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Estrada Real: Diamantina a Ouro Preto (Caminho dos Diamantes e Caminho de Sabarabuçu)


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Nossa saída foi desde São Carlos, SP, até Diamantina de ônibus. O objetivo era chegar até Ouro Preto mas por conta do rompimento da barragem de Bento Rodrigues (Mariana) decidimos fazer o trecho do Caminho dos Diamantes até a Vila de Cocais (distrito de Barão de Cocais) e de lá seguir em direção a Caeté, iniciando assim o caminho de Sabarabuçu. Assim não fizemos o trecho oficial do caminho dos Diamantes completo. Como comentários geral diria o seguinte, a estrada é muito bem sinalizada, os marcos indicam bem o caminho o que evita que tomemos uma bifurcação errada. Ao longo de todo o caminho encontramos dois marcos caídos, retirados do lugar que deveriam, e que poderiam gerar dúvida, mas a poucos km encontramos outro que nos indicaram que estávamos no caminho certo. Chegando em Ouro Preto, a funcionária que nos atendeu para carimbar o passaporte e nos dar o certificado disse que poderíamos registrar comentários e dificuldades num livro, mas quando comentamos o problema dos totens ela nos informou que era responsabilidade dos municípios cuidar deles, mas como alguns não fazem, o instituto a cada ano tem um funcionário que faz todo o trajeto de carro para verificar a condição da sinalização e tal, e que ela estava fazendo o percurso nesse mês de julho e provavelmente o lugar onde identificamos a falta dos totens já teria sido notificado. Narrei essa história pois achei interessante e tranquilizador saber que eles repassam o caminho, mantendo a sinalização atualizada! Para quem quiser conhecer melhor a estrada real, nós utilizamos as informações disponíveis no site do Instituto da Estrada Real: http://www.institutoestradareal.com.br e também um guia para ciclo turistas http://www.olinto.com.br/index.php/guia-livro-dvd-viagem-bicicleta/estrada-real-caminho-diamantes/

Combinamos as informações, adotando algumas variações que o Olinto propõe no guia. Como a edição é de 2013, o guia é um pouco defasado em relação aos preços das diárias de hotel, mas as indicações continuam válidas e os telefones também, então é possível ligar para verificar os preços... Vou colocar os gastos que tivemos em cada lugar, talvez sirva de parâmetro se alguém estiver planejando fazer a viagem! Todos os gastos são para duas pessoas; fiz essa viagem com meu companheiro. As escolhas de hospedagem e alimentação nem sempre foram as mais baratas, mas também não optamos por lugares caros e chiques. Mas algumas vezes decidimos comer em lugares mais interessantes, que não eram necessariamente os mais baratos ou estávamos cansados demais para ficar rodando vários lugares e usávamos como parâmetro os valores que havíamos pagados em outras cidades para não pagar caro demais!

Não vou colocar detalhes do trajeto de ônibus, pois acho que não tem interesse, vou só relatar o despacho das bicicletas no bagageiro! Fomos até BH pela Motta, e não tivemos nenhuma dificuldade em embarcar as bikes, no dia que comprei a passagem o funcionário apenas me solicitou que embalasse os pedais, correntes e tal, para não correr o risco de estragar outras bagagens. Resolvemos com papelão, fita adesiva e plástico. Chegando em Bh, a Pássaro Verde que faz o trecho até Diamantina, parece que cobra uma taxa para colocar as bikes no bagageiro (eles consideram que bike não é bagagem) mas o funcionário da empresa não tinha a tabela para poder cobrar!! :roll: Por fim, depois de enfatizar que deveria ser cobrado, por regra da empresa, ele colocou as bicicletas e não cobrou...

 

1 ˚ parada: Diamantina

Decidimos ficar dois dias completos na cidade para passearmos! Como moramos em Minas há alguns anos, conhecemos várias das cidades por onde passaríamos, mas algumas queríamos visitar com mais calma (esse era o caso de Diamantina), ou conhecer coisas que não havíamos conhecido em outras viagens, isso determinou o número de dias a mais em alguns lugares ou termos passado mais rápido por outros lugares que já conhecíamos bem.

Sobre o hotel: chegamos em Diamantina as 4h30 da manhã, escolhemos ir a um dos hotéis indicados no guia do Olinto, não comparamos preço... apenas ficamos muito felizes que a proprietária abriu a porta e nos recebeu aquele horário! (Aliás a senhora é uma figura impar ::lol3:: ) Ela nos cobrou 3 diárias (contando então a noite que chegamos as 4h30), mas ficamos felizes de ter uma cama quentinha depois de tantas horas de bus, e o café da manhã nos esperando antes de sair para passear. O quarto era simples, com banheiro e o café da manhã era simples, mas gostoso. Talvez houvesse opções mais baratas ou melhores, pois existe uma boa quantidade de hotéis na cidade...

