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Lima, Huaraz, Cusco e Puno - 12 dias - 2015 - Casal (dicas, muitas fotos e valores)


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Meu nome é Marcelo, resido numa cidade chamada Pinhalzinho, no oeste do estado de Santa Catarina. Eu e minha esposa (Vanessa) ficamos 12 dias no Peru (sem contar o dia de ida e volta que é gasto quase todo no avião). Ir para o Peru era um sonho bem mais meu, mas a sugestão de encarar de fato foi dela, e claro que topei.

 

Começamos a ler e pensar com mais afinco em meados de outubro de 2014. Depois de alguns orçamentos com agências e com valores bem altos, decidimos fazer por conta e, claro, o mochileiros.com foi de muita importância. Alguns relatos bem detalhados e mesmo alguns menos aprofundados foram muito úteis.

 

Programamos nossas férias e começamos a acompanhar os valores de passagens aéreas, que acabamos comprando um pouco antes daquela loucura que foi o dólar nesse ano. Embarcamos dia 29/04 e voltamos dia 12/05.

 

Como minha família reside em Novo Hamburgo/RS (cerca de 500 km distante de Pinhalzinho), porem, na região metropolitana de Porto Alegre, já aproveitamos para embarcar em Porto Alegre e deixar o carro tranquilo (e melhor, sem pagar estacionamento) na casa de meus pais.

 

Nosso perfil não é tão mochileiro ou de improviso assim, então procuramos deixar o máximo possível de coisas adiantadas antes de embarcar, como hotéis (um pela Decolar e os demais pelo Booking), ingressos para Machu Picchu e Wuaynapicchu, passagens dos trens e um passeio pelo Titicaca - com pernoite na casa de uma família na Ilha de Amatani.

 

Percebemos que este passeio poderia ter sido contratado por lá mesmo, com facilidade, mas para que não houvesse contratempos e necessidade de correr atrás no dia, resolvemos já deixar acertado daqui mesmo.

Sobre os ingressos de MP+WP e do trem de ida e volta, não consegui pagar com meu cartão. Como tenho conta na CEF e no site não aceita este (nem do BB), achei melhor pagar pelo Paypal (mesmo custando um pouco mais), pois ter que fazer outro cartão não me pareceu a opção mais viável. Consegui tudo entrando em contato com pessoal da Fabulous (info@fabulousperutours.com) que sempre me responderam com agilidade e honestidade, onde acabei fechando o passeio no Titicaca também, recomendo.

 

Com relação à preparação, não compramos muitas coisas. Visando principalmente o frio de Huaraz ::Cold:: , compramos casacos impermeáveis, botas para trilha e uma mochila bem simples até, nada de valor muito alto. E, claro, um guia sobre o Peru, que também nos ajudou na programação da viagem (antes e durante).

 

Vamos lá! Embarcamos no aeroporto Salgado Filho, às 06h30min do dia 29/04, viajando com a empresa aérea Taca (classe econômica). Escolhemos a Taca pelo valor mesmo, pois sempre foi mais barata que as demais. Outra dica é fazer a compra de todos os trechos em uma empresa só, pois economiza legal. Viajamos de Porto Alegre para Lima (trecho 1), de Lima para Cusco (trecho 2) e no retorno de Cusco para Porto Alegre com escala em Lima (trecho 3).

 

O voo durou em torno de cinco horas, mas como no Peru o fuso é duas horas a menos que no Brasil, chegamos por volta de 09h30min em Lima. Eu havia levado dólares para trocar por soles, então, já na chegada (dentro do aeroporto ainda) procurei algum lugar para fazer a troca. Fica a dica: não troque no aeroporto, foi a pior cotação que obtive (2,85). E, como eles sabem que todos chegam querendo trocar, já deixam a cotação lá embaixo mesmo. Se você tiver somente dólares, não tem problema, acerte com o motorista do táxi em dólares que será um bom negócio. O táxi, como já é bem divulgado nas coisas que lemos do Peru, não tem taxímetro, então, acerte antes de embarcar.

 

No nosso caso – e, na verdade, não esperávamos que fosse diferente – o táxi do aeroporto de até nosso hostel em Miraflores foi o mais caro de todos (60 soles). Isso porque, como estávamos chegando (e ainda sem conhecer muito como as coisas eram), preferimos garantir e pegar o tal táxi “Green”, que é o oficial do aeroporto.

 

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Em Lima ficamos no Kaclla – The Healing Dog Hostel. Não foi o melhor lugar que ficamos na vida, mas pelo valor da diária (26 dólares) até que valeu a pena. O banheiro e o chuveiros eram coletivos, mas eram limpos até, e o lugar, num todo, era bem organizado. No geral, não temos nada para reclamar, exceto no retorno de Huaraz que nos colocaram num quarto cheirando cigarro. Porém, depois que fomos conversar com os responsáveis pelo local para trocar, eles já nos arrumaram outro quarto e ficou tudo bem. A localização era muito boa (próximo do Larcomar, Praça do amor, Parque Kenedy, estação de ônibus e do centro de Miraflores). Isso foi bem legal, pois fizemos tudo caminhando.

 

29/04

 

Já chegamos perto do meio dia no hostel e até que preenchemos os papéis e nos acomodamos já eram duas da tarde. Minha preocupação mesmo era ir até o Movils Tour para comprar as passagens para Huaraz (ida e volta) que não tinha conseguido comprar do Brasil. Como o roteiro já estava todo arrumado para embarcarmos dia 01/05 (para Huaraz), se não conseguisse as tais passagens, seria um drama. Como o Larcomar era próximo do hostel, fomos até lá, comemos alguma coisa e depois pegamos um táxi (30 soles ida e volta) até a Movils. Compramos e tudo certo.

