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  1. Um relato de Guilherme e Thais. Realizamos uma viagem de 05 dias completos para Chapada Diamantina entre 17 e 21 de outubro de 2023. Esta viagem está inserida em outra, de 13 dias pela Bahia. No presente relato, apresentaremos informações focadas à Chapada Diamantina. Objetivo do Relato: Apresentar um conteúdo que facilite uma viagem ao local, com as nossas impressões, planejamento, custos e dicas. Queremos que o turista tenha autonomia na organização de sua viagem, não se torne refém de agências de turismo ou de custos elevados, principalmente em locais onde não há a necessidade de custos elevados. Queremos democratizar o acesso ao conhecimento científico, utilizando o geoturismo como ferramenta, para o turista que frente a uma paisagem, a uma cachoeira, à percepção da alteração da vegetação, se indaga quanto aos fenômenos naturais envolvidos. Origem: São Paulo. Avião com destino Salvador e aluguel de veículo básico, mas evite veículos muito baixos. No momento de aluguel, escolhemos o veículo mais básico, nesta viagem não são necessários veículos muito altos ou traçados (4x4). Hospedagem: A escolha das hospedagens foi condicionada à localização dos atrativos que pretendíamos visitar. A Chapada Diamantina abrange um território de 10% do Estado da Bahia (PEREIRA, 2016). Por essa razão, uma viagem para a região considerando uma única hospedagem implicará em grandes deslocamentos diários. Contextualização: A região da Chapada Diamantina fica a aproximadamente 06 horas de Salvador por veículo. Outra forma de chegar ao local é de avião, para o Aeroporto de Lençóis. Os atrativos que cogitamos visitar estão inseridos nos municípios de Lençóis, Iraquara e Ibicoara. A distância entre Lençois e o atrativo mais à sul que consideramos é cerca de 04 horas (no município de Ibicoara). Abaixo, apresento figura extraída de PEREIRA (2010), com a disposição da Chapada Diamantina e principais municípios (inclusive os citados acima). Figura 1: Mapa de Localização com representação dos principais municípios e limites da Chapada Diamantina (PEREIRA, 2010) Contexto Geológico: A região apresenta como principal apelo turístico, aspectos geológicos. Neste contexto, buscamos apresentar abaixo uma descrição em linguagem não técnica. O mapa geológico abaixo apresenta, em relação aos municípios, Unidades Geológicas. Por sua vez, estas unidades constituem rochas de uma mesma idade, geralmente associadas a um mesmo ambiente (neste caso, fundos de mares, leitos de rio, ambientes desérticos). Quando tratamos da idade destas rochas, devemos fugir da "história" a que estamos acostumas e adentrar o "tempo profundo". O planeta Terra possui cerca de 4,5 bilhões de anos. As rochas que visitamos na Chapada Diamantina comumente possuem pouco mais de 1 bilhão de anos (Arenitos da Formação Tombador, ambiente desértico - Mesoproterozoico) e as mais novas, cerca de 700 milhões de anos (Calcários do Grupo Una, associados a ambiente marinho - Neoproterozoico). Trata-se, portanto, de rochas antigas associadas a ambientes deposicionais análogos a atuais, todavia, prévios à chamada "Explosão Cambriana", há cerca de 542 milhões de anos, quando se diversificaram as formas de vida em nosso planeta. Também são rochas formadas antes da separação entre a América do Sul e África. São rochas de origem sedimentar e que preservam diversas estruturas que dão pistas quanto ao seu ambiente de formação, e em relação à dinâmica tectônica - de abertura de mares e oceanos (Calcários, p. ex.), união de continentes e formações de cadeias de montanhas (Serra do Sincorá, p. ex.). Para mais detalhes, ver: História Geológica da Bahia e Geoconservação e Desenvovimento Sustentável na Chapada Diamantina (PEREIRA, 2010) Clima: a visita em Outubro ocorre ao final da época de seca. Avaliamos como uma data favorável para visita, uma vez que a chuva não foi empecilho. Atrativos como a Cachoeira da Fumaça ou Cachoeira da Fumacinha estavam sem água. Substituímos por outros atrativos durante a seleção de pontos a serem visitados. Devido à quantidade de atrativos, não avaliamos isto como um problema. Roteiro: O roteiro foi baseado na distância entre os locais, sendo que os agrupamos conforme a distância entre eles e o Camping. Consideramos o período de 03 dias para realização dos mesmos. Sendo assim, nos baseamos em mapas com a localização dos atrativos (disponíveis na internet e outros, que criamos para um melhor planejamento) e informações sobre acesso e interesse. O resumo do roteiro está abaixo: Dia 01: Viagem de Salvador para Lençóis e visita às Piscinas Naturais de Serrano Comentário: para descansar da longa viagem, as Piscinas Naturais do Serrano constituem um passeio próximo da cidade, de baixo custo e bom para descanso. Dia 02: Cachoeira do Mosquito e Mirante do Morro do Pai Inácio Comentário: próximos à cidade de Lençóis e entre si, passeio contempla trilha, cachoeira e mirante ao final da tarde. Dia 03: Gruta Lapa Doce e Complexo Pratinha Comentário: próximos à cidade de Lençóis, passeios constituem trilha fácil e contemplativa (Gruta Lapa Doce) e banho de rio (Complexo Pratinha) Dia 04: Poço do Diabo, viagem para Mucugê e visita ao chamado Cemitério Bizantino Comentário: próximo à cidade de Lençóis, o Poço do Diabo está associado a trilha de baixa dificuldade e bom poço para banho. Pode ser feito em meio período, viabilizando a viagem para Mucugê e visita ao cemitério bizantino. A visita a Mucugê foi adicionada ao roteiro para dividir a viagem entre Lençóis e a Cachoeira do Buracão (que seria de 04 horas, apenas de ida) Dia 05: Viagem para Ibicoara e visita à Cachoeira do Buracão Comentário: a atração vêm se constituindo como um dos principais atrativos da Chapada Diamantina Dia 06: Viagem para Ilha de Boipeba (relato à parte) Descrição detalhada por dia de viagem: Dia 01: Viagem de Salvador para Lençóis e visita às Piscinas Naturais de Serrano (rochas conglomeráticas da Fm. Tombador - 1140 Ma) (sem guia) Viagem de Salvador à Lençóis, com hospedagem na pousada Pouso da Trilha (R$ 190,00). A seleção da Pousada foi a proximidade às Piscinas Naturais de Serrano, que identificamos como um bom passeio para fazer em conjunto ao dia da viagem de Salvador para a Chapada Diamantina. Objetivos não ter um dia somente de viagem. A pousada Pouso da Trilha apresenta estrutura bem consolidada e é organizada. Café da manhã bom. O objetivo era permanecer apenas um dia, e atendeu à este objetivo. O quarto em questão não possuía ar condicionado. Acredito que ficamos no único quarto da pousada em nível da rua, que apesar de ser calma, trás desconforto à hospedagem. Fora isto, a experiência teria sido absolutamente positiva. A visita às Piscinas Naturais de Serrano atendeu ao objetivo de um passeio curto, bonito e que pudesse nos inserir à Chapada Diamantina. O banho no local é agradável. Trata-se de um Parque Natural Municipal com controle de acesso (custo de meia entrada após as 15:00, cerca de R$ 10,00 por pessoa, válido por 03 dias). A parte inicial não requer acompanhamento de guia. A parte mais elevada requer o acompanhamento de guia, cujo valor não é tabelado. A falta de tabelamento no valor do guia para acompanhar este passeio pode causar desconforto ao turista que queira explorar o local inclusive no trecho que requer acompanhamento. Há de se avaliar se realmente há a necessidade de obrigatoriedade de acompanhamento de guia no local e qual o valor justo para tal atividade. Trata-se do leito de um corpo d'água (rio Lençóis), constituído por uma rocha denominada Conglomerado, da Formação Tombador (Mesoproterozoico, pouco mais de 1 bilhão de anos, de origem provavelmente associada a depósitos de rios entrelaçados). Esta rocha apresenta relevância histórica e econômica, pois foi objeto de garimpo de Diamante. Ações erosivas sobre os conglomerados geram as famosas "marmitas", pelo atrito de grãos transportados pelo rio à estruturas pré-existentes, formando excelentes "caldeirões" para banho. Figura 2: Piscinas Naturais de Serrano - à esquerda, os caldeirões para banho; à direita, vista em detalhe de uma rocha formada por pedaços de outras rochas (conglomerado), de origem de rios antigos, prontos a serem novamente transportados pelo rio atual Ao término do dia, a janta foi na cidade de Lençóis. A visita à parte central da cidade vale à pena, seja pela disponibilidade de restaurantes como pelas construções. Nossa refeição foi um excelente hambúrguer, a um ótimo custo benefício (Picuá Hamburgueria). Tanto o local era bom, que é frequentado por moradores locais. No local, conhecemos o casal Rodrigo e Vanessa, moradores de Lençóis e autores do livro História Natural da Bahia (Volume 01 e 02), que constituem um material essencial para roteiros geoturísticos na Chapada Diamantina (Volume 01) e no percurso entre a Chapada Diamantina e o Litoral (Volume 02). Dia 02: Cachoeira do Mosquito e Mirante do Morro do Pai Inácio (Serra do Sincorá, rochas areníticas da Fm. Tombador - 1140 Ma) (ambos sem guia) Iniciamos pelo rápido check out da pousada e seguimos para a Cachoeira do Mosquito, inserida em propriedade privada. O deslocamento de Lençóis para lá é curto, parcialmente em estrada de terra. As condições da estrada de terra são boas, provavelmente compõem a estrutura oferecida pela Cachoeira do Mosquito. Ao chegar ao local, é cobrada uma taxa de R$ 40,00 por visitante. No local, há um restaurante a R$ 70,00 o kg, de qualidade adequada. A trilha é íngreme e curta (cerca de 30 minutos. Para os trechos mais íngremes, há escadas com corrimão. Entende-se que o acesso é, portanto, fácil para pessoas sem limitação de mobilidade. A Cachoeira certamente merece visitação e se destaca em relação a outras existentes na Chapada Diamantina, seja pela facilidade de acesso, local para refeição e, principalmente, beleza cênica. Não há poço para banho, todavia, é possível tomar banho na água da própria cachoeira. O sol ilumina a cachoeira e área de banho até cerca de 14:00, conforme época do ano. Figura 3: Cachoeira do Mosquito Figura 4: Estratificações cruzadas - indicativas de sentido de transporte de antigas dunas (Deserto Tombador / Fm. Tombador) e ilustração explicativa Após o almoço (cerca de 14:30), nos dirigimos ao Mirante do Morro do Pai Inácio. De acordo com PEREIRA (2010), "o local está protegido por três categorias de Unidades de Conservação, que consistem na APA Marimbus Iraquara, tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, em função do seu vínculo cultural com a região e, por último, no ano de 2001, foi também criado o Parque Municipal, pelo município de Palmeiras, no intuito de proteger o local que recebe um elevado número de visitantes". O acesso ao local é limitado a até 16:00 ou 17:00, conforme a época do ano e é comumente visitado aos finais de tarde, para o por do sol. O custo é cerca de R$ 10,00 por pessoa. O acesso de veículo se dá até a portaria, de onde parte trilha comumente amparada por escadas nos trechos mais complicados. A trilha é curta e íngreme (creio que cerca de 20 minutos). Deste mirante, é possível ver uma das principais paisagens da Chapada Diamantina. Vê-se dois conjuntos de morros (à esquerda e à direita da Figura 5) e o vale na parte central. As camadas associadas às rochas dos dois conjuntos de morros são inclinadas para direções distintas, o que indicam a existência de uma dobra de escala quilométrica, associada à evolução desta bacia sedimentar. Próximo à base destes morros, vê-se depósitos de solos escorregados (tálus, colúvio - nas áreas vegetadas próximo à porção rochosa na Figura 5), associados ao intemperismo e erosão destes morros, sugerem, também, o futuro destes morros - cujo destino é a erosão e transporte pelo rio instalado no vale. Figura 5: vista com ênfase em aspectos estruturais dos Arenitos da Fm. Tombador e ilustração explicativa (extraída de PEREIRA 2010) Em outra vista, do topo do mesmo morro, vê-se o planalto de Irecê - associado a outros litotipos (carbonáticos), mais suscetíveis à dissolução e onde estão instaladas outras atrações da Chapada Diamantina, tais como as grutas e cavernas (ex. Lapa Doce, Torrinha) e lagos e rios de águas cristalinas (ex. Pratinha). Figura 6: vista com ênfase em aspectos geomorfológicos - Planalto Carbonático da Bacia de Irecê (vista SW-NE) (onde estão as cavernas e grutas) Ao término da visita, fomos para a segunda hospedagem. O objetivo desta hospedagem era evitar a estrada para a cidade de Lençóis, que a cada vez percorrida, aumenta cerca de 30 minutos de direção. Ficamos em uma hospedagem no povoado de São João (localizado entre Lençóis e Iraquara), cerca de 10 minutos do Morro do Pai Inácio. O nome da hospedagem é Chalés e Suítes Campos de São João, pelo preço de R$ 200,00 por dia (com ar condicionado), o local oferece quartos e chalés recentemente reformados, um excelente atendimento e localização privilegiada. Não é adequado caso o objetivo da hospedagem seja usufruir das diferentes opções de restaurantes de Lençóis. A hospedagem é de propriedade de Daniel, que nos atendeu muito bem. Ele também é proprietário da empresa Chapada Adventure Daniel, e durante os diversos passeios, encontramos com grupos organizados pela empresa. Nossa breve interação com guias da empresa foi bem positiva. Dia 03: Gruta Lapa Doce (guia obrigatória a preço tabelado) e Complexo Pratinha (sem guia) (Planalto da Bacia de Irecê, rochas calcárias do Grupo Una 774 Ma.) Ambos os passeios do dia (Gruta Lapa Doce e Complexo Pratinha) distam poucos minutos (até 45) da hospedagem (Chalés e Suítes Campos de São João). Entre si, cerca de 15 minutos. Figura 7: vista de Caatinga nas imediações da Gruta Lapa Doce. Sendo assim, iniciamos pela Gruta Lapa Doce, para que o passeio com rio ficasse para o período da tarde. Ambos os passeios estão localizados no Planalto de Mucugê - associado a rochas carbonáticas e que são mais solúveis em relação aos arenitos e conglomerados da Formação Tombador (presentes nos locais então visitados - Piscinas Naturais do Serrano, Cachoeira do Mosquito e Morro do Pai Inácio). À esta característica, há um condicionamento favorável à existência de grutas e cavernas, tal como uma alteração no relevo (o planalto invés das serras) e de vegetação (Caatinga em detrimento do Cerrado). Na Gruta Lapa Doce há uma excelente estrutura de recepção dos turistas. O atendimento no local é bom e o preço de guias para acesso à Gruta é tabelado. Os guias oferecem lanterna. Pelo que podemos nos lembrar, existem dois roteiros. O mais longo (que não é longo) era 140 reais para duas pessoas; 150 reais para três pessoas. Neste sentido, aguardamos alguns minutos e a própria recepção nos local nos indicou uma pessoa para dividir o preço de acompanhamento pelo guia. O tabelamento de preços é uma excelente iniciativa para melhorar a percepção do turista sobre o passeio, evita situações como a relatada nas Piscinas Naturais de Serrano. A trilha até a Gruta Lapa Doce é curta (cerca de 20 minutos, algo assim). Durante este percurso, o guia conduz o visitante a um museu que existe no local - com fósseis da megafauna pleistocênica (1,8 milhões de anos a 11 mil anos atrás) (leia mais em BÉLO 2017) encontrados e retirados de dentro da gruta em questão. Informações básicas: a megafauna pleistocênica compreende animais de grande porte que coeexistiram com seres humanos na América do Sul e foram extintos. A Gruta Lapa Doce (gruta e não caverna em virtude da existência de mais de uma entrada) apresenta evolução associada à dissolução das rochas pela água subterrânea, o que levou a um aprofundamento dos condutos. Posteriormente, houve aporte de sedimentos e entupimento dos condutos da caverna. Por fim, houve a erosão parcial destes sedimentos (FERRARI, 1990). Durante visita ao local, o visitante pode observar sedimentos em locais elevados da caverna (antigos), tal como novos sedimentos - de aporte atual pelo rio que passa pelo local de forma intermitente. A descrição destes sedimentos e estudos permitem a identificação de fósseis, datação e compreensão paleoclimática da região. Feições de desmoronamento, que também contribuem para ampliação de condutos e salões. Os espeleotemas são desenvolvidos sempre na ausência do fluxo contínuo de água, por gotejamento de água oriunda dos interstícios da rocha carbonática (por fraturas e outros caminhos preferenciais). No local, algumas feições podem ser verificadas e trazer pistas sobre a evolução da gruta e do clima ao redor. Figura 8: sequência evolutiva da Gruta Lapa Doce, conforme FERRARI (1990). Figura 9: à esquerda, uma das entradas da Gruta Lapa Doce. À direita, vista em detalhe das rochas carbonáticas (origem de precipitação em ambientes marinhos rasos), com as diversas lâminas, por vezes tectonicamente dobradas. Figura 10: espeleotema parcialmente recoberto com solo (porção da esquerda) - o que indica a evolução da caverna - com formação de espeleotemas e distintos eventos de preenchimento com material sedimentar. Ao término da visita (dura cerca de 02 horas), almoçamos no restaurante existente no próprio local (R$ 70,00 o kg). Nossa intenção foi dar preferência ao almoço neste local, em função da boa comida e preços inferiores quando comparado ao oferecido no próximo passeio (Pratinha). O deslocamento por veículo entre a Gruta Lapa Doce e Pratinha é cerca de 20 minutos. No local, verifica-se em perspectiva geomorfológica (Figura 11) uma visão inversa à contemplada do topo do Morro do Pai Inácio na Figura 6. Figura 11: vista com ênfase em aspectos geomorfológicos - Planalto Carbonático da Bacia de Irecê (vista NE-SW) (onde estão as cavernas e grutas) e a Serra do Sincorá (onde está o Morro do Pai Inácio) A Fazenda Pratinha apresenta, talvez, a estrutura mais turística da região. Compreende do ponto de vista natural a Gruta Azul (contemplação, incluso nos 80 reais por pessoa) e Pratinha (Flutuação, não inclusa nos 80 reais). O banho é feito no corpo d'água próximo (incluído nos 80 reais por pessoa). Outras atividades são oferecidas, como pedalinho e tirolesa, também com custos adicionais. Trata-se de local que vale à pena a visita, apesar do custo elevado. É possível passar um dia inteiro por lá, mas recomendamos que no mínimo meio período seja utilizado para este passeio. No local existem diversas opções de restaurantes e lanchonetes, parte disto a preços acessíveis. Ao término do passeio, o retorno foi rápido à nossa hospedagem, localizada no povoado de São João (26 minutos). Figura 12: lago para banho, tirolesa e direcionamento quanto ao local da gruta pratinha Figura 13: Gruta Pratinha, ao fundo calcários laminados de origem marinha (Grupo Una) Figura 14: Gruta Azul, à esquerda, luz atingindo o poço. À direita, vista da escada de acesso com o poço ao fundo e aspectos geológicos na parte superior da foto (sedimentos amarronzados incrustados no teto, podem ser prévios à formação da gruta azul ou estágio de preenchimento) Ao término do dia, o retorno à hospedagem no povoado de São João foi rápida (26 minutos). Isto viabilizou uma janta cedo no local (Pizza, a R$ 60,00) e organização para o dia seguinte, que seria de viagem. Observação: há hospedagem na Fazenda Pratinha. Percebemos que a hospedagem também dá direito à visita, então, acreditamos que vale uma pesquisa, pode valer bastante à pena. Dia 04: Balneário do rio Mucugezinho e Poço do Diabo (sem guia), viagem para Mucugê e visita à base do Morro do Cruzeiro, Cemitério Santa Isabel "Bizantino" (sem guia) (Serra do Sincorá, rochas areníticas da Fm. Tombador - 1140 Ma) O planejamento deste dia foi crucial para a redução de deslocamentos por veículo em nossa viagem. Tínhamos decidido que não deixaríamos de visitar a Cachoeira do Buracão (em Ibicoara, ao sul de Lençóis e de Mucugê), e que dista mais de 4 horas da cidade de Lençóis. Neste sentido, o objetivo era ter um dia de passeio que durasse pouco mais de meio período e permitisse o pernoite em Mucugê, próximo à metade do caminho Neste sentido, cogitamos distintos passeios: Cachoeira da Fumaça + pernoite em Guiné ou Mucugê; Trilha Águas Claras + Pernoite em Mucugê e Poço do Diabo + Pernoite em Mucugê (opção escolhida, pois a Cachoeira da Fumaça estava seca e a trilha Águas Claras iria requerer guia). O acesso ao balneário do rio Mucugezinho e Poço do Diabo (à jusante do mesmo rio) é feito após estacionamento do veículo em algum dos restaurantes à beira da rodovia BR-242. No caso, estacionamos no restaurante Cabana do Louro (onde posteriormente também almoçamos). Segundo Funch et al. (2008), o local está inserido na APA Marimbus Iraquara, sendo a gestão da área feita pela Associação de Comerciantes e Moradores do Vale do Mucugezinho - COMOVAN. Todavia, não nos foi cobrado qualquer valor, o acesso era livre no momento. Apesar dos locais para banho, não há salva-vidas no local ou qualquer apoio ao visitante ou preservação do local. Ao longo do rio, há diversos locais para banho (Balneário do rio Mucugezinho). A trilha e caminhos sobre as rochas podem ser facilmente seguidos até o Poço do Diabo. Neste local, há um ótima cachoeira e local para banho, com fácil acesso e sem custos. Ao término deste passeio, almoçamos na própria Barraca do Louro (R$ 70,00 o quilo), comida boa. Partimos então para Mucugê, pela estrada asfaltada, por Andaraí. Outra opção para sair da região de Lençóis e ir para Mucugê é seguir por Guiné. A quilometragem é notadamente inferior, todavia, em estrada de terra, cujas condições - ao menos no momento deste relato - boas. Pela comodidade da viagem, fomos por Andaraí em estrada asfaltada. Figura 15: Poço do Diabo. Na parte superior da imagem, há uma pessoa de escala. Em Mucugê nos hospedamos na Pousada Monte Azul, cuja diária custou R$ 300,00 em quarto com ar condicionado, custo condizente à estrutura do local. Café da manhã bom. Oferece lanches de trilha de R$ 15,00 e de R$ 35,00. A localização desta pousada é muito próxima ao Morro do Cruzeiro, que fomos à pé, onde também está localizado um dos principais atrativos da cidade, o Cemitério Santa Isabel, por vezes chamado de "cemitério Bizantino". Trata-se de local curioso, onde o cemitério fora instalado sobre as rochas areníticas da Fm. Tombador. Em função da ausência de solo, os túmulos foram construídos sobre as rochas. A vista para a cidade é interessante. Trata-se de passeio gratuito e rápido. Creio que seja possível também subir ao topo do Morro do Cruzeiro. A cidade oferece algumas opções de restaurantes, em quantidade menor ao existente em Lençóis. Após breve pesquisa pelo Google e confirmação de que se tratava de um bom lugar pela recepção da pousada, jantamos no Restaurante Beco da Bateia. O restaurante merece uma visita, oferece massas diversas, pastéis e pizza. As pizzas possuem preço bastante acessível. O ambiente do local é excelente. Figura 16: Detalhes do cemitério Santa Isabel Dia 05: Viagem para Ibicoara e visita à Cachoeira do Buracão (guia obrigatório a preço tabelado) (Rochas areníticas da Fm. Tombador - 1140 Ma) Check out feito na Pousada Monte Azul, lanche de trilha adquirido no próprio local, partimos para a região de Ibicoara, para a portaria de Cachoeira do Buracão. Ao ir à Cachoeira do Buracão, atente-se ao local da portaria, local onde se paga a taxa de acesso ao Parque Natural Municipal do Espalhado (se não me engano, R$ 20,00 a inteira, com pix, há wi-fi no local) e ponto de encontro com os guias. O acompanhamento de guias é obrigatório, sendo isto oferecido de forma organizada com tabelamento de preços e fornecimento de coletes salva-vidas. É possível combinar com um guia antes ou, na própria portaria, se juntar com algum grupo ou contratar um guia. Valores abaixo. Nosso guia foi o Romário (+55 77 9160-7526 / @romario_250), pontual e educado. Foi fácil combinar com ele o ponto de encontro (própria portaria) e obter informações sobre locais para almojanta (após o passeio). Figura 17: Valores em Outubro de 2023 Visto que estávamos em Mucugê, às 09:00 já havíamos chego à Portaria da Cachoeira do Buracão. Após este local, mais alguns quilômetros de estrada de terra em condições adequadas. Previamente à visita ao local, consulte guias sobre as condições dessa estrada - há relatos de que pode ser complicado o acesso em partes do ano. Não recomendo fazer este passeio partindo direto de Lençóis. Ao término, é viável se hospedar em pousadas localizadas nas proximidades da Portaria, como a citada ao final deste relato, tal como retornar até Mucugê ou Ibicoara, pois é relativamente próximo. A trilha até a Cachoeira do Buracão é simples, de curta duração (acho que nem 30 minutos). Ao chegar no ponto de acesso ao rio, coloca-se os coletes salva-vidas. O acesso à Cachoeira em si é feito nadando/boiando por um canyon, de forma bem tranquila. A Cachoeira do Buracão está associada à um canyon. A origem do desnível possivelmente esteve iniciado ao contato entre as rochas areníticas (pouco solúveis, Formação Tombador) e carbonáticas (muito solúveis, Grupo Una), visto que o contato entre os litotipos está próximo (PEREIRA, 2010). Posteriormente, as aberturas associadas à cachoeira e antes do canyon de acesso podem estar associadas à existência de fraturas, conforme descritas por PEREIRA (2010) e apresentadas em planta na Figura 18 e em fotos na Figura 19. As fraturas descontinuidades eventualmente presentes em rochas e que favorecem a percolação de água, e por sua vez, a erosão do material pelo rio atual. Figura 18: Interpretação (vista em planta) da Cachoeira do Buração e canyon de acesso por PEREIRA (2010) Figura 19: Fratura descrita por PEREIRA (2010) e pessoas de escala (na água, próxima ao afloramento rochoso) Figura 20: Dobras geológicas, formadas quando as rochas estavam em profundidade, sob temperatura e pressão relativamente elevada. Feição comumente associada a choques entre placas tectônicas Figura 21: Cachoeira - queda de cerca de 80 metros de altura - e imediações. Ao término do passeio, seguimos para o almojanta no Restaurante Mirante da Cachoeira do Buracão, localizado ao lado da Portaria. Comida a preço adequado (cerca de R$ 70,00 o quilo), refeição de qualidade boa. Em menos de 05 minutos estávamos em nossa hospedagem, Chalés Mirante da Serra, onde aproveitamos o fim da tarde e nos preparamos para partir para o litoral na manhã seguinte. O local possui uma boa vista, café da manhã adequado, silencioso. Gostamos de evitar de nos deslocar até cidades próximas ao final de um dia de trilha. Por fim, no dia seguinte, seguimos para o litoral (Ilha de Boipeba). Figura 22: Luz para Todos. Para mais informações sobre o Geoparque Serra do Sincorá, visite: https://www.geoparquecostoeselagunas.com/geoparque-serra-do-sincora/
  2. De dia 9 ao dia 14 de Julho, 2018. Passagem Azul de Poa a Salvador: 600 reais com uns 3 meses de antecedencia, meu amigo que foi comigo pagou 800 porque comprou depois Aluguel de carro: 687 reais do dia 9 ao dia 15 (fiquei 1 dia a mais com o carro em Salvador) Gasolina: 320 reais Guia Ibicoara, Joao 320 reais os dois dias com a entrada do Buracao incluido - recomendo Hostel Ibicoara - 160 reais os 2 dias com cafe da manha Guia Itaete, Orlando 300 reais os dois dias - recomendo Pousada Aconchego, 300 reais com almojanta e cafe da manha Dia 9 - DESLOCAMENTO SALVADOR IBICOARA - chegamos em Salvador de manha alugamos um carro e fomos direto para Ibicoara, chegamos por volta das 10h da noite, sao quase 500k e pegamos um acidente passando Mucuge. Ficamos no Hostel Ibicoara, com o Fabio, carioca gente boa, nos serviu cafe da manha as 6h30 nos dois dias que ficamos la, trocamos ideia sobre nosso roteiro e ele curtiu muito, vao pegar so as mais loucas da Chapada disse ele, roteiro brocador! Falamos com o guia Joao, lenda na cidade e otimo guia, e deixamos acertado passar na sua casa e pousada para sair as 7h, ele iria nos acompanhar nos proximos dois dias. Dia 10 - CACHOEIRA DA FUMACINHA - Saimos cedo e fomos de carro ate a entrada da trilha, estrada muuuuito ruim, em torno de 40 minutos ate o povoado do Baixao - ha opcoes de dormir la e evitar esse trajeto de carro cedo ate la -, depois uma trilha dificil de 18 km ida e volta, mas fizemos em menos de 3h ate a entrada da fenda da cachoeira, absurda, linda demais! Vale toda a caminhada ate la, sao mais de 100 metros a Fumacinha!! Ficamos umas 2h la, ate que chegou um novo grupo e ai voltamos, nos banhamos em mais uma cachoeiras menores e no rio na volta, e em torno de 2h30 fizemos o trajeto (o Joao nos levou por um caminho alternativo na volta, que tem uns pocos e atalha bastante, falou que nao leva todo mundo ali, so quem esta ´´bom de pulo`` hahaha). Chegamos no hostel antes das 6h da tarde (Fabio falou que fizemos muito rapido que normalmente o pessoal chega perto das 8h da noite), bem cansados, comemos algo e fomos dormir. Dia 11 - CACHOEIRA DO RIO NEGRO + CACHOEIRA DO BURACAO - Saimos tambem as 7h e fomos para a trilha da Cachoeira do Rio Negro, que e uma cachoeira nao muito explorada em Ibicoara, mas ela e muito top, tem 50 metros, um poco enorme e a trilha e tranquila, fizemos os 6km ida e volta em 1h20 a ida e a volta 1h. De principio nao iamos nela, mas valeu muito a pena, ficamos sozinhos la de boas. Saimos as 10h30 de onde deixamos o carro para a Buracao, que e a mais famosa da regiao, o Joao nos levou por cima dela, dois dois lados, animal! (Nao e todo mundo que o Joao leva ali tambem) Descemos a trilha que leva em torno de 3h ida e volta, trilha facil/tranquila de 8km ida e volta! Que lugar e que cachoeira!! Como voce tem que usar o colete nessa cachoeira que e bastante explorada na regiao, pode-se entrar pelo canyon nadando, ir atras da cacheoira, subir em algumas pedras, e uma experiencia incrivel!! Aproveitamos e por volta das 4h da tarde voltamos que teriamos em torno de 90 km de chao numa estrada pessima e mal sinalizada, nos informamos muito e usamos o gps, mas cuidado que essa estrada e bastante ruim, mas deu tudo certo. Chegamos Itaete por volta das 8h na Pousada do Aconchego, que fica na Colonia, um povoado no interior do interior Itaete, a dona Landinha, dona da pousada foi muito querida nos serviu um almojanta muito bom isso nos 2 dias apos voltarmos das cachoeiras, e tambem um cafe da manha otimo, com direito a cuzcuz e tapioca. Conversamos por telefone com o guia Orlando e deixamos tudo certo nossa saida para Cachoeira Encantada as 7h30 da manha do dia seguinte. Dia 12 - CACHOEIRA ENCANTADA - Saimos da pousada as 7h30 e deixamos o carro na entrada da cachoeira, o caminho e de dificuldade media, muito bonito e em torno de 5h ida e volta, pinturas rupestres, canyon impressionante e a cachoeira de 230 metros imponente, estavamos nos dando conta o privilegio de ser as unicas pessoas na Terra de estar ali na cachoeira naquele dia, unico! Umas da cachoeiras mais impressionantes que ja vi!! Curtimos e voltamos mais devagar, tomamos banho numa cachoeira menor na volta e voltamos para a pousada, almocojantamos por volta das 6h e descansamos apos os 14 km de ida e volta ate a Cachoeira Encantada. O Orlando foi muito parceiro durante o dia todo, otimo guia tomou uma ceva merecida com nos apos o dia irado!! Dia 13 - CACHOEIRA DO HERCULANO + CACHOEIRA DO BOM JESUS - Saimos novamente as 7h30 e fomos para o Herculano, trilha nivel media de menos de 4h ida e volta e 10km, tambem muito bonita a trilha, pedras enormes. Chegamos la e nao deixa a desejar a nenhuma das outras cachoeiras que fomos, impressionante, sao 3 quedas de mais de 100metros e um poco enorme acho que o maior de todas as que fomos, nadamos la, tomamos banho!! Na volta, Orlando nos apresentou um lugarzinho abencoado, banheira do Herculano, uma piscina natural num paredao, demais!! Ficamos ali relaxando um tempo! Tem foto abaixo. Saimos, pegamos o carro e fomos para a entrada da Cachoeira do Bom Jesus, em torno de 7km e 2h30 a ida e volta da trilha de nivel facil, estavamos cansados ja de todos os km dos dias anteriores, sem esperar tanto dela, mas nos surpreendeu, que cachoeira! O sol batendo forte nos seus 60 metros inclinado..tem pedra que da pe logo abaixo das quedas, muito top ficar ali, valeu demais ir em mais essa!! Na volta o Orlando, que conhecia o Fabio do Hostel Ibicoara, ficava zuando ele e falando como se fosse ele do nosso roteiro, "os caras brocaram!! hahahaha vieram la do sul pegaram so as monstruosas", uma figura! Almocojantamos na dona Landinha, tava de novo muito bom e descansamos, foram 63 km de trilhas em 4 dias! Dia 14 - POCO ENCANTADO + POCO AZUL - Saimos da pousada as 9h30 pois era nosso dia mais tranquilo, tinhamos a viagem da volta e sabiamos bem os horarios, chegamos as 10h30, melhor visibilidade do poco fica entre as 10h e 13h30, fomos la e ao entrar bateu o sol que estava querendo se esconder antes, muita sorte, nao se pode entrar mas e muito bonito apesar de ser uma contemplacao apenas de 15 minutos, vale a pena, sao 30 reais para ajudar na preservacao! Saimos de la e fomos para o Poco Azul, entrando as 13h, melhor horario era das 12h30 as 14h, entrao tava demais a agua, e possivel nadar e fazer snorkel por 20 minutos, que sensacao unica, muito top tambem. Tambem 30 reais justos para o lugar e para ajudar! Almocamos ali do lado do Poco Azul comida caseira bem boa e suco natural otimo de qualquer fruta que tu imagine! Saimos de la por volta das 3h e dirigimos os mais de 400km de volta ate Salvador com a sensacao de dever cumprido e dias incriveis!! O roteiro e pesado e exige disposicao, cuidado e preparo, mas e possivel e demaisss!! Segue fotos abaixo, em ordem: Cachoeira da Fumacinha, Cachoeira do Rio Negro, Cachoeira do Buracao, Cachoeira do Herculano, banheira do Herculano, Cachoeira do Bom Jesus, e Poco Azul.
