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Patagônia - Ushuaia, El Calafate e Torres Del Paine - Março de 2016


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O segundo dia começou cedo, a van passou para nos pegar por volta de 8h. Iniciado o percorrido a guia perguntou quem desejava fazer o passeio do trem do fim do mundo, esta parte é opcional e paga a parte, nós decidimos fazer. Chegamos na estação e ela providenciou a compra dos tickets, ficamos aguardando o nosso trem e ela seguiu com a van para o fim da linha do trem para nos encontrar.

 

Para quem não desejar fazer o passeio do trem, que custa 600 pesos, é oferecido uma opção de caminhada.

 

Ao fim do passeio do trem fomos procurar a nossa guia com a van, entre as diversas vans e ônibus esperando pelos turistas, nada de encontrarmos a nossa van. As pessoas começaram a ir embora e eis que fica uma última van parada, fomos conferir e o nosso motorista e a guia estavam dormindo ehehhe Ninguém da nossa van quis fazer a caminhada, então eles acabaram aproveitando o tempo vago para tirar uma soneca.

 

Embarcamos na van e fomos para o correio do fim do mundo. Estava ventando bastante, os únicos lugares agradáveis eram a van e o casa do correio, que é bem pequena, acho que cabe mais gente na van do que dentro do correio. Sorte que a nossa van estava bem vazia e não haviam outras vans ao mesmo tempo que a gente. Entramos lá, carimbamos o passaporte, pousamos para fotos com o carteiro do fim do mundo e enviamos postais para a nossa residência. O carimbo e os postais são pagos, achei o valor bem razoável, de brinde você pode tirar fotos com o bigodudo simpático. Alguns dias depois do nosso retorno os postais chegaram :)

 

Seguimos para o fim da Ruta 3 ou Panamericana, ela tem 17000 km e vai de Ushuaia até o Alaska. Os nativos me contaram que várias pessoas fazem essa travessia de bicicleta, eu acho que é o caminho de Santiago de Compostela dos ciclistas. Nos dias seguintes vi algumas pessoas com bicicletas carregadas na Ruta 03, notadamente aquelas pessoas estavam viajando há algum tempo. Não é possível afirmar que estavam vindo do Alaska, mas também não vinham de Buenos Aires.

 

Na sequência visitamos algumas lagoas bem bonitas e foi possível observar o lado argentino e chileno de extremo sul do continente sulamericano, contamos com o apoio da nossa guia.

 

Por volta de 14h estávamos de volta no centro e fomo almoçar no centro. Escolhemos o Trattoria Martina, tinha preços razoáveis, mas a comida deixou a desejar. O que salvou foi a cerveja Beagle com rótulo vermelho(não lembro o nome) que tomamos, muito boa!!!

 

Como o almoço foi fraco, resolvemos tomar um cafézinho com chocolates. Acabamos esbarrando na Ovejitas Patagonia, que sorte a nossa. O atendimento foi muito bom, café expresso de qualidade e chocolocates bem saborosos. A única coisa que decepcionou foi o "submarino", que é uma rama de cholocate derretida no leite quente. Minha sogra ficou doida quando viu um vizinho de mesa tomando, mas fomos traídos pela aparência, achamos que não valeu a pena, acabou ficando sem doce.

 

Esqueci de comentar um fato importante, esse dia foi meu aniversário. Tínhamos combinado de sair a noite pra jantar em algum restaurante mais elaborado, optamos pelo Kaupe. O restaurante é bem aconchegante, algumas mesas tem vista para a cidade e o canal Beagle. A comida estava muito boa, eu e minha sogra escolhemos a merlusa negra, com pequena diferença no preparo, e a minha esposa e o meu sogro a centolla. Aproveitamos para pedir aqueles pratos que dificilmente comeríamos novamente na viagem, pois esses pratos eram caros até nos botecos da esquina, por volta de 300 pesos. O atendimento que deixou um pouco a desejar, acho que eu não estou acostumado com restaurante fino. Eles trouxeram o couvert, cestinha de pães e manteiga, pedimos os pratos e assim que ficaram prontos o garçom foi retirando o couvert, não deu tempo nem pra comer aquele último pedacinho do pão. Terminamos de comer e em seguida o garçom nos ofereceu as opções de sobremesa, dissemos que não queríamos. Trouxeram a conta sem pedirmos, esperamos alguns minutos e pagamos. Passados dois minutos o cara perguntou se estávamos de carro, disse que não e ele falou que ia solicitar um táxi. Eu pensei que ele ia pedir quando nós falássemos com ele, não foi bem assim, daqui a pouco ele falou: "O táxi está esperando vocês lá fora". Acho que eles tentam adivinhar o que você está pensando, tudo no automático, eu não gosto desse tipo de atendimento. Prefiro fazer as coisas no meu tempo.

