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alagoas de ponta a ponta, com passada pelo sertao, porto de galinhas, olinda e recife em 12 dias


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antes, vou fazer uma pequena observacao. todo o roteiro levou em consideracao alguns condicionadores importantes: tabua de mare, nao viajar a noite, nao visitar praia do frances no final de semana, e passeio no canyon do sao francisco nao poderia ser feito numa segunda-feira.

 

isso implicou a necessidade de que, na maior parte dos lugares, tivessemos de passar duas noites. gastamos mais, porem, a viagem nao foi desgastante nem perigosa, pois nao precisavamos encarar estrada à noite - até porque os comentários sobre as estradas à noite nao eram muito bons.

 

vamos ao roteiro:

 

• Quarta - 03/03/10: Rio – Recife. Chegamos a recife quase 11:00h.

De recife para porto é bem fácil. Tem placas indicando. Basta se informar. Porto fica em direção ao sul de Pernambuco.

Chegando a porto, já sabíamos que não curtiríamos as piscinas naturais porque a maré estava enchendo. Então, tiramos o dia para relaxar apenas e conhecer a vila.

O comércio voltado para o turista é muito forte. Muito artesanato. Muitas lojinhas. Tem para todo tipo de bolso e de gosto.

Jantamos numa pizzaria. Pizzaria do Moises. Fica escondidinha perto da rua do banco do Brasil. Numa ruela quase em frente a Le creperie. Não dávamos nada para a tal pizza. Fomos abordados pelo próprio dono na rua. Fomos lá para conferir e nos surpreendemos. Massa fininha, bem preparada, saborosa. Valeu a pena. Dormimos na pousada porto d’angola. É bem simples, mas limpinha e aconchegante. O preço foi 100,00. ela, em si, não justifica o preço. Mas a localização, sim. É perto de tudo. Inicialmente, pensamos em ficar na capitães da areia, que era o mesmo preço. Muito mais bonitinha, porem, mais longe. E depois vimos que era longe mesmo. Mesmo para quem esta de carro, vale a pena ficar pelo centrinho. A não ser que esteja indo pra ficar por la pra descansar. Mas no nosso caso, tínhamos objetivo de uma viagem para conhecer e não ficar relaxando. Logo, ficar no centro foi mão na roda.

 

• Quinta 04/03/10: maré baixa as 12h.

era o dia pra conhecer as piscinas naturais.

Como no dia anterior não conhecemos nada, alem do centrinho, fizemos os três pontos mais importantes que tínhamos pra fazer: conhecemos pontal do maracaipe pela manha, de la fomos para as piscinas naturais tão famosas de porto e por fim terminamos o dia na praia de muro alto.

Existe um passeio que eh o tal ponta a ponta, de bugre. No nosso caso, nao interessava. Já estávamos gastando com aluguel de carro e, por vários relatos que li, o mais interessante do passeio seriam justamente as duas pontas: maracaipe e muro alto. E deu perfeitamente pra chegar de carro. Para muro alto, não vamos pela praia. Mas acho que nem o bugre vai, pois víamos os bugres pegando o asfalto no mesmo caminho que fizemos. Para maracaipe, voce vai pela praia. Também é o mesmo caminho do bugre. Portanto, pra quem estiver de carro, rola de ir tranquilamente. Basta perguntar, pois não tem como errar.

Confesso que muro alto decepcionou. Não sei se ficamos numa parte que não era tão bonita. Sei la. Sei que esperávamos mais. Agora, pontal do maracaipe é fascinante.

 

Com relação às piscinas, estávamos na duvida se íamos a pé mesmo ou se íamos de jangada. O dono da pousada disse que era besteira irmos de jangada e veríamos muito mais coisa indo a pé. Dito e feito. O pessoal da jangada tem hora pra voltar. Nos voltamos a hora que quisemos. E sobre o que ficam falando que deve-se ir de jangada porque a jangada passa em locais chamados de área de sacrifício e quem vai a pé acaba matando corais, é tudo uma grande bobagem. Pelo local que fomos, tinham cordas isolando áreas onde não podiam ser pisadas. Inclusive, ao chegarmos às piscinas, tem gente fiscalizando. Até recebemos pulseirinha e orientação sobre onde devíamos ou não pisar. Logo, só vá de jangada se quiser uma foto típica na jangada. Senão, é besteira.