  3. Olá pessoal, trago um relato da Chapada Diamantina, um roteiro feito em 10 dias tentando explorar ao máximo o melhor de tudo que vimos na Bahia. A data da Viagem foi em Junho de 2018 Nosso estilo de viagem consistiu em avião Cuiabá/MT x Salvador/BA Alugamos um veículo econômico (Ford Ka) no aeroporto (reservando com meses de antecedência você vai pagar MUITO mais barato), para aproveitarmos ao máximo o tempo reduzindo a limitação por deslocamento, apesar de irmos apenas em casal digo que vale MUITO a pena, pois a Chapada é muito grande e consiste em cidades diversas, então eu penso que é um investimento de tempo e dinheiro. DICA DE OURO: Antes de fechar uma reserva de veículo abra em todos os navegadores possíveis < Celular, Chrome, Explorer, aba privativa.. > os preços variam no mesmo aluguel, no mesmo carro e na mesma locadora, confere e me conta. 🤑 CUSTOS TOTAIS: Passagens Aéreas: R$ 350,00 cada Aluguel de Veículo: R$ 732,54 Combustível: R$ 531,96 Pedágio: R$ 13,80 Lavagem+Balsa: R$ 50,00 Total de Transporte: R$ 1.678,30 Estadias: R$ 955,92 / 2 = R$ 477,96 por pessoa Alimentação: Mercados R$ 417,62 + Restaurantes R$ 513,93 Total alimentação: R$ 931,55 / 2 = R$ 465,77 por pessoa Entradas e Vouchers: R$ 461,00 / 2 = R$ 230,00 por pessoa VALOR TOTAL DO ROTEIRO DE 10 DIAS POR PESSOA: R$ 2.012,88 ROTEIRO: Mapa principal que utilizamos da Chapada Diamantina Para você se contextualizar Dia 01 - Salvador > Palmeiras > Vale do Capão (474 km) Deslocamento Aéreo Cuiabá > Salvador Fomos ao centro conhecer o Elevador (estava quebrado no dia) e o Mercado Modelo (Tipo Mercadão/Feira) Seguimos viagem Salvador > Vale do Capão (474 km) Hospedagem em Hostel Pajé Gaudeé (Vale do Capão) - 3 diárias por R$ 300,00 casal com café Chegamos de Madrugada no Vale do Capão (01h30 da manhã), é muito importante dizer que o Capão é beeem depois de Palmeiras, ficamos perdidos porque não acreditávamos que era tão adiante e já era de madrugada, ninguém para nos informar, então chegando em um vilarejo mantenha a esquerda e continue por alguns quilômetros a mais. (aprox. mais 20 km de terra) Centro de Salvador - Aonde fica o Mercado Modelo e o Elevador que leva ao Pelourinho (quebrado no dia) Dia 02 - Cachoeira da Fumaça (por cima) Localização: Vale do Capão Distância: 12km de trilha ida e volta. Não precisa guia. Trilha de nível: Médio Entrada: R$ 9,00 (Não existe uma taxa oficial, é feita uma doação no valor que puder) DICA: Leve jaqueta de frio e lanterna para ficar para o pôr do sol no ponto mais alto da trilha. Vista da trilha da Cachoeira da Fumaça por cima Vista do Mirante que há de frente para a Cachoeira, se der sorte, se molhará mesmo desta distância É inacreditável ver ela "cair" pra cima, as gotinhas dançam aos céus em uma sintonia delicada e harmônica. Pôr do Sol no retorno da trilha Dia 03 - Fazenda do Pratinha + Morro do Pai Inácio Cidade: Iraquara Dificuldade: Não possui trilha. Não precisa guia. Entrada: R$ 40,00 por pessoa. Incluso: Flutuação no Rio Pratinha, observação da Gruta Azul e observação da Gruta Pratinha. Se quiser flutuar na Gruta Pratinha terá um adicional de R$ 40,00 por pessoa. A vantagem é poder observá-la mais de perto e adentrar a cerca, mas se tiver limitação com locais escuros, fechados e morcegos, aconselho que não vá. Rs! Almoço no Pratinha: R$ 20,00 por pessoa A Fazenda tem ótima infraestrutura, a observação da Gruta azul é ideal às 14h pois é quando entra o feixe de luz na gruta, se possível chegue um pouco antes pois formam filas para fotografar no momento. Rio Pratinha (Mirante) - Acesso à agua por baixo (não é muito profundo, no máximo 2m) Gruta Pratinha - Para observação ou flutuação Gruta Azul - Caminhada leve de 500m Localização: Iraquara Morro do Pai Inácio Dificuldade: 800 metros de subida rápida, 20 minutos. Não precisa guia. Entrada: R$ 6,00 por pessoa Último horário para entrada: 17h, ideal é chegar até as 16h. Vá para o pôr do sol Morro do Pai Inácio Morro do Pai Inácio - pôr do sol Ao fim do dia fizemos as compras necessárias para fazer o Vale do Pati no dia seguinte, a noite o Vale do Capão é bem movimentado e gostoso de caminhar. Compre um mapa físico (R$ 30,00) como garantia em qualquer Hostel da rua principal, várias cidades não pegam sinal e mesmo que consiga um Wifi não conte com isso para carregar seus mapas, o mapa físico é uma garantia a mais caso você fique sem bateria, afogue o celular, etc. Vai te ajudar a entender os nomes e localizações e depois fica de lembrança. Dia 04 - Vale do Capão > Guiné > Vale do Pati (48 km) Saímos do Hostel Pajé Gaudée (hoje não existe mais ) e seguimos viagem para Guiné: a cidade de apoio mais próxima do Vale do Pati. Se trata de uma vila MUITO pequena com apenas um restaurante funcionando, não funciona internet em local nenhum após Palmeiras, o local é simples mas são muito hospitaleiros, comida gostosa e com preço justo, porém, cuidado com o dia e horário que passará lá pois não possuem muitos estabelecimentos. Hostel Pajé Gaudée - Check Out A entrada para o Vale do Pati fica bem próximo do centro de Guiné, carregue tudo no Waze no Wifi do seu Hostel no Capão. Almoço Guiné R$ 24,00 por pessoa Localização: Vale do Pati (Guiné) Entrada: Gratuito. Não precisa guia, mas precisa GPS, usamos sempre o Wikiloc. Dificuldade da Trilha: Difícil Aqui vou te convencer a alugar o carro: como o Pati é um trekking muito pesado, e fizemos uma viagem "eclética" com nossos itens de mergulho, roupas para muitos dias, entre outras coisas, pudemos deixar o excesso de peso no porta malas do carro e fazer o Pati só com o necessário. A porta de entrada do Pati, glorioso! O carro ficou estacionado bem a minha direita, na foto superior, é relativamente seguro, não costuma acontecer nada com os carros aqui. Mirante do Vale do Pati - Da entrada até este ponto são 6km de trilha :: Elevação de 1.200m A partir daqui você fará a "descida da rampa" que é uma ladeira íngreme até a base do vale. Na base da Rampa haverá uma tri-furcação, para frente você vai para Dona Raquel, são uns 3km até lá (hoje em dia ela já tem Instagram). À Esquerda para a Igrejinha - 1km À direita para o Cachoeirão por cima - 8km Escolhemos a Igrejinha pois já estava tarde, lá é uma hospedagem que oferece quartos, pensão completa ou camping. Tudo bem rústico, mas de boa qualidade. A "Igrejinha" é o local aonde mora o filho da Dona Raquel, se tratam de pequenas construções abrigadas no Vale. Pagamos R$ 40,00 por pessoa por uma boa cama com cobertor e direito a banho gelado, desistimos de acampar pelo cansaço e frio. Mas carregamos todo o peso de barraca/colchonetes pois não tínhamos como reservar e saber se haveria cama para nós. Hoje em dia eles já possuem Instagram para facilitar este contato (@hospedagemigrejinha). Para economizar não pagamos os R$ 40,00 por refeição, por pessoa, escolhemos pagar R$ 5,00 por dia pelo uso do gás deles, e lá possuem um "mercadinho" em que você consegue comprar comida por R$ 2,00 o molho de tomate; R$ 5,00 o macarrão e etc. Lembrando que estes são os valores de 2018, vale consultar novamente. Igrejinha - Vale do Pati Nosso quarto com vista privilegiada - Igrejinha - Vale do Pati Dia 05 - Cachoeirão por cima (18km ida e volta) Dificuldade: Difícil. Gratuito. Não precisa guia, mas precisa GPS. A cada passo uma paisagem, é impossível descrever o Pati, todo o ambiente te convence de como vale a pena viver para ver este cenário, e registrar tudo te fará lembrar com grande saudade o que foi vivido ali. Só vai! Vale do Pati - Caminho para o Cachoeirão por cima Vista para o Vale de um dos Mirantes do Cachoeirão por cima Vale do Pati - Retorno da trilha para o Cachoeirão por cima Dia 06 - Vale do Pati > Guiné > Mucugê > Ibicoara Após o desgaste da última trilha desistimos de fazer o Morro do Castelo, mas aconselho reservar um dia a mais para fazê-lo. Retornamos a trilha para Guiné, pegamos o carro, almoçamos novamente na cidade e seguimos para Ibicoara. DICA: Se precisar, saque dinheiro em Mucugê pois Ibicoara não possui caixa eletrônico. Localização: Ibicoara Ficamos em um AirBnb chamado: Hospedagem da Ivana - 2 diárias por R$ 295,92 E até hoje nada superou essa experiência. Se puder fique em AirBnb, é mais barato e é uma experiência ÚNICA, e melhor ainda, fique na Ivana, esse casal é mais que especial, hoje são amigos, e nos deixaram usar a máquina e o varal para lavar as roupas, fora as dicas e um café colonial baiano sem igual. s2 Café Colonial Baiano da Hospedagem da Ivana - AirBnb Dia 07 - Cachoeira do Buracão + Mirante do Campo Redondo Nível da Trilha: Fácil. Obrigatório Guia, contratamos o Luciano (77) 99130-0392 Ele cobrou R$ 120,00 casal + taxa de R$ 6,00 por pessoa que é pago para a administração local Cachoeira do Buracão - Vista por baixo Cachoeira do Buracão - Vista por cima No retorno para Ibicoara existe o Mirante do Campo Redondo que fica na beira da estrada, gratuito, sem guia, é parada obrigatória. Se organize para estar voltando um pouco antes do pôr do sol. A subida é de 5 minutos, muito fácil. Mirante do Campo Redondo Dia 08 - Ibicoara > Itaetê > Nova Redenção > Lençóis Saímos de Ibicoara e seguimos viagem para Itaetê para conhecer o Poço Azul e Poço Encantado. Poço Encantado Entrada: R$ 20,00 por pessoa, sem guia, apenas observação. São montados grupos para descer. O raio de sol reflete na água das 10:00 às 13:30h Poço Encantado - Apenas observação Almoçamos em um local simples do lado do atrativo e seguimos viagem sentido Nova Redenção para conhecer o Poço Azul. Poço Azul Entrada: R$ 30,00 por pessoa, não precisa guia, apenas flutuação com colete e máscara. Obs: Levamos pé de pato mas não permitem o uso. O sol incide na água entre às 12h30 e 14h00, mas priorizamos o Poço Encantado pela logística. No poço azul é preciso pegar uma balsa (R$ 20,00) para chegar ao outro lado do rio, você também pode ir de barco, mas como pretendíamos seguir viagem pelo caminho mais curto, atravessamos, se você for retornar para Itaetê, não precisará atravessar o carro. Para realizar a flutuação você entra na lista de espera e aguarda sua vez, essa parte pode se tornar estressante pois você passa mais tempo esperando para descer do que dentro do atrativo. E quando dá o seu horário quem estava no horário anterior demora sair da água então conseguir uma foto com o poço limpo é tipo jogar na loteria, ou você tem que ser o primeiro, ou o último. Balsa para o Poço Azul Poço Azul - Fomos os últimos do dia para conseguir a tão sonhada foto Mas o melhor nos aconteceu neste meio tempo, ao negociar a balsa, um morador local nos ofereceu para, enquanto esperávamos a lista do Poço Azul andar, fossemos conhecer a Nascente Olho D´água que fica próximo em uma comunidade. (Mais um motivo para ir de carro) Então atravessamos de barco, colocamos nome na lista de espera, voltamos de barco, pegamos o carro e fomos para a Nascente e depois retornamos e conhecemos o Poço Azul com o último grupo do dia. E a Nascente foi o melhor mergulho da Chapada Diamantina. Apenas frequentada por locais, levamos pé de pato e não tínhamos conseguido usar em local nenhum, e fomos presenteados: Nascente Olho D´água Entrada: R$ 25,00 por pessoa para o guia local. Nascente Olho D'água - até 5m de profundidade Seguimos a estrada de terra sentido Nova Redenção, desviamos sentido Lençóis, chegamos de noite na pequena e encantadora cidade. Nos hospedamos em um outro AirBnb, chamado: Casa LIS, mas não recomendamos. É uma casa de família simples, mas não por isso, fica em uma viela de difícil acesso, e não nos explicaram muito bem sobre isso. Insistiram em saber nosso roteiro e tentaram "empurrar" um guia tentando nos colocar medo sobre a trilha. Já éramos conscientes das dificuldades, mas passamos desconforto com essa questão, não gostamos de contratar guia pela economia e também pois nos sentimos pressionados, apressados e desconfortáveis, e com a fotografia precisamos de tempo para fazer registros e nem sempre compreendem isso. Dia 09 - Cachoeira do Sossego (14km de trilha ida e volta) Cidade: Lençóis Entrada: Gratuito, nível da trilha: Difícil Não necessita guia, mas necessita GPS. Caso você não tenha NENHUMA experiência sozinho ou em casal, aconselho que contrate sim um guia local, mas um que seja indicado por alguém de preferência. Baixamos a trilha no Wikiloc porém por serem cânions o GPS fica doido! O maior aviso e cuidado nesta trilha é sempre o mesmo: Cascavel. Se você for picado, será muito difícil te socorrer pois é uma trilha técnica com muitas pedras enormes e as cobras adoram ficar entre elas para tomar o seu sol. Cachoeira do Sossego - Lencóis Cobra Cascavel - Trilha para Cachoeira do Sossego Dia 10 - Lençóis > Salvador (435km) Finalizamos neste dia nosso roteiro na Chapada Diamantina retornando para Salvador. Valeu cada memória. Espero que nosso roteiro auxilie outros a montarem os seus. Poderão notar que fizemos a volta na Chapada, infelizmente não contemplamos todos os locais e cidades, mas escolhemos as que melhores pudemos para aproveitar o melhor de cada região, mas quem puder ficar mais, tenho certeza que não se arrependerá, e um detalhe importante da viagem é o povo baiano que é sem igual. Relato: Caroline Brito Fotografia: Murillo Raggiotto Todos os direitos reservados.
  4. Dia 01 - Viagem de guarulhos para salvador Voo direto Azul, saída 16h10, Valor Pago: 191,44 (Comprado 27/08) Chegamos pegamos uber para um Shopping que fica a caminho da Rodoviaria de salvador (Comida no shopping de lá é mais barato que nos shoppings de Jundiai/São Paulo) Pegamos outro Uber para pegar o ônibus (as 23:00) sentido Lençois na Chapada Diamantina. Empresa de onibus: Rapido Federal (https://passagemrapidofederal.com.br/ ) Preço: 108,00 (compramos antecipado e pagamos alguma taxa de conveniência, tem que ir no guichê para pegar a passagem, se informe sobre o hr de funcionamento) Dia 02 - Lençois (Gruta da Lapa Doce, Pratinha e Morro do Pai Inácio) Chegamos de ônibus em lençóis por volta das 5:30 da manhã, os lugares para tomar café só abriram por volta das 6:30. Após o café fomos deixar as malas no hostel e pegar o carro que havíamos reservado. Estadia: Viela Hostel (30,00), bem hostelzão, bem localizado, comodidade média. Mas achei que o custoxbeneficio valeu MUITO a pena. Veja como a avaliação do hostel no booking é boa http://bit.ly/vielahostel Aluguel de carro: Empresa Seabra 75 9901 7946 Retirada em lençóis e devolução em Capão (devolução em capão facilitou muito a logística, pra não pagarmos o carro enquanto estávamos no Pati) Passeio: Gruta da Lapa Doce, Pratinha e Morro do Pai Inácio. Vá cedo para lapa doce, passe a maior parte de dia na pratinha (tem boa estrutura) e no max 15h30 vá para o por do sol no pai inácio (imperdível). Morro do pai inácio tem hr limite para subir (por isso não pode sair tarde da pratinha. Para nós foi uma aventura chegar a tempo, pq saímos tarde, mas isso nos rendeu algumas amizades rsrs).. Pratinha tem uma flutuação de snorkel em águas cristalinas e dentro de uma gruta. Recomendo! *o Horario do por do sol (e hr que deve sair da pratinha) varia de acordo com a epoca do ano, o google mostra o horario do por do sol. Dia 3 - Ibicoara (Cachoeira do mosquito + Poço azul) Saímos de lençóis cedo com tudo no carro, a ideia era fazer os passeios durante o dia e dormir em Ibicoara (a viagem é cansativa). Passeio: Cachoeira do mosquito + Poço azul. Poço azul tem horários melhores de se fazer a flutuação, se informe e se planeje para chegar pelo menos 2h antes (é comum ter fila) Normalmente as pessoas fazem Poço azul+poço encantado, nós decidimos (no dia anterior) fazer cachoeira do mosquito, pqe poço azul é só contemplação. Estadia: Hostel Kosmos, 30,00 Reais, acomodação boa com vibe roots. Você encontra essa acomodação no Airbnb (Essa estadia não esta listada no booking). Aproveito e deixo pra vocês um cupom de desconto no air bnb https://www.airbnb.com.br/c/caiov277?currency=BRL Dia 4 - Ibicoara (Cachoeira do Buracão) Passeio: Cachoeira do Buracão. Trilha de 3km cada trecho, nada muito pesado. É obrigatório uso de guia Cachoeira do buracão é IMPRESSIONANTE, bastante alta e com um visual completamente diferente, tem paredões que cercam a cachoeira e o percurso que o rio faz depois dela. É uma vista imperdível. Guia: Nina (77 8111-5477 - @nina__guia são 2 underlines) ou o marido dela, Clayton (77 98153 5697 não fizemos com ele). Ambos São MUITO BONS. Nós fizemos o percurso com a Nina, ela é uma otima guia, sabe manter a cadencia da trilha e tem otimas conversas, explica bastante sobre a região. Em determinados pontos ela mostra exatamente como atravessar obstaculos. Recomendo MUITO. Comida: Jantamos TODOS os dias no restaurante “point dos amigos”, a comida é muito barata e gostosa. A comida é preparada de forma caseira pela dona do restaurante, com quem fizemos amizade e no fim parecia nossa tia kkkkk. Dia 5 - Ibicoara (Cachoeira da Fumacinha por baixo) Passeio: Cachoeira da Fumacinha por baixo. Trilha de 9KM cada trecho, caminho PESADO, principalmente por ter que ficar andando nas pedras (leito do rio). Segundo a guia quando o rio enche (que não era o caso) a trilha fica ainda mais difícil. Uso de guia não é obrigatório, mas acho MUITO recomendado, principalmente por que alguns trechos tem escalaminhadas. A trilha é bem bonita e a cachoeira da Fumacinha é um ABSURDO. Linda DE MAIS. a agua é bem gelada (já que quase não bate sol) Guia: Nina (77 8111-5477 - @nina__guia são 2 underlines) Dia 6 - Capão (cachoeira da fumaça por cima) Saímos cedo de Ibicoara para ir para o capão e fazer a trilha da cachoeira da fumaça por cima. Viagem é longa e feita em sua maioria por estrada de terra (se for por guiné, que é bem mais rápido). Chegando em Capão, fomos para a estadia Sempre viva, algum dos amigos que fizemos na viagem nos indicou e depois nos encontramos com o nosso guia do Pati (Val - contato vou colocar mais pra baixo, quando for falar do pati). A comunicação no vale do Capão é bastante dificil, já que não tem sinal de celular. Basicamente tem que achar um wifi para se comunicar. Passeio: Para chegar na cachoeira da fumaça é preciso fazer uma trilha (cerca de 1h30), antes de subir é necessário assinar um livro de controle (para saberem se todos que foram, realmente voltaram) e se quiser, pode contribuir com qualquer valor para a preservação do lugar. O inicio da trilha é bem Ingreme, mas depois a trilha é pana e tranquila. Tente ir pela manhã, para fugir do sol quente. Existe um horario limite para iniciar a trilha, 13h. O horário é para dar tempo de subir, apreciar e voltar antes de ecurecer. Estadia: Sempre viva (40,00) - Acomodação boa, custo beneficio OTIMO. 40 reais por pessoa por quarto privado. Caso for fazer o vale do pati, a acomodação cobra 10 reais para guardar a bagagem e permite banho na volta. Não encontrei a acomodação no booking Dia 7 - Pati (Cachoeirão por cima) Saímos cedo em direção a guiné, por onde dariamos inicio a travessia do Pati (entramos por Guiné, por uma subida chamada Aleixos e saímos por Capão). Passamos em palmeiras para o guia (Val, que recomendo MUITO (075) 99167-6817) fazer as compras dos lanches para os 4 dias, ele carrega tudo no mochilão, e nós só precisamos levar nossos proprios pertences na mochila pequna (usei uma de 30L). Como você vai carregar o peso nos dias em que estiver fazendo o pati, economize no peso, evite coisas desnecessárias. Devolvemos o carro em guiné, na entrada da trilha. Isso ajuda DE MAIS na logística e na economia, fazendo desse jeito você não paga transfer para guiné e nem paga o carro durante os dias que estiver no pati. Vai ter que pagar uma taxa de devolução extra por devolver em guiné, mas acaba compensando. Foram 4 dias de trilha que o carro ficaria parado, a diária do carro é 140, ou seja, economizamos 560 reais. Para devolver o carro em guiné, pagamos 130,00 mas isso nos economizou o transfer, então um abateu o outro. (Essa foi uma baita dica p vc economizar uns dins hehe) Nosso roteiro esse dia foi: Guiné (aleixos), cachoeirão por cima, descida pela fenda e pernoite na casa do Sr Eduardo. Esse é um roteiro que poucas pessoas fazem, achei a fenda uma trilha perigosa devido aos buracos disfarçados com mato. Andamos cerca de 18Km, subida íngreme no aleixos e descida muito íngreme na fenda (não recomendo fazer o caminho inverso, subindo a fenda). A caso do Sr Eduardo é bem simples se comparada com a igrejinha. A comida é deliciosa. Dia 8 - Pati (Cachoeira dos funis) Saímos não tão cedo da casa do Sr Eduardo sentido igrejinha passando pelo poço da árvore e funis. cerca de 15 km percorridos, caminhada tranquila. Foi um dia para tomar banho de cachoeira e relaxar. Não achei as cachoeiras nada MUITO impressionante. Mas foi um dia gostoso pra curtir com calma. Neste dia o val (guia) cozinhou o jantar. A igrejinha é uma das estadias mais conhecidas, por ter fácil acesso. E em consequência também é bastante cheia. Ali tem alguns banheiros com água quente (o guia só me avisou depois que eu já tinha tomado banho gelado kkk) Dia 9 - Pati (Morro do castelo) Percurso esse dia foi Igrejinha - Sr Wilson (para deixar o que não iriamos usar. É caminho) - Morro do castelo - Sr Wilson. Total de +- 14KM, porém subida forte na ida e descida forte na volta. Apesar do percurso íngreme, não foi um dia cansativo. Morro do castelo tem 3 mirantes, um deles está sendo estudado e talvez seja fechado (por risco de queda de placas de pedra). Nesse dia é necessário lanterna, pois para acessar os mirantes se passa por dentro do “castelo” através de grutas, a lanterna do celular dá, mas uma de cabeça é o ideal. A caminhada nesse dia é bastante protegida do sol. O morro do castelo tem vistas IMPRESSIONANTES, com certeza é um dos lugares imperdíveis do pati. A casa do Sr. Wilson tem ótima recepção e tem o que julgamos a melhor comida do vale (não que as outras foram ruins, mas aqui a comida foi espetacular). Dia 10 - Pati (Gerais) Percurso: Casa do Sr wilson - capão (saindo pela bomba). Esse dia a caminhada é MUITO exposta ao sol, já saímos do vale e andamos vários KMs por cima. Caminhada total é de 22KM. Dia bastante cansativo. O visual por cima do pati é bastante bonito. Ao terminar a trilha na bomba, precisamos contratar um transporte para chegar ao vale do capão, caso contrário seriam mais 7 KM de caminhada. Logo que acaba a trilha tem um bar/lanchonete, o guia pediu para a atendente chamar o responsavel pelo transporte (que aparentemente mora ali perto). Chegando no vale, jantamos e fomos rapidamente para a estadia bem estar tomar banho e pegar o restante das malas. Dali pegamos um trasnporte para palmeiras (15,00) e de palmeiras pegamos o ônibus para salvador. Empresa de onibus: Rapido Federal (https://passagemrapidofederal.com.br/ ) Preço: 94,00 Dia 11 - Salvador (Turistando) Chegando em salvador, pegamos um uber e fomos para o hostel (que procuramos no onibus). Alguns amigos que fizemos na viagem nos indicaram ficar no bairro Rio Vermelho, um bairro bohemio de salvador (compararam com a vl Madalena em SP). Estadia: The Hostel (40,00), fica no bairro Rio vermelho, Hostel é bom, tem piscina e café da manhã. Não deu para avaliar tão bem, já que ficamos só 1 noite.Mas as acomodações no geral são MUITO boas. http://bit.ly/TheHostelSalvador Passeio: Fizemos um tour por conta própria, de uber. Saímos do Hostel - Basílica senhor do bonfim - Sorveteria ribeira (não achei que vale a pena, tem uns sabores diferentes mas nada de maaais) - Pelourinho, elevador lacerda, mercado modelo (almoçamos por la, tem 2 restaurantes com visual legal e preço “ok”) - Por do sol no farol da barra (imperdível) Durante o dia ficamos em dúvida se iríamos ou não para morro do SP no dia seguinte ou ficar um dia a mais em salvador. Por fim decidimos ir no dia seguinte e fechamos translado para Morro de SP (umas 21h) com a cassi turismo por 90,00 (negocie, pois as vezes cobram mais caro.) Comida: Acarajé da dinha, é um ótimo local para experimentar a comida típica. Tem um quiosque pertinho do hostel. Dia 12 - Morro de SP (Praia de Gamboa) A empresa Cassi turismo passou nos buscar cedinho no hostel (6h30, se não me engano. Perdemos o café) com uma van. Fomos levados para um local onde acertamos o valor do transfer e pegamos uma balsa para fazer uma travessia, depois da travessia pegamos um ônibus e então uma lancha rápida (esse percurso é fácil de achar detalhado na internet) Esse modo é chamado de semi-terrestre. Julgamos ser a melhor opção para chegar em morro de SP, devido principalmente aos horários. A empresa cassi turismo você encontra por TODO CANTO de salvador. Chegando em morro de SP várias pessoas vão oferecer para levar a sua mala, a primeira subida é MUITO íngreme, depois é mais tranquilo. Vai de cada um julgar a necessidade de pagar ou não (nós não pagamos, até pqe nem sabíamos onde íamos ficar qnd chegamos). Depois de passar algum perrengue procurando estadia, fechamos com a pousada tranquila uma indicação de uma amiga que já tinha visitado morro de SP Estadia: Pousada tranquila 110 o quarto com 4 e 3 lugares (negociado na hora), tivemos que mudar de quarto no meio da estadia. Pousada com ótimo custo x beneficio, fica na frente do mar na terceira praia (da pra ver o nascer do sol do quarto, se ficar no quarto de 4 pessoas). Pousada conta com bom café da manhã (com vista para o mar). Recomendo muito a estadia! http://bit.ly/PousadaTranquila Passeio: Passado algum perrengue para fecharmos a estadia, deixamos as coisas na pousada e fomos para a praia de Gamboa (praia da argila), fomos de barco e voltamos andando (a caminhada não é longa, mas é necessário ficar atento a tábua das marés). Passamos o restante do dia relaxando na praia de gamboa em um dos quiosques. Jantar: Lá tabla. o Nhoque é otimo e bem grande. Vale a pena. Dia 13 - Morro de SP (Caminhada pelas praias) Passeio: Andar pelas praias - Fomos até a quarta-praia, a maré estava já bastante alta e mesmo assim a praia é bonita. A quarta praia não oferece tanta estrutura quanto a segunda e primeira. As piscinas naturais ficam logo no comecinho (onde tem umas árvores que dividem a terceira da quarta praia), depois passamos o dia em um quiosque da segunda praia. Mais pro fim do dia subimos na tirolesa, o visual é incrível. Vale a subida mesmo para quem não for descer de tirolesa. Eu desci a tirolesa e por mais que digam que é a mais alta do BR, não achei nada de mais (não da muita adrenalina). Não achei que vale os 60,00. Próximo da tirolesa existe um mirante do por do sol, vale muito a pena! É de graça e tem o mesmo visual da toca do morcego (onde é pago para entrar). Dia 14 - Morro de SP (Piscinas naturais de Garapua) Passeio: Garapua. O passeio é feito de 4x4, passa também pela quinta praia (na ida ou na volta). O melhor do passeio é curtir as piscinas naturais (onde fica um bar flutuante), o ideal é evitar horário de pico, e ir na maré baixa. Quando tem muita gente, a água fica turva (devido as pessoas revirarem a areia do fundo do mar) e fica uma sensação de superlotação. O acesso as piscinas naturais é feita com um barco bem simples e quando desejar retornar, tem uma ótima estrutura de quiosques para curtir o dia ainda na praia de garapuá. Custo do passeio foi de 80,00 Reais Dia 15 - Morro de SP Passeio - Volta a ilha, esse foi o que achei o melhor passeio. É um passeio feito de lancha, passa nas piscinas naturais de garapua (a msm que fomos no dia anterior), nas piscinas naturais de moreré, para por algum tempo na ilha de boipeba e para em um bar flutuante. *Dica que não encontrei em lugar nenhum: Esse passeio pode ser utilizado como meio de travessia de morro de SP para valença (foi o que fizemos), na última parada tem a possibilidade de tomar um banho e trocar de roupa. É necessário levar as malas para o passeio e o barqueiro guarda em um compartimento do barco. Negocie isso antes de fechar o passeio. O banho é completamente sem luxo, mas pra quem viaja no estilo “mochileiro” deve estar acostumado com isso. Nesse dia pegamos um ônibus para porto seguro com duração de 09h de viagem (dormimos no onibus) Empresa: https://www.aguiabranca.com.br Custo: 109,36 Dia 16 - Trancoso (Caminhada + Praia dos nativos) Chegando na Rodoviária de porto seguro pegamos um Uber para a travessia para Arraial d’ajuda, depois de atravessar pegamos um onibus para trancoso (acredito que a van seja mais rápida). Os horários e preços de van/ônibus é facilmente encontrado em uma pesquisa no google. Chegando em trancoso e passado algum perrengue (de novo) para decidirmos onde ficar, deixamos as coisas na pousada e fomos para a praia. Andamos bastante para o sentido norte e depois voltamos para a praia dos nativos. Surpreendentemente os quiosques lá fecham cedo (começaram a fechar por volta das 15h30). Estadia: Pousada campestre (150,00) - Café da manha MUITO bom, o melhor da viagem toda. Boa localização (bem perto do quadrado, 5minutos