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Deserto do Atacama e Uyuni em 15 dias - Setembro de 2016


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Eu e meu namorado somos de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Pesquisei muito qual seria a melhor maneira de chegar até Uyuni, partindo do Brasil, e acabamos nos decidindo por fazer o que a maioria das pessoas faz: ir até Calama de avião, hospedar em San Pedro de Atacama e fazer o tour de 4 dias pela Bolívia, voltando ao Chile no 4º dia. Outra opção que teríamos seria chegar pela Bolívia e fazer o caminho contrário. Apesar da passagem de avião ser mais barata (Guarulhos a La Paz), a opção para chegar até Uyuni seria um ônibus de muitas horas, e achamos que não valeria a pena. No final das contas, compensou mais chegar pelo Chile também para driblar melhor o mal de altitude, uma vez que SPA (San Pedro de Atacama) fica a 2.000m de altitude e La Paz a 3.600m.

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Pouso Alegre fica a 200km de São Paulo, e as passagens partindo de Guarulhos para Calama estavam mais em conta que partindo de Viracopos (Campinas). Compramos a passagem no início de junho, pelo site da TAM, para ir no dia 18/setembro e com retorno no dia 01/outubro. Pagamos RS1.345,50, com as taxas inclusas, fazendo escala em Santiago. Achei razoável o valor. O único inconveniente é a escala grande em Santiago: na ida pegamos uma escala de madrugada, passando 5h no aeroporto; na volta pegamos uma escala por toda a noite, passando 12h (preferimos não pagar mais uma noite de hospedagem e nos viramos como deu pelo aeroporto mesmo) e partindo no começo da manhã. Foi um inconveniente calculado, porque muitas pessoas costumam ficar 3 ou 4 dias em Santiago também, o que diminui esse desconforto. Como já conhecíamos Santiago, preferimos só fazer a escala mesmo. Tem quem compre a passagem de Guarulhos a Santiago e deixa pra comprar de Santiago a Calama no aeroporto mesmo, mas achei arriscado pagar um valor muito alto.

 

Então, resumindo os valores por pessoa que paguei de passagem:

* Viação Santa Cruz - Pouso Alegre a São Paulo, ida e volta: R$92,00

* Airport Bus Service - rodoviária Tietê a aeroporto Guarulhos, ida e volta: R$93,00

* LATAM Guarulhos a Calama, ida e volta: R$1.345,50

* Trans Licancabur - aeroporto Calama a SPA, ida e volta: R$95,00 (comprando ida e volta juntos)

TOTAL: R$1.625,50

 

Enquanto planejava a viagem, pesquisei aqui no Mochileiros e no grupo do Facebook por indicação de hospedagem em San Pedro de Atacama, bem como de agências para fazer os tours por lá e pela Bolívia. Entrei no Booking e pesquisei os hostels indicados aqui e com vagas disponíveis para a data da minha viagem, selecionei alguns e mandei no meu e-mail. No dia que resolvi fazer minha reserva, quase não tinha mais vaga em nenhum desses hostels selecionados! Realizei nova busca pelo Booking e pelo Mochileiros, até encontrar o Hostal Tuyasto, com diárias a US$40 o quarto privativo para casal.

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Ou seja, saiu a US$20 pra cada. Nesse hostel só existem quartos privativos, para 1, 2, 3 ou 4 pessoas; sendo alguns com banheiro privativo também. Selecionamos um quarto com banheiro compartilhado mesmo. O café da manhã era incluso no valor e só reservamos as 6 primeiras diárias, antes de ir para Uyuni. Preferimos verificar o hostel primeiro antes de fechar as diárias restantes, na volta da Bolívia.

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O hostel nos surpreendeu muito positivamente! Fica a 600m da principal esquina de SPA: Caracoles x Toconao, de fácil acesso e a 100m da aduana. Tem mercadinho perto, é bem seguro, limpo e organizado. O chuveiro tem água quente de aquecimento solar e o banheiro é limpo diariamente. O quarto é quentinho também e o hostel bem sossegado. Gostamos tanto que acabamos reservado as últimas diárias lá mesmo, por CLP20.000 a diária pelo quarto de casal (aproximadamente R$100,00).

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Para quem quiser saber melhor, fiz uma avaliaçãodo hostel no TripAdvisor: https://www.tripadvisor.com.br/ShowUserReviews-g303681-d2628556-r424711010-Hostal_Tuyasto-San_Pedro_de_Atacama_Antofagasta_Region.html#CHECK_RATES_CONT

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Quando estava planejando a viagem, praticamente em todos lugares que eu pesquisava nos indicavam que deixássemos para fechar os tours em San Pedro de Atacama mesmo. Pesquisei nomes de agências e troquei alguns e-mails com a Agência Juriques, com a Nataly (juriquestour@gmail.com). Pedi um orçamento para duas pessoas, que envolvesse os seguintes pontos turísticos: Valle de La Luna y La Muerte, Lagunas Altiplânicas, Piedras Rojas, Salar de Tara, Laguna Cejar, Geyser el Tatio. Ela nos passou o valor de CLP 70.000 por esses passeios, trocando somente o Salar de Tara pelo Salar de Atacama. E nos informou que se fechássemos mais um tour, esse teria 10% de desconto.

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Reservamos nosso primeiro dia em SPA (19/09) para conhecer a cidade e ir até a agência fechar pessoalmente os passeios. Fomos muito bem atendidos pelo Roberto (se não me falha a memória o nome era esse mesmo), que apesar de tímido, foi bem solícito ao planejar com a gente nosso itinerário. Adicionamos o tour ao Salar de Tara, que custava CLP40.000 e negociamos/fechamos por 30.000. Ou seja, nosso pacote com a Juriques Tour ficou por CLP 100.000, o equivalente a R$500,00.

Reservamos as seguintes datas:

 

20/09 - terça-feira: Salar de Atacama + Lagunas Altiplânicas + Piedras Rojas (FULL DAY)

21/09 - quarta-feira: Valle de la Luna (a partir das 16h)

22/09 - quinta-feira: Geiser el Tatio pela manhã e Laguna Cejar pela tarde

23/09 - sexta-feira: Salar de Tara (FULL DAY)

 

Os passeios de terça, quinta e sexta-feira tinham café da manhã incluso, sendo que os passeios FULL DAY incluíam almoço também. Na Laguna Cejar são servidos snacks e pisco sour (uma versão industrializada da bebida, mas bastante gostosinha), e o único passeio sem comidinha é o tour ao Valle de La Luna.

