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Piauí: De Teresina ao Parque de Sete Cidades, com extensão a Pedro II


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  • Colaboradores

Considerações Gerais:

 

Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar importantes.

 

Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade.

 

Informações Gerais:

 

Em toda a viagem houve bastante sol e calor. Chuva leve a moderada de cerca de 30 minutos só no terceiro dia em Teresina e no domingo em Piripiri. As temperaturas também estiveram um pouco altas para um paulistano, chegando a mais de 35 C nas horas mais quentes do dia e não caindo a menos de 20 C à noite (em Teresina não caía a menos de 25 C), embora para mim a sensação térmica fosse mais alta.

 

A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil. ::cool:::'>

 

As paisagens do interior, incluindo açudes, campos e serra agradaram-me muito, principalmente a vista a partir de morros. ::otemo:: ::otemo:: ::otemo:: Pude ver aves, cotia, mocó, morcegos, lagartos e micos. Os sítios com pinturas rupestres também achei muito bons. É interessante como há pinturas em locais desconhecidos e não divulgados. O Parque Nacional de 7 Cidades e a Floresta Nacional de Palmares foram um capítulo a parte, com sua diversidade geológica, de flora e fauna. Gostei muito de poder conhecê-los e apreciá-los. ::otemo:: ::otemo:: ::otemo:: Em ambos foram obrigatórios guias.

 

A viagem no geral foi tranquila. Os maiores problemas foram a inexistência de transporte público para algumas atrações, mas nada que não pudesse ser resolvido com caminhada ou bicicleta. Houve um ponto chamado de Toca das Araras em que acho que os moradores pensaram que eu pretendia me instalar no local (talvez realizar uma invasão) e um deles ficou esperando que eu voltasse e disse que iria me acompanhar até a saída :lol: .

 

Durante muito tempo estive só nas caminhadas, que em boa parte foram em áreas desertas. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada).

 

Vários estabelecimentos comerciais aceitaram cartão de crédito (principalmente supermercados e empresas de ônibus), mas nenhum hotel, pousada ou pensão aceitou. Mas creio que isso ocorreu porque eram muito simples. As padarias do interior também não aceitaram.

 

Gastei na viagem R$ 631,75 sendo R$ 58,39 com alimentação, R$ 270,00 com hospedagem, R$ 127,90 com transporte durante a viagem, R$ 130,00 com guias e R$ 45,46 com taxas de embarque de ida e volta. Sem contar o custo das taxas de embarque o gasto foi de R$ 586,29 (média de R$ 48,86 por dia). Mas considere que eu sou bem econômico.

 

A Viagem:

 

Minha viagem foi de SP (aeroporto de Guarulhos) a Teresina em 10/05/2016 pela Tam (http://www.tam.com.br). O voo saía às 12:10 e chegava às 15:13 horas, mas atrasou quase 1 hora devido a algum problema no avião. A volta foi de Teresina a SP (Guarulhos) em 21/05/2016 pela Tam. O voo saía às 15:49 e chegava às 19:00. Usei 14.000 pontos para pagar as passagens e paguei R$ 45,46 pelas taxas de embarque de ida e volta usando cartão de crédito.

 

Quase perdi o avião. Peguei uma bicileta do Projeto BikeSampa (http://www.mobilicidade.com.br/bikesampa.asp) e cheguei 30 minutos adiantado para pegar o ônibus no Metrô Tatuapé, o que se mostrou muito importante. Na véspera o presidente da Câmara, Waldir Maranhão, recém empossado, havia publicado um ato anulando o processo de impedimento da Presidente Dilma e havia uma manifestação a favor da presidente, que atrasou em cerca de 45 minutos o tempo de viagem do ônibus. Como eu saí bem adiantado ainda consegui passar no caixa eletrônico, sacar dinheiro para a viagem e pegar o avião. Se não tivesse sido a bicicleta talvez tivesse perdido o voo (se ele tivesse saído na hora, sem dúvida teria perdido).

 

Durante o voo de ida foi possível apreciar parte do Brasil Central e a cidade de Teresina e entorno na chegada. Fui ao lado de um rapaz que estava voltando de surpresa para visitar os parentes, no interior do Piauí, depois de muitos anos. Ao chegar, perguntei onde poderia obter hospedagem barata e as pessoas indicaram-me pensões na região dos hospitais. Fui para lá caminhando devagar e perguntando preços de hotéis. Levei quase 2 horas, mas o percurso a passos normais seria de menos de 1 hora. No caminho ainda ajudei 2 rapazes a carregar e empurrar um carro que não conseguia andar para que ficasse estacionado. Fiquei hospedado na Pensão e Restaurante "O Genival" (Rua São Pedro, 2050, (86) 998319111, (83) 32231372) por R$ 30,00 a diária, num quarto compartilhado com TV, ventilador, banheiro fora do quarto e com direito a café da manhã, almoço e jantar (incrível) ::otemo::. Fiquei 2 das 3 noites só no quarto. Achei a comida (arroz, feijão, farinha, três tipos de salada e três tipos de carne) bastante razoável, apesar de simples. A pensão não aceitou cartão. Havia trazido sanduíches de casa que demorei vários dias para comer, pois não esperava ter as refeições inclusas na hospedagem. À noite ainda deu tempo de dar uma volta rápida pelo entorno do hotel e Avenida Frei Serafim e conversar com alguns hóspedes da pensão.