andando). Preço negociado na hora, quarto para 3. O preço para reserva era mais alto. http://bit.ly/pousadaCampestre Dia 17 - Trancoso Passeio: Neste dia fizemos uma caminhada para o lado sul, chegando até itaquena. São cerrca de 8 KM de caminhada cada trecho. Pelo caminho se passa por itapororoca. Na maré baixa em Itaquena se formam corais MUITO bonitos. Importante falar que nesse trecho não tem quiosques ou ambulantes. Leve água e comida. Dia 18 - Caraiva (praia do espelho) Passeio: Nesse dia o plano era ir para a praia do espelho, como o taxi custaria 350,00, decidimos alugar um carro (alugamos na Localiza). A praia do espelho esta entre as praias mais bonitas de toda a viagem, na maré baixa são formadas piscinas naturais lindas e as faléias dão um visual bem diferente. As águas são cristalinas e calmas. Com certeza é um lugar que não se pode deixar de conhecer se estiver na região. Depois da praia do espelho, nosso destino foi Caraíva, onde não é permitido entrar de carro (até pqe as ruas são de areia). Mesmo assim, pelos nossos calculos acabaria compensando, já que economizaríamos o taxi + o transporte para caraiva. Nosso plano era ficar 2 dias em caraíva (1 noite), gostamos tanto que acabamos ficando 3 dias e 3 noites. Quanto mais tempo for ficar em caraíva, menos compensa alugar carro, pois o carro ficará parado. Os transportes de caraíva não tem horários muito bons, acaba perdendo metade do dia. Os horários são facilmente encontrados na internet. Transfers costumam ser bem caros (cerca de 300,00) Passamos MUITO perrengue para encontrar estadia em caraíva. Fomos pegos de surpresa, pois estava acontecendo um festival (novo mundo) e estava tudo cheio. No fim, deu td certo Estadia: Hostel Aruanda (40,00) - Se caraíva tem uma vibe FODA, o hostel aruanda tem ainda mais. Você vai ficar com saudades do hostel. É um estilo bem hostelzão mesmo, sem luxo. Fica próximo ao desembarque da travessia de barco. http://bit.ly/Aruanda_Hostel A noite em Caraíva é um atrativo a parte. Sempre muito animado e pelo que nos falaram, cada dia tem um role, que não costuma acabar tarde. Porém depois que o role acaba, o pessoal faz tipo um luau com voz e violão. MUITO MASSA! Caraíva tem uma bebida “típica” chamada Netuno, é uma bebida feita com gengibre, muito famosa por la. A bebida lembra catuaba, porém, de gengibre. Custa 10,00 a garrafa. O que não é tão comum saber, é que existe o netuno preto e um outro branco/transparente, menos famoso. O mais claro tem o gosto de gengibre mais forte. A cidade tem o clima roots e jovem. Dia 19 - Caraiva (Ponta do corumbau) Passeio: Ponta do corumbau. É um passeio feito de buggy (90,00 por pessoa), na maré baixa é formada uma ponta mar adentro. Antes de acessar essa praia você para em um lugar que vende vários artesanatos feitos por índios (colares, pulseiras etc), é muito mais barato aqui do que em trancoso ou Arraial d’ajuda. Nesse passeio você sai cedo e volta no fim da tarde. Nós precisamos trocar de estadia, já que não havia vaga no hostel aruanda. Fomos procurar e surpreendentemente encontramos fácil uma pousada (bastante boa) Estadia: Pousada da Angélica (170,00) - Preço negociado na hora, boa instalação, bom wifi. Preço de quarto para 3. Praticamente de frente pro muro “sorria, voce esta em caraiva” Não encontrei nem no booking e nem no air bnb Dia 20 - Caraiva (Praia do Satu) Passeio: Caminhada praia do Satu. Caminhando para o lado norte da praia (é preciso atravessar o rio), você vai chegar na praia de satu (a caminhada não é tão longa, mas foi cansativa). Na maré baixa se formam piscinas naturais. Existem 2 rios, o primeiro de agua escura e o segundo de água verde. Esse de água verde tem argila que o pessoal passa no corpo como tratamento estético (essa info não achei em lugar nenhum quando pesquisei) Dia 21 - Arraial D’Ajuda (Praia de mucuge) Saímos cedo de Caraíva para devolver o carro em Trancoso e pegar a van para Arraial D’Ajuda. Chegando em Arraial d’ajuda fomos para o hostel que pesquisamos na van durante o trajeto Trancoso-Arraial. Estadia: Pousada Mikaela. A dona é muito simpática e a pousada muito aconchegante. Fica bem localizada, a 7 minutos andando da rua “Brodway”. O café da manhã é muito bom, com tapiocas feitas na hora :9 http://bit.ly/Pousada_Mikaela Passeio: Nesse dia ficamos na praia do mucugê (é a mais próxima). A praia é bem bonita e movimentada. Para ficar no guarda-sol e cadeira dos quiosques é cobrado uma consumação “da cozinha” ou seja, exigem que você almoce no local. Com muito custo conseguimos negociar uma consumação de 30,00 por pessoa independente se fosse um pedido de prato ou não. Dia 22 - Arraial D’Ajuda (Taipe) Passeio: Taipe. Tiramos o dia para relaxar, já que era o ultimo que poderíamos aproveitar da viagem. Decidimos não ir andando e pegar um transporte, nos foi falado que por ali era fácil de conseguir transporte, mas não foi assim. Foi bem difícil, pois não é caminho das Vans/onibus. Com algum tempo de espera conseguimos uma van que praticamente nos fez o favor de levar até la. A praia não é nada de mais. As falésias dão um visual diferente, mas eu preferi a praia de mucuge (que fica proxima ao centro) O retorno fizemos andando e percebemos que foi um erro ter desperdiçado tempo esperando transporte, já que a praia de taípe não é longe do centro. Jantar: De noite a ideia era jantar em um lugar legal para nos despedirmos da viagem e voltarmos a vida real de trabalho (fazer o que né). Fomos no restaurante Alecrim dourado e pedimos camarão no abacaxi. Foi uma das melhores refeições da minha vida. Dividimos em 3 e ficamos “ok” (não estávamos com muita fome). Depois do jantar ainda fomos para o bar “casa mangue neon” é um bar com ambiente despojado, com cadeiras de praia e drinks “diferentoes”, eles nos deram um drink cortesia de caipirinha de netuno (bebida bastante consumida na região), outra bebida curiosa foi caldo de cana com cachaça (bastante boa, por sinal) Depois do bar neon fomos para o beco das cores, como se fosse uma galeria onde tem vários bares, começou ficar agitado perto das 23h. Rolou uma banda ao vivo e estava bem animado, aparentemente vão muito locais para o beco das cores, já que a entrada é gratuita. Depois do beco das cores finalizamos a noite no “morocha” é uma balada conhecida da cidade. Dia 23 - Volta Porto Seguro - São Paulo Voo: Porto seguro Guarulhos 192,54 reais , LATAM 14h35, voo direto , Dia 3/11 comprado em 10/09 (Melhor preço que vi durante o tempo que acompanhei. É difícil achar essa tarifa) DICAS GERAIS POR LOCALIDADE Dicas Gerais Arraial d’ajuda Saindo um pouco da praia se compra 3 cocos por 5 reais, enquanto na praia normalmente custa 1 coco 5 reis. Restaurante Alecrim dourado (não é considerado barato, mas é muito bom para quando quiser aproveitar um lugar com uma comida mais sofisticada) É muito dificil ter uber disponível Dicas Gerais Caraíva: Se for ficar varios dias, não alugue carro. O carro vai ficar parado Netuno: Bebida tipica de lá a base de gegibre Os roles noturnos são bons Vá de mochilão. As ruas são de areia, o que dificulta transporte da mala Sinal de celular, não tem. Wifi, tem. Mas a maioria que usamos não era mt bom. Achei Caraíva a cidade mais cara (hospedagem, comida, agua, etc) Por do sol a beira do rio é MUITO bonito, vale a pena curtir. Nos dias que fiquei la dava pra ver a lua ainda com o céu alaranjado. Um espetáculo Não é possível fazer o translado saindo de caraíva de uber Dicas Gerais Trancoso: Os quiosques fecham muito cedo (cerca de 3h30) Os restaurantes no quadrado são MUITO caros. É possível se afastar um pouco e comer mais barato Não vi nenhum motorista de aplicativo disponível Dicas Gerais Morro de SP: Ficar na terceira praia é uma otima localização Na maré baixa TUDO fica mais bonito, de preferencia para fazer os passeios nesse horário, principalmente os que envolvem piscinas naturais. Ir na quarta praia na maré baixa. As piscinas naturais são MUITO bonitas Tirolesa não vale os 60,00 Da para usar o passeio “volta a ilha” para atravessar de Morro de SP para valença Dicas Gerais chapada Vá de mochilão, andar na cidade de mala é ruim. Alugue Carro, transfers e passeios fechados são MUITO mais caros Use Google maps offline (se não baixar o mapa vai ficar na mão) melhor que o Google maps offline é o Maps.me (Usando os 2 vai conseguir chegar nos lugares) Ibicoara: Restaurante Point dos amigos Antes de entrar no Vale do Pati, deixe as coisas que não for usar em algum lugar (agencia, hostel, conhecido) RESUMO DE ESTADIAS INDICADAS: LENÇOIS, Chapada Diamantina Estadia: Viela Hostel (30,00), bem hostelzão, bem localizado, comodidade média. Mas achei que o custoxbeneficio valeu MUITO a pena. Veja como a avaliação do hostel no booking é boa http://bit.ly/vielahostel IBICOARA, Chapada DiamantinaI Estadia: Hostel Kosmos, 30,00 Reais, acomodação boa com vibe roots. Você encontra essa acomodação no Airbnb (Essa estadia não esta listada no booking). Aproveito e deixo pra vocês um cupom de desconto no air bnb https://www.airbnb.com.br/c/caiov277?currency=BRL VALE DO CAPÃO, Chapada Diamantina Estadia: Sempre viva (40,00) - Acomodação boa, custo beneficio OTIMO. 40 reais por pessoa por quarto privado. Caso for fazer o vale do pati, a acomodação cobra 10 reais para guardar a bagagem e permite banho na volta. Não encontrei a acomodação no booking SALVADOR Estadia: The Hostel (40,00), fica no bairro Rio vermelho, Hostel é bom, tem piscina e café da manhã. Não deu para avaliar tão bem, já que ficamos só 1 noite.Mas as acomodações no geral são MUITO boas. http://bit.ly/TheHostelSalvador MORRO DE SP Estadia: Pousada tranquila 110 o quarto com 4 e 3 lugares (negociado na hora), tivemos que mudar de quarto no meio da estadia. Pousada com ótimo custo x beneficio, fica na frente do mar na terceira praia (da pra ver o nascer do sol do quarto, se ficar no quarto de 4 pessoas). Pousada conta com bom café da manhã (com vista para o mar). Recomendo muito a estadia! http://bit.ly/PousadaTranquila TRANCOSO Estadia: Pousada campestre (150,00) - Café da manha MUITO bom, o melhor da viagem toda. Boa localização (bem perto do quadrado, 5minutos andando). Preço negociado na hora, quarto para 3. O preço para reserva era mais alto. http://bit.ly/pousadaCampestre CARAÍVA Estadia: Hostel Aruanda (40,00) - Se caraíva tem uma vibe FODA, o hostel aruanda tem ainda mais. Você vai ficar com saudades do hostel. É um estilo bem hostelzão mesmo, sem luxo. Fica próximo ao desembarque da travessia de barco. http://bit.ly/Aruanda_Hostel Estadia: Pousada da Angélica (170,00) - Preço negociado na hora, boa instalação, bom wifi. Preço de quarto para 3. Praticamente de frente pro muro “sorria, voce esta em caraiva” Não encontrei nem no booking e nem no air bnb ARRAIAL D’AJUDA Estadia: Pousada Mikaela. A dona é muito simpática e a pousada muito aconchegante. Fica bem localizada, a 7 minutos andando da rua “Brodway”. O café da manhã é muito bom, com tapiocas feitas na hora :9 http://bit.ly/Pousada_Mikaela Quem quiser ver fotos ou tirar duvidas, me chama no instagram @caioviniciusaleixo (lá eu fico mais atento as mensagens)
  5. Bom galera esse relato é na verdade um resumo de uma experiência unica vivida por mim em julho de 2018, é um relato bem pessoal, não vou dar muitos detalhes de custo mas vou tentar ajudar com o que lembrar, então prepara ai que vem textão, e desculpem os erros de português é muita coisa pra revizar e pouco tempo pra isso, já estou adiando esse relato a 1 ano então vai assim mesmo... O Inicio A chapada sempre me encantou, lembro de assistir Globo Reporter com meus pais na sala de casa e por varias vezes dizer que um dia iria conhecer esse lugar tão lindo e exuberante, a anos vinha tentando me organizar e viajar pra Bahia mas sempre algo dava errada e acabava adiando os planos, sempre tinha um empecilho seja um amigo que adoeçeu e não pode ir ou até mesmo a grana curta, só que esse ano foi diferente, justamente esse ano cheguei aos meus 30 de idade e pra mim foi um fechamento de ciclo notavel, um ano de mudanças e por que não por em pratica planos que ja estavam guardados a algum tempo e por-los em pratica mesmo com toda e qualquer adversidade que viesse a ocorrer. E assim fiz, comecei me programando em fevereiro, consegui marcar minhas ferias do trabalho para o mes de julho assim tive 6 meses para me preparar e organizar toda a viajem, comecei a pesquisar tudo, preço de passagens, hospedagens, preço de guias, agencias de turismo, roteiros e atraçoes isoladas que gostaria de visitar, foram 6 meses assistindo e pesquisando tudo que fosse conteudo sobre a Chapada Diamantina e seus arredores, a principio e ideia era fazer sozinho o percurso sem guia mas com ajuda de amigos fiz contato com alguns profissionais de lá e decidi que pagaria um guia (Praticamente o maior gasto de toda a viajem) mesmo com a grana curta fui me acertando e começando a tornar real o que viria ser a melhor viajem da minha vida até o momento desse texto... O Roteiro A principio a intenção era conhecer as atrações mais turisticas e visitadas por todos, mas quando comecei a pesquisar sobre roteiros e custos fiquei meio desmotivado e preocupado com a grana que tinha disponivel , foi um dos momentos em que pensei em desistir e deixar mais uma vez de lado essa vontade irracional que me arrastava para esse lugar, foi então que em umas das pesquisas no youtube encontrei um video de um Rasta sozinho no meio da chapada, proximo a uma cachoeira linda, no video ele falava sobre O vale do Pati e Vale do Capão, foi meu primeiro contato com esses lugares, então comecei a pesquisar sobre e fiquei maravilhado com tudo que vi, paissagens exuberantes e um povo super simples e acolhedor, dai em diante meus planos mudaram, meu foco se concentrou no vale do pati com suas belas vistas em um trekking cercado de paissagens exuberantes, abri mão dos passeios mais turisticos pra viver uma experiencia mais rustica e transformadora que era o que realmente queria nessa viajem, acho que querer não é a palavra certa no meu caso e sim PRECISAR, eu estava precisando disso, desse contato mais proximo com a natureza e comigo mesmo, precisava de um tempo só pra mim longe de tudo e de todos, então estava decidido eu iria fazer o trekking vale do capão – Vale do pati, um dos trajetos mais longos até o pati, tinha outras opções mais a logistica pra chegar a esses outros pontos de entrada no vale sairiam mais caras e não se encaixavam em meu curto orçamento, mesmo decidido pra onde ir o Pati ainda sim é um lugar gigante e teria que escolher os locais que gostaria de visitar pois não tinha grana pra fazer tudo de uma só vez e com a ajuda de um brother(Guia Douglas – Conexão Chapada) tracei o melhor roteiro pra minha situação e ficou acordado que seriam 5 dias de vale, roteiro decidido o proximo passo foi começar a preparação para viajem... Então meu roteiro geral da viajem ficou assim Recife – salvador – Palmeiras – Vale do Capão – Vale do Pati tudo de onibus totalizando cerca de 22hrs de transporte até o ponto inicial da trilha, e após a chegada os dias de travessia ficaram divididos em 1º dia saida Capão – Mirante do Pati – Igrejinha, 2º dia Seria a conquista ao morro do Castelo e algumas outras cachoeiras até a cachoeira do funil pelo leito do rio Pati, 3º dia Cachoeirão por cima e Mirante do Cruzeiro, 4º Dia a Volta Pati - Capão a Principio seria esse o Roteiro inicial da viajem... voltando do pati passaria mais uns dias no capão até voltar pra salvador e enfim retornar a Recife. Preparando para viajem Depois de decidido sobre viajar começou o segundo ponto, a preparação, pesquisei tudo que viesse a precisar e comecei a me organizar. Aos poucos fui conseguindo tudo que viria a precisar, não foi facil, como era meu primeiro contato com o trekking (esporte pelo qual me apaixonei) não tinha nada de equipamentos ou noções de camping, o preparo fisico não me preocupei muito, não sou nenhum atleta profissional mas sempre estive envolvido com alguns esportes então o fisico não seria um grande problema. Mas equipamento e grana eram meus dois grandes problemas... então comecei a comprar algumas coisas exenciais que viria a precisar e outras coisas fui conseguindo emprestado com amigos a os quais sou bastante grato pela ajuda, mochila, bota, saco de dormir, tensores de joelhos foi tudo emprestado de amigos, a barraca eu ja tinha uma bem simples trans 3 camping que não era a prova dagua nem tinha capa de chuva (passei um perreguezinho no ultimo dia de chapada), pra piorar a situação não comprei isolante termico, comprei algumas bermudas de trilha, umas camisetas de trilha simples, camiseta UV manga longa e um cortavento pra segurar um pouco o frio, sem esquecer da toca rosa presente do meu pai antes de viajar. O proximo ponto importante foi o contato com guias e agencias de turismo pra saber se teria condições de pagar um guia ou se tentaria a sorte e me aventuraria sozinho nessa empreitada, a verdade é que minha vontade era justamente essa, ir só sem guia, sem correria e sem pressa, curtindo ao maximo tudo que aquele lugar tivesse a me oferecer, ja tinha tentado contato com alguns guias que depois de contar minha situação e vontade de ir simplesmente esnobavam por saber que tava com pouca grana e que iria só,(quanto mais gente em um grupo menor fica o valor pago ao guia por pessoa, assim como quanto menos pessoas maior o valor) ja estava certo de que iria só mesmo de qualquer jeito mais ia, até que uma amiga que ja tinha ido a chapada me indicou um guia local de Mucugê – Douglas Fagundes(Conexão Chapada) o cara foi super atencioso tirou diversas duvidas e mesmo apos eu contar minha situação o tratamento e o interesse não mudou, pelo contrario o brother me insentivou o tempo inteiro a ir e em momento algum pôs obstaculo algum, chegamos a um valor bem abaixo do que todos os outros guias e agencias pediram, a diaria de um guia tava em torno de 300 a 250R$ com ele consegui fechar 5 dias no vale do pati a 600R$, ainda tava pesado no meu orçamento de 1,000R$ pra viajem toda, isso fora a passagem que ja tinha comprado no cartão e dividido em 10x, me sobraram 400R$ para alimentação, camping e custos de transportes adicionais que viesse a precisar e essa grana ainda ia diminuir mais na frente junto com os impevistos que surgiriam no caminho. A noite anterior a viajem... Mesmo com toda dificuldade e contratempos eu fui me preparando e me convencendo do que queria fazer, sim meus amigos o maior processo de preparação foi justamante condicionar minha mente a não pensar nas advercidades e não desistir, e assim foi... juntei tudo que tinha conseguido com os amigos, o que restou da grana das minhas ferias apos pagar algumas contas e me preparei pra viajem, mas confeço que não foi facil, uma noite antes da viajem estava eu sentado na cama com a passagem em mãos tentando arrumar algum motivo pra desistir de ir, pensei milhões de possibilidades de situações que poderiam acontecer, coisas que poderiam dar errado e mas uma serie de desconfortos, uma crise de anciedade gigante, mas dessa vez não! Dessa vez eu iria fazer diferente, como poucas vezes fiz na vida, calei a mente e ouvi o coração ele sim sabia o que queria e onde iriamos chegar, no meu coração não havia duvida alguma do que fazer e que decisão tomar, consegui acalmar um pouco a crise de anciedade e fui descansar já eram quase 6 da manha e iria pegar o onibus na rodoviaria de Recife as 19hrs seria uma viajem cansativa até Salvador e de lá mais um onibus até Palmeiras e em Palmeiras um outro transporte até o vale do capão(Local que escolhi pra começar minha jornada), totalizando quese 20hrs de transporte até o meu primeiro objetivo que era o camping Sempre-Viva nas proximidades do capão, esse seria meu trajeto até o inicil da aventura....
  6. 7 dias na chapada diamantina - de 2 a 9 de junho/18 Deixando meu relato de uma semana no paraiso, opss...chapada diamantina! vou tentar ser suscinto dessa vez...rs Bom , fui agora no inicio de junho-18..... sozinho, sem carro e sem cia Sai de sampa dia 1, voando latam, fiquei um dia em salvador ate pegar o busao pra lencois, que só sai as 23 hrs..chegando la por volta de 6 da manha !! vi muitos foruns, fiz contato com mochileiros, e vou ser categorico! Chapada diamantina sem carro = vc tem sim que contratar agencias se quiser fazer os passeios mais foda! eu pus na ponta do lapis, e sozinho e alugando carro, ficaria mais caro, mais cansativo e mais perigoso alugar carro, e isso uma semana apos a greve dos caminhoneiros no brasil, imaginao o preco da gasolina..inviavel Bem, apos muita pesquisa e whatssap, fechei meus 4 dias de tour com a CIRTUR turismo. Nao costumo fazer propagando de graça, mas essa agencia foi muito boa, e com um bom custo beneficio. A equipe é otima, os guias sao foda, a dona é uma pessoa muito atenciosa, os lanches e almoços foram impecaveis, enfim, so tenho uma nota a dar: 10 ! Vamos ao que interessa: DIA 1 - Cachoeira do buracao! sim, comecei minha aventura pela chapada pelo passeio mais foda, e realmente é ! Como eu fiz minha base em lencois, todos meus passeios sairam de la. a ida pra chegar ate a cidade que fica esta cachu dá quase 3 hrs de carro, claro que tem umas paradas pra banheiro e cafe, mas é um pouco cansativo. Apos chegarmos la, ainda tem mais uma trilha de quase uma hora, no qual passamos por algumas quedas dagua e outras cachoeiras maiores. A trilha em si ja é um atrativo a parte. Enfim, buracao! chegamos no fundo do canion e colocamos os coletes ( obrigatorio) e seguimos pelos paredoes do canion ate nos depararmos com a imensidao que é esta cachoeira ! simplesmente a cachoeira mais foda que ja vi ( em termos de volume força da agua). um espetaculo. tentei chegar perto da queda mas nao dá, venta demais e a fumaçeira de agua que faz , começa a atrapalhar a respiraçao. Ficamos ali quase uma hora e meia apreciando aquela maravilha e boiando naquelas aguas escuras...felizmente estava um sol legal e a agua nao tava tao gelada. Na volta, aproveitamos a correnteza e descemos pelo canion ate o ponto de entrada na cachoeira. Mais uma hora de trilha, e voltamos pra van, chegamos em lencois, quase 7 da noite. DIA 2 - *** hospital*** Tive que cancelar este dia de passeio, pois passei mal e fiquei de molho, dica importante ! deixem sempre uns 2 dias off pra nao comprometer a viagem. Uma torção no pé, uma dor de barriga, um mal estar, ninguem esta livre Dia 3 - poço encantado e poço azul um passeio tranquilo e nao muito distante, visitamos estes dois poços: no primeiro, o poço encantado, é apenas para contemplaçao, nao pode entrar na a´gua. na entrada da caverna tem uma lojinha com alguns souvenirs, doces tipicos, e muitos macacos interagindo com a galera. saimos de la , em direçao ao poço azul, neste sim, vc pode entrar e fazer flutaçao. há uma fenda na caverna por onde entra o sol que bate diretamente na agua, crianco um efeito incrivel. uma experiencia otima pra quem nunca fez esse tipo de coisa. obrigatorio uso de coleta e nadadeiras. agua cristalina, visibilidade 100% ate o fundo do poço, que dá quase 20 metros de profundidade, se nao me falha a memoria. DIA 4 - cachoeira da fumaça + riachinho A trilha para a cachoeira da fumaça é um pouco chatinha, os 800 metros iniciais sao de subida, entao tem que ter um certo preparo fisico e paciencia, porem depois desse trecho a trilha é plana, e com algumas areas alagadas, ate o joelho, bota é essencial.... depois de quase 3 horas chegamos no famoso e perigoso mirante. A vista é espetacular mas nao me senti nada a vontade em ficar sentado naquele precipicio, sao so 600 metros de queda livre...rs Depois de quase uma hora ali tirando fotos e apreciando a cachoeira, fomos pro outro lado , ver a fumaça de outro angulo, que a meu ver, era bem melhor e menos perigoso. o guia nos disse que a trilha para fazer a fumaça por baixo dura 3 dias....e dá quase 30 km. Mas deve ser bem interessante. Demos sorte por que pegamos a fumaça cheia, entao o poço la embaixo estava bem cheio. Hora de encarar quase 3 hrs de trilha e entao ir pra cachoeira do Riachinho, bem ali proximo, mas ficamos pouco, coisa de meia hora, que foi o suficiente. DIA 5 - DIA OFF no dia seguinte é que vc ve os estragos no corpo: meu joelho ficou doendo e de umas bolhas nos pés, nada serio, mas tirei um dia off pra ficar de boa e dar um role por lencois e dormir bastante. DIA 6 - MORRO DO PAI INACIO, cachoeira do diabo, gruta lapa doce Ultimo dia de passeio com a agencia....o passeio mais classico! (Rio Mucugezinho, Poço do Diabo, Gruta da Lapa Doce, Gruta da Pratinha, Gruta Azul e Morro do Pai Inácio) o dia começou feio e chuviscando, passamos pelo poço do diabo, mas devido as chuvas, a queda dagua estava muito forte e o guia nao recomendou que entrassemos, pq estava perigoso. tiramos fotos e ficamos curtindo a paisagem, e na volta, quase pisamos numa cobra na trilha...por sorte foi so um susto. saimos de la e ficamos comprando besteiras na lojinha da entrada, tem coisas boas e baratas. De la fomos pra gruta lapa doce. Realmente incrivel e gigantesca, com muitas formaçoes interessantes, e um silencio e escuridao incriveis la dentro. o percurso total dá cerca de 1 km, e dura cerca de 35- 40 minutos. apos, almocamos e fomos para a Fazenda pratinha. Uma propriedade particular com varias atracoes, sendo as principais a gruta da pratinha, onde vc pode pagar a flutuaçao e adentrar na caverna. foi legal, a agua cristalina, vc ve peixes de tamanhos e cores variadas e ate tartarugas. So que eu me senti um pouco desconfortavel, pq em alguns momentos, deu uma sensacao de claustrofobia, em certos trechos sua cabeca quase toca o teto da caverna, entao se nao curte essa situaçoes, repense. A flutuacao custa 40 reais,e dura cerca de meia hora. Depois fomos para o Rio, que tem um tom de verde sensacional, demos uma volta pela área verde, interagimos com macacos, etc. No final fomos na gruta azul, bastante similar ao poço encantado, porem nao pegamos o raio de sol adentrando na caverna, nem foto tiramos. Pra fechar os passeios na chapada, o cartao postal: Morro do Pai Inácio. Muito legal, a subida é tranquila, muito bom ficar curtindo aquele visual sensacional, com o barulho do vento ou apenas o silencio..... conseguimos ficar pra ver o por do sol, que visto de lá, é realmente muito bonito, conseguimos gravar... DIA 7 - ULTIMO DIA - CURTIR ATRAÇOES GRATUITAS NA CIDADE DE LENÇOIS os lugares mais foda da chapada, realmente tem que ir de carro ou via agencia, mas felizmente tem coisas perto pra fazer : cachoeira do serrano, cachoeirinha, cachoeira da primavera, saloes de areia, ribeirao do meio.....com excecao do ultimo , fiz todos em apenas um dia, e de graça. fica a poucos minutos do centro de lencois e nao necessita guia. Bom pra repor as energias e fazer uma pausa entre dois passeios que sejam muito desgastantes. Fim do dia, hora de arrumar as malas e esperar o busao as 23 hrs com destino a salvador *** DICAS GERAIS **** . REalmente a chapada diamantina e a mae das chapadas, tudo é muito grande, bonito, distante a natureza exuberante, e a diversidade de atracoes nao se ve em nenhuma outra chapada lencois e uma cidade pequena, eu achei que os hostels deixaram bastante a desejar, mas nem vou comentar quais eu fiquei....a cidade tem bons restaurantes e cafes, para todos os gostos e bolsos A chapada diamantina nao é um passeio barato - vc vai gastar uma boa grana, seja alugando carro seja contratando agencias, seja pondo gasolina no seu carro....as atracoes sao muito distantes entre si. Na chapada NAO rola essa cultura de carona, como existe em veadeiros. La, NAO espere encontrar outros turistas com vaga no carro pra oferecer pra vc, isso deve rolar, mas é bem raro, pq quem vai, ou ja vai com grupo pronto, ou ja contrata agencia. Vi uma garota la perdidinha,achando que ia rolar esquema de carona, nao levou grana e se fu***. Ficou sem fazer a maioria dos passeios tops. lencois tem uma estrutura basica, a cidade é pequena, se ocorrer algo grave, tera que ir pra cidade de seabra, uma hora e poquinho de carro dali, foi isso que aconteceu com uma colega nossa.... veja se sua agencia oferece seguro de vida e de acidentes, pq nao e dificil se machucar nesses passeios nao, por isso cautela, usar bota de trekking, bermudao, prestar atencao se nao tem cobra nas trilhas ( na cachu do diabo, quase pisamos numa cascavel...) enfim, todo cuidaod é pouco por que se precisar de socorro, lencois é uma cidade bastante limitada ! Gastos aproximados: Aviao SP- SSA= 340 reais acomodação ( hostel) = 350 reais alimentação = 300 reais passeios = 900 Reais ( 4 dias de passeio com agencias, conforme detalhado acima) bus- salvador lencois = 170 reais ( ida e volta) seguem os videos que fiz dos meus passeios, ficaram bem legais, espero que possa ajudar voces a ter uma ideia da beleza que é este lugar . bom passeio pra voces !
