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Foz do Iguaçu sem Paraguai. Dez. 2013.


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Em meu imaginário Foz do Iguaçu sempre foi sinônimo de Paraguai, talvez por minha cidade ter muitos camelos, que costumam viajar frequentemente para Ciudad Del Este para trazer mercadoria. E por muito tempo a única impressão que tinha de Foz, era essa, reforçada há 20 anos atrás, quando sei lá porque cargas d'água, inventei de “viajar para o exterior”, peguei minha mãe a tiracolo, e fomos ao Paraguai. Não sei se por ser um recém adolescente, pouco viajado, ou sei lá o que, mas a impressão que tive daquilo tudo, foi a pior possível, milhares de ambulantes oferecendo todo tipo de porcaria, crianças de 6 anos de idade carregando enormes sacolas de muamba, um formigueiro de gente, e sujeira por todos os lados, pra mim se aquilo ali não era o inferno era sem duvida uma imitação muto bem feita. E essa imagem, apagou por muito tempo qualquer esperança de que pudesse existir qualquer forma de beleza perto daquele caos. Mas agora já com 34 anos, e bem mais viajado e vivido, achei que era hora de conhecer umas das 7 maravilhas da natureza, as tais Cataratas do Iguaçu. Confesso que não foi uma escolha planejada, e sim de impulso, foi por ver um pacote promocional na internet, e não consegui me segurar e acabei comprando-o-o. Mas pelo menos dessa vez fiz os temas de casa do bom turista, dei uma pesquisada nas dicas sobre Foz, e seus arredores, e um bom site pra isso é o feriasbrasil.com.br, com diversos depoimentos sobre onde ir, comer, como chegar, e o que fazer. Dentre essas achei interessante a indicação dos passeios, pela empresa Loumartur, um citytour por Foz, visitando o Templo Budista, a Mesquita Árabe e o Marco das três Fronteiras; e outro com uma noite na Argentina, com visita ao Ice bar e Cerveteca. A negociação foi muito fácil, o atendimento excelente, e assim estava tudo pronto para passar dois dias em Foz. Saída de Santa Maria.RS, com 2 horas de atraso, mas nada que umas longnecks, não ajudassem a suportar, na viagem pegamos muita chuva, e eu já desesperado achando que a viagem tinha ido pra “banha”, e minha mulher dormindo, sem dar bola pra nada, somente chegando a Foz que o temporal deu trégua, e fez um dia bonito e quente, dum sol paranaense. Como chegamos passadas as 10 horas da manhã, foi muita sorte eu não ter marcado passeio pras 9 horas, como queria, pois, pelo atraso do nosso ônibus, não iria fechar os horários. Deu tempo pra descansar um pouquinho, sair para comer um lanche perto do hotel Normandie, onde ficamos, simplíssimo, mas bem localizado, bem no centro de Foz; depois sair para o primeiro passeio as duas da tarde, e o motorista/guia da Loumar turismo chegou com pontualidade britânica, para nos levar para o citytour. Entramos na van, nova, com ar condicionado e tela de LCD, onde o motorista/guia, André, ia contando a história de Foz e tentando descontrair os passageiros, apenas 8 o que também contribui para um tour mais calmo. Historias sobre o tal Cabeça de Vaca, como Santos Dumont ajudou a passar foz para o governo brasileiro, entre outras tantas interessantes e bem contadas. Primeira parada Marco das Três Fronteiras, onde se vê o rio Paraná, em toda sua grandiosidade, e os marcos do Brasil, Argentina e Paraguai (dois obeliscos e o do Paraguai é um tonel gigante, tinha que ser...); bonito lugar, e boa parada pra comprar artesanatos, lembranças e bugigangas. O guia é bem calmo, e ficamos ali mais de meia hora, da tempo de sobra para aproveitar o lugar e fazer compras. Segunda parada Mesquita Árabe, que por ser sábado estava fechada e só deu para ver de fora, é grande branca e bonita, mas pra mim, grosso do sul, é apenas uma igreja diferente. No fim fomos a loja de doces Árabes, Almanara que fica em frente; e que doce bem doce. Ultima parada e a verdadeira razão de eu ter optado pelo citytour, Templo Budista. Que Lugar! Sou fã da arte oriental, e o lugar é muito mais lindo do que eu esperava, com suas estatuas enormes, vastos jardins, e uma paz, que conforta a alma. Tudo que eu precisava para espantar o estresse de final de ano. E pitoresco, pelo menos pra nós, foi ver um chinesinho, de metro e cinquenta, com chapéu e roupa de camponês, uma figura realmente excêntrica (para nós ao menos), a mulher queria que tirasse foto do cara, mas daí achei muita falta de respeito, deixa ele, e depois fomos saber que aquela figura tão simples era um engenheiro que estava construindo novos monumentos para o templo. Aqui cabe parabenizar o André, simpático, gente fina, e tem muito domínio de seu oficio, até respondeu uma pergunta sacana