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Este passeio é muito bacana, foi um dos melhores da viagem. O motorista passou bem cedo para nos pegar no hotel, já com o 4x4 do passeio. O 4X4 era um Agrale (produto brasileiro) antigo em ótimo estado de conservação.

 

Pegamos a rota 3 sentindo alaska e o primeiro ponto de parada é um mirante que dá pra ver uma lagoa e tirar algumas fotos. Logo depois já começou a aventura, pegamos uma estrada de barro que era um descida esburacada e o carrinho aguentou bem. Estava divertido, mais algo me dizia que essa parte era café com leite. Voltamos a pegar a rota 3 novamente, andamos mais um pouco e voltamos para a estrada de barro. Paramos em uma área devastada por castores, mas nada de ver castores, eles costumar dar as caras mais a noite. Seguimos viagem, quando de repente o chuck, nosso motorista , para o carro e avisa que iria começar o 4x4 de verdade, desceu do carro e mexeu em alguma coisa na frente do veículo, próximo a roda. Os 4x4 mais antigos precisam desse ajuste para ativar 4X4. Então começamos a aventura de verdade, algumas vezes eu pensava: "Agora vamos ficar agarrados", "Vamos virar", "Não vai conseguir subir" hhehehe Meu sogro fez alguns vídeos bem legais, assim que ele terminar a edição vou colocar na rede para vocês terem uma ideia melhor do que estou falando. Passada essa parte mais emocionante, depois ainda costeamos uma lagoa e em alguns momentos as 4 rodas ficavam submersas. Perguntei ao nosso motorista se tínhamos que levantar o pé e ele disse pra ficar tranquilo heheh

 

No fim do passeio foi servido um almoço muito bom, com direito a churrasco e vinho, ambos de ótima qualidade. Ainda tivemos a sorte de ver um bando de raposas, elas devem ir ali sempre na esperança de sobrar alguma coisa, aparentemente os funcionários da Canal Fun tomam o maior cuidado para levar todos os resíduos embora e também falam para não darmos comida aos animais.

 

A Canal Fun é um boa agência, os funcionários são muito educados, prestativos. Os passeios são pontuais e a comida oferecida é muito boa.

O ponto negativo é a parte de pagamentos. Consultei quais eram as possibilidades de pagamento, eles me disseram que as opções eram pagar 100% no cartão de crédito ou 10% no cartão e o restante na agência. Colocaram a maior pressão dizendo que poderia haver um aumento e mesmo pagando os 10% eu não garantia o preço atual. Mandei um e-mail pra eles dizendo que não tinham o mínimo de planejamento, faltando menos de um mês para a viagem, eles não sabiam se realmente o preço seria ajustado e caso existisse qual o percentual seria. Todo esse imbróglio é por conta dos 6% que cobram no cartão de crédito aqui no Brasil e as conversões cambiais malucas que os bancos brasileiros fazem. Parte desse problema é culpa minha, do Brasil, mas eles poderiam ter um planejamento melhor e oferecer outras formas de pagamento, por exemplo o Western Union.

 

Na parte da tarde decidimos visitar o Shopping Paseo Del Fuego e aproveitar para conhecer o supermercado La Anónima. Shoppings não me atraem muito, então não vi nada de interessante, mas tem bastantes lojas, praça de alimentação e eu acho que até um cinema. Em compensação adoro um mercado, o objetivo principal era comprar vinhos e algumas coisas para fazer um lanche no hotel a noite. Os vinhos têm preço bons e olha que dizem que Ushuaia é um dos lugares mais caros da Argentina.

Editado por Visitante
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  • 2 semanas depois...
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Pela manhã saímos do hotel e pegamos um táxi até o porto. Trocamos os vouchers da Brasileiros em Ushuaia e entramos no porto para o embarque. Mofamos bastante, se não me engano o barco saiu 30 minutos depois do programado.

 

Conseguimos avistar a ilhas com os Cormoranes (Pássaro que parece pinguin) e dos lobos marinhos, além do farol do fim do mundo. Esse passeio é um clássico, mas passaria se o dinheiro ou tempo estivessem curtos.

