Ir para conteúdo

Pesquisar na Comunidade

Mostrando resultados para as tags ''la paz''.

  • Pesquisar por Tags

    Digite tags separadas por vírgulas
  • Pesquisar por Autor

Tipo de Conteúdo


Fóruns

  • Faça perguntas
    • Perguntas Rápidas
    • Perguntas e Respostas & Roteiros
  • Envie e leia Relatos de Viagem
    • Relatos de Viagem
  • Compartilhe dicas de Roteiros Gastronômicos
    • Roteiros gastronômicos
  • Encontre Companhia para Viajar
    • Companhia para Viajar
  • Encontre companhia, faça perguntas e relate experiências em Trilhas
    • Trilhas
  • Tire dúvidas e avalie Equipamentos
    • Equipamentos
  • Outros Fóruns
    • Demais Fóruns
    • Saúde do Viajante
    • Notícias e Eventos
  • Serviços com Desconto
    • Seguro Viagem
    • Reservar Hospedagem
    • Cupom de Desconto

Encontrar resultados em...

Encontrar resultados que contenham...


Data de Criação

  • Início

    FIM


Data de Atualização

  • Início

    FIM


Filtrar pelo número de...

Data de Registro

  • Início

    FIM


Grupo


Sobre mim


Ocupação


Próximo Destino

  1. Alguém ja fez La Paz a Potosi por conta própria? É fácil de encontrar ônibus em La Paz?
  2. Oi Pessoal! Me chamo Mônica, tenho 56 anos, sou geóloga e amo viajar! Fui para Bolívia e Arequipa com minha filha Letícia, 16 anos, e quero deixar aqui o meu relato para ajudá-los a programar essa viagem incrível e mais que surpreendente... Não é de hoje que quero conhecer a Bolívia, pois sempre que eu lia sobre o país me deparava com vários superlativos: o maior salar, o maior curso de água doce navegável, a altitude de sua capital - La Paz... enfim essa grandiosidade sempre me encantou, sem contar a cultura, as paisagens e o fato de estar encrustada nos Andes... Como em toda viagem eu programo muito antes, leio tudo sobre o país e o site dos Mochileiros sem dúvida foi um dos que mais consultei. Pegando um relato aqui e outro acolá, fui compondo a viagem que aconteceu entre os dia 19 de agosto a 02 de setembro de 2023. Eu moro no interior de Minas, em Itabira, cerca de 120 km da capital, então a viagem já inicia um pouco antes de quem mora nos grandes centros urbanos. Pela dificuldade e quantidade de horas que teríamos que gastar, se eu comprasse um um voo Belo Horizonte (BH) - La Paz, acabei comprando de São Paulo (Guarulhos - GRU) para La Paz - muito mais barato e rápido (em torno de 5 horas ida e 7 horas a volta). Na verdade não existe voo BH - La Paz, de qualquer jeito iríamos parar em São Paulo e ficar horas em conexão. Ao longo de minhas pesquisas também descobri que tem um ônibus da empresa ÚTIL, ótimo e com um preço super bom, que sai da rodoviária de BH às 19:45hs e chega no Terminal de Guarulhos às 05:00 hs da manhã. Com isso resolvi a chegada em Guarulhos sem pagar quase 2 mil reais de avião de BH para Guarulhos somente a ida.... Aproveitei e comprei ida e volta BH-GRU-BH de bus leito e super em conta! Passagem ida e volta BH-GRU ônibus leito - empresa Útil (4 passagens) - R$ 505,00 Passagem GRU-La Paz- GRU: R$ 4383,00 (duas passagens) Passagem Itabira - BH: R$ 108,00 (duas passagens) ônibus Leito da Viação Útil BH - Terminal de Guarulhos Dia 19/08/23 Saímos de Itabira no bus das 15:00 hs (pelo fato da estrada ser a BR-381, sempre temos que sair bem antes...), chegamos à rodoviária de BH as 17:20hs e pegamos o bus da Útil (leito) para o terminal de GRU às 19:45hs. Dia 20/08/23 Como chegamos muito cedo em Guarulhos (05:00hs) e o nosso voo era apenas as 18:35hs, reservei um hostel bem próximo ao aeroporto para descasarmos até a hora do almoço e irmos mais tranquilas para o aeroporto. Reservei pelo www.booking.com o ON Hostel GRU. Além da excelente localização, o hostel é super novinho e organizado, situado em frente a um atacadão e com restaurantes e lanchonetes próximas. Assim que chegamos, logo iniciou o café da manhã, muito simples mas tomar um cafezinho é muito bom! Dormimos e pelas 11:00 hs tomamos um banho e fomos almoçar num restaurante próximo ao hostel, aproveitamos também para comprar umas coisinhas no supermercado (atacadão). Por um erro do sistema do hostel, soubemos que não precisávamos fazer o check out às 11:00hs e com isso ficamos até às 15:00 hs, hora de irmos para o aeroporto... Ah o hostel ainda oferece serviço de translado grátis para o aeroporto! 99 do terminal de GRU para o ON Hostel GRU: R$10,30 1 diária quarto duplo no ON Hostel GRU: R$122,00 Como escrevi antes, fiz muitas pesquisas para essa viagem e li que um dos maiores problemas que acometem os turistas na Bolívia é infecção intestinal, além do mal da altitude (Soroche). Com isso comprei e levei vários remédios, entre eles: gripe, febre, diarreia, recomposição de flora intestinal, dor de cabeça, alergia, sorine, sal de fruta, pó para fazer para soro caseiro, epocler e pomadas como nebacetin, ferid e bepantol. Também levei protetor solar, protetor labial, hidratantes e lenço higiênico (esse item não pode faltar, além do papel higiênico que eles vendem avulso em inúmeras lojas pelo país... vi vender até no engarrafamento!). Devido a altitude e ao frio intenso, meu nariz sangrou e fiquei com muita coriza, o que ajudou foi o antialérgico que levei, além da pomada bepantol que passava o tempo todo no nariz e boca no Salar de Uyuni! Meu nariz só parou de sangrar quando cheguei ao Brasil! Assim que chegamos em Guarulhos fomos para o balcão da Gol e já levamos o nosso primeiro susto: a atendente nos falou que a GOL não fazia voo para La Paz....como eu comprei na 123 Milhas já gelei nesse momento! Após alguns minutos a atendente nos informou para irmos para o balcão da Aviacion Boliviana (BOL), daí já respirei aliviada...na verdade a GOL tem uma parceria com a BOL, por isso na minha passagem estava GOL....enfim! Assim que chegamos na BOL fomos prontamente atendidas e com muita simpatia, soubemos que além da bagagem de mão ainda teríamos direito para despachar mais uma mala, porém só estávamos com a mala de mão mesmo e isso não seria um problema! O voo não atrasou e nossa conexão foi em Santa Cruz de La Sierra. No entanto passamos por muita turbulência, deu um certo temor...não sei se é comum esse fenômeno nessa região ou foi um caso isolado, porém após esse trecho até La Paz o voo foi muito tranquilo! Dia 21/08/23 A chegada em La Paz é em outra cidade: El Alto, ou seja, essa região ainda é mais alta que La Paz, cerca de 4000 metros de altitude. Como eu ia chegar 01:00 hs com minha filha, preferi reservar o taxi com o hostel, achei mais seguro...Assim que chegamos o taxista já estava nos esperando e foi em torno de 30 min até La Paz. A estrada é muito sinuosa e apesar de estar escuro, já nos chama atenção a silhueta das montanhas e as casinhas cor de tijolo, é bem pitoresco! Um ponto importante: o frio....assim que saímos do aeroporto para entrar no taxi levamos um choque, nesse ponto já tem que levar um bom casaco, ainda mais se for chegar de madrugada... Decidi ficar apenas 3 dias em La Paz, li que em 3 dias dava para conhecer a cidade além de fazer alguns passeios em seu entorno, como Vale da Lua/Chacataya e Tuwanaco. Claro que se você puder ficar mais, terá tempo para explorar com detalhe seus bairros e museus, mas como eu queria chegar em Arequipa (Peru), meu tempo estava contado. Também pesquisei vários hostels e ficamos no Wake Up Hostel, ele se situa na Calle Murillo e é perto de tudo: Praça São Francisco, rua das Bruxas, rua Sagarnaga, etc.... fizemos todo o centro a pé e foi ótimo! Em todos os hostels que fiquei reservei um quarto só pra mim e minha filha e deu super certo! Além disso, fechei os passeios com eles e as agências foram super pontuais, eles passam em torno das 08:00 hs e nos deixam no hotel entre 16 e 17:00 hs. Assim que acordamos e tomamos café fomos explorar as redondezas do hostel e de cara já vimos a Igreja São Francisco! Por coincidência nesse dia estava tendo uma passeata das cooperativas mineiras. Bolívia é um país que tem uma história mineira muito forte e em muitos de seus distritos a mineração é o carro chefe e a principal fonte de emprego! Fiquei um tempo contemplando a praça e a igreja e o desfile dos mineiros de Potosi e logo ao lado da praça, em uma galeria, troquei meus primeiros Bolivianos! Consegui uma cotação de 1,40 para o Real! Nesse dia troquei 100 dólares = 696 BOL e R$3.000 reais = 4200 BOL. Cuidado com notas falsas! Pedi ajuda no hostel e me indicaram essa galeria que fica exatamente ao lado da Praça São Francisco! Após trocarmos o dinheiro, fomos para a rua das Bruxas! Imagina uma rua com várias lojas de artesanato, além de joias de prata e ouro? Me chamou atenção a Bolivianita, uma gema típica da Bolívia que é metade ametista metade citrino. Acabei comprando um pingente e