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Viagem de 42 dias, 15.500 km de Biz por 5 países gastando R$3.000,00


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17º dia

23 de dezembro de 2016

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Trajeto do dia

 

Este dia começaria realmente minha viagem pelas culturas pré-colombianas. Seria praticamente só asfalto o dia inteiro, o que seria menos cansativo que os dias anteriores.

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Segui pela Panamericana até o meio dia e cheguei no Cemitério Chauchilla pelas 12 horas. O Cemitério Chauchilla é atribuído as culturas Huari ou Nazca que viveram na região entre 200 a.c. e 900 d.c. Eram milhares de tumbas e a maioria delas foi saqueada em busca de metais e pedras preciosas, as múmias que restaram contam parte da história daqueles povo através das coisas depositadas junto a elas no sepultamento. As múmias foram muito bem conservadas pelo clima árido da região e ainda apresenta vestígios de pele e de roupas.

 

Abaixo uma sequência de fotos do cemitério Chauchilla

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Voltei para a rodovia e segui até Nazca, almocei por 7 soles e fui em busca de uma casa de câmbio, tinha gastado meus últimos soles no almoço. Andei um pouco pela loucura do trânsito de lá, cheio de Ticos, pequenos carros fabricados até 2000, e tuc-tucs até achar a casa de câmbio. Troquei 100 dólares e voltei um pouco do caminho que ja tinha feito para ir visitar a cidade perdida de Cahuachi. Cahuachi é o maior centro cerimonial do mundo feito em adobe (tijolos de barro), possui mais de 40 templos em forma de pirâmides, sendo que o maior tem 100 metros de comprimento e 28 de altura. Foi um lugar de peregrinação da cultura Nazca. Para acessar o local é preciso rodar 19 km em estrada de chão em péssimas condições.

 

Abaixo fotos de Cahuachi.

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Voltei para Nazca e segui pela rodovia até as linhas de Nazca, outro sonho antigo. Cheguei lá era 17 horas, subi no mirante, que está as margens da rodovia, e de lá pude ver algumas das figuras e na descida comprei alguns souvenirs.

 

Abaixo fotos das linhas de Nazca.

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Fui então até o Museu Maria Reiche, alguns quilômetros a frente. Maria Reiche foi uma matemática e arqueóloga que deixou a Alemanha para estudar as linhas de Nazca. Entre 1930 até 1998 quando faleceu em sua pequena casa próxima ao deserto de Nazca, Maria Reiche estudou as formas e limpou as limpas de Nazca deixando-as mais visíveis.

 

Abaixo fotos do museu Maria Reiche.

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Deixei o museu e fui buscar um lugar para acampar. Achei um lugar em um canteiro onde se retiravam pedras e lá montei minha barraca.

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Quilometragem do dia: 420km

Quilometragem acumulada: 6050 km

  • Vou acompanhar! 1
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18º dia

24 de dezembro de 2016

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Trajeto do dia

 

Antes das 7 da manhã eu já estava na estrada, tinha dois passeios que eu queria fazer e o segundo dependia de eu chegar cedo em Paracas, então levantei cedo.

Minha primeira parada foi na cidade perdida de Huayuri. Huayuri foi uma cidade de 5000 habitantes, construída com pedras assentadas com argila e sua ocupação ocorreu entre os anos 1100 e 1476. Era uma cidade completa, com templos, comercio, áreas administrativas e residênciais. Para chegar nesta cidade é necessário sair da carretera Panamericana 5 km por uma estradinha de terra, como cheguei cedo não tinha ninguem lá para cobrar a entrada que custava 5 soles, R$5,00.

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Antiga carretera Panamericana

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Huarango milenar

 

Abaixo fotas da cidade perdida de Huayuri

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Acampei perto de Ica, portanto cheguei cedo no oásis de Huacachina, mas isso também era um problema. Fui procurar os bugueiros para fazer o passeio e como já era de se esperar ainda não tinham pessoas suficientes para encher um bugue. Os bugues de lá são grandes, alguns cabem mais de 10 pessoas, tem motor V8 e o chassi deve ser de camionete. Paguei 30 Soles, R$30,00, pelo passeio e fiquei aguardando por outras pessoas para fechar a lotação do bugue. Fiquei lá por cerca de uma hora. Aproveitei pra puxar um papo com um dos agenciadores e falar sobre o país, politica e a polícia de lá. Como no Brasil também existe muita corrupção lá, o salário minimo é parecido, porém o custo de vida é bem mais baixo. O cara com quem eu conversava ganhava 50 soles por dia para trabalhar lá, ele disse que ganhava bem. Apareceu um policial de trânsito e entrou na conversa, aí não pude deixar de perguntar porque tinha tantos veículos irregulares lá e pouco se usava o capacete. Ele me explicou que lá apenas a polícia de transito pode multar ou apreender um veículo e que ainda existe muito aquela história de dizer: "Sou amigo de fulano."