 

Dormimos em porto novamente.

 

• Sexta - 05/03/10: DIA DE TRANSITO ENTRE PORTO E MARAGOGI. Dia para conhecer pontos turísticos entre as duas cidades. Seriam basicamente a ilha de santo Aleixo e a praia de carneiros (ainda no estado de Pernambuco). Vi aqui nos fóruns que algumas pessoas conseguiram conciliar os dois passeios sem usarem receptivo. Eu não consegui. Inclusive, tentei pegar informação, mas todos diziam que, já que meu destino era maragogi, eu deveria escolher entre a ilha de santo Aleixo ou carneiros. Perguntei para o pessoal de lá qual era o mais bonito e me disseram que valeria mais a pena carneiros. Confesso que não dei muito credito, embora tenha seguido a dica. Mas a praia de carneiros literalmente nos deixou de boca aberta.

Como fomos: pelo que vi no Google, o lógico seria pegar a estrada em direção a serrambi, já que estávamos indo par ao sul. Mas todos mandaram a gente voltar todo o caminho até pegarmos a PE-060 de novo. Razão: na época em que fomos a estrada por serrambi não estava boa.

Bem, então, fizemos isso: voltamos para a estrada em que estávamos antes de entrar para porto e seguimos rumo ao sul (direção contraria a recife). Fomos nos guiando para chegarmos a tamandaré, que é o municipio da praia de carneiros. Super fácil. mas lá em Tamandaré, andamos um bom pedacinho para encontrarmos a praia de carneiros. Detalhe: não há acesso à praia que não seja por dentro de propriedade particular!!!! Surreal!!!! Voce so consegue entrar por restaurantes. Normalmente eles cobram consumação mínima de 50,00 por carro. Mas como fomos na baixa temporada, não estavam cobrando. Todos os restaurantes ali são da mesma família (coisa de pais latifundiário, né). Bem, lá nos pegamos um barquinho com o sr. Duda. O catamara já havia saído, por isso fechamos o passeio com barquinho dele. Mas foi ótimo, pois ficamos mais a vontade. Inicialmente achei caro o passeio. Ele nos cobrou 25,00 por pessoa. Do ponto onde estávamos, não dei nada por carneiros. Estávamos bem pro final da praia, perto do píer. Achamos sem graça. Mas já que estávamos ali fomos fazer o passeio.

 

Só posso dizer que foi um dos melhores momentos da viagem. Ficamos estarrecidos com a paisagem. Mas pra quem quiser economizar, fique no restaurante borabora. Pois quem fica lá já esta na parte mais bonita da praia. Se bem que de lá não da pra conhecer os bancos de areia, que são divinos. Mas quem quiser economizar, serve. De lá fomos direto para maragogi.

 

Detalhe importante: vamos criar o slogan “chegue a alagoas e ganhe uma multa!!!!”.

Ainda em carneiros, conhecemos um casal que já tinha visitado alagoas. Eles nos advertiram que a policia arrochava mesmo. E que carro de turista era alvo fácil. bem, somos do Rio. Nunca vi policia multar por causa do cinto traseiro aqui no Rio. Pelo menos não, quando se trata de passageiro adulto.

Resumo: fomos multados. Nas demais paradas policiais, percebíamos que eles olhavam pra placa. Carro de locadora sempre é de fora. Nossa placa era de Curitiba. Bem... então, mandavam parar. Reparamos que a primeira coisa a olharem era para o banco de trás. Ou seja, o que deve ter de gente que não tem o habito de usar cinto atrás deve ser uma infinidade.... pois eles já iam secos. Portanto, pra quem for alugar carro, estude o código de transito e não dê mole. Dicas: nada de dirigir sem camisa, de chinelo (ou sandália, no caso de mulheres), falta do cinto, braço apoiado na janela, etc.

 

Chegamos a maragogi. Ficamos na pousada verdes mares. Mais jeitosa do que a de porto. Porém mais distante. Vi relatos de pessoas dizendo que essa pousada ficava perto de uma favela local. Besteira. De fato o local onde ela fica não é turístico. Mas na verdade maragogi não eh bem cuidada. Mas também não é um lixo como ouvimos dizer. Claro, não se compara a porto. Não tem o que se fazer a noite, por exemplo. Mas não é fim do mundo.