Os dois dias em Diamantina dividimos assim: domingo: para passear pela cidade histórica (e solicitar o passaporte da estrada real - segundo lemos é legal pedir o passaporte, pois ajuda a controlar o número de usuários e que ajuda a capacitação de recursos para manter os caminhos "vivos"). Nós optamos por visitar a igreja de São Francisco e o museu do Diamante e usar o resto do dia para perambular pela cidade. Na segunda-feira fomos ao Parque do Biri-biri que fica a 16 km do centro, fomos pedalando até lá: tomamos banho de cachoeira e visitamos a menor vila (do Brasil eu acho)!

 

Gastos (p/ 2 pessoas):

Almoço: 70,00

Suco: 11,50

Estrada Real: 8,00 (dois kg de alimentos não perecíveis)

Hotel: 450,00 (3 diárias)

Lanche: 12,00 (que levamos para comer durante a pedalada pelo parque do Biri-Biri)

Jantar: 53,41

Coca-cola: 4,00

Jantar: 79,42

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2˚ parada: Milho Verde

Saímos na terça-feira, em direção a Milho Verde, primeiro dia oficial da pedalada! As 07h15 saímos da pousada, que ficava pertinho da Igreja do Rosário, ainda tivemos a oportunidade de dar uma espiada no interior da igreja (que estava fechada no domingo). Não somos ciclistas super preparados, então planejamos fazer em média 40 a 50 km por dia, as vezes menos, pois condicionamos algumas paradas aos lugares que queríamos conhecer melhor. Além disso, nosso objetivo não era melhorar nossa performance esportista melhorando nosso rendimento como ciclistas; para nós a bicicleta era um meio de transporte que nos permitiria apreciar a paisagem, o relevo, ver a mudança suave da vegetação e das formações geológicas ao longos dos mais de 500 km percorridos. Nesse primeiros km tivemos que nos adaptar a pedalar com a bicicleta pesada, eu carregava uma mala pequena presa ao bagageiro (que improvisamos pois eu não tenho um alforge) e meu companheiro um par de alforjes de 20 litros cada. Essa era toda a nossa bagagem, contando roupas, sapatos, ferramentas etc.

Não vou precisar aqui a altimetria, pois de um modo geral, posso dizer que desses km todos me lembro de incontáveis subidas! Boa parte da estrada real passa pelo alto dos morros (que não são poucos nas Gerais). No site do instituto e no guia que citei acima tem a altimetria para cada trecho. A saída de Diamantina começa com um trecho asfaltado que termina com uma descida íngreme. Depois começa o trecho de estrada de chão, e a maior dificuldade foram as obras em andamento para chegada do asfalto (eles estão asfaltando o trecho de Diamantina até Milho Verde... ::putz:: ) Por isso a terra está muito revirada, fofa o que atrapalha muito além dos vários caminhões e máquinas que encontramos no trecho de diamantina até Vau. Quando somem as máquinas e as obras a viagem fica bem mais agradável, a estrada melhora para nós ciclistas e desaparece o barulho incômodo!

Desse dia o mais marcante foi a subida para chegar em São Gonçalo do Rio das Pedras!!! Saindo de Diamantina, passamos por Vau e de lá seguimos em direção a São Gonçalo (são apenas 7 km) mas demoramos algo como umas duas horas só para fazer o trecho, pois metade do trecho é uma subida em um barro fofo que parece talco, no qual o pé afunda um tiquinho e depois desliza em uma camada de pedras, ou seja, não dá tração para empurrar a bike (sim, empurramos as bicicletas muitas vezes morro acima ao longo da viagem). Chegamos na cidade pela 1h30, famintos, paramos para almoçar no bar do Ademir (acho que era esse o nome), comida boa, o dono super simpático nos contou várias histórias da época das greves em São Bernardo (ele morou muitos anos no ABC paulista na década de 80 e se identificou com meu companheiro que é de lá!) Conversamos com outros turistas que estavam passando por ali também, aliás um movimento atípico segundo o seu Ademir para um terça-feira.