 

Em Lima, como eu já havia lido aqui no mochileiros.com, não há uma rodoviária única, cada empresa tem sua própria estrutura. Nesse dia, como voltamos meio tarde, não sobrou muita coisa para fazer a não ser voltar ao Larcomar para jantar. Tanto de dia, como à noite, a vista de lá é muito linda!

 

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30/04

 

Levantamos cedo e depois de conversar um pouco com o pessoal do hostel decidimos tentar pegar o ônibus Metropolitano para o centro. Caminhamos um pouco, paramos no Parque Kenedy (fotos e tals). ::otemo::

 

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Depois seguimos até a estação Ricardo Palma, que era a mais próxima, compramos um cartão e carregamos com quatro passagens (9,50 soles em tudo) e embarcamos. É meio lotado, mas como tem corredor de ônibus, é rápido até. Alé disso, pelo valor, vale a pena. Descemos no centro (Estação Jiron de Union) e já percebemos que estávamos perto da praça de armas só pelo fluxo de turistas que iam na mesma direção. :arrow:

 

Sobre o ônibus, não tem muito segredo: têm as estações, você paga para entrar nelas como em alguns lugares aqui no Brasil. Já dentro da estação, basta saber que letra de ônibus pegar (A, B ou C) que você chega onde quer. No nosso caso, era o ônibus letra C. Uma rápida conversa com alguém já resolve o problema. Todas as vezes que precisamos de informação ou ajuda, fomos bem orientados, tanto pelos profissionais dos locais (hotel, restaurantes, estação de ônibus, etc.) como pelos peruanos.

 

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Gostamos de visitar lugares, mas simplesmente caminhar pelas ruas e ver as pessoas e coisas também no agrada. Ficamos bastante tempo na praça de armas, tiramos muitas fotos, sentamos por lá, enfim, é muito bonita. Perto das 11h30min assistimos a troca da guarda (bem legal).

 

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Depois da troca de guarda fomos almoçar por ali mesmo. Logo atrás da Prefeitura de Lima (que fica na praça de armas), há um calçadão com vários restaurantes. Paramos em um chamado “El Gaucho y La Vaca” (bom lugar). Começamos pelo Ceviche e, depois, outro prato de fundo que não lembro o nome (acredito que era o “Lomo Saltado”), uma taça de vinho e uma inka cola (vinte e cinco soles por pessoa).

 

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À tarde, achamos uma feira de artesanato, mais ou menos uma quadra atrás do prédio da municipalidade de Lima. Centro Artesanal de Santo Domingo. Bem bacana para quem gosta. Tem três andares de artesanato de todos os tipos (bolsas, toalhas, joias, objetos de decoração, quadros, etc.). Aproveitamos para comprar algumas coisas (poucas, pois só estávamos no primeiro dia no Peru), embora tenhamos ficado um bom tempo passeando por lá.

 

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Nos arredores da Praça de Armas de Lima há várias construções interessantes, vários conventos, igrejas, etc. Dentre eles, um dos lugares que fomos visitar foi o convento de São Francisco, no qual não se podem tirar fotos, mas a visita é bem interessante e vale a pena (Catacumbas, pinturas e a estrutura em geral).

 

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Depois, fomos até a Praça de San Martin, que fica no sentido oposto à Praça de Armas, tendo como ponto de referência a estação de ônibus.

 

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Não somos muito fãs de anoitecer na rua, então, lá pelo final da tarde pegamos a ônibus de volta. Saímos da estação, paramos no centrinho de Miraflores, tomamos uma Cusqueña cada um e, já escurecendo, voltamos para o hostel para arrumar as malas e irmos para Huaraz no dia seguinte.

 

01/05

 

Levantamos cedo e não conseguimos pegar o café no hostel (que era servido depois das oito). Pegamos um táxi para a Movils Tours e embarcamos às 7h30min. Todos os ônibus ou vans que utilizamos no Peru eram bons. Em nenhum momento dei aquela olhada com desconfiança sobre alguma coisa. O ônibus era aqueles de dois andares. Sentamos no segundo andar, nos dois primeiros bancos do lado oposto ao do motorista (junto ao parabrisa).

 

A ida para Huaraz leva quase dez horas. Não era ônibus turístico, mas a viagem é fantástica! Mar, regiões muito secas onde não dá para acreditar que alguém consiga sobreviver, outras regiões verdes, trecho que se pode ver algum monte nevado ao longe, altitude, calor e frio, extremos da natureza. Claro, Lima está no nível do mar e Huaraz está a 3.100 metros de altura! Então, de um ponto em diante, quando já havíamos visto muita coisa linda, começa a subir... Muitíssimo recomendo ir de ônibus e, claro, se puder pegar os bancos que pegamos, é 50% da viagem.

 

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Chegamos em Huaraz, já mais frio, e lá estava o Scheller, com quem havíamos contratado o passeio até a Laguna 69 no dia seguinte, com uma placa com nosso nome. Muito simpático (já havia lido sobre ele aqui no mochileiros.com). Levou-nos até nosso hostel (Casablanca), onde nos repassou algumas orientações para o dia seguinte e indicou alguns pontos que poderíamos ir em Huaraz, já que havia um tempinho para passearmos ainda. Não fomos muito longe... Chegamos até a praça de Huaraz, onde havia uma espécie de apresentação de humor :lol: (bem prestigiada até!) e uma feirinha de artesanatos onde compramos dois pares de luvas e toucas para o dia seguinte. Jantamos e, depois, voltamos para o Casablanca.