Com relação a pousada, nosso objetivo era economizar o Maximo em estadias. Eu sou fresca com limpeza e atendimento. E, com relação a isso, não tenho o que dizer. Fomos bem atendidos. Agora, de fato, não é luxo. Mas é bem barata. Havia outras com preço próximo e na orla mesmo. Mas ficamos com essa por ter piscina (para noite cai bem) e ser a mais barata. Valeu a pena. (diária 60,00)

 

• Sábado - 06/03/10: passeio às Gales. Maré 0.6 por volta de 13:40. demos sorte, pois com 0.7 já não teria mais o passeio e eu não sabia desse detalhe.

Devido a relatos, optamos por conhecer taocas (Gales do norte). Dizem ser menor porém mais bonita e mais conservada. Vou ser franca: não sei se porque ouvi tanto que era o caribe brasileiro e criei uma expectativa imensa... que acabei me decepcionando. De fato, é lindo. Mas não é isso tudo. A água realmente eh estarrecedora. Uma cor linda. Porém, vi pouca diversidade de espécies. Falo isso porque ano passado fomos para natal e lá conhecemos os parrachos de maracajaú. A cor da água de natal perde fácil para o azul piscina de maragogi. Porem, em natal, vimos muito mais espécies. Sem contar que o serviço que faz o passeio de natal é muito mais profissional. Outro nível. De maragogi é algo meio nas coxas. Tipo... vai um carinha pedindo sua atenção o tempo todo ate chegar lá. Mas falar de segurança é a utlima coisa com que ele está preocupado. Ele vai falando sem parar pra te convencer a fazer o mergulho, a alugar isso, alugar aquilo, a comprar foto, etc, etc, etc. um porre!!!!! Quem tiver sua própria mascara, leve, pois sequer vem higienizada ( em natal, o snorkel vinha lacrado e ninguém ficava te empurrando nada). Outra coisa: arrumem uma câmera subaquática ou uma proteção para a camera de vocês. Eles enchem o saco para vender o serviço de fotografia. Cobram 50,00 (mas chorem ao descer da embarcação porque o preço cai. Pagamos 30,00). Dizem que serão em torno de 40 fotos do casal.

De fato, o cara bateu 30 fotos no mesmo lugar. As outras dez variaram apenas em pose que fiz com meu marido. Sem contar que as fotos saíram embaçadas... enfim... parada bem amadora mesmo. Não sei se é porque já fiz o passeio em natal..mas maragogi, nesse aspecto, perde fácil. só ganha mesmo em dois aspectos: maré baixa é maré baixa mesmo. Você anda por lá. Em natal, não. logo, a visibilidade é melhor. Segundo ponto, a cor da água que eh fascinante.

 

Uma dica: chorem no preço do passeio. Inicialmente todo mundo diz que custa 50,00 por pessoa. Choramos e conseguimos por 30,00.

 

• Domingo - 07/03/10: DIA DE TRANSITO ENTRE MARAGOGI E MACEIO

 

A idéia era pegarmos a tal rota ecológica para conhecemos lugares indicados aqui no mochileiros, como japaratinga, projeto peixe-boi, ilha de croa, praia do carro quebrado, etc.

Bem, foi terrível, porque saímos de maragogi sem guia e acabamos perdendo a entrada para carro quebrado que vai direto pelos canaviais. Resumo, nossa viagem levou um século. Destruiu a gente. Ficamos mortos. Japaratinga eh realmente bonita. Mas paramos apenas para foto. Num ponto elevado da estradinha. Se estivéssemos de guia (dava pra contratar ainda em maragogi), teríamos ido a um mirante. Mas sem guia, não soubemos chegar. E o povo lá não sabe informar nada. Sem brincadeira: eles não conseguem informar nada. Portanto, contrate um guia.

O motivo de pegarmos a rota ecológica era para conhecermos as praias que a beiravam e também para visitarmos o projeto peixe boi. Bem... talvez se tivéssemos acertado o caminho para chegarmos ilha de croa pelos canaviais, talvez minha opinião agora seria outra. Mas como não acertamos o caminho, posso dizer que não valeu a pena. Porque chega a um momento que perde a graça ficar vendo praia... as paisagens acabam se repetindo.

