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Chile 2011 - De santiago pra baixo!


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Olá mochileiros. Estou escrevendo este relato pelo meu roteiro ter sido feito através das informações contidas aqui. Então é bom pra deixar informações para outros mochileiros que pretendam fazer viagem pelo Chile.

 

Vou escrever esse relato de uma maneira diferente, pois as viagens aconteceram em dois momentos distintos: uma ocorrendo em janeiro de 2010 e a outra ocorrendo em dezembro de 2010. Em ambas as vezes, após o Chile dei um “pulo” em Buenos Aires.

 

Utilizei o decolar.com para comprar as passagens aéreas com destinos múltiplos e qualquer trecho interno foi comprado na hora. Vou tentar ser o mais fiel com preços, horários e impressões que eu tive da cidade.

 

Para mim, o Chile é um país que tem de ser visitado de forma dinâmica, isto é, não dá pra ficar parado por muito tempo. Confesso que eu fiz as coisas com pressa demais, mas mesmo assim deu para aproveitar bastante.

 

JANEIRO DE 2010

 

Bilhete Aéreo

Rio X Santiago X Buenos Aires X Rio

Pela TAM e o trecho para Buenos Aires pela Air Canada

R$ 1.024,00

 

Hospedagem

Andes Hostel

Calle Monjitas

U$ 35,00 (Diária)

 

Eu adorei o Chile, mas confesso que a moeda deles é um tanto complicada de se utilizar e acostumar. Enquanto estava lá, em ambas as vezes, utilizei de uma cotação ficta de 250 pesos por real (as vezes se encontrava um pouco mais alta na Calle Agostinas) para ficar mais fácil de se fazer cálculos mais rapidamente.

 

Minhas impressões geral sobre o Chile (sua arquitetura e estilo de vida) é que ao contrario de Buenos Aires, onde a maioria das pessoas observar a preservação e a fidelidade da arquitetura, o Chile é um país moderno, onde você vai encontrar ao lado de construções antigas, prédios altos e modernos. O segredo para curtir o Chile é nunca ficar comparando com Buenos Aires (o que muitos fazem). O Chile é outro país. Não se deve comparar e sim aproveitar.

 

1º Dia

Embarque normal no galeão. O vôo foi meio que caótico. Tinha uma escala em Guarulhos que supostamente seria de 40 minutos para abastecimento mas acabou que ficamos QUATRO horas plantados em SP esperando uma chuva passar, o reabastecimento do avião e o engarrafamento (HÁ!) de aviões para decolar.

Fiquei conversando com o australiano durante esse tempo enquanto que entre tinha um peruano desmaiado de sono. Fui chegar em Santiago por volta das 23 horas (previsão original as 20), com sono e fome. Fui sacar dinheiro, mas por idiotice minha não conseguia achar a opção para estrangeiros. Peguei um taxi do aeroporto para o hostel (15.000 CLP).

 

O Andes Hostel é muito bom e preparado para receber, porém um tratamento bem profissional. Fiquei em um quarto single com banheiro compartilhado, o qual deveria ser chamado de Coloset Single de tão pequeno que era. Mas, como era só para dormir mesmo não tinha problema nenhum. O único defeito foi a falta de ventiladores. Por mais que em Santiago a noite, mesmo no verão faz um friozinho direto da cordilheira tem dias que faz MUITO calor mesmo a noite. É uma coisa incongruente, já que tinha uma TV de 20’’ no quarto e nenhum ventilador. Nada que desabone o hostel.

 

Chegando lá perguntei se havia a possibilidade deles fazerem cambio de uma quantia pequena de reais, mas não teve jeito. Tive de esperar até o dia seguinte. Uma coisa que aconteceu e me irritou nesse dia foram os brasileiros bêbados cantando “eu sou brasileiro” lá em baixo. Sei que o pessoal ta em ritmo de festa mas é FODA pra quem encarou uma jornada desconfortável em uma lata de sardinha por 6 horas. Mas, como eu tenho um sono pesado foi só dormir. Ah, uma coisa que eu percebi é que as paredes de hostel são bem finas, então tinham uns americanos ficando no quarto ao lado que eram bem ativos e já saiam para caminhar de manhã cedo (6 AM) e batiam a porta bem forte.

