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Busca por padre que decolou em vôo de balões é intensificada


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Busca por padre que decolou em vôo de balões é intensificada

Pedro Fonseca

No Rio de Janeiro

 

Dois dias depois de ter decolado, suspenso por mil balões de festa coloridos, o padre Adelir de Carli continua desaparecido, e as buscas foram intensificadas nesta terça-feira no sul do litoral de Santa Catarina.

 

Fiéis e equipes de resgate estão confiantes de que o padre, que pretendia quebrar o recorde de permanência no ar com balões preenchidos por gás hélio, será encontrado com vida.

 

 

Após a partida às 13h de domingo de Paranaguá (PR), onde o padre é responsável pela Pastoral Rodoviária, ele foi surpreendido por um forte vento que o levou para o oceano.

 

Inicialmente, as buscas se concentravam na costa da cidade de São Francisco do Sul (SC), mas agora as equipes de resgate se voltam mais para o litoral sul catarinense.

 

"A gente acha que pode estar mais perto de Penha e Piçarra. A corrente está forte", disse por telefone João dos Santos Junior, subcomandante do Corpo de Bombeiros em São Francisco do Sul.

 

Duas aeronaves do Exército e da Polícia Militar, embarcações da Marinha e pescadores de região, além dos bombeiros, participam da operação de busca do padre, de 42 anos. Restos de balões foram encontrados por diversas partes da costa catarinense.

 

"Achamos que ele ainda está vivo, há muitas ilhas na região", acrescentou o subcomandante.

 

A viagem do padre tinha como objetivo também despertar a atenção para a Pastoral Rodoviária, projeto idealizado por ele para promover apoio aos caminhoneiros que chegam ao porto de Paranaguá. Ele pretendia levantar fundos para a obra de construção da sede do projeto.

 

De acordo com o site da Pastoral, De Carli tem experiência em esportes de aventura, como montanhismo, mergulho, pára-quedismo e vôo livre de parapente.

 

Antes da tentativa de quebra do recorde de 19 horas voando com balões de festa cheios com gás hélio, o padre realizou um teste bem-sucedido em janeiro.

 

Ele decolou de Ampére (PR), sua cidade natal, e pousou em território argentino após 4 horas e 15 minutos de vôo.

 

"Ele viu um americano que vôou 19 horas carregado por balões. E como o nosso páraco é arrojado, ele disse que dava para ficar mais tempo no ar", afirmou à Reuters por telefone Denise Gallas, coordenadora da Pastoral Rodoviária de Paranaguá.

 

O último contato do padre com a Pastoral aconteceu às 19h40 de domingo, quase sete horas após a decolagem. O padre ligou do telefone celular para passar as coordenadas de onde estava e pedir para que entrassem em contato com as autoridades.

 

Na hora da partida, o tempo estava fechado e chovendo, mas o padre alegou que as nuvens estavam baixas e que ele logo passaria por elas, de acordo com a coordenadora.

 

"O vento deu um reverso e levou ele para o mar", disse Denise, acrescentando que o padre estava numa cadeira inflável e levava água, barras de cereal e cápsulas energéticas. Carli pretendia seguir rota para oeste do Estado do Paraná, mas foi levado pelos ventos para Santa Catarina, ao sul.

 

"Isso não foi nenhum loucura, ele é arrojado. Nós temos certeza que ele está vivo e será resgatado. Ele é uma pessoa muito determida, com grande capacidade física e mental. Ele fez um planejamento muito grande desse projeto", acrescentou a coordenadora.

 

Com reportagem de Raymond Colitt

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/22/ult1928u5504.jhtm

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  • Membros de Honra

Posso estar cometendo um pecado :D:D:D:D:D

Mas esse padre foi muito intransigente e teimoso.

Com a natureza não se brinca.

 

Onde já se viu sair de um local que está chovendo e sem probabilidade de melhora no tempo?

E ainda com poucos equipamentos p/ resgate. Na imagem dele em solo, eu não vi ele com um salva vidas.

No minimo deveria haver uma equipe de apoio, caso ele estivesse indo p/ outro rumo, o que aconteceu.

 

Uma pena.