Bem, com relação ao projeto peixe-boi: seguimos viagem pela rota ecológica (eh a rota que sai da estrada e vai por dentro de japaratinga) até chegamos a balsa que liga japaratinga a porto de pedra. Bem, ali mesmo na balsa descobrimos que o projeto do peixe-boi custava 30,00 por pessoa. Achamos o valor meio puxado (éramos 4) e resolvemos não fazer. Desanimamos porque, alem do preço, o passeio não permite tocar ou ficar bem próximo aos animais.. ai, pensamos... se eh só pra ver, a gente vê no zoológico.

Bem, dali, obrava a gente então ir direto para ilha de croa, para poder conhecer a tal praia de carro quebrado. Mas cadê que alguém sabia informar onde era a maldita ilha!!!!! Jesus cristo... quando perguntávamos, parecia que estávamos falando grego. As pessoas nunca tinha ouvido falar. Cheguei a pensar que eu tinha pego informação errada aqui no site e essa tal ilha de croa não existia.

Resumo, acabaram nos orientando a fazer um percurso que nos fez comer 2 horas a mais de asfalto por meio de um monte de fazenda de cana. Um verdadeiro martírio. Finalmente conseguimos voltar para a estrada (ou seja, sair da rota ecológica que há muito já tinha deixado de ser ecológica) e finalmente descobrimos que a ilha de croa existia.

So que, como chegamos pelo caminho mais longo, tivemos de pegar uma nova balsa em barra de santo Antonio. Chegando a tal ilha, não vimos nada de interessante. Ate vimos que havia passeios de catamara mas não era do nosso interesse.. ate pq ainda estávamos meio perdidos. Os guias locais que ficam junto a balsa se oferecendo pra te guiar ate a praia de carro quebrado (que fica na tal ilha de croa) são péssimos. Não são guias turísticos de verdade. sao meninos, rapazes que ficam ali se oferecendo para te guiar em troca de algum agrado e da garantia do almoço diário deles. O problema eh que eles não explicam nada direito. Então... sequer entendemos sobre o que se tratava o tal catamara. Resumo... chegamos a ilha de croa.. mas não tinha nada. Nessa hora, estávamos com um guia. De fato, ele foi super útil, pois sem ele não chegaríamos de carro ate o final da praia de carro quebrado, muito menos teríamos passado por dentro dos canaviais para conhecer o mirante dessa praia. Portanto, conclusão: contratem um guia ainda em maragogi para que ele leve vocês de maragogi ate carro quebrado direto pela ilha de croa, utilizando o caminho de barro que vai por dentro dos canaviais.

Outra dica: tentem se programar para sair de la ainda cedo. Esses guias sempre fazem o turista parar em alguma barraca para almoçar. O almoço não foi bom nem barato. E esperamos mais de uma hora pra ficar pronto. Mas tínhamos a consciência de que precisávamos almoçar ali para que o guia pudesse almoçar também. Eles fazem acordo com os donos dos restaurantes e barracas. Só almoçam se levarem turista pra almoçar. Bem, resolvemos então ficar para almoçar. Mas o triste não foi apenas o fato de a comida ser cara e não ser lá essas coisas. O triste foi que acabamos querendo sair da ilha no final da tarde e era um domingo. Resumo: a ilha eh lugar de veraneio para a galera de alagoas. E a balsa que faz o transporte de volta eh lenta. Conclusão: ficamos uma hora e meia na fila da balsa para voltar. Enfim... foi um dia terrível na viagem. Mas não porque os lugares não fossem bonitos. Nós eh que nos perdemos e gastamos o dia todo so pra conhecer carro quebrado. Se bem que a praia eh realmente linda. Mas não vale horas e mais horas de estrada.

 

 

Dali, quando saímos da balsa, seguimos para esquerda e logo encontramos a rodovia de novo rumo a Maceió.

 

Obs.: pra quem não vai conhecer o projeto peixe-boi e não quiser contratar guia, rola de ir direto pela estrada.. a mesma estrada de quando voce sai de maragogi. Eh so ir o tempo todo em frente eh so entrar quando vir a placa indicando ilha de croa e barra de santo Antonio.