 

A tarde fomos para a agência Canal Fun para o passeio da Laguna Esmeralda com direito a encontro com os castores. Pegamos uma van até o início da caminhada, descemos e levamos a nossa janta até um abrigo da agência. O guia Santiago disse que poderíamos deixar as coisas que não fossemos usar na caminhada, voltaríamos para a janta em umas três horas e meia a quatro horas.

 

A caminhada é tranquila, são 2 horas para ir e 1,5 horas para voltar. A volta normalmente é mais curta, pois as pessoas param menos para tirar fotos. A nossa volta demorou mais, ficamos pacientemente esperando os castores aparecem, e não é que eles deram a cara. Eu sou bem cético, tinha certeza que não seria possível ver esses destruidores de florestas, pensava que no final do passeio o guia iria dizer que hoje excepcionalmente os castores resolveram ir dormir mais cedo ou alguma outra desculpa tosca. Queimei minha língua, tivemos que ter paciência, mas no fim valeu muito a pena, conseguimos ver dois.

 

O nosso guia fez com que o passeio fosse muito agradável para todos no grupo, segurou o passo para os mais lentos acompanharem, teve paciência para esperar os castores e deu explicações detalhadas quando solicitado.

 

Ao fim do passeio serviram um delicioso guisado (cozido) de lentilha com vinho Postales del fin del mundo, mais uma vez a Canal Fun surpreendeu com uma bela refeição. O abrigo tinha uma lareira e o ambiente ficou muito agradável, ficamos jogando conversa fora com as outras pessoas do grupo por algum tempo.

 

Esse passeio pode ser feito por conta própria. Quando chegamos ao início da caminhada, percebi que havia um estacionamento com vários veículos parados, eram pessoas que resolveram fazer o passeio sem a agência. A trilha estava bem demarcada e movimentada, o que encoraja a fazer a trilha sozinho. Provavelmente para chegar no início da trilha será preciso alugar um carro ou usar um táxi, pois não existe uma linha de ônibus que leva até o local. É uma questão de avaliar o custo benefício, indo sozinho não vai ter guisado de lentilha no final, mas também não será preciso pagar R$ 380,00 pelo passeio.

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  • 3 semanas depois...
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Um dos dias mais esperados da viagem, saímos cedo e caminhamos até o porto. Seguimos de van até a Estância Harberton, numa viagem de aproximadamente uma hora.

 

O primeiro ponto de parada é no museu de animais da região patagônica. Tem fósseis de várias espécies expostas e a apresentação da bióloga responsável pelo museu torna o passeio alto nível.

 

Em seguida fomos para o porto da estância, lá pegamos um barco e fomos até a ilha com os Pinguins. O guia deu várias orientações ao descer do barco pra que a nossa presença incomodasse o mínimo possível os nossos amigos. Não tem como dizer que a nossa presença é imperceptível, mas seguindo as recomendações do guia eu percebi que não geramos muito estresse. Uma hora ficamos paradinhos e um deles cruzou a nossa frente, como se fossemos um tronco de árvore. Numa dessas eu tirei uma bela foto :)

 

Algumas agências oferecem passeios que você passa de barco em frente a ilha, mas eles não estão autorizados a descer. Eu acho que a caminhada é exclusividade da Piratour, então fiquem atentos. Esse passeio vale muito a pena, mas como eu gosto de ressaltar, ele é um pouco salgado.

 

A tarde fomos ao Cerro Martial. Pegamos um táxi no porto até a base do cerro que custou 140 pesos. Iniciamos a subida em ritmo normal, dado o nosso sedentarismo, e com uma hora de caminhada conseguimos tocar na neve. Algumas pessoas se arriscavam a subir um pouco mais por algumas trilhas, nós já estávamos satisfeitos. Apesar de ser uma subida, eu considero a caminhada com nível de dificuldade baixo. Para voltar é só aguardar um pouco na base que daqui a pouco aparece um táxi, eu fiquei preocupado de não conseguir com facilidade e queria marcar o retorno com o taxista, mas ele me disse para não me preocupar. Outro ponto alto deste passeio é a vista de Ushuaia, dá pra ver toda a cidade.

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  • 2 semanas depois...
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Era o último dia em Ushuaia e tínhamos um voo para El Calafate na parte da tarde às 16:10, só dava pra aproveitar a parte da manhã.

 

Saímos do hotel e caminhamos até o Museu Marítimo que fica em frente ao porto, a visita foi curta e sem muitos atrativos. Sugiro não reservar um horário específico para visitar esse museu, almoçou perto ou foi no porto passe lá rapidinho.

