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Mochilao de casal com trilha salkantay e gastos anotados entre agosto e outubro de 2015


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Fiz um mochilão planejado, ou melhor, desejado pelos últimos dez anos. Devido a vários acontecimentos que não vem ao caso eu ia sempre adiando, adiando, mas enfim, esse ano foi.

Inicialmente eu iria fazer Peru, Bolívia e Chile, mas no final resolvi fazer apenas o Peru. Não arrependi, ainda ficou muita coisa para eu querer rever no futuro.

Nesta viagem que durou 24 dias, partimos de Belo Horizonte eu e minha esposa, Samia, sozinhos com um roteiro mal feito em uma folha A4.

Na preparação pra viagem compramos mochilas, botas, roupas para treckking, as coisas básicas. Além disso fizemos o seguro de viagem pela MONDIAL, mas como não usamos não sei dizer se é bom.

Todo o meu roteiro foi planejado baseado nos relatos e dicas obtidos aqui no mochileiros, por isso me sinto na obrigação de relatar minha viagem e eu espero que seja útil para alguém, assim como outros relatos foram úteis para mim.

 

 

Dia 1 18/08/2015

Partimos do Rio e passamos a noite no Galeão no Rio. Foi uma noite difícil, mas descobrimos que capela daquele aeroporto é um bom lugar para dormir, mas ate descobrir a capela andamos de carrinho, pegamos esteiras, e a noite simplesmente não acaba. É incrível. O pio que encontramos uma mulher que estava no aeroporto há dois dia e o vôo dela partiria só ao amanhecer. Tadinha.

Chegamos em Lima. O Peru, finalmente após bastante tempo de planejamento, finalmente aqui. De Lima fomos para Cusco, aonde a viagem começa realmente, chegamos pela manhã, não sei a hora. Chegando em Cusco somos quase arrastados pelos milhares de guias querendo vender os seus pacotes turísticos, mas lá é muito, mas muito mais caro que os preços cobrados na cidade, portanto fuja de deles. Eles parecem legais a primeira vista, mas e tudo para arrancar os seus soles, reais ou dólares. Troquei duzentos soles no Brasil e não usei o cambio do aeroporto aonde eles dizem que o cambio é um roubo institucionalizado.

Eu havia reservado o hostel Ukukus, porém quando pegamos o taxi o taxista falou que o hostel era ruim, longe da praça e tals. Fez um verdadeiro terror e, como todo bom samaritano, ele tinha um hostel para nos indicar que era muito melhor. Primeira vez no Peru, insegurança, essas coisas, aceitamos a dica do taxista. Ele nos levou ao Pariwana, ótimo lugar, mas foi a hospedagem mais cara que paguei, 160 soles a diária. E é claro que nosso bom amigo taxista pegou a comissão dele bem na nossa frente, nem foi discreto. Coisas da vida. E ele roubou no taxi: 22 soles, na volta pagamos apenas 7 soles.

Malas guardadas, tomamos um banho e bebemos, muito, chá que tem na recepção do hostel, e ajuda muito a recarregar as energias. Em seguida dormimos, devido a noite no aeroporto e para ajudar o corpo a se aclimatar. Acordamos por volta de meio dia e não tivemos problemas com a altitude, mas admito que dei um pique na rua e minha cabeça ficou zonza. Agora a parte mais delicada da viagem, trocar o dinheiro. Se eu fizer merda logo no início da viagem posso comprometer toda a viagem. Outra coisa também, procuramos outro hostel, porque por melhor que o Pariwana seja bom, não podíamos pagar 160 por noite. Estávamos no quarto duplo, mas mesmo assim.

Conforme as dicas recebidas, corremos para a Av. Del Sol, aonde está os melhores câmbios. Lá a primeira decepção com o Brasil, o cambio está péssimo. O melhor que conseguimos foi 1 real 0,88 centavos de novo sol. Uma parte do dinheiro (devia ter trocado tudo porque o cambio só piora) e fomos procurar outra acomodação. Ainda mais depois do cambio, tinha que trocar de hospedagem urgente.

