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Phi Phi: 3 dias com Sleep Aboard em Maya Bay


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Depois de quase 48 horas de voo/aeroporto (vide post sobre Planejamento para Sudeste Asiático), optamos por começar nossa viagem pelo sudeste asiático da forma mais relaxante possível: pegando uma praia!!! E a praia escolhida (a ilha, na verdade) não poderia ser outra a não ser a famosa Phi Phi!

 

CHEGANDO ATÉ A ILHA

 

Para chegar até a ilha é necessário pegar um barco (ferry). Existem algumas agências que fazem o trajeto e você pode comprar com facilidade a passagem na hora, direto no pier, ou reservar com antecedências (phiphi-ferry.com ou http://www.phuketferry.com).

 

Existem duas opções de barcos que fazem o trajeto Krabi-PhiPhi ou Puket-PhiPhi, um chamado Ferry, que é mais barato e leva 2-2,5 horas para chegar e a outra é chamada Speed Boat ou Speed Ferry, que é um pouco mais cara, mas leva 1 hora para chegar (e sai um pouco mais cedo também, o que gera um ganho de tempo maior no fim das contas). Como tínhamos apenas 3 dias na ilha e estávamos ansiosos para chegar logo, escolhemos o Speed Boat.

 

Embora não houvesse chovido na semana da nossa visita ou na semana anterior, o mar estava anormalmente agitado aquela semana e o barco começou a balançar muito, mas MUITO MESMO! Para completar o pacote, o motor ficava na parte de baixo e o cheiro de óleo e diesel estavam absolutamente insuportáveis naquele ambiente fechado. Foi um perrengue daqueles! A água começou a entrar no barco, famílias com crianças começaram a ficar ainda mais nervosas, todo mundo verde de enjoo, as bagagens absolutamente molhadas e o clima foi ficando tenso. Um pai, cuja filha de 2 anos estava passando mal, pediu para o capitão desacelerar, mas o “capitão” começou a gritar com ele de uma forma absolutamente desnecessária e a confusão se instalou de vez… Foi um verdadeiro fuzuê! Por fim, chegamos (quase) sãos e salvos, depois de 1,5 horas.

 

HOSPEDAGEM

 

Definir onde ficar em Phi Phi foi bastante complicado. A ilha é um lugar de extremos: grande e magníficos resorts isolados e caros ou pequenos hotéis familiares/hostels baratos e ruins. Quase não existem meios-termos entre esses extremos e, para completar, os hotéis se esgotam rapidamente. Chegamos a ver hotéis totalmente esgotados com 2 meses de antecedência, então não deem bobeira!

 

Com relação a localização dos hoteis, Phi Phi toda é incrível e cada praia tem sua particularidade e beleza. Simplesmente não tem como errar! A única praia não recomendada para banho é a praia do pier, Ton Sai Bay. Mas se optar por um hotel perto, não se preocupe, basta atravessar a ilha (o que se faz em 5 minutos a pé) e estará na praia mais agitada, a Loh Dalam. É nessa praia que ficam a maior parte dos bares, mas a noite o barulho é grande, então se você não está procurando balada, fuja dela. Minha recomendação pessoal: fique um dia no centro para aproveitar os barzinhos e os demais em uma praia afastada (exceto se você foi procurando agito, aí tem que ficar no centro mesmo). Ficamos em Long Beach e recomendamos fortemente, muitos peixinhos coloridos e muita paz!

 

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NOSSO CRONOGRAMA NO PARAÍSO

 

DIA 1:

 

Chegamos na ilha por volta das 9:30 da manhã e o barco do nosso hotel estava a nossa espera no pier. Cinco minutinhos depois e já estávamos fazendo o check-in.Subimos para o quarto, colocamos a biquini/sunga e fomos jacarezar na praia.