 

Em seguida fomos ao Museu do Presídio, esse foi bem mais interessante. As histórias contadas em cada cela são bem legais, tivemos até que correr um pouco no final.

 

Em resumo, se não tiver muito tempo sobrando na viagem eu sugiro que visite apenas o museu do presídio.

 

Na correria paramos para almoçar o Andino, esse almoço valeu um destaque para o bifão de chorizo, foi o melhor que comi durante a viagem.

 

Pegamos um táxi para o hotel e fechamos a mala, 5 minutos depois o Brasileiros em Ushuaia estava nos esperando na porta do hotel para nos levar até o aeroporto. Conforme havia dito anteriormente, eles dão essa cortesia para as pessoas que compram passeios com eles.

 

No voo nada de surpresas, só a mala que demorou muito a sair porque o voo estava muito cheio e havia um grupo grande de Europeus que estavam viajando com muitas malas.

 

Pegamos as nossas malas e fomos até o guichê da VES Patagônia para pagar o transfer até o hote, efetuamos a reserva pela internet. Nos indicaram a van que nos levaria e aguardamos alguns minutos até que enchesse. Eles cobram 200 pesos se forem contratados ida e volta. Achei a qualidade do serviço muito boa, motorista conduziu em boa velocidade e ajudou a guardar as malas. Recomendo!

 

Chegamos ao hotel e fizemos um reconhecimento rápido dos quartos, partimos para conhecer o centro da cidade. Ficamos uns 800 mts da parte mais nobre do centro, onde se concentram a maioria dos restaurantes, agências de turismo e o principal mercado, La Anónima. Tínhamos três obrigações, pegar os tickets do mini trekking da Solo Patagônia, pagar o 4X4 do Cerro Frias e jantar :)

 

Olhei rapidamente no tripadvisor e me interessei pelo Isabel "Cocina Al Disco". Os pratos não eram baratos, mas diziam que dava pra dividir, então resolvemos encarar. Chegamos no restaurante e a fila de espera estava imensa, o atendente nos sugeriu um restaurante ao lado e resolvemos arriscar. Fomos recebidos calorosamente por uma garçonete muito educada que nos convenceu a ficar, mas a comida não agradou muito. Uma pena não lembrar o nome do restaurante para deixar anotado aqui.

 

Até o 7º dia....

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  • 1 mês depois...
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O nosso 7º dia era um dos mais esperados, ver aquele monumento natural era um dos principais objetivos da nossa viagem e felizmente fomos presenteados com um belíssimo dia, céu de brigadeiro :)

 

O passeio é dividido em duas partes, a caminhada sobre o gelo e observação frontal a partir passarelas. Optamos por fazer a caminhada na parte da manhã, ao contratar o passeio é possível escolher o turno, fomos o primeiro grupo a adentrar o gelo no dia. Na primeira parte fizemos uma caminha por algumas passarelas até ao acesso do perito moreno, lá colocamos os crampones para iniciar a caminhada no gelo. A parte inicial é bem tranquila e ao iniciarmos uma parte mais puxada o guia perguntou para todos como estávamos nos sentindo, pois até ali era a parte mais fácil e a que geraria menos transtornos caso alguém desistisse do passeio. Todos confirmaram que estavam bem e seguimos a caminhada. Eram dois guias nos acompanhando, um na frente para indicar o caminho e "afofar" o gelo para conseguirmos fixar os crampones, enquanto o segundo apoiava as pessoas com mais dificuldade. A caminhada dura em torno de 1h30m e percorremos em torno de 0,000000001% do glaciar, essa segunda afirmação é um chute hhehe Serve apenas para demonstrar que andamos em uma parte muito pequena. Ao final tomamos whisky on the rocks, os guias pegam o gelo do glaciar e servem com whisky. Eu não gosto de whisky, mas vale a pena a foto :)

 

Uma informação importante sobre o minitrekking é que ele tem restrição de idade, a faixa etária permitida é 10 a 65 anos.

 

Para quem tem um espírito mais aventureiro e não é tão sedentário quanto eu, existe outra opção de passeio que é o BigIce. A faixa etária é de 18 a 50 anos e o passeio dura em tornos de 3h30m.