 

Para as atrações de Teresina veja https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g303483-Activities-Teresina_State_of_Piaui.html e http://www.minube.com.br/o-que-ver/brasil/piaui/teresina. Os pontos de que mais gostei foram os parques ::otemo::, as lagoas ::otemo::, os rios ::otemo::, o Centro de Artesananto ::otemo:: e o Pólo Cerâmico do Poty Velho ::otemo::. Cheguei a ver alguns micos em áreas verdes.

 

No dia seguinte, 4.a feira 11/05, logo após sair, cumprimentei um dos hóspedes da pensão, com quem havia conversado muito na noite anterior, que estava esperando atendimento em uma espécie de repartição pública. Fui primeiramente conhecer os pontos históricos no centro. Achei a arquitetura bela e as exposições de obras e objetos típicos interessantes, com destaque especial para o Centro de Artesanato, que tinha muitas lojas com produtos locais e uma espécie de escultura com material reciclável de automóvel (eu acho) de animais pré-históricos em seu ambiente. Os vendedores atenderam-me muito bem, mesmo eu não comprando nada. Uma delas falou-me das feiras típicas do Piauí, patrocinadas pelo SEBRAE, de que participava no Shopping Eldorado em São Paulo, de que gostava muito e onde conseguia faturar mais do que em muito tempo vendendo em Teresina. Mas falou que neste ano não haviam feito o convite, provavelmente por causa da crise. Achei a vista a partir dos pontos altos (pontes e plataforma da estação do metrô) muito boa. Depois do almoço, passei e atravessei a Ponte Metálica, que liga Teresina a Timon no Maranhão, retornei e fui ao Parque Lagoas do Norte, em que fiquei um bom tempo caminhando e de que muito gostei ::otemo::. À noite fui caminhar na Avenida Frei Serafim novamente, que era palco de ciclistas e caminhantes. Disseram-me para não ir ao centro, pois à noite, depois que todos voltam para casa, poderia ser perigoso. Mesmo assim fui até o seu início apreciar a Igreja de São Benedito e o Teatro 4 de Setembro, que iluminados pareceram-me muito bonitos. Havia espetáculo de projeção de luzes no teatro ::cool:::'>. Na frente da igreja estava havendo algum tipo de ritual, com várias mulheres fazendo orações para uma espécie de altar de velas que elas fizeram na escadaria ::cool:::'>. Fiquei apreciando-o por algum tempo. Antes de dormir ainda conversei com um hóspede da pensão que tinha vindo de outro estado do Nordeste para fazer tratamento de saúde.

 

Na 5.a feira 12/05, acordei ouvindo que o Senado havia aceito o pedido para analisar o impedimento da Presidente Dilma. Interessante como os hóspedes da pensão, provavelmente pessoas simples do interior do Piauí e estados vizinhos, estavam preocupados com o afastamento da Dilma e a possibilidade do novo governo não lhes dar a atenção que o governo do PT deu. Sua opinião na média era completamente diferente da existente em São Paulo. E quando se falava das irregularidades do governo e dos desvios de dinheiro, citavam um argumento que eu me acostumei a ouvir em São Paulo, referente a vários governantes, talvez sendo Paulo Maluf o mais famoso em tempos recentes, de que todo mundo rouba, mas que o governo atual olhou por eles, coisa que antes nunca havia sido feita.

 

Neste dia fui em direção aos atrativos naturais. Comecei passando pela estação ferroviária antiga e pelos prédios públicos no entorno da Assembleia Legislativa do Estado, passei pelo Parque Potycabana e pela Floresta Fóssil. No caminho em direção à Ponte Estaiada bati o dedo numa saliência do asfalto (estava de chinelo) ::essa::, que sangrou bastante, tanto que o chinelo ficou até escorregadio e começou a ser forçado pelo meu peso, o que provavelmente se mostrou danoso mais tarde. Continuei o dia pelas trilhas na lateral do Rio Poty, pela Ponte Estaiada, com sua vista magnífica, pelo Monumento ao Motorista Gregório, onde a gari Fátima contou-me a história de seu martírio (http://finadogregorio.blogspot.com.br/p/sobre-gregorio.html), pelo Parque da Cidade e depois rumei para o Centro de Cerâmica do Poty Velho, de que muito gostei, com sua enorme diversidade de obras, tamanhos, formatos, entes e cores, além da amabilidade dos lojistas, que chegaram a me mostrar como era o processo de produção ::otemo::. Por fim cheguei ao Parque Encontro dos Rios, onde achei a vista natural magnífica ::otemo:: e também a do Monumento do Cabeça de Cuia ::cool:::'>. Pena que não pude ver o pôr do sol, pois era um pouco longe e eu não queria voltar durante a noite. Peguei deliciosos cajás em árvores existentes lá. Um policial de uma turma alertou-me que voltar pela beira do Rio Parnaíba poderia ser perigoso, pois eu iria passar por comunidades onde existia tráfico de drogas, mas eu fui mesmo assim. Até o meio do caminho não tinha tido nenhum problema, quando vi um rapaz que parecia ter o mesmo aspecto dos traficantes dos morros cariocas, com colar dourado, jeito de andar, etc. Bem nessa hora a viatura policial que estava indo embora parou ao meu lado e me perguntou se eu queria carona. Eu disse que não precisava, pois estava tranquilo, mas fiquei preocupado, pois se realmente aquele rapaz fosse traficante, poderia achar que eu era algum tipo de informante da polícia. Após a viatura passar eu o vi comentar em voz alta algo como "vocês vão (ou merecem) é levar um tiro no peito". Desviei o olhar, fui em frente e não houve nenhuma hostilidade em relação a mim. Vi o pôr do sol a partir da Ponte Metálica e depois rumei para a estação de metrô, para apreciar a vista noturna a partir da plataforma, enquanto ainda me parecia seguro. Achei a iluminação um pouco deficiente. A vista diurna pareceu-me mais interessante.