  7. Em meio ao sertão da Bahia, eis que surge um paraíso natural, todo verdinho, com rios de águas geladíssimas e uma paisagem de tirar o fôlego. Praticamente um mandacaru que, em plena seca, floresce: o Parque Nacional da Chapada Diamantina. Como já estávamos na Bahia visitando a família do meu namorado, fomos para a Chapada de carro. Nos hospedamos na Casa Colonial, na cidade de Lençóis (a melhor cidade-base na nossa opinião, bem no início do Parque). O hotel é muito bem localizado, na praça principal da cidade. Apesar de ainda precisar de certos ajustes pode ser bem novo, foi uma ótima relação custo-benefício. Café da manhã caseiro e bem farto, funcionários super simpáticos e o conforto do quarto foram pontos positivos. Voltarei a me hospedar lá sem dúvida. Fachada do hotel Casa Colonial Check-in feito, foi hora de andar pela cidade, comprar os copinhos de shot (que aqui são chamados de copos de cachaça) pra nossa coleção e arranjar um lugar para comer. Paramos no restaurante Grisante. Cerveja gelada e um ótimo parmegiana a preço justo. Super indicado. Depois, fomos dormir que o dia seguinte prometia. Saímos cedinho do hotel rumo a Fazenda Pratinha, localizada no município de Iraquara, a cerca de 75km de Lençóis. O valor da entrada é de R$40,00. Eu particularmente achei o preço bastante salgado para o que é oferecido: visita à Gruta Azul, Gruta Pratinha e banho no Rio Pratinha. O lugar é maravilhoso e a água quase transparente. Mas tudo o mais que você for fazer lá dentro é pago a parte: tirolesa (R$20,00), flutuação (R$40,00), stand up, caiaque e pedalinho (R$20,00 cada) e fotos subaquáticas (valor a combinar). O estacionamento não é pago, mas tem um flanelinha (até aqui!) que cobra uma “ajudinha”. Almoçamos por lá mesmo. A Fazenda possui um restaurante e uma lanchonete, bem como uma bela loja de artesanatos. Os banheiros e vestiários são limpos e existe uma pousada para quem quiser pernoitar no local. Depois do almoço, foi hora de conhecer o Morro do Pai Inácio. Na base do morro há um estacionamento gratuito e uma barraquinha de caldo de cana, lotada de gringos. Um simpático guia na entrada nos cobra a taxa de R$6,00, que é para manutenção e proteção ambiental. A trilha, apesar de curta, é de dificuldade moderada, com muita subida em meio a pedras e rochedos. Mas o esforço é recompensado com uma das paisagens mais lindas que eu já vi. A visão da Chapada é de 360°, até onde os olhos alcançam. Além disso, de tempos em tempos, um guia do local conta a lenda que deu origem ao nome do morro, com direito a um pulo lá de cima. É ver pra crer. Vista do alto do morro do Pai Inácio No dia seguinte, fomos logo pela manhã ao Rio Mucugezinho, onde está localizado o Poço do Diabo. Paramos o carro e logo veio o guardador cobrar os R$10,00 para estacionar. No Mucugezinho não é cobrada taxa de entrada. Existe uma loja de artesanato e um belo restaurante de comida caseira (gastamos R$50,00 com bebida para duas pessoas). O rio se encontra logo no início da trilha. Tem local para banho e descanso. A água não corre rápido, o que é ideal para famílias com criança. Existe a oportunidade de fazer tirolesa e rapel, pagos a parte. Descendo a pé pela trilha por mais 15 minutos, chegamos ao Poço do Diabo. A água com cor de Coca-Cola estava muuuuuito gelada, apesar do forte calor. Não é aconselhável saltar das pedras no Poço, pois existe uma infinidade de rochas no fundo do rio. Poço do Diabo visto de cima Em todos os passeio, há a escolha de contratar um guia. Realmente não achamos necessário e fizemos todos por conta própria. Saindo do Mucugezinho após o almoço, fomos até a Cachoeira da Fumaça. Ou tentamos ir. Porque nenhum de nós se atentou ao horário. A trilha de 12 km é indicada para ser iniciada até as 13h por conta do horário do pôr do sol. O orientador do início da trilha não nos barrou, mas desaconselhou que subíssemos nessa dia, com risco de descermos já a noite. Voltamos então no dia seguinte e fizemos todo o percuso. São 6 km de subida com alguns mirantes e paradas para descanso. Depois de 2h horas, chegamos ao alto da Cachoeira da Fumaça, com seus impressionantes 340 metros de altura, o que a torna a segunda maior queda d´agua brasileira. A Cachoeira tem esse nome porque a água evapora antes de tocar no chão. E a impressão que dá é a de que ela vira fumaça. Infelizmente não estava chovendo muito na região e a quantidade de água era bem pouquinha. 340 metros de queda d´água Outros relatos de viagem no meu blog mmviaja.wordpress.com
  8. Fala Viageiros! Fui agora em Setembro para a Chapada Diamantina e vou contar aqui um pouco das histórias, deixar umas dicas e o principal, mostrar umas fotos daquele lugar espetacular que passei! Lá no meu blog tem mais fotos e detalhes. Podem conferir: www.profissaoviageiro.com Vai ter bastante foto também no meu Instagram: @profissaoviageiro Não esqueçam de seguir lá! Obrigado! E dessa vez no YouTube do Profissão Viageiro vai sair mesmo o vídeo da viagem! Quem puder dar uma força lá, agradeço! Começando a página do zero! Bom, essa viagem foi adiada 3 vezes por conta da pandemia e foi um terror conseguir remarcá-la. Mas finalmente conseguimos embarcar e deu tudo certo. Foram 8 dias de viagem e o roteiro ficou assim: SP – Salvador de avião e aluguel de carro em Salvador; Daí foi de carro: Salvador – Palmeiras – Lençóis – Igatú – Ibicoara – Salvador. E foi assim: Dia 1 Nosso voo saia cedo de São Paulo e na hora do almoço já estávamos em Salvador. Pegamos o carro na locadora do aeroporto mesmo e já caímos na estrada. Como não havíamos almoçado, paramos em um posto para comer alguma coisa só para aguentar até o final do dia. Daí pegamos a BR e viajamos a tarde inteira em direção à Palmeiras. Paramos só para um açaí mesmo, porque estava um calor forte por lá! A estrada é ruim, mesmo no trecho entre Salvador e Feira de Santana, apesar de ser uma estrada pedagiada. Depois de Feira ainda piora um pouco. Muito caminhão e muitos dos caminhoneiros não se preocupam muito com leis de trânsito. Dá para entender o tanto de acidentes que vemos na estrada. Chegamos já estava escuro e não tinha muito o que fazer. Por sorte nossa pousada servia uma pizza bem gostosa e ficamos por lá mesmo curtindo nossa primeira noite. Dia 2 Sem muita pressa tomamos nosso café da manhã na pousada. Tivemos que arrumar as coisas e já fazer o check out, pois era a única noite que passaríamos em Palmeiras. Seguimos então em direção à Cachoeira da Fumaça, que era nossa primeira atração do dia. Saindo de Palmeiras vamos na direção do Vale do Capão. Muita poeira na estrada de terra, mas ela estava ok. No caminho vimos um cara já mais velho pedindo carona e paramos. Ele era americano e estava no Brasil já há algum tempo. Não falava muito português. É engraçado ver esses gringos que se mudam para um lugar desses. Imagina a mudança de vida dele… Agora o cara anda com penas e colares! Acabamos perdendo a entrada da Cachoeira da Fumaça e chegando no Vale do Capão, ou, em “The Village”, como o gringo chamava! Estava rolando uma feirinha no centro do lugar. Várias barraquinhas. Bom, deixamos o nosso amigo lá e voltamos para achar a entrada da cachoeira. Ainda nos perdemos um pouco porque o Google não sabe onde fica a entrada, então ele queria nos mandar para um outro lado que não tinha nada a ver. Ainda bem que perguntamos. A entrada da Cachoeira da Fumaça fica em uma entradinha meio “disfarçada”. Parece mais a entrada para a casa de alguém do que a entrada para a principal atração da região. Para entrar na trilha, não existe uma cobrança obrigatória, mas eles pedem uma doação voluntária para ajudar com a preservação do lugar e no combate a incêndios. Não é obrigatório entrar com guia. Nós fomos sós e foi bem tranquilo. Bom, aí vem a trilha… O começo é uma subida sem fim que você já deixa 80% da sua energia do dia nela! Quando essa etapa é vencida, todo o resto da trilha é plana. É um passeio bem bonito. Quando se chega ao final, existem algumas opções para ver a cachoeira de lugares diferentes. Cruzamos o rio e fomos no lugar que é o mais famoso. Boa parte das pessoas que estavam fazendo a trilha nesse dia estava nesse lugar, que o pessoal aproveita para descansar e comer, enquanto tira as fotos. Acho que única vantagem de ter guia nessa trilha é que tem o cara para tirar suas fotos lá. Mas como eu levei meu tripé, consegui fazer umas fotos! A cachoeira estava quase seca. Foi uma época de muita seca na região. O mais legal disso é que a cachoeira “caia para cima”! Assim que a água começava a cair, o vento já a jogava para cima. Certamente quem estava lá em cima se molhava muito mais do que quem eventualmente estivesse lá embaixo. Lá é bem bonito, mas certamente estaria mais bonito ainda se a cachoeira estivesse mais carregada. Depois que tínhamos tirado todas as fotos que queríamos, fomos para o outro lado ver por um ângulo diferente. Acabamos nem indo até o final aonde o pessoal chegava. Depois de um tempinho ali já iniciamos a volta. Não esperava que fosse tão cansativo assim. Ainda bem que a paisagem ia nos distraindo. Mas quando chegou o trecho final, e meu joelho já não estava muito contente, aquela descida veio para dar uma castigada. Quando chegamos lá em baixo paramos em uma vendinha para tomar água de coco e comer um pastel de jaca. Como ainda estava claro, decidimos ir pegar o pôr do sol na Cachoeira do Riachinho. Aqui a entrada já é paga. Acho que foi R$ 12 por pessoa. Tinha até que bastante gente lá para ver o pôr do sol, que de fato foi muito bonito. Eu ainda me arrisquei no poço da cachoeira, mas tem muita pedra. Meio desconfortável andar por ali. Depois do espetáculo, seguimos para Lençóis. Chegamos em Lençóis já era meio tarde, mas conseguimos nos arrumar e ir jantar na cidade. Bem charmoso o lugar. Comemos uma carne e estava bem gostosa. E de barriga cheia, fomos descansar. Dia 3 Nesse dia o único lugar no roteiro era a Pratinha, mas como tínhamos bastante tempo, após conversar com o pessoal do lugar que estávamos, decidimos ir para a Gruta da Fumaça (ou Gruta da Fumacinha). A Gruta da Fumaça fica perto da estrada de acesso para a Fazenda da Pratinha, então era bem tranquilo. A entrada custou R$ 80 para os 2, mas fizemos questão de irmos apenas nós 2 com o guia. Queremos tranquilidade para ver as coisas e tirar as fotos. Demoramos umas 3 ou 4 vezes mais que o pessoal costumas demorar lá dentro e valeu muito a pena! No final o nosso guia ainda nos levou em uma parte para relaxar antes de sairmos. Apagamos a lanterna e ficamos sentados no meio daquela escuridão só curtindo o silêncio e os sons da caverna! Foi muito show!!!! De lá, seguimos para a Pratinha A Pratinha é sem dúvida o lugar com mais estrutura da região. E tudo é muito bonito por lá. A entrada estava R$ 60 por pessoa. Ainda pagamos mais R$ 60 para fazer a flutuação dentro da Gruta da Pratinha. Bom, a primeira coisa foi almoçar antes de seguir para os passeios. Tomamos depois um açaí na companhia dos micos da região! Fomos então para a Gruta Azul. No caminho para lá havia alguns guarda-sóis que depois que fomos entender que eram para a galera que fica na fila… Aquele lugar na temporada deve ferver de gente de um jeito insano, que o pessoal colocou até guarda sol para proteger o povo. A ideia foi ótima, mas eu tenho pena de quem fica em uma fila daquele tamanho para entrar na gruta. Chegamos e não tinha ninguém lá. Foi bom porque pude arrumar o circo para tirar umas fotos. Quando deu 2 horas a galera começou a chegar, porque é o horário que o raio de sol começa a entrar melhor na gruta. Mas nessa hora a gente já estava quase acabando. Depois ficamos passeando um pouco por lá antes de descer para a Gruta da Pratinha para fazer nossa flutuação. Quando descemos para a Pratinha, ainda aproveitei para fazer umas fotos de lá. Aquele lugar é lindo. Na hora eu não tinha ficado muito feliz com o resultado das fotos, mas chegando em casa uma foto de lá que acabou sendo escolhida para imprimirmos em Fine Art um quadro de mais de 1 metro de largura! Algumas fotos de lá já foram selecionadas e vão estar à venda no meu site de fotografia! Tem cada foto show! Aí fomos para a flutuação. Achei bem legal! A caverna é grande e a gente vai nadando até ficar bem escuro. Vimos peixes grandes e pequenos, caramujos e muitas formações. Bem bonito! Depois ainda fui tirar umas fotos de um mirante, antes de darmos a volta para o outro lado do lago. Esse outro lado do lago também é lindo! Um visual deslumbrante do pôr do sol! Como nossos planos de ver o pôr do sol nesse dia no Morro do Pai Inácio já haviam ido pelo ralo, continuamos por lá e acabamos jantando por ali mesmo. Pedimos uma carne de sol e estava muito boa! Um dos proprietários foi lá conversar com a gente e ficou nos contando das coisas de lá. Bem legal. Inclusive conversamos que eu não havia encontrado o hotel que fica lá dentro nos sites que eu procurei hospedagem. Eles têm um hotel lá dentro da fazenda e deve ser bem bacana passar a noite! Ficou para a próxima. Dia 4 Já era o dia de deixar Lençóis. Vou falar que no final das contas, apesar de Lençóis ser a principal cidade da Chapada, eu achei que foi a mais dispensável de todas. Todas as principais atrações estão mais perto de alguma outra cidade. Lençóis tem a vida noturna mais agitada e mais opções de restaurantes, mas honestamente, é completamente possível fazer o rolê todo sem ficar lá. E eu fico pensando no pessoal que faz tudo saindo de lá… Que tempo mais mal gasto em estrada que vira o passeio dessas pessoas. Mas a cidade é bem bonitinha, sem dúvida. Gostamos bastante de lá. Nesse dia antes de partir ficamos andando pela cidade. Tudo muito bonitinho! Então já com as malas no carro partimos para o Poço Encantado. Preferi ir ao Poço Encantado antes do Poço Azul pois o horário do raio de Sol do Poço Encantado acaba antes do que no Poço Azul. Mas não adiantou… O raio de Sol parou de entrar na caverna 5 dias antes. No Poço Encantado ele só entra até meados de Setembro e eu cheguei uns dias atrasado. Esses eram os dois passeios do dia, antes de chegarmos em Igatú. Esses dois poços, e a Pratinha também, foram os passeios mais tranquilos que fui, e consequentemente, os mais lotados. Tinha muita excursão lá nesse dia. Demorou mais de 2 horas para chegar nossa vez de entrar no poço. Imagino o que deve ser esse lugar durante a temporada… Era uma galera que certamente não encontraríamos em uma trilha como a da Fumacinha, por exemplo. Muita selfie e pouca trilha! Acabamos encontrado um lugar mais silencioso e ficamos esperando nossa vez. Aproveitei e fiz umas fotos dos pássaros por ali. Finalmente chegou nossa vez! Tem uma pequena caminhada e uma entrada meio apertada na caverna. Lá dentro é um show! Aqui no Poço Encantado não é permitido entrar na água. Só podemos apreciar a beleza de longe. Valeu bastante o passeio! Partimos para o Poço Azul então! Pegamos umas dicas para ir por um caminho por dentro e cortar uma boa pernada de estrada. Achamos bem o caminho e paramos o carro na abeira do rio. Atravessamos o rio a pé e fomos comprar nosso ingresso. Mas lá tinha o mesmo problema… Era muita gente antes de nós e iria demorar muito. Eu vi que eu iria perder aqui também o raio de sol entrando na caverna, mas então fui falar com o pessoal lá. Pedi para descer apenas com minha câmera e fazer umas fotos antes do raio ir embora. O pessoal foi muito gente boa e liberou! Aliás, o tempo inteiro fomos muito bem tratados pelo pessoal de lá! Estão de parabéns! Depois das fotos eu voltei lá para cima para esperar minha vez de descer. Foi bom que deu tempo de almoçar e sair para fazer umas fotos. No Poço Azul podemos entrar na água e ficar lá uns 15 minutos fazendo flutuação naquele lugar lindo!!!! Na hora de ir embora ainda paramos para curtir o pôr do Sol na beira do rio. Partimos então para Igatú. Não tínhamos ideia de que Igatú era tão fora das vias principais. A cidadezinha tem dois acessos e com uma estrada bem complicada. Uma delas é inteira de pedra, e outra uma boa parte de pedra. Tem que andar muito devagar, se não é capaz do carro desmontar ali. E a última coisa que a gente precisa nessas viagens é um carro quebrado em um lugar isolado. Bom, chegamos já era meio tarde, mas ainda deu tempo de tomar um banho e sair para comer. Não tinha muita opção ali. Acabamos parando para comer em um lugar de açaí. Estava bem gostoso! Dia 5 Acordamos com calma, fui andar um pouquinho na pousada e depois tomar café. A primeira parada do dia era o Pantanal de Marimbus. Depois da viagem a 20km/h na estrada de pedra, pegamos a estrada principal e logo chegamos lá. Pagamos o ingresso logo na entrada e descemos até a beira do rio para encontrar nosso guia. Estava bem tranquilo esse dia. Tinha pouca gente ali. Encontramos o guia e fomos para a água! O lugar é bem bonito! É impressionante aquele tanto de água em um lugar tão seco! Depois de um tempo paramos em uma parte mais rasa para ficar curtindo e tomando banho no rio. Depois iniciamos a volta por um caminho um pouco diferente. E foi isso! Um passeio diferente. Lá não é tão bonito como outros mini pantanais que existem por aí (Como o Tanquã aqui em Piracicaba, por exemplo), mas mesmo assim valeu muito o passeio! Certamente voltaria. Na saída paramos para comer um pouco na vendinha que tem na entrada e pegamos as dicas de como chegar na Cachoeira do Roncador. Existia uma chance de atolar o carro nesse caminho e era necessário prestar muita atenção para não errar o caminho… Infelizmente algo não saiu como o planejado, e o carro atolou…………… Eu fiquei enfurecido na hora. A entrada para desviar da areia fofa não era tão clara e eu como estava prestando atenção no chão para não cair em um buraco, acabei não vendo a entrada e o carro imediatamente atolou. Foi treta essa hora. A gente já tinha andado bastante e não tinha muita opção a não ser voltar tudo aquilo até a estrada e tentar pedir alguma ajuda lá. Celular ali não pega nem em sonho. Depois de algumas tentativas frustradas de mover o carro, já estávamos nos arrumando para andar quando um cara com uma 4×4 passa por esse caminho que estávamos. O cara não queria muito parar para não correr o risco de atolar também, mas acabou parando. Ele acabou falando que iria tentar tirar o carro com uma corda que ele tinha e se não desse certo ele iria ver se nos dava uma carona até algum lugar para pedir ajuda. Na primeira tentativa a corda quebrou….. PQP!!!!!!! Mas o que sobrou ainda dava para mais uma tentativa… Arrumamos o nó direitinho em baixo do carro para ver se dessa vez não dava zica e fomos para a última tentativa… E inacreditavelmente o carro saiu!!!! Nossa senhora, foi um alívio que eu nem consigo explicar. Esse cara deve ter sido provavelmente a única pessoa que passou por aquele caminho no dia inteiro… Talvez em mais de um dia… Foi um negócio divino! Depois disso, já pelo caminho certo, decidimos continuar o rolê até o Roncador. Por esse caminho, temos que parar o carro 6km antes da cachoeira e seguir a pé, pois não tem como cruzar o rio de carro (Já bastava um atolamento no dia). Bom, lá vamos nós… Foi bem cansativo. Chegamos já pedindo arrego no restaurante que é a porta de entrada da cachoeira. Antes de seguirmos, decidimos almoçar ali. Eu estava só o pó. Bom, fomos então para a cachoeira! O lugar é bem legal. Vários poços se formam que dá para ficar curtindo igual uma jacuzzi natural. Tudo ali é muito escorregadio e não é tão simples ficar andando por ali, mas com cuidado dá para ver tudo! O sol já estava se pondo e, “pra variar”, fomos os últimos a ir embora! Só que aí vem aquela lembrança… São 6km de volta até o carro que nenhum de nós 2 estava a fim de andar. A Tati já logo lançou uma ideia nos caras do restaurante e arrumamos um cara de moto para nos levar até a margem do rio! Pqp, ela conseguiu e isso salvou o dia!!!!!! Eu fui primeiro e depois ele foi buscar a Tati. Ele cobrou R$ 70 para levar nós 2. Foi um ótimo negócio para nós 3!!!! Tocamos de volta para Igatú, ainda com medo do carro atolar, pq tem trecho que se bobear, carro comum atola, mesmo não sendo a parte que já é proibitiva. Teve uma hora que o carro embicou na areia que subiu areia até pelo teto do carro!!!! Hahahaha! Foi treta! Não sei como não deu nenhuma merda! Daí fizemos a estrada de pedra de noite. É legal como passeio! Tem muito animal na beira da estrada! Já na cidade fomos jantar em um restaurante bem legalzinho! Nós ficamos nas mesas do lado de fora e em um determinado momento a gente vê um reboliço em uma das mesas…… Era uma cobra que tinha passado por cima do pé de um dos clientes! Hahaha! 🐍 A galera começou a correr de lá, e eu correr para lá! Eu queria uma foto da cobra! E consegui!!! Depois da aventura eu só fica chamando o gato para ficar do meu lado lá!!! Aí depois o dono foi sentar lá conosco para conversar um pouco! Foi bem bacana e a comida estava ótima! Dia 6 Acabei acordando super cedo e fiquei esperando a hora do café tirando umas fotos no hotel. Era um lugar bem legal! Daí saímos para conhecer a cidade. Igatú é conhecida como a cidade de pedra e realmente foi uma ótima ideia ter conhecido a cidade. É diferente de tudo e muito charmosa! O nosso hotel era ótimo e tivemos tempo de andar por lá. Valeu mesmo! Então fechamos as malas e saímos em direção à Cachoeira do Buracão. De lá iríamos para Ibicoara, que é a cidade mais estruturada ali da região. No caminho paramos no Cemitério Bizantino de Mucugê. Depois que chegamos em Ibicoara, ainda pegamos um belo chão até a entrada do Parque Municipal onde fica a Cachoeira do Buracão. Mas no final estava certo o caminho, porque cheguei a duvidar disso. Muito isolado e sem absolutamente nenhuma indicação de placas ou qualquer coisa. Lá pagamos a taxa de entrada (R$ 15 por pessoa) e como não tínhamos guia, a menina da recepção chamou um para nós. O guia chegou e fomos estacionar o carro para iniciar a trilha. Ali tudo é muito bonito. É uma trilha muito legal. No caminho paramos para ver a cachoeira de cima! É bem bonito ali! Depois uma bela descida e mais uma caminhada até o ponto de deixar as coisas e cair na água. Temos que deixar todo o equipamento extra lá e ir até a cachoeira por dentro da água! É bem legal! O guia vai por fora se agarrando nas pedras com uma bolsa estanque levando máquina fotográfica e carteiras. Vamos nadando no meio daquele canyon maravilhoso! E no final, quando a cachoeira finalmente aparece, e um negócio irado!!!! Fomos até debaixo da cachoeira para recarregar todas as energias possíveis… Depois ficamos nas pedras apreciando aquela cachoeira linda, nos recuperando e tirando umas fotos. Na volta fomos pelas pedras também. Paramos então na Cachoeira das Orquídeas. Curtimos um pouco antes da última pernada até voltar para o estacionamento. Então tomamos mais um suco por lá e seguimos para nossa pousada. A pousada ficava em um lugar bem bonito, um pouco antes de chegar no asfalto. De noite fomos até a cidade. Não encontramos muitas opções e a cidade estava com umas obras gigantes e então estava até meio complicado de rodar por lá. Fomos em um restaurante mais arrumadinho que encontramos e tivemos uma janta muito boa! Como não encontramos mercado aberto, pegamos uma pizza para viagem que seria nosso almoço do dia seguinte. Passaríamos o dia inteiro na Cachoeira da Fumacinha e não tínhamos nada para comer. A pizza foi a melhor ideia! Dia 7 Acordamos de madrugada para a trilha mais pesada da viagem. O pessoal da pousada foi muito gente fina e colocou café da manhã só para nós muito cedo ainda! Nesse dia fomos acompanhados pelo guia Murilo (Bizil) e achamos ótimo. Chegamos cedo e começamos nossa caminhada… No nosso ritmo, tirando fotos, olhando a paisagem… Tudo bem tranquilo! Como é época de seca fizemos uma boa parte do caminho dentro do leito do rio. É tudo muito lindo por lá. No caminho vamos fazendo algumas pequenas paradas para recuperar o fôlego. Todo o tempo com novas aventuras! Inclusive uma parte temos que escalar uma parede de pedras para continuar. No caminho existe uma fonte de água mineral que com ajuda de algumas folhas podemos nos refrescar pelo caminho! E o caminho vai ficando cada vez mais lindo! E então passa por nós a primeira revoada de andorinhas, que na verdade se chamam Taperuçu de Coleira Branca (Streptoprocne zonaris). Nossa, foi muito bacana! Elas vivem na fenda da Cachoeira da Fumacinha, mas conforme as primeiras pessoas vão chegando lá, elas saem em bandos e passam o dia fora, voltando só no final da tarde. Elas passam por nós resgando! Fazendo aquele barulho de vento! É muito bonito assistir isso!!!!! Então caminhamos mais um pouco e chegamos na entrada da fenda onde fica a cachoeira. Que lugar!!! Para entrar aí sem ser nadando, tem que se agarrar nas pedras e ir fazendo um malabarismo ali… Complicadinho o negócio! Mas depois disso tudo, vem a recompensa! Uma das cachoeiras mais lindas que eu já vi em toda minha vida! Sem dúvida nenhuma! Depois de um tempo contemplando essa obra divina, a Tati criou coragem de entrar na água. Coragem porque é uma das águas mais geladas que eu já entrei. É muito fria mesmo!!! Depois foi minha vez de encarar. Eu acabei criando coragem e fui até de baixo da cachoeira. Que experiência maravilhosa!!! Na volta estava tão frio que cheguei a ficar preocupado… Mas foi tudo bem! Quando voltamos o Murilo havia feito um delicioso café para nós que foi a melhor coisa para esquentar! Ainda ficamos um bom tempo por lá e depois fomos tirar umas fotos instagramers na tradicional pedra que fica na frente da cachoeira. O Murilo é tão preparado que até uma escadinha para ajudar na subida da pedra ele tem! E aí, toma-lhe foto! E então chegou a hora triste do passeio… A hora de ir embora. Juntamos nossas coisas e partimos. Uma longa caminhada nos aguardava Logo que saímos da parte mais fechada do canyon, o Murilo já avistou uma linda moradora local… Seguimos então nosso caminho. Mas pouco tempo depois, a botinha da Timberland da Tati abriu inteira no meio da trilho. Era uma bota com pouquíssimo uso e simplesmente se abriu inteira. Como pode uma bota dessa que custa uma fortuna simplesmente perder a sola no meio de uma trilha dessas? Por sorte o Murilo tinha uma cola justamente para situações como essa e consertou a sola da bota dela. Foi muita sorte estarmos com ele, porque ainda faltavam muitos quilômetros e sem a sola da bota ela estaria em apuros num lugar como esse. Com a botinha reparada, seguimos nessa trilha incrível. Paramos então para um último banho de cachoeira na Cachoeira do Encontro. É um lugar lindo que fechou com chave de ouro essa trilha! Ficamos lá o quanto foi possível! E ainda ganhamos mais um café, que caiu muito bem com o resto da nossa pizza!!!!! Tínhamos que partir, mas não antes sem tirar uma última foto… E a foto acabou sendo uma das minhas fotos preferidas! Essa aí vai virar um enorme quadro em casa e na casa de quem mais quiser uma cópia! Já foi direto para minha galeria de Fine Art à venda. Nosso caminho de volta ainda foi acompanhado do cachorro que mora na região e que todos os dias vai até a cachoeira para ganhar umas guloseimas dos turistas! Ele já é velhinho, mas pelo que contam, não falha nenhum dia! Como éramos um dos últimos e ele já era conhecido do Murilo, ele foi nos acompanhando a volta inteira! Ainda fizemos uma última parada antes do sprint final! E no final das contas, fizemos o final da trilha no escuro. Não conseguimos chegar antes de anoitecer. Foi legal essa parte noturna do passeio, mas ainda bem que já era relativamente no final! Como prêmio ainda paramos na casa de um conhecido do Murilo bem na saída da trilha para tomar um caldo de cana e comer ovos caipiras cozidos! E foi isso. Não poderia ter sido melhor nosso último dia de passeios pela Chapada Diamantina! Dia 8 Era o dia de voltar para casa. Era um longo caminho até Salvador para pegarmos nosso voo. E foi isso, foram 1.700 km rodados de carro, mais uns quase 80 a pé!!! Aproveitamos muito e esperamos algum dia poder voltar para fazer os passeios que não couberam nesse tempo. E é isso! Se alguém tiver alguma dúvida e qualquer coisa que eu puder ajudar, é só falar! Não esqueçam de seguir lá no insta: @profissaoviageiro. Abraço viageiros!
