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Jerusalem: uma viagem surpreendente!


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Cheguei a Tel Aviv antes das 5 da manhã, e achei o aeroporto bonito mas meio vazio, estranho. Viajando sozinho, sabe como é. Aos poucos a luz do sol foi clareando tudo... Não dava pra acreditar! Vendo todos aqueles candelabros, estrelas de Davi, etc., eu estava em Israel! img_20150303_052828.jpg.b4fd6eba3a2a3925497a097191b9e84a.jpg

 

Como meu CS estava me esperando para tomarmos café da manhã juntos, assim que pude peguei o trem que levaria apenas 10 minutos até a estação central da cidade. Ocorre que dormi pesado e só acordei uma hora depois, em Haifa. De sobressalto, assustado, pedi onde estava e quando soube que estava ali, vibrei. Queria muito ir a Haifa conhecer os jardins de Bahai. Naquele instante, já mandei mensagem para o meu host. Tive que pagar a diferença, lógico. img_20150303_095955.jpg.a314a2cb246c3caf27aa56392ff86cdc.jpg

 

Assim que saí da estação, estranhei muito o visual, meio decadente… Mas ao caminhar um pouco mais, encontrei a rua principal, o famoso monte e seu majestoso jardim. Mesmo com a mochila pesada nas costas e outra menor, decidi caminhar até o local, morro acima. A rua cheia de restaurantes e lugares interessantes. Pra minha surpresa, encontrei um brasileiro de Curitiba na portaria, que estava fazendo intercâmbio ali nos jardins. Tomei conhecimento do horário de visitação, conversamos um pouco, e saí a procura de me livrar da mochila maior. Após caminhar um bocado, fazer várias fotos - e muito emocionado, claro - encontrei uma espécie de shopping center pequeno, que era convidativo. Sentei em uma das mesas do quiosque central, acho que pedi algo pra beber, e logo comecei a conversar com uma senhora que tinha uma bancada de comida caseira - perto do quiosque. Foi então que optei por experimentar de tudo um pouco, o que me causou certo arrependimento de cara! Mas comi. Tava com fome! Tinha coisa que não desceu tão fácil… Já passava do meio dia, quando consegui que uma senhora em uma loja ficasse com minha mochila (com a ajuda dessa senhora das comidas), sem contudo pensar que eles odeiam mochilas largadas por aí… (atentados). img_20150303_113304.jpg.6ebf0df2ead7cbdfdd1f7ffcbd126d56.jpg

 

E fui à aventura! Que lugar… Que capricho… e que visual lá de cima, do mar! Bati várias fotos, de tudo o que é ângulo. Sensacional! Mas infelizmente também tava um pouco preocupado com a volta p Tel Aviv. Fazia muito sol, e aquele vai e volta morro acima me cansou. Então decidi me mandar dali. Peguei o trem de volta - super confortável, com wifi e tudo, e depois ônibus pra casa do sujeito. Não sei como cheguei ali, mas cheguei. Nos comunicávamos bastante, já que tinha wifi em tudo que é lugar. O cara, gente fina. A casa era meio bagunçada, digo, não muito arrumada mas aconchegante e limpa. Fui muito bem recebido, e conversamos um pouco. De noite, o cara me levou pra ver um show de amigos em um barzinho de Tel Aviv. Achei legal, inclusive a caminhada. Era terça-feira, dia 3 de março de 2015, o primeiro dia de Purim. Gente fantasiada pra todo lado. Uma piada… Até o vocalista da banda e alguns instrumentistas estavam fantasiados (de Flinstones)! Dormi bem aquela noite, ufa! Também, em lembrar que saí de Gramado no domingo de manhã, ainda… (a conexão em Londres foi muito longa e super bem aproveitada. O tempo tava ensolarado, apesar de frio. Muitas fotos, muita caminhada e emoção. Foi ótimo!). img_20150302_170223.jpg.464f7fa241c388b8c51e9c1b391e2857.jpg

 

Dia seguinte, Old Jaffa. Foi meio complicado chegar até lá… ônibus, etc., mas uma vez lá, não queria mais sair do local. E era enorme, caminhei um monte, toneladas de fotos. Ali que tem muitas referências a baleias… peixe grande… do Jonas da Bíblia. Pena que tava tão cansado que não deu pra subir as ruas, só fiquei no plano. Que mar, que orla, que lugar! E o povo já dava sinais de ser muito simpático e solícito nas ruas. Pedia informação e sempre era ajudado! De noite, voltei pra casa e a filha do meu host estava lá (uma delas). Comemos algo que ele mesmo preparou, tinha muito legume. Ah, e o café da manhã foi num lugar na esquina, muito legal. Comi uma espécie de rabanada, deliciosa! Nos dois dias hahaha Podia entrar e sair, sozinho, do apê. Tinha uma chave! Fiquei impressionado com essa confiança… amizade, tudo! img_20150304_161238.jpg.ec032d82fdc2325372760b6a78f6472b.jpg

 