 

Cheguei à pensão por volta de 18:30, perto do fim do jantar que era às 19:00. Deu tempo de almoçar, pois eu não havia, e os atendentes concordaram em que eu fizesse um prato para jantar mais tarde. À noite, após novo passeio pela Avenida Frei Serafim, quando estava assistindo televisão, houve um pequeno conflito familiar entre o casal de jovens filha e genro dos donos da pensão. Pelo modo emocionalmente abalado como o moça foi chamar o pai, achei que poderia acabar em alguma violência ou até desgraça, tanto que quando ele passou por mim em direção ao quarto em que estava o genro eu lhe disse "Não vá brigar, hein meu amigo!". Logo depois passou a madrasta também em direção ao quarto. Fiquei impressionado com a tranquilidade com que conseguiram resolver a questão ::cool:::'>, sem gritos, sem violência, sem briga aparente, sem afetar os hóspedes (no caso acho que era só eu naquele dia), ainda mais considerando o espírito de muitas vezes usar força por questão de honra existente em alguns locais do Nordeste. Jantei e fui dormir.

 

Na 6.a feira 13/05, comecei o dia indo conhecer Timon, cidade vizinha a Teresina, para que se podia ir atravessando uma das pontes. Para as atrações de Timon veja

https://pt.wikipedia.org/wiki/Timon. Os pontos de que mais gostei foram o Centro de Artesanato ::otemo::, as avenidas floridas ::cool:::'> e a vista do Rio Paraníba ::otemo::.

 

Atravessei a Ponte da Amizade, que propiciava uma vista do rio e das redondezas que muito me agradou, andei um pouco pela avenida que beirava o Rio Parnaíba em Timon e fui para o centro. Gostei de uma avenida florida e da sua praça central. Depois, andando pela avenida que beirava o rio até a Ponte Metálica, fui conhecer o Centro de Artesanato, de que muito gostei ::otemo::. As esculturas em madeira eram de entes variados, diferentes tamanhos e estilos. Achei as maiores bem pesadas. Os lojistas e artesãos foram muito gentis e me permitiram conhecer o processo de fabricação das peças em oficinas atrás do centro.

 

Voltei para Teresina, passei no Centro de Acesso a Internet gratuito na biblioteca, ao lado da Prefeitura, onde estava havendo uma manifestação de servidores, falando que alguns recebiam R$ 600,00 por mês (como pode? abaixo do salário mínimo ::hein:), naveguei por cerca de 40 minutos para por pendências em dia e ver se estava tudo bem com minha mãe (quando voltei a SP vim a saber que meu ex-vizinho, vizinho atual da minha mãe, com quem convivi durante a infância e adolescência, Clóvis Amauri Cassoni, havia tido um enfarte fulminante poucos instantes depois da minha conversa com a cuidadora da minha mãe pelo Facebook e havia partido deste mundo), fui para a pensão, almocei e rumei para a rodoviária, onde peguei um ônibus para Piripiri. Paguei R$ 32,00 no cartão de crédito pela passagem pela Empresa Barroso (http://empresabarroso.com.br). Antes de embarcar fui ver o preço dos hotéis no entorno da rodoviária, já que poderia eventualmente ainda pernoitar no último dia em Teresina, que seria 6.a feira, e a pensão não funcionava aos fins de semana (portanto não poderia acordar nela sábado). O menor preço que encontrei foi de R$ 35,00 a diária, sem café da manhã.

 

O ônibus saiu por volta de 14 horas e chegou por volta de 17 horas. Chegando em Piripiri fui procurar informações sobre o Parque de 7 Cidades, hotéis e supermercados para fazer as compras para o jantar. Encontrei 2 agências de turismo, mas nenhuma delas tinha serviço de transporte ao parque. Disseram-me para pegar a van do ICMBio. Quando perguntei sobre onde havia supermercados abertos, uma moça ofereceu-me carona de moto e, diante da minha surpresa, disse-me rindo "Não vou te sequestrar não - queremos receber bem os visitantes" e aí eu aceitei, entre rindo e embaraçado :lol:. Comprei pão no Supermercado Carvalho (http://www.grupocarvalho.com.br) por R$ 3,59 no cartão de crédito. O outro supermercado fechou antes que eu pudesse comprar legumes :(. Fiquei hospedado no Hotel Rodoviário por R$ 20,00 a diária, com banheiro no quarto, TV, ventilador, água mineral, café da manhã e diária de 24 horas (vence no dia posterior na mesma hora da entrada). O pessoal do hotel (provavelmente boa parte eram donos - Ribério e das Dores) atendeu-me muito bem. Não aceitou cartão. À noite ainda dei um passeio na praça, vendo a iluminação e quando voltava da rodoviária, bem perto do hotel, a tira de um dos pés do meu chinelo estourou (acho que foi consequência do peso que sofreu quando meu pé ficou liso com o sangue um dia antes). Durante o jantar conversei e brinquei com uma menininha chamada Maria Eduarda no hotel.

