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Pessoas,

 

para quem está na dúvida se faz o passeio de forma autônoma ou se contrata um pacote de agência, compartilho a experiência que tive no Jalapão. Foram 5 dias pela região, de forma autônoma, sozinho em uma moto. No meu roteiro teve uma tentativa de chegar a Pedra Furada (areião pesado + final de tarde =ficou pra próxima); Cânion Sussuapara, Cachoeira do Lajeado, Cachoeira da Velha, Praias do Rio Novo, Dunas, Mirante da Serra do Espírito Santo e das Dunas, Fervedouro do Ceiça e Cachoeira da Formiga.

 

- https://caminhosdomato.blogspot.com.br/2015/09/brasil-central-jalapao-tocantins.html

 

Optei por ficar acampado durante minha passagem, assim não precisei fazer grandes deslocamentos durante o dia, rodava cerca de 90~100km por dia. Camping 0800 na pousada de acesso à Cachoeira da Velha e nos fundos da casa da Dona Benita (de frente à entrada pras Dunas). Tive que pagar pra ficar no camping da Cachoeira da Formiga, 30$ a pernoite, em compensação na manhã seguinte fiquei com a cachoeira só pra mim rs.

 

Jalapão não é esse bicho sinistro que falam, mas também não é moleza.

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  • 2 semanas depois...
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Acabei de voltar do Jalapão =D

Depois vou tentar montar um texto mais completo, com fotos e informações mais detalhadas, mas vou fazer um resumo para ajudar quem vai nos próximos dias.

 

Viagem

Optamos por conhecer os atrativos próximos à Mateiros. Fomos em dois carros, uma caminhonete 4x4 e uma pálio adventure, sem tração mas com recurso de lock. Seis adultos, uma criança de 11 anos e outra de 7. Escolhemos ficar em camping e levamos comida suficiente para os todos os dias de passeio.

 

Percurso

Ida - https://goo.gl/maps/gGgnTQ8CNAH2

Brasília - Luís Eduardo Magalhães - Placas - BA 460 - BA 459 (até aqui muitas retas e asfalto em bom estado) - BA 458 (primeiro trecho péssima estrada de terra, carros baixos não passam. Segundo trecho está melhor, única opção de estrada) - Galhão - Mateiros

 

Volta - https://goo.gl/maps/6o1NG6f71gM2

Na BA 458 passamos por um pequeno trecho de asfalto. Desconfiamos que ia até Dianópolis e o chute foi certeiro. Então na volta, ao invés de seguir na BA 458 seguimos até Dianópolis. No Maps esta estrada consta como terra mas está TODA asfaltada e bem boa.

Mateiros - Galhão - BA 458 - Dianópolis - Luís Eduardo Magalhães - Brasília. Aqui a sugestão mais comum é seguir por Taguatinga. Mas analisando o mapa você vai ver que a estrada de Luís Eduardo é bem mais reta e praticamente não corta cidades. O desvio compensa, a estrada que vai de Novo Jardim a Luís Eduardo está boa e tem uma paisagem bem interessante.

 

Camping

Ficamos no Camping do Seu Vicente, fica entre Mateiros e São Félix. Local extremamente agradável, às margens do Rio Formiga. O Roberto e a Naná, que atualmente cuidam do camping, são muito atenciosos, nos deram muitas dicas.

Tem restaurante, mas como levamos comida não comemos lá nenhuma vez. Tem 3 banheiros razoavelmente limpos com dois chuveiros, um deles é quente. Tem lâmpadas e tomadas espalhadas, você pode montar um acampamento bem iluminado e com tomada do lado.

 

Estradas do Jalapão

A estrada Mateiros-São Félix é transitável em veículos sem tração, desde que não sejam muito baixos.

Nos informaram que a estrada Mateiros-Ponte Alta está muito ruim. Nos recomendaram não transitar com a Pálio além da entrada das dunas.

De todos os atrativos que visitamos os únicos acessáveis sem tração foram o povoado do Mumbuca e o fervedouro do Ceiça. Para os outros é melhor não arriscar, muuuita areia. Nos disseram que é comum quem está sem 4x4 parar próximo à entrada dos atrativos e pedir carona para os carros traçados.

 

Atrativos

 

Os atrativos são fáceis de encontrar, em geral tem placas nas encruzilhadas. Um pequeno estudo ou se informar na pousada/camping é suficiente.

 

Vou falar como dividimos os dias, não é bem uma sugestão de roteiro, tem muitas coisas que não visitamos.