 

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02/05

 

O pessoal passou cedo no hotel com a van, passou noutros hotéis pegando mais turistas, enfim. Chegamos no parque Huascaran perto das oito da manhã (10 soles por pessoa para entrar). Estava frio, mas bem suportável. Antes de subirmos nos serviram um café (pago previamente), com chá de coca, um sanduíche com recheio de abacate, enfim, para dar aquele up no pessoal antes da subida.

 

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E lá fomos nós. Havíamos lido bastante sobre a Laguna 69 na internet e tal, mas temos que confessar que não tínhamos bem a noção do que foi aquela caminhada até chegar lá. Acho que ficamos tão encantados com as fotos que víamos, que não nos demos conta do que teríamos que passar para chegar até a laguna! Em resumo, são oito quilômetros de ida, mais oito de volta. Desse trecho, mais ou menos dois a três quilômetros é caminhada plana, o restante é só subida. Em uma boa parte do trecho, a subida não é em linha reta, pois o terreno não permite, ou seja, vai em zigue-zague. Parece que não chega nunca. Levamos mais de três horas para subir tudo.

 

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Se considerar que a cidade de Huaraz fica aproximadamente a 3.100 metros, que o ônibus te deixa próximo aos 3.900 metros e que você sobe caminhando até a laguna, onde a altitude é de 4.620 metros, digamos que a coisa estava bem complicada quando chegamos lá em cima. O esforço físico e a falta de ar nos deixaram bem exaustos já na subida. Claro que quando chegamos foi maravilhoso, mas se você estiver pensando em ir para Huaraz, recomendo estar numa boa forma física, pois a subida é bem puxada. As paisagens no caminho vão recompensando, muito lindas...

 

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Como nos atrasamos na subida, acabamos não ficando muito tempo lá na laguna (pouco mais de trinta minutos) e já tivemos que retornar. Mas estar naquele lugar e ver aquela imagem que há meses estávamos só imaginando na tela do computador... Indescritível!

 

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Como na subida o esforço faz você ir tirando os casacos, chegamos só de camiseta na laguna, mas rapidamente o frio bate e é bom estar preparado (coisa de cinco minutos e gela tudo!). ::Cold::

 

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A água vem da montanha, forma a Laguna e, após, forma um rio que chega lá embaixo...

 

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A descida, claro, é mais tranquila, mas como a subida é bem cansativa, também não dá pra dizer que é fácil. Chegamos no hostel já escuro. Como nossa diária já tinha acabado, o Scheller conversou com o pessoal e, por quinze soles, nos liberaram um quarto para tomarmos banho (pois estávamos acabados) e nos organizar. Afinal, já pegaríamos o ônibus de volta para Lima, às dez e trinta da noite.

 

Sobre o Casablanca, tudo bom. É simples, mas por 18 dólares por diária, vale muito à pena. O Scheller foi muito atencioso, sempre à disposição, recomendo muito também. Fomos jantar no Restaurante T´eos (indicação do Scheller), bem simples, barato e boa comida. A Vanessa, que tinha ficado bem mal na subida, resolveu tomar um caldo de galinha e eu fui numa pizza.

 

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Embarcamos às 22h30min e, claro, dormimos a noite toda! Lembro que numas alturas o ônibus parou uns trinta minutos por falta de combustível, mas logo se resolveu e chegamos em Lima, mais ou menos às 7h00min da manhã.

Obs. Sobre a Laguna 69, desconsiderando o sofrimento, a paisagem no caminho é fantástica! A Laguna é maravilhosa, nunca vimos nada igual na vida, vale muito a pena chegar até lá.

 

03/05

 

Chegamos cedo em Lima. Mas nossa diária começaria somente as 12h00min no hostel. Pegamos um táxi e fomos até lá na esperança que o quarto que seria nosso já estivesse vago, mas não tivemos sorte. Aqui é uma situação, pois pagar uma diária por três ou quatro horas é meio exagerado, então, deixamos tudo por lá e fomos caminhar por Miraflores.

 

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Almoçamos e depois das 12h00min entramos e conseguimos trocar nossas roupas, banho, enfim. Como já era quase duas da tarde em Lima, ou seja, quatro horas no Brasil, e como bom colorado (tinha o Grenal da final do campeonato Gaúcho), desci na recepção com o note e assisti todo o jogo pela internet (acompanhado por uma cusqueña claro!), pois como o quarto era longe não pegava bem o sinal. Estávamos cansados, então ficamos a tarde toda de boa pelo hostel mesmo. A noite fomos ao Larcomar, onde troquei mais uns dólares (outro câmbio muito ruim, pois tem muito turista) e compramos ingressos para um city tour (75 soles por pessoa), numa empresa chamada Turibus, para fazer o passeio “Lima noturno”.

 

Achamos o pior investimento ::putz:: . O roteiro era bacana mas tudo muito rápido. O mais legal, que era o ingresso no Parque das Águas, teve um passeio guiado com três minutos cada fonte. Deram-nos apenas 3 minutos mesmo naquela fonte interativa (uma espécie de jogo onde a água salta de alguns lugares inesperados), lugar que vale a pena ficar pelo menos uns vinte minutos só rindo dos banhos do outros... enfim, não gostamos do tour.

 

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O passeio saiu do Larcomar e voltou, depois de quase três horas.