 

No sábado 14/5, após o café da manhã do hotel, fui à praça esperar pela van do ICMBio, mas naquele dia ela não foi. Fui então até o mercado ver se alguém alugaria uma bicicleta, mas as pessoas estavam desconfiadas e achavam que eu iria roubar. Quando aceitavam cobravam o preço de venda. Um homem de cabelos brancos chegou a me dizer rindo que eu não iria devolver a bicicleta e me ofereceu uma por R$ 30,00, com que eu poderia ficar (não precisava devolver). Parecia bem frágil, mas mesmo assim fui testá-la e verifiquei que quase não tinha freios. Devolvi e depois dessa fui embora :lol:. Fui comprar legumes e complementos para as refeições no Supermercado Cardoso (https://www.facebook.com/cardoso.piripiri) por R$ 5,40 e na quitanda por R$ 2,80, fiz um mini almoço no hotel e mudei meus planos, decidindo ir para Piracuruca. Peguei o ônibus da Empresa Barroso (http://empresabarroso.com.br) por volta de 9:40 e paguei R$ 8,00 no cartão de crédito. A viagem durou cerca de meia hora.

 

Para as atrações de Piracuruca veja http://www.ferias.tur.br/cidade/5668/piracuruca-pi.html. Os pontos de que mais gostei foram o Parque Ambiental ::otemo:: e a arquitetura histórica ::cool:::'>.

 

Após chegar comecei o passeio pelo centro histórico, visitei a igreja e alguns prédios e entrei numa espécie de Salão Paroquial ou Centro Comunitário, onde estava havendo ensaio para dança da Festa Junina com várias pessoas da 3.a idade. Fiquei assistindo o ensaio por algum tempo, suficiente para ver que havia muito mais mulheres do que homens, e vários pares tinham que ser só de mulheres. Um dos homens, muito animado, provavelmente já na 3.a idade, caiu durante um passo, mas deu uma espécie de cambalhota e levantou prontamente :lol:.

 

Saí do ensaio e fui em direção ao Parque Ambiental pela estrada para Alto Alegre. Levei cerca de meia hora andando. Gostei bastante do parque ::otemo::, que tinha trilhas, cascata, campo de futebol com solo de areia, algumas pinturas rupestres preservadas, vegetação aparentemente nativa, pássaros, lagartos e possíveis micos nas árvores. No meio de uma trilha ouvi uma espécie de sino e achei que poderia ser de uma cascavel ::ahhhh::. Até perguntei para um ciclista que passava pela rua e ele disse que era bom não duvidar não. Depois voltei passando pela antiga estação ferroviária, passei pela barragem do centro e fui tomar um banho no Rio Piracuruca, numa ponte da linha férrea, onde a água parecia mais limpa. Achei deliciosa a água, principalmente porque o clima estava muito quente. Como ali parecia ponto de pessoas que talvez consumissem substâncias ilícitas, não fiquei mito tempo, mas ninguém me tratou mal. Havia outra barragem bem maior, mas disseram-me que era cerca de 8 Km de distância e que havia piranhas. Então decidi não ir.

 

Peguei o ônibus de volta do Expresso Guanabara (http://www.expressoguanabara.com.br) por volta de 15 horas. Paguei R$ 8,40 com cartão de crédito. Cheguei, comi um pouco e fui dar uma volta pela cidade de Piripiri. Para as atrações de Piripiri veja http://www.piripiri.pi.gov.br/v2/index.php/turismo. Os pontos de que mais gostei foram os açudes ::otemo:: e o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios ::otemo::.

 

Passei novamente pela praça, agora com mais calma, fui em direção ao centro de eventos, que estava fechado, passei pelo estádio, entrei numa igreja pentecostal, pedi para conhecer o templo dizendo que não era evangélico e me convidaram para comparecer no domingo. Perguntaram-me qual a minha crença e quando disse que era holística, voltada à espiritualidade, Natureza e Universo, para minha enorme surpresa, o pastor falou que parecia algo oriental, hindu ou budista e começou, com bom conhecimento, a falar para os crentes como era o pensamento oriental, monista ::cool:::'>. Depois de boa conversa, despedi-me e continuei pela avenida, onde entrei numa padaria. A esta altura estava chovendo, com razoável intensidade. Aproveitei então e experimentei um bolo, um pudim e um salgado típico na padaria, que adorei ::otemo::. Paguei R$ 8,00 em dinheiro. Fui então ao Memorial Expedito, mas já estava escuro. Voltei para o hotel e jantei, conversando e brincando novamente com Maria Eduarda e Vítor (provavelmente seu pai).