 

1º dia

Como estávamos pertinho começamos com a cachoeira do Formiga. A entrada custa R$ 20,00, tem uma área bem agradável com mesas e churrasqueiras improvisadas. Tem restaurante e bar no local. O lugar é ESPETACULAR, tanto o poço quanto o rio mais abaixo. Arranje um jeito de fotografar embaixo d'água. A opção mais econômica são as capinhas impermeáveis para celular, pode comprar porque vai valer a pena.

 

Depois da cachoeira, finzinho de tarde, fomos no fervedouro do Ceiça. A entrada também é R$ 20,00. Nem vou tentar explicar como é, não tem como. Só digo que os adultos que entram ficam rindo igual crianças.

 

2º dia

O plano era sair bem cedo do camping e fazer o mirante da Serra do Espírito Santo, a Prainha do Rio Novo e as Dunas.

A parte de sair bem cedo falhou, chegamos no mirante por volta das 9h da manhã. Fomos BURROS de insistir em fazer a trilha. Não cometa esse erro. A trilha é uma subida muito pesada mais 3km em uma área plana. O visual é incrível mas alguns do nosso grupo desistiram de continuar a trilha depois da subida e quem continuou passou mal por causa do calor. A vista que realmente compensa está depois desses 3km, só subir não vale a pena.

Perdemos o resto do dia, cansados, com dor muscular e passando meio mal. Se não chegar no começo da trilha até NO MÁXIMO 7h da manhã, NÃO SUBA. Queria que alguém tivesse me alertado assim, então por favor ouça esse conselho.

 

3º dia

O pessoal do camping nos falou para não deixar de ir na Cachoeira do Prata. Disseram que um fazendeiro comprou a área e vai fechar a visitação. Realmente, chegando lá vimos que os moirões já estão fincados, só falta passar o arame na cerca.

O lugar é muito bonito, o Prata tem a água mais rápida e fria do que o Formiga. Não tem bar nem restaurante, tem que levar comida e bebida.

De lá seguimos para o fervedouro Bela Vista. (entrada R$ 15,00). Cada fervedouro é único, esse é o maior e não te joga tão pra cima, mas a areia lá é bem interessante.

Demos um pulinho em São Félix só para conhecer, tem mais estrutura do que Mateiros.

 

4º dia

Não deixe de ir no Encontro das Águas. É menos falado mas muito legal. A entrada é R$ 15,00, tem um fervedouro bem pequeno. Não subestime, é muito forte e nesse realmente não dá para afundar. Do lado uma trilha beem curtinha te leva ao encontro do Rio Formiga (com a água azul e quente) com o Rio Soninho (água gelaaada). Divirta-se na junção dos dois.

Não resistimos e voltamos para a Formiga. Fizemos almoço e curtimos a tarde por lá.

Para finalizar, povoado do Mumbuca. É a única estrada fora a principal que você pode ir com qualquer carro sem muito medo. Mas se você não tem sensibilidade para turismo histórico/antropológico, não vá. É um povoado pequenininho, com uma loja de artigos de capim dourado e um bar pitoresco. As crianças cantam para os turistas. E só.

Se quiser só comprar capim dourado, há uma loja na estrada Mateiros-São Félix, perto da entrada da cachoeira do Formiga, que nos disseram que é bem mais barata.

 

Dicas

Leve dinheiro.

A gasolina é MUITO CARA (antes do aumento dessa semana estava R$4,70 o litro). Os postos não tem Etanol.

Reserve a comida. Nos disseram que no Jalapão não é difícil você ficar com fome e com dinheiro no bolso.

O Jalapão não é bicho de sete cabeças. Com 4x4, vá sem medo, sem 4x4, vá com cuidado, mas vá.

 

Ufa, por enquanto é isso. Espero que ajude!!!

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  • 3 semanas depois...
  • 2 semanas depois...
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Em 30/06/2017 em 10:40, Danilo Urso disse:

 

Oi Danilo, desculpe a demora pra enviar o material, é que ando muito ocupada fazendo roteiro de uma viagem de 3 meses pra Asia e Europa kkk ;) vai ter planilha tb!! Contarei tudo no instagram @quemamaviajar e @ilcaalves 

Voltando ao Jalapão, vou esclarecer um pouco sobre a planilha e como foi a viagem. Desde de 2015 muita gente entra em contato pedindo a planilha, então vou ver se consigo colocar aqui pra vocês. Podem continuar entrando em contato sem problemas, só fico triste quando vejo que a pessoa já viajou antes que eu tivesse tempo de enviar a planilha e ajudar. Então segue meu relato:

Saímos eu e meu namorado de Goiânia rumo a Palmas, em um Grand Vitara 4x4. Fomos para Palmas porque íamos em um casamento. Um dia depois do casamento, nós, os noivos e mais 15 pessoas (convidados) fomos para o Jalapão. Eles foram em 3 S10 alugadas lá em Palmas.