 

Chegou a hora de entrar no bugue e ir para as dunas. Pense num negócio doido, melhor que montanha russa. Fomos até o alto de umas dunas com o vêoitão berrando e de lá descíamos, algumas com mais de 50 metros de altura, com aquele friozinho gostoso na barriga. Certamente o dinheiro mais bem gasto na viagem até ali. Na volta paramos logo acima do oásis para apreciar a beleza. O passeio dura quase 2 horas e vale cada centavo.

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Abaixo fotos do Oásis de Huacachina

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De volta ao oásis dei uma volta pelo lago, já era meio dia e em Ica parei para almoçar. Segui para Paracas, cheguei lá eram quase 16 horas. Parei em uma agência para ver se ainda tinham saídas para o passeio nas ilhas Ballestas e a agente me falou que as partidas ocorrem em dois horários pela manhã. Reservei então no primeiro horário que partia as 8 horas. Fui então procurar um hostel, achei um a uma quadra do mar com garagem e wifi por 20 soles, R$20,00. Ótimo preço pelo lugar, era véspera de natal e eu merecia um pouco de conforto depois de uma semana de uma viagem até ali cansativa em função das estradas ruins e perrengues que passei. Fui comprar alguma coisa para a ceia de natal, depois deixei a moto no hotel e fui dar uma volta na praia, que por sinal é bonita e movimentada.

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Garagem do hostel

 

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Praia de Paracas

 

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Cachorrinho bunitinhu...

 

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Não esperei a meia noite pra jantar. Tomei banho, comi e antes das 21 horas eu já estava na cama.

 

Quilometragem do dia: 230km

Quilometragem acumulada: 6280 km

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18º dia

24 de dezembro de 2016

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Trajeto do dia

 

Antes das 7 da manhã eu já estava na estrada, tinha dois passeios que eu queria fazer e o segundo dependia de eu chegar cedo em Paracas, então levantei cedo.

Minha primeira parada foi na cidade perdida de Huayuri. Huayuri foi uma cidade de 5000 habitantes, construída com pedras assentadas com argila e sua ocupação ocorreu entre os anos 1100 e 1476. Era uma cidade completa, com templos, comercio, áreas administrativas e residênciais. Para chegar nesta cidade é necessário sair da carretera Panamericana 5 km por uma estradinha de terra, como cheguei cedo não tinha ninguem lá para cobrar a entrada que custava 5 soles, R$5,00.

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Antiga carretera Panamericana

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Huarango milenar

 

Abaixo fotas da cidade perdida de Huayuri

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Acampei perto de Ica, portanto cheguei cedo no oásis de Huacachina, mas isso também era um problema. Fui procurar os bugueiros para fazer o passeio e como já era de se esperar ainda não tinham pessoas suficientes para encher um bugue. Os bugues de lá são grandes, alguns cabem mais de 10 pessoas, tem motor V8 e o chassi deve ser de camionete. Paguei 30 Soles, R$30,00, pelo passeio e fiquei aguardando por outras pessoas para fechar a lotação do bugue. Fiquei lá por cerca de uma hora. Aproveitei pra puxar um papo com um dos agenciadores e falar sobre o país, politica e a polícia de lá. Como no Brasil também existe muita corrupção lá, o salário minimo é parecido, porém o custo de vida é bem mais baixo. O cara com quem eu conversava ganhava 50 soles por dia para trabalhar lá, ele disse que ganhava bem. Apareceu um policial de trânsito e entrou na conversa, aí não pude deixar de perguntar porque tinha tantos veículos irregulares lá e pouco se usava o capacete. Ele me explicou que lá apenas a polícia de transito pode multar ou apreender um veículo e que ainda existe muito aquela história de dizer: "Sou amigo de fulano."

 

Chegou a hora de entrar no bugue e ir para as dunas. Pense num negócio doido, melhor que montanha russa. Fomos até o alto de umas dunas com o vêoitão berrando e de lá descíamos, algumas com mais de 50 metros de altura, com aquele friozinho gostoso na barriga. Certamente o dinheiro mais bem gasto na viagem até ali. Na volta paramos logo acima do oásis para apreciar a beleza. O passeio dura quase 2 horas e vale cada centavo.