  9. A primeira coisa que uma pessoa que nunca fez trilhas longas pensa antes de fazer uma trilha de 5 dias é: “meu deus do céu, vou andar sem parar 5 dias, será que eu agüento? Nhe nhe nhe nhe”. Bem, tem trilha que é isso mesmo, kkkkk, andar sem parar o tempo todo! Eu particularmente adoro isso! Mas o Vale do Pati, não, você anda bastante nos dias de ir e de voltar, mas os dias que você fica no Vale as caminhadas são até os atrativos do local, e essas caminhadas, dependendo de onde você estiver, não são tão longas assim, e você pode tirar uns dias de descanso no próprio Vale. Já vive em uma agitação louca de tempo e horários durante a vida toda, na cidade, vai ficar na mesma nóia no PARAÍSO? Sai dessa, vamos descomplicar o Vale do Pati AGORA!!! Os preços praticados pelos guias na Chapada Diamantina são altos (principalmente se você é um mochileiro quebrado como eu). Para o Vale do Pati pratica-se o preço de R$ 150,00 por pessoa por dia, incluindo alimentação durante a trilha, estadia na casa de nativos, alguns guias cozinham e levam todo o peso bruto da comida, panelas, kit de primeiro socorros, neste caso o turista leva apenas uma mochila de ataque com seus itens pessoais e não precisa fazer nada além de levar seu próprio corpo, outra opção é sem nada incluso que custa cerca de R$ 80,00 por pessoa por dia, neste caso o guia apenas conduzirá o turista pelas trilhas, ficando a cargo do contratante pagar a estadia diretamente aos nativos e levar sua comida, o guia vai ajudar a fazer a comida, caso tenha que ser feita na mata. Levando-se em conta que o Vale do Pati oferece várias atrações naturais e cada uma exige um dia para ser visitada e gasta-se no mínimo um dia inteiro para chegar no vale e outro para ir embora, o passeio exigirá então, no mínimo, para conhecer muito pouco o vale, 4 dias, o que já custaria a apenas um turista a bagatela mínima de R$ 320,00 sem contar os gastos com comida e estadia, e ele vai ver muito pouco do Vale. Esse valor pode variar de acordo com a época do ano e quantidade de pessoas no grupo. Eu recomendo o mínimo de 6 dias no Vale, e ainda acho pouco, imagine que para um grupo de 4 pessoas esse passeio de 6 dias sairia um total de R$ 3600,00 com tudo incluso, um valor bem interessante para um guia fazer em apenas uma guiada de menos de uma semana, não é?! Imagine grupos grandes com 10 pessoas ou mais, neste caso o guia contrata ajudantes que carregam peso e ajudam os turistas durante a trilha, evitando que se dispersem do grupo e se percam, mas o valor sobe estratosfericamente e torna o trekking inviável para muita gente quebrada como eu. Outra opção é pegar a trilha por conta própria, sem guias e sem gastos exorbitantes. Essa opção é bem mais arriscada e exige algum preparo extra, além de resistência física (sempre vai exigir resistência, com ou sem guia), mas é perfeitamente possível se você já está minimamente familiarizado com trilhas e acampamento. Ou seja, se você já foi escoteiro, já pegou outras trilhas com pernoite na mata, sabe ascender fogo e cozinhar, enfim, se tiver noção do que está fazendo, vá sem guias. O guia sempre será uma segurança, além de conhecer a flora, a fauna e a história do lugar, o fator limitante aqui é grana ou vontade de se aventurar sozinho (os dois no meu caso). E para mim o próprio guia é um fator limitante, eu gosto de fazer o que me der na telha e não de seguir roteiros pré-programados que todo mundo faz! Agora se você for optar por um guia, exija da agência ou procure um guia nativo e converse com ele antes de fechar, pra ver se as personalidades batem... [...] Procure referências, peça para ver fotos, entenda a trilha que você vai fazer antes de fazer! As trilhas do Vale do Pati são algumas das trilhas mais movimentadas do Mundo e estão sempre cheias de turistas, trilhas dessas (pense bem) não podem ser pouco marcadas, e não são, dizem que as trilhas do Capão não são trilhas, são rodovias, de tão marcadas que são (kkkkk) e você provavelmente vai encontrar outros grupos caminhando na mesma trilha (hora perfeita para aproveitar para tirar dúvidas com o guia dos outros). Ao contrário do que dizem, as trilhas são muito fáceis de encontrar, embora sejam longas. Você só vai se perder se pegar uma trilha muito menor e menos marcada que a trilha principal, o que intuitivamente não vai fazer e se fizer, relaxe, você acabou de aprender um caminho novo para lugar nenhum e nunca mais vai entrar nele outra vez, volte por onde veio e encontre o seu erro, agora entendendo mais a geografia do lugar, sem se desesperar. Existem muitas trilhas que levam ao Vale do Pati, as mais famosas saem do Vale do Capão, de Guiné e de Andaraí. A trilha clássica e o visual mais bonito é uma das três que saem do Capão. A trilha mais curta, porém menos impressionante, leva o vale do Pati à Guiné. Uma linda trilha usada antigamente pelos mais de 2000 habitantes que existiam no Pati é a trilha que leva à Andaraí pela Ladeira do Império. Também existem trilhas que levam à Mucugê e Igatu, mas são bem mais roots e eu não conheço ainda. As 3 trilhas que ligam o Capão ao Pati tem um bom trecho em comum, saem do “Bomba” (bairro do Capão) subindo em direção ao Gerais dos Vieiras, passando pelo Córrego das Galinhas, uns minutos a frente pode se ver um extenso caminho levando às montanhas do Pati, à direita se vê uma enorme serra (Serra do Candombá) que se estende praticamente em linha reta até o Pati, à esquerda se vê cadeias de montanhas que lhe fazem perceber que está no meio de um enorme vale onde se encontra o Gerais do Vieira (Gerais é um tipo de fito fisionomia, com solo raso e vegetação geralmente rasteira, muito sol na moleira). Nesse ponto, depois do Córrego das Galinhas existe a primeira bifurcação importante, existe uma grande trilha principal que segue aparentemente para a direita enquanto outra trilha, também bem marcada, segue para a esquerda. A trilha da esquerda é a trilha que leva ao Pati passando pela Cachoeira do Calixto, é uma trilha mais difícil, exige pernoite na mata (existe um lugar onde as pessoas usualmente acampam, se chama Toca do Gaúcho), passa por uma parte descampada e depois por uma floresta que me arremeteu à Mata Atlântica e à Mata Ciliar (do Cerrado), até chegar na fabulosa Cachoeira do Calixto, depois mais 3horas de caminhada na floresta, recheada de aves e palmito Jussara nativo, chega-se à “Prefeitura” ou “Casa de Jailson” que são, na verdade, casas de nativos que recebem os turistas, eles oferecem quartos com camas (R$ 25,00), alojamentos para isolante térmico (R$ 15,00) ou área para camping (R$12,00), também oferecem refeições (a combinar). Retornando à primeira bifurcação, viramos agora à direita, continuando a trilha principal por alguns minutos, passando por alguns córregos (nunca vire nas trilhas à esquerda a partir daí, siga a principal, pela direita), chegamos agora em um corregozinho bem impactado, com várias trilhazinhas para tudo que é lado. Esse é um momento de atenção!!! Explore as alternativas de trilhas do lugar para se localizar!!! Seguindo reto você vai subir um pequeno elevado onde vai haver uma bifurcação bem visível, à esquerda andando apenas alguns metros você vai chegar no “Rancho dos Vaqueiros”, é um ponto de apoio coletivo, trata-se de uma casinha de pau-a-pique que fica trancada, mas tem uma varandinha que pode ser utilizada para dormir e/ou cozinhar, existe uma piscina natural de água geláááááda e algumas árvores frutíferas (que se você tiver sorte vai estar na época), voltando à bifurcação, à direita é a “Trilha das Mulas”, só seguir reto e sem dó de ser feliz que essa trilha vai te levar direto para a “Igrejinha” ou “Ruinha”, tenha em mente que a Serra do Candombá estará sempre à sua direita e é só ir a seguindo ao longe que não tem erro. Vale lembrar que das 3 trilhas que ligam o Capão ao Pati essa Trilha das Mulas é a mais curta, porém não tem o mesmo visual das outras duas e da vez que passei por ela estava chovendo e a lama mole da trilha fazia meu pé afundar até o tornozelo a cada pisada, as vezes até a metade da canela, sem contar as urtigas e samambaias que vão te queimando e arranhando durante o percurso, também é a trilha que tem mais sombra, acho que em época de pouca chuva é tranqüilo de fazer. Voltando ao riacho impactado, virando bruscamente à direita, no rumo da Serra do Candombá, está a trilha mais bonita e clássica do Vale do Pati, seguindo essa direita chega-se no pé da serra onde se inicia a subida do “Quebra Bunda”, é uma subida vertiginosa de uns 30 minutos, sobe até o “Gerais do Rio Preto” que é a parte superior da serra, a partir daí é só ir margeando a beira da Serra por quase todo o percurso, existem várias entradinhas à esquerda que levam a belíssimos mirantes, vale a pena entrar em todas para descansar e olhar. Permaneça na trilha principal e não entre nas bifurcações à direita, elas te levarão a Guiné. Seguindo a serra por algumas horas você chegará à beira da “Rampa” descida vertiginosa e tensa (que vira uma subida deliciosamente torturante caso volte por aí). Essa parte exige atenção pois se não perceber o lajedo da descida vai passar reto e errar a trilha, indo no rumo do Cachoeirão por cima ou Mucugê (acredite, você não vai chegar em Mucugê se errar essa trilha, é bem longe, só vai andar pra cacete e depois voltar tudo) . Do alto da Rampa se vê uma montanha com uma trilha bem marcada em um morrinho logo à frente, abaixo e à direita já dá pra ver a “Igrejinha”, se você estiver nesse ponto, procure a descida, vai ser fácil de achar, mas cuidado na hora de descer. Chegando em baixo, você vai ver que a descida cruza uma trilha, virando à esquerda você vai chegar em menos de 10 minutos na Igrejinha, seguindo reto você vai passar por uma pontezinha improvisada e depois subir a trilha do “morrinho” que você viu lá de cima, depois desce tudo e pronto, você estará dentro do Vale do Pati, vai passar pela casa de Dona Lea, seguindo depois para a casa de André e de Dona Raquel. Das atrações do vale destaca-se a convivência com os nativos, que habitam o lugar a algumas décadas, vivendo de modo tradicional, com o que eles tem lá, meio de transporte lá é cavalo e burro, fora a caminhada, constroem suas casas com madeira e barro locais, quase sem cimento, que é pouco utilizado apenas nas bases das casas mais novas, tem uma culinária peculiar, não deixe de provar o Palmito de Jaca e o Godó de Banana Verde, converse muito com eles, entenda mais do seu modo simples de viver, talvez você nunca mais volte a ser o mesmo! Dentro do Vale do Pati existem várias atrações naturais onde é possível a visitação, as mais conhecidas e visitadas são: Cachoeiras dos Funis, Morro do Castelo (ou Lapinha), Cachoeira do Calixto, Cachoeirão (por cima e por baixo), Poção (ou Poço da Árvore). Vou explanar um pouco como são atrativos tendo como ponto inicial a Casa de Dona Raquel, que é o lugar mais famoso onde a galera fica quando chega, além da casa de Dona Raquel, também tem a Igrejinha, Casa de Dona Lea, Casa de André, Casa de Agnaldo e Casa de Seu Wilson, que ficam no chamado “Pati de Cima” que é por onde a galera que vem do Capão normalmente chega. Ainda tem o “Pati de Baixo” onde tem a Prefeitura, Casa de Jailson, Casa de Seu Eduardo e Casa de Jóia que também recebem turistas. Procure ter um mapa que vai ajudar MUUUUITO, você pode conseguir um bem detalhado por R$ 20,00 na pousada “Pé na Trilha”, no Capão. Cachoeiras dos Funis: é um dos atrativos mais perto (ponto de referência Casa de D. Raquel), para chegar na primeira cachoeira é preciso pegar uma trilha subindo que passa ao lado da casa de Seu Wilson, depois desce tudo à direita até chegar na margem do rio Pati e vai subindo, a partir daí não tem erro. Chegando na primeira cachoeira que já pede um bom banho, vai seguindo pelo lado esquerdo do leito (esquerdo de quem vai subindo o rio) pelas trilhas, vai chegar na Segunda cachoeira, preste atenção do lado esquerdo tem uma “escalaminhada” sobe ela, passa pela cachoeira por cima, e continua pelo lado esquerdo as trilhas até a ultima cachoeira que tem um bom lajedo para tomar um solzinho no melhor estilo calango. Morro do Castelo: Fica de frente para a Casa de D. Raquel e o acesso é por uma subida íngreme, porém curta do outro lado do rio, pouco depois da Escolinha abandonada do Pati. Chegando lá em cima (aproximadamente 40min de subida depois) tem um mirante de onde se vê o Pati e as casas dos moradores, também da pra ver a ultima cachoeira dos Funis. Seguindo a trilha por mais 15 minutos você vai chegar à boca de uma gruta que atravessa para o outro lado da montanha, você vai ter que entrar nessa gruta, então leve lanterna, atravessou a gruta está do outro lado do Castelo, subindo umas pedras saindo por uma fenda. Virando a esquerda existe uma trilha que leva ao mirante mais espetacular da Chapada Diamantina, de lá se vê os dois vales, do Rio Pati e do Rio da Lapinha, no primeiro a ultima cachoeira dos Funis e no segundo a belíssima Cachoeira do Calixto, da até pra ouvir o som da água! Voltando para a fenda e v irando a direita a trilha leva a um novo mirante que dá pra ver o Pati de Baixo, seguindo a trilhazinha a esquerda passando pela mata vai chegar em um terceiro ponto de caverna chamado “Janela”, entrando lá e descendo para a caverna você vai dar em uma galeria subterrânea ainda maior que a primeira e percorrendo toda ela chega em uma fenda que vai dar bem no meio da primeira galeria por onde passamos na primeira entrada da gruta, vire a esquerda e vai estar de novo na boca da gruta, voltando a trilha. Não deixe de subir o Castelo se for no Pati, é sensacional! Pico mais lindo que eu vi na Diamantina! Cachoeira do Calixto: uma belíssima cachoeira, convidativa para um delicioso banho, saindo de D. Raquel passando pela prefeitura, atravessa o rio pelas pedras, contorna o morro do Castelo e o Morro Branco do Pati, chegou nela, uma andada de 3horas de duração, porém vale MUITO a pena, lá tem lugar para armar barraca, então se não quiser ir e voltar, programe bem seu itinerário para passar pelo Calixto quando estiver deixando o Pati. Mais no final vou deixar um roteiro interessante para se seguir no Vale. Cachoeirão: existem vários caminhos que levam ao cachoeirão, vou falar só dos mais simples, os outros descem fendas íngremes e perigosas, então se quiser saber desses caminhos, pergunte lá no Pati para algum nativo, ele vai te explicar melhor que ninguém, mas cuidado com o baianês deles! O Cachoeirão é como a Cachoeira da fumaça, um barranco de 300 metros de altura no final de um vale profundo de onde se desprendem mais de 20 cachoeiras com até 280 metros (na época de cheia), um lugar incrível. As trilhas por baixo e por cima são bem diferentes uma da outra, por cima tem que voltar de D. Raquel sentido Igrejinha, ao invés de subir o barranquinho, continue a trilha a esquerda, como se estivesse indo para trás da Serra do Sobradinho, vai passar por uma porteira, abra e feche a porteira, siga a trilha principal, atravesse o rio, suba uma ladeirinha, vai dar lá em cima do Candombá novamente, continue a trilha, vai passar por umas arvorezinhas onde a galera acampa e seguir direto, lá na frente, cerca de 1h30 de caminhada depois vai haver uma bifurcação, a esquerda é nosso caminho, a direita vai para Mucugê, não vá para Mucugê, é longe pra caralho (eu já me perdi aí e andei o dia todo sem ver nada, só sol quente e nenhuma árvore) pegando a esquerda vamos parar em um lajedo, olhando para frente tem uma descida e la na frente já da pra ver a trilha, siga as setinhas e a trilha mais batida. Nesse ponto é só lajedo, muita gente se perde aí, então preste muita atenção para não se perder na volta. Atravessa um reguinho d’água, à direita fica a Toca do Gavião, ponto de dormir, siga reto para o cachoeirão. Chegando lá tem um lajedinho e um pocinho do rio, do lado esquerdo do rio atravessa para um dos mirantes, do lado direito para o outro mirante, explore o lugar todo a partir daí, entre nas trilhazinhas e vá tirando suas próprias conclusões, não esqueça da máquina fotográfica, eu tenho muito poucas fotos daí pois acabou a bateria da câmera, das duas vezes q fui lá, não deixe o mesmo acontecer com você. Cachoeirão por baixo, siga de D. Raquel sentido Prefeitura, na prefeitura passe direto e vire a esquerda e vá caminhando até a Casa de Eduardo, no caminho você vai passar pela entrada do Poção que fica logo antes de uma ladeira à esquerda perto de uma grande pedra (Toca da Árvore). Chegando em Seu Eduardo provavelmente você vai ter que dormir lá, de D. Raquel até S. Eduardo são 3h de caminhada, e de Seu Eduardo até o Cachoeirão, mais 2 horas, então já viu, vai andar! Cuidado no caminho do cachoeirão por baixo, são muitas pedras escorregadias e boa parte do caminho é pelo leito do rio, não se arrisque demais, lembre-se que o socorro está bem longe! Chegando lá você vai ver o primeiro poço, suba as pedras e lá dentro da floresta procure um caminhozinho meio fechado à esquerda, vai dar no Poço do Coração, lindíssimo e geladíssimo! Com essas explicações, um bom mapa, noção do que está fazendo, aquela “boca de quem vai à Roma” e um pouco de coragem você vai conseguir curtir o Pati sem gastar rios de dinheiro e sem a rigidez de um guia por perto. Pura diversão! Roteiro MASTER 360 no Pati: Dia 1: Caminhada Capão – Casa de Dona Raquel (pernoite) Dia 2: Descanso na casa de D. Raquel ou pule para o dia 3 Dia 3: Cachoeiras Dos Funís e volta pra D. Raquel (pernoite) Dia 4: Casa D. Raquel – Cachoeirão por Cima – Casa D. Raquel (pernoite) Dia 5: Castelo de manhã, almoço em D. Raquel, caminhada até a Prefeitura (pernoite) Dia 6: Caminhada Prefeitura - Poção (Poço da Árvore) - Casa de S. Eduardo (pernoite) Dia 7: Caminhada S. Eduardo – Cachoeira do Calixto (pernoite em barraca) Dia 8: Cachoeira do Calixto – Vale do Capão Obs: É interessante deixar uns dias pra descanso, é bem intenso e o resultado é o mesmo de um SPA, mesmo comendo feito um touro você vai chegar mais magro. Esse roteiro dá pra adaptar de modo a passar a noite na casa de vários nativos. ATENÇÃO: Cuidado com seus pertences. Não deixe lixo em lugar nenhum, leve todo ele com você, inclusive o orgânico, ele se decompõe sim, mas também causa impacto, não existe farinha de trigo no mato, não existe sal, nem açúcar refinado, então não deixe eles lá. Use sabão de coco para se lavar e lavar os utensílios, sempre em água corrente. Não acenda fogueiras debaixo das grutas, muitas delas já estão pretas de tanta fumaça, ao invés de queimar madeira leve um fogareiro, ou no mínimo um litro de álcool e uma latinha de atum, você já consegue cozinhar assim. Não retire plantas e pedras. Deixe somente pegadas e leve apenas saudade e fotografias. Tenha consciência, outros passarão por ali depois de você. Use esse texto com responsabilidade. Não se arrisque demais! Quem gostou do texto e quiser seguir minha fanpage: http://www.facebook.com/TudoDeuCertoVireiHippie
  10. Este post não é um relato de viagem, trata-se um roteiro de trekking fruto das minhas experiências no interior do vale. Como nem todos tem tempo e/ou dinheiro pra passar vários dias no interior do Pati, segue a sugestão de um roteiro "completo" - com todos os principais atrativos - que pode ser feito em 3 noites - um feriadão qualquer! Este trekking pode ser feito com a presença de um guia local ou de forma autônoma. Não há OBRIGATORIEDADE de contratar guia, tampouco não é obrigatório ficar nos pontos de apoio. QUEM PODE FAZER? Qualquer pessoa com um mínimo de condicionamento físico. Embora não seja uma trilha altamente exigente, é necessária alguma condição física para percorrer distâncias razoáveis (+10km) por trilhas em dias consecutivos. QUANDO FAZER? Qualquer época do ano, na Chapada não é comum chover por vários dias seguidos sem parar. Pesquise a previsão do tempo antes. Se puder, faça este trekking após um período de chuvas na região, assim contemplará o Cachoeirão a todo vapor. ONDE INICIAR? Como a ideia é encurtar as distâncias para aproveitar o máximo, a sugestão é começar nas entradas mais próximas ao Vale do Pati, que são: Trilha dos Aleixos e Beco do Guiné. Ambas entradas estão nas proximidades do povoado de Guiné, pertencente ao município de Mucugê. O caminho pela Trilha dos Aleixos é 1km mais curto que o do Beco do Guiné (distância do início até o Mirante do Pati). Se a opção do primeiro dia for o Cachoeirão, a trilha dos Aleixos é cerca de 2.5km mais curta. Para reduzir as distâncias de carro, sugiro da seguinte maneira: quem vem de Lençois ou Palmeiras, comece pelo Beco do Guiné; quem sai de Ibicoara, Andaraí ou Mucugê, comece pela Trilha dos Aleixos. 1º DIA: GUINÉ X IGREJINHA: 8km Dia de entrada no Vale, seja pela Trilha dos Aleixos ou pelo Beco do Guiné. Quem sobe pelos Aleixos tem a opção de banho no Rio3h Preto após 4km de caminhada. Quem vem pelo Beco também passa pelo Rio Preto, mas em um local diferente. Adiante terá o Mirante do Pati, com visual clásssico do Vale. Descida pela Rampa do Pati e chegada à Igrejinha (casa de João Calixto). Tempo de movimento: cerca de 3h, descontando as paradas. Pernoite: Igrejinha como apoio (pensão ou camping) ou seguir a trilha em direção ao Rio Pati (Cachoeira dos Funis) até um descampado próximo ao rio. 2º DIA: IGREJINHA X PREFEITURA: 11km (Funis e Castelo/Morro Branco) Saída da Igrejinha para o Rio Pati, pelo Cemitério. Na chegada ao leito do rio, a trilha segue pelas margens e, em alguns trechos, pelo leito. Neste ponto o Rio Pati possui diversas quedas, formando alguns poços interessantes para banho. A queda principal, que também forma um bom poço para banho, é conhecida como Cachoeira dos Funis, está a cerca de 40 minutos da Igrejinha (1.8km). Depois de aproveitar o rio, seguir descendo até encontrar a trilha de saída para casa de Sr. Wilson, onde finaliza a caminhada pelo leito. Após a casa de Sr. Wilson tomar um atalho à esquerda, para interceptar a trilha do Castelo. Caso esteja com cargueira, pode optar por escondê-la em algum canto, antes de iniciar a subida, ou deixá-la na casa de Sr. Wilson ou de Agnaldo. A subida é bem acentuada e pode ser escorregadia, caso tenha chovido recentemente, possui cerca de 2km. Entre Funis e topo do Castelo são aproximadamente 2h de caminhada. Castelo x Prefeitura também são cerca de 2h. Tempo de movimento: cerca de 5h, descontando as paradas. Pernoite: sugiro na Prefeitura (Casa de Jailson), para adiantar o dia seguinte. Porém são muitas as opções no caminho: Agnaldo, Dona Leia, Dona Raquel, João e André. Para camping natural sugiro uma área do outro lado do Rio Pati, próximo a Prefeitura. 3º PREFEITURA X SR EDUARDO (CASA DO CACHOEIRÃO): 15km (Cachoeira do Calixto e Poço da Árvore) Saída da Prefeitura para a Mata do Calixto, atravessando o Rio Pati. São aproximadamente 4.5km (2h) até a Cachoeira do Calixto. Fazer o trajeto sem as cargueiras, deixando guardada na Prefeitura. Se a pernoite anterior for na casa de Agnaldo, pode seguir pela trilha da margem esquerda do Rio Pati (não passa na Prefeitura), deixando as mochilas escondidas no acesso à mata do Calixto. No retorno da Cachoeira do Calixto, passagem pela Prefeitura. Cerca de 1km após a Prefeitura está o Poço da Árvore, que é um opcional no trajeto. Tempo de movimento: cerca de 6h30, descontando as paradas. Pernoite: sugiro na casa de Sr. Eduardo, onde o filho Domingos toma conta. Para camping natural, sugiro uma área após a Casa de Seu Eduardo, próxima ao ao Rio Cachoeirão. 4º SR EDUARDO X GUINÉ: 20km (Cachoeirão por baixo e por cima) Saída da casa de Sr. Eduardo sentido os poços do Cachoeirão, trilha com duração aproximada de 1h. Se estiver com cargueira, deixe ela no entroncamento com a trilha da fenda do Cachoeirão. O acesso aos poços é bem irregular e será mais difícil transportando uma cargueira. Sol no poço até o início da tarde, porém sugiro a saída do local até, no máximo, 12:00. No retorno do poço, subir pela trilha da fenda, que, apesar do nome, não possui tanta dificuldade técnica. São 2 a 3 horas de subida até o topo do Cachoeirão, onde será possível contemplar a vista da 4ª cachoeira mais alta do Brasil e nadar em um pocinho em meio a mata. Deixando o Cachoeirão, a trilha segue pelos gerais até iniciar a descida da Serra do Esbarrancado. São 10km até o final dos Aleixos e 12km até o fim do Beco do Guiné. Sugiro sair do topo até às 15h, para não trlhar no escuro. Tempo de movimento: aproximadamente 7h, descontando as paradas. Último dia de trekking, caso queira optar por mais uma pernoite, a opção é o topo do Cachoeirão ou em algum ponto viável do gerais. CONSIDERAÇÕES: Desta forma, o trekking proposto tem aproximadamente 55km. Sugiro fazer neste sentido pois, na maior parte do tempo, a caminhada terá o relevo favorável. Dos atrativos conhecidos do Vale do Pati, o único não contemplado neste roteiro é o cânion do Guariba, que fica próximo a Casa de Joia, na saída para Andaraí.Alguns locais possuem mercadinho (Igrejinha e Prefeitura), onde é possível comprar alguns produtos básicos. Preços bem superiores ao de mercado, cabe frisar. Se possível, utilize calçados impermeáveis, de preferência botas. Leve o mínimo de peso possível nas cargueiras.
  11. Visitei a Chapada Diamantina recentemente com mais 2 amigos e conseguimos fazer todos os passeios que queríamos. Contratamos um guia apenas na cachoeira do Buracão, onde dizem que o guia é obrigatório. Pra ir sem guia, todos nós tínhamos um bom preparo físico e alguma experiência em trilhas. Além disso, baixei a versão completa do app Wikiloc. Se não me engano, custou R$7,50. Frente à economia que você fará com os guias, tá de graça. Dá pra comprar um bom powerbank pra carregar o celular na viagem que você ainda sai no lucro (recomendo o zenpower da asus). Dito isso, com exceção da trilha da cachoeira da fumacinha todas as trilhas foram feitas tranquilamente seguindo o tracklog no celular (tracklog é o caminho que você segue com o GPS). São trilhas bem marcadas, muita gente passa por lá. Vez ou outra há uma bifurcação e você tira a dúvida com o app. Não vou detalhar todos os passeios que fizemos pois há uma infinidade de relatos que já fizeram isso melhor do que eu poderia fazer. Deixo apenas algumas observações: - Em Ibicoara conseguimos ‘sacar’ dinheiro numa loja de reparo de motos. O dono passa no seu cartão uma compra no valor que você quer sacar e te dá o valor em dinheiro. Pode ser uma boa alternativa, já que são poucos caixas eletrônicos e o correio fica cheio. Pegamos a dica no hostel ibicoara. - A trilha da cachoeira da fumacinha é bem pesada, mas vale a pena. Além do tracklog, baixe esse relato e siga-o. Alguns pontos parecem impossíveis, mas lendo o relato dá pra passar. - Se for fazer fumacinha e buracão, compensa dormir na vila do Baixão. Fale com o Luciano (https://www.facebook.com/luciano.guiabicho?fref=ts) ele é guia e recepciona pessoas na casa dele ou indica a casa de alguém da vila. Ficamos na casa da Biazinha, pagamos 100 reais por pessoa, com direito a janta e café da manhã, cada um de nós ficou em um quarto separado. Você economiza alguns km de estrada de terra e tem uma experiência bem legal. - Visite a cachoeira do buracão. Ibicoara fica um pouco afastada das outras cidades da chapada, mas vale muito a pena. A trilha é tranquila, a queda é enorme, o volume de água é bom, dá pra observar por cima e por baixo, há estacionamento, banheiros e colete salva vidas. Lemos em todos os lugares que é preciso de guia para fazê-la, mas vimos um casal sem guia na trilha e suspeitamos que essa história talvez seja apenas um boato muito bem difundido. -Passe uma noite em Andaraí. No hostel donanna. Melhor custo benefício da viagem, hostel limpo, banheiros bons, ar condicionado, ótimo café da manhã, donos super simpáticos. Fica perto da sorveteria Apollo, que é sensacional e tem um bom preço e também do bistrô da cidade, que parece ser a melhor opção para comer lá a noite. Tínhamos planejado passar só uma noite lá, mas gostamos tanto que resolvemos entrar e sair do Vale do Pati por Andaraí, ficando 3 noites no hostel. Andaraí fica próxima dos poços Azul e Encantado e também tem algumas cachoeiras. - Em Andaraí a única operadora que tem sinal é a Claro. Não perguntei nas outras cidades, mas acredito que seja mais ou menos assim no restante da região. - Se tivesse que cortar um dos poços do passeio, eu cortaria o Azul. É nele que se mergulha, mas o Encantado é bem maior e mais bonito, achei uma experiência mais interessante. É possível ir de um poço ao outro por estrada de terra, diferentemente do que recomenda o Google Maps. Pegamos essa dica com um guia no Poço Encantado. O trajeto aparece no Waze. Saindo do poço encantado, volte até a entrada pra fazenda chapadão, à sua direita. Siga por ela até uma bifurcação que indica poço azul à direita e borracharia à esquerda. Pela esquerda também se chega ao poço azul, mas é preciso pagar 10 reais para atravessar uma ponte dentro de uma fazenda. - O poço azul fica cheio e há fila para mergulhar nele. É bom chegar cedo, nós tivemos que esperar 2h na fila. -Em lençóis ficamos na pousada São José 2. 60 reais por pessoa, ar condicionado, café da manhã, boa localização. Recomendo. - O poço do Diabo é de fácil acesso mas não é imperdível. Eu deixaria como plano B. - Praticamente não existem placas indicando o caminho pra nenhuma atração turística de lá. Nem mesmo pro Morro do Pai Inácio que é um dos pontos mais conhecidos. Saindo de lençóis será a primeira entrada à direita depois da Pousada do Pai Inácio, numa estrada de terra. Sem placa alguma. A presença do guia em passeios como Morro do Pai Inácio, Pratinha, Poços Azul, Encantado e do Diabo é completamente dispensável. Ele meramente vai te indicar o caminho e fazer companhia durante os passeios. No Wikiloc você acha os tracklogs para chegar de carro até todos os pontos turísticos da chapada. - Fomos pra chapada em janeiro de 2017 e infelizmente havia pouca água em praticamente todas as cachoeiras. Vale a pena tentar conferir se os rios estão cheios antes de partir pra lá. - É verdade que qualquer carro enfrenta a chapada, mas ele vai sofrer um pouco. As estradas de terra são muitas, são ruins e com muito pó. Vimos alguns donos de Corolla receosos com seus carros por lá. Alugar é uma boa. -Na chapada há uma certa confusão com maracujá. O maracujá amarelo que vendem nos supermercados é chamado de maracujina, e o que chamam de maracujá é um maracujá do mato, de casca roxa e interior verde. Se você pedir um suco de maracujá e ele vier verde, já sabe o que aconteceu. - A cidade de Lençóis realmente possui a maior estrutura turística da chapada, com ótimas opções de bares e restaurantes, mas não recomendo passar todas as noites lá. A chapada é muito grande e as cidades menores também têm seus atrativos, além de serem mais baratas. SOBRE O VALE DO PATI -Têm-se acesso ao vale do Pati por 3 caminhos: Saindo do Capão, de Guiné e de Andaraí. Saindo de Guiné é o menor caminho, do Capão o mais longo, mas dizem ser o mais bonito. Fomos e voltamos por Andaraí, onde deixamos o carro. Encaramos a ladeira do Império, um caminho todo calçado por pedras. Gastamos cerca de 5h desde Andaraí até a casa de Seu Eduardo e umas 7h da casa de Dona Raquel até Andaraí. Recomendo fazer pela manhã, evitando o sol. - Não recomendo levar barraca pro Pati. A menos que você queira fazer camping selvagem (há algumas clareiras na trilha) e abrir mão de mordomias como chuveiro, banheiros e acesso às cozinhas comunitárias, não compensa financeiramente. As casas de apoio praticam os mesmos preços (20 camping, 25 pra dormir com saco de dormir e 35 pra dormir em camas, 110 a diária com janta e café da manhã). Ao meu ver, não vale a pena carregar o peso da barraca por essa economia. - As casas de apoio têm vendinhas com alguns alimentos, também vendem água, cerveja e Coca Cola. No Seu Eduardo a Coca era R$7,00 e geladíssima, na Dona Raquel era R$8,00, não tão gelada. - Não suba o morro do castelo sem lanterna. Há uma gruta lá em cima. Ao sair da gruta, ande para os dois lados. Indo pra esquerda há um mirante nas pedras e para a direita você encontra outra saída da gruta. Entre nela que você retorna ao ponto inicial - Alguns tracklogs para a cachoeira do funil têm um longo trecho andando pelo leito do rio, que é pegando uma bifurcação na trilha pro morro do castelo. Esse é o caminho difícil. Há como chegar até bem perto das cachoeiras por trilha, informe-se com os nativos. - Também existem dois caminhos entre a prefeitura e a casa de Dona Raquel, um em cada margem do rio. O caminho mais suave é o que fica à direita do rio, pra quem está indo pra Dona Raquel. Também fiz uma planilha com os passeios da Chapada, acho que pode ser bem útil. Vou deixar a edição livre, pra adicionarem ou atualizarem as informações https://docs.google.com/spreadsheets/d/1_4-nOWQOdKMwG-fntIXCsLC3i_HlP8i9YeBz5Z_9VpQ/edit?usp=sharing Os relatos em que me baseei pra viagem foram esses: http://www.nathalyporai.com.br/2016/12/chapada-diamantina-raio-x-dos-gastos.html http://www.mochileiros.com/chapada-diamantina-vale-do-pati-t134101.html http://www.mochileiros.com/descomplicando-o-vale-do-pati-com-ou-sem-guia-fotos-t89310.html http://www.mochileiros.com/chapada-diamantina-guia-de-informacoes-t29075.html http://www.mochileiros.com/chapada-diamantina-em-07-dias-gastando-pouco-no-carnaval-2015-t109690.html Espero que as informações sejam úteis, aproveitem a Chapada.