 

04/05

 

Uma das únicas coisas boas do Turibus na noite anterior foi vermos que o Museu/Sítio de Huaca Pucllana não era tão longe assim do hostel onde estávamos. Acordamos cedo e, embora tivéssemos que estar no aeroporto as 12h30min (voo as 14h35min), resolvemos ir caminhando (uns quarenta minutos). Fomos cedo, mas como o sítio abre somente às 9h00min e o tour guiado levou em torno de uma hora e meia, saímos na corrida para voltar ao hostel.

 

Eu precisava trocar dólares, então a Vanessa foi fazer as malas e eu fui correr atrás de uma casa de câmbio que eu já tinha trocado uns dias antes por 3.14. Acabou demorando e não tivemos outra opção que não fosse ficar sem almoço e ir direto para o aeroporto. Táxi arrumado pelo pessoal do hostel (30 soles) e deu tudo certo.

 

Sobre Huaca Pucllana, as construções e pirâmides são feitas todas de abobe (espécie de argila/barro, falando popularmente). O que impressionou foi a técnica utilizada para a construção das estruturas: os tijolos de barro eram colocados lado a lado, semelhante a livros em uma estante, sendo deixado um espaço entre cada um deles. Isso permitia que as construções “trabalhassem” de forma a resistir aos terremotos existentes na região. Prova disso, e aliado ao fato de que em Lima não chove, é que as paredes e estruturas ainda permanecem lá. Os trabalhos de restauração e descoberta de Huaca Pucllana estão sendo realizados há mais de 30 (trinta) anos e, pelo que o guia falou, vai mais trinta para que se termine (grande parte das construções ainda estão soterradas).

 

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No avião até Cusco, tudo certo. Chegamos em Cusco e já fomos para o hostel (Fell At Home) que fica na quadra ao lado da Catedral. Pelo táxi, pagamos 20 soles, muito caro, pois, claro, foi o primeiro da cidade (depois que conhecemos um pouco mais, pagamos 10 soles do hostel até o aeroporto, quando fomos embora).

 

05/05

 

Ao chegarmos no hostel no dia anterior já acertamos, com o próprio pessoal do hostel, um passeio pelo Vale Sagrado (75 soles por pessoa). Então, cedo, passaram nos pegar e fomos. Não tínhamos bem certeza se valia a pena comprar o boleto turístico integral, mas acabamos comprando (130 soles por pessoa), pois visitaríamos Pisac e Ollantaytambo e, talvez, depois de voltarmos de Puno, mais algum lugar. O passeio do Vale Sagrado vale muito a pena!

 

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Novamente, temos que dizer que o caminho é muito lindo! Os sítios de Pisac e Ollantaytambo são bem grandes também. Em Pisac, antes de chegar no sítio arqueológico, paramos numa feira de artesanato, que é conhecida como Mercado de Pisac. O Mercado é enorme, com muita coisa de artesanato (roupas, tapeçaria, objetos de decoração, prataria, etc.). Pena que também nos é dado pouco tempo para explorar o local, como em outros passeios guiados.

 

Mesmo assim, compramos alguma coisa, mas como havia lido que em Ollanta era mais barato um pouco, deixamos para ver por lá, afinal, desceríamos lá para pegar o trem para Águas Calientes. Não deu pra formar uma opinião de onde é mais barato, pois, exceto em Águas Calientes (que é tudo muito caro), os preços dos artesanatos são semelhantes nos locais que vimos (Pisac, Olanta e Cusco). O que vale mesmo é a pechincha!!!

 

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Perto das 16h00min, o passeio guiado em Olanta terminou. Muitos seguiram com o tour para Chinchero. Nós, ficaríamos em Olanta para pegar o trem para Águas Calientes às 18h30min. Como nos sobrou um tempinho até a hora do trem, aproveitamos para comprar vários artesanatos, caminhar um pouco e tomar um chocolate quente em uma cafeteria, em frente à praça de armas, no segundo piso de um prédio, com vista para o sítio de Olanta.

Depois disso, resolvemos encarar, até a estação do trem, um “tuc-tuc” (triciclo coberto, usado como “táxi”- muito comum em todas as cidades peruanas). Pagamos 2 soles!

 

Pegamos nosso trem às 18h30min. Como já era noite, não deu para ver nada no caminho além da escuridão. Chegamos em Águas Calientes e já havia uma pessoa esperando com a placa do hostel que ficaríamos (Adelas Hostal). Por acaso, tinha mais três brasileiros que também ficariam no mesmo hostel (que bom ouvir português!). Logo quando chegamos, a proprietária do hostel disse que não havia água quente ::ahhhh:: e que poderíamos ficar assim mesmo ou, se preferíssemos, ela arrumaria vaga no hostal ao lado. Claro, nem pensamos duas vezes, já nos mudamos de hostal, pois lá é frio e sem água quente não rola. Esse, que nem sei o nome, tinha água quente e a janela do quarto dava para o rio Urubamba.

 

Nesse ponto, foi um drama, pois, já na chegada em Àguas Calientes, o pessoal falou que havia chovido durante o dia e que poderia chover novamente no dia seguinte... a noite toda acordávamos e aquele barulho do rio correndo na nossa janela, parecia chuva rolando... Levantei algumas vezes para conferir, seria muito azar, bem no dia de Machu Picchu chover!!

 

06/05

 

Acordamos cedo pois queríamos subir logo. Tomamos café (com as coisas de sempre: ovo mexido ou frito, pão, café, suco e chá de coca) e estávamos prontos para Machu Picchu! Na noite anterior o pessoal havia comentado que não tinha mais nenhuma van, táxi ou ônibus que subia até a cidadela, a não ser os de uma empresa de concessão do governo do Peru.