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Abaixo fotos do Oásis de Huacachina

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De volta ao oásis dei uma volta pelo lago, já era meio dia e em Ica parei para almoçar. Segui para Paracas, cheguei lá eram quase 16 horas. Parei em uma agência para ver se ainda tinham saídas para o passeio nas ilhas Ballestas e a agente me falou que as partidas ocorrem em dois horários pela manhã. Reservei então no primeiro horário que partia as 8 horas. Fui então procurar um hostel, achei um a uma quadra do mar com garagem e wifi por 20 soles, R$20,00. Ótimo preço pelo lugar, era véspera de natal e eu merecia um pouco de conforto depois de uma semana de uma viagem até ali cansativa em função das estradas ruins e perrengues que passei. Fui comprar alguma coisa para a ceia de natal, depois deixei a moto no hotel e fui dar uma volta na praia, que por sinal é bonita e movimentada.

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Garagem do hostel

 

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Praia de Paracas

 

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Cachorrinho bunitinhu...

 

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Não esperei a meia noite pra jantar. Tomei banho, comi e antes das 21 horas eu já estava na cama.

 

Quilometragem do dia: 230km

Quilometragem acumulada: 6280 km

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19º dia

25 de dezembro de 2016

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Trajeto do dia.

 

Como combinado cheguei na agência as 7:45 da manhã, fomos ao atracadouro e lá aguardamos pelas outras pessoas que também iriam no barco. Eu era o primeiro da fila, o que me permitiu escolher o melhor lugar no barco. Partimos para visitar o candelabro de Paracas que ficava a 15 minutos dali. O candelabro de Paracas não tem uma idade definida e portanto não se sabe quem o fez. Ele consiste de valas com um metro de profundidade escavadas em uma encosta desértica a beira do oceano. Como Paracas tem uma média de chuva de menos de 5 mm anuais este geóglifo ficou preservado até os dias atuais. Existem muitas teorias sobre quem pode ter feito ele, porém nada que possa ser provado. Estas teorias vão desde piratas até alienígenas. A visão do candelabro é realmente impressionante.

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Candelabro de Paracas

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Em seguida nos dirigimos para as ilhas Ballestas, distante meia hora do candelabro. No caminho podemos observar lobos marinhos e golfinhos nadando perto do barco. Andamos em volta de algumas das ilhas de uma beleza sem igual, com vários arcos de pedra, cavernas que formam túneis e praias onde os lobos marinhos vem se reproduzir. A fauna do local é abundante. O local é área de migração de várias espécies que vem atrás de águas mais quentes. Avistamos várias especies de aves, entre elas: Albatrozes, pinguins, cormorões, pelicanos e outras aves de menor porte. Estas aves fizeram destas ilhas uma fonte de riqueza para o Peru no passado, onde as fezes dos pássaros recolhidas nas ilhas representavam mais de 50 % de todas as exportações do país. O guia enfatizou que a melhor merda do mundo é dos peruanos. As fezes recolhidas lá são ricas em nitrogênio e outros elementos, elas são ótimos fertilizantes. O passeio seguiu até bem próximo das praias onde os lobos marinhos mantém seus arens, também entramos em uma caverna com o barco. Em volta das ilhas ficamos por uma hora e depois voltamos para a terra. O passeio custa 35 soles, R$35,00, vale cada centavo. Além deste passeio e da praia na cidade de Paracas a região reserva outros passeio pelo mar e também outras belas praias para aqueles que tem mais tempo, não era o meu caso.

 

Abaixo uma sequência de fotos das Ilhas Ballestas

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Fui até o hostel pegar a moto e segui para Lima, já eram 11:30 quando deixei Paracas. Entre Paracas e Lima é possível perceber a grande desigualdade social do país. Até 100 km antes da capital existem muitas casinhas simples no meio do deserto e mesmo as cidades pequenas são como algumas favelas que temos por aqui, já perto da capital começam as praias particulares com condomínios fechados de alto padrão e do outro lado da rodovia as casinhas simples no deserto sem luz nem água, muitas delas já abandonadas.

Perto de Lima tem alguns balneário muito bonitos com praias paradisíacas, passei por elas era perto das 17 horas e as praias ainda estavam cheias. Destacam-se entre elas as praias de Ásia, Punta Hermosa e San Bartolo.