 

 

Abcs

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  • Membros de Honra

Agora começam a aparecer certas coisas em relaçao ao padre que podem responder a certas questões.

Ele queria era aparecer.

 

 

Padre Carli foi expulso de escola de vôo por indisciplina e exibicionismo, diz instrutor

Fabiana Uchinaka

Fonte: http://noticias.uol.com.br/

 

O padre Adelir De Carli, de 41 anos, foi expulso da escola de vôo livre Vento Norte, em Curitiba, há cerca de três anos por indisciplina e exibicionismo. É o que conta Márcio André Lichtnow, instrutor responsável pelo curso de parapente que teve o padre como aluno. Carli desapareceu no último domingo no litoral de Santa Catarina depois de ter decolado de Paranaguá impulsionado por balões de gás hélio.

 

"Ele era indisciplinado e não participava das aulas teóricas, que são fundamentais para se compreender as questões meteorológicas. Ele não tinha nada de humilde, se acha o bom, o que conhecia tudo, o que sabia tudo. Parecia um playboy", diz Lichtnow. O instrutor afirma que o padre fez dez horas de aulas práticas e quatro horas de aulas teóricas. Para completar o curso precisaria de 40 horas de prática e 30 horas de teoria.

 

Durante uma filmagem para reportagem da TV local há cerca de dois anos, o padre fez uma demonstração e, segundo Lichtnow, desobedeceu as orientações de vôo. "Expulsei ele do curso, porque neste dia falei para ele voar até o local do pouso e, da cabeça dele, ele resolveu voltar para o morro do Boi, em Caiobá, litoral paranaense, em uma corrente de vento ascendente. Ele voltou para o lado errado do morro, na parte de trás, bateu nas árvores e ficou pendurado. Quando os bombeiros chegaram para fazer o boletim de ocorrência, ele disse que o instrutor havia orientado e atrapalhado o vôo", explica, ressaltando que havia testemunhas no local e a expulsão seguiu cláusula de contrato do curso de vôo livre que prevê desligamento quando o aluno coloca-se em perigo ou oferece perigo a terceiros.

 

Lichtnow conta ainda que o padre o procurou para falar dos planos de voar a partir de Paranaguá (PR). "Falei para ele que decolando dali o único lugar que ele poderia pousar era na África do Sul, porque é para lá que os ventos levam. Mas ele disse que já havia estudado tudo e eu achei que era brincadeira", lembra.

 

De acordo com o instrutor, todas as condições eram desfavoráveis ao vôo de balão. "Foi de um amadorismo impressionante, ele não fez avaliação nenhuma: no ato da decolagem, ele não avaliou o vento, porque já decolou indo para o oceano; não avaliou a cobertura de nuvens do tipo nimbostratus, porque no dia havia uma frente fria que deixa o ar turbulento e com muita concentração de água; não avaliou a temperatura, porque o gás hélio em temperaturas baixas diminui de volume e força a descida. Além disso, ele invadiu o espaço aéreo brasileiro e poderia ter batido e derrubado um avião", analisa. Pelas imagens divulgadas pela imprensa, Lichtnow calcula que o padre Carli atingiu 5.800 metros de altura e a temperatura nesta faixa era de aproximadamente -25ºC, dadas as condições meteorológicas.

 

"Fiquei bem menos católico depois de conhecer o padre", finaliza o instrutor, que faz questão de dissociar a figura de Adelir De Carli da escola de vôo. "Ele tentou ser meu aluno, mas não foi aceito".

 

Nesta terça-feira, as equipes de busca do padre acharam balões vagando pelo mar de Santa Catarina. Lanchas tentam chegar ao local onde o padre teria caído, a cerca de 40 quilômetros da costa de São Francisco do Sul.

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  • Membros de Honra

Deu até na CNN...

 

O cara é um louco... primeiro porque é padre... depois porque foi voar de varios baloes...

 

Quem assistiu a reportagem nao sei se notou:

1) nao havia paraquedas...

2) não havia salvavidas...

3) equipamento eletronico estava numa sacolinha de mao...

4) nao havia equipe de apoio...

5) ja havia abortado este "voo" por 3 vezes...

 

kkk... é louco...

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