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Bolívia e Peru 2010 - La Paz, Copacabana e Cusco - 15 dias


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  • Colaboradores

Saímos de Brasília às 18h e chegamos em La Paz às 2h da manhã do dia 10 de Setembro. O aeroporto não fica em La Paz e sim em uma cidade chamada El Alto. Quando saímos do avião sentimos uma ligeira falta de ar, mas nada desesperador. Passamos pela imigração, que por sinal não pediu a carteira de vacinação internacional. Do lado de fora do aeroporto, faziam -1 ºC, uma temperatura que nunca havíamos sentido em toda nossa vida (Brasília é uma cidade que a menor temperatura é coisa em torno de 10 ºC).

 

09/09/2010 - La Paz

 

O preço do táxi para o centro de La Paz é tabelado em Bs. 50. Tínhamos levado Bs. 40 do Brasil e tivemos que pechinchar para pagar menos. Tome cuidado ao pegar um táxi, olhando sempre se são credenciados. Além disso, eles podem cobrar acima do preço de tabela O ideal é sempre pechinchar. Se quiser pagar mais barato ainda, existe a possibilidade de dividir o táxi com mais pessoas. Foi o que fizemos meio que por acaso, confesso (encontramos duas brasileiras de São Paulo que racharam o valor conosco).

 

Em La Paz, nos hospedamos no hostal Copacabana (Av. Illampu 734). Não confunda hostal Copacabana com hotel Copacabana. Os taxistas podem te levar para o lugar errado. Reservamos tudo do Brasil e conseguimos um bom desconto na diária, que ficou por Bs. 70 por pessoa. Também conseguimos negociar o pagamento de uma diária e meia, já que não íamos ficar dois dias cheios em La Paz. Na rua do hostal, você pode encontrar lojas de artigos esportivos, artesanato, agências de turismo, etc. Além disso, é muito bem localizada, ficando à algumas quadras do centro e dos principais pontos turísticos.

 

O hostal Copacabana dispensa comentários. Conta com vários serviços úteis para todos os viajantes como internet, câmbio, café da manhã (pão, manteiga, geleia, café, chá de coca e suco de fruta) e o mais importante, água quente nos quartos. Os quartos são bem simples, mas muito arrumados. Não possuem TV, mas para dormir são muito confortáveis. Você pode também deixar suas bagagens em um depósito no próprio hostal, mesmo depois de fechar à diária.

 

O câmbio por lá é meio que informal, mas quebra um ganho gigantesco. Você pode fazer câmbio no desembarque do aeroporto com uma taxa desfavorável em relação às casas de câmbio do centro e ao próprio hostal. Quando fomos, 1 dólar estava valendo Bs. 7. No aeroporto a taxa era de 1 para 6,97 e no centro era de 7,08. No hostal fizemos câmbio à Bs. 7, que compensou já que precisávamos de uma verba inicial para comprar os gorros e para eventuais gastos no primeiro dia.

 

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Diferentemente de muitos relatos que li sobre La Paz, de que era uma cidade extremamente suja e cheia de caquinha de pessoas na rua, vi uma cidade limpa* e não muito diferente do que estamos acostumados aqui no Brasil, nesse quesito. Posso dizer que não existe nada igual aquela cidade. Uma mistura de cidade do interior com cidade grande. Todas as quadras lotadas de pessoas e ruas de pedrinhas. Entretanto, a situação vai mudando a medida que nos afastamos do centro em direção a cidade de El Alto. Lá a situação é diferente e realmente vimos um menininho fazendo suas necessidades no meio fio.

 

Iglesia de San Francisco

 

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Homenagem aos padeiros de La Paz em frente à Iglesia de San Francisco

 

O primeiro ponto turístico que fomos visitar foi a Iglesia de San Francisco (Calle Sagarnaga) principal igreja de La Paz, construída em 1548, destruída em 1610 por uma nevasca e reconstruída em 1784. É uma construção de se admirar pelos detalhes e pela grandeza. No dia que a visitamos, estava ocorrendo uma homenagem aos padeiros de La Paz, com distribuição de pão para a população, cena muito interessante.

