação das placas que continham os nomes dos destinos, mas às vezes você pega um ônibus com um determinado destino e ele acaba passando próximo a um lugar que gostaria de conhecer, então o melhor é adquirir o cartão múltiplo de ônibus e metrô (vendido no calçadão da Florida, próximo ao City Tour) e se divertir!

Para ir ao Zoo de Lujan, perguntamos no centro de informações turísticas (também próximo ao City Tour, na Florida) e eles nos indicaram qual ônibus pegar e onde descer (bem fácil), pegando um outro ônibus (inter-municipal, mais confortável) com destino a Lujan, passando por outras cidades pequenas. O preço da passagem é bem barato (tem um guichê de venda no ponto) mas lembre-se de sempre levar moedas caso não tenha comprado o cartão, porque o transporte lá só aceita moeda (a não ser neste guichê que lhe falei, este aceita cédulas). Já a entrada no Zoo é um pouco salgada, na época nos cobraram 150,00 pesos (turistas) para os argentinos é mais barato...

 

Espero ter ajudado.

Boa sorte e boa Trip! Depois posta o relato para gente.

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  • 3 meses depois...
  • 5 meses depois...

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