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  • Colaboradores

Salve Salve Mochileiros!! ::otemo::

 

Hoje venho compartilhar com vocês um pequeno relato de uma de uma viagem que fiz no final do mês de agosto/16. Passei alguns dias na região nordeste do estado de Goiás, no pouco conhecido Parque Estadual Terra Ronca.

 

Pesquisei bastante antes de ir, mas foram poucas informações que consegui, tem poucos relatos aqui no site e alguns bem antigos. O parque é pouco conhecido, talvez pela pouca infraestrutura que tem a região a oferecer ao turista.

 

Criado em 1989 o PETER está situado entre os municípios de Guarani de Goiás e São Domingos, numa área de aproximadamente 57 mil hectares. Segundo os guias, o parque abriga cerca de 300 cavernas e grutas, poucas são liberadas ao turismo, além de cachoeiras e rios que cortam o parque.

 

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Algumas Informações Sobre a Região:

 

Para quem vem ao estado de Goiás conhecer a Chapada dos Veadeiros, vale muito a pena esticar um pouco a estada e incluir o PETER no roteiro, de Cavalcante – GO que é onde fica a Cachoeira Santa Bárbara, até o São Domingos, cidade base para adentrar o PETER, são cerca de 192 km.

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Hospedagem

 

Na parte que conheci de Guarani até o parque, vi poucas opções de hospedagem, algumas poucas pousadas, algumas em construção, a maioria bem simples e nas que parei para pedir informações, elas ofereciam pensão completa caso o hospede desejasse. Então para quem não curte cozinhar durante as viagens fica a dica, não tem com o que se preocupar em relação a comida, basta levar lanche para as trilhas etc.

 

Camping e Guia do Seu Ramiro:

 

O seu Ramiro é nascido e criado na região, ele guia turistas pelas grutas a mais de 40 anos, conhece tanto que vi várias vezes o pessoal que trabalha para o PETER (os guias) parar e pedir informações a ele, sobre as trilhas etc. Seu Ramiro oferece algumas opções de hospedagem ao turista: você pode acampar (20,00 a diária) ou ficar em alguma das suítes (30,00 por pessoa) e caso o hospede deseje, ele também oferece almoço/jantar a 15,00 por refeição.

 

Outra vantagem de se hospedar e fazer os passeios com seu Ramiro é o jogo de luzes que ele faz dentro das cavernas, mas isso é papo para mais daqui a pouco.

 

Goiânia -> Posse -> Guarani de Goiás -> Parque Estadual Terra Ronca

 

O Parque fica a cerca de 590 km de Goiânia, que é onde eu resido, e a falta de informações sobre o trajeto final dessa viagem preocupou um pouco, por que seria a minha primeira viagem de moto.

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Como foi minha primeira viagem de moto, logo veio a primeira dúvida: como levar tudo que preciso no pouco espaço que tenho disponível? A moto tem um bauzinho pequeno (29L) não cabe muita coisa e eu teria que levar desde barraca a saco de dormir, fogareiro, comida etc.

 

Bom, como não tinha como levar tudo no baú da moto, enchi o bixo o máximo que pude e as demais coisas botei no meu mochilão de 65L. A ideia inicial era amarrar a mochila em cima do banco encostada no baú para ficar sem peso nas costas. No final vi que não ia dar muito certo, fiquei com medo da mochila afrouxar com o sacolejo da motoca. Para minha sorte, com a mochila nas costas, a parte de baixo encostava no banco tirando todo o peso da “cacunda” ! Caiu como uma luva! heheh

 

Saí de Goiânia as 06:00h da manhã rumo Posse, trajeto longo quando percorrido numa 125cc, fui numa Yamaha Factor 125cc que apelidei de “tenebrosa” rs. Viagem relativamente tranquila, até um pouco depois de Brasília a rodovia é toda duplicada. De bsb até posse a pista é simples, mas não tinha muito tráfego de caminhões.

 

Até Posse eu já conhecia, havia passado várias vezes de carro rumo a Salvador. De Posse em frente era tudo novidade, cheguei em Guarani de Goiás por volta das 15h e já peguei a estrada rumo ao parque, daqui pra frente é tudo estrada de chão.

 

A estrada começou muito boa, sem buracos, sem muitas ondulações. Depois de percorrer uns 30 km mais ou menos, chega-se num ponto onde teria que atravessar uma ponte de madeira, do lado seguinte é a entrada do PETER, só que a ponte não existe! Hahha, rapazz aqui começou os perrengues da viagem. O desvio é feito por dentro do rio hahaha (e eu de moto!), rapaz, minha sorte foi que tinha um pessoal atravessando apé o rio e me disseram que era tranquilo, me indicaram uma parte lá mais rasa e lá fui eu! Toquei a tenebrosa dentro d’água e atravessei o bendito rio.

 

Beleza, passado esse momento dramático rs, voltei ao mesmo esquema de antes. Estrada boa, etc. O problema da estrada de chão é que a gente acostuma quando está muito boa e acaba aumentando a velocidade. Rapaz, lá ia eu, numa boa, a uns 60km/h, quando de repente numa curva relativamente aberta, surge um banco de areia no meio da estrada, vixe, hahahaha a motoca sambou mais que a globeleza kkkk e páá! Enterrei a tenebrosa no areia, pqp. A minha sorte foi que não teve grandes avarias. Entortou o tripé, o passador de marchas, mas no resto ficou de boa, nem chegou a arranhar a carenagem.

