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Fim de semana na Ilha de Algodoal/PA


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Destino: Ilha de Algodoal – Maracanã/PA*

 

*Valores e informações referentes a maio/2008.

 

Seu nome é Ilha de Maiandeua, mas os de fora a conhecem por Ilha de Algodoal. Maiandeua tem origem no Tupi e significa “Mãe da Terra”. A ilha é chamada de Algodoal em virtude da abundância de uma planta nativa conhecida como algodão de seda, ainda presente na região, cujas sementes, com filetes brancos, são dispersas pela planta e, ao flutuarem ao vento, lembram o algodão. Quem primeiro a apelidou desta forma foram os pescadores que lá chegaram na década de 1920.

 

Algodoal é, também, o nome da maior vila, das quatro que existem na ilha. As outras três são Fortalezinha, Camboinha e Mocooca. A vila de Algodoal é a principal por ser a maior, a que possui a melhor infra-estrutura para acomodação de turistas e, conseqüentemente, a que recebe mais visitantes. Estas quatro vilas são separadas entre si por porções de manguezais e seccionadas em alguns pontos por canais de maré.

 

Os 19 km² da Ilha de Algodoal são marcados pela tranqüilidade, pelos cenários maravilhosos que atraem turistas de todo o mundo que nunca se decepcionam com a sua natureza bucólica, bela e dadivosa. A comunidade da ilha é formada por pessoas simples e receptivas que vivem, basicamente, da pesca, da agricultura de subsistência e, ultimamente, do turismo.

 

A energia elétrica somente foi introduzida na ilha em janeiro de 2005 e o abastecimento de água é realizado por meio de poços artesianos que fornecem água de excelente qualidade.

 

Os meios de transporte existentes são a bicicleta, o barco (a motor ou a remo) e a carroça puxada por cavalo. Veículos terrestres motorizados não podem entrar na ilha.

 

Nós então aproveitamos o final de semana do feriado do dia dos Trabalhadores e fomos eu, meu marido e minha cunhada para conhecer essa ilha.

 

Para chegar à ilha de Algodoal a forma mais rápida é indo até Marudá/PA; você parte de Belém pela BR-316 e depois pega a PA-136 e em seguida a PA-318; existem ônibus, microônibus e vans saindo de Belém/PA. O valor varia de R$ 14,00 a R$ 15,00. De ônibus demora de 3 a 5 horas, dependendo do ônibus, pois há algumas linhas que passam por vilas afastadas do interior. De microônibus e vans demora de 3 a 4 horas, e acaba sendo mais confortável. Chegando em Marudá você deverá pegar o barco e atravessar até a ilha, o valor da travessia é de R$ 5,00 por pessoa e demora de 30 a 40 minutos.

 

Outra forma de chegar até a ilha é indo até Maracanã; de Belém até Maracanã são cerca de 3 horas de viagem, depois você deverá atravessar de barco até ilha, o que levará cerca de 3 horas. Essa rota é muito demorada e cansativa.

 

Se você partir da rodoviária de Belém verifique os horários de ônibus para a sua volta. Dica: como a BR-316 atravessa boa parte de Belém e de Ananindeua (uma cidade próxima a Belém), você pode economizar tempo e pegar o ônibus, microônibus ou van na BR-316 perto de Ananindeua, porém, corre o risco de não pegar mais lugar para sentar. Nós fizemos assim, mas por milagre, conseguimos ainda 3 lugares.

 

De Belém até Marudá são aproximadamente 160 Km e de Belém até Maracanã são 170 Km.

 

Os horários dos barcos para travessia até a Ilha de Algodoal acompanham a chegada dos ônibus.

 

O estado da rodovia é relativamente bom e a viagem é tranqüila, mas eu ainda vi um acidente no caminho de volta. Fomos ouvindo um sonzinho no MP3, o que nos impediu de ouvir uma senhora muito inconveniente que vinha a viagem toda reclamando que não tinha lugar para ela sentar e contando toda sua vida. Um saco!