 

 

Nosso destino não era exatamente Maceió. Era um pouco mais a frente: praia do Frances. Super fácil de chegar. Não tem errada. Não precisamos nem mesmo pedir informação. É seguir reto e olhar as placas.

Dormimos no Frances. Chegamos a noite, por volta das 9:00. tinha local pra comer, mas não tem vida noturna.

 

 

• Segunda – 08/03/10: pousada na praia do Frances: Le Baron. Muuuuuuuiiito lindinha. Não eh luxuosa, obvio, mas uma gracinha. Sem contar que o Cesar e a esposa, que sãos os proprietários, são super agradáveis. Valeu mmmmmuuuiito a pena. Não eh na beira da praia. Fica a uns 200 metros. Portanto, pra quem esta sem carro talvez não compense. Mas pra quem vai de carro, vale a pena. Ele nos cobrou 80,00 a primeira diária e 40,00 na segunda, já que eu disse que sairíamos muito cedo na terça-feira. Enfim, sabe cativar o cliente. Nota 10!!!! A única coisa que não gostamos muito foi do café da manha. Me sinto ate mal de fazer essa critica, mas tenho de cumprir com o objetivo de ser o mais detalhista.

Nos não gostamos porque o café era servido na mesa, conforme a gente ia pedindo. Não era esquema de Buffet. Tipo... entendemos que a política dele eh de dar ao hospede conforto e tratamento diferencial. Só que, infelizmente, não é muito funcional. Acabávamos ficando constrangidos de toda hora ficar pedindo coisas diferentes ou então pedindo pra acrescentar... enfim. Mas tirando isso, nota dez pra eles. Mesmo com esse detalhe do café da manha, se eu tivesse de voltar, ficaria hospedada lá.

 

Durante o dia fomos conhecer a tão famosa praia do Frances. Na boa... não vi nada demais. Sei lá... acho que as pessoas quando viajam esquecem as riquezas que tem para trás. Sem sacanagem... as praias do peró, em cabo frio dão de dez na tal praia do Frances. A própria praia do forte, que eh urbana, em cabo frio, também da show. Não achamos a menor graça. Tipo.. eh bonita.. mas pra quem já viu cabo frio e arraial do cabo... a praia do Frances eh uma praia como qualquer outra.

Bem, dali , resolvemos ir conhecer a tal praia do gunga. Antes de entrarmos na fazenda do gunga, fomos uns 500 metros a frente para conhecermos o mirante do gunga.

Sem sacanagem: aquela vista por si só valeu o passeio. Galera, é a prova de que deus existe. Sem brincadeira... divino. Eh um mar de coqueiros que logo depois vem banhado por um azul lindíssimo.... perfeito. Lindo demais!!! Depois do mirante, fomos para a praia do gunga propriamente dita. Basta se identificar na portaria da fazenda.

Por ser uma praia dentro de uma propriedade privada, imaginávamos algo totalmente sem estrutrura. Que nada!!!! a infraestrutura eh total. Banheiro limpinho, quiosques super completos, aluguel de lancha, passeio de banana boat, aluguel de quadriciculo... enfim.. a melhor praia de todo o passeio. Pena que não fiquei mais do que uma hora e meia. Justo nesse dia eu estava com uma gripe e sinusite fortíssimas. Então, não agüentei ficar. Como o dia seguinte seria punk, resolvi voltar pra pousada pra repousar.

No roteiro inicial deveríamos ter conhecido barra de são Miguel também. Por sinal, muitas pessoas que encontramos disseram também que o Frances não tem graça, mas que são Miguel era linda. Ocorre que, como eu estava mal, acabei não indo conferir.

 

No finzinho da tarde, na busca por achar um farmácia, acabamos esticando ate o centro do município de marechal Deodoro – inclusive, a praia do Frances pertence a esse município. Da pra dizer que eh bem bonitinho. Pra quem não vai fazer o tour ate piranhas, vale a pena dar uma passadinha. Eh bem pitoresca. E em vinte minutos voce conhece o que tem de conhecer.