Um costume corriqueiro das agências no Atacama é de realocar os turistas para outras agências, para ter "quórum" no passeio. O que notamos no decorrer dos dias é que a Juriques Tour REALOCA TODOS OS PASSEIOS, ou seja, NÃO TEM CARRO, rs. Não que isso tenha sido um inconveniente, mas acho importante ressaltar.

 

O primeiro passeio fizemos com a agência Atakama Cultura Aventura, com o motorista Cláudio e o guia Maurício. Era um full day, e segundo o Maurício essa era a especialidade dele e do Cláudio: os passeios de dia todo. No fim do dia, ele nos recomendou que voltássemos à Juriques Tour e solicitássemos que o passeio ao Salar de Tara fosse feito com eles novamente! Ficamos tão satisfeitos com o serviço deles que seguimos a dica do Maurício e solicitamos eles para o Salar de Tara mesmo.

Cláudio é um motorista prudente e que entende muito de seu carro, além de ter uma playlist ótima! rs.

Maurício é da Patagônia e mora a pouco tempo em SPA, é muito curioso e dá pra notar que ele gosta muito do que faz. Sempre chama a atenção pra algum detalhe da paisagem, contando as lendas dos vulcões e fotografando a paisagem.

 

Para o Valle de la Luna, fomos com a agência Terra Extreme, motorista Victor e guia Cristóbal. O Valle de la Muerte geralmente é feito nesse mesmo dia, mas como estão cobrando entrada, não está incluso com o de la Luna mais. Cristóbal explica razoavelmente bem, mas achei ele bem apressado. Terminamos esse passeio na famosa Piedra del Coyote.

Nesse mesmo dia, antes de sair pro tour, fomos à Cordillera Traveller (http://www.cordilleratraveller.com/) fechar o tour para Uyuni. Fomos atendidos por uma moça, mas esqueci o nome dela. Ela é muito bem informada e passa todas as diretrizes para nós. O tour de 4 dias e 3 noites sai por US$220,00 ou CLP 138.000, coisa de R$700,00, com 3 refeições diárias, transporte e estadia inclusos. Reservamos nossa vaga e pagamos ali mesmo, em dinheiro.

 

No dia seguinte, fomos para o Campo Geotérmico el Tatio, ver os geisers, novamente com a Terra Extreme. Dessa vez, Victor foi nosso motorista e guia, e ele sim manja pra caramba do lugar! Ficamos muito satisfeitos com as explicações dele, além dele ser um ótimo motorista também. No final desse dia, supostamente deveríamos ir à Laguna Cejar, mas chegamos às 14h de volta a SPA e estávamos bem cansados. Resolvemos dar uma chegadinha na agência e tentar reagendar esse passeio pra quando voltássemos da Bolívia. Conversamos novamente com o Roberto e acertamos que na próxima quinta-feira, dia 29/09, faríamos a Laguna Cejar. Sem custo, sem amolação, simples assim. Aproveitamos e solicitamos que o passeio do dia seguinte fosse com o carro do Cláudio e do Maurício, da Atakama Cultura Aventura.

 

Na sexta-feira ficamos na expectativa esperando o carro no hostel, torcendo para que nosso pedido tivesse sido atendido. Tocou a campainha e comprovamos: fomos atendidos ::otemo:: Maurício e Cláudio estavam a nossa espera! Mais um dia muito agradável, com uma paisagem de tirar o fôlego!

 

Voltando da Bolívia faríamos o tour astronômico também, com a SPACE Obs (http://www.spaceobs.com/es) por CLP 20.000, coisa de R$100,00. Esse tour é fechado no dia de sua realização, não do agendamento, porque depende das condições climáticas.

 

Nas próximas postagens darei mais detalhes de cada dia.

Os valores dos tours foram os seguintes, então:

Juriques Tour: CLP 100.000

Cordillera Traveller: US$220,00 ou CLP138.000

SPACE Obs: CLP 20.000

Total: CLP 258.000 ou R$1.220,00

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Para evitar que o mal de altitude estrague o seu passeio, o ideal é que vc faça os passeios de menor altitude primeiro, e depois vá subindo aos poucos. São Paulo fica a 760m acima do nível do mar, enquanto San Pedro de Atacama fica a 2.000m! Ou seja, já dá pra sentir os efeitos só de ficar na cidade mesmo. Os principais sintomas são dor de cabeça, enjoo, fadiga e falta de ar; mas também podemos apresentar outros sintomas de mal estar, como gases, por exemplo. O ideal é beber muita água (muita mesmo, até mais de 2L ao dia) aos poucos, comer comidas leves e evitar muito esforço físico, até que o corpo se acostume. Carne vermelha e bebidas alcoólicas devem ser evitadas também na noite anterior a um passeio de grande altitude, como o Geiser (4.200m) ou o Salar de Tara (4.265m). Acho importante ressaltar essas informações sobre altitude, porque elas interferem diretamente no seu aproveitamento em uma viagem dessas. Ninguém quer ficar trancado no carro porque está estourando de dor de cabeça ou com um enjoo do capeta, por exemplo. ::essa::

Bom, daí vocês devem estar indignados com o primeiro tour que fizemos ser justamente um tour de grandes altitudes (as lagunas altiplânicas ficam a mais de 4.000m). Explico pra vocês do mesmo jeito que o Roberto, da Juriques Tour, nos explicou e convenceu: até chegar nas lagunas altiplânicas a gente vai subindo lentamente e fazendo paradas no caminho, justamente para ir acostumando. De toda forma, comprei no dia anterior um pacotinho de folhas de coca secas, para mascar sempre que precisar. Encontrei um pacote compridinho por CLP500 (R$2,50) na Feira de Artesanatos que fica na pracinha de SPA.