 

No domingo 15/5 voltei ao mercado para tentar pela última vez alugar a bicicleta. Se não desse, o mais barato seria ir e voltar de moto táxi por R$ 50,00. Como já me conheciam do dia anterior, tinham podido pensar por um dia e imagino que ao me verem de volta viram que eu estava hospedado na cidade, desta vez resolveram me ofertar um boa bicicleta por R$ 30,00 a diária. Eu imaginava pagar R$ 20,00, mas R$ 30,00 já compensava, pois era mais barato do que o moto táxi e não teria que pagar R$ 10,00 pelo aluguel de uma para fazer o passeio. Podia-se fazer o passeio a pé, mas aí o custo do guia subia de R$ 80,00 com bicicleta para R$ 120,00. Testei a bicicleta e realmente pareceu-me boa. O dono deu-me seu telefone para qualquer emergência e disse que poderia ligar caso ocorresse qualquer problema que não fosse pneu. Rumei para o Parque de 7 Cidades então. Pouco após sair da cidade, antes do trevo, saiu a corrente da bicicleta. Sujei a mão e a recoloquei e ela não saiu mais até chegar ao Parque. Foram cerca de 26 Km em cerca de duas horas, passando por uma paisagem de vegetação, principalmente no trecho final, já fora da BR, que muito apreciei ::cool:::'>.

 

Chegando lá o guia Denílson recebeu-me e me incentivou a fazer o passeio a pé, pois o pagamento era bem maior. Perguntei se ele achava que chegariam grupos a que eu poderia me unir e dividir o valor dos seus serviços e ele disse que provavelmente não. Eu não quis ir a pé e fomos de bicicleta. Falou-me que era R$ 100,00, mas quando retruquei que tinha informação de que era R$ 80,00, disse que se enganou porque pensou que o aluguel da bicicleta estaria incluído, que não era o caso (tinha informação que o aluguel era R$ 10,00). Paguei R$ 80,00 pelo guia, que era obrigatório. Falou-me ainda que naquele dia tinha havido a viagem da van do ICMBio de Piripiri para o Parque porque estava havendo um evento (uma cavalgada), mas que eu não poderia tê-la pego, pois era só para os funcionários e cortesia para os guias terceirizados. Antes da saída tomei boa quantidade de água e não a levei, para não pesar. Saímos para o circuito completo por volta de meio dia. Logo no início, depois de algumas pedaladas, ele perguntou se eu não queria ir de moto, pois estava muito calor, mas eu preferi continuar de bicicleta para não assustar os possíveis animais que poderíamos encontrar no trajeto. Durante o passeio, talvez pelo solo irregular, a corrente da bicicleta saiu várias vezes.

 

Para informações e atrações do Parque Nacional de 7 Cidades veja http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/caatinga/unidades-de-conservacao-caatinga/2133, https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_de_Sete_Cidades, http://mochilabrasil.uol.com.br/destinos/as-sete-cidades-de-pedra-do-pi, https://trilhaserumos.com.br/dicas-roteiros/parque-nacional-de-sete-cidades-2 e https://www.google.com.br/search?q=parque+nacional+de+sete+cidades&espv=2&biw=1366&bih=643&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwix3ZHRk_3NAhWFiZAKHSsOA3kQ_AUICCgB. Os pontos de que mais gostei foram as formações geológicas, a paisagem em geral, a vista a partir do mirante, os animais e o olho d'água ::otemo:: ::otemo:: ::otemo::.

 

Durante o trajeto o guia falou num determinado momento que ouvia esturros de onça bem ao longe (eu não ouvi). Pude ver cotias, mocó e morcegos de cabeça para baixo numa fenda na rocha, que o guia me mostrou. As formações geológicas pareceram-me muito belas e singulares, diferentes das que estou acostumado a ver. A vista do mirante também agradou-me muito. No meio o guia queixou-se que eu era muito lento, ficava muito tempo em cada atração e que não teria dado certo unir-me a um grupo por isso. E que embora o Parque fechasse as 17 horas ele precisava chegar bem antes para aprontar as coisas para o retorno. Eu procurei ser um pouco mais rápido, mas não restringi os pontos que pretendia visitar. Perto do fim do passeio passamos pelo olho d'água dos milagres, que além de belo, proporcionou um banho delicioso naquele calorão ::cool:::'>. A cachoeira estava seca e não passamos por lá. Chegamos de volta à sede por volta de 15 horas.

 

Tomei mais água na volta e pedalei de volta, apreciando a paisagem da estrada novamente. Ao chegar, perto de 17 horas, guardei a bicicleta no quarto, almocei sanduíches que havia preparado e assisti o segundo tempo da primeira partida da final do segundo turno do campeonato piauiense entre River e Altos. Depois fui até a praça novamente, passei por fora da igreja em que havia conversado com o pastor e os crentes (estavam no culto para o qual me haviam convidado) e voltei à padaria, onde comi novamente um pedaço de pudim e um de bolo por R$ 4,50 em dinheiro.

 

