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Fotos-Expedicao terra do fogo-16.000km de carro pela america


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  • Colaboradores

Caros amigos, enfim estou acertando as coisas na minha vida pessoal e finalmente vou postar as fotos da minha última viagem que fiz nas férias.

 

Me desculpem o post longo, mas acho interessante para que se alguém quiser um dia fazer esta alucinante viagem, tenha uma fonte de pesquisa de informação.

 

No dia 03 de maio de 2009, eu, Mauro Goulart e Marcelo Schmoeller (os dois são fotógrafos profissionais), partimos para uma viagem com meu carro (Fiat Palio Adventure Locker 2009) com destino ao Ushuaia e retorno pelo Chile, atravessando a Cordilheira dos Andes até chegar de volta em casa, Florianópolis.

 

A idéia inicial era de 12.000 km, onde após conhecermos Pucon, retornaríamos ao Brasil. Durante a viagem fizemos uma alteração de roteiro, onde aumentamos 4.000km indo até o deserto do Atacama no norte do Chile e depois retornaríamos ao Brasil, aumentando em 4 dias nossa viagem.

 

Minhas fotos estavam hospedadas em um site que passou a cobrar pela hospedagem e caiu todas as imagens que tinha upado aqui. Vou colocar o link da minha galeria da viagem caso alguem queira ver alguma foto:

https://goo.gl/photos/yTeCtSXoW6PAoiu8A

 

Aqui segue uma idéia do que foi nossa viagem, onde a linha azul seria o percurso a ser percorrido

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A idéia era de gastar pouco, separamos itens de acampamento, barracas, sacos de dormir térmicos, fogão, etc. O carro foi completamente carregado, afinal 3 fotógrafos equivalem a 03 mochilas com muito equipamento, 03 tripés, e assim vai.

 

Dia 01

Saímos de Florianópolis as 03:00hs. Só conseguimos sair este horário porque o Marcelo estava fotografando um casamento e acabou indo direto para a viagem. Tocamos pela BR-282 até Lages e depois pegamos a BR-116. Passamos a fronteira por São Borja, divisa com Santo Tomé(ARG) por volta do meio dia. Pegamos a RN14 e paramos em seguida para almoçar em uma das várias parrillas pela estrada. Decidimos tocar até onde o cansaço permitisse. Paramos por volta das 22:00hs na cidade de Gualeyguachú, totalizando 1.700km no primeiro dia de viagem.

 

Dia 02

Como ainda estávamos com disposição de sobra, levantamos bem cedo e voltamos a estrada. Por volta das 07 da manhã fizemos nossa primeira parada fotográfica, passando pelas pontes sob o Rio da Prata ao amanhecer. Conseguimos pegar um caminho pelo meio do mato para fazer umas fotos. Começamos a sentir um friozinho de leve, pegando 6 graus de temperatura, sendo que ainda desceríamos ao sul mais 5.000km.

https://photos.app.goo.gl/mdZTtXBLJjXMXHFq5

https://photos.app.goo.gl/RmGej19R8yzyi6HQ6

https://photos.app.goo.gl/GhpJnD4Za1to2TVKA

 

Continuamos dirigindo até onde daria, pois a primeira parada que daríamos seria só em Peninsula Valdéz, então, pé na estrada. Paramos a noite novamente, agora em Viedma, completando mais 1.141 km de viagem.

 

Dia 03

Acordamos empolgados, pois iríamos passar pela famosa Peninsula Valdéz. Um pouco cansados, acordamos pela primeira vez com a luz do sol já aparecendo.

Chegamos na Peninsula Valdez por volta do meio dia. Infelizmente não foi como esperávamos. As baleias já haviam migrado para águas mais quentes e os pingüins ainda não haviam chegado por lá. Restou apenas ver alguns leões marinhos e aproveitar a paisagem.

 

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Marcelo Schmoeller, Mauro Goulart e eu.

 

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Voltamos para a estrada e acabamos ficando em uma cidade chamada Caleta Olivia. Hoje mais comedidos, fizemos apenas 915km.

 

Dia 04

Saímos de Caleta Olivia ainda cedo e começamos a sentir o vento + frio. O bicho começou a pegar. Casaco e tocas jaó não ocupavam mais o bagageiro. Paramos no caminho em uma cidade chamada Com. Luis Piedra Buena e o vento que estava no local era absurdo. O frio já era muito intenso. A cidade bem pequena mas a natureza foi muito generosa lá.

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No final do dia chegamos em Rio Gallegos, nossa última parada antes da Terra do fogo. Estávamos muito empolgados. Aproveitamos a noite para ir em um café com internet e atualizar o nosso blog da viagem. Percurso light, apenas 694km.

 

Dia 05

De madrugada começamos a ouvir um barulho e logo pensamos, começou a chover. Ficamos meio tristes, pois seria um dia cheio de expectativa para a gente, afinal atravessaríamos o estreito de Magalhães, chegaríamos a Ilha da terra do fogo e conseqüentemente na cidade de Ushuaia (Fin Del Mundo).