Seguimos para Milho Verde revigorados, e mais animados, pois eu tinha a impressão que a pior subida ainda nos esperava a frente, mas o dono do bar nos assegurou que o pior havia passado, e que até Milho Verde seria bem mais tranquilo, e era verdade. Ainda assim sofri a única queda da viagem: no plano, andando super devagar, já quase na entrada da cidade... acho que caí de cansaço! Chegamos na cidade as 16h, passamos pela igrejinha (do Rosário?) que aparece num encarte de um disco do Milton Nascimento (e que o seu Morais tem numa moldura no restaurante da pousada!), apreciamos o vale e as montanhas ao longe que se vê dali e seguimos para procurar a pousada, fomos para a Pousada Morais, indicada pelo guia, e parece que a mais antiga do lugar. Nos recebeu seu Morais, nos instalamos no quarto e começamos o que seria desde então nossa rotina diária: tomar banho e lavar as roupas. A pousada é também restaurante, mas ou ele não funciona a noite ou porque era dia de semana e não havia movimento de turistas estava fechado. Saímos para comer alguma coisa: para nossa surpresa tudo absolutamente fechado! Não conseguimos achar nem uma padaria aberta, o único lugar aberto era um boteco, que não tinha nada para comer e que quando passamos em frente vimos um de seus últimos clientes saindo ajudado por outros dois... o bar fechou logo após passarmos em frente. Parece que dos muitos comércios que existem na cidade, a maioria só abre nos fins de semana. Isso era por volta das 19h. Desistimos, comemos uns biscoitinhos que tínhamos na mala e fomos dormir pois o cansaço era bem maior que a fome; tínhamos almoçado um pouco tarde e comido muito bem. Mas isso foi uma das razões para nossa mudança de planos: havíamos previsto ficar duas noites em Milho Verde, para conhecer as cachoeiras, mas por fim, decidimos seguir viagem no dia seguinte. As cachoeiras pareciam bem bonitas, mas encontraríamos outras pelo caminho, além dos muitos rios que cruzariam a estrada, e pensamos que depois de voltarmos da cachoeira ficaríamos a tarde sem ter o que fazer e sem lugar para comer...

 

Gastos (p/ 2 pessoas)

São Gonçalo do Rio das Pedras

Almoço: 43,00

Milho Verde:

Hotel: 120,00

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3˚ parada: Serro

Saímos do hotel as 8h15, uma hora mais tarde do que no dia anterior, pois o pão de queijo do café da manhã demorou um pouquinho a mais para ficar pronto!! O plano original era seguir até Tapera, fazendo o que seria um dos maiores trechos (62 km). Faríamos esse trecho, para ficarmos mais próximos da entrada da estrada que vai até Tabuleiro (nos sobrariam para o dia seguinte 54 km até lá). O trecho que vai de Milho Verde até o Serro está todo asfaltado, mas não tem tráfego intenso de carros e caminhões. Seguimos tranquilos e chegamos as 11h no Serro. Fazia muitos anos a última vez que havíamos estado na cidade, e ao atravessarmos o centro histórico para carimbar nossos passaportes decidimos dormir ali, e aproveitar o resto do dia para visitar as igrejas, perambular pelo centro, comer bem e comer o queijo do Serro!! Decidimos reorganizar o trecho seguinte, ao invés de irmos no dia seguinte até Tapera, andaríamos mais 11 km até Córregos, ficando mais próximos do Tabuleiro (faltariam 43 km até lá). Todo esse planejamento para ir ao Tabuleiro era porque queríamos chegar no Tabuleiro dormir, e só no dia seguinte ir até a cachoeira, pois o horário para o início da visitação é até as 14h, assim chegar direto do pedal para ir a cachoeira seria complicado...

Nos instalamos numa pousada perto do centro de turismo, Pousada do Queijo, cumprimos nossa rotina diária, acrescida de uma tarefa a mais: colocar as roupas que não haviam secado na parada anterior para secar. Nosso quarto possuía duas janelas grandes expostas ao sol da tarde. Isso nos permitiu secar toda a roupa! Saímos para almoçar, atravessamos o centro novamente em direção a entrada da cidade e fomos comer num restaurante simples chamado "Dodoia e júnior", uma das melhores comidas da viagem!! Restaurante self-service (preço fixo), mas além das carnes que já estão prontas você pode pedir para fazer um bife, meu companheiro pediu um bife de fígado que deixou ele radiante!! Na parte da tarde nos ocupamos em descansar um pouco, pois o sol estava inclemente! E depois fomos passear pela cidade, visitar igrejas e comer pedaços de queijo num boteco. De noite resolvemos repetir o restaurante, pedimos um caldo de mandioca e uma porção de queijo com um suco de limão! Descansar, dormir e esperar o trecho seguinte!