Na 2.a feira 16/5, após o café da manhã fui devolver a bicicleta e os donos nem quiseram vistoriá-la, dizendo que acreditavam em mim. Ofereceram-me novo aluguel, se desejasse ir a Pedro II com ela, mas eu havia mudado de ideia e decidi ir à noite de ônibus. Depois fui conhecer pontos da cidade que haviam faltado, como o interior da Igreja Matriz, em que achei as imagens com aparência triste, o Centro de Eventos, que estava fechado no sábado e o Memorial Expedito Rezende por fora, pois quando fui vê-lo já havia escurecido. Ainda fui ao Açude Anajás, que me pareceu belo e tinha pessoas pescando, passei pelo Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, de que muito gostei ::otemo::, tanto da imagem quanto da vista, e depois rumei 8 Km em direção ao Açude Caldeirão. Achei a estrada interessante, com o Portal, paisagens rurais e vegetação. Achei a vista do açude muito bela ::otemo::, vista a partir da estrada ao seu lado. Andei por boa extensão dele, fiz a curva e encontrei um restaurante onde havia um bom ponto para banho. Os donos cortesmente deixaram-me ter acesso a ele ::cool:::'> e lá fiquei por cerca de 2 horas. Achei sua água deliciosa, morna e limpa ::otemo::. Naquele calor foi uma excelente opção. Clientes do restaurante falaram-me que não estava calor. Calor mesmo disseram que era no B-r-o Bro (setembro a dezembro). Depois do 3.o banho e de secar, agradeci, despedi-me e retornei para Piripiri para pegar o ônibus. Achei um pé de chinelo ::cool:::'> na estrada e peguei para usar durante o resto da viagem, apesar de ser menor do que o meu número e do pé oposto ao que eu precisava :lol:. Chegando, ainda fui ao Santuário novamente para vê-lo iluminado no fim do dia. A coroa de Nossa Senhora iluminada destacava-se e pareceu-me muito bonita ::cool:::'>. Por fim jantei, paguei o hotel e peguei o ônibus para Pedro II cerca de 20:30 pela Empresa Barroso por R$ 10,00 no cartão de crédito. Cheguei em Pedro II perto de 21:15, indicaram-me a Pousada Bella Mangueira, do Manoel e eu lá fiquei por R$ 20,00 a diária em dinheiro, no primeiro dia numa cama no corredor e no segundo dia com quarto com ventilador e sem banheiro nem televisão, mas com direito a um pequeno café da manhã.

 

Para as atrações de Pedro II veja http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/piaui/pedro-ii. Os pontos de que mais gostei foram o painel da Igreja Matriz ::otemo::, as opalas ::otemo::, o sítio arqueológico ::otemo::, a vegetação, o Morro do Gritador ::otemo:: ::otemo:: e a Toca das Araras ::otemo::.

 

Na 3.a feira 17/5 fui conversar com um guia da associação local para obter informações e fui muito bem tratado e atendido, obtendo informações precisas e relevantes ::cool:::'>. Então fui conhecer os atrativos perto do centro. Comecei pelo Olho D'Água do Buritizinho, que achei interessante, embora não muito cuidado. A estrada rural até ele também me pareceu bela. Depois fui conhecer as atrações urbanas, casarões, Igreja Matriz, com seu painel retratando metade a caatinga e metade a Judeia ::otemo::, Memorial Tertuliano e lojas de opala e outras pedras, que achei espetaculares e muito belas ::otemo::. Os lojistas foram muito cordiais, alguns chegando a mostrar-me suas oficinas no fundo das lojas e me explicando questões comerciais e operacionais. Passei também pelo Parque Ambiental, onde havia uma bica em que pude beber bastante água ::cool:::'>, pois o calor era grande. Daí resolvi seguir em direção ao Sítio Arqueológico da Torre, passando antes pelo Centro de Artesanato, que estava com quase todas as lojas fechadas. Foram cerca de 8 Km até o sítio, sendo que havia algumas placas nos locais cruciais para não errar o caminho. Achei o sítio espetacular ::otemo::, primeiramente pela quantidade e grau de preservação das pinturas rupestres, retratando animais, fatos da vida cotidiana e me pareceu um alvo também. Depois pela geologia, montanhas e vegetação do local, de que gostei bastante, incluindo a estrada, principalmente depois de deixar a rodovia principal e entrar na estrada de terra e ainda mais na trilha final no meio da vegetação. Por fim pela vista, possível de ver de uma das torres, fora do ponto principal das pinturas, mas que tinha uma espécie de plataforma em que se podia subir com alguma habilidade para contemplar os arredores. Na volta, ao cumprimentar um casal que estava olhando a vida pela janela, contaram-me que perto daquele dia faziam alguns (acho que eram 3) anos que seu filho havia se suicidado naquela região, enforcando-se no meio do mato :(. O filho foi encontrado pelo pai, que disse ter pressentido onde ele estava, depois dele ficar desaparecido por um dia. Vi o pôr do sol do fim da estrada de terra, voltei em boa parte na penumbra na estrada principal, jantei, fui comprar pão por R$ 3,50 e bolo e pudim por R$ 4,00 na Padaria Ki Bom Lanches. Gostei, mas o pudim e o bolo da padaria de Piripiri pareceram-me melhores. Antes de voltar para a pousada, ainda pude apreciar o céu estrelado e sentir um certo frio :lol: (comparado a Teresina e outros locais) que fazia em Pedro II.

