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Facas GUEPARDO


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Diego,

 

Que bom que gostou do review! Infelizmente não deu para comparar comas outras facas por causa do tempo chuvoso, mas será feito. Como disse, iria adquirir outra Police para fazer algumas modificações, como retirar a borracha, soldar a guarda, cortar a guarda nivelada com a empunhadura, de modo que ela se adapte melhor ao corte de alimentos em tábua e um jimping no dorso da lâmina e então voltar a borracha com preenchimento de silicone ou epóxi para eliminar o "jogo". :o

 

Mas gostei do link que você postou, que realmente parece ser a mesma só com scandigrind ao invés do hollowgrind. Fiquei entusiasmado e já ia comprar uma quando me dei conta que o preço está em euros... ::putz:::oops:::hahaha::

 

Infelizmente sou uma negação em determinação... acabei de comprar uma neckknife e praticamente caiu no meu colo um sharpmaker 0km! Devem chegar fim de semana que vem. Assim que os receber posto as impressões! :mrgreen:

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Amigo VdM,

 

O benchmark em termos de review por aqui é Sr. Mestre VdM! Seu review da Guepardo Fish sim é uma obra a ser apreciada, pois além de tecnicamente perfeito ainda foi feito em condições reais de uso e com fotos soberbas! ::otemo::

 

Eu tenho quase certeza de que você já deve ter visto o vídeo do Bluntruth sobre a sua Izula, mas se existia alguma remota dúvida de sua parte da excelente compra que fez, dê uma olhada neste teste que ele fez com a Izula, literalmente transformando em "palito" um caibro de 10x10cm e depois testando o fio... Impressionante!

 

 

Obrigado pelo estímulo!!! :D

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Dr. Cabral

 

He He He ...

 

 

A Izula é valente mesmo! Já tinha visto o vídeo, mas certamente não tentei fazer igual. Estou querendo fazer um review da prodigy, andei cortando uns tocos com ela e me surpriendi. Achei que a faca mais resistente que tinha era e Imbel ou a bushman, mas foi ela que me deu mais segurança. Estou envolvido com obra aqui e casa, estou sem tempo, mais logo sai..... Só não vai ter raio x, isso é para Doutor!!!! Continue assim, adoramos as suas aulas de metalurgia.

 

 

Inté ...

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  • 4 semanas depois...
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Ai galera,

 

A Guepardo me enviou alguns ítens para que eu fizesse um review dos mesmos e postasse minhas impressões. ::mmm::D

 

Então vou postar aqui o das facas e no "Canivetes... qual comprar?" o dos canivetes. ::dãã2::ãã2::'>

 

Faca Delta Guepardo

 

Esta é uma faca que simplesmente não é possível fazer uma avaliação apenas dos aspectos técnico/construtivos, pois há toda uma carga emocional envolvendo o conceito que esta peça representa, já que ela povoa o imaginário de toda uma geração que assistiu ao filme First Blood – Rambo, na década de 80 e o subseqüente Rambo 2, a Missão! E o mais interessante é que mesmo crianças acima de 12 anos que nunca assistiram aos filmes de Rambo, ficam literalmente fascinadas por este conceito de faca e por esta faca especificamente ( experiência com primos e filhos de amigos )!

 

Mas esta faca da Guepardo não se parece com a criação original de Jimmy Lile para o personagem Rambo; isto é verdade, mas ela é inspirada e quase um clone exato de uma faca de sobrevivência de produção industrial, que à época era acessível aos simples mortais ( mas ainda assim cara ), já que as peças customs tinham e têm até hoje preços proibitivos. A faca em questão é a famosa Aitor Jungle King 1!

 

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A Delta Guepardo tem exatos 521g de peso, sem os itens de sobrevivência. Parece muito, mas são muito bem distribuídos em seus 36cm de comprimento total, com uma lâmina do tipo clip point com 20,6cm de comprimento, ou 22,2cm se contarmos o receptáculo da empunhadura após a guarda, onde se inicia sua fixação. A espessura da lâmina no dorso é de 5mm,onde ela conta com uma serra para madeira com 22 dentes alternados, num comprimento total de 9cm,que são de uma eficiência incrível,já que pela sua disposição não permitem que a madeira embuche e comprometa a capacidade de serrar.