  12. Viagem de casal. ❤️ Tempo da Viagem: cerca de 15 dias, incluindo translados. Origem: Colatina/Espírito Santo. Destino: Chapada Diamantina/Bahia. Meios de transporte: Carro próprio de Colatina até Vitória/ES. Avião de Vitória a Salvador/BA (com conexões). Carro (Mobbi) alugado em Salvador – cerca de R$100,00 por dia de aluguel. (Na volta – avião até Vitória/ES e carro próprio até em casa – Colatina.) Andados com o carro alugado: 2.000 km. Valor médio da gasolina nesse período: R$6,25. Quando: agosto de 2021 Valor total por pessoa, sem contar as passagens de avião, pois usamos “milhas”: cerca de R$7.000,00. Total (sem o translado de avião): R$14.000,00. Localidades que nos hospedamos na Chapada Diamantina, nessa ordem: Ibicoara, Mucugê, Vale do Capão, Lençóis. Lugares que visitamos (em ordem aleatória): Cachoeira do Buracão, Cachoeira da Fumacinha, Cachoeira do Licuri, Projeto Sempre Viva, Museu do Garimpo, Ruinas do Garimpo Diamantino em Igatu, Cachoeira das Raízes, Poço Encantado, Poço Azul, Pantanal Marimbus, Mirantes do Vale do Pati, Cachoeira da Fumaça, Pôr do Sol na Cachoeira do Riachinho, Trilha das Águas Claras, Pinturas Rupestres na Serra das Paridas, Gruta da Lapa Doce, Pôr do sol no Morro do Pai Inácio, Cachoeira do Mosquito, Fazenda Pratinha, Poço do Diabo. Quanto aos guias: Tinha indicação de dois guias por conta de um colega que já tinha feito esse passeio. Esses dois guias indicaram os outros guias que contratamos. Foram eles: Marcinho (Ibicoara), Davi e Guido (Mucugê), Alexandre (Vale do Capão) e Jajal (Lençóis). Tratei sobre as datas dos passeios com os guias pelo WhatsApp, antes da viagem. Obs.: Nos dias de translado, sendo possível, fizemos passeios por conta própria. Locais que nos hospedamos em toda a viagem: Salvador – Reserva feita pelo Booking - Onix Hotel Aeroporto – foi 1 diária – Valor: R$ 126,00. Ibicoara – Reserva feita pelo Booking - Hotel Raio de Sol – foram 4 diárias – Valor médio por diária: R$135,00. Mucugê – Reserva feita pelo Booking - Pousada Recanto da Chapada – foram 3 diárias – Valor médio por diária: R$160,00. Vale do Capão – Reserva feita pelo Booking - Pousada Pico da Vila – foram 2 diárias – Valor médio por diária: R$120,00. Lençóis - Reserva feita pelo Airbnb – Chalé Charme-Lua, no Complexo Halley – foram 4 diárias - Valor médio por diária: R$92,00. Olá mochileiro! Olá mochileira! Sou muito grata pelo site mochileiros.com e, após fazer essa viagem, resolvi retribuir todas as informações preciosas que colho do site, no planejamento das nossas viagens. Minha tentativa e dar uma noção geral de uma viagem de cerca de 15 dias para a Chapada Diamantina (BA), de forma itinerante (passando de cidade em cidade), usando um carro alugado, incluindo impressões e valores gastos de forma geral, incluindo as entradas cobradas para conhecer as cachoeiras e afins. O momento econômico do Brasil é de inflação alta, então já tínhamos uma noção que não sairia barato. Como ficamos dois anos sem viajar por conta da Pandemia do Corona Vírus, juntamos uma grana e resolvemos ir assim mesmo. Meu intuito é ajudar de uma forma efetiva no planejamento de quem pretende fazer uma viagem para a Chapada Diamantina, de alguma maneira. O que colocamos de especial nas malas: Algumas roupas de frio, já que estamos no inverno e em Ibicoara e Mucugê, por serem lugares altos, faz um friozinho. Corta-vento para levar nas caminhadas, pois em alguns pontos tem vento muito frio. Toalhas de banho de microfibra para os passeios nas cachoeiras. Roupas de banho – usadas em todos os passeios. Muitas roupas leves para caminhada e de proteção UV. Chapéus e bonés. Protetor Solar. Tênis de caminhada e botas de caminhada. Obs.: não usamos as lanternas que levamos. Não foi necessário, já que nas grutas e cavernas recebemos os equipamentos na entrada e os guias que contratamos levavam esse tipo de equipamento nos passeios. 12/08 – Sem guia – Translado de carro próprio e avião até Salvador. Saímos de Colatina/ES. Fomos de carro até Vitória, deixamos o carro no estacionamento do Aeroporto. Voamos para Salvador/BA (fazendo conexão em Belo Horizonte – MG). Chegamos a noite e nos hospedamos no Onix Hotel Aeroporto para passar a noite. Impressões sobre a cidade de Salvador e do Hotel: O taxi até o Hotel era perto e foi muito caro na minha opinião, cerca de R$35,00. Estávamos cansados e resolvemos seguir logo, já que o carro do taxista estava parado na nossa frente. Muito movimentado, muitos carros, típico das capitais. O quarto do Hotel tinha uma estrutura legal, mas não tinha cobertor a disposição. Fez um friozinho a noite e não tinha com o que cobrir. Resolvi não pedir na recepção, mas podia ter feito. Também tinha muito mosquito no quarto. No meio da noite chegaram umas garotas no quarto ao lado – gritando, rindo, bagunçando, pareciam bêbadas - e fizeram isso por um bom tempo. Atrapalharam o sono e o descanso. Foi bem desagradável. 13/08 – Sem guia - Translado de carro alugado para Ibicoara. Fomos até a Movida e alugamos um Mobbi (que é, na minha avaliação, um carro valente e o mais barato). O valor total ficou em torno de R$1.304,00 (13/08 a 26/08/21). Saímos de Salvador por volta das 08:00 e fizemos uma viagem de cerca de 459 km. Chegamos em Ibicoara por volta das 16:00, mesmo com as paradas para ir ao banheiro e para o almoço. Nesse percurso pegamos um caminho que incluiu um trecho de estrada de chão bem isolado, irregular, passando até por trechos alagados – na chegada a Ibicoara. Foi interessante, apesar do sacolejo. Demos entrada no Hotel Raio de Sol (Ibicoara) e fomos conhecer a cidade a pé. Uma coisa que nos chamou a atenção é que o comércio lá, em geral, abre cedo e funciona até as 19:00. Tivemos o entendimento que se trata de comércio familiar. Compramos algumas coisinhas que faltavam, tomamos um café. Fizemos contato com o guia Marcinho pelo WhatsApp e combinamos os passeios para os dois dias seguintes. Jantamos um caldo verde no Bistrô Arte e café. Sobre o Hotel Raio de Sol: Hotel bom, limpo, bom café da manhã bem completo com ovos mexidos, pães, bolos, café, leite, sucos. Achamos interessante servirem farofa no café da manhã. hehehe Indicamos na cidade de Ibicoara: Michas – a melhor tapioca “ever”, simpatia total da proprietária Michele, excelente atendimento. Café de qualidade para quem gosta de café especial. Bistrô Arte e Café – dos simpáticos Eduardo e Pérola. Caldo verde com a melhor prosa. (Abre de quinta a sábado à noite). 14/08 – Com guia – Cachoeira do Buracão Acordamos, tomamos o café no Hotel e as 9:00 saímos com o guia Marcinho para o passeio na Cachoeira do Buracão. Fomos de carro (o guia foi com a gente), pegamos uma estrada de chão e chegamos numa portaria: Pagamos uma taxa de R$15,00 por pessoa. Detalhe: o guia não paga e também não paga nos almoços. Nesse ponto recebemos, cada um, um colete salva vidas que é obrigatório para entrar na cachoeira do Buracão. O guia cobrou R$ 150,00 para o passeio do casal – C. do Buracão. Nessa caminhada passamos pelo Rio Espalhado e conhecemos outras cachoeiras como a das Borboletas, Buracaozinho, Recanto Verde. Lá tem um ponto de Rapel bem bacana, mas optamos por não fazer. Fizemos uma caminhada com trechos de subida e chegamos até a entrada do Buracão. Lá deixamos nossas coisas e entramos (de colete) na água. Passamos por um Canion e saímos dentro da cachoeira do Buracão. Ela é linda e imponente. Tem um grande poço. A água é muito limpa, embora seja num tom naturalmente amarelado. Estava bem fria a água, mas logo nos acostumamos. Foi uma ótima experiência. Ficamos ali, curtindo a cachoeira e retornamos em caminhada. Aí passamos pela parte de cima da cachoeira do Buracão. O visual é bem bonito. Seguimos e na chegada à portaria, um senhor vendia água de coco – nos deliciamos e partimos de carro para o almoço, a alguns quilômetros dali, no Restaurante Mirante da Chapada. Comida boa, bem caseira. Chegamos na pousada por volta das 15:00, tomamos um café com a melhor tapioca na “Michas” e compramos mantimentos para a caminhada do dia seguinte no comércio local (pão de misto, barrinhas de cereal, frutas) além de um secador de cabelos bi volt já que lá na Bahia a energia é 220v, e no ES é, em geral, 110v. A noite, jantamos um caldo verde no Bistrô Arte e Café. Fomos dormir cedo, pois o dia seguinte seria mais cansativo. 15/08 – Com guia – Cachoeira da Fumacinha. Não deu pra tomar café da manhã no Hotel, nesse dia. Saímos do quarto por volta das 6:00 e tomamos café numa padaria local. Saímos de carro com o guia Marcinho – que nos cobrou R$300,00 o casal para nos guiar - exatamente as 6:30 da manhã. Seguimos até o estacionamento na fazenda do Sr. Marão. Não tem taxa de entrada. Iniciamos a caminhada de cerca de 18km, no total, com longo trecho de pedras (leito de rio) e escalaminhadas. Foi bem cansativo mas valeu a pena. A cachoeira é linda, linda. Fica dentro de um cânion bem escondido. Ficamos cerca de 1 hora contemplando. O retorno ao estacionamento se deu por volta das 16:00 e tomamos uma jarra de caldo de cana do Sr. Marão como se fosse a coisa mais importante do mundo. Kkkk Faltou água no caminho. Nesse dia não teve almoço. Voltamos ao hotel por volta das 16:00. Tomamos um café com tapioca na Michas e jantamos caldo verde com prosa no Bistrô Arte de Café. Algumas dicas para esse passeio: Vá se bota de caminhada, se tiver. Leve bastante água. Treine antes (foi o que fizemos). Leve comidas para suprir a falta do almoço. 16/08 – Sem guia – Cachoeira Licuri e Cachoeira das Raízes Acordamos cedo e ficamos por nossa conta nesse dia. Fomos conhecer a cachoeira Licuri (entrada R$10,00) e de lá seguimos caminhando para a cachoeira das Raízes. Comemos a famosa “coxinha de jaca”, que lembra um pouco o sabor do nosso pastel de palmito (no ES). Tem em vários estabelecimentos que vendem no caminho das principais cachoeiras. Sem pressa, esse dia foi de curtir e descansar um pouco. Tomamos um café com tapioca na Michas e a noite comemos uma pizza na Pizzaria Trilheirus. 17/08 – Sem guia – translado para Mucugê – Cemitério Bizantino, Museu do Garimpo e Cachoeira do Tiburtino. Acordamos cedo e arrumamos as malas. Partimos de carro para a cidade de Mucugê. Conhecemos o Cemitério Bizantino (não paga nada pra entrar). Demos entrada na pousada Recanto da Chapada. Quarto limpo, amplo, pousada bem bonita. Almoçamos no centro de Mucugê, em frente à praça, no restaurante do Sr. Zeca, cuja receptividade e boa comida não esqueceremos. Conhecemos nesse dia o Museu do Garimpo (entrada a R$10,00 por pessoa) e fomos ao Projeto Sempre Viva (R$15,00 por pessoa). Lá conhecemos a Cachoeira da Piabinha (que estava com pouca água) e a cachoeira do Tiburtino (que tinha bastante água, por se de um afluente diferente) e ficamos lá um bom tempo curtindo. A tarde lanchamos no Bistrô Café Preto e depois jantamos um caldo delicioso no Café São João – da esposa do sr. Zeca. Combinamos com o guia, o Davi, o passeio no dia seguinte (cobrando pelo dia R$200,00). 18/08 – Com guia – Poço Encantado, Poço Azul (banho), Olho D'água e Pantanal Marimbus Tomamos um ótimo café da manhã – elogio à pousada Recanto da Chapada. Seguimos, as 9:00 com o guia Davi para o Poço Encantado onde pagamos uma taxa de cerca de R$25,00 por pessoa. Lá não pudemos entrar na água, mas vale muito a pena, pois é uma visão diferenciada. Depois seguimos para o Poço Azul, cuja taxa de ehntrada foi de cerca de R$35,00 – onde pudemos os banhar nas águas azuis e límpidas de uma caverna por 15 minutos. Almoçamos lá mesmo, na entrada do Poço Azul e seguimos para o Olho D´água (Taxa: R$10,00 por pessoa) onde nos banhamos em água cristalina por um bom tempo. Seguimos então de carro para o Pantanal Marimbus – pagamos uma taxa (cujo valor não me recordo mais) e seguimos, no último horário, as 16:00, para o passeio. Foi um passeio maravilhoso, vale muito a pena. Ficamos lá e hacompanhamos o pôr do sol. A noite, jantamos novamente no Café São João. 19/08 – Com guia – Mirantes Vale do Pati Acordamos cedo, tomamos café e as 8:30 estávamos prontos para iniciar o passeio pelo Vale do Pati. Pegamos o carro, o guia Guido foi com a gente. O guia cobrou R$200,00 para nos guiar nesse dia. Chegamos a um estacionamento e deixamos o carro iniciando a jornada de 23 km até o fim do passeio. Passamos por subidas em brechas no paredão de pedra, visuais incríveis. Uma visão maravilhosa de dois mirantes com vista para a cachoeira do Escondido, além de outros mirantes com visão para o Vale do Pati. Chegamos na pousada a noite. Bem cansados. Valeu muito a pena e combinamos de, no futuro, voltar e fazer a caminhada inteira no vale do Pati, que são cerca de 5 dias andando pelo vale, com hospedagem e alimentação na casa dos moradores locais. A noite conhecemos a pizza do Beco da Bateia. A “bateria” da gente tinha realmente acabado. O stress também. Lugar lindo. 20/08 – Sem guia – Igatu e translado de Mucugê para Vale do Capão Acordamos cedinho, tomamos um café reforçado, refizemos as malas, acertamos com a pousada e partimos de carro para conhecer Igatu – que fica nas proximidades de Mucugê. A localidade tem muitas ruinas de antigos garimpos. Uma cidade de pedra. É uma vila bem bonita. Voltamos de carro para almoçar no restaurante da Rose, em Mucugê, irmã do sr. Zeca. Melhor almoço da Chapada. Partimos então na missão de chegar ainda de dia em Vale do Capão. A viagem foi como o esperado, quase toda em estrada de chão, com alguns trechos de bastante sacolejos. A Pousada Pico da Vila, que ficamos, fica bem perto a praça central e de lá tínhamos vista privilegiada para as apresentações culturais. E o barulho não privilegiado também. Mas não atrapalhou tanto. Chegamos lá na sexta-feira e estava bem movimentada. Rolou um som bacana até meia noite na praça. Jantamos num restaurante italiano com música ótima. Fizemos um rolê para conhecer um pouco a vila. E combinamos com o guia local, o Alexandre, que já foi competidor de MTB, nosso passeio para o dia seguinte. Ele cobrou R$200, por dia. Fomos ao supermercado para comprar os mantimentos e os lanches para o café da manhã e caminhada do dia seguinte, já que a pousada não oferecia café da manhã. 21/08 – Com guia – Trilha Águas Claras e pôr do sol no Riachinho Acordamos cedo e tomamos um café da manhã na cozinha da pousada por nossa conta. Por volta das 09:30 partimos com o guia, Alexandre, para a trilha das Águas Claras. Após uma caminhada de aproximadamente 2 horas, chegamos no destino. Tomamos banho de cachoeira, curtimos o ambiente, tiramos muitas fotos, almoçamos nosso lanche lá mesmo. Voltamos e por volta das 16:00 fomos para o Riachinho ver o pôr do sol. Lá pagamos para entrar uma taxa de R$10,00 por pessoa. Curtimos a cachoeira, os visuais, o pôr do sol e partimos para tomar um café especial no Nutrir Café, com bolo de frutas vermelhas. No jantar, comemos uma pizza local. 22/08 – Com guia – Cachoeira da Fumaça, translado para Lençóis Acordamos cedo, arrumamos as malas, tomamos um café no Nutrir Café e partimos com o guia para a Cachoeira da Fumaça (visão de cima), com cerca de 400 metros de altura. Na entrada pagamos uma taxa de R$ 11,00 por pessoa (valor opcional). Após um longo trecho de subidas e cerca de 2h e 30min de caminhada chegamos aos mirantes. Uma maravilha da natureza. Após a descida, já com a malas no carro, partimos para Lençóis (a 4ª e última cidade a visitarmos). Chegamos em Lençóis, pelo asfalto. Em torno das 16:00 já estávamos dando entrada no Airbnb, com o anfitrião, sr. Marcos. Ficamos no chalé Charme-Lua. Então fomos conhecer o comércio e os restaurantes locais e comemos uma pizza no centro histórico. Contactamos o guia que nos acompanharia nos três dias seguintes, o Jajal (também ciclista). Ele cobrou R$150,00 por dia. 23/08 – Com guia – Cachoeira do Sossego Acordamos cedo, e saímos para o café por volta das 7:20 da manhã. Achamos uma padaria e as 8:00 saímos a pé com o guia Jajal, do centro da cidade, para o passeio até a cachoeira do Sossego. Num total de 12 km de caminhada. Acontece que no meio do caminho choveu. E boa parte da caminhada era de leito de rio, em cima de pedras. As pedras ficaram muito, muito lisas e isso tornou os boa parte desses quilômetros um trabalho de equilíbrio, escolhas difíceis e muitos escorregões. Ficamos algum tempo esperando a chuva mais intensa passar. A cachoeira é linda e valeu a pena mas no final, após alguns banhos de chuva fria, estávamos só a capa do Batman, bem cansados. No final, também passamos pelo Ribeirão do Meio, com uma cachoeira bem bonita. Chegamos em Lençóis já era noite. Jantamos bife à parmegiana num restaurante mais reservado, sujos e úmidos mesmo. Tomamos um café especial, comemos um bolo de sobremesa. Fomos para o quarto e apagamos. 24/08 – Com guia – Serra das Paridas, Cachoeira do Mosquito e Pôr do Sol no Pai Inácio Acordamos cedo e saímos para o café por volta das 7:20 da manhã. Tomamos café da manhã na padaria e seguimos de carro, com o Jajal até a entrada da Serra das Paridas. Pagamos um valor em torno de R$25,00 por pessoa para conhecer o sítio arqueológico. Foi a primeira vez que vi pinturas rupestres com meus próprios olhos. Achei o máximo. Iago, funcionário do sítio, explicou muitas coisas legais do local. De lá fomos almoçar (na entrada da cachoeira do Mosquito tem um restaurante) e conhecer a Cachoeiro do Mosquito, pagamos uma taxa de entrada de cerca de R$15,00 por pessoa. Linda cachoeira. Nos banhamos, tiramos foto e, relaxamos. Partimos então para conhecer o pôr do sol no Morro do Pai Inácio. Pagamos uma taxa na entrada, no valor de R$12,00 por pessoa, subimos e ficamos curtindo. O clima esfriou, lá de cima tem muito vento. Tiramos muitas fotos e descemos. Chegamos de carro em Lençóis já era noite. Jantamos comida italiana e tomamos um café especial com bolo. 25/08 – Com guia – Poço do Diabo, Gruta Lapa Doce e Fazenda Pratinha Acordamos cedo e saímos para o café por volta das 7:20 da manhã. Tomamos café da manhã na padaria e seguimos de carro, com o guia Jajal, até a entrada do rio Mucugezinho. Lá compramos presentes de artesanato local. Não pagamos taxa. Fomos caminhando até o Poço do Diabo que é lindo. Voltamos para a portaria, andando e pegamos o carro novamente. Seguimos para a Gruta Lapa Doce. Lá almoçamos (tem um ótimo restaurante na entrada) e custou R$100,00 para o casal a entrada na gruta com guia próprio de lá. Fomos aparelhados com uma lanterna e seguimos para a Gruta que está passando por um plano de manejo, devido a isso nos foram explicadas as regras de visitação. Foram cerca de 40 minutos conhecendo locais de escavação de fósseis, como o tigre dente de sabre, preguiça gigante, dentre outros, além de interessantes formações calcárias. Segundo o guia local, ali já foi mar por três vezes. Seguimos então para a fazenda Pratinha, onde pagamos uma taxa de entrada de cerca de R$60,00 por pessoa. Lá dentro tem possibilidade de curtir na tirolesa, fazer flutuação, e andar de caiaque pagando uma taxa extra. No entanto, aproveitamos o que o valor da entrada dava direito, conhecer a Gruta Azul e nadar no poço de água transparente. Ficamos renovados e ao entardecer seguimos de volta para Lençóis. Acertamos com o guia e jantamos caldo de feijão (eu) e Baião de Dois (marido). Comemos um doce local e compramos presentes para trazer para os familiares. 26/08 – Translado para Salvador (carro), avião para Vitória e retorno a Colatina (carro). Acordamos cedinho, arrumamos as malas e iniciamos a jornada de 428 km de Lençóis a Salvador. Almoçamos num posto de gasolina no caminho. Comida bem cara. Entregamos o carro na Movida, pegamos o transporte para o Aeroporto Internacional de Salvador/BA, despachamos as bagagens, aguardamos nosso vôo e embarcamos por volta das 19:00. Foram horas e horas de avião (fizemos conexão em São Paulo – Aeroporto de Vira Copos) e chegando ao Aeroporto de Vitória/ES pagamos o estacionamento do nosso carro (Cerca de R$400,00 para os 15 dias). Por volta de 1:00 da manhã partimos de carro para Colatina. Chegamos em casa por volta das 3:00. Fim da viagem e retorno para as patinhas dos nossos bichinhos.
  13. Introdução Fala galera! Segue o relato da viagem que acabei de fazer para a Chapada Diamantina com um pit-stop em Salvador. O relato até poderia ser dividido em 3 partes: Salvador + trekking no Vale do Pati + Chapada Diamantina "clássica", mas vou juntar tudo aqui mesmo. Vale lembrar que na parte "clássica" da Chapada, eu me juntei a um grupo incrível que se formou aqui no fórum (totalizando em certos momentos mais de 40 pessoas!) e que enriqueceu ainda mais essa viagem! Para mais detalhes, segue o link do tópico do Lucas que juntou a galera! Caso tenham dúvidas, fiquem a vontade de perguntar aqui nesse tópico e evitem MP pois a sua dúvida pode ser a de outros também! Roteiro 05/09/2014 - São Paulo - Salvador 06/09/2014 - Salvador 07/09/2014 - Salvador 08/09/2014 - Salvador - Palmeiras 09/09/2014 - Palmeiras - Vale do Pati 10/09/2014 - Vale do Pati 11/09/2014 - Vale do Pati 12/09/2014 - Vale do Pati 13/09/2014 - Vale do Pati - Lençóis 14/09/2014 - Lençóis 15/09/2014 - Lençóis 16/09/2014 - Lençóis - Vale do Capão 17/09/2014 - Vale do Capão 18/09/2014 - Vale do Capão - Ibicoara 19/09/2014 - Ibicoara - Andaraí 20/09/2014 - Andaraí 21/09/2014 - Andaraí - Salvador 22/09/2014 - Salvador 23/09/2014 - Salvador - São Paulo
  14. Olá viageiros, Vou passar 8 dias na Chapada Diamantina e preciso de ajuda com algumas dúvidas que estou tendo dificuldades de encontrar detalhes. Vou estar de carro. O roteiro está assim: Dia 1 – Salvador - Palmeiras - Devo chegar tarde e não devo fazer nada esse dia Dia 2 – Palmeiras - Cachoeira da Fumaça e Cachoeira do Riachinho Dia 3 – Lençóis - Pratinha e Morro do Pai Inácio Dia 4 – Lençóis - Poço Encantado e Poço Azul Dia 5 – Andaraí - Pantanal de Marimbus e Cachoeira do Roncador Dia 6 – Ibicoára - Cachoeira do Buracão Dia 7 – Ibicoára - Cachoeira da Fumacinha Dia 8 – Volta para Salvador O que vocês acharam do roteiro? Funciona bem? Cabe encaixar alguma coisa que ficou faltando? Aí de cara eu já tenho algumas dúvidas... Dia 3 – Quanto tempo vocês sugerem para ficar na Pratinha? É um lugar para passar o dia inteiro ou algumas horas são suficientes? Dia 5 – O passeio para o Pantanal de Marimbus é algo que precisa de reserva antecipada? Quanto tempo dura o passeio? E como faz para emendar com a cachoeira do roncador? O tempo é suficiente? Bom, por enquanto é isso. Devem pintar dúvidas novas que vou postando aqui. Muito obrigado pela ajuda! Abraço, Felipe www.profissaoviageiro.com @profissaoviageiro
  15. Vale Do Pati vindo de São Paulo Estamos (Eu e minha esposa) no planejamento ainda... a viagem vai ser em outubro, sairemos aqui de São Paulo dia 13 e voltamos dia 24 de outubro( ficaremos no Vale do Pati uns 7, 8 dias...) Já comprei as passagens, consegui comprar com os pontos do cartão de credito porém além dos pontos teve + uma taxa de +/- 210 reais ( valor referente a ida e volta para nós dois)...e mais pra frente terei que pagar uns 200 reais para despachar a minha mochila (100 pra ir e 100 para voltar) acredito que terei que despachar pois a minha talvez não passe como bagagem de mão, ai coloco tudo dentro dela assim só pagamos o despache de 1 mala. OBS: A ideia é iniciar o Trekking entrando pelo Vale do Capão e sair por Andaraí. Para Chegar no Vale do Capão: -Pegaremos o voo no dia 13 de outubro de São Paulo para Salvador às 14:10, previsão de chegada às 16:25 em Salvador Eu tinha visto que teria que pegar um ônibus até Lençois e de Lençois pegar outro até Palmeiras e de Palmeiras pegar um até o Vale do Capão, porém descobri que existe uma opção de ônibus que vai direto de Salvador até Palmeiras e sai até mais barato (R$105,60), pois se pegar o ônibus de Slvador até Lençóis ele sai por 99 reais, aí de Lençóis até palmeiras sai +/- 13 reais, fora o desgaste de sair de um ônibus e esperar o horário do outro, etc....se eu conseguir a passagem para o dia e horário que eu quero vou pegar ônibus direto para Palmeiras, vamos ver se vai rolar....se não vou por Lençóis mesmo... !! O horário que daria para eu pegar seria o das 23 hrs saindo de Salvador e chegaria às 5:45 do dia 14 em Palmeiras. Detalhe não faremos o trekking com agencia, nem guia, pois o dinheiro que separamos e temos, não daria para contratar esses serviços ( se fossemos contratar, o rolê pelo Pati que poderia durar 8 dias duraria no máximo 3 com os custos dos serviços, eu super valorizo porém nesse momento não estou tendo dinheiro o suficiente para bancar)....pesquisei bastante sobre o local e junto com os relatos das pessoas, decidir ir por conta usando gps, o app Wikiloc e vou atrás de um mapa impresso da região tbem por precaução...Grato a todos que fizeram os relatos por aqui ( ajudou muito ) Ai em Palmeiras pelo oque eu vi tem opções de condução que fica na rodoviária para fazer esse translado até o Capão...acredito que como vou chegar de manha, devo conseguir esse translado. Descobri que as casas dos moradores não estão recebendo as pessoas para acampar, e que estão funcionando com 50% a menos da capacidade devido a pandemia, ou seja é necessário fazer as reservas com antecedência, as minhas eu já fiz no começo de setembro ( vou colocar o whastapp das principais casas que estão recebendo as pessoas, assim quem tiver interesse é só chamar pelo Whats que o pessoa retorna rapidinho) Estão cobrando 200 reais por pessoa com jantar e café da manhã inclusos ou 80 reais para dormir, tem casas que cobram uma taxa de uns 20 reais para usar o fogão a gás, e outras não cobram caso use o fogão a lenha. No caso faremos um Mix, levaremos alguns itens para cozinhar na mala, outros compraremos nas casas e locais de apoio que tenham essas opções e prepararemos as nossas refeições lá ...e um dia ou outro pegaremos o pacote completo de 200 reais cada um. Como somos veganos veremos como seria a flexibilidade e possibilidade dos moradores em relação a adaptação das refeições, acredito que seria de boa, pois sempre conseguimos nos virar em outras situações que passamos, nada que um belo arroz e feijão não resolva :D, e se sobrar feijão da janta, já temos uma bela pastinha proteica pra passar no pão para o café da manhã do seguinte rsrsr. Segue o Whats da galera Agnaldo e Miguel –+55 75 9221-2159 Alto do Luar – +55 75 9128-2170 Seu Eduardo – +55 75 98190-7153 / +55 75 98247-9816 João (Dona Raquel) – +55 75 98127-1012 Igrejinha- +55 75 98330-5594 Prefeitura (Jailso e Maria) – +55 75 99131-9076 Dona Raquel – +55 75 99296-4664 Seu Jóia- 75 82758313 Ah, teve lugares, como Prefeitura que já estava lotado que não tinha vaga..... Vários moradores me deram uma baita assistência para me auxiliar na tomada das decisões em relação ao roteiro que eu ia fazer dentro dos dias que eu tinha para ficar dentro do Vale do Pati ( no caso entre 7 e 8 dias ), como não conheço nada, precisava saber em qual localização o morador estava para assim eu poder reservar o dia que eu chegaria lá na casa dele, e nessas eles acabavam me auxiliando no roteiro e eu fui entendendo cada vez melhor sobre o lugar, os caminhos e as sequencias das casas de acordo com o trecho, enfim vale perguntar quando for fazer a reserva onde o morador está localizado. A princípio o roteiro está assim (estou aberto para sugestões e dicas, caso alguém queira se manifestar :D) 1° dia (14/10) chegarei no Vale do Capão, vou ver se pego um mototáxi até o Bomba que é por onde acessa o vale do pati ( pelo menos foi oq eu vi) ai vou até a igrejinha onde já fiz a reserva, vou dormir lá e descansar. 2° dia ( 15/10)- Igrejinha x Cachoeirão por cima, retorno a igrejinha e descanso ou caço algo pra fazer por lá se chegar cedo de mais.... 3° dia (16/10) Igrejinha x casa do Agnaldo ( deixo as coisas lá ) e faço as cachoeiras do Funil e depois o Castelo e volto para o Agnaldo 4°dia (17/10) Agnaldo x Cachoeira do Calixto X Poço da Arvore X Agnaldo 5° dia (18/10) Agnaldo X casa do Seu Jóia, repousaremos lá (Não sei oq teria no caminho...vamos descobrir) 6°dia (19/10) Seu Jóia x e oque tiver para fazer a partir da casa ele, preciso ver isso ainda, mas era algo do tipo Cachoeirão por baixo e Guariba 7° dia (20/10) Seu Jóia x e mais algum passeio que dê para fazer ainda, e depois retorno para o seu Jóia 8° dia (21/10) Seu jóia x Andaraí 9° dia (22/10) Andaraí x algum passeio por la, pensei na gruta azul e na encantada...não sei ainda, aceito sugestões....esse dia tiraremos para fazer os possíveis passeios a partir de Andaraí e que os que derem para fazer apenas em 1 dia ( não sei ainda onde vou ficar hospedado, mas a ideia é já ficar próximo a rodoviária) 10° dia(23/10) Começar a volta até Salvador ( estou vendo as opções de ônibus para Salvador direto, Palmeiras, Lençois...ta ruim de achar viu) 11° dia (24/10) Salvador voo às 7 da manha para São Paulo É isso por enquanto !! Aceito sugestões pessoal !! Mais uma vez grato pela atenção, e pela dedicação que todos tem em compartilhar, e auxiliar uns aos outros!! Saúde e alegria para toda vida !!!
  16. Relutei um pouco em escrever este relato, afinal, sabia que seria difícil descrever impressões tão pessoais acerca de tudo que vi e senti nestes dias de solitude pela Chapada Diamantina. Mas muito do estímulo que tive para esta empreitada me veio de outros relatos que li, de depoimentos de verdadeiras transformações pessoais advindas de viagens. Então, se este relato servir de inspiração para uma pessoa que seja, terá valido a pena cada palavra aqui escrita. Bom, em maio completei meus 30 anos. Não sei se é comum, mas nesta fase os já muitos questionamentos de vida que eu sempre trouxe comigo se aprofundaram, e eu senti uma imensa necessidade de organizar minha cabeça, tomar decisões, procurar respostas na minha alma, no meu íntimo, em um lugar que ainda não tivesse sido de certa forma corrompido pela sociedade que eu tanto questiono, mas que tanto me influencia. E eu sabia que o único jeito de conseguir este contato tão profundo comigo mesmo seria estando sozinho e em um lugar com pouco ou nenhum contato com outras tantas pessoas e informações. O fato de já ter estado outras vezes na Chapada Diamantina e sabendo que eu não teria tanto tempo para organizar uma viagem, me levaram ao interior da Bahia. Baixei um app de localização por GPS no meu celular, baixei também os mapas dos quais eu iria precisar e li bastante sobre os roteiros que eu pretendia fazer, que inicialmente eram a travessia de Lençois para o Vale do Capão passando pela Fumaça por baixo e a travessia completa do Vale do Pati, entrando pelo vale do Capão, descendo por toda a extensão do vale, subindo novamente e saindo também pelo Capão. Fiz as malas escolhendo colocar pouquíssima roupa e dando preferência para as peças mais leves e também para um conjunto de roupas que me protegessem do frio, no caso de algum contratempo na trilha. Fiz também uma farmacinha com analgésicos e material para curativos. Indispensáveis também foram a lanterna, 4 pares de meias secas, além da minha barraca (que logo descobriria deveria ser bem menor), e meu saco de dormir. Dia 22.06 entrei no avião que me levaria de Recife, onde moro atualmente, até Salvador. Cheguei na capital baiana ainda cedo, por volta das 13h e, tendo em vista que meu ônibus para Lençois estava marcado para as 22:45, resolvi visitar o centro histórico de Salvador, que naquele dia dava início aos festejos juninos, com palcos onde a noite iriam ocorrer shows. Peguei um ônibus no aeroporto que por R$ 5,50 me levou até a praça de sé, por um roteiro que incluiu toda a bela orla da cidade e que durou pouco mais de uma hora. Chegando à Praça da Sé, não havia tanta gente assim pelas ruas, já que, pelo que o cobrador do ônibus falou, estava chovendo bastante nos últimos dias e também muita gente já tinha viajado para passar o são joão no interior. Fui direto conhecer o elevador lacerda, aproveitando que não chovia. De lá pude conhecer o mercado modelo e também perambular pelas ruas do centro histórico, subindo e descendo, passando pelo pelourinho e pelas belas igrejas. Todavia, o que mais me chamou a atenção foi o povo do lugar. Salvador é um retrato da desigualdade social que assola este país. A região do centro histórico parece ser bem pobre, o que expõe as pessoas que lá vivem a problemas com álcool e o crack, sendo que as mais afetadas são as de raça negra, um povo cujos antepassados construíram aquilo tudo e que deveriam estar em situação de protagonismo, mas não estão. Os bares, restaurantes e o comércio são dominados por estrangeiros e pessoas de outros estados, nada contra, mas acredito que a população local deveria ter subsídios para também se valer do lucro trazido pelo turismo. Antes de ir para a rodoviária, pude ver o primeiro show da noite, uma orquestra de sanfona que eu, como apaixonado pelas minhas raízes sertanejas, não tive como não me emocionar. Retornei para a praça da sé e peguei um ônibus para a rodoviária, pagando pouco mais de R$ 3. A rodoviária estava LOTADA. Retirei minha passagem no guichê e aguardei o horário da partida do ônibus. O tempo até que passou rápido, e um bom papo com um Francês que estava do meu lado ajudou a distrair. É bom trocar uma ideia, ver como pessoas diferentes enxergam as coisas te ajuda a melhorar a visão de mundo. Despedir-me do camarada da França e parti rumo a Lençois. Ao chegar em Lençois, ainda de madrugada, já preparei minhas coisas para a travessia para o Capão. A esta altura, após muito refletir, decidi fazer a travessia diretamente, abortando a ideia de fazer a trilha da fumaça por baixo. Eu não estava tão seguro, não tinha estudado a trilha o suficiente e não dispunha de fogareiro, além disso, uma estranha sensação me fez recuar. Dessa forma parti rumo ao Vale do Capão. A trilha não é tão fácil, em alguns pontos de mata e nos lajedos eu tive dificuldade de encontrar o caminho correto, mesmo com o gps. Tive que ir e vir algumas vezes para encontrar a trilha, além de ter que encarar um lamaçal horrível, também fruto de um erro meu durante a trilha. No fim da tarde, já chegando em águas claras, descobri que estava proibido o acampamento na região, então voltei um pouco mais na trilha e encontrei um lugar onde um guia levantou acampamento com um casal de turistas. Decidi então montar minha barraca por ali tbm, já que era apenas uma noite e eu não precisaria de água, nem de comida, pois já tinha trazido suprimentos para aquele pouso. No dia seguinte desfiz acampamento e segui para o Vale do Capão. Chegando ao Capão a ideia era ficar em uma pousada, pois eu estava bem cansado, mas por ser são joão, estava tudo lotado. Resolvi, então, acampar no camping "Sempre viva", ao preço de R$ 20,00/dia. O Camping tem uma boa estrutura, com chuveiro quente e cozinha, além de ser um lugar tranquilo, silencioso e bem perto da vila. Ainda neste primeiro dia no capão fui fazer a trilha da Cacheira da fumaça por cima. Já tinha feito o percurso uma outra vez, sendo assim, dispensei o gps. A trilha é razoavelmente fácil, é bem batida, e por isso não tive dificuldade alguma. Por ainda ser cedo, tinha pouca gente na cachoeira, o que foi perfeito, pois me incomoda um pouco a barulheira. Ali eu percebi que tinha ido ao lugar certo para encontrar o que eu estava buscando. Aquela imensidão de beleza, o ar puro e o clima místico, tomaram conta de mim. Sim, ali estava eu mesmo, sem qualquer máscara, sem qualquer imposição social. A natureza não te exige nada, ela te deixa e te faz livre... Era a paz de espírito que eu tanto almejava! A noite fui com o pessoal do camping curtir um forrozinho na vila, que estava abarrotada de gente, porém, o frio e o cansaço me fizeram voltar cedo pra barraca... Segundo dia no capão e eu decidi ir até as cachoeiras da Angélica e da Purificação. Acordei bem cedo, pois sabia que se deixasse pra ir tarde corria o risco de ter gente demais no lugar. Fui a pé até o bomba, percurso que geralmente se faz de carro ou moto táxi, mas eu tinha tempo e disposição, então fui andando mesmo. A melhor das decisões, pois nessa caminhada vc consegue ver um pouco do estilo de vida dos nativos do capão e também das pessoas que resolveram viver por lá, mas de uma forma mais tranquila, longe da agitação da vila, recém descoberta pelo turismo de massa. A trilha para as duas cachoeiras tbm foi simples de percorrer com a ajuda do gps e, pra minha sorte, quando eu cheguei à purificação estavam lá apenas 5 pessoas! Meu coração se alegrou! Pude curtir tranquilamente a queda e até tirar um bom cochilo, relaxando com o som da água. Na volta encontrei MUITOS grupos se dirigindo até lá. Falo sem medo de errar, não menos de 60 pessoas eu encontrei se dirigindo para as cachoeiras. Retornei novamente andando para o camping, onde tomei banho e fui almoçar. Sobre o almoço, recomendo o "Pico do açaí", uma comida farta, deliciosa e vegetariana (apesar de ter opções para carnistas tbm), ao preço de R$ 20,00, uma pechincha em se tratando de Capão em época de feriado. Fui então comprar a comida que levaria para o Vale do Pati, nesse momento cometi meu maior erro nessa viagem! Comprei comida demais! Minha mochila, eu descobriria no outro dia, ficou demasiadamente pesada, e isso foi péssimo pra mim, pois no primeiro dia de travessia para o pati, de cerca de 23 km, eu sofri demais tendo que carregar todo aquele peso. À noite fui comer uma pizza com o pessoal do camping, fiquei mais um tempinho no forró e logo fui descansar. Dia de entrar no Vale do Pati. Como já falei, a mochila ficou pesada demais, já que além da comida eu ainda estava carregando uma desnecessária barraca para 4 pessoas, sendo que eu sou apenas 1, fora isolante e saco de dormir. Foi um erro pelo qual eu pagaria um preço. A trilha em si, do capão até a igrejinha, já dentro do vale do pati, foi fácil apesar da chuva e da lama que me acompanharam por mais da metade do percurso. Não me perdi hora nenhuma, o gps foi sempre certeiro. Levei cerca de 6:30h para percorrer os 23km. Ao chegar na igrejinha, capotei! Minhas pernas tremiam e eu começava a ter febre e uma imensa dor nas costas, devido ao peso da mochila. Decidi não acampar e paguei R$ 35,00 para dormir em uma cama na igrejinha. Tomei um banho e caí no colchão. Acordei por volta das 17h, a tempo de ver um por do sol que me fez recobrar minhas forças. O céu estava de um alaranjado lindo. Sim, cada passo com aquela montanha nas costas havia valido a pena. Cozinhei meu jantar, o cardápio foi macarrão com sardinha e suco de laranjas que eu peguei ali mesmo. Nas casas de apoio no pati é possível comprar o café da manhã e o jantar, além da dormida, ao preço de R$ 110,00 o pacote completo, mas eu queria me virar, queria cozinhar, queria provar pra mim mesmo que eu conseguiria fazer o que eu quisesse, e sozinho. No segundo dia acordei por volta das 7h, numa manhã bem gelada. Tomei banho, preparei meu café a base de frutas, mel e granola, e em seguida fui para o cachoeirão por cima. Também nenhuma dificuldade com a trilha ou com o gps. Quando cheguei lá, não havia mais ninguém, parece que só eu havia decidido encarar a trilha no frio. Chegando lá não dava para ver nada, tava tudo encoberto por nuvens. Sentei a beira do cachoeirão e decidi esperar. De repente o tempo começou a abrir e aquela imensidão de beleza veio se mostrar pra mim. Foi tão especialmente lindo! Depois da caminhada difícil um lindo dia, uma bela recompensa! Era Deus falando comigo! Me senti tão bem, tão agradecido por ter conseguido chegar até ali, por ter tomado essa decisão! Aquela viagem estava mesmo sendo um divisor de águas na minha vida! Retornei para a igrejinha, fiz o jantar e fiquei o restante da noite na fogueira, ouvindo as histórias do pessoal e trocando um pouco de ideia com os outros visitantes! No dia seguinte peguei a mochila e fui para a Prefeitura, outra casa de apoio dentro do vale do pati. Novamente nenhuma dificuldade com a trilha e a mochila já pesava menos, tendo em vista que eu decidi consumir boa parte da comida, pra não ter q carregar mais, e ir comprando mantimentos nas casas de apoio mesmo, apesar do preço mais salgado. Deixei minha mochila na prefeitura e segui para a cacheira do calixto, apesar do tempo frio. A trilha, apesar da muita lama, é fácil, já que não tem bifurcações. Cheguei à cachoeira e acabei nem entrando na água, pois estava gelada demais e não tinha sol, sendo assim, eu iria ficar encharcado e com frio. Dei uma cochilada enquanto o sol ia e vinha com constância. Umas duas horas depois resolvi voltar para a prefeitura. Na volta levei uma queda feia, caí em cima de um amontoado de pedras. Minhas costelas bateram em uma pedra pontuda. Fiquei sem ar, não conseguia me levantar, e como a queda foi dentro de um pequeno córrego, estava também todo molhado. Sentei por alguns minutos para recuperar o ar. Meu pulmão parece que não conseguia expandir direito e eu não havia levado qualquer analgésico, outro erro grave, tendo em vista que eu estava sozinho e deveria estar preparado para coisas assim! Consegui levantar e terminar a trilha com certa dificuldade, já que a chuva ganhara força e o lamaçal exigia ainda mais esforço. Mas cheguei bem à prefeitura, me mediquei, tomei um banho, fiz um risoto rapidinho e fui descansar. No dia seguinte a costela e o ombro doíam demais. Pra minha sorte tinha levado Tylex, um analgésico mega potente. Coloquei a mochila nas costas e segui para a casa do Sr. Eduardo. A parte baixa do pati é um pouco mais complicada que a parte de cima, já que tem mais trechos de mata. Todavia, com o gps foi fácil chegar ao meu destino, fazendo um rápida parada para um banho no Poço da Árvore, que fica no caminho. Chegando no Sr Eduardo, deixei a mochila, descansei um pouco à beira do rio e segui para fazer a trilha do cachoeirão por baixo. A mata estava bem fechada e as pedras escorregadias. Não tive dificuldades para me localizar, mas a trilha é difícil. Quando cheguei ao primeiro poço dei um mergulho e tentei seguir para o segundo poço, o do coração, mas não consegui encontrá-lo. O celular descarregou e eu tive que ir sem gps. Subi (muito) e desci pedra, perambulei um bocado, mas nem sinal do poço. Então, visto que as pedras estavam bem escorregadias, eu decidi voltar, pois uma queda ali poderia acabar com minha viagem ou até me colocar em perigo. Voltei para a casa do Sr. Eduardo já com tempo aberto. Eu estava leve e muito orgulhoso de mim, pois tinha descido todo o pati, e, mesmo com um certo receio por estar sozinho, não exitei em seguir. Bateu até um certo arrependimento por ter abortado a ideia da fumaça por baixo, já que eu teria conseguido sim concluir a travessia inteira, como havia planejado antes! A essa altura sabia que seria capaz de chegar onde eu quisesse. Comprei legumes na casa do sr. Eduardo ao preço de R$ 1,00 cada e fiz uma sopa para a janta. Logo após, depois de um papo com um simpático pessoal de Brasília, fui dormir. Nesta manhã me dei ao luxo de acordar às 9h. Fiz um rápido café e iniciei a trilha volta para a igrejinha. A única dificuldade era a dor na costela. Chegando à igrejinha deixei a mochila e fui até a cachoeira dos funis. O acesso não é tão fácil, já que a lama e o desce e sobe pelas encostas dos morros dificultam um pouco nossa vida. Nesse dia, apesar do frio, me arrisquei a um bom banho (devia ter feito isto no Calixto tbm). Era meu último dia no Pati, mas eu estava feliz demais com aqueles dias. Estar sozinho me fez ver o quanto é bom poder estar consigo mesmo, se ouvir, pensar, repensar, tomar decisões, enfim... às vezes temos medo da solidão, não sei porque! Um outro homem, mais sagaz e corajoso, iria sair daquele vale, e eu sou de uma gratidão eterna à Chapada Diamantina por isso... Na manhã da sexta fiz a trilha de volta para o vale do capão, saindo da igrejinha. Agora sem o peso da comida e com uma enorme leveza na alma... Usei a noite da sexta para descansar. No sábado consegui uma carona com um mineiro que havia encontrado no Pati, que me levou até Palmeiras, com direito a uma parada no Riachinho. Também no carro conheci o Esdras, um mexicano que está há 6 anos viajando de bike. Um cara com jeito simples, uma história incrível e que, mesmo falando pouco, disse tudo que eu precisava ouvir naquele fim de viagem... Foi aí que percebi que estar sozinho é muito bom, mas que preciso sim aprender com outras pessoas e suas histórias de vida, e mais, que sou responsável por ajudar a construir um mundo melhor para tod@s, onde valia a pena viver, onde tod@s possamos ser felizes. Um mundo com mais igualdade, amor e justiça social. Peguei um ônibus para Lençois, onde ainda tive uma agradável noite com o pessoal com quem estava dividindo quarto no hostel, um engenheiro maranhense gente boa demais e uma outra engenheira alemã, sendo que com a moça a comunicação era lenta e hilária, já que eu sou um pereba no inglês. Mais uma edificante troca de experiências que essa viagem me proporcionou. No dia seguinte, Cedinho, peguei um outro ônibus para Salvador e de lá um avião de volta para Recife. Bom, esse é o meu relato. Se você chegou até este final, espero ter te inspirado um mínimo que seja. Espero que vc saia da zona conforto, enfrente o medo e SIGA EM FRENTE... Então, saudações mochileiras! Espalhe amor, seja luz! "Hasta a la victoria siempre!" (Comandante Che) Abaixo, as 3 únicas fotos que tirei na viagem...