 

Fui o primeiro a levantar, fiz um café na cozinha, tomei um banho e fui ligar o carro, pois fazia frio demais. Quando sai do hotel para ir ao carro a minha surpresa. Não era chuva, foi neve que caiu de madrugada e, diga-se de passagem, muita neve. Tudo estava branco, carro, ruas, gramados, enfim, a paisagem mudou por completo.

 

A funcionária do hotel chegou por volta das 06 da manhã dizendo que havia caído uma nevasca e que a estrada estava interditada que ia para o ushuaia. E que havia feito -5 graus aquela madrugada. Na aflição, carregamos o carro para tentar chegar até nosso destino.

 

O problema foi: e agora quem dirige? Não tínhamos correntes, nem conclave (pneus com pregos para dar mais aderência sob o gelo). Bom, ganhei o premio, fui o motorista do gelo e da neve. Sem nunca dirigir nesta situação, tive que aprender a cada curva, a cada esquina. Não tem como pisar no freio, pisou no freio já era. O carro vai embora. Não dá para acelerar muito, pois o carro patina e sai de traseira. O negócio é dirigir na manha, devagar e reduzindo marchas o tempo todo para parar o carro. Partimos em direção de um posto para comprar as tais correntes.

 

Aqui começa nosso desespero e a aventura que irei com certeza contar para meus filhos e netos. No posto de gasolina de Rio Gallegos pedi pela tal corrente e, o frentista me olhou estranho falando: “como assim? “. Resumindo, os moradores desta região, todos possui o pneu com pregos, ninguém usa corrente. Corrente é item para turistas e, nós muito espertos, não estávamos em temporada de turismo. Ou seja, não existe a tal da corrente para vender esta época do ano no sul da Argentina. Esta região é tão fria de Abril a Setembro, que todos os supostos aventureiros que embarcam nas expedições sempre vão no verão e, nós idiotas, estávamos na porta do inverno num dos lugares mais frios do planeta.

 

Bom, já que estávamos ferrados a quase 5.000 km de casa, fazer o que né? Vamos encarar e ver onde vai dar isto... Pegamos a ruta nacional seguindo para a Aduana Chilena, Pois um pouco antes do Estreito de Magalhães, passa a ser Chile e depois, dentro da ilha da Terra do fogo, volta a ser Argentina denovo. É isso mesmo, essa confusão de aduanas e imigrações.

 

Enquanto íamos prosseguindo, cada vez mais a estrada ia ficando mais lisa, completamente coberta por gelo e neve. Tinhamos 50km para percorrer até a imigração e lá, íamos conversar com os oficiais e ver o que íamos fazer, (Maldita nevasca...).

Vários carros argentinos vinham em sentido contrário dando luz alta fazendo gesto de que a estrada não tinha condições de passar, mas nós como bons brasileiros, não desistimos nunca. Meu braço já apresentava sinais de cansaço de tanto esforço em manter o carro dentro do que eu imaginava que seria a estrada, afinal não dava pra perceber onde acabava a estrada e onde era acostamento.

Durante o caminho demos algumas paradinhas para curtir o frio (provavelmente algo em torno de -10 graus) e fazer umas fotos:

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Estrada completamente congelada

 

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Este foi guerreiro

 

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Por: Mauro Goulart

 

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Por: Mauro Goulart

 

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Por: Mauro Goulart

 

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Por: Mauro Goulart

 

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Por: Mauro Goulart

 

Quando de longe avistamos a aduana Argentina, indicando que sairíamos da Argentina para o Chile, ficamos contentes demais. Vencemos os 50km de gelo e neve e mostramos pros gringos que os brasileiros são braço!

 

Conversando com os policiais argentinos, eles não nos queriam deixar atravessar. Não tínhamos conclave nem Cadeñas (Correntes) e eles estavam apavorados com a nossa petulância de irmos tão longe sem os itens de segurança. Depois de muito conversar e explicar que não íamos desistir depois de vir de tão longe, convencemos a nos liberar e deixar ir para a aduana do Chile, alguns kms a frente. Enfim, chegamos no extremo sul do Chile.

 

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Eu. Por: Marcelo Schmoeller

 

Já com os oficiais chilenos, estes foram bem mais simpáticos e nos advertiram, querem seguir, problema de vocês. Então, vamos embora.... Antes, vimos a temperatura: -16graus. É, começou a fazer um friozinho. Continuamos então a dirigir no gelo e neve, até que depois de uns 20 a 30km percebemos que a neve foi diminuindo e simplesmente a paisagem voltou a aparecer de maneira natural, mostrando que a nevasca foi realmente localizada. Mais tranqüilos, chegamos ao estreito de Magalhães para adentrar a ilha da terra do fogo.

 

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Já na balsa

 

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Eu dirigindo e mauro de navegador saindo da balsa e entrando na Isla da tierra Del fuego.

 

Agora tínhamos 480km até chegar no Ushuaia. O grande problema é que não daria para dirigirmos a noite, pois íamos atravessar a cordilheira dos Andes e com certeza voltaríamos a pegar neve e gelo na pista e já eram 15:00. Como anoitece cedo demais no sul, tivemos que optar em ficar em Rio Grande (já de volta na Argentina).

 

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Guanacos, da família das lhamas. Está sempre presente na vegetação patagônica.