Depois fomos passear pela cidade, andar a toa mesmo, curtir a atmosfera do lugar. Queriamos pegar leve nas primeiras horas com medo do mal da altitude. Achamos um lugar em conta para almoçar, evitamos todos os restaurantes turísticos, afinal a regra era economizar para passear. De sobre mesa sempre íamos nas lojas de chocolates experimentar todos os sabores possíveis sem nunca comprar nenhum.

A noite demos uma passada no bar do hostel, bem legal, achei os preços meio salgados, mas tudo bem. Teve umas brincadeiras com os staffs do bar, nada muuuuuito animado. Mas eu estava morto mesmo, fui dormir.

Gastos do dia (para duas pessoas)

20 reais lanche no Rio

40 reais de remédios no Rio

75 soles cartão de memória de 16g no Peru – Lima

17 soles lanche – Lima

22 soles taxi aeroporto em Cusco

18 soles almoço

15,27 soles lanche

2,50 soles água

 

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Dia 4 21/08/2015

 

Acordamos para o Vale Sagrado. Um passeio de dia todo. Uma diferença de hostel, a diária era muito mais barata no CHASKI que no PARAIWANA, mas o café da manha não se compara. No CHASKY é muito mais simples, mas é o suficiente para você passar a manhã até o almoço.

Primeira parada foi em uma feirinha. Tinha muitas barraquinhas e tals, o preço variava. Alguns mais caros, outros mais baratos que os praticados em Cusco. Tem que pesquisar.

Depois fomos para Pisac, uma antiga cidade Inca, bem preservada no alto da montanha. De lá nos podemos ver diversos estratos aonde plantavam batatas e coca. Muito interessante. Tem um antigo cemitério também, mas não podemos andar até ele, fica em uma montanha ao lado. Na verdade o cemitério é som um bocado de covas nas paredes. A cidade e grande, quase perdemos o ônibus ao voltar. Tem um túnel bem legal, mas temos que andar muito pra chegar até lá. Se você tiver qualquer probleminha com a altitude evite i lá.

Depois de PISAC fomos até uma comunidade tradicional, como na noite anterior, que também fabrica jóias e artesanatos. Comprei um pingente de prata pra Samia. De lá paramos para almoçar. O almoço é um lugar pré determinado da escolha deles. Chegando lá, um self service razoável, mas muito cheio e os garçons eram horíveis. Muito fraco, demoraram a repor a comida quando acabava, um verdadeiro caos. E custa vinte soles, sem choro. Por pessoa.

Após o almoço fomos para OLATAYTAMBO. É aqui o lugar onde muitas pessoas pegam o trem para águas calientes, pré Machu Picchu. Algumas pessoas abandonam o tour e pegam o trem. Nos iríamos para Machu Picchu por trilha, outros quinhetos. OLATAYTAMBO é um lugar lindo e bem preservado. Os Incas fizeram muita coisa legal, grandes obras de arquitetura. O guia nos explicou muita coisa legal. Adorei, o problema que perdemos o ônibus na volta, e tivemos que esperar o guia nos achar em uma praça da cidade. Mas lá é show.

O último ponto de visita foi uma igreja bem alta, e chegamos lá já a noite. A subida foi trash, muita gente pediu arrego. Deu muita dó do pessoal quase desmaiando na subida. A igreja e legal, bonita e vimos muitas pinturas legais. O diferente foi uma pintura da Virgem Maria trabalhando. O trabalho era muito importante na cultura Inca e o sincretismo religioso fez com que a virgem fosse retrata bordando. Nesse ponto vi como a folha de coca realmente ajuda e dá um gás na altitude.

Fim do passeio, estavamos cansados. Andamos muito e fomos e muito locais bem altos, e a altitude às vezes pesa. Descansamos bem. Chegamos já tarde em Cusco, lanchamos e dormimos.

Uma dica de lanche barato em Cusco é o quarto de frango com batatas que vende no supermercado Orion, ou Don orion, Custa 8 soles e vem bastante coisa. Um desses alimentava eu e a Samia toda noite. Vale demais.