  17. Em Janeiro de 2017 fizemos, mais uma vez, a travessia do Vale do Pati. Em 2015 tínhamos feito essa travessia, porém saindo de Andaraí com destino ao Capão. Dessa vez decidimos fazer a rota inversa. O parceiro Rambo estava na Vila me esperando, já que ele tinha feito a trilha da Fumaça por Baixo saindo de Lençóis e eu não pude ir devido ao trabalho. Então nos encontramos na Vila no dia 08 de Janeiro, passamos a noite no Camping e logo no ínicio da manhã pegamos moto táxi para a vila do bomba. Iniciamos a trilha por volta das 8hs. Nosso primeiro ponto de parada foi no Rancho, onde almoçamos e continuamos nosso caminho até a Igrejinha, já no Vale do Pati. Passamos uma noite muito agradável naquele lugar e como sempre fomos muito bem recebidos pelo João. Pela manhã continuamos nosso caminho e a aventura foi boa demais. Fizemos um vídeo com os principais momentos dessa travessia inesquecível! Confira! "> Você pode conferir também outras aventuras em: https://www.mochileiros.com/travessia-andarai-lencois-pati-capao-em-dose-dupla-t117936.html https://www.mochileiros.com/vale-do-pati-capao-debaixo-de-muitaaa-chuvaaaa-t127573.html https://www.mochileiros.com/desbravando-as-belas-paisagens-da-chapada-diamantina-t134428.html Tire suas dúvias em: ================================== Facebook: https://facebook.com/denisreis07 Instagram: https://instagram.com/denis.reis Email: denis.jq@gmail.com ==================================
  18. Olá Mochileiros! Bom, vou fazer alguns relatos/descrições/dicas, além de algumas experiências vividas nas trilhas localizadas em Caeté Açu, distrito de Palmeiras- Bahia, mais conhecido como Vale do Capão, local que frequento há mais de 10 anos. Serra do Candombá e Poço do Gavião Sempre quis ir para esta trilha, as pessoas falavam num “nascer do sol” maravilhoso e tal.... Eu não sabia o caminho, então tinha esta dificuldade de contratar um guia, a dificuldade era mesmo a grana curta, pois guia é o que não falta!! tem um a cada metro quadrado!!! rsrsrs Já me perdi uma vez tentando achar o Poço do Gavião, inclusive este relato começa com este fato, uma imprudência de minha parte, na verdade, eu acreditei num amigo que dizia conhecer a trilha.... e me ferrei!! Depois de subir Serra do Candombá, não conseguíamos encontrar a entrada para o mirante da pedra, o erro consistiu em seguir direto, quando avistei bem de perto o Morro Branco, fiquei desesperada porque já estava quase próximo à Vila do Bomba!!! andamos mais de 10 km!!! perdidos na Serra do Candombá, depois de toda a água e lanches ter acabado, tivemos que voltar debaixo de um sol escaldante, sem água, sem comida, cansados.... meu rosto estava doendo e ardendo das queimaduras do sol. Bom, eu bebi uma água que minava em uma parte de charco, estava morta de sede e só fiz tirar alguns girinos e beber a água (eca!!!!! q nojo!!!) mas como dizia meu querido pai: “pior é na guerra”. Este fato me fez excluir a trilha até o Poço do Gavião, das idas e vindas ao Vale do Capão. Mas depois alguns anos o trauma passou... Lá no Capão, há uma lenda contada pelos moradores mais antigos de que existem “encantamentos” nesta trilha que costumam desorientar o andarilho (seriam duendes e fadas?). Bom, todos os guias que consultei me indicaram fazer esta trilha e dormir lá, segundo eles não valia a pena o “bate e volta”. De fato, eles tinham razão... mas não havia possibilidades então foi “bate e volta” mesmo. Arrumei as tralhas na mochila, saí cedo do camping para tomar café e encontrar o guia. Saímos por volta de 08:30 da manhã em direção ao Poço do Gavião. A trilha começa passando pela entrada da Cachoeira de Rodas, segue-se direto, logo em frente há uma cancela e este é o ponto de referência, entramos na subida da Serra do Candombá. Chegamos até o mirante da pedra, de onde se tem uma vista fantástica de todo a Vale do Capão, do Morro do Pai Inácio, Morrão e dá para ver também a Serra da Larguinha (onde fica a Cachoeira da Fumaça), inclusive vê-se ao longe a cidade de Palmeiras. Descansamos um pouco para continuar a caminhada. Seguimos adiante por mais uns 30 minutos por uma parte mais plana, com vegetação exuberante, com muitas flores, muitas espécies de bromélias, orquídeas e cactos, algumas eu nunca tinha visto na região. As formações rochosas desta trilha são uma atração à parte, pois elas tem formas diversas, eu consegui identificar algumas e foi muito interessante: a cabeça de um camelo e o rosto de Michel Focault (eu estava no meu estado normal de consciência!!! rsrsrs) Bom, depois de quase torcer o pé e trombar num pé de sempre viva, seguimos... Aliás se eu não pisasse na plantinha com certeza meu tornozelo iria ficar mal, o guia não gostou, ficou lá com aquele discurso de ambientalista chato, até tentou uma grosseria comigo mas meu amigo Adson deu logo uma “queimada” nele (as flores sempre viva quase foram extintas, por isso o cuidado do guia) mas ou era meu tornozelo ou era a plantinha, poxa!!! Bom, depois deste “momento show” do guia seguimos, agora por uma parte de descida, com algumas pedras grandes que necessitava uma descida mais técnica, como eu não tenho técnica, sento na pedra e pulo lá embaixo (seria esta a técnica?) isso me rendeu uma calça rasgada. Desta parte de descida, já dá para avistar as águas do Poço do Gavião, tirei várias fotos!!! continuamos andando por mais alguns 10 minutos até chegar no Poço do Gavião. Realmente é um dos lugares mais lindos que já vi, talvez seja o meu preferido... o poço é enorme, a visão é fantástica do lugar, aquela lagoa enorme (mais de 100 metros) no meio das montanhas... é algo incrível!!!! a água é gelada, mais gelada que o normal. Fiquei com medo de entrar pois a água é muito escura, porque eu não conhecia.. mas o guia se jogou na água, depois que ele foi eu me joguei também hehehe, só depois que ele me disse que é cheio de cágados (tartarugas)... Inclusive tinha uma delas que sempre aparecia ao meio dia. Quando estava próximo do meio dia, o guia nos chamou para ficar no local onde a tartaruga aparece, eu achei meio doido isso mas fiquei lá parada, olhando, olhando..... pois não é que a danada aparece mesmo!!! rsrsrs que fantástico!!! e ainda faz pose para foto!!! No percurso das águas há alguns poços mais rasos e pequenas quedas d'água. Fiquei nadando nas águas geladas, desci o percurso do rio, a vegetação é muito exuberante, várias espécies de insetos, fiquei observando umas formigas listradas, as borboletas são multi coloridas e lindas!! Depois quando retornei “o povo” estava tirando fotos de uma cobra verde. Ficamos lá por mais algum tempo e às 15:00 horas retornamos, me deu o maior arrependimento de não ter ficado para dormir, mas como falei antes a grana estava curta e não dava para pagar duas diárias para o guia. A volta me pareceu mais rápida, na descida todo santo ajuda! Como chegamos relativamente cedo, resolvi tomar um banho e curtir o pôr do sol na Cachoeira de Rodas que é bem pertinho, segui com os amigos por uns 10 minutos e para nossa surpresa quando chegamos tinha várias pessoas peladas!!! Homens, mulheres, crianças, idosos... Era o encontro de uma comunidade alternativa. Eu fiquei um pouco assustada no início, depois acostumei... rs! Após o banho naturista, seguimos para o Bar de Medinho pra tomar uma gelada! PS: Esta trilha é super necessário que se use calça. Rodas e Rio Preto Logo no início da trilha a pessoa é presenteada com a vista da Serra do Candombá, segue-se pela encosta acompanhando um muro de pedras construído por escravos nos tempos do garimpo. Acho legal nesta trilha inverter a ordem, primeiro ir ao Rio Preto e depois, no final da tarde, ir para Rodas. O pôr do sol em Rodas é muito lindo!! Dos pequenos poços de água gelada da Corredeira de Rodas (legal para crianças pois são rasos) se tem vista panorâmica de todo o local, além de servir de “camarote” para apreciar um pôr do sol fantástico!!!! Isso porque os raios de sol (amarelados) cobrem os paredões de rocha que cercam a Corredeira de Rodas, e formam um espetáculo de cores. A encosta fica toda alaranjada, um espetáculo!!! lembra a música “trem das cores” de Caetano Veloso. Rodas começa com alguns poços bons para banho, porém com muitas pedras, em um determinado trecho forma-se uma corredeira, por isso que eu sempre me refiro ao local como “Corredeira de Rodas”. Legal é descer cuidadosamente, corredeira abaixo para apreciar o poço que tem lá no final, uma pedra enorme separa a corredeira desse poço maior. Rio Preto – O rio Preto percorre toda a encosta da Serra do Candombá, a trilha é bem fácil, antigamente existia uma espécie de batismo para os iniciantes que era “se perder no Rio Preto”, mas hoje em dia, dá para chegar até de olho fechado!!! rsrsr, pois a trilha é bem fácil e demarcada. Após 30 minutos de caminhada, a descida é bem íngreme e escorregadia mas dá para se agarrar nas pedras e nos troncos das árvores, e ser uma descida super segura. Há um poço com a água escura e também algumas quedas d'águas, uma delas é mais baixa e menor e forma um pocinho bem legal para crianças, pois é raso e a queda d'água por ser mais baixa não é forte. Subindo nas pedras dá para ficar na parte de cima da Cachoeira do Rio Preto, lá é mais vazio, porque em feriados (em especial o carnaval e reveillon) uma pequena multidão vai ao Rio Preto, levam farofa, cães, bebidas alcoólicas etc. Mas há que se desconsiderar este detalhe, pois quase todos os lugares são assim em feriados. Morrão e Águas Claras Esta trilha começa próximo à entrada para a Cachoeira da Fumaça, segue-se direto pelos Campos Gerais do Morrão, uma fantástica caminhada!! são 3 horas de contato direto com paisagens das mais belas !!! as formações geológicas são bem diversificadas, assim como as constituições de florestas pois, ora pensa-se estar no cerrado, ora na caatinga, ora mata atlântica... muitas bromélias, cactos e orquídeas... a fauna também é bem diversificada há várias espécies de lagartos, borboletas, insetos em geral, cobras... toda hora tem uma cobra, aliás esta trilha, deveria se chamar trilha das cobras!! , eu vi umas 6 cobras, uma delas era bem grande e estava no alto de uma árvore, tem muita cobra verde, as cobras coral (coral falsa) e caninana também tem muitas delas por lá. Bom, enfim.... muitas espécies de animais exóticos e até mamíferos. Por sinal, nesta trilha pude vivenciar uma experiência fantástica: eu vi um tatu fêmea amamentando um monte de tatuzinhos!!!! fiquei muito emocionada, nunca vou esquecer esta imagem... Inclusive, no interior as pessoas costumam matar animais silvestres para alimentação, e eu como morei a vida toda na Chapada Diamantina, já comi muito ensopado de tatu, hoje em dia não consigo mais, fico com dó do bichinho, me vem a imagem daqueles pequeninos sendo amamentados! Na encosta do Morrão o visual é fantástico!! para subir é necessário um esforço maior mas a compensação depois vale à pena!! as paisagens das serras e dos campos rupestres são encantadoras! Há muitos jardins de bromélias, são várias espécies, eu gosto de ficar observando aquela parte interna onde geralmente se esconde algum bicho, fico sempre esperando pular uma rã colorida, ou um grilo.... Ufa! Depois de uma caminhada de 3 horas, atrás do Morrão está o caminho para se banhar em Águas Claras!! um delicioso banho, uma piscina natural no meio do mato. A água é uma delícia, um pequeno lago, se comparado a outros em relação a sua extensão. Angélicas e Purificação A trilha segue até uma localidade chamada de Bomba, segue-se direto atravessando três rios com muitas pedras, dá para passar sem tirar o tênis (para quem usa) caminhando por cima das pedras. Após o terceiro rio, de imediato se vê uma placa do IBAMA, então é só virar a DIREITA e seguir a trilha que é demarcada. Angélicas é uma delícia, o poço é bem fundo e no final tem a cachoeira que é só pequena no tamanho mas no volume de água é um espetáculo!!! eu costumo nadar até a parte mais rasa do outro lado e seguir até a Cachoeira de Angélicas e ficar lá abstraída com a cabeça embaixo da queda d'água. Acima dessa cachoeira tem vários poços que é legal para quem quer privacidade, é legal também para fazer pequenas escaladas nas rochas, se cair tem água em abundância para amortecer. Uma curiosidade é a quantidade de pedrinhas que tem no fundo de cada poço, as pedrinhas são delineadas pelas aguas em anos de formação geológica e tem as mais variadas cores, os mais variadas formas, é muito interessante. A trilha da Purificação é logo acima do Poço em Angélicas, basta seguir trilha sempre pelo leito do rio, há muitas pedras pelo caminho, o que faz com que a caminhada seja um pouco difícil, há algumas quedas d'águas pequenas no percurso até chegar ao poço da Purificação, são pequenas cachoeiras lindíssimas, um espetáculo á parte. Aliás, o grande barato de ir à Purificação é o trajeto. O poço da Purificação tem este nome porque a água é tão gelada que a pessoa sai de lá purificada!!! zerada em pecados!! rsrsr (é verdade!! os moradores antigos que contam). Eu acho a água muito gelada, o corpo fica dormente.... e tem uns paredões recobertos por uma vegetação exuberante que fecham a entrada do sol, por esta razão a água é tão gelada. No final há a cachoeira, cuja água é mais gelada ainda! É uma boa trilha, gosto muito das formações rochosas e das pedras (tem pedras de todos os tipos) sempre volto dessa trilha com muitas fotos de pedras e seus formatos, tem formato de tudo que é coisa, já fotografei pedra em forma de cavalo, estrela, lua, cavalo marinho etc.. Cachoeira das Fadas Esta cachoeira na verdade é uma continuação da trilha para chegar à Cachoeira das Angélicas e da Purificação. Em frente a cachoeira da Purificação tem uma entrada esquerdo, às vezes a mata está muito fechada e pode parecer que há passagem, é preciso observar com atenção, pegando esta trilha basta contornar a Cachoeira da Purificação por cima, e andar por uma trilha de mata fechada uns 10 minutos e chega-se ao Poço que alguns chamam de Poço dos Duendes, que é pequeno em extensão mas é super aconchegante. A Cachoeira das Fadas é linda!!! os raios do sol batem na queda d'água que fica brilhante! Uma maravilha!! Há um outro caminho para chegar, algumas pessoas seguem ali mesmo pela Purificação, escalando os paredões, porém é muito arriscado, pois tem muito limo, e em determinados momentos o espaço para colocar os pés não cabe um pé tamanho 37 por completo. É muito perigoso, inclusive já houve acidentes. Soube por ouvir dizer, que a trilha está interditada por conta de um deslizamento que ocorreu em junho/2010, com as chuvas, restando tão somente a opção de ir escalando pelos paredões cheios de limo, se estiver em época de pouca chuva a coisa melhora. Cachoeira da Fumaça (por cima) Esta trilha dispensa maiores informações, pois trata-se da trilha para chegar à maior, oopss! segunda maior cachoeira deste país, 380 metros de queda livre, além de ter bons relatos sobre ela aqui no site. A trilha começa na entrada da Associação dos Condutores do Vale do Capão, antigamente a trilha só podia ser realizada com o acompanhamento dos condutores, hoje em dia não é obrigatório, é preciso assinar uma lista que fica na sede da Associação, e se possível o “turista” deve colaborar com doação em dinheiro, coisa pouca R$ 5,00 ou R$ 10,00, eu que sou uma “dura” e não sou turista (lá no Capão) deixo uma nora de R$ 2,00 pra colaborar com os voluntários. Eu costumo dividir esta trilha em 3 etapas: 1ª etapa – subir, subir, subir até chegar à segunda etapa que é o Curral. A trilha começa com com uma subida bem íngreme, praticamente 2km só de subida, tudo compensado pelo visual panorâmico no primeiro e no segundo mirante, paradas ótimas para descansar, beber água ou água de coco, chupar geladinho ( tem uma garota que vende geladinho, sempre tirava fotos dela, em março deste ano fiz um apanhado de todas as fotos, desde quando ela era pequena até a atualidade e lhe dei de presente, ela ficou encantada!!! hoje ela é uma jovem de 16 anos! E continua vendendo geladinho com sua mãe.) Por falar em foto, esta primeira etapa pode-se tirar fotos panorâmicas fantásticas, o visual é incrível!! 2º Etapa – A partir do Curral (um muro de pedras é o ponto de referência) é só alegria!!!, uma trilha plana, e por ser uma parte de maior umidade, tem uma área de inundação que em determinadas épocas é necessário passar com a água na altura da cintura cintura. O espetáculo fica por conta da natureza, muitas flores, flores de todos os tipos, de todas as cores, algumas plantas carnívoras, e mais as multicitadas bromélias, orquídeas e cactos. Ainda nesta parte plana da trilha tem um trecho, logo após a área de inundação, que é todo cercado por campos rupestres, muito lindo e impressionante!!!! quando tem cerração ele fica mais lindo!! 3ª Etapa – Esta etapa começa com a chegada ás águas vermelhas do rio que forma a cachoeira, um banho para refrescar é sempre bom, e antes de se debruçar no abismo de 380 metros, eu gosto sempre de fazer dois “rituais” (eu passei a fazer estes “rituais” pelo convívio com os nativos, porque antes só me debruçava na pedra pra ver o abismo e depois voltava...). O primeiro deles (depois de um banho no rio) é retornar à trilha e seguir até o caminho que leva até a “garganta” da Cachoeira da Fumaça, confesso que todas as vezes sinto emoção e muito medo!!! Mas é este frio na barriga, esta sede de aventura que me faz viva!!! O segundo “ritual” é seguir à esquerda pelo leito do rio e chegar até à Toca da Maternidade, tomar banhar nas corredeiras que se formam e curtir o silêncio, o canto dos pássaros, o som das águas (isso se não for feriado, carnaval ou revellion, q a farofa rola solta!). Bom, e agora o principal: se debruçar na pedra e curtir o visual do grande canyon na sua imensidão!!! não tem preço!!! comer um pastel de palmito de jaca e um suco de maracujá do mato!! Depois curtir a volta de toda a trilha observando o que porventura não foi possível pela ansiedade em chegar. No final da trilha deve-se assinar a lista na ACVC, fazendo constar o retorno. Mais adiante tomar uma gelada ou um caldo de cana no buteco que fica na entrada da trilha, depois aproveitar o resto do dia se banhando no Riachinho. Riachinho O Riachinho fica há 6 km da Vila de Caeté Açu (Vale do Capão), é uma trilha bem fácil pois a caminhada é pela estrada vicinal que dá acesso à Vila, por esta razão muitas pessoas vão de carro (ou de moto taxi, custa R$ 5,00 ou R$ 7,00, se cobrarem mais que isso não pague! É exploração!) e param na entrada e é só descer uma pequeno trecho de pouca dificuldade e pronto! Eu não gosto desse nome “Riachinho” parece que é um pequeno córrego ou sei lá!! acho esse nome injusto com a grandiosa beleza do lugar. o lugar é lindo!! O Riachinho é um rio com corredeiras na sua parte mais alta, depois um paredão forma cachoeiras e cascatas lindíssimas, em seguida um poço de cerca de 30 metros, depois corredeiras novamente e em seu final um poço, com uma formação rochosa nas bordas bastante curiosa. Tem anos que eu não vou lá, a farofa rola solta em feriados: muito cheio de pessoas, farofa, cachorro nadando no meio das pessoas, bebidas alcoólicas, a água manchada de óleo oriundo, possivelmente, de bronzeadores affff.... Infelizmente eu não posso viajar em datas que não sejam feriados, nas minhas férias passar o dia no Riachinho é quase uma obrigação! O lugar é fantástico!!! Descer as corredeiras que dão acesso ao poço no final é uma experiência fantástica! Nadar, nadar, nadar …. deixar a cabeça embaixo da queda d'água e esquecer de tudo... curtir os sons da natureza... ah! Muito bom! Há alguns guias ou agências que fazem rappel no canyon do Riachinho. Ah! Já ia esquecendo, tem uma parte do poço que é bem legal para crianças pois é raso e dá para brincar e nadar bastante. Conceição dos Gatos e Poço das Cobras Esta trilha é muito legal para quem vai com crianças, o acesso para quem sai de Caeté Açu é feito pela estrada vicinal em direção a Palmeiras, após 12 km há a entrada da pequena Vila da Conceição dos Gatos, o curioso é que tem um cemitério logo na entrada, segue-se então por mais uns 2km e chega-se a entrada da Cachoeira da Bela Vista (este é o nome verdadeiro, Conceição dos Gatos é o nome da Vila e não da Cachoeira). O acesso é feito por uma descida bastante íngreme em forma de escadaria, depois atravessa-se o rio, passa-se por um campo de futebol, e segue-se a trilha numa subida, no percurso da subida já dá para avistar a Cachoeira, que é enorme e suas águas seguem rio abaixo, em propriedade particular. Há um poço maior, com uma cachoeira pequena e volumosa, acima há 3 poços menores, um deles é bem legal para crianças porque é raso e tem areia no chão, além de algumas árvores com bastante sombra no seu entorno. Poço das Cobras – (relato da minha 1ª vez na trilha, com direito a um quase afogamento) Após os 3 poços menores da Conceição dos Seguimos pelo pelo leito do rio a trilha começou a ficar com um grau maior de dificuldade, pois foi preciso caminhar pelas pedras, muitas das quais pontiagudas e a vegetação era inóspita (tenho várias cicatrizes de lembrança... rs). É uma trilha selvagem, muita picada de inseto, de formiga, muitas aranhas, muitas cobras, a mata é fechada... Após uns 10 minutos de caminhada duas amigas desistiram e foram para o bar (afff...), então seguimos adiante e 30 minutos de sofrimento, chegamos a até então inédito Poço das Cobras, alguns moradores da Vila estavam voltando de lá e parei para conversar com eles e pedi informações sobre um monte de coisa! Rsrrs Afinal era minha primeira vez … Bom, de posse das informações fui nadar naquela imensidão de águas, uns 80 metros de poço!! o lugar é muito lindo, tem uma árvore gigante tombada no lado esquerdo do poço e ao fundo mata fechada. Do lado direito um imenso paredão recoberto por alguns arbustos, muitos pássaros, fiquei fascinada pelo canto de cada um deles e que as vezes se misturava, tinha muitos gaviões de grande porte. Ficamos lá maravilhados com a descoberta de uma nova trilha, se banhando nas águas. O poço começa raso e vai afundando aos poucos, o solo é com areia e algumas pedras maiores (trombei numa delas). Resolvemos nadar até a cachoeira, nadei por toda a extensão do poço, chegando a uma espécie de corredor, estreitado pelos imensos paredões de rocha, esta parte tem umas pedras e fica raso, fui me segurando nas pedras escorregadias quando aconteceu a merda: não consegui me segurar e a correnteza me empurrou pra um buraco ao lado direito da cachoeira, que eu não tinha visto, eu entalei com a água nadei com todas as minhas forças mas a correnteza era muito forte, e me empurrava pra o buraco negro … comecei a me afogar...poxa, logo eu??? exímia nadadora??? fiquei lá agonizando, sem respirar mas de súbito, para me salvar, apoiei meu pé numa pedra e empurrei com toda força, fui levada pela correnteza das águas até a parte que é rasa e ali respirei fundo e agradeci por ficar mais algum tempo na terra. Ufa! As águas que descem da cachoeira formam duas correntezas, uma delas jorra pra o corredor (que tem uma parte rasa) e a outra jorra até o tal buraco. Eu escorreguei e fui parar nesta correnteza que jorra para o buraco. Voltei nadando e fiquei lá toda quieta, os amigos não entenderam nada... Ficamos lá curtindo o visual por mais 1 hora e voltamos para almoçar. A volta foi mais tranquila... tem um restaurante bem legal e o lance é você encomendar a galinha caipira antes de subir para a cachoeira, ela estará pronta na volta, comemos a galinácea, com um delicioso pirão, arroz e saladas. Depois seguimos pra o Bar para encontrar os amigos desertores, estavam todos lá tocando violão e tomando todas!!! por conta do “quase afogamento” fiquei quieta, nem tomei uma gelada... estava introspectiva... Continua (...)
  19. Olá mochileiros, Estou indo para a Chapada Diamantina no dia 26/12 e retornarei no dia 04/01. Observações: Chegada dia 27/12 às 1h da manhã e saída dia 04/01 às 22:05 ambas serão por Seabra. Do dia 27/12 a 29/12 estarei no Vale do Capão. Estou na companhia de outra mulher. Quero fazer a travessia do Vale do Pati do dia 29/12 ao dia 03/01 mas estou em duvida se faço com guia particular ou sem guia. E se alugo carro ou não. Acredito que nesta época a trilha estará cheia, meu medo é não conseguir hospedagem. Poderiam me ajudar? - Experiências e relatos fazendo a travessia de forma independente em alta temporada. - É necessário alugar carro? Se sim, onde deixar? - Preços atualizados (2019) de hospedagem e alimentação no Vale do Pati. Obrigada!