 

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Entrando de volta na Argentina

 

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Fim de mais um dia, agora na terra do fogo.

 

Dia 06

Acordamos com um pouco de tempo, afinal tínhamos que percorrer apenas 250km para chegarmos até Ushuaia. Então iríamos aproveitar o caminho e sabíamos que a cordilheira nos esperava o que renderiam algumas boas imagens.

 

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Ponte sobre o Rio grande

 

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Avistando a Cordilheira dos Andes

 

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Lago escondido, Passo Garibaldi. Um pouco antes de chegar em ushuaia

 

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Este lugar é fantástico.

 

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Eu, Mauro e Marcelo. Muito frio, neve até a cintura.

 

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Por Mauro Goulart

 

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Estrada que estava dirigindo pela cordilheira. Emoção é pouca... Só saindo de traseira

 

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Neve é mato....

 

Enfim chegamos ao Ushuaia. Cidade muito legal. Bastante movimentação portuária e cravada na cordilheira dos Andes. Cercada por montanhas e pelo canal beagle, que faz divisa imaginária pelo mar com o Chile. Pertinho da Antártica.

 

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Monte Olivia, montanha mais alta do Ushuaia.

 

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Cidade do Ushuaia

 

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Chegamos ao ushuaia presenteados por um lindo e dia e pela lua cheia.

 

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Por: Mauro Goulart

 

Ficamos tão empolgados por ter alcançado nosso objetivo, de estar sentindo o clima de estar no fim do mundo, de poder respirar aquele ar gelado cercado por exuberantes montanhas e vendo aquela lua cheia que nem almoçamos e nem procuramos hotel. No final da noite, saímos de lá para pegar um albergue e recompor as energias.

 

 

Dia 07

Este dia foi bem especial pois íamos fazer um passeio de barco pelo canal de beagle e presenciar imagens que tínhamos pesquisado por tanto tempo na internet.

Partimos rumo ao sul, onde cruzaríamos a linha imaginária da argentina com o Chile via mar, para avistarmos o farol eclaireurs, que é super famoso. Embora não seja o farol mais ao sul do planeta, ele é conhecido como o farol do fim do mundo.

 

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Continuando o passeio, e tentando sobreviver a sensação extrema de frio, pois a temperatura era inferior a -20 graus e com o vento que vinha do barco, a sensação térmica chega a ser perto do absurdo de se suportar, passamos por uma colônia de leões marinhos. Em seguida, paramos em uma ilha que era habitada por aborígenes, ou seja, pisamos em terras mais austrais do que a cidade de Ushuaia.

 

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Este passeio levou toda a manhã e, planejamos para a tarde subir uma das montanhas de carro onde tem uma estação de esqui. A subida foi difícil, pois estava bem congelada a estrada e sem as correntes o carro não conseguia tracionar. Foi de novo na raça...

 

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Chegando na base da montanha, começamos a subir a estação a pé, pois a temporada de esqui é no verão (isso mesmo, de tão frio a estação fica fechada ate julho). Só havia moradores da cidade andando de snow ou esquiando. O que rendeu algumas fotos.

 

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Voltamos para o centro da cidade e aproveitamos para fazer umas compras a noite, passando num dutty free e em lojas de souvenirs, afinal estávamos no final do mundo.

 

 

Dia 08

A idéia da programação era ir para o parque nacional da terra do fogo onde fica a Lapataia e o final da estrada Panamericana. Mas para nossa infelicidade, não nos deixaram entrar por causa das malditas correntes. A estrada realmente estava bem perigosa dentro do parque e havia tido um acidente com vítimas. Como o parque é particular, tivemos que abandonar nosso projeto e isto realmente foi um dos pontos baixos da viagem.

 

Voltamos para o centro da cidade e fizemos um tour por outra parte da orla captando imagens por outros ângulos que não os tradicionais. E tiramos o resto do dia para descansar e seguir viagem no outro dia.

 

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Avião da força aérea armada argentina

 

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Dia 09

Alguns moradores do Ushuaia haviam nos dito que fomos incrivelmente abençoados pelo tempo, pois pegamos dias absurdamente espetaculares e, lá na maior parte do ano, sempre o tempo é fechado e com chuva. Um rapaz que trabalhava no barco em que andamos falou que em 4 anos que ele morava lá, nunca havia pego mais que dois dias de sol. Como pegamos três, no quarto é claro que a chuva tinha que dar o ar da graça. Pegamos a estrada e rodamos os quase 500km que vai do Ushuaia até o estreito de Magalhães com chuva. De lá, ao invés de voltar para a Argentina, pegamos a esquerda e seguimos pelo Chile, percorrendo toda a cordilheira dos Andes até chegar a cidade de Puerto Natales, a base operacional do Parque Torres Del Paine.

 

Chegamos na cidade de Puerto Natales por volta das 20:00 horas e com muita chuva ficamos preocupados. Íamos ter apenas o dia seguinte no nosso roteiro para conhecer o parque e Torres Del Paine sempre fica encoberto, mesmo com sol.