uma amostra bruta desse mineral! Curioso também é ver as lojas com artefatos exotéricos para a Pachamama! Guarde o nome dessa divindade, você vai ouvir falar muito sobre ela na Bolívia, além de sagrada tem um significado muito forte para seu povo! Também na região da Igreja de São Francisco existem algumas galerias com produtos artesanais de lhama, mantas, joias, ou seja, todos o tipo de artesanato do país! Pechinchar é um ótimo exercício na Bolívia, você sempre consegue um preço mais baixo! Nessas lojinhas comprei uma polaina de lã de Lhama que ajudou muito no frio de Uyuni! Após bater perna pelas ruas próximo ao hostel fomos almoçar e como essa região estava muito cheia e confusa devido a manifestação, resolvemos comer numa franquia de frango e batata frita. O nome do restaurante é Conchabamba e tem vários por La Paz! Taxi El Alto para o Hostel: 100 BOL Almoço com coca cola no Conchabamba: 60 BOL (para dois) Pingente de Bolivianita e amostra: 200 reais (peguei em real) Polaina de lã: 20 BOL Diária quarto duplo no Wake UP hostel: 20 dólares (paguei 4 diárias) Água de 2L no hostel: 10 BOL Praça São Francisco - a galeria para câmbio é em frente de onde estou tirando a foto. Rua das Bruxas - onde se acha todo tipo de artesanato! Artefatos exotéricos na rua das Bruxas! Cotação de várias moedas em La Paz! PESSOAL TODO DIA VOU CONTAR MAIS UM POUQUINHO DA VIAGEM!
  3. Salve Salve Mochileiros! Segue o relato do mochilão realizado na Bolívia no final de 2018, se liga na vibe do nossos visinhos bolivianos... 1º Dia: Partida - 26/12/2018 - 15h00 - São Paulo x Porto Quijarro - Empresa La Preferida R$315,00 Partimos de São Paulo dia 26 de Dezembro de 2018 as 15:00pm da tarde do Terminal Rodoviário da Barra Funda. O ônibus teve um atraso de 30 minutos para que todos os passageiros guardassem suas bagagens no ônibus. A viagem é tranquila e o ônibus muito bom com banheiro e água da empresa La Preferida. Este primeiro trecho da viagem foi entre São Paulo à Porto Quijarro já na Bolívia. A viagem foi tranquila com duração de quase 23 horas e com paradas de 3 em 3 horas. 2º Dia: Partida - 27/12/2018 - 13h00 - Porto Quijarro x Santa Cruz de la Sierra - Empresa 2 de Mayo Bs$100,00 - Moto Táxi Bs$6,00 - Taxa terminal Bs$3,00 Depois de horas na estrada estávamos próximos ao serviço aduaneiro de fonteira terrestre - ADUANA - na fronteira com a Bolívia. Pensamos que o ônibus iria parar para que fizéssemos a saída do Brasil e depois a entrada na Bolívia, mas o ônibus passou direto na fronteira e só parou no Terminal Rodoviário de Porto Quijarro, já em território Boliviano. No terminal rodoviário trocamos um pouco de real em pesos bolivianos e guardamos nossas mochilas na sala vip da empresa La Preferida que foi gentilmente cedida aos passageiros, logo depois pegamos um moto táxi por Bs$3,00 bolivianos para retornar à fronteira para darmos a saída do Brasil na ADUANA Brasileira e firmar a entrada na ADUANA Boliviana. O trecho do terminal rodoviário até a fronteira leva menos de dez minutos. Chegamos na fronteira e atravessamos para o lado brasileiro novamente para fazer a saída do Brasil. A fila estava grande para quem fosse dar entrada no país mas para quem era brasileiro e estava dando a saída do país, no caso do Brasil, estava sendo atendido mais rápido. Fomos atendidos depois de uns 40 minutos e corremos para a fila da ADUANA Boliviana que esta um pouco menor. Carimbamos nossos passaportes e firmamos a entrada na Bolívia. Agora estávamos em dia com o controle de imigração rsss. Após todo trâmite da fronteira retornamos para o terminal rodoviário para almoçar e comprar nossa passagem para a nossa próxima parada, a cidade de Santa Cruz de la Sierra. Compramos em um dos diversos guichês na rodoviário pela empresa 2 de Mayo por Bs$100,00 bolivianos mais a taxa do terminal de Bs$3,00 bolivianos para as 13:00pm com aproximadamente 16 horas de duração. Poderíamos pegar o famoso Trem da Morte pelo mesmo valor e que também sai de Porto Quijarro mas leva um pouco mais de tempo para chegar em Santa Cruz e como estávamos com pouco tempo preferimos ir de ônibus mesmo. A viagem foi tranquila passando por diversas florestas e rios nos mostrando paisagens lindas do território boliviano. Fizemos algumas paradas durante o caminho para comer e ir ao banheiro pois no banheiro deste ônibus só podia mijar. Logo no começo da viagem o cobrador pediu para que quem precisasse cagar era pra pedir pra ele que eles paravam o ônibus para a pessoa fazer na estrada, pois como a viagem seria longa, se fosse fazer no ônibus mesmo ninguém aguentaria o cheiro. Mas ninguém precisou rsss. 3º Dia: Partida - 28/12/2018 - 11h30 - Santa Cruz de la Sierra x La Paz - Empresa Concórdia Bs$220,00 - Banheiro Bs$4,00 - Taxa Terminal Bs$5,00 Chegamos em Santa Cruz por volta das 4:00am da madrugada. Ficamos aguardando o Terminal Bimodal de Santa Cruz abrir as 6:00am para poder fazer o cambio da moeda e comprar nossas passagens para nosso próximo destino, La Paz. Ficamos aguardando em alguns bancos que tem do lado de fora do terminal, quando um policial da INTERPOL abordou um de nós pedindo o documento de entrada na Bolívia. Documentos conferidos e fomos liberados rapidamente. Se não tivéssemos feito a entrada no país seríamos multados por estarmos ilegais no país pagando uma multa por este delito. O terminal começou a abrir e logo vimos uma mulher vendendo as passagens para La Paz pela empresa chamada Concórdia pelo valor de Bs220,00 bolivianos, já adiantamos e compramos. Depois entramos no terminal para aguardar nossa partida que seria somente às 11:30am, então tínhamos um bom tempo para comer, trocar dinheiro, tomar banho e dar uma volta pelos arredores do Terminal Bimodal de ônibus de Santa Cruz de la Sierra. Pagamos Bs1,00 boliviano para banheiro e Bs3,00 bolivianos para banho no terminal, isso acontece em toda a Bolívia, todo banheiro será cobrado, seja para necessidades ou seja para banho. Então separem suas moedinhas, pois elas serão muito úteis para isso. Outra utilidade para as moedas, são as taxas de embarque que todo terminal de ônibus cobra. Depois que compramos nossa passagem tivemos que ir em outro guichê para pagar a taxa de embarque do terminal que nos custou Bs$5,00 bolivianos. Dentro do ônibus antes de sair do terminal, um fiscal entra conferindo pessoa por pessoa o pagamento da taxa. Andamos nas ruas ao redor do terminal e encontramos diversas barracas com comidas de rua. Tinha bastante comida típica, muitas sopas e caldos, sucos e escolhemos para começar as famosas salteñas e empanadas boliviana. São maravilhosamente deliciosas e valeu muito a pena experimentar. Comemos também o famoso cuñapé, que seria o pão de queijo boliviano. Outra delicia boliviana mas confesso que os pães de queijo da minha avó são infinitamente melhores que os cuñapé boliviano ahuahuahuahu. Desculpa aew Bolívia rs. Retornamos ao terminal e embarcamos rumo a La Paz em uma viagem aparentemente tranquila mas assim que íamos distanciando de Santa Cruz o trajeto começou a ficar um pouco tenso. O trecho que passamos estava em obras e tivemos que passar por diversos desvios ao lado de desfiladeiros e enormes rios que cruzávamos a todo momento. Mais a noite o tempo mudou e começou a chover forte e o trânsito ficou bastante lento em alguns lugares. Com a noite chegando, a escuridão dominava e não tínhamos noção de onde estávamos passando, mas quando um relâmpago clareava tudo r nos dava a visão do quão perigoso estava o trecho que estávamos passando. Após o transtorno do trecho em obras fizemos mais uma parada para esticar as pernas, ir ao banheiro, comer alguma coisa, comprar água pois seria a ultima parada até La Paz. Como estava um calor de quase 30º graus desde Porto Quijarro, não nos importamos em colocar roupas de frio e seguimos em frente. Assim que o ônibus começou a chegar próximo da cidade de El Alto por volta das 5:00am da manhã sentimos o verdadeiro frio da Bolívia. 