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O carro estava programado pra passar entre 7:00 e 7:30 na porta do nosso hostel, mas acabou atrasando um pouquinho e passando às 7:45. Nesse dia, fomos com a Atakama Cultura Aventura (https://www.facebook.com/atakamaculturaaventura, do motorista Cláudio e do guia Maurício. Eles fazem os passeios em um microonibus da Mercedez. Nem bem entramos no carro e eles já pararam no mercadinho que fica a menos de 50m pra cima do nosso hostel, pra gente comprar alguns snacks e água. Meu namorado, Douglas, desceu e comprou uma água da Nestlé de 6L, por CLP 2.000 (R$10,00). No dia anterior já tínhamos comprado barrinhas de cereal da Dr Oetker por CLP 200 (R$1,00) cada, e levamos para o tour.

Nesse dia, nossos companheiros de tour eram um grupo de meninas chilenas, uma família chilena, um grupo de holandeses que estava estudando espanhol em Santiago, um casal que acho que era do Chile também e apenas mais uma brasileira. Maurício traduzia pro inglês no início, mas quando ele descobriu que os holandeses estavam estudando espanhol, nosso tour passou a ser somente em espanhol.

A primeira parada foi no Salar de Atacama, que fica a 109km de SPA e a 2.304m acima do nível do mar. Ah, informação importante que me esqueci de falar na postagem anterior: tem que pagar entrada em alguns passeios. Os preços variam de CLP 2.000 a CLP 17.000. A agência informa isso quando vc fecha os tours. E sempre que tiver que pagar entrada, o lugar conta com uma estrutura de guichê, banheiros e local para café da manhã/picnic que a agência leva. No caso do Salar de Atacama, o valor da entrada por pessoa é CLP 2.500 (R$12,50).

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Lá pudemos ver os primeiros flamingos da nossa viagem! Eles se alimentam de pequenos crustáceos, por isso vão adquirindo a coloração rosada. Quanto mais comem, mais rosa os flamingos ficam. Ali fica a Laguna Chaxa, que reflete um pedaço da Cordilheira dos Andes (os vulcões Licancabur e Juriques) e da Cordilheira Domeico (o Cerro Quimal). Após uns 40 minutos para fotos, voltamos para o carro que o café da manhã estava pronto. Tinha pães, queijo e presunto, manteiga, geléia, frutas, cookies e bolo. Para tomar, café solúvel, chás variados (inclusive podia fazer com as folhas secas de coca), leite e suco. Em seguida, fomos ao banheiro para seguir viagem. O banheiro é muito limpo e tem papel, dá pra usar sossegado. Uma dica preciosa, principalmente pras meninas: carregue sempre aqueles lenços de papel, de bolso, sabe? Nem sempre tem papel nos banheiros e ele quebra um galho. Ah, álcool em gel é muito útil também, além de lenços umedecidos.

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Dali fizemos uma parada onde o Trópico de Capricórnio passa e vimos o trajeto do Caminho Inca, que começa em Quito e termina na Patagônia, passando pelos dois lados dos Andes. Tiramos foto com a placa na estrada, tiramos foto sentados na estrada vazia e aprendemos sobre as apachetas (montes de pedras empilhadas, podendo ser grandes ou pequenos, em oferenda a Pachamama). Por ali conseguimos avistar o vulcão Lascar, um vulcão ativo a poucos quilômetros de SPA. Todas as manhãs, saem fumarolas de sua cratera, devido ao frio. É possível fazer a ascensão ao Lascar, que tem 5.207m de altitude.

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Depois, uma parada no povoado de Socaire, que fica a 3.294m. Paramos na estrada, na porta do que seria o restaurante do almoço na volta. Fomos ao banheiro novamente (bem limpo e usável) e demos uma volta no povoado. O guia nos lembrou que o em Piedras Rojas não há banheiro, então seria bom aproveitar aquele, pois demoraria até as Lagunas Altiplânicas. Vimos duas igrejas e as plantações em terraços. Ali já comecei a sentir os efeitos da altitude e, voltando ao carro, coloquei algumas folhas de coca na boca. Devemos colocá-las entre os molares, no fundo da boca, para que hidratem antes de mascarmos. Uns 15 a 20 minutos é suficiente. Depois é só mascar um pouco, tomando cuidado pra não engolir. Não faz mal engolir, mas o gosto não é muito bom e podemos ficar enjoados se engolirmos. É comum sentir o coração acelerado, pois o efeito da folha de coca é justamente esse: bombear mais sangue carregando oxigênio para o cérebro. Água também é importante, já que regula a pressão sanguínea.

Dali, fomos pro Salar de Talar (ou Salar de Águas Calientes), onde ficam as Piedras Rojas. A distância até SPA é de 111km, a uma altitude de 3.934m. No caminho avistamos algumas vicuñas, espécie de camelídeos selvagens que andam em grupos pequenos (um macho e o resto fêmeas, um tipo de "harém", rs). Após a curva de onde podemos avistar pela primeira vez o Salar de Talar, havia uma van de turismo parada, aparentemente quebrada. Nosso motorista Cláudio parou para ver se conseguia ajudá-lo e aproveitamos para fazer umas fotos lá de cima, por uns 10 minutos. Infelizmente o Cláudio não pode fazer muito por eles, mas já haviam avisado em SPA e o socorro estava vindo. Enquanto isso, os turistas desceram a pé até o salar para aproveitar a vista.

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A paisagem é uma das mais impressionantes de todo o Atacama: as pedras são realmente muito vermelhas. O contraste delas com o céu muito azul e com a laguna verde-água dali encantam. Podemos colocar os pés e as mãos na laguna, que é bem fria. Nesse dia demos sorte e não havia muito vento, porque o comum é ventar demais. Vale lembrar também que: quanto mais alto o passeio, mais frio ::Cold:: . Leve consigo uma jaqueta corta-vento, luvas e gorro. Não precisei usar esse dia porque não ventava, mas não custa se prevenir.

