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Nova Zelândia - 33 dias de altos e baixos - ILHA SUL


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Explicando: altos porque subi muitas montanhas, e baixos porque saltei de tudo que foi possível saltar pra ir pra baixo e rápido!

 

Chegando em Auckland, mesmo sem sair do aeroporto já é possível perceber as diferenças de cultura, limpeza e organização! Desde o começo todas as pessoas na NZ foram muito educadas, prestativas, amigáveis! Passei fácil pela imigração, apenas duas ou três perguntas e... liberada! Achei que ia ser mais difícil! Nem precisei mostrar meu roteiro, as reservas, nada!

Diferente de todos que eu conheci por lá, eu decidi começar meu roteiro por Queenstown. Estava procurando onde ficava o serviço de informações para perguntar onde ficava o aeroporto doméstico quando dou de cara com uma placa: “para aeroporto doméstico, siga a linha azul (ou será que era verde?)”. Assim, muito simples e eficiente, uma linha pintada no chão que leva os turistas de um aeroporto para o outro, atravessando rua e tudo mais! Cerca de dez minutos de caminhada.

 

QUEENSTOWN

 

Cheguei em Queenstown por volta de 14:00 hs, muito cansada da viagem, afinal foi um diretão Caxias do Sul – Porto Alegre – São Paulo – Buenos Aires – Auckland – Queenstown. Do aeroporto pra cidade peguei um ônibus que me deixou bem no meio do centrinho, perto de tudo. NZ$6,00. Não queria dormir para já me acostumar com o fuso, então decidi dar uma volta na cidade e acabei caminhando ao redor do lago, uma caminhada muito legal, com paisagens bonitas! Como já saí do Brasil com a maioria dos tours reservados, não precisei me preocupar em ir atrás do que fazer por lá. Mesmo assim, a primeira parada de quem chega em qualquer lugar na Nova Zelândia é o I-SITE. Alí você consegue todas as informações sobre a cidade e região, pode fazer reserva de hospedagem, passeios e o que mais for preciso. Qualquer lugar tem, muito fácil de achar! Um site bem legal pra pesquisar antes de ir é esse: http://www.queenstown.com/

 

O hostel que eu fiquei foi o X Base, mas não recomendo de jeito nenhum, o chuveiro é tipo aquelas torneiras de banheiro que tu aperta o botão e sai água por uns 30 segundo e depois pára e tem que apertar de novo. Sem condições de tomar banho assim.

 

Eu tinha deixado a manhã do dia seguinte livre, porque não sabia como ia estar depois da viagem, mas acordei bem e resolvi fazer uma caminhada. Optei por subir a QueenstownHill, que tem vistas do lago e da cidade! Pra quem quer poupar esforços, dá pra subir de gôndola na outra montanha, que a vista é até mais bonita, mas a caminhada foi muito boa pra aquecer, afinal, seria a 1ª de muitas. Porque pra quem quer conhecer a NZ se prepara pra caminhar e muito. Eu nunca vi um país com tantas opções de trekking e pequenas caminhadas que nem lá. Tu tá dirigindo e de repente tem uma placa dizendo “lugar tal, tantas horas (ou minutos) de caminhada”. Muitos, mas muitos trekkings mesmo! E os kiwis (pessoal da NZ) são muito ativos e adoram fazer caminhadas, corridas, tudo ao ar livre. Quando eu estava subindo a QueenstownHill encontrei uma senhora de uns 70 anos subindo também , com os bastões de treklking. Parei pra falar com ela e ela me disse que morava lá e que subia a montanha 3 vezes por semana.