4º Dia: Partida - 29/12/2018 - La Paz - Banheiro Bs$1,00 - Hostel Bs$153,00 - Van Bs$5,00 - Teleférico Bs$3,00 - Empresa Diana Tour Bs$40,00 Pela janela do ônibus só se via um descampado sem árvores, sem vegetação, coberto somente por uma grama curta e alguns arbustos e muito frio. Tinham diversas casas feitas de barro no meio do nada. Meu coração começou a bater mais forte e a falta de ar também começou levemente. Estava com os esfeitos da altitude, o soroche. Notei que estávamos próximos de El Alto, a última cidade antes de La Paz. O ônibus fez uma parada e mais da metade dos passageiros ficaram por ali mesmo. Perguntamos se ali seria o ponto final do ônibus. Algumas pessoas e o cobrador responderam que sim. Que teríamos que descer ali e pegar o teleférico até La Paz. Quando pegamos nossas mochilas do bagageiro do ônibus, perguntei para o motorista se ali seria o ponto final. Ele respondeu que não, que ali era ponto final pra quem era de El Alto. Subimos novamente no ônibus e ai sim seguimos rumo ao Terminal de Buses de La Paz. Chegamos por volta das 7:00am da manhã no terminal e bem na hora do rush. Havia muito congestionamento e resolvemos saltar do ônibus antes de chegar no terminal e continuarmos a pé o trajeto. No terminal de buses de La Paz usamos o banheiro por Bs$1,00 boliviano, compramos nossas passagens para Copacabana por Bs$40,00 bolivianos pela Diana Tour e usamos o wi-fi gratuitamente para podermos acessar o mapa no telefone para poder seguir a pé para a Rua Sagarnaga. Esta rua esta concentrado a maioria das agências de câmbio, das agências de turismo, hotéis, pousadas e hostel. Fica bem próximo do Mercado Lanza, do famoso Mercado de las Brujas, da Igreja e Convento São Francisco, da Av. Illampu que contém diversas agências de turismo também. Ficamos hospedados no Hostel York B&B na rua Sagarnaga mesmo por Bs$153,00 bolivianos a diária por um quarto duplo, café da manhã e com banheiro privado. Como chegamos muito cedo no hostel e o check-in seria um pouco mais tarde, guardamos nossas mochilas na recepção do hostel e tomamos algumas xícaras de chá de coca para amenizar os efeitos da altitude que já estavam dando seus sinais. Ficamos por alguns bons minutos na cozinha do hostel tentando acostumar com aqueles sintomas e assim que o chá de coca fez efeito resolvemos sair pra rua para encontrar agências de câmbio para trocar nosso dinheiro e aproveitamos para dar uma volta na rua do Mercado de las Bruxas que estava começando a abrir. Retornamos para o hostel para fazer o check-in, pois já estava no horário, nos acomodamos no quarto que reservamos, tomamos um belo e merecido banho, arrumamos as mochilas menores e bora pra rua novamente almoçar e aproveitar o dia que por incrível que pareça estava fazendo sol com todo aquele frio. Então não podíamos perder tempo e saímos logo em direção à Praça Murillo, um dos cartões postais de La Paz. Ficamos um tempo nesta praça até que resolvemos perguntar para um guarda como se chega no Mirador Kili Kili. Ele nos orientou a pegar um tipo de van por ali mesmo em uma esquina da Praça Murillo pagando Bs$5,00 bolivianos que conseguiríamos chegar na entrada do mirador. Achamos a van e aguardamos por alguns minutos até que lotasse a van de passageiros. O percurso até o mirador durou apenas 10 minutos. A van percorre alguns lugares da cidade parando em alguns e seguiu rápido em direção ao mirador. Transporte barato, rápido e eficaz. O Mirador Kili Kili nos da a visão da grandeza de La Paz. Tem uma vista impressionante da cidade. Ficamos por horas neste local, até que o tempo que estava aberto se fechou de uma hora pra outra e começou a chover até granizo. Ficamos por quase uma hora em um abrigo no mirador aguardando a chuva passar. Foi impressionante ver aquela tempestade do mirador com seus raios cortando toda a cidade de La Paz. Assim que a chuva deu uma trégua conseguimos ir até o ponto e pegamos a van que nos deixou na Praça Murillo novamente. De lá fomos ao mercado Camacho comer uma típica comida boliviana. Estava frio e chuvoso e nossos estômagos estavam roncando de fome. Andamos por cerca de 10 minutos e já estávamos no Mercado Camacho. Pedimos dois pratos tipicamente bolivianos porem esquecemos de perguntar quantas pessoas eles serviam ahuauhaua. Vieram dois pratos enormes, um chamado Picana Navideña e outro chamado Planchitas que juntos serviam 4 pessoas facilmente ahuahuhauhau. Fiquei pensando depois que o garçom poderia ter nos avisado rsss mas tudo bem, comemos até o cu fazer bico! kkkkkkkkkk Barriga cheia, pé na areia! Saímos do Mercado Camacho e fomos nos aventurar nos famosos teleféricos da cidade. Foi sensacional andar por cima da cidade naquelas cabines. Parecia que estávamos flutuando sobre La Paz. O sistema teleférico em La Paz foi inaugurado no ano de 2014 ligando as cidades de El Alto e La Paz. Hoje em dia La Paz contém 9 linhas integradas levando 18.000 pessoas por hora, facilitando o trânsito caótico gerado pela geografia caprichosa do lugar. As linhas são interligadas, porém cada uma delas será cobrado uma tarifa de Bs$3,00 bolivianos caso tenha que trocar de linha. Retornamos ao hostel para descansar um pouco e aclimatar pois o soroche estava acabando com nosso fôlego e o coração disparava a toda hora. Como íamos subir mais ainda resolvemos ficar de booooa no hostel pois logo de manhã iriamos sair em direção ao Terminal de Buses de La Paz para tomar o ônibus para o nosso próximo destino, a cidade de Copacabana às margens do lago mais alto do mundo, o Lago Titicaca. 5º Dia: Isla Del Sol - 30/12/2018 - La Paz x Copacabana x Isla Del Sol (((((Continua no próximo post)))) Facebook: https://www.facebook.com/tadeuasp Instagram: https://www.instagram.com/tadeuasp/ (...)
  4. Resumo: Itinerário: La Paz (Bolívia) → Copacabana → Puno (Peru) → Cuzco → Águas Calientes → Lima Período: 03/01/1998 a 11/01/1998 03/01: La Paz (Bolívia) 05: Copacabana (Bolívia) 05: Puno (Peru) 07: Viagem de Trem de Puno a Cuzco 08: Vale Sagrado 09: Machu Picchu 10: Lima (Peru) 11: São Paulo Ida: Voo de São Paulo a La Paz pela Varig (posteriormente incorporada pela Gol), com escala em Santa Cruz de la Sierra. Volta: Voo de Lima a São Paulo pela Varig, com escala em Santa Cruz de la Sierra. Se me recordo, paguei com milhas do Programa Smiles. Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então pousadas, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Depois de tanto tempo os preços que eu citar serão somente para referência e análise da relação entre eles, pois já devem ter mudado muito. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Foi minha primeira viagem internacional (este é meu último relato retroativo). Devido a isso, com total inexperiência, fiz várias escolhas inadequadas. Tudo era novo para mim. Havia ocorrido cerca de um ano antes o sequestro na embaixada do Japão pelo Grupo Túpac Amaro, que culminou com a invasão pelas forças de segurança, a mando do Presidente Fujimori, terminando com os sequestradores mortos e com um juiz oposicionista morto também. Por isso o clima parecia um pouco tenso. Em toda a viagem só houve sol ☀️. Porém a temperatura esteve baixa em várias ocasiões, chegando a cerca de 6C à noite nos locais mais altos. Além disso a incidência de ultravioleta causou-me queimaduras que se somaram às queimaduras provocadas pelo frio. Isso causou dores, principalmente no rosto. Sofri bastante com a altitude, principalmente em La Paz, que foi o local de chegada, sem nenhum tipo de aclimatação anterior. No primeiro dia cheguei a deitar num banco numa praça, devido ao mal-estar. A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil 👍. Fui muito bem tratado em toda a viagem, com raras exceções. Houve um problema com um guia que me vendeu uma estadia num hotel em uma outra cidade, que aparentemente era fraudulenta. Perdi o dinheiro correspondente. Não tive grandes dificuldades com a língua, mas em alguns locais, principalmente no Peru, nem sempre conseguiram me entender. As paisagens e itens ao longo da viagem agradaram-me muito, com montanhas, lagos, ilhas, campos, floresta, monumentos, museus e outros . Especialmente gostei dos Andes, com suas altas montanhas cobertas de gelo, do Vale Sagrado, em particular de Pisac, do Lago Titicaca e de Machu Picchu. Viajei de ônibus e de trem. Achei as estradas bem razoáveis, porém com algum perigo, dada a altitude. A viagem teve alguns episódios complicados, como um assalto 🗡️ a uma passageira no trem e um atendimento armado um pouco ostensivo dos guardas da estação. Mas não sofri nenhum tipo de violência. Gostei da comida local, mas num dos locais, talvez devido ao tempero, acho que acabei contraindo algo que me deu um desarranjo estomacal, já perto do fim da viagem. Achei os preços na Bolívia e no Peru consideravelmente mais baixos do que no Brasil. Levei um cartão pré-pago do Banco de Boston com US$ 500.00. Se me recordo, ainda sobrou dinheiro. Um rapaz que conheci numa festa de casamento 6 meses antes falou-me de uma viagem semelhante que tinha feito e isso, além de me motivar a fazer a mesma, deu-me uma ideia do roteiro a seguir. Eu planejei esta viagem de apenas 1 semana porque só tinha este período de folga, visto que estava no meio de um projeto. Acho que o ideal teria sido durar pelo menos 2 semanas, para ver o desejado com calma. A Viagem: Fui de SP a La Paz no sábado 03/01/1998. Saí cerca de 9h da manhã e cheguei na hora do almoço, dado o fuso horário de 1h, mesmo com uma escala em Santa Cruz de la