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Depois de muuuuitas fotos, voltamos pro carro, pra seguir até as Lagunas Altiplânicas, já no caminho de volta pra SPA. São duas as lagunas: Miscanti e Miñiques, com seus vulcões de respectivos nomes. Ali, pagamos CLP 3.000 (R$15,00), com direito a usar os dois banheiros (mistos, sem distinção de feminino e masculino). Não sei se é sempre, mas não tem descarga hidráulica nele, apesar do vaso sanitário.O que tem é um tambor de plástico grande com água e uma vasilha pra jogar essa água no vaso, após o uso. Acabei não conseguindo usar :roll:

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Primeiro fomos na Laguna Miñiques, que é a mais distante e menor. A coloração da água azul profundo em contraste com a paisagem e a vegetação é de tirar o fôlego, mas não podemos nos aproximar muito. Sei de amigos que choraram de emoção nessa hora (beijo, Ana Laura! :P ). Nosso guia Maurício contou que, quando o vulcão Miñiques entrou em erupção, há muitíssimos anos, lançou pedras a uma distância impressionante, e que tem vestígios de que algumas tenham atingido SPA. Depois, voltamos para a Miscanti e caminhamos a pé até próximo dela. Para proteger a fauna (muitas taguas cornudas e outras aves) e a própria laguna, a aproximação é restrita. Devo admitir que a laguna Miscanti impressiona mais lá do alto, próximo aos banheiros. Por ela ser umas 10x maior que a Miñiques, de perto prejudica o efeito da coloração da água e acaba não ficando tão bonita quanto ela.

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De volta ao microonibus, demos início ao final do tour. Precisei tomar um paracetamol, pois estava com bastante dor na cabeça. Um pouco era a altitude, outro tanto era fome, rs. Passava das 14h e estava somente com o café da manhã e algumas barrinhas de cereal no estômago. Paramos em Socaire, no restaurante. O almoço é incluso no valor do passeio e tem dois pratos: a entrada e o prato principal. O menu do dia contava com duas entradas: sopa de lentilha ou sopa de legumes, optei pela de legumes enquanto meu namorado tomou a de lentilha. Ambas uma delícia. De prato principal, as opções eram ají de galinha (uma espécie de "estrogonofe" com pimenta, que é o ají), cerdo ao horno (costelinha de porco assada no forno), pavo (peru) ou omelete de quinua (opção vegetariana). Pra acompanhar, pães e suco de tangerina. Estava tudo uma delícia e as porções são muito fartas, além de acompanhar arroz e salada de repolho roxo todos pratos principais. Após o almoço, fui novamente ao banheiro, mas após alguns turistas ele já estava mais sofrível um pouquinho. Apesar disso, consegui usar.

Antes de finalizar o tour, demos uma voltinha em Toconao, outro povoado minúsculo no caminho para SPA, onde vimos alguns cactos e uma lhama doméstica! Descendo em SPA, Maurício perguntou se alguém queria ver o por do sol do alto da cidade, pois seria em breve e o espetáculo costuma ser muito bonito. Fomos no microonibus mesmo, até o trevo para Calama. Dali vimos os vulcões Licancabur e Juriques mudarem de cor, naquela paisagem deslumbrante. Se quiser arriscar, não esqueça o casaco, pois ali sim ventou demais da conta!

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Pra terminar, demos uma "propina" pela nossa satisfação e pelo bom serviço prestado.

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O tour para o Valle de la Luna acontece às 16h, todos os dias. Geralmente esse é o passeio que as pessoas fazem já no primeiro dia em San Pedro de Atacama. Como a gente tinha bastante tempo disponível, acabamos deixando o nosso roteiro mais flexível, com pausas para descanso, e optamos por fazer esse passeio após o de Piedras Rojas e Lagunas Altiplânicas. Nesse dia, acordamos cedo para o café da manhã do hostel, que é servido após as 7:30. Ele é incluso na diária e tem: pão, presunto e queijo, manteiga, geléia, iogurte e café/chá. A gente podia comprar as coisas no mercadinho e deixar na geladeira, com nome e nº do quarto, além de poder utilizar o fogão e etc. Por volta das 13h, saímos do hostel para o centrinho da cidade para almoçar, e já fomos prontos para o passeio. O sol no Atacama é muito forte, então evitei usar blusas cavadas nos passeios. Ia de blusa de manga longa bem fininha, com uma regatinha de alça por baixo. Já adianto aqui que usei meu all star de cano baixo (aquele mais normalzinho mesmo) e me arrependi amargamente pela quantidade de areia que entrou nele, darei mais detalhes aqui pra baixo. Se tiver botinha de trekking, vá com ela, senão vc carrega uma duna nos pés de volta do passeio.

Demos uma volta e resolvemos comer no mesmo lugar que almoçamos no primeiro dia: Restaurante Casa de Piedra. Fica na calle Caracoles, 225, entre as ruas Tocopilla e Calama. Pedimos novamente uma pizza para dois, napolitana. A pizza tem a massa bem fininha e é crocante, uma delícia. Foi na medida certa de nossa fome. No total, a conta ficou CLP 10.450 para os dois, incluindo duas Coca-Cola (que é o mesmo valor da água, CLP 1.000) e a propina (gorjeta).

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Combinamos na agência Juriques que em todos os passeios que saíssem na parte da tarde, o ponto de encontro seria na porta da agência (calle Toconao, esquina com Aucalquincha). Antes de ir pra lá, como tínhamos tempo ainda, resolvemos entrar na Cordillera Traveller para mais informações sobre o tour para Uyuni (calle Tocopilla). Havia pesquisado antes de sair do Brasil e a empresa mais cotada na internet é essa. Os pontos que todo mundo ressalta é: segurança, já que os carros andam em comboio, alimentação e motoristas mais preparados. Conversamos com uma moça, que não me lembro do nome, mas que foi bastante solícita pra responder nossas dúvidas. Ela detalhou todo o itinerário, mostrando as paradas do caminho no mapa que fica na mesa de atendimento da agência. Perguntamos da necessidade de levar sacos de dormir, pelo frio que passaríamos, já que as altitudes são grandes nesse passeio, e ela sugeriu que alugássemos na agência parceira deles, a Travel Latina (calle Toconao). Funcionou assim: demos CLP 15.000 cada pelo saco de dormir, no mesmo esquema de cheque-caução, dos quais CLP 10.000 seriam devolvidos quando entregássemos o saco na volta da viagem. Ou seja, o aluguel sairia por CLP 5.000 (R$25,00). Lá também poderíamos trocar pesos chilenos por bolivianos. Voltando à reserva do tour: já tinham 14 pessoas confirmadas para a data que queríamos sair (25/09, domingo), então seria legal que já deixássemos pago pra reservar nossos lugares. Segundo a moça, tinha alguns brasileiros, italianos, americanos, etc. Não titubeamos muito e resolvemos fechar ali mesmo. US$220,00 (R$700,00) por pessoa, preço padrão e não negociável, rs. Ela também sugeriu que a água de 6L que fôssemos levar poderia ser comprada no mercadinho ali em frente à agência e deixada na agência um dia antes da viagem, porque daí não precisava carregar peso pro hostel depois. Pronto, agora não tinha escapatória! Confesso que estávamos bem ansiosos e com medo, sem saber muito o quê esperar desse tour. Sempre lemos que é bem inóspito o percurso, que a galera passa perrengue de verdade e tal.