 

De tarde começou a sessão de adrenalina. 1ª parada: Shotover Jetboat. Uma lancha que anda muito rápido num rio de águas azuis muito limpas, pelo meio de um cânion, e passando a centímetros das pedras... arrepiante o negócio. E o cara inda faz uns 8 360°. Muito legal, mas eu não sei se faria de novo, deu muito medo, hehehe!!! Quem quiser ter uma noção do que é o negócio assite o vídeo no link http://www.shotoverjet.com/the-video

Saindo do jetboat, fui direto para o rafting. O rafting em si achei meio fraquinho, só no final que a coisa fica mais emocionante, mas vale pelo cenário que é muito lindo mesmo! Na última queda o bote dá uma travada e eu mordi o lábio, não parava mais de sangrar, o cara falando que talvez tivesse que fazer ponto e eu pensando que nem pensar, nunca que eu ia fazer ponto, hehehe!!! Acabando o rafting, coloquei um gelo, parou de sangrar e só inchou muito o lábio, mas não foi nada sério! Deixando claro que foi cagada minha ter me machucado, não foi culpa do rafting nem do instrutor. Ele pediu pra todo mundo entrar no bote e eu decidi ficar em cima pra curtir a queda e acabou acontecendo isso. Se eu tivesse que escolher de novo, eu não faria o rafting em Queenstown, eu faria um negócio que eles chamam de surfar no rio http://www.frogz.co.nz/gallery.html e deixaria o rafting pra Christchurch ou Rotorua. Fica a dica.

 

No dia seguinte foi que o bicho pegou mesmo. Incapaz de decidir qual dos 3 Bungy Jump fazer, eu decidi saltar dos 3. O 1º salto é no original, o 1º bungy da NZ, Kawarau Bridge, 43 metros. O lugar é muito lindo, com o rio azul embaixo, os paredões de pedra, e uma ponte. Vale a pena ir pra conhecer o lugar mesmo se não quiser saltar. Pensa em alguém nervosa, era eu. Mas fui, e foi muito bom! Gritei tanto que não sobrou voz para os outros dois! Bom, passada a tremedeira, hora de seguir viagem para o próximo, o 2º maior do mundo, Nevis bungy, de 134 metros. Quando pulei do 1º pensei, agora foi, os outros dois vai ser no embalo desse. Mas chegando no lugar do Nevis, o negócio assusta mesmo. O lugar que tu tem que ir pra pular já fica pendurado no meio do cânion, tu já chega de bondinho. Fora que é muito alto. Esse são 8 segundos de queda, dá pra sentir o vento nos ouvidos! E depois que tu salta a vontade é de fazer de novo! Nesse mesmo lugar tem o Swing, que eu não fiz, mas que é o maior swing do mundo, e parece ser muito legal também, mas haja grana! De volta pra cidade, hora de subir a gondola para o 3º e último bungy! Esse bungy é o que eles chamam de free style, tu pode pular do jeito que tu quer: dando cambalhota, de costas, correndo... Eu optei por sair correndo e de repente acaba o chão e tu cai! Muito divertido!

Quem quiser ver os vídeos (não os meus) segue link: http://www.queenstown.com/queenstown-videos

Se me pedisse pra escolher qual dos 3, eu faria os 3 de novo! Se me dissessem, tá mas tu vai ter que fazer só um, eu daria um jeito de saltar dos 3 de novo. Mas se depois sob tortura eu tivesse que optar por apenas um, acho que eu ficaria com o Nevis, que é o mais alto!

 

Ufa! Adrenalina demais pra um dia só, hora de curtir a vista de cima do Bob’s Peak, que é a montanha que tu sobe de gôndola que tem uma vista maravilhosa da cidade, do lago e das Remarkables, a cadeia de montanhas de Queesntown. Lá ainda dá pra fazer paraglider e o luge, que são uns carrinhos que tu controla a velocidade. E ainda tem opção de fazer caminhadas! Pra quem tem fome e grana, tem um restaurante por lá também, que serve janta com hora marcada!