 

Confesso que não tinha lido nada sobre isso na internet, mas de fato, só tem aquela empresa e eles cobram a bagatela de 12 dólares por pessoa para subir, mais 12 para descer. Não acreditei muito e só comprei a subida, para ver se lá em cima não tinha outra forma para descer. Mas constatei que só havia aqueles ônibus mesmo (a não ser que se queira – e ainda tenha disposição - para voltar a pé, por uma trilha). Tudo muito seguro, micro-ônibus em ótimo estado, mas 24 dólares para ir e voltar foi bem salgado (48 dólares, no nosso caso).

 

Sobre a chuva, era só o drama mesmo, não choveu durante a noite e o dia todo foi de uma temperatura muito agradável. Quando chegamos na entrada de MP, como havíamos encontrado outro brasileiro no hostal, combinamos de, dependendo do valor, dividirmos um guia. Foi o que fizemos. O guia nos custou, por duas horas, 120 soles (40 cada pesssoa). Foi muito bom e, como estávamos em três pessoas apenas, foi bem rápida a caminhada e explicação dos pontos principais e depois ficamos livres. Eu havia lido muito aqui que, para valer a pena, teria que pagar um guia e, de fato, a visão deles é diferente: eles já dinamizam bastante a parte histórica do lugar, te explicam tudo e você pode curtir numa boa depois. Não vou falar muito como foi estar em MP pois sem dúvida é o ponto alto da viagem. A sensação, o lugar, aquele clima... Indescritível.

 

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Depois de nos despedirmos do guia (perto das 9h30min), fomos para o portão de entrada de Huaynapicchu, pois nossa entrada era a das 10h00min (segunda turma). Vale muito a pena subir WP. É uma hora de subida, disso sabíamos bem, mas depois de Huaraz nada poderia ser pior. Lá no alto, onde almoçamos (bolachas salgadas, doces e água) foi sensacional, aproveitamos muito.

 

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Quem sobe as 10h00min precisa voltar até as 14h00min (eles controlam pelos nomes do livro de entrada), então perto do horário já estávamos lá embaixo. Como nosso trem saia as 04h43min, não podíamos demorar muito. Já em Águas Calientes, decidimos que não comeríamos nada (tipo almoço mesmo) para poder caminhar pela vila um pouco (como em todos os lugares muito artesanato).

 

Somente neste momento começou a chover um pouco, mas nada que atrapalhou o passeio. Não compramos muita coisa pois os valores eram mais altos que o normal. Fomos até o hostal, pegamos nossas coisas e fomos para a estação onde embarcaríamos. No trem, foi mais ou menos uma hora viajando de dia e depois escureceu e ficamos naquele dorme e não dorme no trem.

 

Inclusive, sobre o trem, achei bem desconfortável o espaço para sentar ::grr:: . Em função dos horários, acabamos pegando o Expedition tanto para ir como para voltar. Os bancos são uns de frente para os outros, com uma mesa ao centro (como se fossemos jogar baralho em quatro pessoas). Dessa forma, você fica de frente para pessoas que não falam a sua língua (ou não querem conversar mesmo ::xiu:: ), mas tem que encarar elas o tempo todo, afinal, estão de frente com você. O espaço embaixo da mesa também é bem curto, se a pessoa de frente com você esticar as pernas ou for um pouco alto, você tem que colocar as suas embaixo do seu banco.

 

Enfim, pior que ônibus de linha. Na ida, ficamos de frente com um casal de franceses que não falavam espanhol, então, só conseguimos falar “Brasil” e eles “França” e nada mais. Na volta para Cusco nem isso, era um Argentino (pela calça do River Plate), mas nem um “hola” não saiu e apenas ficamos evitando nos encarar. Claro que tem aquela opção de trem mais caro, mas pelo valor pago, acho que poderia haver um pouco mais de espaço pelo menos.

 

Chegamos na estação Poroy (que fica fora da cidade de Cusco) e fomos ver um táxi. Entre uma negociação aqui e outra ali, acabamos desistindo de pagar trinta soles para um táxi e já veio outro oferecendo duas vagas (já tinha dois no táxi dele) por dez soles por pessoas, fomos. Ficamos na praça de armas em Cusco e já estávamos no hostel (que é na rua lateral). Logo fomos jantar, pois era meio tarde mesmo. Foi um dia memorável. Aqueles que você ensaia durante muito tempo como vai fazer as coisas e, de fato, tudo sai como planejou.

 

07/05

 

Este dia tínhamos reservado para caminhar em Cusco. Afinal, não tínhamos saído da quadra do hostel direito ainda. De manhã (logo cedo), fomos até o Mercado San Pedro (que é grande). No caminho, antes, entramos na Feira San Francisco, com bastante variedade de artesanatos locais também. O mercado San Pedro é um mercado (feira) popular, com diversidade de frutas, carnes, artesanato, pães, queijos, grãos, chás medicinais, etc., etc.. Achamos muito interessante e ficamos um bom tempo por lá para olhar tudo.

 

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Depois fomos caminhar pelos arredores (aquela coisa de quadra para cima e para baixo) e por fim rumamos de volta ao nosso hostel, onde havíamos nos comprometido a almoçar um dia e achamos melhor fazê-lo neste dia. À tarde fomos ver umas igrejas (tentamos a catedral, mas tinha que pagar 20 soles por pessoa, então deixamos quieto por hora). Passamos pela pedra de doze ângulos, que era perto do nosso hostel.