Saindo de lá, fomos pra porta da Juriques Tour. Chegando, nos avisaram que era pra encontrar o resto do grupo na mesma rua da agência, mas a uma esquina da praça. Um funcionário da agência nos acompanhou até lá. Chegamos e o grupo todo já estava lá, inclusive estava sendo feita a chamada pro tour e cheguei bem na hora do meu nome! A agência era a Terra Extreme dessa vez, com o guia Cristóbal e o motorista Victor. É cobrado CLP 3.000 (R$15,00) para ter acesso ao Valle de la Luna, e Cristóbal passou recolhendo esse valor dentro da van, para agilizar o processo, já que a fila na entrada do parque era bem grande. Lá tem estrutura com banheiros também, estes impressionantemente limpos e cheirosos. Sério, foi o segundo banheiro mais bonito/limpo do passeio.

Da entrada do parque, passamos por mais uma guarita, onde um vigia confere os nomes, quantidade de pessoas e se foi paga a entrada. Nossa primeira parada foi na Cordilheira de Sal e na Caverna de Sal. Se não tiver levando lanterna vale apelar para o flash do celular. É uma caverna pequena e sem maiores dificuldades, exceto na hora de sair dela, porque a saída é feita com uma pequena escalada na parede da caverna. Certifique-se de ir com roupa que possa sujar também, pois tem horas que passamos esbarrando nas paredes e teto da caverna.

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Dali, seguimos até as Três Marias. Tiramos algumas fotos e sentimos falta de maiores explicações por parte do guia, uma vez que as outras excursões que ali estavam davam detalhes sobre a formação rochosa das Três Marias e do terreno dali. Achei uma falha da agência Terra Extreme isso, a impressão é que Cristóbal estava apressado para não perdermos o pôr do sol na Piedra del Coyote e acabava por não se demorar nas explicações. Dali, subimos ao lado de uma duna, mas não sei ao certo o nome desse lugar, me desculpem. Tiramos várias fotos com o Licancabur ao fundo e fizemos amizade com um casal de chilenos. Foi nessa subida que me arrependi de meu all star, desci com uma duna em cada pé. Precisei tirar os tênis no ponto de ônibus que tem lá embaixo, próximo a onde estava nosso ônibus, pra conseguir terminar o passeio.

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Por fim, seguimos para a saída do parque e fomos para a Piedra del Coyote. O lugar estava todo lotado, obviamente, pois todo mundo praticamente termina o tour por lá nesse dia. Demoramos, mas encontramos a tal piedra. Tinha uma fila para fotografar lá, além de uma fita isolando a piedra. Analisando as fotografias depois, notamos uma rachadura imensa na pedra que fica suspensa! Descobrimos o porquê do isolamento e da cautela de ir um por um posar na piedra, rs. Enfim, o pôr do sol lá realmente é tudo isso. A vista que se tem de todo o vale é estonteante e as fotografias ficaram lindíssimas. Nem parece que tinha aquele alvoroço de turistas atrás da gente, hahahaha!

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Voltamos para a cidade às 20h, trocamos contato com o casal que conhecemos e passamos no mercado pra comprar pan amassado e manteiga pro “jantar” daquele dia. Inclusive: comam pan amassado de SPA, é bem diferente do que estamos acostumados. Geralmente comprávamos um pan e uma manteguilla individual por CLP 320 (R$1,80).

Ah, nos foi informado que estão cobrando entrada para o Valle de la Muerte, coisa que não era cobrado antes. Por isso, muitas agências não estão fazendo os dois vales no mesmo passeio. Dessa forma, não sei dizer se vale a pena ir lá também ou não.

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  • 2 semanas depois...
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Pouco depois das 5h da manhã, a van nos chamou no hostel. Na noite anterior, avisamos o dono do hostel que sairíamos bem cedo para ver os geisers. Saímos na porta, obviamente ainda estava escuro pra caramba (o sol nasce por volta das 7:30 nessa época do ano). Victor, do Terra Extreme, nos esperava lá fora. Fomos praticamente os primeiros a serem pegos, já que a saída pro campo geotérmico ficava do outro lado da cidade. Passamos em todos os hostels e seguimos rumo a el Tatio. Nesse dia, faz bastante frio no passeio. É extremamente recomendável roupas quentes, gorro, luvas, cachecol e botas (de preferência, pois pode molhar e ficar com os pés úmidos não é opção, né?). Os mais corajosos podem arriscar e levar roupa de banho e toalha para entrar na piscina térmica – confesso que levei, mas conto mais adiante sobre, rs. O sono reduzido da noite é recompensado pelo cochilo na van, durante as quase 2h entre SPA e o campo geotérmico.

O campo geotérmico fica a uma altitude de 4.500m, por isso não pode descuidar da água e das folhas de coca. Na noite anterior é bom evitar carne vermelha e bebidas alcoólicas também, para evitar mal estar. De longe já conseguimos avistar alguns geisers, é surpreendente. Chegamos à entrada por volta das 7:00 da manhã. Saímos da van pra pagar e o choque térmico foi grande: fazia -6º C lá fora, o que é considerado quente pro horário e época do ano, segundo uma funcionária da segurança do local (normalmente faz entre -15º e -10ºC). O mais triste é ficar na fila pra pagar, o jeito foi ficar movimentando pra tentar aquecer um pouco. O valor é de CLP 10.000 por pessoa (R$50,00). Voltei o quanto antes para a van e logo descemos para perto dos geisers.

