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Canyon Guartelá


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  • Membros de Honra

Há muito tempo venho planejando de conhecer o maior Canyon do país, o Guartelá. No último feriado (Corpus Cristi) acabei por realizar mais essa empreitada.

 

Na véspera do feriado, mais precisamente quarta-feira pela manhã, abri um mapa para ver o caminho que uma colega iria percorrer rumo ao Sul do país e vi a cidade de Tibagi. Lembrei do Guartelá, fiz alguns contatos com pousadas e sobre a visitação ao Canyon e tomei a decisão de ir visita-lo.

 

Na quinta-feira, de carro fui até Tibagi com a programação de fazer a visita ao canyon na sexta-feira e pedalar com Montain Bike no sábado.

 

Hospedei-me na Pousada Formiga da Figueira, no centro e acertei com a agência Águas Vivas, do experiente Frances “Alan” a visita ao Canyon para a manhã seguinte.

 

O Canyon fica entre os municípios de Tibagi e Casto. A entrada do Parque Estadual fica há 18km de Tibagi e há uns 45 de Castro.

Ambas cidades oferecem estrutura para o visitante. A grande maioria das pousadas que existem na região – principalmente em Tibagi – estão em áreas rurais.

 

A exploração do turismo ecológico é profissionalizada na região.

 

Tibagi é pequena, simpática e acolhedora. Castro apesar de maior, também muito acolhedora. Os moradores da região até surpreendem pela cordialidade e simpatia com que recebem os visitantes.

 

Devido ao número excessivo de acomodações rurais a Tibagi tem poucas opções de refeições para o visitante. O Armazém e Veneza, na praça central são as melhores opções

 

O Canyon, com aproximadamente 30 km de extensão ganha a estatística de ser o maior do país. Porém suas escarpas não são tão elevadas, chegando ao máxime em 450 metros de altura.

 

Originalmente seu nome era Canyon do rio Iapó, com o passar dos anos, pelo nome do bairro Guartelá existente na região acabou ganhando essa denominação.

 

No rio Iapó é possível realizar rafting, em alguns trechos. Mas somente em determinadas épocas do ano. Pois devido aos “paredões” da parte baixa do canyon, o rio não tem para onde espalhar em épocas de cheia – portanto fica muito alto. E, em épocas de secas, fica baixo demais com muitas pedras expostas.

 

Sexta-feira amanheceu chovendo. Choveu o dia todo até altas horas da noite. Não foi possível fazer a visitação ao Parque.

 

Aproveitamos para ir até a fazenda sede da pousada Ytaytiba. Lá é possível fazer algumas trilhas – todas acompanhadas. Essa fazenda, tem a face contraria do Canyon defronte ao Parque Estadual, porém com uma cota de altimetria uns 30 a 40 metros mais elevada do que a área do Parque Estadual.

 

A localização privilegiada incentivou o ecoturismo e levou os adminstradores da fazenda a criarem uma Reserva Natural de Patrimônio Natural – RPPN na área.

 

Na cidade, visitamos a Associação dos Artesãos. Lá conhecemos o processo todo da fabricação de confecções em lã, desde a chegada da lã tostada até a peça pronta.

 

Já que estava chovendo fomos fazer rafting no rio Tibagi. O percurso é curto e o nível algo entre II e III. Mas suficiente para se molhar bastante com aquela água gelada numa tarde fria de outono no sul do Paraná.

 

Um merecido banho bem quente e algumas taças de vinho caem muito bem nesses momentos.

 

A manhã do sábado amanheceu perfeita para a visitação ao Gaurtelá apesar de relativamente fria.

 

Fomos até a portaria, fizemos a identificação e assistimos um vídeo – obrigatório para todos que adentram ao Parque.

 

As trilhas internas do Parque são extremamente simples, no início com calçamento e em seguida com trilhos de madeira. Isso é feito para preservar o piso.

 

Como adentram muitas pessoas no Parque e o piso é essencialmente arenito, podem causar erosões.

 

Resta saber a manutenção que darão, pois a madeira colocada em alguns anos estará lisa, colocando em risco a integridade das pessoas que por ela transitariam.

 

Cabe aqui salientar que apesar do canyon ter cerca de 30 km de extensão, o Parque estadual é proprietário de somente uns 2 ou 3 km e ainda apenas da margem esquerda do rio . E ainda mais, dentro do Parque ainda há uma propriedade rural - Passamos por uma pequena criação de ovelhas.

 

Logo em seguida chega-se ao mirante do Canyon . A paisagem natural do Mirante é privilegiada. Muito bonita. Porém prejudicada por uma linha de transmissão de energia elétrica que polui o visual.

 

Seguindo a trilha, logo após os panelões, inicia-se uma suave subida – permitida somente com a presença de guia. Chegando ao topo dessa escarpa tem-se o melhor visual do cânion. Essa paisagem compensa toda a viagem.

 

É indescritível.

 

É o ponto mais alto. É possível identificar o desenho sinuoso do rio cortando o canyon por umas 5 curvaturas.

 

Apesar de ser o ponto mais frio, o lugar merece uma parada de mais tempo para contemplação, admiração e reflexão. Nesses contatos com a natureza recarregamos nossas energias para o dia-a-dia. E ali naquele ponto, sem sombra de dúvida essa magia acontece.

 

Não foi possível visitar as pinturas rupestres. Para se chegar nelas, a trilha é de arenito e a administração do Parque – em virtude da chuva do dia anterior – vetou a visitação.