 

Ao lado da igreja na Calle Sagarnaga, encontramos um mercado de artesanias (artesanato) muito interessante. Foi aonde encontramos o melhor qualidade com o melhor preço. Compramos várias gorros feios com lã de alpaca (cada um Bs. 14, pechinchando muito é claro). Subindo essa mesma rua, você pode encontrar outras lojas de artesanato, mas não achamos a qualidade tão boa assim.

 

Plaza Murillo

 

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O próximo ponto que visitamos foi a famosa Plaza Murillo. Andamos cerca de 4 quadras da Iglesia de San Francisco rumo a Calle Comercio, subindo uma ladeira cansativa. A plaza é muito bonita e repleta de prédios antigos, dentre eles, o palácio do governo boliviano e o hostal Torino.

 

Calle Jean

 

Logo depois, fomos para a Calle Jean, que fica cerca de 6 quadras da Plaza Murillo. Essa sim é uma Calle diferente dos padrões bolivianos. Bem arrumada e conservada, além de tudo sem muito movimento. Lá se encontram a maioria dos museus da cidade.

 

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O ruim de visitar a Calle Jean foi que todos os museus estavam fechados, exceto o museu de instrumentos musicais. Acabamos por não visitar nenhum museu em La Paz. Entretanto, para quem gosta, acho que vale a pena perder um tempinho e olhar o que cada museu tem, pois são muito baratos e trazem boas informações sobre a cidade e sua cultura. Outros museus interessantes que não visitamos, mas que ficamos (Eu fiquei) na vontade de visitar, foram os museus arqueológico de La Paz que fica na Calle Tiwanaku e o e da coca, na Calle .

 

La Paz tem uma culinária extremamente diferente da que estamos acostumados aqui. Em toda esquina a de La Paz você pode encontrar um restaurante que vende frango frito com batatas. Até ai tudo bem, mas o cheiro de óleo é tão forte, que o estômago fica embrulhado. Acabamos que no primeiro dia comemos em uma rede de fast food (vou lembrar o nome) que vendia carne de vaca e parecia ser bem higiênica.

 

Voltando para o hostal, fomos novamente as lojas de artesanias e compramos casacos, camisas estampadas, dentre outras coisas, como o nosso jantar, além das passagens para Uyuni em uma agência de turismo perto do perto de lá por Bs. 120. Essa passagem foi para um ônibus normal de viagem pela empresa Omar. Havia a possibilidade de comprar para um ônibus mais “moderno” pagando Bs. 230. Preferimos arriscar na ida e se a viagem não fosse boa com o preço que pagamos, voltaríamos com o ônibus mais caro.

 

Acho que essa é a principal dica para quem vai visitar a cidade: não coma em qualquer lugar. A comida de rua está fora de questão e alguns estabelecimentos também. A dica é já ter em mente qual restaurante você vai visitar (sabe aqueles que os guias e os fóruns recomendam?). Pois é, não pesquisamos nada sobre isso e acabamos comendo mal na cidade. Só para ter ideia nesse primeiro dia, jantamos um pacote de batatas fritas caseiras e refrigerante.

 

Quando tudo parecia bem, senti um mal estar muito grande, seguido de dor de cabeça e vontade de vomitar. Era a famosa altitude! O cansaço contribuiu bastante. Pedi na recepção do hostal um chazinho de coca (horrível!) para aliviar o mal estar, mas não funcionou. Tínhamos comprado um saquinho de folhas de coca por Bs. 3 na rua. Masquei algumas folhas, mas nada de melhorar. A última alternativa que tínhamos era uma bolsa de remédios que levamos para casos de emergência. Peguei uma pílula de dipirona e no meio da noite já estava na minha condição normal. O bom foi que nos demais dias, nenhum de nós três sentimos os efeitos da altitude, e olha que no deserto de sal, fomos até 4300 metros de altitude e nos sentimos muito bem apesar do frio.

 

Esqueci de comentar sobre o famoso mercado das bruxas. Ele ainda existe só que está espalhado nas ruas perto da Iglesia de San Francisco. O local tradicional desse mercado era em frente a igreja, só que devido a construção do viaduto que mencionei acima, as barraquinhas com fetos de llama e ingredientes especiais se viram obrigadas a mudarem de lugar. Vi muitas barracas dessa subindo a Calle Sagarnaga e andando pelas ruas que cruzam essa Calle.