 

Olhamos mais alguns artesanatos (que tem muita coisa). E, já no final do dia, fomos na direção de um museu (Museu de Arte Popular) e do Centro de Arte Nativa de Cusco, neste para assistir a uma apresentação de danças típicas. Tanto o museu quanto a apresentação de danças estavam incluídos no Boleto Turístico, que havíamos adquirido no outro dia.

 

O museu era bem acanhado, não vimos muita coisa. Nas danças, achei que teria meia dúzia de gato pingado lá, mas o auditório estava lotado! Assistimos tudo (uma hora mais ou menos) e voltamos para jantar (pizza). À noite já deixamos tudo arrumado, pois no outro dia cedo iríamos para Puno.

 

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08/05

 

Na hora marcada, um taxista nos pegou no hostel e nos deixou na empresa de turismo que nos levaria para Puno (Wonder Peru). Esse passeio nós já tínhamos comprado no Brasil, através da agência de Turismo Fabulous. O povo que faria o passeio foi chegando e, para nossa alegria, tinha até uma galera (em torno de uns 10) do Rio Grande do Sul, tipo um grupo de terceira idade, bem animada, o que deu um ar de Brasil no ônibus naquele dia.

 

A viagem durou quase dez horas, mas paramos várias vezes. A primeira delas foi em uma igreja no caminho (Capilla de Andahuaylillas), revestida internamente de ouro, muito linda, porém, claro, sem fotos. Pelo menos deram um cd com informações e várias fotos para cada visitante.

 

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A próxima parada foi em La Raya, divisa entre Cusco e Puno, onde se pode ver, ao longe, uma linda paisagem de cordilheira e monte nevado. No local, também há uma pequena feira de artesanatos. O cenário é encantador!

 

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Depois paramos nas ruínas de Raqchi e Museu de Pukara, legais também, embora bem menores que Pisac ou Ollanta, mas com suas peculiaridades e história. Pukara é o nome de um povoado, no qual se originou a imagem daqueles “toritos” (touros) sobre o telhado das casas. Acreditam que o casal de touros, que pode ser visto na maioria dos telhados das casas da região, trazem proteção à família. É bem curioso.

 

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Aos poucos, conforme fomos nos aproximando de Puno, o clima foi esfriando ::Cold:: . Pegamos um pouco de chuva, mas, enfim, chegamos. Em Puno tinha uma espécie de Rodoviária onde nos deixaram. De táxi, fomos até o nosso hotel (esse foi o mais caro de nossa viagem: Hacienda Plaza, 50 dólares). Era bem na praça de armas, então ficou fácil achar um lugar para jantar e, depois, voltamos para o hotel para deixar tudo pronto para o outro dia. Puno era bem maior que eu imaginava e tinha muito mais turistas que achávamos que encontraríamos.

 

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09/05

 

Acordamos cedo, arrumamos nossas coisas, tomamos café e fomos para a recepção. Nosso passeio seria pelas Ilhas dos Uros, pernoite em Amantani e depois Taquile. Não dava para levar muita coisa, pois haveriam algumas caminhadas, embora haveria dois dias pela frente (e era frio). Separamos na mochila os pertences de cada um para levar e uma mala (pequena) deixamos com o serviço de guarda de bagagens do hotel.

 

Vieram nos buscar com uma van e nos levaram até as margens do Lago Titicaca, onde pegamos um barco (bem estruturado até, exceto o cheiro de combustível que era muito forte!). Depois de uma hora e pouco, chegamos em uma das ilha flutuantes dos Uros. Já há bastante coisa sobre essas ilhas aqui no mochileiros.com. As famílias que viviam na ilha que visitamos foram bem receptivas e simpáticas. Achamos bem legal, mas nada muito diferente do que já havia lido, exceto o filho do senhor que nos conduziu pelo barco de totora (de seis ou sete anos) que, para ganhar umas moedas do pessoal, sabia cantar alguns trechos de músicas de seis ou sete idiomas. Adivinhem a música em português que cantou? “Ai se eu te pego...”. Foi divertido! :D

 

Nesse ponto, fica a dica: Sempre ande com moedas na carteira, pois sempre há, em um lugar ou outro, situação que você se vê meio que na obrigação de dar uma “propina” (nos nossos passeios foram várias essas ocasiões). Se não tiver moedas, corre o risco de ter que dar uma nota de 10 ou 20 soles... ::grr::

 

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Depois de Uros, mais duas horas até chegarmos a Ilha de Amantani, onde o barco encostou perto das 13 horas. O pessoal foi sendo dividido pelo guia conforme a quantidade dos grupos. Eu e a Vanessa (mais três alemães - mãe, filha e filho) fomos com uma senhora chamada Aurelia. Ela serviria o almoço na sua casa e, às 15 horas, nos encontraríamos com o resto do grupo na praça da ilha, para subirmos até os templos da ilha (que ficam nos locais mais altos da ilha).

 

A Dona Aurélia era uma simpatia, morava na casa com a mãe dela, duas filhas já maiores e um filho menor de idade. A maioria era de mulheres, segundo ela, era normal na ilha, pois os homens, saem quase todos para trabalhar fora da ilha e só voltam uma ou duas vezes no ano todo. O marido dela estava trabalhando na Amazônia peruana, não compreendi muito bem o que fazia por lá, nem quis questionar muito. Serviu-nos o almoço (sopa de quinua de entrada e, após, arroz com batata, queijo e legumes ). Nos mostrou nossas acomodações e depois já fomos indo em direção à praça, onde encontramos o guia e demais.

 

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Lá na praça nos despedimos e combinamos de mais tarde nos encontrarmos novamente. Com o restante do grupo subimos até o topo da ilha.