 

O desbaste da lâmina é do tipo saber grind, o que lhe confere uma robustez extra, já que o grind começa pouco abaixo da metade da lâmina, que por sinal é completamente negra,o que a torna visualmente ainda mais impressionante!

 

O aço é o 420HC,com dureza que acredito ser ao redor de 55RC ( no meu teste empírico, a quina de sua espinha sofreu uma pequena indentação, um pouco mais pronunciada que a da quina da lâmina de meu SAK Victorinox, cuja dureza é 56RC como padrão ). Acho que vale à pena nos aprofundarmos um pouco mais neste assunto,pois aqui estamos falando da alma da faca, sua lâmina!

 

Muitos podem achar que o 420HC é um aço inferior e que 55RC é um tanto mole. Entretanto isto é uma falsa impressão originada provavelmente de falsos conceitos. O 420HC é uma aço altamente resistente à corrosão, com tamanhos de grãos relativamente pequenos o que o torna também bastante resistente à fraturas. Com 55RC de dureza, não vou dizer que é impossível quebrá-la, mas a quantidade de esforço e energia necessários para se fazê-lo, torna isso quase impossível em aplicações práticas.

 

É verdade que sua retenção de fio não é como a de outros aços com durezas superiores, mas o fato de ser extremamente fácil de ser reafiada, de pegar um fio impressionante e se fizermos este fio com uma angulação maior, algo como 25 graus de cada lado, já que é uma faca para aplicação mais pesada, a durabilidade deste fio será mais que satisfatória.

 

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No quesito utilização pesada é que reside a grande controvérsia deste tipo de conceito de faca, que é o de cabo oco. Muitos especialistas dizem que este é o calcanhar de Aquiles deste tipo de faca, pois ela tende a falhar, quer seja por fratura ou folga justamente na fixação cabo/lâmina!

 

Isso é verdade em parte, e realmente ocorre com facas como as Commanders da Tramontina ( tenho a 1 e a 2 para comprovar ); mas nas Tramontinas, esta fixação se dá através de um “parafuso” que adentra a empunhadura onde é travado por uma porca.

 

Já a Delta Guepardo, assim como sua inspiradora Aitor, além da lâmina adentrar primeiro uma espécie de receptáculo destinado justamente a aumentar a área de encaixe no cabo, a Guepardo tem um pequeno tang/espigão de cerca de 3cm de comprimento e cerca de 2,5cm de largura por 5mm de espessura que adentra o cabo, ficando travado no interior deste tamanha a justeza; além disso, há ainda um parafuso do tipo Alen que transfixa a guarda e o tang da lâmina, dando uma real fixação ao conjunto!

 

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Fiz questão de procurar na internet, e não achei um único relato sequer de uma Aitor Jungle King 1 ou 2 ( a 3 tem cabo em polímero emborrachado e aí já é outra história... ) ter fraturado a lâmina propriamente dita ou falhado na junção lâmina/cabo, mesmo sob árduas condições de uso. E só lembrando que a icônica Aitor usa o aço X42 que é virtualmente idêntico ao 420HC, pois ambos tem 0,46% de C e 13% de Cr e é produzida com dureza variando de 55 a 58RC!

 

O cabo é de alumínio com 5 anéis texturizados para maior grip, e claro é oco para acomodar uma cápsula com alguns itens de sobrevivência e é terminado por uma peça de alumínio sólido com rosca que acomoda uma bússola para orientação, que juntamente com um anel de borracha garantem a vedação do compartimento.

 

A bainha é muito básica, sendo em tecido e com um compartimento em plástico que abriga uma pequena pedra de amolar.

 

A bainha deveria ter ao menos um insert em kydex para melhor proteção da lâmina, e o sistema de presilha da lâmina deveria ser cruzado por sobre a guarda, para realmente impedir qualquer movimentação indesejada desta. Para falar a verdade, esta faca merece a confecção de uma bainha de couro bem acabada e executada, para ficar à altura da faca em si!

 

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A pedra também deveria ser trocada por uma de carborundum ( não vou nem citar cerâmica ou diamante para não elevar os custos... ), já que ela é de óxido de alumínio, que apesar de eficiente para se afiar, se desgasta até de “se olhar para ela”!

 

Sem sombra de dúvidas é uma faca para mato e aventura, podendo substituir um pequeno facão, e um par perfeito com as facas Amazon ou Police ou para o canivete Black Hawk! Mas este já é outra história...