 

Mesmo sem visitar as pinturas. A subida a esse topo da escapa e com o visual que tivemos lá de cima fez-nos sair de lá reconfortados e prazerosos.

 

Algumas dicas

 

É possível adentrar sem guias. Mas a visitação fica limitada somente para algumas cachoeiras, o mirante e os panelões.

 

Em alguns pontos da trilha tem água canalizada, em torneiras. Mas com presença elevada de ferro-manganês, a ponto de alterar visualmente a cor e

substancialmente o sabor da água.

 

No frio, leve agasalho, mesmo se na cidade estiver mais quente. Na portaria do parque faz bastante frio.

 

Vale muito a pena conhecer as duas cidades base, Castro e Tibagi.

 

 

fotos no blog da assinatura

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  • Membros de Honra

Grande Paulo! Lugar inédito é bom, hein? Tenho curiosidade de conhecer este lugar pouco divulgado. O PR, além das montanhas da Serra do Mar, tem muita coisa bacana. São Luiz do Purunã, Castro, Vila Velha... cada vez que saía de Curitiba pra Guarapuava eu "viajava" na Rodovia do Café....

Belo relato, mas vi poucas fotos no teu blog....

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  • Membros de Honra

Cacião

 

Blz velho....

 

Próximo relato será o Audax 300. trezentos km de bike num dia. Eu e o Ogum estamos inscritos. aguarda aí mano.

 

Pisei na bola. Coloquei o relato antes das fotos. Estou nesse momento atualizando as fotos. Mais uma meia horinha e estarão lá. Estou colocando no orkut e no blog.

 

Ah ...Paraná é xique. A eduação me espantou. Tem pouca área preservada. A atividade agrícola devastou quase tudo que tinha de área verde por lá. Mas onde tem serra e Desnível (Cuesta), como é o caso do Guartelá, sobrou.

 

Abração fera

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  • Membros de Honra

Guartelá é show, pena que tem pouca trilha p/ caminhar. E Tibagi já foi eleita a melhor cidade do interior do Brasil.

Também fiquei na Pousa Formigas da Figueira, as vezes nem dava vontade de sair de lá, eita lugarzinho bom...

Faltou as cachoeiras do Rosa e Puxa Nervos, bem legais e de fácil acesso.

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  • Membros de Honra

Otávio

 

A pousadinha é aconchegante mesmo. Foi muito bom ficar lá.

 

Não fiz as cachoeiras por opção mesmo. Preferi conhecer a cidade de Castro, que é show de bola também.

 

Não sei se pelo fato de ter 55 cachoeiras aqui na minha cidade, e eu ter passado a infância desbravando as matas daqui pra chegar nelas, hoje não sou afccionado pra conhecer cachoeiras. rs estranho isso né? rs

 

Mas é bom deixar claro, que as trilhas de lá são muito simples. Programa familiar. Nada comparado com as aventuras que a gente tá acostumado a fazer por aí.

 

Abração

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  • 1 ano depois...
  • Colaboradores

Bem legal o seu relato, Guartelá é mesmo um passeio de recarregar energias.

Quando está calor é ótimo porque tem aquelas panelas que se formam nas pedras e dá pra tomar banho.

Uma vez eu fiquei num hotel fazenda em Castro e foi ótimo, tipo pra quem gosta de tranquilidade.

Você fez alguma trilha de bike por lá? Aquela estradinha que leva até o Itaytiba parece legal pra andar de bike.

 

 

20110623174659.JPG

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  • 4 semanas depois...
  • Membros de Honra

Oi Vivi

 

Desculpe-me pela demora em responder. Estive viajanto e somente hj acessando o site.

 

Levei à minha MB quando fui ao Guartelá mas acabei não pedalando por lá.

 

Como resolvi fazer Rafting no dia que tinha programado para o pedal ...a bike somente passeou ..de carro. rs

 

Estava bastante frio quando fui. O rafting foi de deixar roxo de frio. rs

 

Abraços

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  • 5 meses depois...
  • Membros

Ae mochileiros, beleza ?!?

 

Sou de Bauru-SP e fui duas vezes a Tibagi-PR. Vou escrever um pouco sobre as viagens, epero que ajude.

 

A primeira vez que fui foi no feriado de 9 de julho, sexta-feira (feriado no estado de SP). Tive aula na faculdade até as 22:00 e eu e a nomorada saímos de carro de Bauru pra chegar em Tibagi às por volta da 1h da madrugada. Fomos de barraca, mas tivemos que passar a noite de 5ª pra 6ª em uma pousadinha bem ruinzinha por uns R$30,00 cada.

Acordamos na sexta e visitamos o Arroio da Ingrata (dizem que é uma cachoeira,mas uma quedinha bem pequena)... fomos no mirante pro Rio Tibagi (bem legal), museu do diamante (beeem legal) e conhecemos a cidade de uma forma geral. Estava BEM frio.

Fomos no posto de informações turísticas na saída pra Castro e nos informaram sobre o Camping da Dora (aliás, só informaram sobre esse). Como era feriado só no estado de SP, a cidade estava em ritmo normal. Fomos na prefeitura pegar a chave do Camping com a Dora, que nos atendeu muito bem e pagamos adiantado 2 diárias (R$10,00 a diária por pessoa).

Ok, pegamos a chave do camping e fomos conhecer Castro e Castrolanda (que vale a pena).

O moinho da imigração Holandesa é muito legal, inclusive o Pub que tem no subsolo estava todo enfeitado, pois no dia seguinte o Brasil ia jogar (e perder) da Holanda.

 

(CONTINUA)

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