 

Na 4.a feira 18/5 fui ao Morro do Gritador, a cerca de 14 Km de distância. No caminho passei pelo Mirante da Santa, que tinha uma bonita imagem e uma vista ampla da parte urbana de Pedro II e entorno ::cool:::'>. Segui na estrada em direção ao Mirante do Gritador, que tinha uma vista muito ampla da paisagem natural, dos paredões da serra e alcançava até o Ceará ::otemo::. Fiquei bastante tempo lá em estado de admiração e contemplação. Na volta resolvi entrar num povoado próximo e seguir uma placa para a Toca das Araras, que havia visto na vinda. Depois de perguntar a moradores locais e intuitivamente seguir possíveis trilhas cheguei na beira de um morro, que tinha uma vista muito bela ::otemo::. Desci contemplando a paisagem, o relevo e todo o ambiente. Andei lá embaixo uns 15 minutos e resolvi voltar, satisfeito com o passeio. Quando já havia subido e estava caminhando para a saída do povoado, um homem, já de cabelos brancos, chamado Jerônimo, estava esperando-me e disse que uma mulher queria ensinar-me o caminho para a Toca das Araras. Eu disse que provavelmente estava vindo de lá e ele disse que iria me acompanhar até a saída. Eu disse que não precisava, estava vindo de lá e que estava indo embora, ao que ele retrucou "Mas vá mesmo". Acho que eles pensaram que eu pretendia me fixar no local como fazem aqueles que invadem terras :lol:. Retomei a estrada e retornei para Pedro II.

 

Depois de almoçar, fui para a rodoviária e peguei um ônibus da Empresa Barroso (http://empresabarroso.com.br) com destino a Campo Maior. Paguei R$ 23,00 em dinheiro. A viagem durou cerca de 2 horas. Em Campo Maior fiquei hospedado no Dormitório da Luiza por R$ 20,00 a diária, com direito a quarto privativo com ventilador, sem banheiro nem TV. Após comer, saí e comprei R$ 2,00 em bolo na padaria. Quando voltei à noite encontrei algumas baratas no banheiro, após ficar um tempo sem ninguém lá. Fui até a praça e pude ver num trailer o jogo entre Atlético-MG e São Paulo pelas quartas de final da Libertadores. O dono gentilmente permitiu ::cool:::'>, mesmo comigo não comprando nada. Interessante como havia pessoas que torciam para os times de São Paulo lá, principalmente Corinthians e São Paulo.

 

Para as atrações de Campo Maior veja http://www.ferias.tur.br/cidade/5553/campo-maior-pi.html. Os pontos de que eu mais gostei foram o Monumento aos Heróis do Jenipapo ::otemo:: e o Açude Grande ::cool:::'>.

 

Na 5.a feira 19/5 fui conhecer a parte urbana de Campo Maior. Passei pela praça central, igreja, com sua arquitetura histórica e imponente, prefeitura, mercado central e casarões. Havia barracas sendo construídas de pau pombo e palha de carnaúba nas praças centrais para uma festa local ::cool:::'>. Depois rumei para o Monumento aos Heróis do Jenipapo. Andei cerca de 7 Km pela rodovia em direção a Piripiri. Achei o trajeto muito bonito com suas paisagens rurais e vários pássaros ::cool:::'>. Na ida passei por uma estação experimental agropecuária, em que o porteiro cordialmente disse que eu poderia entrar e conhecer, mas o vigia pareceu tenso com a minha presença, mas me permitiu circular para conhecê-la. Na volta passei por uma igreja com arquitetura diferente, como um triângulo isósceles ::cool:::'>, de base pequena e lados altos. Vi 2 pássaros mortos nas margens da rodovia :(. O monumento em si e o museu em anexo pareceram-me muito interessantes, pois eu não conhecia a Batalha do Jenipapo (não me lembro de tê-la estudado na escola), que achei bastante relevante na História humana da região e do Brasil, com o sacrifício de muitas pessoas simples, lutando por uma independência em que acreditavam mas talvez nem soubessem direito o que seria. Na prefeitura havia um quadro grande retratando a batalha ::cool:::'>. No museu, além de itens referentes à batalha, havia itens de couro típicos da região. No livro estava a assinatura do Lula, quando era presidente, ao fazer uma visita. A entrada era gratuita, mas eram aceitas doações (a sugestão era de R$ 2,00). Antes de retornar, ainda fui um pouco à frente na rodovia para ver o Rio Jenipapo, às margens do qual havia ocorrido a batalha, há quase 200 anos.

 

Após retornar ao centro, passei pela antiga estação ferroviária, fui ao Museu do Zé Didor, sem entrar, conversei um pouco com ele na porta, que me achou enrolador :lol:, fui embora quando chegou uma suíça para fazer a visita e fui dar uma volta no Açude Grande, que achei muito bonito ::cool:::'>. Não me arrisquei a nadar (nem sei se era proibido). Perto do fim da tarde peguei o ônibus para Altos pela Empresa Furtado, pagando R$ 5,00 em dinheiro. Levou cerca de 1 hora. Em Altos fiz compras de pepino, tomate e laranja no Supermercado Cardoso por R$ 2,92 com cartão de crédito e de bolo e pão doce na padaria por R$ 2,40. Fiquei hospedado no Hotel da Fatinha, onde fui recebido pelo João, por R$ 30,00 a diária, com banheiro no quarto e ventilador, mas sem café da manhã.

 

Para as atrações de Altos veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Altos. O ponto de que mais gostei foi a Floresta Nacional de Palmares ::otemo::.