Achamos um hotel bem bacana e o pessoal do Hotel falou a mesma coisa. Previsão de chuva por 4 dias. Sem chance de pegar Torres Del Paine. Que pena, fomos dormir frustrados, mas sabendo que tínhamos muita coisa bacana pela frente ainda.

 

 

Dia 10

Acordamos preparados psicologicamente para irmos embora para nosso próximo destino mas não acreditamos quando fomos para o café e vimos que o céu estava azul. Com o tempo do dia anterior era improvável que isto fosse acontecer e realmente aconteceu. Animados e apressados, engolimos o café e pegamos o equipamento para partir para o parque.

Quase uma hora depois começamos a avistar as imponentes montanhas que formam o parque.

 

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Essa foi uma das minhas fotos que mais gostei

 

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Por: Mauro Goulart

 

Quando chegamos em frente as montanhas que formam as torres Del paine, onde estão os cuervos Del paine (Rochas entre as montanhas ), havia uma névoa, mas para quem achou que não ia ver, estávamos no lucro...

 

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Por: Marcelo Schmoeller

 

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Entramos no parque, fomos até o rio grey onde vimos os icebergs que se desprendem do Glaciar grey. O tempo fechou e acabei não me empolgando em fotografar, mas foi um passeio legal, principalmente por tentar caminhar contra as rajadas de vento acima de 150km/h. Lá a gente entendeu o porque que as arvores não crescem para cima e sim para o lado.

 

Depois retornamos ao hotel para um banho quente e deixar as malas prontas para a estrada no outro dia.

 

 

Dia 11

Acordamos com um belo dia de sol e como o parque era caminho, resolvemos esticar um pouco mais antes do passo para a Argentina e tentar a sorte para pegar as montanhas sem as nuvens encobertas. Não deu outra. Simplesmente fantástico...

 

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Por: Mauro Goulart

 

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Por: Mauro Goulart

 

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Por: Marcelo Schmoeller

 

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Acabamos não fazendo as fotos do lado clássico porque não entramos no parque, primeiro porque era caro para pagar por dois dias e segundo porque tínhamos que voltar para Argentina e seguirmos viagem para El Calafate, base operacional do Glaciar Perito Moreno.

 

Chegamos em El Calafate e fomos surpreendidos de maneira mais do que positiva pela cidade. Encantadora, lembra a cidade de Gramado no RS. Bem estruturada para o turismo, muitos restaurantes, agencias de turismo, locais para compras, etc. Foi sem sombra de dúvida a cidade que mais gostamos de ficar.

 

Aproveitei para fazer a troca de óleo, pois já tínhamos rodado mais do que 8.000km. Em seguida pegamos um hostel, muito bom por sinal e fomos atrás de uma agência para fecharmos a escalada sobre o glaciar, que era algo que queríamos muito fazer. Depois curtimos o clima aconchegante da cidade.

 

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Dia 12

Mais um dia com muita expectativa para nós. O glaciar Perito Moreno era um dos Highlights da viagem para nós. Ainda por cima não só iríamos vê-lo como também andar sobre ele. Algo realmente indescritível.

 

Acordamos cedo, tomamos um café e fomos em direção ao parque nacional onde se encontra o glaciar, de El Calafate até lá vão uns 40 minutos de carro.

 

Chegando no parque, havia uma promoção de ingressos. Comprando um acesso de um dia, ganhava acesso livre para o dia seguinte. Ótimo para nós, mas a idéia era apenas ficar um dia no glaciar. Estacionando o carro, e chegando aos balcões de visitação, é indescritível a sensação de olhar aquele gigante e imenso glaciar. O paredão frontal chega a ter 80 metros de altura. E o Glaciar tem o tamanho de quase duas vezes a ilha de Florianópolis. Você pensa sobre a vida, sobre como você é pequeno neste mundo. A imponência deste bloco de gelo faz você ficar quase uma hora olhando sem sequer ter vontade de tirar qualquer fotografia. Como tínhamos até as 11 horas da manhã para sair o nosso barco, ficamos observando e fotografando.

 

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As 11 da manha nos dirigimos para o local de partida do nosso barco para fazer a escalada no glaciar. Chegando lá nos juntamos com outros turistas de várias partes do mundo. O lance é bem organizado, com monitores falando em inglês e espanhol.

 

Quando o barco parou, saímos numa encosta de uma montanha, onde ela encostava com uma das bordas do Glaciar. Lá tem um acampamento onde guardamos nossas coisas, pois é extremamente aconselhável a não levar peso, pois a subida é íngreme e extremamente escorregadia, mesmo com os grampones (acessórios para os calcados para caminhar no gelo).

 

Recebemos uma mini aula de história sobre como se formou o glaciar e também um rápido treinamento para subir e caminhar no gelo. Depois foi só alegria....

 

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Muitas fendas no glaciar que iam até o fundo do rio, o que se tornava perigoso para caminhar.

 

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Para fechar com chave de ouro, a agencia nos presenteou com um whisky on the rocks, com o gelo quebrado do próprio glaciar na hora.

 

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Lagoas límpidas sob o glaciar formado pelo degelo

 

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Já na volta no acampamento.

 

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No barco, retornando do passeio.