Sierra. No voo havia duas moças, creio que com idade próxima a 18 anos, conversando animadamente. Uma delas mudou de lugar e na parada em Santa Cruz ou próximo, uma delas pediu para chamar a outra que dormia no banco na minha frente. Eu chamei várias vezes, toquei no braço e no ombro dela, mas ela não acordou de jeito nenhum, o que surpreendeu a amiga. Foi a primeira vez em que eu vi neve ao vivo. Ver as montanhas cobertas de neve 🗻 janela do avião emocionou-me. Lembrou-me dos filmes e fotos que tinha visto. Para as atrações de La Paz veja https://pt.wikipedia.org/wiki/La_Paz, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/la-paz/ e https://vidasemparedes.com.br/la-paz-bolivia-o-que-fazer/. Os locais de que mais gostei foram os monumentos, a arquitetura histórica, as montanhas, os parques, as igrejas e o Vale da Lua. Após desembarcar em La Paz, fui muito bem tratado pelos funcionários e militares. Peguei um táxi para o centro. O motorista chamava-me de Mister. Se me recordo, cobrou-me algo como 5 ou 6 bolivianos, que acho que correspondiam a cerca de 1 dólar. Muito menos do que o mesmo trajeto em São Paulo. Era um táxi estilo lotação, então fomos pegando passageiros ao longo do caminho. Pelo preço cobrado dos outros percebi que paguei bem mais do que a média, mas para um trajeto mais longo. Após uns 45 minutos chegamos ao centro, onde pedi para ficar para procurar por hotéis. Fiquei num hotel na região central. Achei o hotel bem razoável. Após deixar a bagagem saí para dar um passeio. Primeiramente fui por áreas um pouco mais altas, não tanto ao centro. Fiquei com vontade de ir ao banheiro e não sabia como se falava em espanhol (era baño). Perguntei a algumas pessoas, mas elas não entendiam a palavra. Numa igreja, já bem apertado, pedi ao atendente, que também não entendeu. Então tentei explicar, “é algo quando se está com necessidade”, mas ele me perguntou de volta “tem necessidade de que?”. Acho que ele pensou que eu estava com algum problema espiritual, emocional ou financeiro 😄😄😄. Não me lembro exatamente onde, mas consegui um banheiro em seguida. Após andar cerca de 2h, o que para mim é muito pouco, comecei a me sentir fraco, com mal-estar. Numa praça, sentindo-me um pouco tonto, deitei no banco, No início não entendi bem o que estava acontecendo, mas depois imaginei que fosse devido á altitude. Eu que sempre fui bastante crítico com a Seleção Brasileira e mesmo com os times brasileiros que não conseguiam jogar bem em La Paz, senti na carne o que era a altitude. Atualmente eu perdoo qualquer derrota em La Paz 😄. Depois de algum tempo, melhorei um pouco. Resolvi não ir visitar mais nada, mesmo porque já estava anoitecendo. Voltei ao hotel, descansei deitado mais um pouco e só saí para jantar. À noite a temperatura caía e a cidade parecia muito bela No domingo 4 de janeiro, desci para tomar o café da manhã e perguntei ao garçom se conhecia algo que pudesse ajudar em relação à altitude, pois achava que estava me fazendo mal. Ele prontamente disse que sim e que iria me trazer um mate de coca 🍵. Tomei o mate. Parecia um chá comum, com gosto de folhas. Mas acho que resolveu tudo 😄. Algum tempo depois, o médico Jessé, da Medicina do Viajante do Hospital Emílio Ribas, esclareceu-me que o chá de coca age apenas nos sintomas e não nas causas. Já bem melhor, saí para dar uma volta na cidade. Achei-a muito bonita. Ao longo dos 2 dias visitei por fora palácios do governo, monumentos históricos relativos á independência da Espanha, museus, igrejas maiores e históricas, centros culturais, a torre de telecomunicações, alguns parques e áreas verdes. E também andei por locais comuns da cidade, para conhecer sua gente real. Não conhecia Brasília (aprender na escola e ouvir ou ver pela TV é bem diferente de estar no local) nem outros locais do mundo. Ao ver a proximidade do parlamento, do palácio presidencial e da sede do governo local, achei que aquilo justificava a enorme quantidade de golpes de estado que a Bolívia sofria ao longo do tempo, pois tomando-se a praça, praticamente dominava-se o país. Mas depois descobri que esta arquitetura é comum em muitos estados e países, incluindo o Brasil, pois imagino que facilita a intercomunicação entre os poderes. No domingo à tarde peguei um ônibus para o Vale da Lua. Achei-o muito belo . Realmente a área montanhosa e seca parecia com as fotos da superfície lunar, só que não era branco, mas marrom claro. Não usei protetor solar, pois não estava quente e o sol não parecia muito forte. Isso foi um grande erro , pois devido á atmosfera leve, os raios ultravioleta penetraram mais. Com isso acabei tendo queimaduras dolorosas no rosto . Numa das noites, se me recordo no domingo, fui a um restaurante típico, comi truta (naquela época eu tinha voltado a comer carne) e tomei vinho (acho que era do Porto). Adorei a comida 😋. Até perguntei se era possível mais um cálice de vinho, que o dono me deu de cortesia. Estava bem, sem nenhum sintoma da altitude. A temperatura estava um pouco baixa (para um paulistano), creio que entre 10C e 15C. Na 2.a feira, 05/01, fui pegar um ônibus em direção ao Peru logo de manhã. Entrei num bar para pedir informações e foi a única vez em que não fui tão bem tratado. Não sei se o bar era algum ponto de negócios restritos. Um dos aparentes clientes perguntou-me de modo um pouco rude o que eu desejava. Mas rapidamente o atendente do bar respondeu minha pergunta e disse ao cliente que eu não era boliviano, o que pareceu acalmá-lo. Encontrei o ponto de saída dos ônibus e embarquei para Copacabana (https://pt.wikipedia.org/wiki/Copacabana_(Bol%C3%ADvia), na fronteira com o Peru. Achei a viagem magnífica, com paisagens espetaculares das montanhas dos Andes . Porém achei as estradas perigosas. O ônibus passava ao lado de precipícios e já era um pouco antigo. Ao ver uma inscrição em um muro ou similar "Paquenle vive (ou um nome semelhante)", perguntei a um passageiro quem era Paquenle e ele me contou que era um líder das camadas populares que havia sido morto. Na travessia de um rio ou lago (acho que era rio) um soldado do exército boliviano pediu para verificar meu passaporte, o que me surpreendeu. Mas não houve problemas. Tratou-me bem. Chegamos a Copacabana (com altitude semelhante à de La Paz), que pelo que me informaram deu origem ao nome da praia brasileira, perto da hora do almoço. Aproveitei para dar um rápido passeio pela cidade. A vista do Lago Titicaca pareceu-me magnífica . A cidade, em si, pareceu-me muito simpática, pequenina. Fiquei algum tempo andando pelas margens do lago, na área central e o admirando. Mas logo partimos para Puno, já do lado peruano. Acho que foi no almoço em Copacabana que conheci um indígena peruano que conhecia bem o Brasil (falou-me do carnaval no Rio de Janeiro, Recife, Ouro Preto – conhecia o Brasil melhor do que eu na época). Eu estava procurando um meio de ir de Cuzco a Lima por via terrestre e ele me disse que não havia, pois teria que cortar as montanhas e a selva amazônica. Fiquei um pouco decepcionado com a informação, mas gostei de conhecê-lo. Pegamos um ônibus operado por peruanos. Havia vários brasileiros no ônibus, de várias partes do Brasil e também estrangeiros de fora da América do Sul. Conversamos um pouco para compartilharmos experiências. Na fronteira com o Peru, fizemos os procedimentos e entrada. Até que não foi demorado e transcorreu sem problemas. Acho que pouco após, uma patrulha nos parou na estrada, para algum tipo de fiscalização. Parece que havia alguma mercadoria irregular (acho que era algum eletrônico, como uma TV por exemplo). Depois de muita conversa (e não sei se com algum ilícito), os envolvidos entraram correndo no ônibus e rindo disseram, vamos embora logo (acho que pensando, antes que mudem de ideia). Numa das paradas, Samuel, que era guia turístico viu meu cartão pré-pago. Chegou a pegá-lo e fez brincadeiras com ele, dizendo que ali o importante era ter a senha. Aí acho que se interessou em me vender serviços. Sentou-se do meu lado parte do caminho seguinte e veio me falando das atrações de Puno, do Peru, das suas experiências como guia, de dias de saída dos trens etc. Foi interessante, mas perdi parte da paisagem por isso. Aliás, a paisagem pareceu-me novamente magnífica, com montanhas, lagos e vegetação . Chegamos a Puno (com altitude semelhante à de La Paz) no fim da tarde. Fiquei hospedado no hotel mais simples que encontrei, por indicação do guia Samuel, o Hotel San Antonio. Alguns estrangeiros despediram-se e foram rumo a Arequipa. Eles falaram também das Linhas de Nazca, que nesta ocasião ouvi pela primeira vez. Para as atrações de Puno veja https://www.peru.travel/pt/destinos/puno, https://wikitravel.org/en/Puno e