 

Apenas uma observação final: com relação aos itens de sobrevivência, não os levaria no interior do cabo, reservando este para talvez fósforos “qualquer tempo” e chumaços de algodão. Os itens de sobrevivência propriamente ditos, os levaria em bolsa própria presa à bainha ou em uma bolsa de cinto!

 

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Ai galera,

 

A Guepardo me enviou alguns ítens para que eu fizesse um review dos mesmos e postasse minhas impressões. ::mmm::D

 

Então vou postar aqui o das facas e no "Canivetes... qual comprar?" o dos canivetes. ::dãã2::ãã2::'>

 

Faca Delta Guepardo

 

Esta é uma faca que simplesmente não é possível fazer uma avaliação apenas dos aspectos técnico/construtivos, pois há toda uma carga emocional envolvendo o conceito que esta peça representa, já que ela povoa o imaginário de toda uma geração que assistiu ao filme First Blood – Rambo, na década de 80 e o subseqüente Rambo 2, a Missão! E o mais interessante é que mesmo crianças acima de 12 anos que nunca assistiram aos filmes de Rambo, ficam literalmente fascinadas por este conceito de faca e por esta faca especificamente ( experiência com primos e filhos de amigos )!

 

Mas esta faca da Guepardo não se parece com a criação original de Jimmy Lile para o personagem Rambo; isto é verdade, mas ela é inspirada e quase um clone exato de uma faca de sobrevivência de produção industrial, que à época era acessível aos simples mortais ( mas ainda assim cara ), já que as peças customs tinham e têm até hoje preços proibitivos. A faca em questão é a famosa Aitor Jungle King 1!

 

[... omissis ...]

 

 

Olá Pessoal!

 

Cabral, muito boa a descrição. Bateu mesmo uma saudade vendo aquele cartaz de fundo com facas da Aitor pois tive uma Jungle King I. Ótima faca, bastante injustiçada pela crítica (graças ao conceito até mesmo do filme) mas que nunca me trouxe problemas. Comprei quando era piá, exatamente pela paixão despertada pelos filmes do Rambo no final dos anos 80! :oops: Não era barata, lembro que enonomizei quase um ano de mesada para comprar. Usei muitas vezes no mato, uso pesado mesmo, até como facão em várias ocasiões e nem folga na fixação da lâmina. A bainha, mesmo sendo em plástico e nylon era muito bem feita e prática. Aliás as facas produzidas pela Aitor possuem uma ótima qualidade estrutural. Depois de bons anos com ela a mesma foi roubada quando assaltaram a minha residência. Possuo até hoje uma Bowie Magnum comprada no início dos anos 90 que, mesmo depois de muita porrada está praticamente inteira, mesmo depois de 20 anos de mato!

 

O único pecado, a meu ver, para a proposta desta Guepardo Delta é a aquela bainha chinfrin... :x Eca! No mais creio que pode ser uma faca honesta para uma peça de aprox. R$ 100,00...

 

Abraços,

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Caro gvogetta,

 

Você foi perfeito, e como na perfeição não cabe reparos... ::otemo::

 

Está claro que você tem bastante bagagem, então que tal juntar-se à turma dos acometidos pela febre do aço e nos brindar com suas observações sobre suas peças e experiências? :D

 

Vamos incrementar isso aqui e convidar mais amigos interessados em lâminas a participarem mais ativamente, fazendo reviews de suas peças, mostrando o que têm e usam e com isso ajudaremos com informações uma galera enorme, que pode até não ter lâminas como interesse primário mas que de uma forma ou de outra precisam e se valem delas em suas andanças; e que lugar mais apropriado que o Mochileiros para se obter informação de qualidade e confiável sobre o tema?

 

E como no nosso pais infelizmente não é comum informação de qualidade neste campo, já que nem as cutelarias se preocupam em nos informar dados técnicos, talvez possamos com a ajuda de todos tornar o Mochileiros a maior referência no Brasil para questões relacionadas à lâminas, facas, canivetes, facões, multitools, etc. ::otemo::

 

Para isso só é necessário que os amigos percam a inibição inicial e coloquem os dedos à obra no teclado e nos passem suas experiências pessoais! ::cool:::'> :D

 

Um abraço!