 

A travessia de Marudá até a Ilha de Algodoal foi tranqüila, o barco quase não balançava, porém a volta foi com aventura, pois o barco balançava tanto que eu pensei que fosse ser arremessada pra água, tinha até uma senhora chorando com medo, coitada; outra moça tratou logo de pegar um colete salva-vidas.

 

Chegando em Algodoal você desembarca na areia mesmo e já há vários “táxis” esperando o pessoal que está chegando na ilha; detalhe: em Algodal não há veículos motorizados, logo os “táxis” são carroças puxadas por cavalos. O preço da viagem de carroça é quase sempre o mesmo para todos os locais próximos da ilha, R$ 5,00, com exceção de lugares mais distantes onde eles cobram até R$ 20,00 por viagem, preço que eu achei excessivamente caro; é sempre bom tentar negociar, aliás essa é outra dica que deixo aqui, como tudo em Algodal é mais caro tente negociar sempre e nunca aceite o primeiro preço que oferecerem. Desde coca-cola até a diária da pousada, negocie tudo.

 

Você encontrará diversas pousadas em Algodoal; no primeiro dia, como tínhamos reserva, ficamos na pousada Paraíso do Norte (toda de madeira), pagando uma diária de R$ 40,00 um quarto para 3 pessoas, sem ar condicionado e com direito a um mirrado café da manhã. O ruim dessa pousada é que os quartos não tem banheiro, os banheiros são coletivos, sem falar que as janelas não têm tela para evitar que os mosquitos entrem e os quartos também não são forrados, o resultado é que é impossível dormir sem mosquiteiro (proteção contra os mosquitos) pois há muitos mosquitos, e como estamos em plena epidemia de dengue, é bom não facilitar. O quarto com ar condicionado era R$ 60,00 para 2 pessoas, nessa pousada.

 

Algodal já tem energia elétrica, mesmo assim, as ruas são mal iluminadas, e em algumas partes chega a ficar muito escuro de noite, mesmo assim fomos andar pela vila para ver se encontrávamos algo para comer, pois já chegamos no finzinho da tarde, quase noite.

 

Encontramos um pequeno restaurante chamado Mata Broca onde o valor do PF (prato feito) era R$ 8,00, e a coca-cola de 600 ml era R$ 3,00. Tudo é caro em algodoal. Cheguei a encontrar uma coca-cola de 2 litros por R$ 7,00 (isso mesmo!) e uma garrafinha de água pequena por R$ 3,00. Acho que a única coisa com preço normal é o coco por R$ 1,50 a R$ 2,00.

 

Ao voltar da vila, tomamos 2 garrafas de vinhos que havíamos comprado em Belém.

 

No dia seguinte amanheceu meio nublado, mas como não queríamos perder tempo fomos assim mesmo até a praia da Princesa. Como a maré estava baixa fomos andando, contemplando aquela imensidão de areia, água e céu que começava a ficar azul. Tiramos várias fotos dos lugares por onde passávamos. Uma paisagem meio deserta e paradisíaca. Linda.

 

Ficamos na praia até umas 2h da tarde. Almoçamos em um restaurante chamado Restaurante do Argentino. A porção de caranguejo com 5 unidades era R$ 12,00 e do prato do camarão ao alho e óleo era R$ 24,00, porém o camarão não estava bom, estava muito salgado.

 

Vi um vendedor ambulante passar vendendo doces e perguntei mais por curiosidade o valor dos brigadeiros, era R$ 0,75 a unidade, um verdadeiro absurdo, mesmo assim comprei, pois eu estava com uma vontade louca de comer.

 

A praia da Princesa é bonita e quase não tem ondas, é legal para crianças. Tiramos várias fotos e aproveitamos bastante. Não há aquele alvoroço de pessoas se amontoando na areia, é ideal para quem gosta de tranqüilidade. A água não é verde nem azul, é meio cinza. Mas o visual é belíssimo. Não venta muito, pelo menos nos dias que fiquei lá não ventou muito.