 

Na parte da tarde fomos andar nas passarelas e mirar o perito moreno de frente e bem próximo. Este ano o perito moreno tocou uma ilha que fica bem a sua frente e com isso existe a expectativa do fenômeno da ruptura. A água começa a pressionar o gelo e começa a abrir um buraco entre a ilha e o glaciar, formando uma ponte. A ruptura é quando esse bloco de gelo cai gerando uma glande explosão. Este fenômeno não ocorre todo ano e não tem data certa pra ocorrer, depende da natureza. Ao andar nas passarelas observei algumas pessoas com câmeras posicionadas em lugares estratégicos e inacessíveis aos meros mortais. Imaginei que alguém tinha furado o esquema de segurança e estava querendo capturar imagens de algumas quedas de gelo, que ocorrem diariamente, mas não era uma queda qualquer que eles queriam registrar. Dois dias depois durante a nossa viagem descobri que eles estavam lá esperando a ruptura, fomos no dia 08 e dia 10 ocorreu o fenômeno. Quem quiser conferir o momento exato veja esse vídeo

 

Não deu pra estar no momento exato, mas só de saber que passamos tão perto de presenciar este fenômeno foi um diferencial do nosso passeio.

 

Algumas informações sobre o glaciar que aprendi na viagem:

 

Como é formado o glaciar?

O guia explicou que diariamente neva no Andes, até mesmo no verão, devido a sua altitude. Essa neve acumulada no alto fica pesada e começa a empurrar a neve acumulada no dia anterior. Na parte baixa por causa das temperaturas mais altas vemos quedas de blocos enormes de gelo, logo pensamos que uma hora ele vai acabar, mas felizmente essas perdas são compensadas pela neve acumulada na parte mais alta. Se fincarmos uma vareta no alto do glaciar, depois de algum tempo ele vai chegar a parte mais baixa até se desprender do glaciar.

 

O aquecimento global tem afetado o tamanho do glaciar?

Este glaciar é um dos poucos que não apresentou recuo nas últimas décadas, seu tamanho contínua estável.

 

Quem foi Perito Moreno?

Francisco Pascasio Moreno foi paleontólogo e arqueólogo que explorou a região da Patagônia. Recebeu o cargo de perito por atuar na negociação de fronteiras com o Chile. Ironicamente ele não conheceu o glaciar, o seu nome foi escolhido como uma forma de homenagear os serviços prestados a nação.

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Vou resumir os três dias que gastamos para conhecer Torres de Paine em um único post, pois gastamos dois dias com o translado.

 

No dia que chegamos a El Calafate compramos a nossa passagem de ida e volta para Puerto Natales com a Cootra. Devem ter pelo menos 4 empresas de ônibus, elas não vendem pela internet e cada uma opera em dias distintos com saídas pela manhã ou tarde, a cootra acabou sendo a mais conveniente para nós. A Cootra têm saída apenas pela manhã de ambos os locais, o trajeto total leva em torno de 6 horas e despendemos em torno de uma hora na fronteira, o ônibus dá uma boa volta. É possível avistar o parque de torres del paine a partir de El calafate, conseguimos visualizar do Cerro Frias, em uma linha reta são apenas 85 km.

Antes de comprar a passagem perguntei para a vendedora qual seria o ônibus e ela disse que era um bom ônibus e ainda por cima brasileiro, era da Marcopolo. Perguntei porque ainda sou traumatizado da minha viagem para a Bolívia onde "What you see is not what you get", eles mostram aquele ônibus bonito no papel e quando chega é um cacareco. Na Argentina foi diferente, o ônibus era exatamente o do papel, em ótimo estado de conservação. Também vale registrar que o motorista dirigiu com muita prudência sempre respeitando os limites de velocidade, em alguns momentos parecia até que que estava abaixo da velocidade permitida.

 

Tínhamos reservado o Full Day Tour do Torres del Paine com o nosso hotel, era o mesmo preço das agências e estávamos com dificuldades para fazer contato. A van passou no horário combinado e iniciamos o percurso até a entrada do parque, em torno de 100 km. Dessa vez não tivemos muita sorte com o tempo, em nenhum momento conseguimos ver as torres integralmente, sempre tinha nuvens. A região tem microclima, choveu, fez sol, ventou pra caramba e em outros momentos o sol deu as caras. A nossa guia nos ensinou a regra para ter uma noção da velocidade do vento olhando para a água, não me recordo ao certo agora, mas era algo como, se tiver formando onda 80 km, se formar spray mais de 100km/h. Estava mais de 100km....

 

Os pontos altos do passeio foram os belos animais em seu habitat natural, os rios e lagoas de cor azulada e a diversidade climática em uma região pequena.