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Monumento em Paracas

 

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Mar de Paracas

 

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Um dos condomínios de luxo perto de lima

 

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Lima

 

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Cristo del Pacífico

 

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Vista desde o morro das antenas

 

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Cheguei em Lima já passava das 18 horas, vi vários hotéis com placas indicando 15, 20 e 25 soles. Parei em alguns para ver, já que eu ia ficar na cidade e seria difícil um lugar de camping. Os valores eram para 4 horas, até achei um que me fazia 20 pra eu ficar até as 7 da manha do dia seguinte, mas como continuei procurando, depois não achei mais o hotel. Estes hotéis são na verdade motéis, hostel mesmo eu encontraria somente mais ao centro de Lima. Olhei os mapas tentando achar um local que fosse possível acampar e vi que tinha uma rua beirando o mar perto do morro onde ficam as antenas de TV da cidade, fui tá o moro. Lá fui até a estatua do Cristo del Pacífico. Com 37 metros de altura o Cristo del Pacífico foi inspirado no Cristo Redentor e construído em 2011 pela Odebrecht como um presente ao Peru por ter a maior parte dos contratos de obras da gestão de Alan García Pérez sob seu comando. De lá subi até as antenas para ver se achava um lugar pra acampar lá em cima. Achei, porém como eu ligo e desligo a moto com relés por controle remoto e lá em cima tem muitas onda de radio e TV elas causaram interferência com o controle e não conseguia desligar a moto. O sol estava se pondo e eu sem lugar pra dormir. Comecei a olhar lá de cima a procura de algum lugar possível lá em baixo. Vi uma praia que fica atrás de um morro, um pouco mais retirada do centro e me dirigi pra lá. A praia tem vários bares e casas noturnas muito badaladas, o movimento era intenso no local, porém poucos metros depois sem movimento algum, pois a estrada acabava 500 metros adiante. Não achei seguro acampar lá, pois tinham alguns veículos e o cheiro de maconha no local era forte, voltei e vi uma ruazinha de terra indo em direção a montanha e depois esta ruazinha virava em um trilho por onde o pessoal praticava downhill com bike. Subi parte desta trilha e achei um lugar plano e longe da vista de quem passava na rua. Montei a barraca ali mesmo e fui dormir ouvindo o som que vinha das casas noturnas ali perto. Fiquei ouvindo salsa até dormir.

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Camping com vista para o Cristo

 

Quilometragem do dia: 295km

Quilometragem acumulada: 6575 km

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20º dia

26 de dezembro de 2016

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Trajeto do dia

Levantei quando estava amanhecendo e fui para a orla de Lima andar pela cidade até que a Huaca Pucllana abrisse.

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Local do camping da noite anterior

 

Achei um ônibus daqueles com teto aberto que faz tour pela cidade e fui seguindo, afinal de contas ele passa pelas principais atrações turísticas da cidade, mas andei só meia hora e ele terminou o passeio.

Perto das 9 horas fui para a Huaca Pucllana e aguardei que abrissem. Ao abrir paguei meu ingresso e aguardei até as 9:50 horas para iniciar o tour guiado por um dos arqueólogos do sítio. A visita durou cerca de uma hora. O guia fez várias paradas e explicou cada lugar da huaca.

A Huaca Pucllana era um centro cerimonial foi utilizada pelas culturas Lima, Wari e Ychma. A cultura Lima iniciou sua construção em 400 d.C., posteriormente foi ocupado pela cultura Wari entre os anos de 800 e 900 d.C. Estas duas culturas utilizavam a huaca como local cerimonial e finalmente a cultura Ychma do ano 1000 a 1532 d.C. utilizou como cemitério, enterrando seus mortos nas paredes da huaca. Depois de 1532 a huaca ficou abandonada, enquanto a sua volta as terras eram lavradas e posteriormente com o avanço da cidade ela ficou rodeada de construções. Até 1967 ela era usada para pratica de motocross e a partir desta data começaram a restringir o acesso e a estudar a huaca. Em 1984 foi inaugurado o museu e logo após iniciada a restauração que ainda não terminou, são mais de 30 anos de trabalho e sem previsão de acabar.

 

Abaixo uma sequência de fotos da Hauca Pucllana

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Lima tem vários outros sítios arqueológicos que eu tinha programado passar, mas na segunda feira apenas a Huaca Pucllana e o Parque de Las Leyendas estão aberto.

Fui então ao supermercado ver se achava uma manta para suprir a falta das peças de roupa que eu tinha perdido e comprar umas bolachas para tapear a fome a noite e de manhã. Não achei uma manta pequena. Troquei o resto de dólares que tinha e fui procurar um lugar para almoçar. Achei um lugar por 7 soles, R$7,00, com uma boa comida.

 

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Pelas 14 horas fui ao Parque de Las Leyendas. É um parque grande no centro de Lima, tem zoológico, jardim botânico, museus, lagos e várias outras atrações que seriam necessários 2 dias pra visitar tudo com calma. Também existe um complexo com várias huacas e construções pré-colombianas. Apesar de ser segunda feira o parque estava cheio. Tem muitas áreas verdes que nos fazem esquecer que estamos em um deserto, tem animais de todas as partes do mundo e vários lagos e rios com carpas coloridas. Andei bastante por lá, visitei alguns museus e huacas e já cansado perto das 17 horas peguei a estrada para tentar sair da cidade antes da noite.