 

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Depois de subirmos quase uma hora (subidinha, mas bem cansativa também ::mmm: ), chegamos num ponto onde era preciso escolher direita ou esquerda, em direção ao Templo de Pachamama ou de Pachatata. Não daria tempo de ir nos dois. Fomos no mais alto, que era o de Pachamama. Em alguns trechos da subida o guia nos mostrou as ilhas do Lago Titicaca do lado boliviano. Como sempre, a paisagem era muito bonita.

 

Chegamos no Templo de Pachamama com o pôr do sol e foi muito lindo! A subida, por esquentar o corpo, faz você ir tirando os casacos, mas lá no alto, é questão de cinco minutos para se gelar, pois além de frio tem o vento. Já tínhamos experimentado isso em Huaraz. ::otemo::

 

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Retornamos à praça da ilha e lá estava a Aurélia nos esperando para nos levar para sua casa. Já era escuro e, como não se tem iluminação nos caminhos que levam às casas, a solução é usar uma lanterna. Não sabíamos desse detalhe, então não tínhamos levado nenhuma. Nossa sorte é que o rapaz alemão tinha uma e nos emprestou!

 

Chegando à casa da Aurélia, ela nos serviu o jantar (sopa de legumes de entrada e arroz com legumes refogados depois). Após, teríamos um bailinho (coisa feita para turista), então a Aurelia nos vestiu com roupas típicas do povoado e novamente pegamos as lanternas e nos deslocamos até o tal baile. Só havia os turistas mesmo e as mulheres das famílias que levavam os turistas até o local. Para animação, um trio de adolescentes do povoado tocavam algumas músicas típicas. A cusqueña, neste dia, devido ao frio, estava na prateleira mesmo, sem problema. Ficamos uma hora mais ou menos e fomos embora.

 

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À noite, na escuridão, só com uma lanterna (que eu não tinha), mas para minha sorte o alemão tinha uma para emprestar, nos salvou. Dormimos num quarto com duas camas de solteiro que faziam muito barulho cada vez que a gente se mexia, mas foi tranquilo. Claro, não tomamos banho, mas já sabíamos disso antes de ir, então improvisamos com uns lenços úmidos e tal, o fato de ser frio te faz transpirar pouco também.

 

Dormimos num quarto com duas camas de solteiro que faziam muito barulho cada vez que a gente se mexia, mas foi tranquilo. Claro, não tomamos banho, mas já sabíamos disso antes de ir, então improvisamos com uns lenços úmidos e tal, o fato de ser frio te faz transpirar pouco também.

 

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No geral foi uma experiência muito boa: saber como vivem aquelas pessoas, suas comidas e costumes, a paisagem maravilhosa... Foi tudo bem simples, mas dentro do esperado (que não era nada muito luxuoso mesmo). Na ilha, o idioma local é o Quechua, mas levamos sorte de ficar com a Aurélia, pois ela falava bem o espanhol. Segundo ela, a maioria das mulheres que recebem os turistas falava apenas o idioma local, por nunca ter saído da ilha. Já a Aurelia havia saído da ilha para morar alguns anos em Puno e estudar, então conseguimos conversar bastante sobre nossas culturas.

 

10/05

 

Depois do café (panquecas com geleia de morango, pão, chá de coca e muña), a Aurélia nos acompanhou até o local onde o barco estava esperando e nos despedimos. Rumamos para Taquile, outra ilha, vizinha de Amantani (uma hora distante de barco). Lá não vi muita coisa diferente de Amantani.

 

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Na chegada andamos um pouco e ficamos numa praça por um tempão esperando o pessoal abrir as bancas dos artesanatos, parecia que o guia estava sem assunto, apenas esperando passar o tempo. Já era quase dez da manhã quando rumamos para o topo da Ilha (sempre tem caminhada e subida!) onde almoçamos com uma vista digna de quadro. O almoço era muito bom (truta grelhada) e depois voltamos para Puno, onde chegamos quase três da tarde.

 

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Nosso ônibus de retorno para Cusco seria no mesmo dia, às dez da noite. Então, como tínhamos tempo, pensamos em dar umas voltas e depois passar no hotel pegar nossa mala para ir para rodoviária. Na nossa lista de possíveis locais para visitar em Puno, estava um museu próximo à praça de armas. Mas, como era domingo, estava fechado! Como também não queríamos ir muito longe (estávamos cansados de certa forma), acabamos caminhando apenas nos arredores da praça de armas e catedral. Compramos uns artesanatos, jantamos e, por volta das sete da noite, fomos até o hotel, só para pegar a mala mesmo.

 

Entreguei o cupon que haviam me dado com um número de identificação da bagagem para a recepcionista, demorou um pouco e me chamaram para ver o local onde guardam as malas pois não havia nenhuma mala com aquele número. Pronto, pensei, roubaram! ::ahhhh:: E olha que este foi o único lugar nesta viagem que nos deram algum bilhete com número e tal, e bem aqui deu problema. Logo pensei: perdemos algumas roupas, o note, as fotos da viagem tiradas até então e uns 300 dólares que eu havia deixado dentro do note (por achar que ali, por ser grande e notoriamente bem organizado, seria seguro e não quis levar para as ilhas).