 

Ao colocarmos os pés na água, surprise, surprise: água deliciosamente morninha e centenas de peixinhos coloridos! São centenas mesmo, sem exagero, e nada de precisar ir até o fundo, eles nadam a centímetros da faixa de areia. Isso porque bem em frente ao nosso hotel fica o Shark Point, um aglomerado de pedras onde é possível ver pequenos e inofensivos tubarões (na teoria né, na prática não li relatos de ninguém que tenha visto e também não vimos).

Subimos para o quarto para descansarmos um pouco do sol e, uma hora depois, quando voltamos para a praia, outra surpresa! Cadê a praia que estava aqui?! O efeito da maré em Phi Phi é uma coisa que eu nunca havia visto na vida! O mar sobe e desce muito rápido e de forma muito intensa! Então, antes de qualquer passeio CONSULTE A TÁBUA DE MARÉS!

 

DIA 2:

 

Acordamos cedo e alugamos um kaiak no próprio hotel por uma hora. Passeamos por toda long beach. Aproveitamos o resto da manhã na praia do hotel e fizemos o check-out as 13:00.

 

De lá, o barco do hotel nos deixou no pier e aproveitamos o tempo para passearmos pelo centrinho de Phi Phi.

 

As 14:00 deixamos a mala no escritório e seguimos para o aguardado passeio de Sleep Aboard em Maya Bay! Rumo A Praia, literalmente a praia das praias!!!!!!!!!! Nela foi gravado o famoso filme A Praia com o Léo DiCaprio!

 

O passeio do Sleep Aboard em Maya Bay é realizado por apenas uma agência e apenas um barco por noite, com 30 pessoas, tem permissão de permanecer na baía de Maya Bay para o pôr do sol e a pernoite. Por isso, é muito importante reservar com antecedência (pelo site http://www.mayabaytours.com/) !!

 

O passeio funcionou da seguinte forma:

 

-15:00- Saída do píer em direção a Phi Phi Lee

 

-15:30 – Passamos pela Viking Cave e seguimos para o no lado oposto da ilha, para snorkel. No dia do nosso passeio não fizemos essa parada porque o mar estava muito agitado no local. Em vez disso, paramos na entrada de Maya Bay para fazermos snorkel lá.

 

O snorkel foi muito bacana, a água é absurdamente transparente e os corais e a diversidade dos peixinhos é impressionante. Infelizmente não tenho nenhuma foto porque não levamos uma GoPro (ou equivalente). Dica: vale muito a pena levar uma nesse passeio. É um investimento que nós nos arrependemos bastante de não termos feito.

 

-16:30 – Voltamos do snorkel para o barco e um bote nos leva até A Praia, finalmente!!

 

Chegamos com a maré baixa, mas, na minha opinião, isso não tirou nenhum pouco do charme daquele paraíso. A Praia é realmente A praia! Maya Bay é incrível, é linda de chorar! E vê-la totalmente vazia, tê-la só para nós, sem disputar espaço com centenas de turistas ávidos pela foto perfeita foi impagável!

Descemos do bote e após alguns segundos de contemplação seguimos para Lo Sama, uma espécie de tablado onde pode-se ver o lado oposto da ilha, uma vista linda. Ficamos lá alguns minutos e voltamos para Maya Bay, para esperar o sol se pôr.

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Uma vantagem da maré baixa nesse horário foi a possibilidade de irmos a pé até uma faixa de areia que fica a direita da praia principal e na qual tem-se o melhor ângulo do pôr do sol (com maré alta só se chega de barco). Foi demais… o sol se pondo no paraíso e apenas nós e outras 15 pessoas lá para vermos…

-18:00- O jantar foi servido na praia, em esteiras na areia. Havia um curry de frango e arroz com legumes que estava surpreendentemente saboroso! Depois do jantar eles deixam um tempo para jogar cartas, conversar ou andar pela praia. Fizemos um pouco de cada.

 

-20:00- É servido um churrasco de frango ao barbecue (muuuito bom!) e um bucket de bebida é dado para cada pessoa. Logo após começam os jogos em grupo. Se você não tiver na vibe, sem problemas, o pessoal deixa todo mundo bem livre para andar na praia. Eu recomendo interagir com a galera um pouco e depois ir deitar na praia, longe do barulho, no meio do nada e ficar olhando as estrelas… fizemos isso e foi demais. Deitar na areia, ouvir o mar, ver o céu estrelado e não ouvir nenhum barulho além da natureza… incrível!