 

MILFORD

 

No dia seguinte segui para o aeroporto pra pegar o carro que eu tinha alugado e fui para a Milford Road. É uma estrada que vai de Te Anau até Milford Sounds, onde ficam os fiordes. São 240 km de muitas, mas muitas paradas pra pequenas (10 min) a médias (3 hs) caminhadas. A estrada em si já é um espetáculo, parei várias vezes para bater fotos. Acabei chegando no lodge quase 6 da tarde. Isso foi uma das coisas que eu fiz que eu mais recomendo pras pessoas fazerem, alugar um carro em Queenstown, passar o dia dirigindo e parando na estrada e dormir lá, em Milford Sounds. Tem um lodge no meio dos fiordes, o lugar é maravilhoso. Se tivesse tempo até ficaria mais um dia por lá, porque tem umas caminhadas que dá pra fazer.

 

Depois da noite nesse lugar especial, acordei e peguei o 1º barco para o “cruzeiro” pelo Milford Sound. O dia estava nublado e chuviscando, afinal esse é um dos lugares mais úmidos e que mais chove na Terra, então não vão esperando que vão ver o Mitre Peak que nem nas fotos, porque acho que o único dia que ele ficou daquele jeito foi no dia que bateram a foto, hehehe! http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-FvR0XXJoNfk/TeVB4Npb_3I/AAAAAAAAASs/pWReKvPA3OE/s1600/milford.jpg&imgrefurl=http://incandescent-sun.blogspot.com/2011/05/milford-sound-and-mitre-peak.html&h=294&w=450&sz=35&tbnid=37QAjAf0UYSISM:&tbnh=90&tbnw=138&prev=/search%3Fq%3Dmitre%2Bpeak%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=mitre+peak&docid=wkkbmkbCXlnASM&hl=pt-BR&sa=X&ei=tP4WT6jCBKHL0QHO4oTSAg&ved=0CFAQ9QEwBA Mesmo assim vale muito a pena, o lugar é sensacional, tu vai navegando com o barco no meio daqueles paredões, com cachoeiras caindo, tem focas e quem tem sorte pode ver golfinhos também. Depois da navegação, do estacionamento tem uma trilha de 15 minutos que dá para um mirante do Mitre Peak, vale a pena fazer!

 

TE ANAU

Passei o resto do dia na estrada dirigindo e parando pra fazer as trilhas que não tinha feito na ida. Dormi em Te Anau, no hostel YHA, super recomendo. Lugar legal, staff simpático e prestativo. Acordei e segui para Te Anau Downs onde peguei o barco para fazer só o 1º dia do Milford Trek, que é um dos mais famosos do mundo e por isso mesmo desde junho quando tentei reservar não tinha mais vaga. Mas não achei que vale a pena fazer apenas esse dia, o barco custa muito caro e não consegue ver muita coisa. Voltei de barco, peguei o carro e fui dirigindo para Wanaka. A estrada de Te Anau pra Queenstown também é muito linda e de Queenstown para Wanaka é muito louca, cheia de curvas e com umas vistas muito lindas. Dirigir na NZ é um espetáculo!

 

Te Anau é uma cidade pequena e simpática na beira de um lago e é o ponto de partida para a maioria dos trekking no Fiordland National Park.

 

WANAKA

 

Em Wanaka fiquei de novo no X Base, pois já tinha reservado e pago. Nunca peguem o quarto de 8 camas lá, simplesmente não tem espaço pra nada. Pra ter noção é o mesmo tamanho do quarto de 6 camas. Pelo menos o chuveiro desse era bom, e a minha sorte é que estava só eu e mais um no quarto de 8. Wanaka foi minha cidade favorita, muito charmosa e aconchegante! No 1º dia quis fazer umas caminhadas por uns lugares que eu tinha pesquisado antes e escolhido e com certeza acertei na escolha, porque foram uma das melhores vistas de toda viagem.

Fiz o Diamond Lakes, que fica na estrada para o parque Mount Aspiring national Park. Essa trilha é de +/- 1 hora de subida, e a vista da cidade e do lago é maravilhosa.