Gastos

9 soles lanches

90 soles colar

40 soles almoço

21 soles protetor solar

1 sol folha de coca

5 soles gatorade

1 sol para ir ao banheiro

 

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  • 2 meses depois...
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Dia 5 22/08/2015

 

Neste dia a Samia acordou passando mal, portanto tive que cancelar Maras e Salineiras. Perguntei para senhora do hostel e ela me indicou um remédio. Comprei e torci para que desses certo. Ela ficou no quarto e eu fui ver a cidade. Estava tendo procissão da padroeira da cidade. Tirei algumas fotos legais e aproveitei o dia livre para ir alugar o que faltava, afinal amanhã começava Salkantay. Aluguei bastões de caminhada e sacos de dormir. Aluguei em uma loja por um preço bem mais em conta que pela agência. O inconveniente e que no último dia da trilha tive que carregar os sacos de dormir, quase morri.

As procissões desfilavam pela cidade e eu ia desviando para tentar andar. Estava tão legal que voltei e busquei minha mulher no quarto. O remédio fez efeito e ela animou ir ver a procissão. Ela gostou, lembrou as festas típicas do interior aqui de Minas.

Aproveitei e fui ao super mercado e comprei alguns lanches para a trilha. Uma dica e comprar barras de cereais e chocolates estilos M&M (genérico) para dar energia. E água, compre água.

Após o almoço fomos fazer alguma coisa legal pra aproveitar o dia. Resolvemos ir ao museu Inca, não está incluído no boleto turístico, pagamos e entramos. O museu e legal mas bem simples. Tem uns itens interessantes e umas maquetes sensacionais de algumas cidades Incas.

Coisa engraçada, fomos abordados por um velhinho, sem dentes e muito humilde nos fazendo uma oferta irrecusável. Ele dizia vir de Pisac e alegou que pertencia a uma família que fazia blusas de alpaca. Ele disse que estava sem dinheiro e que a vida era difícil, por isso ele veio a cidade tentar a sorte e levar um dinheiro para Pisac. Ele nos ofereceu duas blusas de alpaca por 70 soles. Negociei com ele e no final comprei as duas blusas por 53 soles. Depois fiquei sabendo que aquilo não era alpaca de forma nenhuma, blusas de alpaca são avaliadas em 300 dolares no mínimo. Mas aquelas blusas ainda assim saíram em conta, mas não era alpaca.

Ao fim da tarde estava tendo algumas apresentações folclóricas na praça das armas. Algumas apresentações eram muito legais, outras nem tanto. Nos sentamos e vimos algumas apresentações. Dia light, pois iríamos acordar as quatro da manhã para ir para a trilha.

Gastos

6,80 soles remédios

20 soles museu Inca

60 soles equipamentos para Salkantay

53 soles blusas

4,5 soles Inka cola e cuequenha

260 soles hostel

30,8 soles lanches para a trilha

8 soles frango para o jantar

4,3 soles bananas

 

Dia 6 23/08/2015

Primeiro dia da trilha. Acordei as 04:30 e coloquei a mochila maior no hostel para ficar guardada até a volta, eles guardam elas pra gente, e partir pra trilha super ansioso. O guia atrasou um pouco, como sempre. A idéia inicial era levar quase tudo em uma mochila grande e minha mulher uma outra pequena com algumas coisas menores. O guia chegou e pegamos a van para ir até o início da trilha. Demorou umas três horas até chegar aonde tomamos café e recebemos as últimas intruções.

Paramos para tomar café da manhã em uma parada pré determinada. O café era pago, claro. No local aonde a gente tomava café era aonde era pesada as coisas para ir com o cavalo. Cada pessoa pode levar 5 kg nos cavalos. Eles são práticos, vendem um saco para nós colocarmos no cavalo com as coisas, e sem saco não tem como colocar as coisas no cavalo, a não ser que você tenha uma mochila extra. Uma coisa engraçada, quando fui pagar os dois soles eu puxei meu saquinho de moedas. O moço do cavalo viu uma moeda de um real e cresceu o olho, e perguntou – Que isso amigo, essa moeda grande é o que? Dolar ou Euro? ... Eu cordealmente falei pode pegar ela pra você. Ele pegou e quando estava feliz com a moeda na mão eu disse; Isso e um real.... Ele olhou e começou a rir, kkkk isso não vale nem um sol aqui. Me dá os meus dois soles. Devolveu a moeda e pegou dois soles junto com a minha auto-estima em ser brasileiro. O caras rindo da nossa moeda....