Well, era hora de ir para Jerusalém. Minha carona (combinada através do app beepme ainda em Gramado), ia sair da estação central do trem - algo que lembrava o nome ‘Salvador’. Finalmente encontrei o cidadão e logo fomos para o carro. O rapaz bem mais novo que imaginava (app e FB) e muito mais brincalhão e simpático também. No meio do caminho, que duraria um pouco mais de hora e meia, o cara começou a ficar apavorado que não ia ter gasolina, que esqueceu de abastecer. Foi cômico. Nem sabia das consequências... Ele pediu pra eu orar, pois seria um milagre. Mas deu hehe. Esse sujeito me arrumou estadia na casa da tia dele em Jerusalem City, através do FB. Muito legal… Mas ao chegar em JC, decepção: a tal festa Purim tava começando ali (quinta-feira) e a Terra Santa virou naquilo… Parecia mais carnaval misturado com Halloween! img_20150306_114129.jpg.5e17d34a07ffe854e733e6087ab941b7.jpg

 

Fiquei no hostel Abraão (muito bom), os primeiros 4 dias. O curioso é que onde pedisse alguma info, na rua, era ajudado sem medição de esforços. Todos falavam inglês perfeitamente, com exceção de alguns super idosos, que às vezes até entendiam mas não sabiam falar. Logo de cara peguei o trenzinho elétrico que corta a cidade e desci na última estação (lado oposto aos locais mais muçulmanos). Desci e pedi se havia alguma atração turística por perto. A moça, uma estudante de medicina, perguntou se eu me importava de caminhar. Então fomos cortando caminho, floresta adentro, até chegarmos perto do local onde Isabel visitou Maria, e onde tb João Batista teria crescido. Não era muuuuuito longe, mas uma boa pernada. Fiquei impressionado com a moça, sozinha comigo, a coragem, a disposição. O lugar valia mesmo, era incrível - En Kerem. Muito legal a igreja, com um paredão cheio do ‘Magnificat’ em todas as línguas, além das estátuas das duas mulheres grávidas. O visual de cima do monte também era bonito, mas não dava pra ver JC legal. Só vales, etc. Na verdade era um povoado cheio de galerias de arte, lojas, bem pequeno. Na voltei pude caminhar por suas ruazinhas, com gosto. Voltei de ônibus, pois tava morto, pra variar. img_20150305_161918.jpg.1024f00a2b578330128545e257a93679.jpg

 

Os quatro dias no hostel foram muito legais, gente de todo lugar. Fiquei em quarto com 12 camas. O astral no início era todo sobre Purim. Muita agitação na cidade, com música hebraica alta, às vezes ao vivo, muita gente, crianças, mesmo até tarde, na rua. Não tinha lugar que não houvesse gente fantasiada, dia e noite.

 

Fiz um pequeno tour, com promoção de 50% (aderi à noite - no hostel), que saiu às 3:30 da madruga e voltou às 13:40 do mesmo dia, claro. Fomos à Masada, En Gedi (oásis) e Mar Morto. A ideia era ver o nascer do sol lá de cima de Masada, e subimos a pé. Foi uma senhora aventura, não tava preparado. Achei que ia morrer, mas feliz. Muito íngreme e alto, com trechos difíceis, mas ao final, que sonho! Estar lá em cima, ver o deserto, o Mar Morto, e saber da história que ali havia se passado (o suicídio de quase mil judeus pra não se tornarem escravos), era muito emocionante e significativo. Subi tudo aquilo de calça jeans, e tava mais quente do que previsto. Também não havia levado água, pois só tinha um garrafão, e era pesado. Na volta, quase morri afogado de tanta sede! Ô felicidade! img_20150308_055646.jpg.f2cab52e9a4fa7b5fcf74fe2fbb4e24a.jpg

No oásis, também foi legal, até porque dos 7 ou 8 turistas que éramos, só eu e mais dois nos arriscamos nas cachoeiras geladas do local. Delícia… Já no Mar Morto, foi legal e tudo, mas não tava com tanta vibe. Boiei, me melequei com aquela lama, só pra fotos, e já fui tomar aquele banho de água doce. Chegando no Mar Morto, tinha um monte de africanos chegando também, todos vestidos tipicamente, cantando lindamente um hino, em vozes. Arrepiei. img_20150308_114433.jpg.9dfebbd69227e281bd16fb31b930c5b8.jpg

 

Indo e vindo, passamos por vários check points, com soldados armados e tudo, mas não houve nenhum incidente ou contra gosto. Dos doze dias ao todo, que fiquei em Israel, 8 em JC. Que cidade fantástica! Me apaixonei, por tudo. A cidade velha murada é algo pra lá de surreal. Não me encantei tanto com os pontos mais turísticos, como locais sagrados (com exceção do Getsemani), mas o todo é fascinante! Voltei lá mais duas vezes. Foi no Monte das Oliveiras que perdi meus óculos escuros. img_20150306_121037.jpg.a7e9b633d12cb0aaba278f7c6195840f.jpg

 

A casa da tia do meu caroneiro era ‘fora’ da cidade: um assentamento judeu em terras árabes! Que doce de senhora… Não falava inglês, mas nos entendemos legal. Algumas refeições fiz na casa dela. Vimos um clássico na TV: Tel Aviv x Jerusalem! Divertido, apesar deles não poderem fazer barulho com fogos… Fui muito bem acolhido, um quarto só pra mim. Adorei essa experiência também, apesar do ônibus levar algum tempo de lá até o centro. Ela tinha um lava-e-seca, com um menino árabe lhe ajudando. Conheci vizinhos, alguns familiares, foi bem interessante. O bairro era grande e bonito, e não podia ultrapassar os limites - que eram óbvios.