 

Ficamos com vontade de voltar com um tempo melhor e quem sabe nos aventuramos em uma caminhada mais longa. O parque é bem bonito :)

 

Puerto Natales é uma cidade pequena e não tem muito o que se fazer além de visitar o parque. O que mais gostamos foi comprar ótimos vinhos chilenos com bons preço no Unarc e jantar no Mesita Grande. É uma pizzaria com uma ótima pizza e que tem uma proposta bem interessante, integrar os seus cliente em uma grande mesa onde as pessoas compartilham os lugares.

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  • 2 semanas depois...
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Já no ritmo de final de viagem fomos fazer o passeio de barco pelos glaciares Upsala e Spegazzini, um passeio mais light.

 

Esse passeio dura em torno de 5 horas, saímos do hotel às 08:30 e retornamos por volta de 14:30. Sugiro levar um lanchinho, isso se você não pagou o dobro do preço para ir próximo ao capitão e ser servido com bebida e comida durante o passeio. Outra vantagem de quem vai nessa classe é a visibilidade, na classe dos meros mortais a borda do navio é bem concorrida e às vezes incomoda um pouco, nada que faça eu pagar o dobro do preço.

 

Recomendo o passeio, a paisagem é espetacular e navegar no meio dos blocos de gelo que se desprendem dos glaciares foi uma experiência única.

 

Quando retornamos para o centro fomos comprar os tickets para o Glaciarium (Museu e o bar de gelo). Compramos os tickets por volta de 15h e agendamos o bar para às 18:30, como tem limite de pessoas e cada grupo tem 30 minutos de permanência, a agência recomenda o agendamento prévio. Pegamos a van no centro às 18h, ela está incluída no valor da entrada e sai da secretária de turismo provincial. Chegamos rapidamente, pois são apenas 6 km, optamos por esperar o nosso horário de entrada no bar, pois não daria tempo de ver o museu.

 

Na entrada do bar recebemos uma capa com gorro para suportar o frio de -9º. Afinal para manter os blocos de gelo da parede, o balcão do bar e até o copo que tomamos a bebida eles precisam manter essa temperatura. São 30 minutos com música de boate em um volume agradável e bebida liberada, algumas prontas para serem servidas, além de drinks preparados pelo barman na hora.

 

Terminada a parte do bar entramos no museu. Em 40 minutos percorremos todo o museu, para quem tiver mais tempo vale a pena gastar, achei bem interessante.

 

Entre os dois passeios do dia, aproveitamos para ir na Cafeteria/Padaria Don Luis e a Ovejitas de la Patagonia. A primeira nos chamou atenção pela vitrine, muito vistosa, que faz qualquer um parar para provar algo. Tomamos um café expresso com um doce bem gostoso, antes de vir embora de El Calafate passei lá para levar algumas empanadas para comer no pré-embarque e também estavam bem gostosas. A Ovejita já era nossa conhecida de Ushuaia, ótimos chocolates e alfajoures, mas dessa vez queríamos experimentar os sorvetes. Fomos presenteados com um delicioso sorvete, fazia tempo que não tomava um tão bom, passando por lá não deixem de experimentar.

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  • 1 mês depois...
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No último dia da viagem fizemos o passeio do 4X4 no Cerro Frias. Fomo coletados no nosso hotel e fomos até a base do Cerro numa van. Fica aproximadamente a uns 15 minutos do centro, próximo ao Glaciarium.

 

Lá pegamos o 4X4 e começamos a subir o Cerro, durante o percurso fizemos umas duas paradas para tirar fotos. Tivemos uma bela visão de El Calafate e também foi possível avistar o Parque Nacional de Torres Del Paine, que fica a 80 km de distância. Ventava muito, então as paradas foram bem curtas, estávamos quase levantando voo.

 

Tínhamos feito o 4X4 em Ushuaia, então este deixou bastante a desejar em vários quesitos. Sem muita emoção, o motorista era esforçado, mas foi pouco comunicativo. O 4X4 era bem velho, fiquei um pouco preocupado com a segurança do passeio.

 

Eles também oferecem cavalgada e tirolesa, caso se interessem acho que vale a pena buscar relatos de outras pessoas no mochileiros. O 4X4 eu não recomendo.

 

Bem, essa foi a nossa viagem. Espero que esse relato ajude a outros mochileiros.

 

Qualquer dúvida que eu possa ajudar mandem mensagem, será um prazer ajudar.

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  • 1 mês depois...

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