Quando eu coloquei a mochila nas costas e pensei – não vai prestar. Muito peso para mim carregar só. Fui em uma loja ao lado e tinha aquelas mochilas estilo Paraguai, bem fuleira. 25 soles, uma bagatela para dona da loja. Arrependi de não ter alugado ou comprado um outra mochila de ataque. Mas agora era tarde, comprei e minha mulher ganhou um presente. Ela não gostou da cor, e claro, quando vou conseguir agradar plenamente? Falei, esquenta não, essa mochila não vai durar até o fim da trilha. A mochila ela existe até hoje firme e forte.

Começou a trilha, o primeiro dia e muita subida, achei tranqüilo. A gente cansa e verdade, mas não e nada impossível. Exceto para minha esposa que quase morreu. No final tive que carregar a minha mochila e a dela, e ela ainda reclamava. Difícil. A trilha é bonita, e ao final do dia andando chegamos no primeiro acampamento.

Durante a trilha fomos conhecemos os companheiros do nosso grupo, pessoal gente boa. No primeiro acampamento tomamos um café antes do jantar. Nesse momento a gente conversou e começou a se conhecer. Após o café o guia nos chamou e contou algumas histórias sobre os incas. Coisas espirituais e materiais que eles faziam. Ele dissse também que tem uma lagoa em uma subida de uma hora. Ele não iria porque tinha outros afazeres. Tinhamos três horas pra subir e descer. Achei legal, vou nessa. Minha mulher foi pra barraca mais cedo, ela estava mal e precisava descansar.

Subir, e digo, demorou mais de uma hora e meia, de subida. Subida mesmo, é muito longe. Quando eu olhei para baixo vi o acampamento como um ponto pequeno. Andei muito, mas ao chegar lá em cima, valeu a pena. A lagoa é linda. Valeu o esforço.

Desci e fomos jantar, minha mulher estava melhor e animada. Jantamos e o guia começou a contar mais histórias. Cara bacana, o jantar era uma sopa de entrada e mais o prato principal. Surpreendente o q eu os cozinheiros podem fazer.

A noite um frio glacial. Dica: Alugue saco de dormir de penas de ganso, porque a noite é muito frio. Muito frio. Mas sobrevivemos.

Resumo do dia: Trilha cansativo, mas nada impossível, basta um pouco de força de vontade pra quem estiver um pouco fora de forma.

Gastos

25 soles mochila

14 soles café da manhã

2 soles saco para as coisas

 

Dia 7 24/08/2015

Segundo dia da trilha

O dia mais cansativo da trilha. Você sobe metade do dia até chegar em Salkantay. E você sobe a trilha em zigue zague o dia todo. Nesse dia a altitude pegou muita gente, eu vi muita gente ficando para trás. Eu estava com um saquinho de coca e ajudou muito. Você observa durante a subida os cozinheiros subindo com grandes pesos, cesto com ovos, e andando e rindo. Nós os turistas quase morrendo.

Chegamos em Salkantay, mais de quatro mil metros de altura. Tirei umas ótimas fotos e, conforme o guia sugeriu, montei uma pirâmide de pedra. Descansamos e começou a descida. O resto do dia para descer. Andamos bastante pela trilha e chegamos até a parada para o almoço. Descansamos mais e continuamos até o acampamento da segunda noite. Finalmente poder tomar um banho. O problema maior é que tudo o que subidos, nós descemos, portanto ficamos umas quatro horas de descida. Atenção para as torções de tornozelo.

Pagamos pelo banho e só tinha um chuveiro, e enquanto esperávamos tomamos uma cerveja. Quente, o rapaz pegou a cerveja da prateleira, abriu e me deu. Fazer o que. Tomamos o banho e nos reunimos para jantar.

Nesse dia nos despedimos do pessoal do cavalo, amanhã eles voltavam pela montanha. Usualmente o pessoal dá uma gorjeta para eles, e o guia ficou umas duas horas explicando o porque da gorjeta para os europeus do grupo. Aparentemente na Europa a vida é melhor e essa história de gorjeta não é necessária. Conversamos um pouco e fomos dormir. Eu não sabia, mas minha mulher estava passando a dorflex desde a noite anterior.