 

-22:00- Botes vieram para nos levar de volta ao barco principal para o aguardado mergulho com os plânctons fluorescentes!!

 

Algumas pessoas do nosso grupo não quiseram mergulhar porque não queriam dormir molhadas e salgadas (é galera, não tem chuveiro, tá) e também porque a brisa do mar estava fria. Entretanto, o mar estava muito morno e gostoso, não se deixem enganar pela brisa!! Na minha opinião, quem está na chuva é para se molhar… nesse caso, quem está no meio do oceano é para se molhar ainda mais!!!!!

 

Pegamos o snorkel e pulamos na água! Gente, FOI INDESCRITÍVEL! Não há câmera que consiga captar o brilho emitido pelos plânctons, por isso não temos foto. É uma experiência para ficar na apenas memória pelo resto da vida. A medida que você e as pessoas ao seu redor se movimentam, a água brilha em um tons de azul e verde. É como estar nadando no céu e poder tocar as estrelas… sério, o passeio todo vale muito a pena por causa desse momento!!!

 

-22:30- Voltamos para o barco, tomamos “banho” de lenço umedecido, trocamos de roupa e fomos dormir. Essa parte não foi legal. Dormimos em colchonetes e sacos de dormir e podíamos escolher entre ficar na parte de cima do barco ou na parte inferior, coberta, na qual ocorre uma festinha até as 3:00 da manhã (não estávamos no clima, ainda estávamos muito cansados da longa viagem de avião).

 

O dia estava muito quente, mas de madrugada a brisa do mar estava congelante. Estávamos de blusa de frio e com sacos de dormir até o pescoço, mas foi quase impossível pegar no sono devido ao frio e ao barulho da festinha.

 

-8:00 dia seguinte- “Acordamos” e tomamos café da manhã (simples, mas honesto). Pegamos o snorkel e fizemos mais uma horinha de mergulho.

 

-9:30- Pegamos os botes e fomos de volta a Maya Bay. Pegamos a praia com a maré cheia e o cenário se transformou de maravilhoso para indescritível. O sol batendo naquela água e refletindo as nuances verdes e azuis é demais.

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É uma pena que a parada é bem rápida, tempo suficiente apenas para as últimas fotos (inclusive para a famosa foto do grupo pulando, como na cena final do filme).

 

Maya Bay deixou um gostinho de quero mais, uma sensação de quão pequenos somos perante a grandiosidade da natureza. É um lugar que quero voltar sem dúvidas!!! Li relatos de muitas pessoas que detestaram o lugar devido ao volume de turistas numa praia que é bem pequena. Minha dica para você não se decepcionar é chegar cedo, cedo mesmo, as 6:00 da manhã! Mesmo que a maré esteja ruim no dia, chegue esse horário e curta um pouco da praia só para você.

-10:00- Voltamos para o barco rumo a Phi Phi Don. Fim de passeio.

 

VALE A PENA FAZER O SLEEP ABOARD? Depois de fazermos o passeio, Rafa e eu ficamos conversando sobre se valia a pena ou não, se faríamos de novo ou não. Honestamente é difícil dizer. Ter a praia só para nós, sem disputarmos com mil turistas foi fantástico, ver o pôr do sol de lá foi um privilégio e nadar com os plânctons foi inesquecível. Entretanto, passar a noite em claro, tremendo de frio, com o corpo cheio de sal e molhados do mergulho noturno não foi legal. O barulho da festa dentro do navio incomodou bastante quem queria descansar (e éramos a maioria). A festinha deveria ser feita na praia e não no barco. O preço do passeio foi bem salgado (foi o mais caro de toda a viagem)… com o que gastamos nele, poderíamos ter ficado em um resort e termos alugado um barco privado para nos levar até Maya Bay ao amanhecer e termos a praia só para nós da mesma forma (mas perderíamos o snorkel com os plânctons, que é fenomenal). Rafael faria de novo? Não. Camila faria de novo? Sim. Honestamente, na dúvida, faça e tire suas conclusões.