https://es.wikipedia.org/wiki/Puno. Nesta viagem e nestes dias conheci um paraguaio e um italiano, que também estavam indo para Machu Picchu, alguns outros brasileiros e alguns outros americanos e/ou europeus. O paraguaio inclusive divertiu-se pelo fato de eu não lembrar do nome do hotel em que estava hospedado quando falava com os guias para combinar os passeios 😄. Na 3.a feira 06/01, depois de me certificar que não havia viagens de trem para Cuzco, resolvi fazer uma excursão para as ilhas de totora e para a Ilha Taquile (https://www.civitatis.com/br/puno/excursao-ilhas-uros-taquile/ - não usei esta agência, só a coloquei por ser a mesma excursão). De início houve um pequeno mal-entendido, quando o guia perguntou quem iria “se quedar” na ilha. Eu entendi que significava quem iria descer na ilha, mas ele estava perguntando quem iria dormir na ilha. Mas rapidamente foi desfeito o mal-entendido, após um pouco de riso e certa decepção por parte do guia por eu não ter entendido. O mesmo guia, que também parecia conhecer bem a história local, citou o termo Pacha Mama (Mãe Terra), que pela primeira vez eu ouvia e de cujo conceito passei a gostar muito. Inicialmente fomos até uma ilha flutuante de totora, a Ilha de Uros (https://dicasperu.com.br/peru/ilhas-de-uros-no-peru/). Totora é uma planta parecida com bambu ou junco. As pessoas vivem nela, fazendo suas casas lá, pelo que entendi. Interessante ver como a ilha flutua e se move. Fiquei imaginando como enfrentariam uma tempestade. De qualquer modo, não houve nenhum problema de estabilidade enquanto estávamos lá. Eles pareciam muito bem adaptados a viver daquele modo. E eram bastante gentis com os visitantes. Suas casas, se me recordo, feitas do mesmo material, pareceram simples, mas resistentes. Depois partimos para a Ilha Taquile (https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/ilha-de-taquile), como estava acostumado, ligada ao solo por rochas e terra. Lá tivemos uma boa subida até chegar ao povoado. Como sempre, eu costumo ir no fim da turma e fui conversando com o barqueiro, que era indígena. Ele me falou um pouco dos costumes do seu povo. Falei que tinha tomado chá de coca e depois tinha melhorado muito o mal-estar com a altitude. E perguntei sobre a espiritualidade para seu povo, dizendo que eu gostava de experiências espirituais. Após um tempo, ele entrou no meio do mato e voltou pouco tempo depois com algumas folhas 🍃, cujo nome exato não me lembro, mas era algo parecido com “munha ou muña”. Disse que eles mascavam. Gostei da ideia e resolvi experimentar, pensando que talvez pudesse usar para alguma experiência de expansão de consciência. Ela teve efeito anestesiante na minha boca, e como se fosse um calmante natural. Não me parecia o sabor de menta nem hortelã. Parecia realmente sabor de folha. Algum efeito psicoativo calmante ela teve sobre mim, incluindo corpo e mente. Após chegarmos, pude contemplar a vista lá de cima, que me agradou muito . As construções típicas também me pareceram muito interessantes e preservadas. A ilha pareceu-me grande, mas o povoado em si nem tanto. Almoçamos no restaurante indicado pelo guia, que disse já ter tido problema com outros. Talvez ele recebesse algum tipo de comissão do restaurante ou tivesse alguma ligação com ele. Durante o almoço conversei bastante com um casal de peruanos que estava junto na excursão e com 2 amigas argentinas. Quando surgiu a questão de Foz do Iguaçu, os peruanos até brincaram e disseram que iriam me consultar sobre o assunto, pois era uma questão também brasileira 😄. Depois do almoço e de apreciar bastante a vista e explorar a simplicidade do povoado, voltamos. Lá embaixo pegamos o barco de volta. Parecia estar sendo formada uma enorme tempestade, mas que acabou não nos atingindo. O peruando falou de como gostava das novelas brasileiras. Comentou comigo de “El Rey del Ganado”, de que ri 😄, por ter ouvido pela primeira vez em espanhol. Falou do Peru e de como sua mulher tinha ficado mal impressionada ao chegar a Puno à noite, desejando partir imediatamente. Comentou também que achava que os europeus pensavam que todos os peruanos eram como aquele índio que era nosso barqueiro. Respondendo a uma pergunta minha, disse que achava que Fujimori tinha feito um bom trabalho, mas que era hora dele sair do poder. Se me recordo foi neste retorno que uma peruana me falou que era de uma cidade no meio do caminho entre Cuzco e Lima (acho que o nome era parecido com Junin) e que existia um caminho de Cuzco a Lima por via terrestre passando por lá, que muito poucos conheciam, mas se precisava passar pela selva amazônica (eu não conhecia a Amazônia ainda) e talvez por território do Grupo Sendero Luminoso. A estimativa de duração era de 13h ou 18h de viagem. Chegamos (o percurso de volta durou cerca de 3 a 4h) e o guia Samuel me esperava. Tudo que ele tinha dito tinha sido verdade e o pagamento do hotel, que eu tinha feito diretamente para ele, foi feito corretamente para o hotel. Pesquisei outros preços e realmente aquele era o mais barato. E para mim as condições de habitação eram bastante aceitáveis. Ele me falou então, que reservaria um hotel para mim em Cuzco. Como estava previsto para eu chegar tarde, eu acabei aceitando, por achar que iria facilitar minha vida. Mas foi um grande erro . Paguei e ele me deu um suposto voucher. Ainda dei uma pequena gratificação a ele, no valor de cerca de metade da diferença de preço entre o hotel em que eu tinha ficado e o 2.o hotel mais barato, como forma de recompensá-lo pela indicação. Ele riu, surpreso, e agradeceu. Nos 2 dias que fiquei em Puno ainda pude dar um passeio pela cidade e ver suas construções históricas, igreja, monumentos e acho que até uma área antiga preservada. Fui a uma agência de turismo perguntar como poderia ser o trajeto de Cuzco a Lima e, depois de algumas frases, que a agente peruana não compreendeu bem e de algumas que eu não entendi, ela me perguntou “Do you speak Engish?”. Fiquei decepcionado 😔. Estava tão feliz porque as pessoas estavam me entendendo em espanhol. Tanto que respondi meio contrariado que sabia falar inglês, mas preferia falar espanhol. Ela nada falou, mas deve ter pensado “Então por que não aprende?” 😄. Na 4.a feira, 07/01, fui dar uma rápida volta em um ponto que não tinha conhecido antes de pegar o trem. Novamente, após me fazerem uma pergunta e eu não entender, ao ouvirem minha resposta de “Perdón?”, argentinos desistiram de falar comigo. Eu que achava que estava indo relativamente bem em espanhol até ali, comecei a mudar de ideia. Peguei o trem para Cuzco, por volta de 8 ou 9h da manhã. Esta foi uma das partes mais complicadas da viagem. Mas simultaneamente teve algumas das paisagens mais espetaculares, cruzando os Andes . Inicialmente o vagão em que fiquei, que era da 2.a classe, estava tranquilo, com alguns lugares vagos. Mas começaram a chegar pessoas com muitas mercadorias. Uma mulher, de uns 60 a 70 anos, disse em voz alta reclamando, que era um vagão de contrabandistas. Realmente era difícil andar nos corredores, pois encheram tudo com mercadorias. Além disso entraram vários vendedores ambulantes. Lembro-me de uma moça que falou quase a viagem inteira “água de manzana, gaseosa, papas, papas fritas”. Num dado momento, já depois de muito tempo nossos olhares cruzaram e ela pareceu me pedir desculpas com o olhar, ao que eu respondi também com o olhar e com um leve sorriso, que não havia problema nenhum, eu entendia que ela estava trabalhando para sobreviver. O casal de peruanos e as argentinas também pegaram o mesmo trem, porém num vagão à frente. Muitas outras pessoas entraram ao longo do percurso inicial e já não era possível se mexer muito no trem. Eu troquei de lugar com uma menina, da mesma família da mulher que havia reclamado anteriormente. Deixei-as ficar na janela, sob a condição que deixasse a persiana aberta, para eu pode admirar a paisagem. Num determinate trecho mostraram-me gêiseres, que eu iria perder, por estar olhando para o outro lado 👍. No meio do caminho, paramos para trocar de locomotiva. Acho que para subir a serra era necessário um motor com mais potência do que o da nossa. Após a outra locomotiva chegar, provavelmente com o trem vindo de Cuzco para Puno, trocamos e prosseguimos. Num dado momento a matriarca da família com quem eu viajava abaixou a persiana, devido ao sol, que parecia incomodar. Aí eu pedi meu lugar de volta e abri uma pequena fresta por onde podia observar a paisagem. Mas o neto/a (eu acho) dela, sorriu e levantou um pouco a persiana, para que eu pudesse ver melhor. Em outro episódio passou um menino tocando um instrumento e pedindo dinheiro. Sugeriram-me para dar não mais do que 1 Sol (a moeda do Peru na época). Após