O segundo dia você vê muitas paisagens bacanas, como é muito alto você passa por muitos mirantes, sem contar os picos nevados. É o dia mais cansativo da trilha e aonde você pode tirar ótimas fotos.

Nesse momento eu abro um espaço para dizer, o guia é sensacional. Ele é um antropólogo formado e conhecia muito a respeito da cultura Inca. Falava sobre arquitetura, cultura, sociedade e religião, e ele explicava as coisas com muito gosto. Quando fazíamos perguntas os olhos dele brilhavam ao responder. Super show.

Gasto

20 soles para o banho

10 soles cerveja quente

 

Dia 8 25/08/2015

 

Terceiro dia de trilha, foi bem tranqüilo comparado ao dia anterior. Andamos e já começamos a chegar na civilização. Você passa por um povoado simples, típico de interior. A última parada é em um restaurante aonde paramos para almoça e pegamos a van que nos deixou na hidrelétrica.

Demorou um certo tempo para chegar na hidrelétrica e então partimos para subir. O guia era muito bom mesmo, logo no começo ele nos levou há um templo abandonado e nos explicou um pouco sobre o lugar e partimos para iniciar a subida. Logo lá de baixo, você olha para o alto da montanha e você os terraços de Macchu pichu. Aí que você peecebe o quanto o lugar é alto é incrível. Você sobe a trilha margeando os trilhos de trem e vez ou outra desce um trem e você tem que se espremes no canto para ele passar. Como eu aluguei meus equipamentos em uma agência diferente da agência do passeio, tive que subir com os sacos de dormir e todas minhas outras coisas nas costa. Foi sem dúvida o pior momento da caminhada. É uma subida leve, que olhando você não percebe, mas não sei se foi o cansaço acumulado ou porque era uma subida mesmo, mas eu quase morri.

Quando finalmente chegamos em água calhientes, e fui alocado no meu quarto, que alegria. Caramba, nem banho não tomei fui dormir. O Guia combinou de nos encontrar a noite para comprar os bilhetes para Machu Picchu e irmos jantar com o grupo. Acordei um pouco antes da hora combinada e fui tomar banho, que sensação boa. Banho em um banheiro quente e fechado, não era igual ao banho do acampamento aonde a porta tinha enormes frestas e uma grande janela sem vidro por onde o fio das montanhas entrava e gelava o copo.

Compramos o ticket e fomos janta em um lugar que chama Machu Pisco. Jantamos e fomos domir, porque no outro dia teríamos uma grande caminhada até a cidade perdida e tinha que começa as cinco da manhã. Foda, acho que eu devia ter pensado mais a respeito disso.

Gastos

1sol banheiro

20 soles cusquenhas

5 soles inka cola

30 soles da van

25 soles jantar

 

 

Dia 9 26/08/2015

Acordamos cedo e corremos para subir. Subimos a pé até a cidade e a minha mulher quase morreu, primeiro porque é uma subida foda, depois e porque tínhamos que chegar até as 6 da manhã para encontrar o guia e começar o tour. Deveria ter subido de ônibus e descido a pé, mas agora já foi. Subimos correndo e chegamos cansados em Macchu Pichu. O hotel aonde ficamos era basicamente para quem vai para Macchu Picchu, portanto o café e distribuído em sacolinhas, que você pega e vai embora com ele para comer pelo caminho.

Mas chegando lá, tudo vale a pena. A cidade é muito maior que eu imaginava e é show. A maior parte dela e reconstruída, mas as parte conservadas são incríveis. É muita engenhosidade construir uma cidade no alto da montanha como aquela, sem palavras os incas foram foda. Uma dica, é proibido lanchar na cidade, portanto coma seus lanchinhos despistadamente. Compramos tickets para a montanha Macchu Picchu, mas não conseguimos subir. Macchu Picchu não precisa ser descrita, quem for lá tira as próprias conclusões.

