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4 dias na Chapada dos Veadeiros - Goiás - Set/2012


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[align=justify]aeee pessoal!!, relato minha viagem para contribuir com essa comunidade que sempre me ajuda nas empreitadas. :) Saí de Florianópolis para passar um curto período em Brasília e aproveitei com minha namorada uma pequena trip - 4 dias na Chapada dos Veadeiros, entre 13 e 16 de Setembro. Começamos saindo depois do meio dia de Brasília de carro pela BR-010. A cidade de entrada da chapada é São João D'Aliança, interior de Goiás, e dista 160km de Brasília - mas deste antes já é possível observar a beleza do céu do cerrado e sua diversidade paisagística.

 

Roteiro: Brasília – Alto Paraíso – Cavalcante – São Jorge - Brasília

 

Programas:

Cavalcante: Povoado do Engenho II, Cachoeira de Santa Bárbara e Cachoeira da Capivara.

São Jorge: Trilha dos Saltos (Parq Nac da Chap dos Veadeiros) e Vale da Lua

 

 

DIA 1 (Brasília - Alto Paraíso - Cavalcante)

Continuando pela BR-010, já a 200 km de Brasília, o primeiro ponto de parada é o município Alto Paraíso, famoso pelas histórias de aparições de OVNIs e maluquices :D , não conheci as histórias direito, mas a cidade é repleta de símbolos relacionados a isso, logo na entrada da cidade tem um arco e no topo o monumento de uma nave espacial. Alto Paraíso realmente parece emanar algo diferente quando você está lá. Eu fui atrás do centro de atendimento ao turista pra pegar informações, lá tinham 2 banners de grande ajuda com os atrativos da chapada, tirei foto deles.

 

As atrações da Chapada estão englobadas entre os municípios de São João D'Aliança, Alto Paraíso, Teresina, Cavalcante e a vila São Jorge - essa última pertence a Alto Paraíso e concentra grande parcela das atrações -; são municípios bem interioranos e as populações não ultrapassam 15.000 habitantes, a maior renda dessas comunidades é oriunda do turismo.

 

A princípio partimos para Cavalcante, para poder visitar o quilombo dos Kalungas, onde ficam as cachoeiras de Santa Bárbara (lagoa azul) e Capivara. Seguimos 100km pelas BR-010 e GO-241, no percurso passa-se por Teresina. Como já chegamos meio tarde na cidade, até porque passamos um bom tempo em Alto Paraíso conversando com uma galera local que conhecemos na praça, nos direcionamos para a pousada Ceará, custou 35 reais para um quarto de casal, a pousada tem uma infra-estrutura bem humilde, mas o suficiente para conseguir descansar bem por um bom preço. Aproveitamos a noite para irmos num restaurante e num barzinho, e acabamos por encontrar uma pizzaria que também servia bebidas e ainda acompanhado de um ótimo blues, infelizmente não recordo o nome, mas ela fica próxima da esquina de uma rua lateral à praça principal da cidade. A cidade de Cavalcante na ocasião estava bem vazia.

 

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DIA 2 (Povoado do Engenho II, Santa Bárbara e Capivara)

Ao sair da pousada de manhã cedo nos encaminhamos para a comunidade quilombola dos Kalungas, mas antes tentamos passar no centro de informações para pegarmos as direções e esse estava fechado, então fomos perguntando das pessoas, algumas sabiam informar melhor que as outras, e algumas não faziam menor ideia, porém nesse quesito nem sempre era fácil conseguir informações precisas e depois de um pergunta ali e cá, achamos o caminho e subimos a serra numa estrada de chão (em condições razoáveis) por 26 km até o povoado do Engenho II. Ressalta que nesse território, há um conjunto de comunidades da população Kalunga, a do Engenho II é a comunidade mais próxima e onde tem as cachoeiras que queremos conhecer.

 

Aconteceu algo curioso no caminho, haviam duas mulheres grávidas, e cada uma com uma criança de 2 a 3 anos e eram da comunidade do Engenho. Demos caronas para elas que foram nos guiando também, pudemos dialogar um pouco, em geral eram bem reservadas a falar, mas foi interessante ter mais contato ainda com a terra e a sua cultura... chegando lá, Jéferson, o irmão de uma das moças foi o nosso guia.

 

No povoado é cobrado uma taxa de 10 reais por pessoa e também o custo de um guia local, obrigatório, de 50 reais por grupo. A primeira escolha foi Santa Bárbara seguindo por um caminho de 6km - faz 4,5km de carro para quem não tem tração 4x4, e o restante caminhando. A trilha é interessante, Jéferson, natural do povoado, também era um pouco fechado, mas conversando aos poucos, ele narrava algo da vida local.

A foto falha ao tentar reproduzir o encanto de Santa Bárbara, quando vi aquilo, o primeiro pensamento é estar num pequeno pedaço de paraíso com aquela lagoa translúcida de tom azulado e charme fantasioso, a água é gelada e bem gostosa de se banhar, possui pontos de profundidade de até 3m, nessa época do ano.

 

Ficamos umas 2 horas por lá e depois fizemos o caminho de volta até o centro da vila e pegamos outra direção, dessa vez mais curta, só 800m até a Capivara, depois já inicia uma pequena trilha que levará até um estreito entre serras cortada por um córrego e formações de quedas, linda paisagem, o trajeto vai até a própria cachoeira da Capivara que também possui uma boa área para banho, e pontos bem profundos.