 

• terca - 09/03/10: destino: canyons do são Francisco. acordamos às cinco da manha. Partimos da praia do Frances rumo a cidade de Piranhas. Cuidado para quem tem GPS: ele costuma dar um caminho mais longo. Foi motivo de quase divorcio esse maldito GPS. Rsrsrss. Sigam os mapas do Google. Infalíveis. Saindo do Frances, seguimos em direção ao sul, rumo a são Miguel dos campos. A partir de são Miguel dos campos, seguimos rumo a Arapiraca (Arapiraca eh uma cidade grande. Tipo um entreposto comercial. Então, qualquer um conhece e sabe informar como chegar). De Arapiraca fomos vendo as placas, buscando sempre pelas cidades que ficavam no caminho antes de piranhas (de acordo com o mapa do Google).

Chegando a piranhas, quando voce vir uma placa indicando para voce virar a direita com a inscricao: divisa alagoas – Sergipe, é pra la que voce tem de ir. Porque o passeio não parte de piranhas, mas, sim, de Canindé do são Francisco. Município que pertence a Sergipe. Vocês vão atravessar uma ponte e depois eh so se orientar pelas placas.

 

Fomos em março, numa terça-feira. Então, o catamara não estava lotado. Mas reparamos que éramos os únicos que não haviam reservado com antecedência. Portanto, pra quem for, não conte com a mesma sorte qe tivemos e reserve antes. Fizemos o passeio pelo restaurante karrancas. Ate porque, no dia, era a única embarcação que estava saindo. O catamara partiu as 11h da manha. De imediato, o que nos impressionou foi o profissionalismo. Tudo muito organizado. Ate para entrarmos no catamara tinha organização. Eles chamavam as pessoas pelos nomes de acordo com a ordem de chegada ao restaurante.

 

Bem, esse passeio foi um dos pontos altos da viagem. Muito gostoso mesmo!!! Madrugamos pra chegar, pegamos 3h e 20 de estrada... mas valeu a pena. Teria valido ainda mais se tivéssemos feito o rapel na ponte que liga Sergipe a alagoas. Mas como éramos um grupo pequeno, o cara que faz o rapel cobrou 105,00 por pessoa. Eu e meu marido queríamos fazer assim mesmo. Mas o outro casal não topou. Como o carinha do rapel era de Aracaju e so vinha por no mínimo quatro pessoas, acabamos não fazendo. Mas mesmo sem o rapel, valeu muito. Ah, detalhe: quando o catamara para pra mergulho, não deixem de pegar o barquinho que eles oferecem. São 2 reais por pessoa. Não leva cinco minutos, talvez. Mas foi um dos visuais mais lindos que já vi na vida. A cor da água eh indescritível. E conforme o barquinho ia passando, morceguinhos bem pequeninhos faziam uma revoada de uma rocha pra outra. Incrível!!!!!

 

Não almoçamos no karrancas. Queríamos ir logo pra pousada. Ficamos na lampião (a pousada Maria bonita estava lotada). Gostamos muito. Tem duas pousadas lampião. Uma na beira do rio junto com o restaurante. Outra fica no centro, em frente ao museu do sertão. Nos ficamos na do centro. Muito jeitosinha. Quartos super espaçosos, bonitos e limpos.

 

Na hora de almoçar, estávamos meio perdidos. E por acaso, fomos ate o restaurante for do cactos. Tínhamos visto a placa dele antes de passarmos pelo portal da cidade. na hora não demos nada por ele.

Nossa, chegando la, descobrimos que eles ficam exatamente no mirante da cidade. a vista eh incrível. E não bastasse a vista, a comida foi a melhor de toda a viagem. Deliciosa. Muito bem temperada. E os donos super agradáveis. Ai, depois descobrimos que eles estão indicados no guia quatro rodas. Aprovadissimos!!!

• quarta - 10/03/10: acordamos em piranhas. Demos um role pela cidade. parece cidade cenográfica. A sensação que dá que voce esta dentro do projac e tudo é de mentira. Toda bonitinha. Toda colorida. Incrível. E o mais engraçado. Voce nunca vê ninguém na cidade. curioso demais. Era uma quarta-feira, meio-dia... e não havia ninguém nas ruas. Rsrs. Muito estranho.

 

Bem, nosso destino agora era ir pra piaçabuçu pra conhecer a foz do rio são Francisco e seu encontro com o mar. Nos tínhamos pensado em acordar cedo para, antes de partirmos pra piaçabuçu, fazermos um ultimo passeio lá no sertão. A idéia era conhecer a gruta do angico, onde o bando de lampião foi capturado. Mas o sol do agreste falou mais alto. Encarar uma trilha, ainda que curta, numa vegetação de caatinga, debaixo de um sol descomunal, fez com que perdêssemos a vontade. A partir de 8 da manha o sol já torrava nossos neurônios.