 

Dica: sua bagagem ficará no escritório deles, então leve uma mochila com tudo que possa precisar. Indico: lenço umedecido, álcool em gel, toalha de natação, uma troca de roupa, uma blusa de frio, tampão de ouvido, pente, escova de dente,protetor solar, repelente e câmera fotográfica/celular carregados.

 

 

 

DIA 3:

 

Chegamos do Sleep Aboard por volta das 11:00 e fomos deixar nossas coisas no hotel. Almoçamos numa padaria e seguimos pegar uma praia por volta das 14:00. Desta vez, fomos para Loh Dalam, a mais badalada das praias de Maya Bay.

 

Por conta da maré, tratamos logo de alugar um kaiak lá e fomos remando até Monkey Beach (fica a uns 20 minutos de remada, dá para ir tranquilo). Essa praia fica escondida e é repleta de macacos – que são atraídos pela comida dos turistas. Fique atento porque os danados roubam as mochilas para verem se tem comida. Aqui vai um pedido: não seja irresponsável, não alimente os macacos! Isso deixa os animais ociosos e a nossa alimentação não é apropriada para eles!!!

Pegamos só uma hora de kaiak, então foi o tempo de irmos, darmos um mergulho e voltarmos. Peguem de 2 a 3 horas de kaiak para curtir de verdade essa água incrível e cheia de peixinhos. Novamente: cheque a tábua de marés para não ter que voltar com o kaiak nas costas!

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Voltamos ao hotel por volta das 16:00 e fomos tirar uma sonequinha (já que não havíamos dormido) antes de subirmos para ver o pôr do sol no View Point. Não colocamos despertador… acordamos as 21:00. =/

Fomos tentar aproveitar a noite em Phi Phi. Passamos rapidamente nos bares de Loh Dalam e também fomos ao Reggae Bar (Muay Thai bar). Esse bar tem um ringue de Muay Thai no meio do salão e quem luta são os clientes! Qualquer um pode lutar (e ainda ganhar um bucket na faixa). É super engraçado sentar á e ficar vendo as lutas… algumas pessoas lutam super bem, mas outras… só risos!

 

DIA 4:

 

Nosso barco rumo à Krabi saía as 10:30 da manhã, então acordamos cedo e fomos conhecer o View Point. De dia ele perde parte da magia que tem ao pôr do sol, mas mesmo assim vale a passada.

 

Aqui fica mais uma dica: são dois os caminhos que levam do centro ao View Point, um de escadas, curto e rápido e outro no qual você sobe uma ladeira de terra e é muuuito mais longo. Não sabíamos da existência desse caminho e adivinha qual pegamos?! Então peça informações antes de sair seguindo as placas.

Do View Point é possível ter uma idéia do porque o Tsunami foi tão devastador… todo o centro da ilha, onde fica a maior parte dos hotéis, fica nessa faixinha de terra entre as duas praias. Basicamente não havia para onde correr. =(

 

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Outro passeio muito bacana e que não conseguimos fazer devido ao tempo curto foi o das ilhas de Mosquito e Bamboo. Conhecemos um casal de brasileiros que achou tão incrível quanto Maya Bay, então vale dar uma conferida.

 

E aqui termina nosso tempo em Phi Phi! Em resumo: leu que o lugar é cheio de gente e muito turistico, que vale a pena ir para outras praias e está na dúvida? Esqueça! Phi Phi é demais! Se quiser fugir da badalação, escolha Long Beach ou uma praia bem na ponta norte da ilha e contrate um barco para fazer os passeios pelas diversas ilhas e praias ao redor.

 

Este post é um resumo, veja o relato na íntegra e com mais fotos em: https://umcasaleumamochila.wordpress.com/2016/03/10/tailandia-phi-phi/

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