Depois segui para o National Park, para fazer o trekking do Rob Roy Glacier. Pra chegar no parque a estrada é de terra e tem que cruzar vários riachos, mas no caminho já dá pra ter uma noção da beleza que é esse parque. E esse trekking do Rob Roy Glacier foi muito tranquilo e fácil de fazer. Foram duas horas pra ir, parando muitas vezes para fotos, depois ficamos lá em cima mais de uma hora só curtindo a paisagem e até uma avalanche conseguimos ver! Mais duas horas pra descer. Dia muito legal!

 

Segundo dia em Wanaka, combinamos de ir à tarde ver a Blue Pool. De manha fui sozinha para o Puzzling world, um lugar muito maluco, cheio de jogos e brinquedos de pensar e de raciocínio, e que tem também um labirinto gigante que demora mais de uma hora pra terminar, segundo dizia na placa. Eu desisti e saí pela saída de emergência, hehehe!!! http://www.puzzlingworld.co.nz/

Depois fui fazer a trilha de Mt Iron, que tem uma vista de 360° da cidade e da região. O início da trilha fica quase na frente do puzzling world.

De tarde fomos conhecer Blue Pool, que é um rio que forma uma piscina natural de água muito azul. Dá uma vontade de sair nadando, mas a água é de doer os ossos de tão fria. Pra quem vai de carro de Wanaka pros glaciares ou pra Greymouth, vale a pena deixar essa visita pro dia da viagem, porque são 15 minutinhos de caminhada da estrada pra chegar na Blue Pool e são +/- 40 minutos dirigindo de Wanaka até ali. A estrada é fantástica, vai costeando por dois lagos com montanhas ao redor, parece pintura!

 

Último dia em Wanaka, que aliás eu recomendo muito, dei uma caminhada pelo lago só pra poder curtir mais um pouquinho o lugar, depois segui para os glaciares. Parece redundância, mas a estrada também merece várias paradas para fotos! Acho que demorei mais de 4 horas pra chegar, quando o normal é 3. Passa pelos lagos que mencionei acima e depois segue pelo litoral!

 

GLACIER

 

Cheguei em Fox e fui direto fazer a trilha do lake Matheson, que é uma hora e meia de caminhada ao redor de um lago e tu chega num lugar que tem o lago com o Mout Cook e mais um outro monte refletido no lago. Pela foto eu achei muito lindo, pena que quando cheguei por lá começou a nublar e ventar e não deu pra ver nada, só um lago sem graça! Mas valeu a caminhada! Segue link para foto do Lake Matheson: http://www.google.com.br/imgres?q=lake+matheson&um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1280&bih=856&tbm=isch&tbnid=14a8IJa2PHbAZM:&imgrefurl=http://www.craigpotton.co.nz/Products/published/Posters/postersnative/lakematheson&docid=6kNxNRVjufk27M&imgurl=http://203.86.194.7/Images/craigPotton/LakeMatheson.jpg&w=400&h=328&ei=CAcXT8rjD-r30gGPw9T-Ag&zoom=1&iact=hc&vpx=410&vpy=535&dur=299&hovh=203&hovw=248&tx=155&ty=158&sig=116579224369789521295&page=1&tbnh=154&tbnw=195&start=0&ndsp=20&ved=1t:429,r:16,s:0

 

No dia seguinte fiz a caminhada pelo Fox Glacier, o dia inteiro. Muito legal, super recomendo fazer! São 6 horas de caminhada, sendo 4 no gelo. Entra dentro de túneis de gelo e caminha bastante pelo glaciar. E o dia ajudou, fez um sol maravilhoso e não tinha uma nuvem no céu! Acho que foi pra compensar o dia anterior no Lake Matheson! Não achei cansativo, a caminhada é bem tranquila, com várias paradas. Escolhi o Fox por dois motivos: preço e tempo de caminhada no gelo. O Franz era mais caro, mesmo proporcionalmente e o full day eram 7 horas no gelo, eu achei que era muito tempo. E não me arrependo de ter feito o de 4 horas, acho que vimos tudo que tinha que ver! Terminado o passeio, segui em frente rumo à Greymouth.