andar algum tempo, vi aparecer um rapaz na porta entre o nosso vagão e o vagão de trás. Ele parecia ter algo no olho, como sangue. Mas acho que eu estava meio anestesiado pela paisagem e pela viagem e não percebi direito o que estava acontecendo. Havia um casal de holandeses na mesma fila de trás, do outro lado do corredor. Acho que ao parar de olhar a paisagem e olhar para ele, chamei a atenção da moça holandesa. Ela virou-se para ele e, quando viu seu olho coberto de sangue, deu um grito bem alto, que alarmou todo o vagão. O rapaz então acho que se assustou e saiu correndo pelo corredor para o vagão da frente. No caminho tropeçou em algo e caiu parcialmente ao lado do moço holandês, deixando uma mancha de sangue em sua jaqueta. Ele passou o corredor inteiro correndo e foi para o vagão da frente, em direção à primeira classe. Logo em seguida apareceu na porta do fundo do vagão, por onde o rapaz tinha entrado, uma mulher baixa, com uma faca de cozinha pequenina na mão, gritando “Filho da p”, A senhora que estava do meu lado levantou e se dirigiu a ela perguntando o que estava ocorrendo. Ela falou muito rapidamente, em espanhol misturado com o dialeto local, eu acho, mas aparentemente tinha sido uma tentativa de assalto ou uma briga. A mulher prosseguiu com a faca na mão atrás do rapaz em direção à primeira classe. Pouco tempo depois passa um homem também correndo atrás da mulher e também vai para a primeira classe. A situação aparentemente acalmou-se. Cerca de uma hora depois o trem parou em uma estação de apoio e vimos um enorme contingente de pessoas sair do vagão da primeira classe. Imagino que o primeiro rapaz havia sido preso. O trem ficou parado por algum tempo enquanto conversavam ou faziam os procedimentos policiais. Como consequência, os donos das mercadorias desceram do trem. Acho que ficaram com medo, após o possível assalto. Voltamos a ter bastante espaço livre. Fui para o vagão da frente e encontrei o peruano, que me disse que o que tinha acontecido fora uma tentativa de roubo. Que o rapaz tentou roubar algo da mulher e esta lhe deu uma facada. Ele parecia assustado com a situação, principalmente por estar com sua mulher. O trem voltou a andar rumo a Cuzco. Já estávamos bem atrasados. As paisagens continuavam agradando-me muito , no meio das montanhas, mas começou a anoitecer e ficou mais difícil apreciá-las. Quando estávamos quase chegando, eis que o trem pára repentinamente, no meio de um local deserto, entre as montanhas. Imediatamente achamos que havia algo muito errado. Fui lá ver o que estava acontecendo. O peruano perguntou se queria ir com ele lá fora e fomos. Chegando lá vimos 2 homens cavando e outro observando. Perguntei a eles qual era a situação e me disseram que havia ocorrido um deslizamento de terra. Não eram funcionários. Eram passageiros, turistas como nós. Ofereceram-me uma pá para cavar, mas eu não quis pegá-la e voltamos ao trem para explicar às outras o que tinha ocorrido. Fomos contar para as argentinas, que estavam dando risada do fato de eu estar com camisa e mangas curtas naquela temperatura (acho que cerca de 10C ou menos). O perunao me disse “Que aventura esta viagem!”, com conotação negativa, pois estava preocupado com sua mulher. Repentinamente chegaram vários veículos, van, táxis, etc e disseram que levariam quem desejasse mediante pagamento. A matriarca da família com quem havia sentado, disse que precisava ser avaliado quantos ficariam no trem, pois se fossem poucos, poderiam sofrer assalto. Decidi então ir, como fez a maioria. Dividimos uma van até a estação de trem de Cuzco. Lembro-me da holandesa falando para combinarmos o preço na saída, de modo que não houvesse problemas na chegada. Outros veículos turísticos estavam procurando especificamente por japoneses que tinham ficado de pegar na estação. Samuel, o guia de Puno, tinha me dito que Genaro Amani (ou um nome semelhante) iria me esperar na estação e que deveria dar o voucher do hotel a ele. Mas agora com todo aquele atraso e aquela confusão, eu achava que tinha perdido o encontro e o dinheiro pago no voucher. Eram cerca de 20h. Se me lembro devíamos ter chegado por volta de 18h. Bati na porta da estação, que estava fechada, para ver se havia alguém lá que pudesse dar informações. Um militar abriu uma pequena janelinha na porta e colocou a ponta de uma metralhadora 🔫 para fora, na minha cara, perguntado em espanhol o que eu queria. Nesta hora, com o susto, falei em português. Ele percebeu que eu era estrangeiro, baixou imediatamente a metralhadora, abriu a porta da estação e me convidou a entrar. Passado o susto, perguntei do Genaro Amani e ninguém conhecia. Depois de um tempo esperando, resolvi ir para procurar um hotel, pois já estava ficando tarde. Perguntei quanto era o preço médio de um táxi. Peguei um táxi e pedi que me levasse a um hotel barato, porém seguro. Mal o táxi tinha saído, vi um grupo de alguns homens conversando. Abri o vidro e perguntei. Vocês conhecem Genaro Amani? Um deles respondeu “Sim, claro”. E olhando para um dos outros chamou “Genaro”. O homem veio e disse “Sou eu”. Eu fiquei muito desconfiado 🤔. Nunca tive sorte em jogo. Se me recordo, Cuzco tinha cerca de 300 mil habitantes naquela época. Eu escolho alguém aleatoriamente e pergunto se conhece o Genaro e ele diz que sim, que está ali ao lado. Tinha algo errado. Perguntei se conheciam Samuel, de Puno, e disseram que conheciam. Disse que eu tinha um voucher que tinha pago a ele. Fizeram uma cara de grande desagrado (como se estivessem pensando – o Samuel deu um golpe neste rapaz) e Genaro resolveu ir comigo para me direcionar ao hotel do voucher. Samuel tinha dito que era um hotel extraordinário, com o qual eu ficaria admirado. Chegamos lá e combinei com Genaro de no dia seguinte programarmos uma excursão. Ao entrar no quarto do hotel, que ficava no primeiro andar (ou em um andar superior ao térreo), acompanhado pelo atendente para receber instruções, o chão afundou no percurso para o banheiro 😄. Dirigi-me assustado ao atendente, mas ele sorriu e disse para eu ir pela beirada que não havia perigo. Já era mais de meia-noite e eu resolvi deixar para lá. Para completar ele me disse que a água quente só funcionava pela manhã. Então eu tomei banho frio antes de dormir, sendo que a temperatura estava perto de 6C . Para as atrações de Cuzco veja https://www.civitatis.com/br/cusco, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/cusco-2/, https://www.turismocuzco.com/ e https://www.cuscoperu.com/pt/viagens/cusco, Na 5.a feira, 08/01, falando com Genaro comprei uma excursão ao Vale Sagrado. Saímos cedo e fomos conhecer Pisac, Ollantaytambo, Chinchero e alguns outros pontos. Almoçamos em um local que acho que chamava Calca. A comida estava muito boa, mas seu tempero iria me fazer um enorme estrago nos dias subsequentes. Nosso guia, chamado Nico, acho que era descente de quéchuas ou aymaras, as duas etnias preponderantes. Ele parecia conhecer muito bem a História dos incas. Ele usou um termo que eu passei a usar depois. Ele se referiu ao descobrimento da América como invasão, que eu achei ser um termo bem mais adequado do que o que tinha aprendido na escola. Ele contou sobre a origem dos incas, povos formadores, de onde herdaram suas características, organização socioeconômica, hábitos e costumes. Falou de Manco Capac e de outros líderes incas, inclusive da época da chegada dos espanhóis. fazendo a comparação histórica (e o contraponto) com as ações de Montezuma, dos astecas. Na 2.a parte do passeio, mal tínhamos entrado no ônibus, após a explicação inicial dele, dois rapazes brasileiros que estavam no banco da minha frente comentaram que ele em alguns minutos tinha dado mais informação que a guia durante todo o passeio que tinham feito no dia anterior. O ponto do vale de que mais gostei foi o Mirante, com toda a vista do vale a partir do alto. Acho que era o Mirante de Taray, perto de Pisac. Lá do alto via-se as montanhas e parte do curso do Rio Urubamba, lá embaixo, cortando o vale. Achei a vista magnífica . Gostei também das terraças de plantação, dos monumentos e construções, da fortaleza e da igreja, esta última já do período pós chegada dos espanhóis. E gostei muito também de conhecer a história com muitos detalhes, ainda mais contada por um descendente dos incas. No caminho para o mirante havia um homem de um casal comentando “Esses incas são loucos de viver num local destes”. Nada respondi, mas fiquei pensando comigo. O que alguém que tem preferências tão diferentes vem fazer num local destes? Não seria mais adequado ir a um local que mais lhe agradasse? No retorno de um dos passeio, conversando com uma argentina, esta me disse que Nico fazia alguns programas de experiências