 

Gastos (p/ duas pessoas)

Hotel: 140,00

Almoço: 37,00

Queijo: 7,00

Lanche: 6,00 (para o dia seguinte)

Jantar: 25,00

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4˚ parada: Córregos

Saímos do Serro em direção a Córregos. O primeiro trecho até Itapanhoacanga decidimos seguir as indicações do guia de Olinto, ao invés de seguir os marcos do Instituto da Estrada Real, que passaria por Alvorada de Minas. O caminho indicado pelo guia segue a MG 010, que segundo ele (o guia é de 2013) estava prevista de ser asfaltada, mas até hoje ainda é uma estrada de chão! :D Antônio Olinto e Rafaela Asprino fizeram várias pesquisas históricas, e indicam que parece que nem a mg 010 nem o caminho do instituto seriam exatamente o traçado original, mas a eles pareceu estranho um caminho que passasse por Alvorada de Minas, pois não aparece citada em nenhuma das fontes antigas, por isso eles resolveram mapear o trecho da mg 010 no guia, por ser o mais perto do traçado original... Deixo os detalhes para quem tiver curiosidade de ler o texto dos dois ciclistas... Ele indica que seria provavelmente o único trecho plano do Caminho dos Diamantes, e realmente não voltamos a encontrar um trecho tão tranquilo! Em compensação entre Itapanhoacanga e Tapera encontramos a subida mais memorável de todo o trajeto!! A vista é incrível, pois lá de cima vemos os mares de morros se estendendo até o horizonte, mas várias vezes nos questionamos sobre o porque daquela mania de passar as estradas pelos altos dos morros! O trecho todo foi bem difícil, apesar de serem pouco mais de 14 km!! Demoramos bastante para fazer o trecho e como não havíamos conseguido sair bem cedo da pousada (muitas vezes o horário do café da manhã nos atrasava a saída...) chegamos em Tapera por volta das 14h... Os dois lugares que deveriam nos fornecer o carimbo eram pousadas e ofereciam almoço, mas um dele estava fechado pois o dono havia precisado sair, e a outra havia alugado a pousada para um casamento e estava se preparando a festa... Ou seja, nem carimbo nem almoço!!! Por fim conseguimos descobrir que numa associação (cultural?) havia o carimbo, conseguimos carimbar depois de perguntar a várias pessoas, uma menina abriu a associação (pois a pessoa que deveria estar lá não estava...) e carimbou. Mas ainda havia o problema do almoço. A mesma menina nos informou que havia uma padaria na saída da cidade, e preferimos tentar comer algo lá, ao invés de irmos ao único mercadinho que havia no centro, pois só tinha coisas como biscoitos e refrigerantes... Seguimos até a padaria, que também não tinha muitas opções, mas o dono super atencioso se propôs a nos fazer um misto quente! Seguimos até Córregos, pois mesmo que decidíssemos ficar em Tapera, talvez não haveria hospedagem, pois não sabíamos se o dono da pousada voltaria aquele dia, e a outra não havia feito nenhuma questão de nos receber, apesar do casamento ser no fim de semana e ainda ser quinta-feira. Seguimos! Chegamos em Córregos por volta das 16h, fomos até a pousada Estrada Real, indicada no guia que além de alojamento oferecia refeições. O preço da pousada não foi muito em conta, comparada com outras em que ficamos, mas a possibilidade de jantar não nos deixou dúvidas de que iríamos ficar ali! Combinamos o jantar e fomos cumprir a rotina diária e descansar até o horário combinado. Jantamos e dormimos super cedo pois a subida para chegar em Tapera e o almoço falhado nos deixaram exaustos!

 

Gastos (p/ 2 pessoas):

Itapanhoacanga

Bebidas: 9,00

 

Tapera

Almoço: 13,20 (nossos mistos quentes, bebidas...)