Descemos novamente e o choque térmico já foi menor, mas ainda assim fazia muito frio. Estava com uma blusa de fleece gola alta por cima de outra de manga longa, coloquei o gorro e as luvas ::Cold:: , mas não senti necessidade de colocar a jaqueta corta-vento. Nos pés, estava de bota com pelos dentro, uma meia e polainas, além de calça segunda pele e uma calça legging por cima. O sol ainda estava começando a aparecer, o que garantiu fotos lindíssimas. Tivemos 40 minutos para circular entre os diversos jatos de água e fumaça. É muito importante ter cuidado por onde caminhamos, pois tem jatos que são intermitentes, desaparecendo e aparecendo do nada. No chão, tem pedras coloridas indicando o caminho, e é fortemente recomendável prestar atenção nas marcações. Conforme o sol vai aparecendo e a temperatura subindo, a fumaça dos geisers vai ficando menor, chegando a desaparecer em alguns pontos.

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Depois de muitas fotos, voltamos para a van e tomamos nosso café da manhã: pão esquentado na hora pelo Victor, presunto e queijo, geléia e manteiga, chá, café, achocolatado e suco, além de bolachinhas e bolo. Tudo muito caprichado e gostoso. Em seguida, fomos para a piscina térmica. Não criei coragem para entrar, apesar da água ser bem quente mesmo. Só conseguia pensar no frio para colocar todas as roupas de volta, hahaha. Mas, ali nos arredores da piscina tem mais 3 geisers bem grandes, onde podemos ficar admirando e fotografando enquanto o tempo passa.

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Após 40 minutos, entramos todos para a van e começamos nosso retorno a SPA. Paramos na entrada novamente, para usar os banheiros – os quais são razoavelmente limpos. Quando voltava para a van, nos deparamos com um zorro, ou raposa-colorada. Um animalzinho muito fofo e endêmico daquela região. Com a ajuda de alguns homens que trabalham nas construções da entrada do parque, conseguimos algumas fotos bem próximas do bichinho, afinal é um animal selvagem e precisamos nos aproximar com cautela (tanto para nos proteger quanto para não os incomodar).

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Começamos nossa volta e logo paramos em um mirante, para observar o vulcão Putana ao longe. Também é um vulcão ativo, que nem o Lascar, e fica soltando fumarolas. Nesse local tem um pequeno lago com alguns patos e outras aves da região. Por ali também avistamos vicuñas. Na descida, paramos mais uma vez para fotografar algumas lhamas num vale e tentamos a sorte de encontrar alguma vizcacha (espécie de coelho selvagem), sem sucesso com esse último.

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A última parada antes de SPA foi no povoado de Machuca. Lá moram cerca de 6 pessoas, das 20 famílias que ali vivem. Elas costumam fazer uma espécie de “rodízio” ao longo do ano, para atender aos turistas, cuidar das criações e das casas. É possível comer churrasquinho de lhama ali, além de comprar queijo de cabra. Faço aqui um adendo: no dia seguinte, durante nosso café da manhã, a moça do hostel conversava com uma chilena e uma espanhola na cozinha, discutindo sobre o quão lhama era esse espetinho, rs. No fim das contas, como não experimentei, não sei dizer se aquilo que é vendido em Machuca era lhama mesmo, carne de vaca ou se fazem os espetinhos variados e os turistas tiram na sorte, rs.

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Um pouco mais a frente, paramos novamente para observar e fotografar alguns flamingos em uma laguna.

Naquele dia, tínhamos programado o passeio à Laguna Cejar às 16h. Só que não contávamos que a visita ao Campo Geotérmico fosse tão desgastante! É um combo de acordar muito cedo, dormir mal na van e enfrentar uma altitude muito grande que te derruba de jeito. Meu namorado deu a ideia de tentarmos mudar o passeio à laguna para outro dia, já que teríamos bastante tempo, ainda mais na volta da Bolívia. Descemos na cidade e fomos direto pro escritório da Juriques. Lá negociamos e conseguimos transferir nossa visita à Cejar para dali uma semana, no dia seguinte ao que voltaríamos da Bolívia. Com isso resolvido, passamos na Casa de Piedra pra mais uma pizza antes de voltar pro hostel. Enquanto esperamos nosso prato, fui ao banheiro trocar a roupa e fiquei só com a blusinha de baixo e a calça. Durante o dia, principalmente por volta das 14h, faz muito calor na cidade, o sol está a pino e tem pouca sombra. Comemos e ficou novamente em CLP 10.450.

De volta ao hostel, tomei um banho caprichado e deitamos para descansar. Aí senti um pouco de dor de cabeça, que logo descobri ser comum não só nas grandes altitudes, mas também quando chegamos de locais de grandes altitudes. Cochilamos um pouco e de noite ficamos na área comum do hostel, comendo cookies e conversando com um casal de paulistanos que estava no mesmo hostel que a gente.

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  • 1 mês depois...
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Nosso tour estava marcado para sair entre 8h e 8:30. Ficamos prontos umas 7h e pouco e fomos tomar o café da manhã do hostel. Vesti meu conjunto de segunda-pele da Decathlon (coisa de 30 ou 40 reais cada peça e valeu muito o investimento!), calça legging, malha de lã fininha, meia, tênis de academia e polainas. Coloquei na mochila para levar comigo luvas, cachecol tipo gola, gorro e jaqueta corta-vento. No café da manhã, resolvemos fazer um chá para evitar o mal de altitude, já que passaríamos o dia a mais de 4.000m. A moça da loja da Cordillera Traveller nos recomendou fazer uma infusão de chachacoma (compra na feira de artesanato na praça de SPA, barato que nem folhas desidratadas de coca) e resolvemos experimentar antes de ir para a Bolívia. Agora pensa num chá amargo, putz! E não pode adoçar, o jeito e tapar o nariz e tomar numa golada só haha.