1º Dia: Saímos cedo rumo a Ponte Alta, passamos no posto para abastecer e comprar água (eu e meu namorado já havíamos comprado muita comida que não ia perder durante a viagem, como salaminho, pão, amendoim, frutas secas, leite ninho, toddy haha, muita coisa)  e de lá pegamos algumas informações sobre a localização da entrada da Cachoeira da Velha, pois a ideia era passar a tarde na prainha do rio novo (próximo a Cachoeira da Velha) e depois pegar o pôr do sol nas Dunas. Próximo a saída de Ponte Alta, passamos no Cânion Sussuapara, muito lindo e diferente, não gasta mais de 15 minutos, vale a pena passar lá. Tinha placa indicando o caminho. Depois, seguimos rumo a Cachoeira da Velha, passamos por uma porteira onde deu o km que o pessoal de Ponte Alta falou, andamos mais um pouco e não encontramos outra entrada, então decidimos entrar na porteira que vimos antes. Claro que nos perdemos e não achamos a cachoeira, quando encontramos o caminho de volta, resolvemos ir direto para as Dunas para não perdermos o pôr do sol. Dai descobrimos que se tivéssemos andado mais um pouquinho teríamos visto a placa de entrada da Cachoeira da Velha e do lado a das Dunas. Claro que perdemos o pôr do sol rs... Na volta eu e meu namorados atolamos, porque é muitaaa areia e o Grand vitara é baixo para isso, um pouquinho de barbeiragem também segundo meu namorado rs. Tivemos sorte porque tinha muitas Trollers de turismo que nos tiraram de lá sem custo! Pessoal muito bacana! Depois fomos para Mateiros e hospedamos no Hotel Panela de Ferro.

2º Dia: Conhecemos a Dona Floraci, a sobrinha neta da percursora do artesanato com capim dourado da região, que estava pedindo carona até a comunidade Mumbuca. Como estava somente eu e meu namorado claro que aceitamos e acabamos indo com o pessoal para o Fervedouro do Pequizeiro, onde ela morava. No caminho ela contou muitas histórias da comunidade, sobre as dificuldade que tiveram e suas batalhas na vida. A energia elétrica havia chegado a pouco tempo para a comunidade pensa como eles viviam... A Dona Floraci estava começando a abrir o seu fervedouro para os turistas então não tinha nenhuma estrutura, mas tem um rio lindo, muito gostoso para banho. Quando fomos embora, ela nos convidou para acampar lá, mas ainda íamos com o pessoal até a Cachoeira da Formiga. Levamos brinquedinhos e paçoquinha para dar para as crianças da comunidade, acabamos dando tudo para os netos dela que ficaram muito felizes. A Cachoeira da Formiga é umas das mais lindas que já vi, com certeza não pode faltar no roteiro. De lá nossos amigos iam seguir viagem para São Félix e eu e meu namorado decidimos acampar na Cachoeira da Formiga.

3º Dia: A noite na cachoeira da Formiga foi um pouquinho tensa, tínhamos levado barraca, escutamos uns passos e tal, mas foi tudo bem, acordar com aquela cachoeira todinha pra gente foi incrível! De lá fomos para o Fervedouro do Buritizinho, o mais lindo de todos pra mim! Tem um rio muito bonito bom para banho também. Almoçamos lá, a comida da região é muito gostosa e cara, pois é difícil chegar comida por lá, principalmente carne. De lá fomos para o Fervedouro do encontro das águas, que realmente é o mais legal de todos. Depois resolvemos ir acampar no Fervedouro do Pequizeiro e rever a Dona Floraci, antes de sair da comunidade. Quando chegamos lá já estava escurecendo e somente as crianças estavam na casa. Os avós estavam trabalhando e voltariam no outro dia. Eles deixaram a gente acampar na beira do rio. A beira do rio tinha uma prainha e muita mata, ficamos com receio de bichos, mas foi lindo, nem colocamos a lona da barraca, ficamos vendo o céu lindo com estrelas, muito romântico.

