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Itacaré-BA: relato de viagem ao paraíso


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Fui para o paraíso Itacaré, na Bahia, em 2008 com minha mãe, minha tia, que organizou boa parte da viagem, e sua filha. Passamos em Itacaré três noites e no final aproveitamos para passar uma noite em Ilhéus. Foi a primeira vez que fui tripulante de um avião e aprendi bastante sobre ser mochileira. Vocês podem ver esse relato e as fotos também no blog http://ideiastuta.blogspot.com/2010/03/itacare-e-ilheus-ba-um-relato-de-viagem.html. ::hãã2::

 

 

DIA 1

Somos de Recife e, para chegar em Itacaré, pegamos um ônibus para Itabuna na rodoviária, no finalzinho da tarde. Viajamos a noite inteira e só chegamos no destino no outro dia.

 

 

DIA 2

De lá, na rodoviária de Itabuna, pegamos o ônibus para Itacaré. Detalhe: as passagens foram todas compradas na hora do embarque e, por sorte, assim que chegamos, os ônibus iam sair. Não sei se é o melhor a fazer, mas não tivemos problemas com essa idéia. E, por fim, do terminal do ônibus de Itacaré, pegamos uma terceira condução, um táxi para o hotel.

Chegamos no fim da tarde e fomos logo procurar uma agência de turismo local para combinar o passeio do dia seguinte e comprar finalmente o voo de volta. Após mais de oito horas na viagem de ônibus, decidimos voltar com a rapidez do avião e compramos o bilhete na agência.

Uma vez acomodadas, à noite curtimos um jantar onde comi um delicioso e completíssimo acarajé em uma barraca. Confesso que nunca comi acarajé melhor que o original baiano vendido lá. Tinha um recheio poderoso de camarão, muita verdura, muita pimenta. Depois fomos à rua Pedro Longo terminar de lanchar em uma lanchonete onde vendia diversos sucos e um ótimo açaí na tigela. Aliás, essa rua, que fica na Pituba, é a principal de Itacaré e tem várias lojas interessantes onde se comercializa artesanato, comida, souvenirs, vestuário indiano, moda praia, artigos exotéricos, pranchas de surfe e há a excelente pousada Estrela, onde ficamos após a primeira noite.

Nessa noite inicial, dormimos na pousada que reservamos pela internet, mas ficou localizada em uma rua meio esquisita e gostaríamos de estar no centro da cidade. Por isso, negociamos com a dona da pousada que só ficaríamos durante uma lua e nas próximas estaríamos na Estrela, onde ainda tinha vaga para a gente, que chegou de última hora. Comparando a localização das duas pousadas, vimos que agora sim, fizemos um bom negócio.

 

 

DIA 3

Queríamos conhecer ao máximo a ecologia da área e para isso, agendamos com a companhia de turismo duas trilhas para este belo dia. A da manhã, um tour pelas praias Jeribucaçu, Engenhoca, Hawaizinho e Itacarezinho, lindas e as mais distantes do centro, escondidas pelas matas. Só se chega nessas praias pelas trilhas a pé e só começamos a andar quando o carro da companhia nos deixou mais perto, até onde carros podiam ir. No meio da expedição, cenários bons para fotos.

 

A trilha que fizemos à tarde foi para uma das cascatas existentes na área, a cachoeira de Tijuípe. É bonita, se bem que tem uma placa indicando que o poço é profundo, e que é para manter crianças sob vigilância. As pessoas da excursão que sabiam nadar, mergulharam na boa até chegarem embaixo da cahoeira, onde tem um parte um tanto rasa. Dá para tirar fotos legais debaixo da queda d’água. Almoçamos por lá, pois tinha um restaurante no meio do mato e toda uma infra-estrutura turística. Para chegar aqui, tivemos antes que passar por trilha de descida e aí é que está, pois enfrentamos na volta a subida, bem cansativa. Ainda assim, valeu muito a pena. ::lol3::

 

À noite, soubemos que havia umas boates por lá, nas quais tocava música eletrônica, forró e reggae. Observamos, da janela e da porta da pousada ou ainda da lanchonete, um monte de gringos que passavam por ali com freqüência, alguns chegando ou saindo com imensas mochilas nas costas. Aliás, verificamos a quantidade de estrangeiros em Itacaré durante todo o nosso tempo de estadia e, às vezes, topávamos com um ou outro dos mesmos rostos, pois a cidade é pequena, ou pelo menos a parte urbana. Muita gente bonita. Mas, em vez de ir para as noitadas, preferimos a vida saudável de descansar e nos poupar para a trilha do dia seguinte. Sábia decisão, pois o dia seguinte foi puxado.