  20. PATI SELVAGEM: uma travessia de tirar o chapéu e deixar marcas Como toda banda de Rock a vida nos bastidores nem sempre é um mar de rosas. É que a convivência em grupo por vezes desponta em desentendimentos que destoam do objetivo principal. É nesse contexto que o Projeto Rota das Travessias iniciado em 2016 com cinco integrantes perde alguns de seus talentos que, por hora, seguem “carreira solo” (rsrsr). Mas como o “show tem que continuar” aqui teremos uma aventura com participação de três integrantes da antiga “banda”: Eu (Djair), João e Wilson. Assim como na experiência anterior em 2017, escalamos o experiente Marquinhos Soledade (@expedicao_chapada) para ser nosso guia. Dessa vez, iremos realizar a Travessia do Vale do Pati, lá no coração da Chapada Diamantina, na Bahia. Entretanto fugindo um pouco do convencional optamos por deixar esse trekking mais radical fazendo um trajeto mais selvagem. A ideia é começá-lo em Andaraí subindo o curso do Rio Paraguaçu e seu Cânion. É uma opção que cobra maiores cuidados tanto pelo terreno como pelo isolamento. É percurso pouco testado. Muitos evitam. É um trecho do Pati esquecido, uma rota praticada por garimpeiro. A trilha exige subir muitas pedras e paredões, bem como experimentar cruzar dezenas de vezes o lado do rio de modo a encontrar melhor caminho. Sem falar da possibilidade de ocorrência de fenômenos naturais como as temíveis cabeças d’água dentro do cânion. Os primeiros dois dias se passa numa região onde possivelmente não cruzaremos com outros caminhantes. Partimos de Recife numa sexta-feira (28 de junho) num voo da Azul Linhas Aéreas com destino a Salvador. Às 23h30 já estávamos na rodoviária para pegar o confortável ônibus da empresa Rápido Federal com destino à belíssima Lençóis. Rodamos a madrugada inteira. Às 6h da manhã desembarcamos e seguimos para a Pousada Bons Lençóis, ali mesmo na parte central da cidade. À tarde tomamos umas cervejas para celebrar aquele reencontro e também meu aniversario: 29 de junho, dia do santo São Pedro, estou ficando mais velho, presenteie-me com essa travessia: vamos brindar!!! À noite entre outras coisas e fizemos a feira coletiva que irá nos alimentar durante os cinco dias do trekking. Compramos, pesamos e separamos os pacotes dos alimentos em quatro partes. Agora cada um pode enfim fechar suas cargueiras para a pesagem final: 23 Kg (Djair), 20 kg (Wilson) e 17 kg (João). Guardamos a fração de alimento que cabia a Marquinhos para entregá-lo em Andaraí (distante 100 quilômetros da cidade de Lençóis) na manhã seguinte onde começaremos nossa travessia. 30 de Junho – 1º DIA (domingo) O domingo chega. Fretamos um taxi para nos levar à Andaraí. Encontramos nosso guia no pátio da igreja católica naquela cidade e de lá seguimos no veículo até a estrada onde tem início nossa jornada. Donana é como os moradores conhecem aquela área, uma referência a uma antiga moradora da localidade: Dona Ana. Vamos seguir a velha trilha usada por garimpeiros. Uma vegetação arbustiva é o que encontramos nos primeiros metros. Seguindo um pouco e ela vai mudando. Agora temos uma área mais preservada. Árvores maiores vão ocupando os espaços. Uma ponte de madeira marca o inicio dos limites do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Daqui pra frente à aventura começa pra valer. A trilha segue paralela ao Rio Paraguaçu. O terreno é de subida, sentimos o peso nas costas. Enfileirados seguimos pela trilha dentro da mata. O lado esquerdo fica o leito pedregoso do rio Paraguaçu de onde se ouve o som forte de suas águas. A certeza de que estamos optando por um trecho selvagem nos obriga a muitos cuidados. Aliás, pela primeira vez iremos realizar uma expedição utilizando equipamentos de GPS: Eu com um relógio Garmin Fênix 3 HR, enquanto Wilson carregava o indispensável SPOT G3. Esse é o instrumento mais importante, pois é capaz de acionar socorro e enviar nossa localização precisa em caso de acidentes. Era apenas o início de nossa travessia. Mal tínhamos completados 2 km e tivemos um susto: Wilson acabou batendo a cabeça contra uma ponta de um galho ao passar por baixo dele e o resultado foi um corte na parte superior do couro cabeludo que causou um sangramento. O kit de primeiros socorros levado por Marquinhos foi logo usado e minutos depois pudemos continuar. Ufa! Descemos. Seguimos agora pela margem pedregosa do Rio Paraguaçu. Esse é o tipo de terreno que iríamos enfrentar nas próximas 48 horas. A visão das pedras que formam todo o conjunto é muito bonita. Nossa caminhada exige muito equilíbrio porque temos que pular pedras imensas e andar sobre elas e descer outras tantas. Executar um pulo entre pedras com 20 kg nas costas é algo que exige bastante. É preciso jeito e sorte! No quarto quilômetro fizemos uma pequena pausa para um descanso. Nosso guia buscou se refrescar nas águas geladas do rio eu a fazer as primeiras filmagens pra não perder nada da aventura que estava apenas começando. 30 minutinhos nessa parada e já tomamos uma subida forte à direita pelo paredão do Cânion do Paraguaçu: uma trilha dura pela encosta recoberta de arbustos. Agora já estávamos a quase 400 metros de altura em relação ao ponto inicial do trekking. Já era quase 2h horas da tarde. Estávamos outra vez dentro do leito do Rio Paraguaçu. Havíamos cruzado apenas de 6,5 km e fizemos a parada para o almoço. Visual deslumbrante. Comentava com o João de como tudo aquilo era admirável e do privilegio de se estar ali. A imagem das paredes do Cânion recoberta de vegetação verde em contraste com a água avermelhada, com as pedras no leito, as nuvens e o céu azulado trazia mais beleza ao cenário. Marquinhos assumiu a cozinha e sobre um enorme pedra fez uma mistura que seria nosso almoço: grão de bico e atum sólido. Foi bem breve nossa parada. Seguimos a caminhada e agora já estávamos diante de uma bifurcação de cânions. Majestoso recorte de rochas que marca o encontro de dois rios: do lado esquerdo as águas do Rio Paraguaçu e do direito as do Rio Pati. É um marco geológico de dois grandes cânions. Pela primeira vez avistamos a boca do Cânion Pati. Às três da tarde havíamos percorridos 7,7 quilômetros quando chegamos à prainha formada do lado das águas do rio Pati onde levantamos o acampamento. Aproveitamos a área de terra, sem vegetação, para fazer uma fogueira distante uns 3 metros das portas das barracas. Depois disso foi momento de aproveitando os raios do sol cair e naquelas águas de dupla identidade. O tempo passou rápido e a noite se aproximava. Marquinhos como de costume assumiu a cozinha preparando macarrão, linguiça defumada, tomates, cebola: o cheiro e o sabor estavam perfeitos! Depois da janta seguimos com nossas lanternas para o meio do rio. Aproveitamos uma das imensas pedras para sentar e experimentar a imagem contemplativa do céu estrelado e o som das águas naquele lugar inóspito. Às nove da noite estávamos em nossas barracas. Marquinhos “homem bruto” resolveu lançar seu saco de dormir próximo à fogueira para passar a noite. Cabra de coragem (rsrsrs). A temperatura estava agradável. O termômetro marcava 21 graus. Foi fácil pegar no sono dessa vez. 01 de Julho – 2º DIA (segunda-feira) Acordei por volta das seis e meia da manhã imaginando como seria nossa caminhada. Vamos preparar o café e começar mais um capítulo de nossa história. O dia era bonito, eu estava tranquilo e até mesmo meio lerdo (rsrsrs), por isso me atrasei um pouco retardando a partida. Somente às 9h30 iniciamos a trilha. Há uma estimativa de que o percurso possua 9 km e que os mesmos serão bem pesados. O Cânion do Paraguaçu ficou ali. Nosso movimento agora é à direita, dentro do Cânion do Rio Pati. Por ele iriamos saber a razão pelo qual muitos aventureiros evitam aquela rota. O nível de dificuldade do trekking aumentou bastante já nos primeiros metros. O pula-pedra passou a ser uma constante e tirar a bota para não encharcá-la logo se mostrou ilusão e perda de tempo. Avançar sobre rochas escorregadias é uma maluquice, mas não ha outra maneira de seguir. Os joelhos sofrem demais com o peso nas costas somados ao impacto dos saltos entre as pedras que tem que ser precisos. É força, equilíbrio e principalmente sorte: levamos 1h42 minutos para percorrer 2 km tamanha dificuldade que o terreno apresentava. Ora estávamos de um lado do leito, ora do outro. E quando nos aproximávamos do terceiro quilômetro executando umas dessas passagens entre pedras escorregadias o companheiro João tomou uma queda. Ele escorregou batendo com a canela em numa pedra dentro do rio. Um hematoma imenso se formou no centro de sua canela. E isso nos deixou assustados uma vez que ele poderia ter fraturado a perna. Tirá-lo dali aquela altura seria impossível salvo por helicóptero. Levamos alguns minutos cuidando do amigo e graças a Deus tudo ficou bem: uma atadura foi colocada em volta da lesão, e seguimos ainda mais cautelosos com a certeza de que não podemos errar! O terreno continuou duro. Percorremos mais 2,5 km e de trilha. Dessa vez fizemos uma subida violenta a direita, uma trilha dentro da mata que margeia a parede do cânion Pati. Às 12h30 curta parada, dessa vez para recobrar o fôlego. O trajeto em ziguezague pelo rio, atravessando, pulando pedras é um exercício para o corpo e mente. A beleza do cânion em sua forma esbranquiçada emoldura o cenário. Outros 20 minutos de descanso. Passamos à margem esquerda desafiando pedras e vegetação da encosta. Agora temos um “tronco” fixado junto o paredão que serve como ponte evitando o caminho por uma parte escorregadia sob nossos pés. É preciso segurar na parede. Saindo da parede do cânion entramos na mata outra vez. Aqui é necessário muito empenho, forca, determinação. Tivemos que transpor um emaranhado de pedras e arvores: uma combinação que exige do corpo. O esforço ofusca a beleza daquele trecho. A única coisa que queremos é sair daquilo para um lugar amplo e sem obstáculo. Às 13h30 paramos dentro do Cânion para almoçar: grão de bico, atum cebola e tomate foi nosso almoço. Até ali tínhamos percorridos 7 km em 5 horas de muito esforço. Não temos a certeza da distancia exata do ponto de acampamento. Os 9 km que mencionei é uma mera especulação! Retomamos a trilha e ela continuou da mesma forma: dura e técnica. Quando completamos os 10 km já estávamos bem cansados e frustrados: percebemos que nossa ideia de quilometragem tinha ido por agua a baixo. 1 km depois se fez outra parada, estava bem claro que nosso moral estava baixo: expectativa e realidade se conflitavam. Somente após percorrer mais 3 km chegamos ao nosso destino: a Toca do Guariba. Já passava das 17h30 minutos. Foi preciso correr para montar as barracas sob a luz da tarde, afinal dentro do Cânion escurece mais rápido. Foram exatos 14 km percorridos naquele dia. A Toca do Guariba é nossa morada! Aliás, esse nome é dado pelo fato de que há um corte no Cânion que forma uma cavidade onde em geral os aventureiros buscam abrigo. É uma área protegida. O nome Toca do Guariba deriva pelo fato de que é comum avistar o macaco Bugio naquela área, eles também são conhecidos pelos nomes de Macaco Barbado ou Macaco Guariba. Não avistamos nenhum, tampouco os seus sons. Aliás, nesses quase dois dias ainda não cruzamos com ninguém na trilha. De fato estamos em local isolado. A noite chegou muito depressa. Não deu pra estar no rio e tomar banho. Dessa vez a higiene foi com lenços umedecidos. Estávamos exaustos, quebrados! Jantamos às 19h: frango, macarrão, linguiça defumada e bolo de rolo! Depois disso alguns instantes de conversa e música e às 21h já estava recolhido. O dia foi pesado! 02 de Julho – 3º DIA (terça-feira) Não consegui uma boa noite de sono. Só com o amanhecer do dia foi possível apreciar a beleza do lugar. O Rio Guariba é afluente do Rio Pati. Estamos exatamente no encontro dos Cânions. Tomamos nosso café e levantamos acabamento. Às 8h30 Deixamos as cargueiras em um ponto e fomos fazer uma breve visita dentro ao Cânion do Guariba. É um cânion estreito e belo. Passamos não mais que 1 hora. E infelizmente não tivemos a sorte de ver nem ouvir nenhum Bugio na local. Voltamos, pegamos as mochilas e fizemos uma subida pela mata. Uma acentuada inclinação nos lançava mata acima. As pernas sofridas pelos 14 km do dia anterior reclamavam a todo instante. A ideia é chegar à casa de seu Eduardo onde vamos dormir. Agora nosso caminho é por uma linda mata. Ela reveste a encosta do cânion dando beleza única a nossa caminhada. Estamos no alto do cânion encoberto onde é possível ouvir o som das águas do Pati. Seguimos firmes e confiantes por 1 hora onde fizemos breve parada para um rápido lanche. A nossa direita estava a majestosamente Serra do Império. Continuamos. Ainda estamos na mata. No quilômetro 3,5 nos desviamos erroneamente numa bifurcação à esquerda que nos levou a um curral, ops! Logo achamos a trilha certa e seguimos. Após 5 km de trilha, às 11h da manhã estávamos diante da primeira residência nesses três dias de trekking: a casa de seu Joia e dona Leu. E pra celebrar aquele encontro nada mais épico do que uma cerveja gelada. Sim, é possível tomar cervejas geladas no Vale do Pati. Comemos pão caseiro feito por Dona Leu e tomamos cerveja. Pagamos 12 reais por uma long neck (eu pagaria ate 50 reais rsrsrs). Passamos alguns minutos naquela casa humilde e acolhedora. Lavamos os rostos, enchemos nossos depósitos de água e seguimos. O terreno de seu Joia tem um visual incrível. Curiosidade daquele lugar são os avistamentos de felinos como as onças que causam receios a nativos e aventureiros que cruzam a região. Graças a Deus não tivemos nenhum susto. Mas há muita gente que já viu, ouviu seus sons ou seus rastros. Percorremos 8.20 e às 12h40 estávamos na residência de Seu Eduardo atualmente sob os cuidados do Domingos, seu neto. A casa fica aos pés do Morro do Sobradinho, a beira da Boca do Cânion Cachoeirão. Ela fica exatos três quilômetros daquela de seu Joia. Compramos refrigerantes e cervejas geladas. Isso e resultado das geladeiras alimentadas a gás butano e da energia solar que abastece a casa. O cansaço dos dois dias nos fez desistir do planejamento inicial que era visitar o Cachoeirão por Baixo. Resolvemos conter o dia conversando, tomando refringentes e cervejas e uns petiscos vendidos naquela casa. A decisão se deu pela perspectiva que tínhamos daquele trekking. Queríamos devolver o prazer da caminhada, buscar prazer efetivo. Na nossa visão acumular a visita ao Cachoeirão fazendo o bate-volta iria nos desgastar e o que precisávamos mesmo era de um tempo pra ficar à toa entre amigos. Acertamos também em comprar a janta ali oferecida e manter o acampamento com as barracas nas dependências da propriedade. Tivemos a oportunidade de conhecer um bom sujeito Catalão: Joan, ele estava de passagem em visita ao amigo Domingos. Ali contou sua vida e sua relação com o Pati. Joan mora no Capão junto com sua esposa, de nacionalidade brasileira. Ele relatou suas experiências com a natureza e de suas habilidades como especialista em agricultura sustentável e de sua colaboração em algumas comunidades na Chapada Diamantina. No meio da tarde fomos tomar banho no rio Cachoeirão, ele passa nos limites da casa. Uma pequena descida te leva às margens, grande poço e corredeiras te convidam a cair na água. Ao fundo temos uma visão incrível das paredes dos morros que formam o vale. A noite chegou e o jantar oferecido foi sensacional: carne de sol, estrogonofe de frango, arroz, feijão, macarrão, farofa de cenouras, abóbora, e suco. Perfeito! Comemos divinamente e continuamos até umas 21h conversando em grupo. A noite estava estrelada. Eu, Wilson e João fizemos uma pequena fogueira próxima à barraca e às 21h30 já estávamos recolhidos. 03 de Julho – 4º DIA (quarta-feira) Às 6h despertamos. Dessa vez procurei me apressar pra não atrasar o grupo. O café da manha foi preparado ali bem próximo às barracas: cuscuz e ovos. 8h15 já estávamos de saída. Tomamos o caminho a esquerda no sentido da casa de Seu Tonho. Atravessamos o leito do rio Pati sobre as pedras para seguir à margem esquerda do rio. Do lado direito margeando todo o leito uma belíssima mata acompanha o curso do rio. Essa caminhada ainda cedo ganhava muita beleza. A quantidade de sons dos pássaros trazia um encantamento fenomenal. O lado esquerdo nos acompanha o Morro Sobradinho, tocado pelos raios do sol. Tudo é maravilhoso! Agora temos forte subida. Logo estamos a 178 metros de altitude em relação à casa de Domingo. O visual belíssimo já nos revela ao longe o Morro do Castelo. 2 horas depois e 5.6 quilômetros fizemos a parada de descanso naquela área conhecida como “prefeitura” que na verdade é um antigo entreposto dos antigos comerciantes e produtores de café do Vale do Pati. A imagem que temos é perfeita, uma pintura que cabe em qualquer quadro.   Nossa próxima parada será na casa de seu Aguinaldo. Deixamos a prefeitura, atravessamos o Rio Lapinha e seguimos a trilha tendo a nossa direita o imponente Morro do Castelo. Seguimos a trilha dentro da mata. No caminho Marquinhos à dianteira nos indica com cuidado a presença de uma cobra Jararaca ali bem no meio da trilha... Imóvel e bem camuflada ela parecia buscar os raios do sol que atravessava os altos dos galhos e folhas daquele lugar. Olhar para o chão sempre, essa e a dica! Um pouco adiante tivemos a oportunidade de cruzar na trilha com Seu Antônio, Seu Tonho. Havíamos passado em frente a sua casinha, logo que saímos da casa de Seu Eduardo, lembra? Seu Tonho surgiu vindo atrás da gente, dentro da mata, na trilha estreita. Montava um burro e puxava outro que levava uma cela de carga (cangalha), seguia vocalizando comandos ao animal. Uma imagem bonita. Retrato de uma historia vida. É um som bonito que ecoava por entre a mata. De perto assistimos como são transportados todos os suprimentos dos nativos dali. O burro é o motor, o transporte. Enfim, depois de três horas de relógio, 8.4 km de distância e 426 metros de ganho de elevação chegamos à casa verde onde mora o casal. Estamos agora no Pati de Cima a 932metros acima do nível do mar. Ali fomos recebidos por dona Patrícia que nos ofereceu seus deliciosos pães caseiros e latinhas de Coca-Cola geladíssimas. Podemos apreciar os sabores ofertados diante de um visual belíssimo: estamos aos pés do Morro do Castelo. Alguns minutos de descanso e seguimos às 13h com nossas mochilas de ataque rumo ao alto. São 400 metros de subidas em meia a mata atlântica preservada, uma trilha íngreme que exige muito mesmo dos joelhos e muita atenção para evitar quedas. Levamos 1h20 minutos para completar os mais de 3 km de trilhas subindo até chegar ate o Morro do Castelo no alto dos seus mais de 1.400 metros. Numa subida tão vertical, não adiantar negar: vai doer. O Morro do Castelo é colossalmente bonito. O fato de existir uma gruta que atravessa todo maciço de quartzito no local faz o morro ganhar ares ainda mais mágicos. É espetacular o conjunto da obra. Adentrar na gruta mexe com a imaginação. Ela possui aproximadamente 800 metros de extensão e para cruza-la se faz necessário o uso de lanternas: a escuridão é total. Não esqueçam as lanternas e muito, muito cuidado ao caminhar, pois há Pedras soltas e pontiagudas por todo percurso. Ao cruzar a extensão da gruta temos do outro lado um visual incrível do Vale do Calixto, ele está no lado oposto ao Vale do Pati. É magico, é incrível! Estamos a mais de 1.400 metros do nível do mar e para onde se olha é um mar de beleza que agrada aos olhos e ouvidos. É o som dos ventos soprando forte que impressiona. Diante de tanta beleza muitos e muitos clicks, mas já é hora de retornar para Casa de Seu Aguinaldo que está 400 metros abaixo. É hora de descer aproveitando a luz do sol. Temos uma trilha dentro da mata e é bom não vacilar. Levamos 1h pra refazer o caminho de volta. Ao chegar corri, junto com o João, para armar nossas barracas na área de frente à residência. Wilson preferiu contratar um pernoite num dos quartos da casa. Nesse momento a temperatura começava baixar um pouco. O sol estava refletindo sem força nas bordas das paredes do Vale. Já estava imaginando a temperatura da água que iriamos tomar banho. Apelei por um aperitivo. Eu e João provamos umas doses de cachaça para ver se a coragem aparecia. Nem sei se isso ajuda. Fomos ao banho: água gelada da mísera! Contratamos o jantar e não nos arrependemos. Dona Patrícia caprichou: carne de sol, macarrão, arroz, salada crua e suco de maracujá. João que não come carne foi contemplado com uma omelete preparada com exclusividade. Todos felizes e de barriga cheia. Ao termino do jantar, enfim seu Aguinaldo apareceu e conversamos bastante. Ele falou de sua vida, da rotina naquele lugar e os desafios de se viver ali. O clima era úmido e a temperatura na casa dos 18 graus. Não tardamos buscar o aconchego de nossas barracas, Wilson se recolheu ao conforto do quarto. É nossa ultima noite dentro do Vale do Pati. 04 de Julho – 5º DIA (quinta-feira) Último dia. Acordei às 6h30. O termômetro marcava 14 graus. O som das águas do Rio Lapinha correndo, dos pássaros cantando e voando pertinho da barraca e a imagem do Morro do Castelo diante de nós marcavam o inicio daquele nosso derradeiro dia no Vale do Pati. Eu já sentia saudades de cada momento. Por outro lado, nosso amigo e guia estava com dores estomacais e apresentava também quadro de diarreia. Ficamos preocupados com a condição física dele. Ninguém merece ficar doente na trilha. Retardamos um pouco a saída. Marquinhos sinalizava que já estava tudo ok, então tínhamos que partir.   Às 9h010 saímos da casa de seu Aguinaldo. Subimos a trilha e seguimos pulando pedras no curso do Rio Lapinha e após caminhar 1.7 km a gente chegava à Cachoeira das Bananeiras. Seguindo o curso daquele rio e 1h 15 depois de nossa partida (2,5 km) estávamos na Cachoeira do Funil que se apresenta belíssima. Cruzamos o leito para pegar a trilha que fica na parte de cima da encosta, próxima a queda d´água. Minutos depois chegamos a Cachoeira da Altina. Ali havia um pequeno grupo de turistas. É uma cachoeira um pouco menor que a do Funil. Deixamos a Cachoeira da Altinha (nome que faz referencia a uma antiga moradora que ali lavava as roupas da família) e tomamos o caminho novamente à esquerda, atravessando o rio e subimos uma trilha íngreme pela mata. Chegamos à igrejinha. Percorremos 4 km contados a partir da casa de Seu Aguinaldo. Ali é a Casa de Seu João. Ela está próxima da Ladeira da Rampa que dá acesso ao Mirante do Pati e os Gerais do Rio Preto. Ali é uma casa que também oferece serviços de recepção aos aventureiros com comida e hospedagem. Lavamos os rostos e tomamos nossas ultimas latinhas de refrigerante dentro do Vale. O sol do meio dia castigava forte. São os testes finais de resistência depois de cinco dias de trekking. Doente, Marquinhos sentia bastante cada passo. Tive pena do nosso Leão da Montanha. Ao meio dia e meio estávamos no Mirante da Rampa. 6 km separam a casa de seu Aguinaldo do Mirante do Pati. E o visual a 1.337 metros é de tirar o fôlego. Ali enxergamos toda extensão do Vale do Pat: é o lugar perfeito para fazer aquelas fotos clássicas. Mas não podemos demorar. Temos horário marcado para nosso resgate lá no Beco, em Guine. O motorista Ari nos aguarda! As 13h10 seguimos nossa jornada pelo magnifica planície que forma as Gerais do Rio Preto. O terreno é um platô de campo rupestre, não há arvores naquele trecho, o lugar é belíssimo. A partir do Mirante, depois de 1,3 km cruzamos o riozinho que dá nome aquele local, o Rio Preto. Seguindo por mais 3.27 km estávamos enfim diante da descida de Aleixo. Eu diria que A Rampa e a Descida do Aleixo são tecnicamente iguais. A diferença e a ordem das coisas. Assim iniciamos nossa descida sob o calor das às 14h em direção ao ponto de encontro. Percorridos mais 2.1 km de trilhas chegamos ao final de um dos trekking mais bonitos desse pais. Foi sensacional! Agora vamos voltar pra Lençóis! Pati_Selvagem_-_Uma_Aventura__-_31_-08.docx
  21. Travessia Chapada Diamantina Extreme (10 Dias, 176 km) (Ibicoara x Lençóis) Sul x Norte 01 a 11 Setembro 2018 Integrantes *Formiga (Guia) https://www.facebook.com/formigueiro.formiga *Pedrão do Brasil (Idealizador do Trekking) *Luciano *Karla Saída de Vitoria no dia 30 de Agosto de 2018. Chega em Lençóis as 14:20 hs. Ida para o Beco Hostel. (www.obecohostel.com.br) Dia 31 ida para Ibicoara. Saímos de Lençóis cedo e fomos para Ibicoara, local onde o trekking iniciou. Nos Hospedamos no Refúgio da Família X no Campo Redondo. Dia 01 de Setembro ida a Cachoeira do Buracão. Liga ímpar e a melhor e mais bonita cachoeira da Chapada Diamantina. Inicio 10:00 hs Término 16:00 hs Ida e volta 7 km. Dia 02 Setembro. início da travessia extreme. Ida ao Baixão, onde se iniciou o Trekking, fizemos Cachoeira da Fumacinha por baixo Chegada ao entroncamento as 12:00 hs. Fumacinha as 13:00 hs. Acampamento entroncamento, Próximo a fenda as 16:00 hs. Inicio 09:30 Termino as 16:00. 12 km Dia 03 Setembro Saída do entroncamento (canyon da Fumacinha.) As 07:30 hs. Subida da fenda. Trilha da Fumacinha por cima.. Trilha da toca do vaqueiro. Trilha do Gerais do Macho Bomba. Pernoite na trilha. (Cela de descida para o Rio Mucugê) Inicio 09:00 hs Termino as 17 hs. 24 km Dia 04 Setembro Saída da cela as 08 hs. Descendo até o Rio Mucugê, passando pela Matinha. Parada na Cachoeira da Matinha .Logo seguimos para Mucugê. Chegando por volta das 17:30 hs. Pernoitamos no (www.hostelmucuge.com.br) Inicio 08:30 hs Término 17:30 hs 22 km Dia 05 Setembro. Saída as 09:30 hs. Pegando trilha para o encontro dos Rios Mucuge e paraguassu, passando pela AABB. Logo em seguida paramos na lapa do caboclo. Logo e seguimos para cachoeira do tomba cachorro. Local de nosso pernoite. Inicio 09:30 hs Término 17:00 hs. 21 km Dia 06 Setembro Saída da cachoeira Tomba Cachorro as 09:00 hs. Chegada no cachoeirao por cima as 12:00 hs. Chegada na igrejinha a tarde, triha irada e com subida bem suave, pois a trilha do Gerais do Rio Preto é muito boa. Inicio 09:00 hs Término 17:30 hs 20 KM Dia 07 Setembro Fomos a Cachoeira do Funis já no Vale do Paty. Afinal a trip merece um bom descanso com Banho. Inicio 10:00 hs Término 15:00 hs e um merecido descanso. 10 KM. Dia 08 Setembro Saída igrejinha as 08:30 h. Subida rampa. Gerais Rio Preto . Descida ladeira quebra bunda. Rancho. Gerais Vieira. Córrego das galinhas.. Bomba. Capão Inicio 08:00 hs Término 19:30 hs 28 km Dia 09 Setembro. Capão Dia de descanso Dia 10 Setembro. Capão Subida fumaça. Águas claras Poney Inicio 09:00 hs Termino as 16 hs 16 km Dia 11 Setembro Poney Trilha lençóis x pai Inácio Gruta do lapão (Passando por dentro dela) Lençóis 16 km 176 KM Hard 20180910_123055.mp4 20180911_085808.mp4
  22. Estou cogitando fazer uma road trip pelo Brasil (de carro, talvez 4x4), por enquanto estou bem no inicio, ideia surgiu a poucos dias e comecei montar algumas coisas, qualquer ajuda, dica etc e bem vinda (ficar mais/menos dias, preço de hostel, hotel, camping, principais passeios e preços, praias, o que não/fazer em determinada cidade, etc..) (se alguém que fez algo parecido puder me mandar valores, roteiros, passeios dicas etc aceito tb) Roteiro que pensei 21 dias 1º Dia 7h00 São Paulo(SP) -> Búzios(RJ) (já conheço o RJ de cabo frio para baixo) 11h de viagem - 700km 2º Dia Passeio por Búzios 3º Dia (compensa ficar 2 dias por la ou um so e suficiente para conhecer o que dizer ser um dos lugares mais lindos do brasil?) Passeio por Búzios 4º Dia 6h00 Búzios(RJ) -> Vitória(ES) 8h de viagem - 500km Passeio a tarde/noite por Vitoria 5º Dia (um dia para conhecer o principal da cidade e suficiente?) Passeio por Vitória 6º Dia 7h00 Vitória(ES) -> Porto Seguro(BA) 10h de viagem - 650km Passeio a noite por Porto Seguro/Trancoso(BA) 7º Dia Passeio por Porto Seguro/Trancoso(BA) 8º Dia Passeio por Porto Seguro/Trancoso(BA) 9º Dia 7:00 Porto Seguro(BA) -> Salvador(BA) 10h de viagem - 600km 10º Dia Passeio por Salvador e arredores 11º Dia Passeio por Salvador e arredores 12º Dia (compensa ficar 3 dias por la ?) Passeio por Salvador e arredores 13º Dia 7:00 Salvador(BA) -> Chapada Diamantina(BA) 6h de viagem - 450km Passeio durante a tarde Chapada Diamantina 14º Dia Passeio Chapada Diamantina 15º Dia (sei q a chapada e gigante e 10 dias nao sao suficientes para conhecer tudo, mas sera q em 2 dias dou conta de laguns lugares principais ou seria melhor pensar em mais dias ?) Passeio Chapada Diamantina 16º Dia 6:00 Chapada Diamantina(BA) -> Montes Claros(MG) 13h de viagem -> 900km 17º Dia Passeio Montes Claros 18º Dia 7:00 Montes Claros(MG) -> Ouro Preto(MG) 7h de viagem - 550km 19º Dia Passeio por Ouro Preto 20º Dia 7:00 Ouro Preto(MG) -> Belo Horizonte(MG) 2h de viagem - 100km Passeio por Belo Horizonte 21º Dia 7:00 Belo Horizonte(MG) -> São Paulo (SP) 8h de viagem - 600km Qualquer ajuda e bem vinda galera, vou dar uma procurada pelos tópicos aqui também, se soubrem de algum me mandem o link pf
  23. Deu a louca na gente. Cansados da rotina, eu e a Marlene trocamos nossa casa por um apartamento pequeno, trocamos nosso conversível por um SUV, abandonamos a empresa para os funcionários administrarem e partimos para desbravar o Brasil, rumo a Fortaleza (CE), onde encontraríamos com nossos filhos e noras, que iriam de avião passear, quarenta dias após nossa partida. Sessenta e quatro dias de viagem de carro, mais de treze mil quilômetros percorridos e 205 horas dirigindo (quase nove dias no total), passando por nove estados e 85 lugares visitados, partindo de Chapecó (SC) e culminando em Jericoacoara (CE). Abaixo fotos de alguns dos melhores lugares que visitamos, alguns deles desconhecidos pela maioria. Morro do Campestre em Urubici, com esta interessante formação rochosa. Morro Santo Antonio, em Caraguatatuba, tem esta linda vista, do alto da rampa para saltos de asa delta. Paraty é muito linda, com seu casario histórico. Praia do Caixa d'aço em Trindade, próximo a Paraty, uma piscina natural acessada por uma trilha ou de barco, muito legal. Praia do Forno, em Arraial do Cabo, tem uma das mais belas vistas do país. Alto do Pico da Bandeira, em Pedra Menina (MG). Em Ilhéus ficamos em uma Pousada na beira da Praia dos Milionários, muito legal! Cachoeira da Fumaça, na Chapada Diamantina. Tirei esta foto enigmática na beira de uma pedra, sem proteção alguma, com 400 metros de queda livre até o chão. De tirar o folego! Cachoeira do Buracão, na Chapada Diamantina, o melhor dia da viagem, vale a pena! Visitamos a Cachoeira do Buracão por baixo e por cima. Lençóis, na Chapada Diamantina, tem muito charme à noite. Vista do alto do Morro do Pai Inácio, na Chapada Diamantina. Poço Azul, na Chapada Diamantina. Poço Encantado, na Chapada Diamantina. Em Fortaleza encontramos com nossos filhos e noras, que foram para lá de avião, e com nosso compadre que mora lá. Daí fizemos alguns passeios nas praias, como Canoa Quebrada, na foto. Pedra Furada, em Jericoacoara. A noite em Jeri é muito legal, gostamos muito da balada ao por do sol no Café Jeri. Falésias em Morro Branco (CE). Já na viagem de volta, passamos por João Pessoa, onde fizemos o passeio de barco até o Picãozinho. Em Maceió ficamos só descansando e procurando apartamento, pois pretendemos morar lá. Em Guarapari fizemos a trilha do Morro do Pescador, para a Praia do Ermitão, muito legal. Em Búzios fizemos um passeio de barco muito legal. Praia da Ferradurinha, em Búzios, uma das mais belas do Brasil. Virou o hodômetro do computador de bordo... 13.043,5 km percorridos... Quem quiser uma visão mais detalhada da viagem pode acessar o álbum que criei no Facebook, com fotos de todos os lugares visitados, com descrição em cada uma, no link a seguir. facebook.com/luciordbandeira/media_set?set=a.1298889086919382&type=3
  24. Para mim é algo realmente complicado traduzir em palavras os momentos vividos nos dias da minha viagem. Viagem esta que não se traduz num simples mochilão ou turismo de longa duração. Foi o encontro de uma pessoa comum com seu sonho de andar por terras que tanto o inspiraram, terras mãe da esperança, terras de homens e mulheres feitos de histórias e de coração, corações gigantescos. O sentimento que fica depois de quase seis meses na estrada é o de gratidão, do agradecimento as infinitas pessoas que ajudaram esse pobre viajante das mil e uma maneiras possíveis, para vocês meu muito obrigado. Foto 1 - A companheira de viagem Tinha uma vida igual a tantas outras, era bem razoável por sinal, mas a vontade de caminhar e estar frente a frente com o novo me atormentava todos os dias. Queria conhecer com meus olhos as diferenças, os sotaques, as comidas, as belezas. Desejava não ter pressa, fazer tudo no seu tempo necessário, não estar preso a rotina dos dias e principalmente aprender. Sim, aprender, não com fórmulas prontas e nem sentado dentro de uma sala de aula. Queria aprender com experiências. Queria conhecer pessoas. De alguma forma queria fugir da minha vida cotidiana, não por ela ser ruim, mas pelo desejo de se conhecer e assim, quem sabe, voltar uma pessoa melhor. Quando esse sentimento passou a ser insuportável decidi que tinha que partir. Por um ano ajuntei algum dinheiro, queria ficar seis meses na estrada. A grana não era o suficiente, mas suficiente era a minha vontade. Dei um ponto final no trabalho. Abri o mapa e não tinha ideia por onde começar. Decidi não ter um roteiro, apesar de ter muitos lugares em que eu queria estar. Assim começa a minha história (poderia ser de qualquer um). O relato está dividido da seguinte forma: Parte 1: de Rio Claro ao Vale do Itajaí Parte 2: Cânions do Sul Parte 3: de Torres a Chuí Parte 4: Uruguai Parte 5: da região das Missões a Chapecó Parte 6: Chapada dos Veadeiros e Brasília Parte 7: Chapada dos Guimarães Parte 8: Rondônia Parte 9: Pelas terras de Chico Mendes, Acre Parte 10: Viajando pelo rio Madeira Parte 11: de Manaus a Roraima Parte 12: Monte Roraima y un poquito de Venezuela Parte 13: Viajando pelo rio Amazonas Parte 14: Ilha de Marajó e Belém Parte 15: São Luis, Lençóis Maranhenses e o delta do Parnaíba Parte 16: Serra da Capivara Parte 17: Sertão Nordestino Parte 18: Jampa, Olinda e São Miguel dos Milagres Parte 19: Piranhas, Cânion do Xingó e uma viagem de carro Parte 20: Pelourinho Parte 21: Chapada Diamantina Parte 22: Ouro Preto e São Thomé das Letras Parte 23: O retorno e os aprendizados O período da viagem é de 01/10/2015 a 20/03/2016. De resto não ficarei apegado nas datas exatas em que ocorreram os relatos que irão vir a seguir, tampouco preocupado em valorar tudo. Espero contribuir com a comunidade que tanto me ajudou e sanar algumas dúvidas dos novos/velhos mochileiros.
  25. Oi pessoal, tudo bem? Estou indo passar um tempo no Jalapão e depois vou para Lençóis na Chapada Diamantina. Procurei na Internet informações sobre deslocamento por ônibus entre municípios principais na rota entre as duas cidades, como Barreiras, mas não consegui informações. Preciso fazer um deslocamento barato. Alguém teria uma dica para dar? Obrigada desde já!
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