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Desaparecimento de escoteiro no pico dos Marins há 26 anos ainda é um mistério


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Marco Aurélio sumiu em 8 de junho de 1985, durante uma excursão ao Pico dos Marins; família diz que mantém a esperança

 

Filipe Manoukian

São José dos Campos

 

"Não vou morrer sem saber o que aconteceu”. Com voz decidida, é assim que o jornalista Ivo Simon, 72 anos, encerra sua conversa com O VALE, 26 anos após o seu filho, o escoteiro Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon, ter desaparecido durante uma excursão ao Pico dos Marins, em Piquete.

 

A esperança de encontrar o filho vivo, que sumiu sem deixar vestígios em 8 de junho de 1985, continua forte para a família. Tanto o pai como a mãe, Thereza Neuma Bezerra Simon, 66, e os outros quatro filhos, Adriana, Fábio, Marco Antônio (gêmeo univitelino de Marco Aurélio) e Patrícia, não desistiram de procurar o familiar.

 

 

 

Entretanto, como o próprio pai confessa, ano a ano a esperança mingua e hoje, apesar de garantir que “a morte jamais vai passar pela nossa cabeça, até que se prove o contrário”, ele já aceita conviver com a suspeita de que o filho foi assassinado.

 

A polícia, que arquivou em 1990 um processo de 389 páginas sobre o caso, descarta a hipótese.

 

A única certeza é que se trata de um dos maiores mistérios do país: Marco Aurélio sumiu e nunca se encontrou nenhum vestígio (roupas ou pertences como faca, cantil ou canivete) do adolescente.

 

O enigma alimenta as mais variadas teorias --crime, abdução por OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), sequestro, fuga. Nos arredores do pico dos Marins, o assunto é, até hoje, motivo de discussão.

 

Suspeitas. Depois de 26 anos procurando o filho, Ivo Simon aceitou que o líder do grupo de escoteiros, Juan Bernabeu Céspedes, à época com 36 anos, pode ter atuado de forma errada.

 

Céspedes chefiava um grupo com quatro escoteiros do grupo Olivetano, de São Paulo, entre eles Marco Aurélio. Eles começaram a escalada rumo ao pico da montanha no dia 7 de junho. Ao atingir a altitude de quase 2.300 metros, um dos escoteiros se machucou e Marco Aurélio foi designado, segundo contaram os escoteiros à época, designado por Céspedes a ir na frente em busca de socorro.

 

Foi quando o mistério teve início. “Nunca desconfiamos do Juan (Céspedes) porque ele era amigo da família. Chegou a passar o Natal com a gente. Mas hoje penso diferente”, afirma o pai.

 

“Não quero incriminá-lo, não existem provas. Mas, os escoteiros contaram que Juan chegou a acompanhar meu filho um tempo quando ele foi buscar ajuda. E depois ele voltou, pegou o resto do grupo e desceu a montanha por um outro caminho”, conta Simon.

 

“Quando eles chegaram à base, Juan voltou sozinho e procurou meu filho por uma cinco horas, já era madrugada do dia 8. Só depois ele voltou e comunicou o sumiço”.

 

A tragédia mobilizou mais de 300 pessoas, entre policiais, equipes especializadas em salvamento e busca, mateiros e voluntários. Durante 28 dias, eles vasculharam a região do Pico dos Marins, sem sucesso.

 

Ontem, O VALE telefonou para Céspedes, que atualmente atua como advogado em Manaus. Ao atender, ele negou entrevista, afirmando estar ocupado.

 

Fé. Ao pai, sobram-lhe as palavras de Chico Xavier, médium mais conhecido do país, morte em 2002. “Estive na casa do Chico Xavier em 1986 e ele disse: ‘só me comunico com pessoas desencarnadas’. Tudo sempre levou a crer que meu filho está vivo”.

 

São José dos Campos

Depois de quase cinco anos de investigação, a polícia arquivou o processo do desaparecimento de Marco Aurélio. No laudo da Polícia Técnica, que levou dois anos para ficar pronto, apontou-se que o mais provável teria sido uma fuga.

Delegada da Seccional de Guaratinguetá, Sandra Vergal assumiu a delegacia de Piquete pouco tempo depois do sumiço e participou das investigações. Ontem, a O VALE ela disse acreditar que o Marco Aurélio ainda está vivo.

“A gente subiu, investigou, fez a reconstituição, olhamos tudo. Não houve ocultação de cadáver, achamos que ele está vivo”, disse.

A delegada contou ainda que, “à época, achamos um motorista de ônibus que reconheceu o irmão gêmeo de Marco, afirmando ter dado carona para ele no período do sumiço”, contou.

O processo que investigou o desaparecimento do escoteiro reúne 389 páginas e está arquivado desde 1990, mas pode ser reaberto caso uma nova prova venha à tona.

Hoje, com base na aparência do irmão gêmeo univitelino, Marco Aurélio, se realmente estiver vivo, deve estar com aproximadamente 80 quilos, 1,70 metros de altura e 40 anos. Ele tinha estrabismo acentuado no olho esquerdo.

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O jornalista Rodrigo Nunes já escreveu dois livros sobre o sumiço do escoteiro Marco Aurélio Simon, OPERAÇÃO MARINS e OPERAÇÃO MARINS 2.

 

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Os livros já foram convertidos em um roteiro de cinema e agora esta sendo negociado para produção com a GLOBO Filmes, provavelmente com a direção de Bruno Barreto.

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pra mim esse moleque caiu numa das trocentas grotas escondidas q tem entre o Careca e a Agua Amarela... de onde alias parte o maior canion do pico, sentido as fazendas do vale do paraiba... sao fendas escondidas no meio das pedras, cobertas de muita mata seca e musgos..

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  • 3 semanas depois...
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