 

Por volta das 2h da tarde resolver voltar pousada e em seguida procurar uma pousada melhor. Fomos andando e ao chegar na pousada, bebemos água, deixamos as coisas e fomos atrás de um outra pousada. Andamos algumas ruelas até encontramos a pousada Estrela Sol. Entramos e perguntamos o valor da diária, R$ 50,00 sem ar condicionado e R$ 70,00 com ar condicionado, ambos para 3 pessoas, com direito ao café da manhã. Penchichamos e conseguimos que a dona fizesse por R$ 60,00 a diária do quarto com ar condicinado, frigobar e TV, e ainda com banheiro no quarto e café da manhã muito gostoso, conforme confirmaríamos no outro dia. Fechamos negócio.

 

A pousada Estrela Sol é toda de alvenaria e ainda piscina para os hóspedes. Gostamos muito, principalmente porque não havia tantos mosquitos como na outra pousada. Recomendo. Lá nessa pousada é possível comprar um mapa da ilha por R$ 2,00, caso você não conheça a ilha. Jantamos peixe por R$ 25,00 e fomos dormir, pois no dia seguinte (domingo) queríamos ir até a praia de Fortalezinha.

 

No dia seguinte, tomamos um delicioso café da manhã com direito a cuscuz, tapioca, pão, mamão, suco de bacuri (fruta da região), café-com-leite, ovos. Nos informamos com o dono da pousada como faríamos para ir até Fortalezinha e ele nos disse que não seria possível ir de carroça pois a ponte de acesso estava em péssimo estado, só era possível ir andando, e a viagem precisava de guia (os nativos cobram R$ 20,00 p/ levar) e levaria uma hora e meia para ir e uma hora e meia para voltar. Como já ia voltar nesse mesmo dia, logo depois do almoço, não teríamos tempo e desistimos. Não foi dessa vez.

 

Decidimos procurar o Lago da Princesa, que segundo o mapa que compramos fica atrás da praia da Princesa, fomo então andando novamente. Andamos tanto e não encontramos o tal lago, estávamos cansados e acabamos ficando mesmo na praia da Princesa. Ficamos por lá até 11h, depois voltamos para pousado, deixamos encomendado o almoço, Mariscada (camarão, caranguejo e peixe) por R$ 30,00 e fomos tomar banho.

 

Almoçamos e fomos até o “porto” da ilha compra a passagem de volta p/ Marudá. Compramos e esperamos quase 1h, pois era necessário esperar a maré encher para o barco poder partir. Como falei antes, a viagem de volta não foi tranqüila. Ao chegarmos do outro lado (já em Marudá) havia um microônibus indo para Belém e entramos, pagando R$ 15,00 por pessoa. A viagem de Marudá até Belém levou quase 4 horas, mas foi tranqüila.

 

A Ilha de Algodoal é muito bonita, com paisagens lindas; é um lugar para você esquecer a correria do dia-a-dia. Acredito, no entanto, que falte mais conscientização por parte dos próprios moradores, pois encontramos lixo jogado em alguns pontos da praia. Você encontrará uma paisagem diferente na ilha, com carroças puxadas a cavalo passando a toda hora por você; as ruas não são asfaltadas, são de areia mesmo e o povo nativo é muito hospitaleiro.

 

Porém, entre a Ilha de Algodoal e a Ilha de Marajó, eu prefiro Marajó, mas isso é conversa para outra hora.

 

Aproveite!

 

1 – Como chegar.

Para ir até

Ônibus: saindo de Belém até Marudá, pela BR-316, depois pega a PA-136 e em seguida a PA-318. Em Marudá pegar o barco para atravessar até a Ilha de Algodoal. O último barco parte às 16h.

 

Carro: saindo de Belém até Marudá ,pela BR-316, depois pega a PA-136 e em seguida a PA-318, chegando em Marudá deixe o carro no estacionamento pagando R$ 5,00 a diária, pois não é possível atravessar de carro.

 

 

 

http://www.algodoal.com.br

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