Na volta pegamos o ônibus, 80 soles por dez minutos de ônibus. Voltamos a cidade e trocamos de quarto. No meu pacote eu pedi uma diária a mais em águas calientes e tínhamos todo o resto do dia para conhecer lá. Almoçamos e passeamos até a hora de dormir. Não há muito que se fazer por lá. Passeamos e tiramos fotos e fomos descansar porque estava exausto. A noite na cidade não é muito fria então passeamos um pouco e foi só. Não fomos nas águas termais porque estava caro e porque dizem que não era muito bom. A primeira parte do passeio estava finalizada, conheci Macchu Picchu e um sonho realizado.

Uma outra dica, tinha um cara que foi em umas áreas restritas e tirou umas fotos, os fiscais vieram correndo e mandaram ele apagar as fotos. Se fizer arte, seja discreto.

 

Gastos

80 soles do buzão (e pago em dólar então varia bastante)

8 soles powerede

30 soles almoço

4,5 água

 

Dia 10 27/08/2015

Acordamos cedo, tomamos o nosso café, o mesmo do dia anterior. A van saia trÊs horas da hidrelétrica, portanto saímos cedo para descer devagar se sofrer. Fomos descendo e vendo a paisagem, foi bem legal. A descida foi bem de boa, quando assustamos já tinha acabado. Tivemos tempo até de sai da trilha e ir brincar no rio que passa na lateral. Tiramos muitas fotos na ponte de trem e tranqüilo. Foi de boa.

Paramos para almoçar em um restaurante que fica cheio de redes logo no começo da trilha. Comida boa e barata, legal recomendo. E as mesinhas do restaurante são ainda enfeitadas com umas bonequinhas. E ainda pudemos descansa nas redes até a hora da van. NA volta tentamos achar o templo que o guia nos levou no começo, mas não conseguimos. Templo secreto, ficou perdido no meio da mata.

A hora da van é um verdadeiro caos. Eu não sabia nada a respeito da van que ia me levar de volta, portanto tive que aguardar a hora. O problema e que todas as vans chegam juntos e o passageiros também, e todos os passageiros estavam tão perdidos quanto eu, ou seja é uma grande bagunça. O pessoal da van não é muito simpático e eu tive que ir de van em van perguntando se era ela que me levaria para cusco. Os caras tinham os nomes anotados em papel de pão, guardanapo, sem muita organização. Após certo custo achei a minha van, embarquei e fomos embora. Loucura, na saída eu vi uma van com o cara arrumando o eixo dela antes de patir. Os passageiros lá olhando o cara arrumar a van com cara de espanto.

A volta demorou, e fomos por uma daquelas estradas e zigue zague uma grande parte do caminho. E realmente assustador. Chegamos a noite em cusco e pegamos a nossas malas no chasky e voltamos para o mesmo quarto. Demora cinco horas até cusco. Um frango com batatas no super mercado e boa dormir.

Gastos

24 soles almoço

3 soles inka cola

9 soles lanche

8 soles frango com batata de jantar

 

 

Dia 11 28/08/2015

 

Como o meu boleto ainda estava dentro da validade, acordei cedo e fui tentar fazer o passeio Mara Morays e salineiras. Eu já tinha pago esse passeios, mas como não fomos devido a um mal esta da Samia, resolvi fazer de novo. É claro que eu tive que pagar de novo. Mas tudo bem, pagamos e fizemos o passeio. É muito legal e talzs como sempre. Morays era uma espécie de laboratório para aperfeiçoamento genético de plantas, como coca e batatas. O guia explicou o funcionamento da área. A salineiras paga-se a parte para entrar, mas é um lugar show. Eles retiram o sal de uma forma bem tradicional, desde os tempos pré incas pelo que dizem.

É um passeio que dura apenas a parte da manhã, a tarde já de volta a cusco, fui até a rodoviária olhar passagens para Puno e prosseguir a viagem. Pesquisamos em todas as empresas e compramos as passagens. Fim da parte de cusco.

O taxi ficou barato porque dividimos a viagem com dois amigos que estavam de viagem e também iam para a rodoviária. Conversamos com ele no hotel e acabamos descobrindo que íamos para o mesmo lugar, então dividimos o taxi. Bom pra todo mundo.

Detalhe, no Peru as companhias mais econômicas não saem se o ônibus não estiver com a lotação completa. O ônibus marcado para as 21:30 saiu quase meia noite. Ele ficou parado na área de manobra da rodoviária esperando mais gente chegar para encher o ônibus. Nunca tinha visto aquilo antes. Mas acontece sempre.