 

Abaixo uma sequência de fotos do Parque de Las Leyendas

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Peguei um transito infernal para sair da cidade, uma loucura, mas uma loucura legal. Adora andar no meio deste tipo de transito, pra mim é só diversão. Cheguei na carretera Panamericana eram umas 18 horas e segui para tentar achar algum lugar para acampar. Passei Ancón e inicei a subida de um morro e no alto tinha uma estradinha para o meio do deserto, provavelmente foi usada na construção de umas torres de transmissão, entrei nesta estradinha por uns 500 metros e acampei no meio dela mesmo em um lugar protegido do vento.

 

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Região metropolitana de Lima

 

WP_20161226_18_42_29_Raw_LI.jpgLocal do camping

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Quilometragem do dia: 120km

Quilometragem acumulada: 6695 km

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21º dia

27 de dezembro de 2016

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Trajeto do dia.

 

As 6:30 horas eu já estava na estrada, tinha que fazer render os próximos dias pra ver se chegava no Equador. Este era o dia que marcava o meio da viagem e cada dia que eu seguisse para o norte eu teria que aumentar mais a média de quilômetros rodados por dia na volta. Até o dia anterior a média diária estava em 335 km/dia e tinha pouco off-road pela frente.

Minha primeira parada do dia foi na Fortaleza de Paramonga. É uma construção da cultura Chimú e foi construída a partir do século XI e em 1470 foi conquistada pelos Incas que ampliaram a construção. A finalidade desta construção ainda não foi definida, uns dizem que foi uma fortaleza militar enquanto outros afirmam ser um tipo de templo. Perto dela existem muitas outras construções ainda não restauradas que podem ser avistadas de cima da fortaleza.

 

Abaixo uma sequência de fotos da Fortaleza de Paramonga.

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Voltei para a estrada e uma hora depois estava no Castillo de Huarmey. O castillo foi um centro administrativo da cultura Huari e foi utilizado por este povo entre os séculos VI e VIII. Junto ao castillo tinham muitas tumbas, acreditasse que da nobresa. As tumbas foram intensamente saqueadas, mas em 2013 foram encontradas 63 tumbas intactas com muitos metais preciosos e outras oferendas que tornaram possível entender melhor como este povo vivia. Quando cheguei no castillo não tinha ninguém, eu estava procurando a entrada quando uma senhora veio me avisar que a pessoa que cuidava dali tinha ido à cidade e demoraria para voltar e tinha deixo-a para avisar a quem chegasse. Falei pra ela de onde vinha e que gostaria de conhecer o local, mas que não poderia esperar, falei que apenas queria tirar umas foto e já ia embora. Ela então me disse que era pra fazer que conta que não tinha visto ela e que ela não tinha me visto. Pulei então um murinho e subi na pirâmide para ver o local. Pude ver o local onde foram encontradas as tumbas e outros espaços da construção. Os objetos encontrados nas tumbas estão em um museu longe dali.

 

Abaixo uma sequência de fotos do Castillo de Huarmey

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Voltei para a estrada e em mais uma hora eu estava no mais antigo observatório solar da América chamado de Chanquillo que foi construído no século IV a.C. Chanquillo é parte de um complexo de várias construções distribuídas em uma área de 4 km² , desde Chanquillo é possível ver os vestígios destas construções que estão abaixo da colina onde Chanquillo foi construído.

 

Abaixo uma sequência de fotos de Chanquillo

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Depois de mais meia hora de estrada eu me encontrava no Templo de Sechin. Este templo data de 2400 a.C e continuou em uso até 1500 a.C. pela cultura Sechin. Este templo foi feito em pedra e apresenta desenhos nas faixadas, além de esculturas. O templo foi construído sobre outro que era feito em argila e que data de 3500 a.C.

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Maquete do templo

 

Abaixo uma sequência de fotos do Templo de Sechin

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No local também tem um museu com algumas das peças ali encontradas e uma maquete do templo, que não é permitida a entrada. Podemos apenas ver os muros.

Saindo do templo achei um restaurante para almoçar e a tarde rodei até o entardecer sem mais paradas para visitar sítios arqueológicos. A 30 km de Trujillo eu acampei entre um canavial e a carretera.

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Local do acampamento

 

Quilometragem do dia: 510 km

Quilometragem acumulada: 7205 km

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