 

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Chegando aos balcões novamente por volta das 15:00, voltamos a fazer mais algumas fotos até o final do dia.

 

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Imensidao do glaciar perto de um catamarã de 3 andares

 

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Por volta das 17:30 resolvemos voltar para El Calafate. Ainda deu para fazer mais umas fotos no caminho...

 

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A noite fomos jantar uma parrillada no centro de El calafate. Discutimos sobre o dia e tivemos uma certeza. Adiaremos um dia a nossa partida para poder ficar contemplando de novo o glaciar, afinal tínhamos entrada gratuita por causa da promoção do parque.

 

 

Dia 13

Nos demos o luxo de acordar mais tarde, fazer câmbio no banco e nos dirigimos ao glaciar por volta das 11 da manhã. Eu fiz questão de não fotografar, queria registrar na minha memória todos os detalhes, pois é realmente uma das maravilhas do mundo.

 

O dia foi bem interessante, pois a correria que a viagem vinha sendo, foi importante ter um dia assim para conversar, descansar, e não se preocupar com tempo. Voltamos para a cidade as 16:30 e saímos para umas comprinhas. Durante a janta tomamos uma importante decisão...

 

Nosso projeto inicial era subir a ruta 40 até Esquel com destino a Bariloche. Acontece que eram quase 1.000km de estrada de rípio (chão + cascalho) muito ruim. Achamos uma rota que voltaríamos para a ruta nacional que pegamos para descer para ushuaia e depois uma outra estrada nos levaria para Esquel. Teríamos apenas 100km de estrada de chão. Mas aumentaríamos nossa viagem para Bariloche em 700km. A dúvida então era, 1.000km de chão ou 1.700km de asfalto + 100km de chão?

 

Para o bem do carro, ficamos com a segunda opção.

 

 

Dia 14

Bom, esse dia incorporei o motorista. Afinal, eu fui o maior responsável por aumentarmos o nosso caminho. Se fizéssemos a ruta 40 com os 1.000km levaríamos um dia e meio para chegar em Esquel. Eu tinha que provar que ia ser mais rápido pelo asfalto. Começamos a viajar as 04:00 da manha e eu peguei sem parar os 1.700km, chegando em Esquel por volta das 02:00 da manhã do dia 15. Isso mesmo, 22:00 no volante sem trocar dirigindo sem parar. Quer dizer, paramos para fazer umas fotos do nascer do sol e do entardecer.

 

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Achamos um hotel em Ésquel e partiríamos para Bariloche depois de carregarmos a bateria com algumas horas de sono.

 

 

Dia 15

Um dia que era para ser inesquecível acabou virando um pesadelo. Mais tarde vão entender porque.

 

De Esquel a Bariloche eram apenas uns 200km. Viagem curta, tranqüila. Levantamos, pegamos o carro e fomos até um parque nacional que tem em Esquel, mas nem valeu foto pois chovia muito. Depois paramos em um ótimo restaurante, tomamos um bom vinho, comemos um cordeiro e seguimos para Bariloche.

 

Chegamos com tempo, por volta das 15 horas. Fomos atrás de hotel e albergues. Depois de olharmos uns 5, nos hospedamos no Tango Inn. Faço questão de colocar o nome, pois tivemos um grande problema lá. Entraram no nosso quarto e roubaram um HD de Mao do Mauro, 400 pesos argentinos do Marcelo e minha filmadora com a filmagem da nossa caminhada sobre o perito moreno junto. Lastimável, valor incalculável. Corremos pela cidade, fomos na policia, fizemos B.O.

 

Ficamos muito chateados, vou dizer que isto influenciou na nossa estadia em Bariloche. Queriamos ficar três dias na cidade. Acabamos ficando um dia e meio. Aliás, não conseguimos ver graça nenhuma na cidade. Vai ver porque não tinha nevado ainda. Bariloche deve ser uma linda cidade coberta por neve. Mas o que vimos foram montanhas coberta de matos com meia dúzia de lagos. Mas como disse, ficamos tão chateados com a situação que tenho certeza que isto influenciou na nossa percepção sobre a cidade.

 

Bom, claro que na mesma hora saímos do albergue e fomos para um hotel, pagar a mais mas pelo menos ter segurança. Depois saímos para jantar e fomos dormir.

 

 

Dia 16

Saímos do hotel e o tempo não colaborava muito. Abria um sol, fechava, garoava, fazia sol. Um saco literalmente. Resolvemos ir no Cerro Otto. Famoso pelo seu restaurante giratório no alto da montanha.

 

Pegamos o teleférico e lá em cima observamos os lagos e as ilhas. Tomamos um café no restaurante e fomos embora. Vimos umas fotos lá coberto de neve, realmente muito bonito. Mas não demos sorte porque começa a nevar apenas meados de junho.

 

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Mauro e eu no teleférico

 

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Em seguida fomos para o Cerro Catedral, local mais famoso de Bariloche onde é a estação de esqui. Chegando lá, estava fechado pois não tinha neve na montanha para esquiar. Mais uma vez, frustração. Estava completamente vazio. Vimos fotos por lá também de uma montanha coberta por neve, deve ser muito legal esquiar ali. Ficamos apenas com algumas fotos para registro.