 

Resumo dos gastos (por pessoa):

 

Almoço: Bs. 20

Gorro mochileiro: Bs. 14

Diária no hostal: Bs. 70

Camisa estampada: Bs. 20

Saquinho de folhas de coca: Bs. 3

Passagem de ônibus para Uyuni: Bs. 120

 

Mais:

http://www.gabimesquita.com/viagens-relatos/

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  • Colaboradores

Depois de um dia inteiro conhecendo La Paz, reservamos o segundo dia para visitar Tiahuanaco (Tiwanaku). Você pode ir à Tiahuanaco de diversas formas. Por um pacote vendido em diversas agências de turismo em La Paz, saindo por volta de Bs. 120 (Transporte, entrada no sítio e guia) ou ir por conta própria, saindo um pouco mais barato.

 

Primeiramente, você deve ir ao cemitério principal de La Paz, pegando uma das diversas vanzinhas que fazem o percurso (Bs. 1). Ao chegar no cemitério, procurando bem, você encontra inúmeras vanzinhas que fazem o transporte para Tiahuanaco por Bs. 10. O horário de saída é variável e depende da lotação da van. Se estiver razoavelmente cheia, é hora de sair!

 

10/09/2010 – Tiahuanaco

 

Acordamos bem cedo, tomamos café, fechamos a diária e deixamos nossas malas em um quartinho no próprio hostal. Pegamos a van em uma Calle perto do hostal e chegando ao cemitério, vimos a fila de vans para Tiahuanaco assim como a de ônibus para Copacabana. Entramos na primeira da fila que se formava e esperamos por volta de 30 minutos. Nesse intervalo de tempo, vimos uma tchola sentada em um botijão de gás. Até ai tudo bem, tudo normal. Então o caminhão de gás chegou e quando vimos, lá estava ela segurando 2 botijões como se fossem cestas de algodão.

 

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Visão da van ao sair de La Paz

 

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Caminho entre Lap Paz e Tiahuanaco

 

Saímos às 9h40 e seguimos rumo à Tiahuanaco. No caminho fomos parados por policiais em uma blitz, que quase não deixou a van seguir viagem. Chegamos em El Alto e mais pessoas entraram na van, preenchendo todos os lugares que estavam vazios. A viagem foi tranquila e mais ou menos 30 minutos depois estávamos em Tiahuanaco. As vans tem como ponto final a praça central da cidadezinha, mas ela para antes para as pessoas descerem e pegarem o menor caminho para as ruínas. Não sabíamos disso e tivemos que andar um pouco mais para chegar.

 

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Na chegada, a primeira coisa que fizemos foi comprar o ingresso. Tentamos pechinchar, mas não teve jeito, Bs. 80 para cada pessoa. Na porta da bilheteria, alguns pessoas ficam esperando e oferecendo serviços de guia turístico cobrando em torno de Bs. 60. Não contratamos o guia para economizar e também porque não achamos necessário, já que tínhamos uma ideia do veríamos no local. Após comprar o bilhete, visitamos um museu com os artefatos encontrados no local e que contava um pouco da cultura de Tiahuanaco.

 

Pirâmide de Akapana

 

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Depois de visitar o museu, fomos para o sítio propriamente dito. A primeira coisa que vimos ao entrar foi a pirâmide de Akapana. Não se via uma pirâmide propriamente dita, mas era possível imaginá-la. O motivo é que a pirâmide está muito deteriorada devido ao tempo e a falta de cuidados. Entretanto, notamos que havia um trabalho de restauração em andamento, devido ao fresco do reboco nas laterais da pirâmide. Subimos rumo ao topo do monumento onde tivemos uma visão ampla de todas as ruínas.

 

Templete

 

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Descemos da pirâmide e entramos no que os bolivianos chamam de Templete, que são ruínas sob o nível do solo. Para mim é uma das ruínas mais belas que eu vi em Tiahuanaco. Estão bem conservadas e são muito famosas. No meio do local, vimos três pedras alinhadas. Como não tínhamos guia, começamos a imaginar para que serviam. Várias teorias foram levantadas, mas nenhuma muito plausível. Outra coisa que chamou a nossa atenção foram as faces que saiam das pedras dos muros que cercavam o local.