 

Depois desse capote fiquei muito esperto kkk, fiz todo o restante do trajeto a 20 km/h hahahaha. Desse momento em diante a estrada piorou consideravelmente, pra quem está de carro nem sente tanto. Mas de Moto, qualquer “balangada” maior é chão na certa.

 

Cheguei no camping do seu Ramiro por volta das 17:30, estava começando a cair uma chuvinha bem de leve. Deixei minhas coisas e seu Ramiro me sugeriu para que fosse logo conhecer a entrada de uma caverna que fica a 500mt do camping, a Caverna Terra Ronca.

 

E assim eu fiz, peguei a motoca, minha câmera e fui lá dar uma primeira conferida na entrada da caverna. Saca as primeiras impressões do lugar.

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De dentro da caverna deu pra ter uma noção melhor da grandiosidade do lugar, saca só.

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Passei pouco menos de uma hora ali, só contemplando a grandiosidade do lugar. No interior da caverna conheci um casal, trocamos algumas palavras, nos cumprimentamos, e eles seguiram caverna a fora. Eu fiz algumas fotos e retornei ao camping para ajeitar as coisas, montar barraca etc. e combinar o passeio para o dia seguinte. Chegando ao camping, descobri que o casal também iria se hospedar lá e acabamos combinando de rachar a diária do guia para o dia seguinte.

 

Beleza, tudo combinado, fui eu morto de cansado montar a barraca e ajeitar as coisas pra descansar. Monto a barraca, tudo certinho e de repente, brotou um formigueiro bem ao lado da barraca! Putz, que M***. Fui eu desmontar tudo e montar novamente. Quando enfim, por volta das 20h, entro pra barraca já com um Nissim –Q-Nojo na barriga e capoto!

 

A hora do Cagaço!

 

A área de camping do seu Ramiro fica a uns 200mts, abaixo da casa dele. Ele abriu uma clareira na mata e fez ali suítes, banheiros (ainda em construção), então o contato com a natureza é bem bacana. No dia que cheguei só estava eu acampado e o casal que ficou numa das suítes a uns 20mts acima. Vai vendo!

 

A região é bem preservada, de pouco movimento, tem muita onça por lá (segundo as más línguas). Blz. Eu morto de cansado, entrei na barraca e apaguei. Moço, quando deu umas duas da manhã eu acordo com um “bufado” de um bicho bem do lado da barraca! Pqp! É a porra da onça, pensei eu. Dae fiquei quietinho, mal respirava pra ver se escutava alguma coisa e nada! Procurei minha faca dentro da barraca e lembrei que tava do lado do fogareiro, de fora da barraca, pqp!! Pensei, não é possível! Logo no primeiro dia já terei que “lutar” com a onça e desarmado ainda vai ser complicado..kkkkkkk Dae o bicho bufou novamente, só que em seguida veio o latido, era a porra de um cachorro.kkkkkkk Nessa hora veio um alívio danado, até saí da barraca pra ver o cão. Era um “negão” de grande porte, latido forte..hehehe depois desse susto, voltei a dormir.

 

Camping do Seu Ramiro -> Caverna São Bernardo

Sexta Feira 02/09/16

 

Acordei bem cedo, antes das 06h já estava de pé e de café tomado. Ainda um pouco dolorido do tombo que levei no dia anterior. Mas estava ansioso para conhecer a primeira caverna na região. Como levantei muito cedo, e o combinado era sairmos as 08h, eu aproveitei para fotografar a entrada do camping e a Caverna do dia anterior com mais luz. Segue mais algumas fotos.

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O combinado no dia anterior foi de irmos a Caverna São Bernardo. A diária do guia custa 120,00 o dia. Neste dia seu Ramiro passou a tarefa ao seu filho. William como o pai é nascido e criado na região, conhece tudo! Partimos pouco depois do horário combinado, e cerca de 20’ depois já estávamos na entrada da caverna.

 

A Caverna São Bernardo tem cerca de 8 km de extensão e abriga o encontro de dois rios, o São Bernardo e o Palmeira, ela é pouco acidentada e têm grandes galerias, o passeio é bem tranquilo. Percorremos boa parte em 6 horas de caminhada. Outro ponto importante que preciso destacar aqui é a atenção e paciência do Seu Ramiro e filho dele com os turistas, sério! Eles fazem de tudo pra você ter uma boa experiência, o jogo de luzes que o William fez, bixo, fora de sério! Rendeu umas fotos muito legais, espero que a qualidade não se perca muito aqui. Mas enfim, vou postar algumas fotos pra tentar ilustrar uma das melhores experiências que já tive! Saca aê!

 

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Final do Passeio!

 

Terminamos a trilha por volta das 15h, como ainda estava cedo e não dava para conhecer relativamente bem outra caverna nesse dia, o William nos sugeriu que fossemos até uma cachoeira ali próximo, a cachoeira do Rio Palmeira. Ficamos cerca de uma hora ou mais, passamos na venda que tinha ali próximo para comprar alguma coisa e voltamos ao camping.

 

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De volta ao camping, foi só tomar aquele banho, jantar e cama! Por que amanhã tem mais caverna! ::otemo::

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