espirituais baseadas na cultura inca. Não me recordo se havia algum produto típico para beber e favorecer as experiências, como é o caso do Daime, no Brasil. Ela me falou também de Qenqo e Saqsaywaman, que eu ainda não tinha visitado. Falou-me que eram locais onde ocorriam sacrifícios humanos (de crianças e mulheres virgens) 😮. Chegando de volta, comprei com Genaro uma excursão para Machu Picchu a sair no dia seguinte, 6.a feira. À noite, o rapaz do hotel, de origem indígena, não se conformava em porque eu não usava agasalhos. Achei que não precisava. Realmente para o corpo não fez falta, mas minha face novamente ficou queimada, desta vez por causa do frio, o que acarretou dor nos dias seguintes . Após a volta da excursão, se bem me recordo em ambos os dias, fui dar um passeio por Cuzco e conhecer suas atrações principais, como a Praça de Armas, a Catedral, os monumentos e prédios históricos. Achei muito bem preservadas e bem interessantes 👍. Nestes dias em Cuzco reencontrei o paraguaio e o italiano. Quando procurava por informações de excursões, ao me perguntarem em que hotel estava hospedado, para poderem entrar em contato, e eu respondia que não me recordava, pois acho que o hotel não tinha um nome visível na porta, o paraguaio ria e ficava indignado com a minha falta de noção 😄. Acho que foi num destes dias em Cuzco ou talvez em Puno ou Lima que vi uma placa ao lado de um quartel do exército dizendo que era proibido transitar por aquela calçada. E que havia ordem de atirar para quem desrespeitasse 😮. Achei absurdo, mas compreendi o clima tenso devido ao que tinha ocorrido com o sequestro na embaixada. Na 6.a feira 09/01, pegamos o trem para Águas Calientes, cidade que fica na base da subida para Machu Picchu. Achei as paisagens magníficas . A linha férrea ia ladeando o Rio Urubamba , conhecido por suas águas propícias para Canoagem, com sua correnteza forte, as pedras e a vegetação lateral. Além disso havia as montanhas ao fundo e a vegetação robusta de árvores. Se me recordo fui ao lado de um argentino que era professor (acho que em Buenos Aires). Perguntou se eu conhecia a Argentina e, com minha resposta negativa, convidou-me para ir lá, perguntando se eu só me interessava pelo mundo andino e não pelo mundo platino. Eu estava com a camisa do Santos e ouvi um rapaz com sotaque mineiro comentando que tinha sido bom na época de Pelé, mas que agora já não era mais. Ainda não tinham aparecido Diego, Robinho, Elano, Neymar e Ganso. O argentino notou e me disse que havia um rapaz brasileiro no trem. Eu respondi que era mineiro, ele se surpreendeu e me perguntou se eu tinha descoberto pelo sotaque, o que confirmei. Numa parada, o almoço do dia anterior acho que começou a dar mostras do estrago que viria a fazer e precisei procurar um banheiro. Não tinha papel. Pedi emprestado a um rapaz que acho que era funcionário da ferrovia ou similar. Perguntei como chamava e ele me disse, com a pronúncia em espanhol “papel higiênico”. Fiquei rindo 😄. Ao chegarmos lá, pegamos o ônibus para subir até a entrada, o guia comprou os bilhetes e seguimos para os sítios históricos e arqueológicos. Durante a visita, senti um pouco de dor no rosto devido às queimaduras, que achei que eram de sol, mas depois percebi que eram do frio. O argentino percebeu e me ofereceu uma proteção para o rosto, mas eu educadamente recusei. Para informações de Machu Picchu veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Machu_Picchu, https://www.machupicchu.gob.pe/ e https://www.machupicchu.org/. Eu gostei muito de tudo lá . Das ruínas, do significado na vida dos seus habitantes, pelo significado religioso para os incas de cada local, das terraças, da vegetação densa, transição entre Amazônia e Andes, das montanhas, da vista a partir do alto etc. O guia explicou detalhadamente os vários ambientes e vários significados. Por exemplo, que Machu Picchu significa pico velho, quais eram os cômodos de rituais e os de trabalho, quais os habitantes supostos, detalhes da descoberta por Hiram Bingham etc. A vista de Wayna Picchu (pico jovem) também me pareceu muito bela. Após terminar o passeio guiado, enquanto outros foram almoçar, fiquei bastante tempo em estado de contemplação, num ponto alto, olhando para as montanhas, a selva e as ruínas. Num dado momento, quando estava distraído na ponta de uma terraça, senti alguém me empurrar. Levei um enorme susto 😮. Pensei que poderia ser alguém desequilibrado mentalmente ou algum terrorista querendo matar um visitante. Mas não era nada disso. Era uma lhama. Eu estava bem na frente de um arbusto que ela queria comer. Eu estava atrapalhando seu almoço. Fiquei um tempo rindo depois de perceber o que tinha acontecido 😄😄😄. Depois que eles acabaram de almoçar, perto da hora de voltar, reencontrei o paraguaio e o italiano. Ainda brinquei com o italiano sobre a final da Copa de 1994, imitando a narração e o chute do pênalti do Roberto Baggio. Eu não sabia, mas futuramente muitos franceses iriam fazer muito pior comigo. Perguntei também ao paraguaio se o Paraguai estava na Copa e ele respondeu rindo, em tom de quase indignação “É claro que sim!”. Pegamos o trem de volta no meio da tarde, após descer de ônibus até a estação de Águas Calientes. Na volta foi um casal com sua filha pequenina na minha frente, de costas para o curso do trem. A menininha adorava por a mão para fora da janela, o que achei bastane temerário, mas não me pronunciei. Quando vi um túnel à frente, disse educadamente para a mãe “Cuidado”. Ela se virou, viu o túnel e puxou a menina para o banco. Quando ficou tudo escuro dentro do túnel, que não era iluminado, o pai aproveitou e fez uma brincadeira com elas. Chegamos no fim da tarde e eu estava muito feliz com o passeio feito. Reecontrei Genaro Amani. Ele me perguntou se tudo tinha corrido bem, levou-me de táxi até o hotel e me perguntou se desejava algum passeio mais. No caminho me disse que tinha tido enormes dificuldades de conseguir minha passagem aérea para Lima e que os voos estavam lotados até o meio da semana. Mas que tinha pedido minha reserva para a agência. Fiquei preocupado. Estava no meio de um projeto de software bancário que precisava ser entregue em breve. Só tinha uma semana de férias. Havia pesadas multas para a empresa, caso não conseguisse entregar no prazo, previstas na licitação. Eu eu tinha dito que estaria de volta ao trabalho na 2.a feira. Quando chegamos eu me despedi dele agradecendo e dizendo que ainda precisávamos conversar depois para acertar o valor do voucher que eu tinha pago a Samuel, caso não fosse válido no hotel e eu precisasse pagar à parte ou caso o valor do hotel fosse maior e ele tivesse pago tudo (eu também pretendia dar a ele uma pequena gratificação, de que não falei). Ele pareceu surpreso, seu semblante mudou, nós nos despedimos e eu desci do carro. Nunca mais o vi. Fiquei meio desorientado , sem saber o que fazer, por não ter voo para Lima. O que aconteceria? Teria que remarcar minha passagem de Lima a São Paulo? Foi emitida com pontos, então será que eu conseguiria? Quanto tempo eu iria atrasar minha chegada em São Paulo? Quais seriam as repercussões para o projeto? Haveria alguma outra alternativa, como havia me dito aquela moça, passando pela selva amazônica? Caso positivo, teria que passar por território dominado por grupos terroristas? Eles me veriam como inimigo ou potencial para obtenção de resgate? Nesta situação, sem pensar direito, entrei numa loja de roupas e perguntei se vendiam passagens aéreas para Lima 😄. A atendente, até que muito educada para uma pergunta como estas, disse-me que não, mas que ali ao lado existia uma agência de turismo. Entrei na loja de turismo e perguntei por passagens para Lima. A atendente e provavelmente dona, disse-me que estavam lotados todos os voos e que só teria para o meio da próxima semana. Expliquei para ela que precisava ir a Lima para pegar o voo para São Paulo, mas ela disse que não havia possibilidade de conseguir um voo. Pediu meu nome para me colocar na lista de espera para o meio da semana. Fui falando pausadamente “Fernando”, “Barreto”, “de Almeida”. Ela abriu um sorriso, abriu os braços e disse “Fernaaando, você foi o último passageiro confirmado do último voo”. Virou para a máquina de fax, puxou o papel e me mostrou, dizendo “Acabou de chegar a sua reserva, o último lugar”. Lembrei na hora de Ritchie Valens, autor de la Bamba, que morreu num acidente aéreo após ter ganho um sorteio para poder estar no voo 🤔. Mas, como não sou supersticioso, fiquei satisfeito. Ela fez todos os procedimentos de emissão da passagem e me disse para estar no aeroporto 2h antes do voo. O voo estava previsto para as 9h10, se me recordo. Naquela época era costume no Brasil