 

Bem, então, partirmos para a piaçabuçu – antes de chegar a piaçabuçu, fomos conhecer penedo. pena que chegamos já no fim da tarde. Era umas 4 horas quando chegamos. Mas deu pra conhecer alguma coisa. Outra cidadezinha que eh linda. A parte mais baixa dela, junto ao rio, nem eh tão bonita. Incialmente fiquei meio frustrada. Mas conforme fomos subindo as ladeiras, vários casarões e igrejas barrocas foram se abrindo aos nossos olhos. Lindo demais!!!!

 

Saímos de penedo já de noitinha rumo a piaçabuçu. Quer dizer, mais especificamente, ao pontal do peba (que fica, ainda, 15 km depois de piaçabuçu). O pontal do peba não tem absolutamente nada para se fazer. Mortinho mortinho. Tivemos de comer num boteco. Se bem que eles vendiam um sanduba maravilhoso. Mas era só. Se bem que pra ser sincera, tirando Maceió e porto de galinhas, ate agora, nenhuma cidade tinha algo pra se fazer a noite. Mas pelo menos tinha lugares para se comer. Em pontal do peba, nem isso. Rsrsrs.

 

• quinta - 11/03/10: acordamos cedo, pois o ponto mais baixo da maré era as 7:40. e optamos por fazer o passeio de bugre com o pessoal da “farol da foz ecoturismo”. O Robério é um cara super profissional. Sem contar que ele eh da marinha, mas hoje em dia esta na reserva. Acho que tem a ver com algum problema na perna. Não lembro. O legal eh que o passeio com ele não se restringe a levar a gente ate la, sabe. Ele é engajado... tem toda uma preocupacao com as questoes ambientais.. então, vai parando para mostrar determinadas coisas pra gente. Da uma aula sobre questões ambientais super atuais que envolvem a vida do São Francisco.. enfim. Show de bola. Sem contar que ele é o único que faz vôo de parapente ali na região. E ele eh super responsável. Por exemplo.. pra fazer o vôo, tem 3 tamanho de cabos. E, obviamente, quão mais alto, mais caro. Ele foi super responsável e disse que o vento não estava bom o suficiente para fazermos com o mais alto. Bem que queríamos, mas ele não quis. Se fosse outro, pra ganhar mais, teria feito. Depois, ainda descobrimos que a agencia dele eh coberta por seguro contra acidente. Depois que fizemos o passeio, trocamos uma idéia com ele... e ele nos contou que, em razao de já ter feitos trocentos mil vôos sem qualquer acidente, conseguiu fazer seguro para os clientes dele. Show de bola.

Ele também faz o passeio com barco. Pra ir de barco, se vai por piaçabuçu. Pra ir de bugre, eh pelo próprio pontal do peba. Pq, digamos, o pontal eh a praia de mar, de piaçabuçu. Em piaçabuçu so tem o rio mesmo. Bem, caso quiséssemos ir de barco, teríamos varias opções. De bugre, somente ele. Mas valeu a pena, pq de bugre, pudemos fazer o vôo. Se fossemos de barco, não teria rolado.

 

Obs.: pra quem vai de bugre, depende da tabua da maré, senão o bugre não passa. Quem vai de barco, não. qualquer maré serve. Se bem que, com a maré baixa, fica mais bonito.

 

Terminado o passeio, pegamos nossas coisas e viemos direto para Maceió, parando apenas no pontal do Coruripe para tirar umas fotos. A idéia era conhecermos mais, so q o outro casal que estava com a gente queria chegar logo a Maceió. Então, a viagem de volta foi enxuta. Mas mesmo assim, a viagem por si só já vale como um passeio. Enquanto a rota pelo litoral norte eh so canavial pra tudo que eh lado... no litoral sul eh lindo demais o visual... a estrada vai num sobe e desce, cercada por coqueiros... amei!!!!