 

 

DIA 4

Dessa vez, a trilha era por conta da gente mesmo. Ou esse era o plano inicial, pois fomos informadas de que há praias pertinho do centro que podíamos conhecer sozinhas, sem guia. Partimos logo cedo, na maior disposição e cheias de moral para visitar as praias da Concha, Resende, Tiririca, Costa e Ribeira – essa é a ordem de mais perto da Pituba à mais distante. Vimos todas essas praias numa ótima caminhada que acabou em um curto instante, pois eram todas perto.

 

Mas a caminhada maior estava por vir. No meio do caminho, havíamos encontrado um rapaz que se ofereceu como guia para nos levar à praia sensação, que eu já ouvira bastante falar antes como uma das melhores de Itacaré ou a melhor: a Prainha. Concordamos em que ele nos levasse a essa praia, já que era mais difícil de chegar nela, ao que parecia.

Assim que acabou o roteiro das cinco praias citadas deste dia, antes de começar a excursão para a Prainha, paramos em um local para descansar e um cara passou vendendo serviços de fazer tatuagem. Para entrar no espírito hippie da população, fizemos tatuagens de henna, cada uma a seu estilo, exceto minha mãe que não quis. Achei o máximo a de lua e estrelas da minha tia, no pé; a de escorpião de minha prima, no ombro; e a minha de borboleta, no tornozelo.

Foi quando aconteceu uma coisa inesperada para uma aprendiz de mochileira como eu. Nesse local onde paramos, havia um grupo conversando ou vendendo algo, não prestei muita atenção. Só sei que um dos homens disse a minha tia para ter cuidado, pois não se deve contratar um guia não credenciado. Isso, só mais tarde ela me revelou, e contou da sua apreensão durante o passeio. Mas, foi só um susto, pois o guia de beira de estrada que contratamos foi um doce de pessoa e pareceu bastante trabalhador. Pagamos, inclusive, mais barato. De toda a forma, ficou a lição de que devemos contratar um profissional credenciado para não ter sustos. Já pensou se acontece alguma coisa mesmo?

 

A trilha da Prainha foi tranqüila, e não tive dificuldades, mas algumas das minhas companheiras de viagem reclamaram que foi uma caminhada longa. Talvez tivesse sido, pois eu de fato me cansei no final, mas mesmo assim, convenhamos: eu só me diverti ::otemo:: .Os exercícios e os cenários deixaram-me leve e sorridente: subidas e descidas, florestas, o circuito de arvorismo ativo Conduru - que não participamos, mas pegamos fotos na entrada -, um mirante, e um campo largo com coqueirais.

 

Ao chegar lá, vimos uma linda orla. É um pouco parecida com o que já vimos nas outras praias, porém essa, foi de fato, a melhor de todas.Era um pequeno paraíso, com quiosque de água-de-coco, rapazes surfando, água bem limpinha e era especial conhecer a trilha pela qual viemos. Aliás, limpeza é propriedade certa das praias de Itacaré.

Na Prainha, até fiz amizade com um belo surfista nativo que saía das ondas ::love:: e, ao me observar tomando banho de mar com minha prima e ao ver meu olhar para ele e sua prancha, perguntou gentilmente: “Quer que eu te ensine a surfar?” Fiquei tentada, mas como não sabia nadar, não arrisquei. Mas passei a vez para minha prima, que nadava e queria mesmo aprender o esporte. Ela pegou algumas ondas, mas não chegou a ficar de pé. Foi um começo, aplaudi.

 

Ao voltar, nós nos organizamos para deixar Itacaré.

 

 

DIA 5

Assim que tomamos o café da manhã, olhamos com carinho a rua Pedro Longo pela última vez e seguimos viagem. Ainda na cidade, minha tia comprou um cacau para dar de presente à mãe dela. Caminhamos até o terminal de ônibus, agora que já sabíamos a distância da pousada para lá. Até aqui, ainda achamos outros visitantes da praia cosmopolita que falavam vários idiomas. Pegamos então um transporte público até Ilhéus, onde há o aeroporto mais próximo. Escolhemos ficar numa pousada lá por uma noite para conhecer, durante a tarde, a cidade de Ilhéus, terra do Cacau.

Pegamos um ônibus da pousada perto do aeroporto ao Centro Histórico e depois de conhecer o lugar, visitamos o antigo bordel mencionado no livro Gabriela de Jorge Amado e hoje restaurante Bataclã e as ruas cheias de lojas urbanas. Minha prima comprou uma saia típica com motivos de axé, para se parecer com as meninas locais.

 

 

DIA 6

Acordamos muito cedo e deu para ver que as praias de Ilhéus não são tão boas. Entretanto, como já curtimos as encantadoras que Itacaré tem, já achamos que estava maravilhoso. Mas Ilhéus foi mais uma experiência agradável a somar, principalmente o chocolate líquido que tomamos, não é maltado, e sim chocolate derretido gelado, numa tenda junto ao Bataclã. Comprei também um presente para minha avó: os gostosos chocolates com embalagem no formato do fruto do cacaueiro, já no aeroporto.

Em geral, foi bom demais. ::otemo::

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