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Review Faca de Mergulho Aruba da Guepardo

 

Confesso que a princípio olhei com bastante desdém para esta faca, já que não sou praticante de mergulho.

 

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Ao retirá-la do blister, já é possível sentir seus 148g de peso, que aliás são bem distribuídos. Boa parte deste peso se deve à seus generosos 4mm de espessura de lâmina na porção do ricaço próximo à empunhadura e a ser praticamente full tang.

 

Seu comprimento total é de 23,3cm dos quais 11,5cm são da lâmina; esta apresenta um desbaste do tipo saber grind, e também um desbaste do tipo saber grind em sua porção superior, só que menos pronunciado, deixando-a com um perfil que lembra uma adaga. Isso se justifica por ela apresentar um serrilhado com 19 dentes e 6cm de comprimento da metade para a ponta da lâmina, sendo funcional para descamar peixes, partir espinhas ou mesmo cortar material bem fibroso como uma corda de sisal.

 

Entre este serrilhado e o ricaço há um “gancho” para corte de linhas e cordames mais finos, como os de uma rede por exemplo, que é bem afiado e eficaz. Dada sua pouca profundidade, não sei se seria muito eficaz como “gancho estripador”, mas é uma possibilidade.

 

Conta também com uma guarda de sólida peça de aço antes da empunhadura de ABS, que por sinal é bem rija e recoberta por uma camada emborrachada bastante aderente e que confere uma sensação de maciez. É de cor cinza com dois inserts de um amarelo bem vivo de cada lado.

 

Tem uma bainha em polímero plástico de 70g de peso e de um amarelo vibrante como os inserts na empunhadura e um vazado em sua ponta para não reter água e areia; apresenta um sistema de trava do tipo “press realese button”, onde há uma lingüeta com um ressalto na bainha e o “botão de liberação” fica integrado na empunhadura da faca. Ao ser colocada na bainha é possível se ouvir um sonoro “click” de travamento. Acompanham 2 tiras de borracha ajustáveis para prendê-la à perna.

 

A robustez desta faca é completada com um tang/espigão praticamente do tipo full tang, já que vai até 1cm do final da empunhadura, que no RX se revelou como tendo 1,5cm em média de largura e com um orifício de 6mm de diâmetro ao seu final, orifício este que se localiza mais ou menos abaixo do final de um insert preto tipo “botão bilateral” ao fim da empunhadura.

 

Como mergulho não é “minha praia”, não sei dizer se uma furação neste local para passar um lanyard seria mais útil ou prejudicial ao usuário, já que ter a faca “presa” ao punho seria uma vantagem em várias aplicações onde soltar a faca poderia significar perdê-la, mas por outro lado ter um “laço” que eventualmente pudesse se prender a alguma coisa seria no mínimo incômodo quando a faca estivesse na bainha. Cabe ao usuário experiente decidir, mas é bom saber que é uma possibilidade de uso.

 

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No meu teste empírico de dureza, batendo sua espinha contra a da lâmina de um SAK Victorinox, acredito que ela fique entre 54/55RC, já que sua indentação foi um pouquinho mais pronunciada que a do SAK.

 

Normalmente neste tipo de faca, que ficará exposta a um ambiente muito agressivo como o marinho, o aço de escolha recai sobre o 420J2, ou 420 ou 440A, devido às suas reconhecidas resistências à oxidação. Por isso mesmo, gostaria que ela viesse com um polimento espelhado da lâmina, que minimizaria ao máximo os efeitos corrosivos do ambiente salino. Mas seu polimento deixa aparente as estrias da lixa usada, que apesar de muito finas, ainda assim são aparentes.

 

Acredito que se saia muito bem em aplicações que devem ser mais rotineiras para este tipo de faca, que são cortar linhas e cordames, borracha, peixes, alavancar mariscos, abrir ostras e outros, seccionar amostras de coral e funcionar como “dissuasor” de peixes com atitudes mais agressivas, etc. Pela sua robustez construtiva e dureza RC mais baixa, ouso dizer que seria possível usá-la emergencialmemte como uma pequena alavanca sem o risco de uma fratura catastrófica do corpo da lâmina.

 

Com 24,5cm de comprimento quando embanhada, acho que funcionaria também como faca de braço ou mesmo presa ao arnês do equipamento de mergulho.

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