 

GREYMOUTH

 

Essa é a maior cidade da costa oeste da NZ. A cidade em si não tem nada demais, mas era onde eu tinha que devolver o carro e o ponto de partida pra fazer Avalanche Peak em Arthur’s Pass, um dos trekkings mais famosos da NZ. E com uma subida que é pra matar... Foram 3 horas de subida, daquelas que tu precisa usar o corpo inteiro, as mãos, tudo. Várias paradas pra respirar, achei que não ia chegar... mas conforme vai subindo já vai tendo umas vistas e tu pensa que dá pra ter uma idéia da vista lá de cima. Mas quando tu chega no pico... meu Deus, que vista perfeita! Vales, montanhas, glaciares, estrada, cachoeira tudo até onde os olhos conseguem enxergar, lá longe! Valeu muito a pena a subida! Descemos por outro lado, por uma trilha que eu nem sabia que tinha, mas um cara nos deu a dica lá em cima da montanha. Achei mais fácil a descida por esse lado, mas pela Avalanche Peak a trilha é mais bonita. De Greymouth pra Arthur’a Pass dá 01:20 de carro.

 

Depois de uma noite capotada de cansada, fou visitar Pankake Rocks, que ficam a 40 minutos de carro de Greymouth. São umas formações rochosas no mar, bem legal! Ficamos uns 45 minutos por lá pra matar o tempo mesmo, porque dá pra visitar em 15 minutos o lugar. Depois voltamos pra Greymouth, devolvi o carro e fui pegar o trem para Christchurch, o Tranz Alpine Express. Peguei esse trem porque a propaganda era que passava por uns lugares muito lindos que os carros não passavam e tal. Mas são poucos lugares que o trem passa que o carro não, e não acho que compensa pagar o preço do trem que é extremamente caro pra pouca diferença na paisagem. Dá pra ir de carro ou de ônibus tranquilo que vai ver 90% da paisagem e pagar muito, mas muito menos. Ah, a paisagem é claro, é maravilhosa!

 

CHRISTCHURCH

 

Bom, cheguei em Christchurch e não vi ninguém na estação de trem que pudesse pedir informação de como chegar no hostel, então decidi pegar um taxi mesmo. Fiquei no Chester Hostel bem legal o lugar e o staff muito gente fina. Bom, o que dá pra dizer é que a cidade ainda está muito abalada por causa do terremoto de fevereiro do ano passado, não dá pra visitar os pontos turísticos porque está tudo fechado. E tu vai caminhando pela rua e vendo as casas, os prédios, as igrejas sem as torres, um monte de coisas destruídas. Isso que na parte mais afetada está isolada e não dá pra chegar perto. Mas devia ser uma cidade muito bonita. Mas o meu objetivo lá era fazer o rafting no Rangitata River, com duas grade 5!

 

Esse sim valeu a pena! O rafting fica num lugar há 2 horas da cidade, e é um dos rios onde foi gravada uma cena do filme do Senhor dos Anéis, então nem precisa dizer que o lugar por si só já vale a pena!

No começo do rafting já dá pra ter noção do que vem pela frente, e foram duas horas de pura emoção, ate o nosso bote virar no começo da mais longa das grade 5 e todo mundo descer de colete o rio. Acho que agora eu sei o que é ficar dentro de uma maquina de lavar, pois parecia que eu estava em uma. Achei que não ia conseguir mais subir pra respirar, mas a correnteza foi me levando e me jogaram uma corda e conseguiram me puxar para outro bote. Mas me bati toda nas pedras, e quebrei o dedo da mao esquerda quando tentei me segurar no bote. Mas vamos em frente. Depois eles param num lugar que dá pra subir numas pedras bem altas e pular no rio. No final do rafting, ainda tem um churrasco pra integração da galera! Apesar de tudo, eu terminei o rafting querendo começar de novo, foi muito bom, o melhor que eu já fiz na vida!