 

Nesse dia fiz amizade com um brasileiro que estava morando no Chile pra aprender espanhol (o porquê eu não sei, já que lá eles falam um espanhol incompreensível). Gente boa... me deu várias dicas.

 

2º Dia

Acordei por volta das nove e peguei um mapa na recepção e o rapaz me explicou como chegar em uma casa de cambio. O Chile é bem tranqüilo de se andar e o hostel tem uma localização muito central então tudo que fiz foi seguir reto em direção a Plaza Armas. Dei um passeio pela Plaza Armas, região do centro e seus prédios históricos e consegui trocar o dinheiro na Calle Agustinas. Depois resolvi ir ao Cerro San Cristóbal porém não fazia a mínima idéia de como ir. Então, fiz o que mais gosto de fazer... me perder. Fui em direção a ele mas não estava me ligando com ruas e tudo mais. Estava andando por andar mesmo. Encontrando a Calle Pio Nono subi ela e cheguei no Cerro. Pretendia subir pelo funicular e descer no teleférico mas o teleférico estava desativado. Ainda estava desativado na minha segunda visita de janeiro.

 

Santiago é um sobe sobe absurdo, então, até chegar no alto ao pé da estátua tem que subir muitos degraus. Porém, compensa muito porque a vista é incrível. Resolvi descer pelo funicular de novo e fui caminhando pela Bella Vista. Nessa hora bateu um arrependimento de ter ficado no Andes Hostel pelo fato de ser mais afastado da Bella Vista. Adorei o bairro... bem boêmio, muito barzinho, restaurantes (meio caro). Depois, fui ao Pátio BellaVista almoçar. Acabou que o almoço foi meio caro (por volta de 9000 CPL – mas dá pra comer por uma média de 3500 à 4000) mas valeu a pena já que era uma massa (esqueci qual) com caranguejo recheado e molho picante. (um ano depois e ainda me lembro do prato rs).

 

Andei um pouco mais na Bella Vista e um pouco mais no centro. Voltei para o hostel e resolvi descansar um pouco para jantar fora a noite e me preparar pois iria pra Viña Del Mar.

 

Fiquei socializando um pouco com o pessoal do hostel e depois saí para procurar alguma coisa pra fazer (barzinho / pub). Só lembro que fui seguindo dois caras que pareciam estar indo para alguma night... ao chegar vi um bar que tava tocando música alta e parecia estar cheio e resolvi entrar. Meu deus, que arrependimento! Pedi uma cerveja e me sentei... o cara que estava em frente a um teclado e lap top (eu crente que ele ia fazer um live set) ficava trocando a porra da música a cada minuto e gritando no meio dela. Tomei a minha cerveja e fui embora achanado que a night só foi trágica por que era dia de semana.

 

3º Dia

Acordei mais cedo porque além de ir a Viña, também queria procurar um passeio até a cordilheira dos Andes. Quando estava planejando ir ao Chile eu estava tentando encontrar um passeio que eu fosse a cordilheira dos Andes de alguma forma. Só que como fui no Verão não teria graça ir ao Valle Nevado (que além de tudo tem fama de ser bem caro). Uma amigo meu argentino, fez questão de demonstrar a rivalidade entre Chile e Argentina (sério... com brasileiros a única rivalidade é com futebol... com os chilenos é quase que um ódio declarado) me sugerindo que eu fosse de ônibus até Mendoza e voltasse no mesmo dia. Mas eu tinha lido sobre Cajon Del Maipo aqui no site e em outro site mas como as informações eram muito escassas resolvi procurar por lá como chegar. É uma região remota, com pouco transporte e o jeito que encontrei foi arrumar uma van. Tentei contratar um tour (coisa que eu odeio) mas eles exigiam mínimo de pessoas mas por sorte cruzei com esse site (http://santiago.olx.cl/aguas-termales-c ... d-58558292) e fiz uma reserva. Saiu pela metade do preço e eu só tinha que estar na Plaza Itália as 7:00 de sábado. Tranqüilo.