 

Na 6.a feira 20/5 inicialmente comprei pão e bolo na padaria por R$ 5,50 para o café da manhã. Depois dei uma volta rápida pelo centro da cidade, incluindo praça, igreja e alguns prédios. Na igreja tentei ajudar a colocar uma escada para fazerem uma manutenção num ponto interno bem alto, próximo ao altar. Sugeri ao moço que não se arriscasse naquela escada, pois se caísse provavelmente seria morte e ele cogitou montar um andaime. Depois fui procurar informações de como chegar à Floresta Nacional de Palmares (http://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/4059-flona-de-palmares). Indicaram-me que o professor Juniel de uma escola local sabia informações sobre visitação. Eu fui até a escola e ele me atendeu muito bem. Ligou do seu próprio celular para algumas pessoas até chegar ao Gaspar, responsável pela Flona, que me deu o contato do Lucas (provavelmente seu filho - gasparlucas1620@gmail.com), presidente da associação de condutores da Flona. Era obrigatório acompanhamento de guia para a visitação e custava R$ 50,00. Conversei com ele e combinei de ir na própria 6.a feira ou no sábado. Decidi ir na 6.a feira e quando cheguei lá ele estava me esperando. Paguei R$ 3,50 em dinheiro pela passagem de ônibus urbano da Empresa Barroso, que levou cerca de meia hora. Começamos a primeira trilha pouco antes do meio dia e acabamos todas perto de 15 horas. Gostei bastante da mata e do canto dos pássaros. Pude ver alguns. O Lucas conduziu muito bem. Disse que pelo que eu havia falado no telefone esperava que passássemos o dia inteiro na Flona para observação de pássaros. Contou-me histórias da região, de sua passagem por São Paulo, de seu trabalho como músico e de aulas de educação ambiental para crianças. Como a Flona era do lado de um presídio, muitos ex-detentos fixaram-se em comunidades próximas após cumprir parte ou toda a pena. Falou-me que ouviu de crianças de cerca de 5 anos durante as aulas de educação ambiental que quando crescessem queriam fumar maconha e serem assaltantes de banco. Após a visita o Gaspar mostrou-me um vídeo com o canto de um pássaro, que está em processo de extinção, filmado pelo Lucas na Flona. Depois peguei o ônibus urbano de volta para Altos pagando R$ 3,50 em dinheiro. Chegando lá fui dar uma volta pela outra parte da cidade, do lado oposto da estrada ao da praça e da igreja central. Peguei uma outra estrada e andei apreciando a paisagem rural ::cool:::'>. No início do caminho comprei bolo em outra padaria por R$ 2,00 e depois prossegui. Por fim virei numa pequena rua para voltar e passei em frente ao estádio do Altos. Aproveitei para conhecê-lo. O treinador parecia estar dando entrevista para a TV referente à última partida da final do 2.o turno. O campo estava liberado e aproveitei para entrar e conhecê-lo. Quando cheguei perto do gol fiz movimento imaginário de chute, depois fui para baixo das traves em posição de goleiro. Alguns torcedores caçoaram dizendo que eu estava pronto para fazer teste :lol: e depois perguntaram se eu já havia sido goleiro. Realmente, há muito tempo, eu havia sido, mas só em brincadeiras. No fim da tarde comprei pepino e tomate no Supermercado Cardoso por R$ 1,78. ,À noite, depois do jantar ainda fui dar uma volta e passei na mesma padaria do passeio anterior, onde comi bolos de sobremesa por R$ 6,00 ::cool:::'>.

 

No sábado 21/5 primeiramente fui até a padaria comprar pão e bolo por R$ 4,00. Depois do café despedi-me da Fatinha e peguei o ônibus urbano para Teresina por R$ 4,50, levando cerca de 1 hora para chegar. Desci perto da estação de metrô mais próxima do aeroporto, mas voltei andando um pouco para conhecer o Mercado do Mafuá. Depois passei pela Igreja da Vila Operária ::cool:::'>, que achei muito bela pela arquitetura típica do Nordeste, pela simplicidade e pelo ambiente iluminado, que fazia o astral ficar positivo ::cool:::'>. De lá fui para o aeroporto, onde esperei pelo voo previsto para sair às 15:49 e chegar às 19 horas. No avião pude apreciar novamente a cidade de Teresina e parte do Brasil Central vistos do alto, enquanto ainda havia sol. Conheci uma piauiense que vinha visitar a irmã (ou prima) e falei para ela do ônibus gratuito da TAM entre Guarulhos e Congonhas. Ela me encontrou na fila dele, mas passou um taxista perguntando se alguém desejava ir por algo como R$ 20,00, fizeram uma lotação e ela aceitou.

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  • 1 mês depois...
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Muito bom o teu relato, sou de Teresina e o parque das 7 cidades sera o ponto de partida para minha vida de mochileiro, irei no final deste ano nas férias da faculdade, em Dezembro, pretendo ficar acampado de 2 a 3 dias por lá e asim ir conhecendo o meu próprio estado, país, ao infinito e além. :D

Me acabei de rir em alguns trechos do relato, é interessante observa as tuas impressões sobre a minha região e o nosso povo nordestino, a nossa religiosidade e modo desconfiado e ao mesmo tempo acolhedor de ser.

OBS: estranhei o valor que os mototaxistas te cobraram para ir até o parque, acredito que teria conseguido um preço mais ameno caso tivesse barganhado. ::lol3:: Abraço !

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  • 6 anos depois...
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Estive em julho/23 em Piripiri/PI com a intenção de conhecer o parque das 7 cidades. Então, é importante informar que o ônibus do Icmbio, que leva os funcionários ao parque não aceita mais dar carona aos interessados em conhecer o parque. Disseram-me (as funcionárias do parque) que faz bastante tempo que o motorista não aceita dar carona.

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