4º Dia: Íamos para o Fervedouro do Seiça (o maior da região), mas antes resolvemos passar na loja do capim dourado e conhecemos o Jesus, um cara que resolveu morar na comunidade e estava querendo carona até Mateiros. Dissemos que ainda íamos em um fervedouro antes, e ele acabou nos levando até lá. Depois nos deu a dica de irmos até o Fervedouro dos Buritis, e ele nos levou até lá também. Muito lindo! Parece o buritizinho só que maior. Almoçamos lá, depois deixamos o Jesus em Mateiros e partimos para as Dunas para pegar o pôr do sol. Fomos os primeiros a chegar, as Dunas eram nossa. Claro que atolamos de novo na volta kkk. Dessa vez fomos atrás de uma Troller para não ter perigo e ir pelo melhor caminho, mas a Troller atolou na nossa frente e tivemos que parar, aí já era, atolamos também... Depois de outra Troller nos ajudar como da outra vez, na estrada um casal pediu carona para Mateiros e demos. Eles eram malabaristas e estavam ali há alguns dias esperando carona para ir pra cidade. Muita história interessante novamente. Voltamos para Mateiros, ficamos em um hotel que o Jesus havia nos indicado, mais em conta, infelizmente não lembro o nome. Fica do lado de um mercadinho.

5º Dia: Saímos de madrugada, 4:00, para ver o nascer do sol da Serra do Espírito Santo, chegamos por volta das 4:30, o sol lá tava nascendo por volta das 5:00 então não pegamos o início, a subidinha foi pankzinha para mim que tava sedentária, e super tranquila para meu namorado, mas conseguimos pegar o sol nascendo ainda, tiramos umas fotos legais, tem alguma no meu instagram @ilcaalves   Fizemos a trilha lá em cima, ficamos muito tempo por lá curtindo, de lá de cima dá pra ver as Dunas pequenininhas e entender por que elas estão ali. Descemos e seguimos rumo a Cachoeira da Velha. Próximo a serra passamos em uma casinha para beber água, pois a nossa tinha acabado. Conhecemos uma senhora muito gente boa que nos contou sua história muito interessante e sofrida. Ela nos deu água e cadeira para descansar. Lá é muito interessante, muitos turistas passam por lá e deixam suas marcas nas paredes. Seguimos nosso caminho, pegamos aquele atalho que algumas pessoas aqui do mochileiros contam, muito mais perto sem dúvidas. Chegamos na Cachoeira da Velha, muito linda, e seguimos para a prainha do rio novo, tomar banho de rio, e a ideia era acampar por lá... Lá é lindo, vale a pena conhecer, mas tinha uma placa de proibido acampar. Seguimos para Ponte Alta, onde dormimos.

6º Dia: Fomos ver a pedra furada, quase atolamos de novo, ainda bem que não, pois não tinha mais ninguém por ali... Muito legal a pedra furada! De lá seguimos rumo a Cachoeira da Fumaça, que já não é mais no Jalapão, mas se tiverem mais tempo vale muito a pena conhecer, só preciso avisar que se quiser seguir o caminho para Almas, como fizemos, tem uma ponte muito perigosa de atravessar, os moradores da região colocaram fogo na ponte já quebrada como forma de protesto. E de lá, que já é território de Almas (TO), continuamos nossa viagem pelas cidade do Tocantins até chegar na Chapada dos Veadeiros em Goiás, mas essa história fica pra próxima vez.

 

GASTOS DA VIAGEM JALAPÃO-T0-CHAPADA DOS VIADEIROS-09 A 25-10-2015.xlsx

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  • 3 semanas depois...
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Olá! estou querendo ir no feriado do dia 12/10 com meus filhos de 4 e 3 anos.... já estudei bastante mas por conta das crianças estava tendendo a procurar uma agência... como ficou em cima da hora me cobraram R$ 4.500,00! achei um absurdo! falaram que a diária do carro é R$ 700,00 (!!!!). eu estou acostumada a viajar dirigindo, já subi do RJ ao Nordeste, fiz Bonito de carro, já fiz MG, SP, as crianças estão desde pequenas viajando comigo de carro.... mas fiquei apreensiva por conta da areia, pensei em alugar um 4x4 em Palmas mas vi relatos de pessoas que atolaram no 4x4.... afinal, em 4x4 dá pra fazer ou não? as estradas são bem sinalizadas? vão ser 4 dias e 3 noites, vi uns roteiros que dá pra fazer com os pequenos (infelizmente faltam relatos de mães mochileiras com filhos tão pequenos e sozinhas). bom é isso, aguardo dicas sobre a questão da estrada que é o único limitante pra mim.

 

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