 

Bem, perguntei para o rapaz da recepção a maneira mais tranqüila de chegar até Viña Del Mar e se eu teria de ir para o terminal de ônibus (algum dos 3) e ele me deu uma dica que eu acho que é bem válida. Me aconselhou a pegar o metro até a estação Pajaritos que os ônibus faziam uma parada por lá antes de seguir viagem e que assim eu cortaria um bom pedaço.

 

Chegando na estação Pajaritos segui para a loja da Tur Bus e o ônibus para Viña tinha acabado de sair. Resolvi ir pelo ônibus de Valparaiso que sairia de lá em 15 minutos, porque eu, na minha cabeça falei “Ah, é só andar entre uma cidade e outra... rapidinho”. Ledo engano!!!! As cidades ficam meio afastadas uma da outra e teria de pegar um metro pra cruzar... mas como eu queria conhecer Valpo não tive problema nenhum.

 

Ônibus confortável, na hora certa.... super tranqüilo. Paguei 6.200 CPL pela passagem de ida e volta mas isso foi em janeiro de 2010.

 

Chegando na Rodoviária de Valpo, o primeiro choque. É um lugar HORRIVEL... mas essa foi só a primeira impressão! rs ... como eu não fazia idéia de como chegar a parte turística da cidade eu fui andando pela rua principal até eu achar alguma praça com um ponto de atendimento a turista. Devo falar que tava um friozinho brabo pela manhã e me arrependi de não ter carregado um casaco.

 

Depois de muito andar e não achar nada resolvi perguntar por um casal de brasileiros que por coincidência havia visto no Cerro San Cristobal e que também estavam perdidos se eles sabiam onde tinha um ponto de informação ao turista. Eles não sabiam mas depois consegui achar o ponto de informação e usar todo o meu espanhol capenga a menina me informou que o tour que parte dali para ver as partes turísticas de valparaiso já havia saído mas me deu a informação que para subir para a parte da cidade que ficava nos morros deveria utilizar o Ascensor da Calle Esmeralda.

 

Foi o que fiz... eu e uma turista italiana que provavelmente deixou a marca das unhas ali na madeira do ascensor por ele sacudir horrores e parecer não ser nada seguro. rs Andei pelas ruelas, tomei um café, bati foto... confesso que Valparaiso é uma cidade bem interessante. Sem contar que a vista ali do alto era incrível... o oceano pacifico, os navios... muito bonito mesmo.

 

Resolvi descer a pé para procurar o caminho do metro/trem pra viña e quando encontrei fui informado que ele havia parado naquele dia por um problema nos trilhos. O jeito foi pegar um ônibus. Me senti um cego tentando pegar um ônibus por não saber qual deles seria. Mas depois de uma viagem de 10 minutos estava em Viña.

 

Viña é o oposto de Valparaiso. Cidade bem balneário. Organizada, bem cuidade, bonita... de novo, não se deve comparar as duas... cada uma é diferente e deve ser aproveitada sem estar na base de comparações. Andei pela cidade o resto do dia, foi na praia (mas só molhei a ponta do meu pé... praia não é muito a minha, sem contar que o oceano Pacífico é MUITO FRIO... não entendo até hoje aquele pessoal se jogando naquela friaca – e olha que sou do Rio!! A praia aqui é bem fria). Valeria a pena pra quem tem disposição de tempo ficar uns dois dias por aqui.

 

Cheguei no Hostel e tomei banho e fui jantar, mas estava tão cansado de andar que resolvi voltar pro hostel e dormir.

 

4º Dia

No dia seguinte fui tomar café no hostel (pela primeira fez). É uma boa maneira de socializar (eu geralmente viajo sozinho). Lá, conheci uma menina chamada Fran de Goiás. Fomos eu e ela conhecer Las Condes e uma outra parte do centro que eu não havia visitado.

 

Eu já havia ouvido falar que deveria ir na Providencia mas o pessoal do hostel falou que era muito “10 minutos atrás” e que não teria nada pra fazer por lá (meio que comprovado na viagem seguinte).