 

Mais umas 2horas de relaxamento, avançamos para o próximo passo da aventura em São Jorge, retorna-se até a entrada do município de Alto Paraíso pela mesma rodovia de ida e adentra numa outra via indicada pela placa para vila de São Jorge - distrito de Alto Paraíso, localizado a 36km, dos quais 20km são em estrada asfaltada e mais 16km de estrada de chão -, nesse caminho há vários atrativos que já podem serem visitados antes de chegarem à vila. Durante a parte asfaltada haverá o mirante do Morro da Baleia, na margem da via que permite uma deslumbrante vista do cerrado.

 

Como chegamos a noite, ficamos numa pousada, logo na entrada da vila, 85 reais a diária para casal, não lembro o nome, mas por sinal foi muito boa e com um ótimo café da manhã. Isso não é um problema na vila, que é praticamente constituída de serviços turísticos: pousadas (preços para diversos tipos), albergues (~30reais), área de camping (~15 reais), restaurantes. A população local é bem atenta em prestar um bom serviço e zelar pelo turismo na chapada, inclusive foi o local de melhor atendimento em geral.

 

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DIA 3 – Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Esse dia visitamos o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) bem próximo do perímetro “urbano” de São Jorge, logo na entrada do centro há vários banners informativos sobre a biodiversidade local, amostra das diferentes paisagens e biomas do cerrado. Para visitação pode-se optar por duas trilhas: trilha dos Saltos (4,5 km) e trilha dos Cânions (5,2 km); para cada uma delas há uma série de 3 pontos atrativos distintos durante a trajetória e fora toda a observância e contato com o cerrado na caminhada, para realização é necessário um guia próprio do parque, que cobra 100 reais para levar um grupo de até 10 pessoas, o que permite você se junte a outras pessoas na hora, para abater o custo individual do passeio. Estávamos em 2 a princípio, e chegando na recepção, nos juntamos com mais 2 colegas, e quando iniciávamos a trilha, apareceu mais uma família com 6 pessoas para se unir - pronto, o grupo fechou perfeitamente.

 

O percurso de ambas trilhas é cumprido em média de 5 horas, nós optamos pela trilha dos Saltos composta no caminho por 2 saltos (120 e 80 metros) e uma corredeira, no segundo e no terceiro ponto pode se banhar, sendo o segundo possuidor de um belo poço para nadar e ficar bem à vontade, enquanto as corredeiras quebram num formato de pedras que simula banheiras e hidromassagens naturais. Durante o trajeto, é possível ver os marcos deixados pelos garimpos dos séculos passados, em Goiás, a busca era em sua maioria pelas pedras preciosas de cristais.

No fim do dia e depois de um extenso passeio, a gente foi ao mirante que fica um bem próximo do PNCV. A área do mirante já chama atenção pela presença de alguns artefatos esdrúxulos, o céu estava lindo e o pôr-do-sol foi excepcional apesar de ter sido curto pra gente que chegamos perto do fim ::cool:::'> . A noite tem opções de restaurantes, alguns bares, e estabelecimentos de artefatos e roupas que ficam abertos até tarde da noite.

 

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DIA 4 – Vale da Lua

 

No nosso último dia, tínhamos que chegar umas 18hrs em Brasília e não queríamos fazer o passeio com pressa, optamos por só mais uma atração antes de retornamos, assim poderíamos conhecer melhor e curtir tranquilamente a paz do lugar. O Vale da Lua fica a 6km de São Jorge pegando a estrada para Alto Paraíso, adentrando numa ramificação e seguindo mais uns 5 kms. Fica numa propriedade particular, como as outras atrações, tendo a taxa de 10 reais por pessoa.

O cenário é de características ímpares, de conglomerados e de formações rochosas cavadas nas pedras pela corredeira de água transparente; assemelha-se a uma paisagem lunar meeesmo!!, detém pequenas crateras e algumas acumulam poços de água perfeitos para banho - a boa água gelada e mineral hahaha

O Vale da Lua é dividido em 3 partes, comportando balneários de poços em cada parte, e também em um outro lado do vale somos contemplados com vistas de pedras “lunares” dispersas no cerrado. Ao fim de umas 4 horas de passeio pelo vale, nos despedimos da chapada e voltamos para Brasília. ::bruuu::

 

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Vila de São Jorge

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Observações-Gerais:

Achei a Chapada dos Veadeiros sublime, e merece muito mais tempo para conhecer suas dezenas de belezas. ::otemo:: Pretendo voltar o mais breve possível para ver muito mais.

São Jorge é a melhor base para ficar e onde está a grande concentração dos encantos na chapada.

Essa época do ano estava muito seco o clima, a umidade relativa constantemente menor que 20%, o que causava muitos focos de queimadas naturais pelos campos e serras do cerrado, e o acúmulo de fumaça no ar cria um ligeiro embaço na paisagem, o que infelizmente bloqueava uma maior intensidade do horizonte, mas que mesmo assim impressionou bastante a mim e a minha namorada. Me recomendaram ir num período de chuva, para ver a natureza mais resplandecente, em contraponto também, as cachoeiras ficam mais difíceis para entrar.

 

aee galera, espero q apreciem a leitura, e ajude a vcs conhecerem, certamente, um dos tesouros naturais do brasil ::cool:::'>

 

Abraços!,

 

Rafael Toledo[/align]

Editado por Rafael Toledo
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