 

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Resumindo, acabamos nosso tour por bariloche em uma manhã. Depois do almoço, fomos fazer umas compras no centro. Cada um foi para um lado. Realmente estávamos precisando disto, foram 16 dias convívio intensos sem nunca ficar sozinho, a não ser quando estava no banheiro. Foi um alívio poder caminhar sozinho e fluir as idéias. A noite comemos uma pizza e pegamos um pub para ouvir um rock.

 

 

Dia 17

Saímos de Bariloche com uma sensação de tristeza e alívio ao mesmo tempo. Fomos em direção de San Junin de los Andes onde iríamos voltar para o Chile. Passamos por uma reserva florestal muito bonita com araucárias, e por um parque nacional repleto de verde exuberante. Pena o tempo não aliviar, fomos com chuva até Pucón.

 

Em Pucón então, nem se fala. Um dilúvio estava caindo. Fomos até um cyber ver a previsão do tempo e não foi positivo, chuva por mais 4 dias. E pela forma como caia a água não parecia que íamos ter a sorte que tivemos em torres Del paine. E agora, o que fazer? Pucon era nossa última cidade antes de voltar para o Brasil, onde íamos subir o vulcão Villarica. Aquela frustração de Bariloche voltou naquele momento.

Logo tomamos uma decisão, estávamos no sul do Chile. De Pucon a Santiago iam uns 600 a 700km. Vamos a Santiago e ficamos uns três dias por lá fazendo um circuito cultural, indo em viniculas, etc. Pareceu uma boa idéia.

 

Fizemos o check in no hotel e aquela sensação de que algo não estava certo continuava a nos atormentar. Lá no hotel coincidentemente encontramos um casal de minas que havíamos conhecido no Ushuaia, que fazia uma expedição como a nossa.

 

Depois de umas cervejas, já tarde da noite, o colega de minas sugeriu. Voces estão em três, o deserto do atacama fica a 3.200km daqui, porque não revezam e vão para lá? Aquilo entrou como música para nossos ouvidos. Ninguém falou nada, nem precisou. Fomos dormir com um brilho no olhar. Acho que ao amanhecer ia haver mudança nos planos...

 

 

 

Dia 18

O Marcelo ficou um pouco preocupado em relação ao tempo. Estava com medo de não conseguir chegar ao Brasil para seus compromissos. Eu e o Mauro (mesmo ele já conhecendo o Atacama) estávamos empolgados demais com a idéia de irmos para o deserto do Atacama, afinal era um lugar que eu tinha toda a vontade do mundo de conhecer mas pensava em fazer outra viagem para isso, quando eu percebi da possibilidade estava empolgado demais. Acabamos convencendo ele com o argumento de que não dormiríamos esta noite, revezaríamos sem parar até chegar ao fim dos 3.200km.

Fui o primeiro a pegar o volante do carro. Saímos de Pucon embaixo de chuva por volta das 08 horas da manha. Eram 18 horas qdo chegamos a Santiago. A chuva já havia passado e eu continuava dirigindo,meu objetivo era dirigir o máximo que meu corpo agüentasse, afinal sou acostumado a dirigir bastante.

 

 

 

Dia 19

Entreguei o carro por volta das 04:30 da manha. Havia conseguido dirigir quase 2.000km. Mauro assumiu o volante e entregou por volta das 08:00 da manha para o Marcelo. As 11 horas assumi de novo a direção.

Por volta do meio dia chegamos a Antofagasta, porta de entrada do deserto do atacama. A paisagem já havia mudado bruscamente, mostrando a aridez do deserto. Antofagasta é banhada pelo oceano Pacífico, paramos em um monumento chamado “Manos Del Desierto para fazer umas fotos e depois entramos na cidade de Antofagasta para fotografar um pouco mais também.

 

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Antofagasta e o oceano pacífico, meu terceiro oceano.

 

Continuamos a viagem, estávamos próximos de San Pedro de Atacama, base operacional do deserto do atacama. A viagem dos extremos começava agora a apresentar a variação de temperatura. Depois de pegar o frio exorbitante do ushuaia, a temperatura já batia nos 34 graus.

 

Chegamos em San Pedro de Atacama as 16:30. Um pouco antes de chegar a cidade vimos uma concentração de vans de turismo se dirigindo para uma estrada, nós brasileiros e malandros que somos, fomos atrás, afinal podia ser um ponto turístico que não precisaríamos pagar para uma agência o passeio.

Caímos em uma estrada de chão horrível e a adventure teve que ser guerreira. Quando vimos, chegamos ao vale de La luna, uma das atrações do Atacama. Ótimo, mal tínhamos chegado e já estávamos prontos para fotografar...

 

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Vulcão Licancabur

 

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Exausto depois de subir um baita morro a 2.800 metros de altitude

 

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Começamos a perceber a variação de temperatura do deserto. Chegamos a quase 35 graus no meio da tarde e quando caiu a noite a temperatura despencou para 5 graus. De manga curta, restou correr para o carro e procurar um hotel na cidade.

 

Nos hospedamos na mesma pousada que o mauro havia ficado outra vez e saímos para beber e fazer um brinde ao deserto porque Bariloche ninguém nem se lembrava mais.