 

Começamos andando pelo centro, passando pelo Palácio La Moneda e outras ruelas até chegarmos no metro. Pegamos o metro no sentido Escuela Militar porque o rapaz do hostel havia aconselhado que ali era a Las Condes. Bem, chegando lá, pra ser sincero eu não achei muita coisa não. É um bairro residencial que me lembrou muito a Barra da Tijuca aqui no Rio. Vários condomínios, ruas largas e a necessidade de um CARRO para se locomover. Andamos um pouco e resolvemos pegar um taxi para ir ao Shopping Alto Las Condes. Shopping bom, boas lojas e promoções boas também.

 

Depois das compras, pegamos um taxi e voltamos para o hostel. Depois disso foi janta e cama porque tínhamos que madrugar no dia seguinte.

 

5º Dia

Acordei as 6:00 para ir para Baño Colinas, em Cajon Del Maipo mas fiquei meio zumbi na cama, enrolando e quando vi eram 6:20 e eu ainda tinha que saber como ir para a Plaza Itália. Encontrei com a Fran e saímos em direção para encontrar um taxi para nos levar lá. Tolo fui eu, já que era só virar a esquina e andar duas quadras.

 

Entramos na van e depois de uns 20 minutos de atraso ela saiu. A viagem foi tranqüila... acabou que conhecemos uma dentro da van uma menina chamada Rachel que era de Brasília mas estava morando no Chile. Ficamos andando juntos durante o dia.

 

Para chegar em Baño Colinas demoram 3 horas mas a viagem é bem agradável. Passamos por um restaurante para tomar café (empanadas) e seguimos viagem. A sensação de que você está cercado pelas cordilheiras é evidente e muito boa... montanha para os dois lados, arvores, cavalos andando solto pelo pasto... é muito legal. E meio que uma coisa autentica, já que na minha van só tinha eu, a fran e outra pessoa fazendo turismo.

 

Chegando em Baño Colinas esquecemos de pedir para que a tenda que é um restaurante preparar almoço pra gente (lá você pede com antecedência). A van te deixa lá no alto onde estão as piscinas termais. Lá tem um barracão que serve de banheiro improvisado e você troca de roupa e vai para as piscinas. Dá pra fazer caminhas em volta e trilhas (que eu soube que tem), mas confesso que não tive pique. Além de estar acima do peso, o ar rarefeito dali acabou comigo. Até pra subir o morro até as piscinas depois do almoço eu estava precisando de um balão de oxigênio do meu lado.

 

Foi um dia bem divertido. Ficamos lá das 11 da manhã até as 16:30. Eu levei um protetor solar bem fraco e acabei ficado todo vermelho. Baño Colinas se encontra a 3.000 metros de altura... o sol é MUITO intenso lá, então leve protetor.

 

Um passeio que vale muito a pena. Na minha humilde opinião, muito mais do que visitar aquelas vinícolas mais do que batidas (eu fui e me arrependi hehehe). Um passeio ainda não muito explorado por turistas brasileiros, com um preço honesto, bem divertido e relaxante. Agora, se você dirigir e tiver um GPS eu aconselho ir até lá de carro (muita gente vai assim). O problema desse transporte é que você fica na função deles, logo tem que seguir o horário deles. Confesso que poderia ter ficado lá pelo menos uma hora e meia a menos. Mas valeu muito a pena.

 

Chegamos em Santiago por volta das 20 horas e depois saímos para comer um japonês para comemorar a minha ultima noite na cidade.

 

Dia 5

Ida pra Buenos Aires. Mas isso eu acho que fica pra um relato em separado! :)

 

Continua... (PARTE II com Santiago, Puerto Varas, Punta Arenas, Puerto Natales e Torres del Paine)

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Oi Caio...

 

Olha, eu me lembro que Baño Colinas geralmente é fechado no inverno. Um dos caras que trabalhava no parque comentou com a gente que dependendo do dia chegava a ficar com mais de 3 metros de neve! Não sei como fica a situação em Baño Morales que fica a menos altitude que Colinas. Vale a pena conferir quando você chegar por lá.

 

Mas eu imagino que deve ser complicado você estar em uma água de 28 C e sair com um clima abaixo de zero! hehehe

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