 

Voltamos pra cidade e quando chegamos por lá todo mundo perguntando se a gente tinha sentido os terremotos. E nós nem sabíamos o que tinha acontecido, mas enquanto estávamos no rio, aconteceram três tremores na cidade, dois deles bem forte. Aí já da pra imaginar o quanto eu fiquei nervosa! Mas pensei, bom já aconteceram, agora não vai mais ter. Que engano, a cidade não parou de tremer a noite inteirinha. Não consegui dormir, fiquei deitada na cama e de tempos em tempos um novo tremor. Eu tinha que pegar o trem para Picton as 7 da manha e as horas não passavam nunca. Acho que foi a pior noite da minha vida. Mas enfim passou, dei graças a Deus de chegar no trem, e quando ele começa a andar já teve que parar por causa de um novo tremor. Mas foi rapidinho e seguimos viagem. Bom, peguei o trem por causa da paisagem e acabou que dormi a maior parte do trajeto por ter passado a noite em claro... Não vi quase nada, só quando parou em Kaikura e uns trechos depois disso!

 

PICTON

 

Chegamos em Picton as 14:00 hs, com quase duas horas de atraso porque o trem não podia andar rápido por causa dos terremotos. Fiquei num hostel chamado Sequoia Lodge, que fica uns 10 minutos caminhando da estação de trem e do ferry. Para Picton isso é longe, porque o lugar é bem pequeno. Mas super recomendo, as camas são ótimas, chuveiros bons, e todos os dias as 20:00 eles servem o Hot Chocolate Pudin com sorvete de baunilha que é tudo de bom! Compensa a “caminhada”!

 

Largada a mochila, fui direto no I-Site pra reservar o barco porque eu queria fazer pelo menos o 1º dia do Queen Charlote Trekking, já que não tinha tempo de fazer o inteiro. Qual foi a nossa surpresa que no dia seguinte, que era natal, nada estaria funcionando, em lugar nenhum. Mas nada mesmo, nem supermercado nem nada iria abrir. Trekking abortado, e decidi ir para Nelson mais cedo, já que o plano inicial era fazer o trekking e pegar o ônibus pra Nelson só no final do dia. Pelo menos eles colocaram 3 ônibus para Nelson nesse dia, era só o que funcionava por lá, nem taxi não tinha, nem transporte coletivo.

 

Como era cedo, resolvemos aproveitar o dia fazendo umas trilhas por Picton, e fizemos uma que vai costeando o morro, depois desce em uma das praias, sobe para uns mirantes, muito lindo o lugar. Vale a pena! Caminhamos até quase escurecer, depois voltei pro hostel, um bom banho e aquele pudim de chocolate quente com sorvete que não me sai da cabeça até hoje!

Acordei e levei toda bagagem pro hostel que a guria que conheci por lá estava, já que ficava pertinho do ônibus, deixamos no depósito e fomos aproveitar a manha de sol na praia, até a hora de pegar o ônibus. De Picton p/ Nelson 02:30 hs de viagem, mas não tem muita vista legal!

 

NELSON

 

Em Nelson nada muito diferente de Picton, tudo fechado também. Ainda bem que o lugar que o ônibus para ficava a duas quadras do hostel. Fiquei no YHA Nelson, também muito bom. Staff muito simpático e prestativo, me ajudaram a fechar o passeio para o dia seguinte, mesmo sendo feriado eles conseguiram fazer a reserva para o Abel Tasman National Park. De noite ainda fizeram um churrasco de natal para os hóspedes muito legal!

 

A van passou cedinho para nos buscar, afinal são quase duas horas de Nelson até a entrada do parque. Se eu tivesse pesquisado melhor, teria ficado na outra cidade que agora não lembro o nome mas que fica muito mais perto do parque. Enfim, chegamos na agência que contratamos o passeio e fomos direto para a praia onde os caiaques já estavam nos esperando. Foram 03:30 hs remando por praias e lugares lindos com direito a uma parada para o café da manha! Antes de chegarmos no destino final ainda fomos numa ilha que é reserva de focas e pudemos ficar observando os bichos!