 

 

Dia 20

Levantamos e fomos dar uma volta no centro de San Pedro de Atacama. Com população em torno de 1.000 habitantes, a cidade se concentra por umas 20 ruelas de chão e com um comercio completamente voltado para o turismo. A torre de babel parece ser lá. A variedade de idiomas que são falados pelas ruas, de gente e culturas diferentes já vale a ida a San Pedro.

 

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Pegamos o carro e fomos até as lagunas cejas, que são lagoas de sal. O acesso é difícil e não tem sinalização nenhuma. Tem que sair da estrada, andar por dunas e torcer para encontrar. Como não estávamos afim de pagar agencia de turismo, resolvemos nos aventurar. Encontramos até com certa facilidade e como estava quente, aproveitar para tomar um banho...

 

O bacana que pelo fato das lagoas serem altamente concentradas de sal, por mais que se tente mergulhar, você nunca consegue afundar mais que a cintura...

 

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Ainda conseguimos avistar uns flamingos...

 

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Sobrando um tempinho e com o mapa do deserto em mãos, resolvemos ir ao altiplano chileno ver também as lagoas altiplanicas. O que pegou, que o mapa não falava sobre o relevo da região. Começamos a subir, subir, subir e a temperatura despencar, despencar, despencar. Para quem estava úmido do banho e de bermuda, chinelo e camiseta, não havia sido uma Ideia muito legal.

 

Quando chegamos a marca dos 4.500 metros de altitude o carro começou a apanhar feio. Por causa da falta de oxigênio, a combustão era prejudicada e o carro perdia potencia. Por varias vezes tinha que desligar o carro esperar, arrancar e embalar. Não conseguimos ficar mais do que 5 minutos fora do carro. A temperatura era de -1 grau.

 

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Voltamos para a cidade congelados praticamente e após o banho fomos jantar e dormir cedo, pois no outro dia teríamos o esperado passeio aos Geisers Del tatio e a van nos pegaria as 4 da manhã. Expectativa de muito frio para o outro dia.

 

 

 

Dia 21

Como previsto, acordamos por volta de 03:15 da manhã para aguardar a van que nos buscaria em nosso hotel. Os Geisers devem ser apreciados por volta das 06:00 devido ao contraste de cores e temperatura do amanhecer, onde é mais visível o vapor expelido por ele.

 

Os geisers Del tatio ficam dentro da cratera do vulcão tatio. A cratera devido a erosão foi sedimentada por minérios como calcário e os gazes vulcânicos são expelidos por meio dos geisers. Ele é o maior e mais alto parque geotérmico do mundo, com aproximadamente 70 geisers.

 

Já dentro da van, percorremos quase duas horas montanha acima até chegar no topo do vulcão. San Pedro de Atacama fica a 2.500 metros de altitude e o parque fica a 4.600 metros. Aqui a altitude faz efeito devido as curvas sinuosas e a impressionante velocidade que o motorista andava.

 

Chegando lá, meio enjoado é claro, fomos informados que a temperatura era de -16 graus. Já sabíamos que lá fazia muito frio, portanto estávamos bem agasalhados.

 

O parque é muito bacana, não tem geisers como o Yellowstone nos EUA, mas como são muitos, fica bonito de se ver. Não tirei muitas fotos por causa do frio, realmente meu dedo estava meio travado.

 

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Depois de ver os geisers e de um café da manha oferecido pela a agencia de turismo, fomos convidados a conferir uma piscina natural formada pelas águas vulcânicas. Como esta água vem do interior da cratera ela tem cerca de 30 graus. O que seria bem convidativo, afinal a temperatura estava quase em -20. A decisão é difícil, ir ou não ir? E o maior problema, se secar depois.... Bom, acabei entrando!

 

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Após a pior sensação de frio da minha vida, que foi se secar pelado a -15 graus, me vesti e fomos embora com a van. Antes de chegar em San Pedro, demos uma parada no Peubelo de Machuca. Um povoado que fica próximo ao vulcão que tem 50 habitantes.

 

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Chegando em San Pedro, além do sono por ter dormido pouco, a altitude deu uma balançada e capotamos. Levantamos inicio da noite para comer e voltar a descansar para começar o retorno para o Brasil.

 

 

Dia 22

Começamos nosso regresso para casa. Saímos de San Pedro de manhã cedo e iríamos cruzar para a Argentina por Passo Jama. O que não sabíamos seria da dificuldade.

 

Não havíamos percebido que iríamos cruzar a cordilheira ainda na altura em que estávamos, mas começamos uma subida incessante e logo o carro começou a perder desempenho de novo por causa da falta de oxigênio. Chegamos a altitude de 5.500 metros em determinada parte da estrada. O Mauro, nosso professor Pardal, fez com que abrissimos os vidros e colocássemos as mãos para fora com o carro a 80 km/h e foi impressionante... Não tinha vento contra, ou seja, não tinha resistência do ar nenhuma.

 

Passamos umas 4 horas de trabalho, mas logo fomos recompensados, já no lado da Argentina, cruzamos por dentro de um Salar, o Salar Salinas Grandes.