 

Chegamos a Maceió por volta de 2 da tarde. Dedicamos o dia a não fazer nada, não conhecer nada. resolvemos bancar turistas em férias e ficar curtindo a piscina do SESC, onde nos hospedamos. Saímos a noite pra conhecer a orla. Por sinal, show de bola. Os quiosques da orla de Maceió não são como os do rio, ou seja, quiosques voltados para turistas e prostituição. São show de bola. Bem badalados. Gostei muito. Paramos num tal de Kanoa. Todo bem iluminado, tocando uma musica ótima.

 

• Sexta – 12/03/10: acordamos em Maceió. Íamos fazer o passeio de jangada em pajuçara. Mas bateu preguiça. A maré baixa estava cedo demais... e já estávamos enjoados de ver piscinas naturais. Vimos peixinho em porto de galinhas, peixinho em maragogi.. ai... chega de ver peixinho. Rsrsrs. Resumo. Tiramos foto nas jangadas, rodamos pelas praias de pajuçara, ponta verde e jatiuca, mas mal entramos no mar. Bateu cansaço. Rsrss. Mas deu pra conhecer. Linda a orla. Muito bonita mesma. Até agora, das que eu conheço no nordeste (natal, salvador e João pessoa), foi a mais bonita

 

 

• Sábado – 13/03/10: saímos do SESC e partimos rumo a recife. A idéia de voltar pra recife era em razão da devolução do carro na locadora. Se devolvêssemos em Maceió sairia mais caro. Alem do que, tínhamos onde ficar em recife. Na casa de uns amigos.

 

Bem, chegamos a recife e fomos pra Olinda. Infelizmente, chegamos a Olinda já sem sol. Foi uma pena, pois Olinda esta linda demais. Rsrs. Sem contar que eh um orgasmo cultural aquela cidade. la se respira cultura. Amei!!!!!!!!!!!!!!!!pra fechar a noite, uma tapioca la perto da igreja da sé (ponto mais alto e com uma vista panorâmica espetacular durante o dia – fui a Olinda com 11 anos de idade e jamais esqueci da vista).

 

• Domingo – 14/03/10: role pelo recife antigo. Fomos ate os arrecifes onde tem as esculturas de Brenam. So que pra chegar até lá não é fácil. tem de passar por dentro de uma favelinha. Nós estamos com uma amiga que mora em recife. Então, foi tranqüilo. Assim, valer, valeu. Mas eu ainda preferia ter voltado pra Olinda. Bem... aqui acabou o passeio. Voltamos para o Rio.

 

 

Criticas: SESC = não gostei. Muita desorganização. Passamos maior constrangimento. Na hora de fechar a conta, alegaram que havia coisas no nosso frigobar que não existiam. Foi terrível. Não pagamos. Mas foi uma situação extremamente desagradável. Se contar que, embora eles dêem pensão completa, a comida não eh pra gente fresca como eu. Sinceramente, não consegui comer. So o café da manha. E mesmo assim, mal tomei, porque o horário do café deles era de 7 as 9. so que quinze para as nove eles já estavam recolhendo tudo.... horrível. Super desconfortável.

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  • 4 semanas depois...
  • Membros

só uma observaçao importante em relacao a este roteiro.

 

quem pretende conhecer piranhas como eu, isto é, nao apenas fazer o passeio dos canyons, mas dormir pelo menos uma noite por lá, tente fazer isso num final de semana. piranhas é deslumbrante mas eh uma cidade fantasma durante a semana. mas fiquei sabendo que aos sabados rola uma serestinha na praça.

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  • 1 ano depois...
  • Membros
Marcinham,

 

Fiquei feliz que Piranhas conquistou mais uma divulgadora! rsrs. E tb fiquei curioso pra conhecer Carneiros. Já rodei toda aquela região, mas ainda não fui nessa praia. Agora entrou pra minha lista.

 

bjs

Marcelo

Eu concordo com voce Marcelo, já rodei alguns lugares mas tem um que está na minha agenda se chama Sao José da coroa grande em Pernanbuco vamos lá.

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  • 7 meses depois...
  • Membros

Excelente relato de viagem. Me norteou bastante.

Estou indo para Aracajú, Maceió e Recife agora em fevereiro e estou em busca de o maior número de informações possíveis pois vai ser a primeira vez que cruzamos estados de carro. Iríamos fazer de önibus mas não está valendo a pena.

 

Valeu!

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