 

Falando em comida, o único dia que não comi bem foi naquele primeiro, lá em Haifa. Até hoje não sei se era comida árabe ou judaica hahahaha As outras refeições, curti muito. Falafel, shakshuka, faltou a schwarma… Tudo muito bom! Um dia tomei um suco de romã e logo depois um ice tea: me deu um corridão daqueles, mas foi o único!

 

Caminhei pelo bairro judaico, fui até a outra extremidade do trem; não parava. Tudo era uma descoberta, mas não fui a nenhum museu. Só em Tel Aviv, na volta. E que museu! Também fiz um tour gratuito a pé - oferecido pelo hostel, pela cidade velha. Foi legal ouvir do guia, muitas histórias, etc. Ah, houve só dois atentadozinhos de nada, durante minha estadia na cidade: um sobre esfaqueamento, que o prefeito de JC até saiu do carro pra ajudar os seguranças (mas não houve nada), e outro mais bem sucedido, um atropelamento de 5 pessoas. Proposital, claro. Mas, pedi se devia me preocupar e ouvi que não, que acontecia…

 

O povo, como já disse, me encantou: a quem pedia ajuda, eles se desdobravam pra me orientar, etc. Um judeu ortodoxo caminhou comigo uns 45 minutos para me levar até onde eu ia. Outro pegou o celular e fez contato, pra me orientar melhor. Outro viu que eu havia perdido minha parada e se ofereceu pra me levar até em casa (tava com a super mochila de novo) de carro. E levou! Outro me ouviu perguntando sobre horário de ônibus, e acabou me oferecendo carona até JC… e por aí vai. Sempre sem pedir nada em troca, mesmo eu oferecendo.

Fui confundido mais de uma vez com judeu, e quando falava em inglês que não era dali, de novo era confundido com americano. Até que dizia ser Brasileiro, ao que a maioria ficava maravilhado! Brasil! Eles acham demais…

Nas lojas dentro da cidade velha, um mais esperto que o outro: acabei caindo nas garras de um árabe, e foi onde comprei algumas coisas pra trazer pra amigos e família. img_20150309_112753.jpg.09d0bd1098266b8b50a688b8e81d7e77.jpg

 

Nos dois últimos dias, outro host me hospedou em seu apartamento em Tel Aviv. De novo me deu a chave e confiou totalmente. Em um dos dias ele trouxe os três filhos pequenos pra jantar e dormir. Foi muito legal conhecê-los, ver seu relacionamento, etc. Outra vez ele me levou até o escritório de advocacia onde trabalhava, e também aos fundos de uma super padaria. Tinha um pão especial, e levamos um monte deles pra casa. No outro dia, fui reto pegar um dos pães, e não tinha sobrado nenhum hahaha Os meninos levaram pra escola…

 

Dei uma chegada na praia de Tel Aviv (mas já quase noite), consegui me perder hahaha, além de ir ao tal super museu. Faltou um monte de outras pequenas cidades pra conhecer, mas que aproveitei JC; ah isso não vou negar! Caminhei muito, muito mesmo. Curtindo tudo! Mas não volto mais lá em época de Purim kkkkkkkk.

Na volta, perdi o vôo em Londres e lá fiquei mais um dia. Acontece. Amigos me deram o maior suporte… O tempo não tava tão legal como na ida, mas valeu. img_20150312_180824.jpg.f1432b2662e28e0e32c06bb6e4f95d1e.jpg

 

Israel é muito surpreendente mesmo. Tanto culturalmente como tecnologicamente. Fiquei encantado com toda a gentileza, organização, segurança, diversidade de culturas, etc. Quero voltar lá muitas e muitas vezes!

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  • 2 semanas depois...
  • 3 semanas depois...
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Meu, faço parte do couchsurfing.com Funcionou, mas não foi fácil em Jerusalem não. Lá, 4 dias em hostel (abraham hostel - recomendo) e mais 4 na casa da tia de um conhecido...

Pois é. No CS, não é pago. A coisa gira mais em torno da troca. Quem sabe tenta também o airbnb.com

Espero ter ajudado!

aBRação, e boa viagem! :-)

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  • 1 mês depois...
  • 2 semanas depois...
  • 4 meses depois...
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Olá!

 

Chego em Israel dia 26/09 e tenho uma grande duvida.... durante o shabat tudo para realmente? estou preocupada em perder dois dias (sexta e sabado) caso não tenha passeios e pontos turisticos funcionando... li que o transporte publico tb para, é verdade? e caso seja, quais alternativas de locomoção? obrigada pelas informações!

 

Grata/Caticiane

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  • 3 meses depois...
  • 2 anos depois...

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