 

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A cada km não sabíamos o que nos esperava, afinal não havíamos pesquisado absolutamente nada desta região, tudo era uma surpresa.

Estávamos a mais de 4.000 metros de altitude e sabíamos que uma hora ia ter que vir a descida. Só não sabíamos que seria tão bonita assim. Passamos por uma cerra que se chama Cerro sete colores, em Purnamarca. O lugar é patrimônio histórico da humanidade reconhecido pelo Unesco e nem sabíamos disso. A descida foi fascinante, cheio de cores e natureza completamente diferente.

 

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Por Mauro Goulart

 

Chegamos na aconchegante cidade de Salta já tarde da noite, logo depois de pegar uma rodovia nacional onde é um lado de pista só e é Mao dupla, ou seja, se vem carro tem que jogar pro acostamento. Acho que a Argentina também foi colonizada por portugueses...

 

Era véspera de feriado nacional, a cidade estava bem eufórica a noite, aproveitamos para tirar umas foto (menos eu, não estava afim de sair com a câmera na Mao) e ir em um barzinho para fazer amizades em Salta.

 

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Sacolinha da havana na mão.

 

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Dia 23

Partimos por volta das dez da manhã, afinal a dorzinha de cabeça da cerva da noite anterior ainda estava pegando. Seguimos sem parar até chegar na cidade de Corientes, onde passamos a noite.

 

 

Dia 24

Este dia tivemos um outro episódio lamentável. Lemos por várias pessoas sobre a policia corrupta da Argentina, e foi impressionante como não havíamos nos incomodado com absolutamente nada até então.

Pois neste dia a policia de missiones nos parou na estrada e alegou que havíamos passado em alta velocidade por dentro da cidade e que haviam sido fotografado. Nós estranhando pelo fato de como eles já sabiam se havia apenas 5 minutos que passamos pela cidade pois fotografia se vê depois de um certo tempo. Ficamos argumentando durante uns 30 min. Falaram da nossa carta verde que não estava certo, entre outras coisas. No final, eles falaram que teríamos que dormir na cidade para pagar a multa no outro dia, pois o controle de transito fecha na hora do almoço e só abre no outro dia.

 

Na verdade tudo isto faz parte de um teatro. Tem o policial ruim que quer multar, o que fica dando indiretas e o bonzinho que depois de um tempo vem com o papo de que vai nos liberar para não atrasar a nossa viagem. Mas é claro que o das indiretas fala que eles são comissionados e blá blá blá. Acabamos tendo que pagar propina mesmo senão íamos perder um dia de viagem.

 

Continuando nossa jornada, chegamos No marco das três fronteiras por volta das 16 horas. Atravessamos de Puerto Iguazu para Foz do Iguaçu e paramos no ótimo dutty free que tem por lá pra fazer compras. Nos hospedamos em foz para no dia seguinte ir ao paraguay comprar muamba.

 

 

 

Dia 25

Fomos ao Paraguai com um carro particular, foi a melhor coisa que fizemos. Contratamos umc cara que foi com o carro dele e nos levou em lojas confiáveis para fazer compras. Entramos e voltamos sem problemas nenhum. Carregamos o carro e voltamos para casa. Chegamos em Floripa próximo a meia noite.

 

Esta foi nossa aventura, desculpem o post longo, mas acho interessante para que se alguém quiser um dia fazer esta alucinante viagem, tenha uma fonte de pesquisa de informação.

 

Alguns VIdeos:

 

 

 

Ansiedade antes de encarar a aventura

 

rodando na camada de gelo sem corrente

 

 

Chegando na Antártica, ops, na Aduana da Argentina...

 

Torres del Paine, Chile

 

Cerro otto - Bariloche - Argentina

 

Nascer do sol no Deserto do Atacama - Chile

 

Vale de la luna - deserto do atacama - chile

 

Laguna Ceja- deserto do atacama - chile

 

Uma vinheta com algum dos bons momentos da viagem, infelizmente o youtube cortou a faixa de áudio, mas o clip foi editado no inicio de Dire Straits, "Money for Nothing".

Editado por rkoerich
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Nossa... pensei que o gasto seria em torno de uns 10 mil ....

Pelo que parece no relato de vcs é que o custo com hoteis não foi tão alto, pois passaram a maioria dos dias na estrada...

 

4mil rachado em 3 ... suave...

 

nesses 16 mil km ... o veiculo apresentou algum problema ???? ( tem fotos que vcs podem até ganhar uma graninha vendendo para a FIAT, pois estão lokassss, rsrsrs )

 

abraço

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entao, o carro foi 100%. Nem pneu furado nem vidro quebrado, que é comum...

 

Estamos finalizando um projeto para encaminhar para a fiat para pleitear um patrocinio para uma nova expedicao, vamos ver... ::otemo::

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Show de relato e fotos muito boas também.

 

Qto a parte burocratica, o que tiveram de levar de documentos e equipamentos obrigatórios?

A gasolina da Argentina e do Chile tem uma octanagem maior não é?

Só usando esse tipo de gasolina, tiveram problemas?

 

Só tiveram problemas então com a Policia em Corientes?

 

 

 

Abcs

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