Às 8:30 ouvimos uma van encostar na rua e qual não foi nossa alegria em ver Maurício, o guia da Atakama Cultura Aventura, e Cláudio no volante! Entramos na van, paramos no mercadinho para quem quisesse comprar água e snacks e partimos, rumo ao Salar de Tara. O acesso se dá pela rodovia que leva a Paso Jama (fronteira entre Chile e Argentina) pela Ruta 27. No caminho, seguimos “beirando” os vulcões Licancabur e Juriques por um bom tempo, enquanto víamos SPA ficando pequenininha e distante, conforme fomos subindo a rodovia. Passamos pela entrada do Paso Hito Cajón (fronteira do Chile e da Bolívia, onde se passa pela imigração boliviana para o tour de Uyuni). Dá para enxergar a Laguna Blanca da rodovia, que é a primeira parada do tour para Uyuni. Basta ficar atento quando passar pelos vulcões que vc vê pra baixo deles uma laguna, é ela. Também conseguimos avistar as antenas do Projeto ALMA (Atacama Large Millimeter/Submillimiter Array – o maior projeto astronômico do mundo, com parceria de diversos países), que ficam a uma altitude de mais de 5.000m! Impressionante!

A primeira parada foi pro café da manhã. Novamente, muito caprichado: bolos, bolachas, pão, presunto e queijo, geleia, manteiga. Para tomar: café solúvel, leite, chás e sucos. A parada é feita em um local apropriado na beira da rodovia, porém sem estrutura de banheiros nem nada, mas uma vista lindíssima. Algo importante a alertar: o tour do Salar de Tara leva um dia todo e o banheiro é a naturaleza. Não tem uma casinha sequer, somente diversas pedras e o terreno acidentado da região. Dali, seguimos para a primeira parada contemplativa: Laguna Diamante. Devido à altitude de 4.500m, a laguna congela durante a noite, então é possível ver e pegar placas de gelo nas bordas da laguna. Durante os meses mais frios, ela permanece congelada durante o dia também.

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De volta à van, seguimos viagem, deixando a rodovia que leva ao Paso Jama e entrando em uma estrada de terra. Dali pra frente é aventura off road. Logo no comecinho dessa estrada ficam os Monjes de la Pacana e o Vigilante de la Pacana, os quais podem ser avistados da rodovia mesmo. Tiramos várias fotos em perspectiva e seguimos viagem. Os efeitos da estrada off road podem ser sentidos por aproximadamente 1h do percurso até o Salar de Tara.

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Passando os Monjes e o Vigilante, o percurso é feito somente por caminhos e rastros deixados pelos outros carros. É imprescindível o uso de cintos de segurança, um brasileiro do nosso tour foi arremessado e só não machucou feio porque conseguiu se segurar no banco da frente e teve reflexo rápido. Eu chegava a literalmente sair do banco!

A imensidão do deserto se faz muito presente neste passeio, principalmente quando estamos no altiplano, rodeado por vulcões ao longe. Parece que estamos dirigindo sem rumo. Em certa altura do altiplano, o Cláudio parou a van e descemos. Ele nos mostrou as obsidianas, rochas de origem vulcânicas que são utilizadas na fabricação de bisturis. Elas são impressionantes, porque a gente não dá nada quando elas estão brutas na natureza, mas basta quebrarmos uma para a magia acontecer: o interior da rocha parece ser feito de um vidro muito preto, muito mesmo, e extremamente brilhante! Ela não tem partícula alguma de brilho, vale lembrar, e é isso que a torna facilmente distinguível na natureza. Segundo Cláudio, na região é possível encontrar obsidianas de diversas cores, mas ali naquele lugar predominam as mais escuras, em sua maioria pretas.

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Seguindo o caminho, paramos em um mirador do Salar de Tara. De um lado, podemos avistar o anfiteatro do Salar e o próprio salar, de outro avistamos Los Monjes Blancos (muito semelhantes aos de la Pacana, porém mais claros). É tudo muito impressionante, muito grandioso, muito diferente. Um dos mais belos passeios do Atacama, com certeza! Descendo do mirador para los monjes blancos, precisei urgentemente usar la naturaleza, pois a água que tomei no percurso já não cabia na bexiga rs. A vontade de fazer xixi me privou de tirar mais fotos no mirador, como vc podem perceber. Se reparar bem, meu desconforto fica explícito nas fotos rs. Na parada dos monjes, resolvi achar um lugarzinho privativo. Encontrei e pude finalmente me aliviar. O que eu perdi nesse ínterim? UMA MINI NEVASQUINHA. Sério. Nuvens carregadas estavam se aproximando desde que estávamos no mirador, mas pensei: chuva, né. Só me esqueci que a 4.500m e a uma temperatura abaixo de 10ºC, a chance de nevar seria maior. Nevou, minúsculos flocos de neve, mas nevou. E eu perdi. Enfim, é a vida. O ensinamento que fica é, faça seu xixi saindo dos monjes de la Pacana, não deixe para a região propensa a neve.

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Nessa hora, aproveitei e coloquei gorro e luvas, pq né. Mas continuei somente com a blusa de segunda pele da Decathlon, sem colocar jaqueta nem nada. Ô brusinha que valeu uns cobre! Quando chegamos mais perto do Salar propriamente dito, descemos da van e fomos a pé, pra apreciar a vista e dar tempo do Cláudio preparar nosso almoço próximo à laguna do Salar. No cardápio tinha arroz ou salada de macarrão, salada de folhas e frango ou porco. As carnes eram preparadas na hora pelo Cláudio, que levou um fogão portátil e frigideiras. Estava tudo maravilhoso, muito bem temperado, daqueles almoços que a gente sente saudade por saber que nunca mais comeremos nada igual. Havia tbm sucos para acompanhar. Onde almoçamos tem uma pequena estrutura de casinha, acredito que pra quando estiver nevando/chovendo e poder almoçar lá dentro. Mas o banheiro ainda é na naturaleza.

Após almoçar, começamos a volta a SPA. Quando chegamos no altiplano novamente, Cláudio e Maurício desceram da van e saíram correndo. Descemos pra esticar as pernas e ver o que se passava. Qual não foi nossa surpresa ao ver um carro de outra agência atolado na areia. Sério. O motorista devia ser inexperiente e tava meio que cortando caminho por ali. Era visível que o carro dele não conseguiria subir a espécie de duna que tinha naquele pedaço. Cláudio pegou o volante da van do moço e outro carro tbm parou pra ajudar. O motorista desse 3º carro, o motorista inexperiente e Maurício ajudaram a empurrar a van atolada, enquanto Cláudio mostrava toda sua destreza ao volante. Sério, escolham bem sua agência, perrengues assim são extremamente comuns na região.