Gastos

110 soles hostel e roupas lavadas

16 soles almoço

60 soles passagem para Puno

5,5 agua para morays

20 soles para entrar na salineiras

8 soles sals vendidos na salineiras

4 soles taxi até a rodoviária

8 soles de guloseimas

9,1 de higiene pessoal

 

Dia 12 29/08/2015

 

O ônibus era bem desconfortável e a gente ficou meio moído por passar a noite dentro dele, mas como o tempo era curto, na rodoviária mesmo já fechei um passeio de dois dias pelo lago Titicaca. Chegamos pó volta das 06:20cda manhã, então tinha uma ou duas horas para pesquisar e fechar o passeio. Consegui fechar por 160 passeio de dois dias, com pernoite na casa de uma nativa e conhecer três ilhas. O valor era mais alto no começo, mas chorando foi para 160. Tomamos o café da manhã na rodoviária mesmo e a uma van nos pegou e levou até o cais. Entramos em um bote e rumamos Titicaca a dentro. A primeira parada foi em uma ilha flutuante. A ilha era muito pequena, e tinha umas quatro casinhas apenas. Fiquei na dúvida se os nativos realmente moravam na ilha, parece mais que iam a ilha apenas pelos turistas. Eu li que existem ilhas maiores aonde a pessoas realmente vivem, mas a que eu fui era minúscula. O nativo nos demonstrou como a ilha era construída e falou sobre os costumes do povo dele. Depois começou a primeira coisa estranha, o guia nos influenciou a dar uma volta no barco de junco típico dos nativos pela bagatela de 15 soles por pessoa. Ele quase nos obrigou a ir, mas recusamos e ficamos na ilha. Quem foi no passeio falou que não foi nada demais.

Depois navegamos mais um tempão até a próxima ilha. O lago é imenso, parece o oceano e você vai navegando, navegando e parece não ter fim. Fazia muito frio fora do barco, mas ainda assim e bom se arriscar por umas foto. Chegamos a segunda ilha, de Amantani. Era nessa noite que uma família nativa iria nos acolher para passar a noite e almoçar e jantar. Ficamos na casa de uma mulher bem simpática, chamada Célia. Eles nos receberam no cais com roupas típicas e foi bem legal. Após as apersentações, começamos a subir para a casa dela. Foi uma caminhada razoável, ainda mais com as mochilas e a noite mal dormida. Demorou uns vinte minutos e fomos. Chegamos na casa,surpresa, uma casa muito simples. Achei bem acolhedora, tínhamos um quarto so para nos. A lâmpada de luz do banheiro foi tirada e colocada no quarto. O banheiro não tinha luz e a descarga estava com problemas, mas sem ironia a casa é acolhedora. E a vista, uma linda vista do lago, sensacional. Aquele azul e ao fundo alguns picos nevados que dependendo da distância você fica em dúvida se são nuvens. Incrivel, linda paisagem natural. Tinhamos um tempo livre e fomos dormir para recuperar um pouco as energias.

Fomos acordados e descemos para almoçamos com a Célia, e foi a comida mais natural que já comi. Tudo era plantado e colhido pela família dela. Tinha tomates (descascados), uns dois tipos de batatas, arroz e um pedaço de queijo. Tinha uma sopa antes com uns vegetais bem legais.

Após o almoço fomos com o guia e o resto do pessoal do barco até um antigo templo no alto da ilha. Subida longa, fomos andando. Era mais fácil por que estávamos sem mochilas, mas fazia muito frio, e o frio so foi aumentando. Os nativos emprestam para os turistas uma roupas para você usar, roupas feitas por eles, se não gostar devolve depois. Uma presãozinha para você comprar. Chegamos no alto e o guia no explicou sobre o templo, falou do templo da lua e do sol, cada um em um alto diferente. Fomos até o templo da lua e vimos o do sol só de longe. O guia explicou mais algumas coisa e fomos liberados para tirar fotos e ver o por do sol. O templo em si e pequeno, mas tiramos várias foto no por do sol.

Na descida, a noite havia uma festa para os turistas. Estava tão frio que não participamos da festa, então não sei como foi.