A volta foi a pé, 4 horas de caminhada com direito à vistas deslumbrantes e a uma praia que foi impossível resistir o banho apesar da água fria. Que pena que eu não tinha mais 3 dias pra fazer o trekking inteirinho desse parque, achei que vale muito a pena! Depois pegar a van de volta pra Nelson!

 

No dia 27/12 é feriado na NZ também, e novamente tudo fechado, nada funcionando... Como tinha que pegar o ônibus pra Picton as 15:00, não tinha como ir muito longe, então fui para a praia de Nelson, que fica 1 hora de caminhada de onde eu estava. A praia não é legal, sei lá, não achei bonita nem nada de especial. Depois voltei e fui conhecer a cidade, a catedral, o jardim botânico e mais alguns lugares que me indicaram. Voltei pro hostel, tomei um banho, peguei o ônibus pra Picton e o ferry para Wellington as 19:00, onde fomos navegando pelo canal até chegar em mar aberto e ver um por do sol espetacular.

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  • 3 semanas depois...
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Oi Marcelo e Trota!

Pois eu sempre coloco os custos no relato, mas dessa vez eu optei por nao colocar porque os gastos na NZ dependem muito do que tu escolhe fazer por lá. Eu chutei o balde e fiz tudo que tinha direito. Saltei dos 3 bungy em Queenstonw, skydive, etc... essas coisas pesam muito no orçamento porque lá é tudo muito caro.

A unica coisa que eu economizei foi na comida. os restaurantes eram caros e a comida não era boa, entao eu comprava comida congelada e esquentava no micro, hehehe!

O custo total da minha viagem foi R$12.000,00, sendo que a passagem aéreo (inclusa no valor) de SP p/ Auckland paguei R$2600,00.

 

Mas eu já fu pra lá sabendo o preço de tudo, todos os passeios e hostels tem preço nos site!

Se quiserem me mandem um e-mail que eu mando meu roteiro com os links e alguns preços também!

 

As fotos vou ter que descobrir como coloca (que vergonha, ainda não aprendi!)

 

Bjs

 

Déia

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  • 2 semanas depois...
  • 1 mês depois...
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OI Deia, muito bom o seu relato ta me ajudando bastante a planejar a minha viagem. Voce poderia me encaminhar o seu material também?

E uma duvida, vou ter bem menos dias que voce na minha viagem entao to tentando dar uma enxugada no que der (bem dificil), em Wanaka, não encontrei ainda a localização do Diamond Lakes. Eu consigo fazer Diamond Lake, Blue Pools e Rob Roy em um dia so?

 

Obrigado desde ja.

 

Márcio

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Oi Marcio!

Diamond Lakes e Rob Roy dá tranquilo, eu fiz as duas no mesmo dia, mas não dá pra fazer também a Blue Pools.

Tu pode ir nas Blue Pools no dia que seguir viagem para os Glaciares. Não sei se é isso que tu vai fazer de roteiro, mas elas ficam na estrada que vai de Wanaka para os Glaciares, aí tu estaciona o carro e são 15 minutinhos de caminhada pra chegar na Blue Pools!

Déia

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  • 4 meses depois...
  • Membros

Oi Deia, me amarrei no seu relato. As dicas, os passeios, a adrenalina a flor da pele, enfim... Muito show! Sua postagem tem me ajudado a planejar o roteiro da minha trip durante o mês de janeiro/2013 em Queenstown. Queria saber em que época você foi? Tipo, no verão ou inverno? Visto que pretendo percorrer os locais de bicicleta, queria saber se há ciclovias espalhadas pela cidade que possibilite ir de um lugar para o outro sem ter a necessidade de alugar um carro? Até porque Queenstown é a cidade dos esportes radicais né? Então, nada melhor do que cruza-la de bike. E outra, estudante portador da carteira internacional do estudante tem desconto em alguns estabelecimentos e passeios?

 

Desde já agradeço as dicas

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