 

Kantatallita, Kalasasaya e Putuni

 

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Deixando o Templete, fomos em direção a Kantatallita, uma ruína localizada à direita da pirâmide. As ruínas desse local estão muito mal conservadas e só conseguimos ver algumas pedras isoladas. Entretanto, lá não encontramos nenhum turista e a visão da pirâmide é muito privilegiada. Depois de Kantatallita, fomos para Kalasasaya, onde se localizam as estátuas e a famosa Puerta del Sol. Antes de chegar, paramos para tirar algumas fotos da entrada principal para Kalasasaya.

 

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Puerta del Sol

 

Subindo as escadas na lateral de Kalasasaya, vimos as principais atrações do sítio. Deixamos a Puerta del Sol para último e fomos visitar as estátuas (monolitos) que se encontram respectivamente na frente da porta principal de Kalasasaya e na lateral em direção à pirâmide. Depois fomos visitar a grande Puerta. Realmente é uma construção que deixar o queixo caído. Depois disso, fomos ver a Puerta de la Luna, que é bem menor do que a do sol, mas é interessante porque tem uma vista das montanhas ao fundo.

 

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Saímos do sítio principal e fomos em direção à outro museu. Sinceramente, o museu está caindo aos pedaços. Algumas salas estavam fechadas para reforma, o teto estava visivelmente desgastado e chegamos a ver uma sala em reformas com várias estátuas Tiahuanaco sem nenhuma proteção. Lamentável. A única coisa que conseguimos ver e que foi muito interessante foi a estátua gigante que é semelhante à estátua em frente a entrada principal de Kalasasaya, só que com uns 3 metros de altura.

 

Ruínas de Puma Punku

 

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Faltava somente uma localidade para se visitar e essa não está muito próxima ao sítio principal. Saindo do museu, virando a direita, caminhamos pela estrada pelo menos uns 1 km até chegar na última ruína do sítio, Puma Punku. Esse último está como Deus o deixou, o que o deixa mais interessante que os demais, na minha opinião.

 

Vista todas as atrações, isso por volta das 15h, decidimos almoçar. Procuramos alguns restaurantes, mas nenhum estava servindo almoço. Encontramos um que estava servindo só que as opções de cardápio não agradavam, então pedimos somente uma coca-cola. Para acompanhar, comemos Club Social ou o que havia sobrado deles.

 

Voltamos para o mesmo lugar onde tínhamos chegado para pegar a vanzinha para La Paz. Descobrimos que na volta, elas não vão diretamente para La Paz e sim para El Alto, e de lá, outras vão para La Paz. O preço das vans para El Alto era de Bs. 8 e para La Paz, Bs. 1.

 

De La Paz à Uyuni

 

Chegamos em La Paz, pegamos nossas malas e fomos correndo para o terminal de ônibus (cerca de 1 km da Iglesia de San Francisco, subindo a Av. Mariscal Santa Cruz). Eram por volta das 17h30 e nosso ônibus estava marcado para as 20h. Queríamos chegar cedo para evitar imprevistos. Em muitos relatos que li, as pessoas diziam que as empresas poderiam vender duas passagens para o mesmo lugar, então não queríamos arriscar. Caminhando para o terminal Procuramos pelo caminho um lugar para jantar. Encontramos um lugar que tinha arroz, feijão e carne, sendo Bs. 10 pelo prato e Bs. 2 pela coca-cola de 200 ml (muito barato!).

 

Chegamos ao terminal depois de uma subida dos infernos e esperamos até às 20h para embarcar. Fomos pela companhia Omar, que não deixou a desejar (na ida!), pois cumpriu o que prometeu (calefação e poltronas semi-cama). Antes de embarcar no ônibus, tivemos que comprar o ticket de utilização do terminal, que custa Bs. 2 e é obrigatório para poder embarcar.

 

Uma dica que eu dou é ter cuidado com a bagagem. Se você preferir deixá-las no compartimento de bagagem, tome cuidado. Já ouvi relatos que no desembarque as malas foram pegas, pois não há identificação das bagagens. Nessa viagem, levamos toda a bagagem conosco, em baixo do banco. Só quando não dava para colocar de baixo do banco que deixávamos no compartimento.

 

Mais:

http://www.gabimesquita.com/viagens-relatos/

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