 

Gastos

160 soles do passeio

10 soles café da manha

 

Dia 13 30/08/2015

Acordamos, tomamos café e fomos para a última ilha, ilha Taquile. Nos despedimos da nossa anfitriãn e partimos. Demorou umas duas horas até chegar. Esta segunda ilha foi meio decepcionante. Tudo o que fizemos foi atravessar a ilha. Não tinha nenhum mirante ou templo antigo. Na hora do almoço, que não estava incluso, ficamos sabendo que a ilha não tem restaurantes, apenas algumas famílias que servem o almoço. Então fomos obrigados a comer aonde o guia nos levou e pagamos super caro em uma comida. A comida bem regrada que eu vi alguns turistas pedindo outro prato e, mesmo vindo apenas o prato principal, pagou o valor integral do almoço. Achei super exploração. Armadilha para turistas mesmo.

Não vi nenhuma vantagem nessa ilha, se eu soubesse tinha fechado o passeio de um dia apenas, e estava satisfeito.

Como o lago e grande, chegamos já no final da tarde em Puno novamente, então fomos para a rodoviária comprar passagens para Arequipa. Tava meios tenso, sem banho e nem mesmo escovar os dentes. A gente precisava descansar mesmo, mas iríamos fazer isso em Arequipa, e fomos informados que demoraria 7 horas de viagem até lá.

 

Gastos

15 toca da Célia

40 soles almoço

 

Dia 14 31/08/2015

Após 7 horas chegamos em Arequipa. Chegamos lá bem cedo, portanto pedi um taxi que nos levou em um hotel aonde passamos o resto da noite. Era um lugar bem barato e simples, sem café da manhã, mas tinha banheiro e água quente. Ficamos felizes. Acordamos por volta das sete e fomos tomar café e conhece a cidade que dizem ser uma das mais bonitas. Conversamos que chegamos a conclusão que deveríamos troca de habitação. Passeamos conhecemos a praça das armas e fomos procurar outro hostel. Após muita procura, achamos o Honey House, aonde após muita negociação alugamos uma quitinete, quitinete mesmo com banheiro, cozinha montada e microondas. Show.

Como tinha cozinha e a grana tava curta, fomos ao mercado e fizemos compras para os dias que ficaríamos em Arequipa. Além disso, em Arequipa não é habito incluir café da manhã na diária. Depois, andar a toa e descansar. Primeira coisa que vimos e que estávamos em uma cidade grande, afinal parece se a segunda maior cidade do Peru. Muitos caros, com o trânsito ainda mais louco que em cusco, muita gente, muita loja, cidade grande mesmo.

Gastos

14 soles café

50 soles hospedagem

50 hospedagem ( o honey cobrou uma entrada)

75 soles compras

 

Dia 15 01/10/2015

 

Estavamos já na fase de contenção de despesas, então pela manhã fizemos o free walking tour. Como o nome diz e grátis, então fomos. É legal e eu recomendo, andamos a manhã inteira com a guia. Ele mostrou e falou várias coisas a respeito da cidade e da cultura da cidade. Recomendo, o passeio sai da praças das armas, e fácil de achar, começar as 10 da manha e fica uma aglomeração de pessoas. No passeio encontramos alguns conhecidos do passeio em Puno, foi bom ter alguns rostos conhecidos.

A guia falou da medicina local, medicina alternativa local, e no mercado municipal vimos diversos fetos de lhamas e outro animais. Meio sinistro.

A tarde andamos pela cidade batendo fotos e ficamos no quarto mesmo.

Gastos

4,10 gorjeta

20 soles dois chocolates

1 sol pedacinho de chocolate

 

 

Dia 16 02/08/2015

Após dois dias pegando leve, combinamos de sair nesta noite para beber um pouco. Aproveitei e fechei o passeio para o Canyo Del Coca. Após chorar fechei o passeio de um dia por 80 soles.

A tarde passeamos e resolvemos brincar em um cassino. Arequipa e cheio deles, comemos um sanduba e a noite fomos ao pub do wild rover. Muito tudo legal e divertido, se você gosta de beber e divertir, vá lá.

Gastos

+ - 60 soles bebidas

17 soles cassino

80 soles passeio no canyon

17 soles sanduíches

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