 

A atendente (que também estava em visível desespero), depois de eu explicar como era a mala e dizer que nosso ônibus era as dez, fez uma ligação e na segunda tentativa já identificou quem havia levado nossa mala. Estava em Juliaca, cidade que fica à uma hora de Puno. O cara disse que levaria até o hotel (acho que era uma espécie de agência de turismo que carregou meio às pressas as malas dos seus passageiros e acabou pegando a nossa também). Uma hora e pouco depois chegou a dita mata, dei uma olhada no cadeado e estava normal. Abri, estava tudo lá, note e dinheiro, mas foi um susto. Mais tarde, pegamos um táxi, fomos até a rodoviária, pegamos nosso ônibus e dormimos a noite toda.

 

O ônibus era de linha (não tinha nome de empresa, parecia alugado), estava incluso no pacote. Para nosso espanto, os bancos da nossa passagem reservada eram semi-cama. Fica a dica para quem for fazer por conta, esses bancos são bem confortáveis, dá para dormir bem à noite (até descansar um pouco).

 

11/05

 

Chegamos em Cusco, às seis da manhã, numa espécie de rodoviária. Quando você chega é um assédio de táxis e tal (em todos os lugares do Peru são assim: estação, aeroporto, rodoviárias...). Estava fechando com um deles por 15 soles quando veio um cara do táxi oficial e fez por seis soles, fechamos na hora. Fomos até nosso hostel (o mesmo que já estávamos antes), onde estavam nossas outras bagagens. Nesse também dependíamos do nosso quarto já estar vago, pois nossa diária só começaria meio dia. Nesse dia, levamos um pouco de sorte com isso, pois tivemos apenas que esperar a limpeza do quarto (cerca de meia hora), para, enfim, depois de dois dias, poder tomar um bom banho e trocar de roupa.

 

Lá pelas nove da manhã, como já tínhamos contratado um passeio para Maras e Moray (70 soles para os dois) com o próprio pessoal do hostel, um guia passou nos pegar. O passeio é bem bacana, muito diferente do que tínhamos visto até então. Antes de irmos para Maras e Moray, foi feita uma parada em um centro de artesanato com lã. No local, sentamos em uns bancos em forma de roda, nos serviram chá de coca e as mulheres nos mostraram como era feito o preparo da lã (limpeza, tingimento, etc.) até a confecção dos trabalhos (blusas, tapetes, etc.). Depois, claro, tinha-se a opção de comprar...

 

Moray foi um centro de experimentação agrícola dos incas e Maras é uma salineira, também da época inca, mas que continua sendo utilizada pela população local como forma de aquisição de renda. Tanto Moray quanto as salineiras de Maras são muito grandes e deslumbrantes. Vale a pena fazer o passeio.

 

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Neste dia não teve parada para almoço. Então, chegamos por volta de três da tarde em Cusco e fomos procurar alguma coisa para almoçar. Como não havia tempo para qualquer passeio mais longo, ficamos pela praça de armas, tirando mais algumas fotos, sentados por lá e curtindo o clima e a movimentação da cidade. À noite, já tínhamos programado: o último jantar no Peru seria o Cuy assado, tradicional no Peru.

 

Escolhemos o restaurante Nuna Raymi para jantar. Este, por sinal, recomendamos muito! Quando chegamos em Cusco, foi indicação do pessoal do Hostel para comer truta. Gostamos tanto do ambiente e da comida (que dá vontade de comer com os olhos de tão lindos que vem nos pratos), que voltamos depois para comer um macarrão e, por fim, o Cuy. No dia do Cuy, como já havíamos nos tornado clientes, nos deram até um tipo de chá de cortesia (não lembro o nome, mas era bom) e umas balas de Chicha morada.

 

Em relação ao Cuy, gostamos! Não é nada do tipo “nossa, que delícia!”, mas é bom e diferente. Não nos permitiríamos sair de lá sem experimentá-lo!

 

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12/05

 

Dia de partir. Mas tínhamos algumas coisas para fazer ainda. A primeira delas era experimentar um milho verde enorme que tínhamos visto no mercado San Pedro, e fomos. Antes, porém, ao passarmos pela praça de armas percebemos que havia missa e foi nossa chance de entrar na Catedral sem pagar (não pelo valor, mas 25 soles por pessoas era um pouco injusto) e entramos. Espetacular! Cada estátua, cada altar, tudo muito maravilhoso.

 

No boleto havia dois locais que não tínhamos visitado ainda, Museu Histórico Regional e Museu Municipal de Arte Contemporânea. O primeiro (Museu Histórico Regional) teve visita guiada, muito bom! Recomendo chegar em Cusco e antes de qualquer passeio ir neste museu, pois te dão um panorama da história Inca e toda dominação espanhola (com vídeos, ilustrações, etc.). Na sequência fomos no Museu Municipal. Neste não havia muita coisa para ver, uma amostra de quadros e algumas estátuas, mas não havia guia ou alguém que explicasse.

Depois, fomos comprar o tal milho.

 

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Outra coisa era terminar de gastar uns soles com umas comprinhas (presentes para nossas famílias e para nós) e, já ao meio dia, almoçamos no McDonalds (meio estranho, mas já estava meio enjoado das comidas peruanas e queria alguma coisa parecida com um “Xis”). Às três da tarde nosso táxi veio nos buscar e no deixou no aeroporto de Cusco, onde embarcamos para Lima (esperamos em torno de quatro horas no aeroporto de Lima a conexão) e depois embarcamos para Porto Alegre (23 horas), onde chegamos perto das seis da manhã.

 

Era isso galera! Espero que gostem e sirva de ajuda para quem tenha interesse em ir nestes mesmos lugares.

 

Caso tenham interesse, tenho uma planilha de gastos que posso enviar por e-mail (basta pedir: marcelolangaro1@gmail.com).

 

Abraço a todos!

 

Marcelo e Vanessa

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