 

Córregos:

Hotel: 160,00

Jantar: 30,00

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Editado por Visitante
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5˚ Parada: Tabuleiro

Depois da longa subida para Tapera, decidimos tentar sair mais cedo dos hotéis, (negociar um café da manhã mais cedo...), para evitar chegar nos lugares para um almoço tardio, pois em algumas cidades e distritos era complicado encontrar lugar para comer, e principalmente, para evitarmos o sol em seu pior horário. Saímos bem cedo de Córregos, mas ainda assim não muito antes das 7h, pois o pão de queijo demorou um pouquinho... rs. O responsável pelo hotel nos disse que para o Tabuleiro haveria um caminho que não precisaríamos passar por Conceição, e que passaria por Ouro Fino e nos economizaria uns 20 km, mas que não estava sinalizado e que provavelmente teríamos dificuldade de encontrar... talvez com uma pesquisa na internet (wikiloc, strava...) seja possível achar as indicações, o que evitaria ter que passar duas vezes pelo mesmo trecho (que vai de Conceição ao Tabuleiro). Seguimos então pelo caminho previsto.

Seguimos em direção a Tabuleiro, chegamos a Conceição do Mato Dentro, mas não fomos até o centro da cidade, pois a entrada da estrada para o Tabuleiro é uma saída a direita, antes do centro. O trecho que vai até o tabuleiro inicia com asfalto, mas depois é estrada de chão, e não faz parte do trajeto da Estrada Real, mas optamos pelo desvio de quase 40 km (ida e volta) para conhecer a cachoeira do Tabuleiro! Chegamos no distrito pouco antes das 12h, nos instalamos no Ecohostel, que fica logo na entrada do lugar. Deixamos as bikes, e fomos procurar um lugar para almoçar... O hostel tem almoço, mas tem que ser solicitado pela manhã. Fomos em direção ao centro, onde nos informaram que haveria um restaurante. Mas ele estava fechado. O açougue do distrito tem pratos feitos e marmitex, mas como estão asfaltando a rua de acesso ao centro, já não havia mais almoço por conta da demanda dos funcionários da obra... Voltamos para o hostel, pois o dono e a funcionária (Dona Neuza) haviam dito que se não encontrássemos nada aberto (apesar de ser sexta-feira, início do movimento do fim de semana...) teriam coisas como omeletes, tortinhas... no bar do hostel... Voltamos... conversei com a Neuza, e perguntei se era possível mesmo que improvisado, termos algo mais parecido com um almoço! Ela fez! Comemos bem, bife de frango, arroz, feijão, salada e batata frita!!

No Tabuleiro ficamos duas noites, a parte da tarde do primeiro dia andamos um pouco pelo centro, sentamos na porta da igreja... e depois descansamos bastante! No dia seguinte acordamos, tomamos café da manhã (muito bom, provavelmente um dos melhores da viagem! Os bolos da Neuza são incríveis!). Saímos para o parque, pensamos que seria possível fazer as duas trilhas (a que tem a vista de cima da cachoeira e a que tem a vista de baixo), mas na entrada do parque nos disseram que é muito difícil fazer as duas no mesmo dia devido a distância da primeira (acho que 15km) e os horários estipulados para início do retorno a entrada do parque. Acho que seria viável se tivéssemos chegado a entrada do parque no horário de abertura, assim iríamos primeiro na parte alta, e na volta a parte baixa. Mas isso não foi um problema, pois queríamos aproveitar o dia para descansar para as próximas etapas, então fazer o parque todo talvez não seria a melhor ideia. A trilha até a cachoeira segue descendo pela encosta do rio e depois pelo próprio leito do rio. O caminho é sinalizado por flechas vermelhas que vão mais ou menos te guiando pelas enormes pedras do rio até o lago onde cai a cachoeira. Por ser inverno, quase não havia água e antes que ela chegasse ao poço ela era espalhada pelo vento. Mesmo assim muito bonito! Eu duvido que teria coragem de ir até a cachoeira no verão... seguir pelo leito do rio com chance de ser surpreendida por uma chuva de verão não me pareceu uma ideia segura...

Voltamos para o hostel por volta das 14h para almoçar (tínhamos deixado o almoço encomendado!!!) Na volta passamos pelo centro onde o restaurante que no dia anterior estava fechado estava aberto... parecia um lugar simpático, até para tomar uma cerveja e uns petiscos antes do almoço, mas não quisemos arriscar a ficar sem almoço, então já tínhamos compromisso no hostel! Ficamos de voltar a tarde para comer alguma coisa, mas encontramos no hostel um cara do RS, que é guia e faz travessias e ficamos conversando até o escurecer sobre lugares e viagens, e perdemos o pique de ir passear e comer alguma coisa no restaurante!

Combinamos o café da manhã com a Neuza bem cedo (apesar do horário ser as 8h), ela se disponibilizou a fazer as 7h, horário que ela chega ao trabalho!

 

Gastos (p/ duas pessoas)

Hotel: 300,00

Almoço: 88,00

Biscoito: 2,20

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