que fiz sobre budismo, sacana pois depois de várias pesquisas, nunca ninguém tinha me explicado o que era aquela imagem do Buda gordo e sentado, cheio de dinheiro. Nunca entendi isso, se Buda era vegetariano e possuía voto de pobreza, como ficou gordo? Bom o guia explicou, parabéns a ele. As 17 horas, retornar ao hotel, dar mais uma volta pelo centro de Foz, e impossível a nega véia, não bater nas lojas da cidade. Fazer lanche, tomar banho e 10 min. Antes do combinado as 19 e 30, surge o outro motorista/guia da Loumar, para o passeio a Argentina Bohemia, dessa vez era o Cristiano, mais quieto, mas gente boa também. Nos levou para o lado argentino da tríplice fronteira, pois, como queria relaxar, não estava com saco para visitar o Paraguai dessa vez, deixa pra próxima (se houver). Em Puerto Iguazu, fomos direto ao Ice Bar, um lugar muito louco, pelo menos pra mim. Na entrada te dão um casaco grosso da cor laranja, tipo daquele que se vê nas reportagens sobre Antártida, e depois tu entra numa sala grande, cheia de esculturas de gelo, com um som tecno muito alto, onde um barman (educado estilo argentino), vai fazendo drinks, e tu tenta entender o que ele diz, pois, entender castelhano já não é fácil, imagina com aquele som todo nos ouvidos. Mas pelo menos os drinks são muito bons, e tu fica uma meia hora, bebendo e curtindo aquele clima surreal, ver uma turma de brasileiros, bem locona, dançando lambada, e as brasileiras de saia e salto alto naquele frio todo, também contribuiu para achar o lugar bem maluco. Saindo do Ice Bar (um experiencia que realmente recomendo), ficamos no centro de Puerto Iguazu. Puerto Iguazu é um centro gastronômico, com diversos restaurantes, e barzinhos muito legais, até estranho um lugar tão pequeno com tantas opções e estabelecimentos tão sofisticados e bacanas. Tem também a chamada “feirinha”, mas achei muita suja, e sem graça, jantamos e ficamos pelo centro andando pelas lojas, com produtos bem acessíveis e interessantes. De decepcionante foi não poder realizar meu sonho de me deliciar na Cerveteca, Código cerveja, pois, como só haviam me sobrados notas de 100 dólares, e eles não conseguirem trocar, tive que ficar a seco, mas nem isso estragou o passeio (fica a dica, leve reais, pois como não é zona de livre comércio eles tem dificuldade de trocar dólar). Mas o lugar é bem legal, pequeno, mas repleto de cervejas importadas de tudo que é canto, pra quem gosta uma maravilha mesmo. Pela meia noite voltamos ao hotel, para descansar para no outro dia visitar as Cataratas e Parque das Aves. Dormimos bem pouco, pois fomos dormir lá pelas 2 h, e acordamos as 7 h, para pegar o ônibus da excursão. Como sempre em excursão grande, entramos cedo no ônibus e saímos atrasados, somente as 9 horas para as Cataratas. Lá aquela montoeira de turistas de tudo que é canto do mundo, e fomos apresentados a guia Josebete. Uma figura, bem baixinha, e espevitada, com sua sombrinha erguida, para sinalizar pra seus guiados. Já as Cataratas são muito mais do que pude imaginar, só quem foi pra saber. Lugar lindo, e perfeito, mas como sempre o que estraga são as pessoas, muito turista tonto e mal educado, querendo monopolizar os lugares de foto, e depois saem atropelando todo mundo, pois se perderam da excursão. Legal foi ver os Quatis cruzando por nossos pés, aquela água todo caíndo, e principalmente é claro a Garganta do Diabo, e ainda bem que compramos capa de chuva. Pra mim o passeio poderia ter terminado ali, mas ainda fomos nos Parque das Aves como não sou muito fã de ave, não fiquei muito encantado. É um lugar legal, onde da pra ver as aves soltas e andar dentre elas, até passar a mão, mas como sempre tem gente idiota, vimos uma turista tentando bater com uma toalha em uma Ema, pra que o bicho, virasse pra ela tirar foto, e outro sem noção, mijando entre as arvores, sendo que no lugar tem vários banheiros. Gente assim que devia estar engaiolada e não os pobres bichos que não fizeram nada pra ninguém. Depois foi voltar exausto, mas completamente satisfeito. Vale a pena ressaltar que em todos os lugares que fomos tanto Brasil quanto na Argentina sempre fomos muito bem atendidos. O pessoal de Foz e Puerto Iguazu, é muito atencioso, e bem educado (pelo menos com a gente foi assim). Agora Foz pra mim virou sinônimo de uma cidade muito simpática, organizada, de gente bem educada, vizinha de pequena mas muito hospitaleira Puerto Iguazu, já Ciudade Del este é um caso a parte, para os bravos, fortes e consumistas com seus tabletes maravilhosos.

 

fonte:http://relatodviagem.blogspot.com.br

e

http://cenasperdidas.blogspot.com/

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