Desde que entramos no carro após o almoço eu tava com uma dor de cabeça chatinha. Acho que vacilei bebendo pouca água pra poupar a bexiga (quem nunca?). Cochilei do Salar até essa parada, mas nessa hora precisei de uma neosaldina, não teve jeito. Passamos novamente pelos Monjes e entramos na rodovia, mas no sentido do Paso Jama. Poucos km a frente, paramos em um mirador na beira da rodovia, para fotografar mais lagunas. Ali também se chama Águas Calientes. Ventava demais nesse lugar e precisei colocar a jaqueta corta-vento, não teve jeito, rs.

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De volta à van, paramos somente na placa do vulcão Licancabur, para fotografar toda a excursão na frente dele e do Juriques. A vista dos vulcões de pertinho é belíssima! Esse é um dos passeios mais distantes, ficando a mais de 140km de SPA. Chegamos na cidade e compramos coisas para comer de noite: pan amassado e mantequilla, rs.

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Acordamos com calma por volta de 8h da manhã, para aproveitar o café da manhã do hostel. Dormimos relativamente tarde, porque chegamos agitados do tour para o Salar de Tara, então voltamos a cochilar depois do café, rs. Aproveitamos para colocar algumas roupas para lavar no próprio hostel. Deixamos as roupas de segunda pele, algumas meias, calças legging e outras camisetas para lavar com a mocinha da recepção, por CLP 2000 (aproximadamente R$10).

Aproveitamos para reservar as diárias para quando chegássemos da Bolívia, ali no hostel mesmo. O senhor que trabalha lá nos fez 3 diárias por CLP60.000 o quarto, ou seja, CLP20.000 pesos a diária. Isso, dividido por 2 pessoas, deu aproximadamente R$50 por pessoa a diária. Achei bastante justo, ainda mais barato que a reserva que fizemos do Brasil. Pagamos em pesos mesmo, já que a reserva não foi feita pelo Booking e sim diretamente no hostel.

Saímos para almoçar no centrinho e comprar suplementos para levar na viagem. No caminho, encontramos uma espécie de feira livre que fica dentro de um espaço próprio, na calle Caracoles. Fica próximo à Heladeria Babalu, na altura do número 420. Compramos uma maçã de cada tipo, para cada um de nós: uma chilena (imensa e muito doce), uma argentina e uma verde por pessoa, totalizando cerca de CLP 1000 (R$5,00, quase R$1 cada maçã). Como a moça da Cordillera Traveller havia nos sugerido, fomos no mercadinho que fica de frente para a agência. Nossa lisitinha de compras ficou em CLP 10500 (R$50,) para duas pessoas:

- papel higiênico: 1 rolo por pessoa

- 6L de água por pessoa

- barrinhas de cereal, acho que 6 unidades por pessoa

- uma barra de chocolate pro casal

- um pacote de amendoim por pessoa

Chegamos na agência para deixar a água e a moça nos corrigiu, disse que era uma garrafa de 6L para o casal, e não por pessoa, para evitar o sobrepeso dos carros. ::putz:: Eita, lá fomos tentar devolver a água no mercadinho. Como era esperado, a moça não devolveu o dinheiro, mas nos deixou trocar em produtos. ::otemo:: Pegamos mais cookies e barrinhas, acho.

Dali, passamos na outra agência, Travel Latina, parceira da Cordillera, para trocar os pesos chilenos por bolivianos e pegar nossos sacos de dormir. Se vc procurar no Google Maps por “Cordillera Traveler”, eles vão te mandar para o endereço da Travel Latina. Trocamos 50000 pesos chilenos em 434 bolivianos, no caso cada 10 bolivianos correspondia a aproximadamente 1000 pesos chilenos, ou 5 reais. Ou seja, real equivalia a 2 bolivianos. É importante lembrar que o necessário é levar até uns 300 bolivianos, a menos que se queira comprar artesanatos de recordação. Pegamos os sacos de dormir lá também, estavam em bom estado, limpos e não cheiravam mal rs. Eu, como boa preocupada, resolvi fazer uma paradinha na farmácia Cruz Verde, ali na esquina da Caracoles com a Tocopilla mesmo. A ideia era comprar um remédio para possível disenteria na Bolívia. Cheguei pedindo por medicamento para o “soroche” (mal de altitude), mas ali no Chile não vendem. A atendente me sugeriu um medicamento que “tranca”, rs. Segundo ela, se o problema for mais forte, tomar duas pílulas seguidas, depois uma pílula a cada 6h. Senão, se a atividade for leve, apenas uma pílula a cada 6h mesmo. Custou CLP3.390, cerca de R$16. Se eu lembrar o nome do remédio, posto aqui.

A ansiedade era muito grande, dormimos bem pouco e mal. Minhas principais preocupações eram as mais banais: a situação dos banheiros que iríamos encontrar no caminho, as refeições, etc, quando qualquer pessoa normal se preocupa com os prováveis acidentes e perrengues mais graves hahaha. ::hein:

Arrumamos as malas, deixando uma guardada na recepção do hostel e levamos somente a do meu namorado, com as coisas de nós dois. Levei 3 blusinhas de manga longa, duas regatinhas de alça, uma calça de segunda pele, duas leggings, 5 pares de meia, polaina, jaqueta corta-vento, duas blusas de fleece, cachecol, gorro, óculos escuros, toalha, lenços umedecidos, biquíni e luvas. Biquíni, toalha, gorro, luva e cachecol, levei na mochilinha de ataque, pois no primeiro dia faríamos uma parada na piscina de água térmica, a caminho dos Geiseres de la Mañana. As comidas levei na sacolinha do mercado mesmo, na mão. E o papel higiênico deixamos um na mochila de ataque e o outro colocamos na mochila grande. Ah, é bom ter em mãos álcool gel também, porque se não tem estrutura de banheiro nem papel, quem dirá sabonete né! rs

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