pedirem para chegar ao aeroporto 1h antes. Achei 2h um tempo muito grande, mas não falei nada. Eu devia tê-la escutado, com a experiência que ela tinha daquele tipo de situação . Tranquilo com a aparente resolução do problema, fui jantar e dormir. No sábado 10/01 acordei bem cedo e resolvi ir a Qenqo (https://www.cuscoperu.com/pt/viagens/cusco/sitios-arqueologicos/q-enqo) e Saqsaywaman (https://www.cuscoperu.com/pt/viagens/cusco/sitios-arqueologicos/Sacsayhuaman). Peguei um táxi para tal. Achei ambos bem interessantes. Porém em Qenqo senti um certo ar pesado, por saber que ali eram feitos sacrifícios humanos. Depois disso, fui acertar a saída do hotel. Fiquei surpreso ao saber que não estava paga nenhuma diária. Samuel tinha pago o hotel em Puno e pensei que Genaro Amani também tinha pago o hotel em Cuzco. Depois de alguma conversação com o dono ou gerente do hotel, que sustentava que eu deveria acertar com ele, independentemente do que havia pago no voucher, resolvi pagar, pois não poderia me arriscar com o horário do voo. Tentei contato com Genaro Amani, sem sucesso. Fui ao escritório do Genaro, mas ele não estava lá. Encontrei a secretária (não sei se era sua esposa). Ela foi ao hotel, conversou com o dono ou gerente em idioma indígena na minha frente, de modo que eu não entendi nada. Mas estava claro ali que ele dizia a ela que não poderia se responsabilizar por algum negócio incorreto do Genaro e me pareceu que ele achava que Genaro enganava seus clientes. Achei que os cerca de US$ 20 que tinha pago de voucher para o Samuel estavam perdidos. Peguei um táxi e fui para o aeroporto. Cheguei por volta de 7h35, portanto cerca de 1h35 antes do voo. Havia uma fila enorme de pessoas saindo pela porta do aeroporto e ocupando a calçada. Pensei comigo “será que é para meu voo? Se for, vou perdê-lo! Eu deveria ter feito o que a dona da agência de turismo falou” . E realmente a fila era para o voo que eu pretendia pegar. Comecei a pensar nas alternativas que o indígena e a mulher peruana haviam dito, pelo meio da selva amazônica. Eram 9h e havia 2 pessoas na minha frente. Havia umas 30 a 40 atrás de mim na fila. Eram 9h10 e eu era o próximo, quando decolou um avião. Pensei “Que avião é aquele?”. Aproximei-me e perguntei se aquele era o avião em que eu deveria ter embarcado. Disseram que sim e que não comportava mais passageiros, pois senão poderia cair na selva. Não deu tempo de mais nada. Os de trás atropelaram-me e começaram a contestar fortemente os atendentes e até xingá-los 😠. O tumulto foi tanto que os agentes de segurança (não sei se do exército ou da polícia) precisaram intervir e se colocar ao lado do balcão entre os passageiros e os atendentes. Mesmo assim alguns xingamentos e contestações continuaram. Vendo que não daria para conversar daquele jeito eu me afastei um pouco do tumulto e fiquei esperando o que aconteceria. Encontrei a dona da agência que me havia vendido a passagem e ela disse que talvez houvesse um voo extra. Fiquei no aguardo. Após alguns minutos os atendentes disseram que seria colocado um voo extra, se me lembro por volta de 14h 🙏. Fiquei aliviado. A dona da agência sorriu e me disse que eu tinha ganho tempo para procurar pelo Genaro e reaver o dinheiro. Eu peguei uma van ao escritório do Genaro, mas ele não estava lá. Encontrei a secretária. Ela disse que ele não estava e que depois iria me encontrar no aeroporto. Deixei um bilhete escrito em portunhol. Eu pensei melhor e vi que eu não tinha tido tempo de conhecer alguns museus de Cuzco. Em vez de ficar tentando recuperar o dinheiro, achei que seria mais produtivo ir conhecê-los, pois era uma oportunidade única e, depois, se desse tempo, veria a questão do dinheiro. E foi o que fiz. Achei os museus muito interessantes. Ainda bem que tive tempo de conhecê-los 👍. Particularmente chamou-me a atenção o artesanato feito simbolizando a fertilidade. O genital masculino era quase da altura do boneco do homem e no boneco da mulher havia um buraco circular que ia desde a barriga até o joelho 😄. Pareceu-me que eles davam muita importância para a fertilidade, nas suas várias formas, talvez condensada na ideia de Pacha Mama. Os museus com itens dos espanhóis também me pareceram muito interessantes. Depois de ver todos os museus e locais que tinham faltado e que eu tinha achado interessantes, voltei ao aeroporto, pois não podia nem pensar em perder aquele voo. Fiz a emissão do cartão de embarque e então fui tentar reaver o dinheiro com Genaro. Liguei para lá e a secretária me disse que ele viria ao aeroporto. Já não acreditava mais. Fui ao guichê de informações, pedi para anunciar o nome dele e ninguém apareceu. Então me perguntaram se eu gostaria de abrir uma reclamação na delegacia de proteção ao turista. Fiquei em dúvida, pois não queria pegar tão pesado, envolver polícia. Mas acabei abrindo. Liguei uma última vez para a secretária e ela repetiu que ele viria ao aeroporto. Disse então que não precisava mais e tinha aberto uma reclamação na polícia de proteção ao turista. Ela levou um susto e engasgou na linha. Pareceu abalada. Passados 25 anos, eu acho que peguei pesado. Acho que não deveria ter feito a reclamação na polícia. Porque, apesar de tudo, todo o resto que ambos (Samuel e Genaro) combinaram comigo, eles cumpriram. E fiz negócios muito maiores do que US$ 20.00 com cada um deles (acho que ao todo dez vezes isso, cinco vezes com cada). Mas creio que não houve grande repercussão, pois depois de eu voltar ao Brasil, recebi uma carta da polícia de proteção ao turista com a resposta de Genaro, que eles localizaram posteriormente, dizendo que não conhecia Samuel e pedindo meu endereço para se explicar, algo que eles não deram. Talvez ele não quisesse se explicar e tenha ficado com raiva. Disseram que como não conseguiram fazer a conexão com Samuel, provavelmente não conseguiriam ressarcir o dinheiro. Mas se conseguissem, haveria despesas de US$ 12.00 para envio, sobrando US$ 8.00 líquidos. Concordei então em doar para a UNICEF tudo, caso conseguissem reaver o dinheiro, o que não ocorreu, ate onde eu sei. No geral, acho que acabei gastando muito tempo com este episódio. Peguei o voo no horário marcado, sem problemas. Se não me engano, a Companhia foi a Aero Continente. Novamente a aeromoça não entendeu muito bem minha tentativa de falar espanhol. Chegando em Lima, encontrei alguns guias turísticos no aeroporto que me indicaram um hotel em Miraflores por US$ 30.00. Achei o preço razoável, embora bem maior do que o dos hotéis anteriores. Mas como não tinha muito tempo, não fui pesquisar. Eles me levaram até lá de táxi. Uma das guias me falou das atrações de Lima e me falou para não ir passear no centro à noite pois poderia ser perigoso. De qualquer modo, não teria dado tempo. A outra guia também estava com dificuldade de entender minha tentativa de falar espanhol. Após acomodar-me no hotel, fui ao Museu de Ouro do Peru (https://museoroperu.com.pe/), que tinha visto numa reportagem da Folha de São Paulo, que tinha comigo. Peguei o táxi e lhe mostrei a folha do jornal. Não havia GPS comercial para veículos regulares, como existe hoje. Ele não entendeu muito bem o texto em português, pediu para eu traduzir. Eu tentei. Mas acho que no fim ele entendeu de qual museu se tratava e me levou ao local correto. Achei espetacular o museu . Muitas peças em ouro e prata, muitas com significado religioso dos incas. Novamente havia as peças relativas à fertilidade em destaque. Fiquei bastante tempo lá. Após sair do museu voltei para o hotel. Agora já não estava me sentindo muito bem do estômago, o que me gerava mal-estar por todo o corpo 🤢. Se me recordo saí para comer apenas um lanche. Passei uma noite ruim, quase sem dormir. Tinha planejado ir pela manhã à praia, para me banhar no Oceano Pacífico (que eu não conhecia, e em que até o momento desta escrita eu nunca me banhei). Tinham-me dito que a praia era boa para surf, mas não muito bela, e que a água era muito fria, mas eu desejava experimentar, mesmo assim. Mas meu mal-estar estomacal e a noite quase sem dormir geraram um estado de mal-estar que acabei só indo até as pedras. Olhando a vista, mas sem forças para entrar na água. Tomei o café da manhã oferecido pelo hotel com cautela, evitando qualquer alimento que pudesse gerar alguma reação maior. Acho que este estrago ainda pode ter sido consequência daquele almoço de Calca, na 5.a feira, pois foi o único local onde experimentei alimentos completamente diferentes dos com que estou acostumado. Peguei um táxi para o aeroporto. Cheguei cedo, com bastante tempo para os procedimentos de check in. Usei meus últimos pesos para tomar um suco de limão, que era o que dava para comprar com o restinho que sobrou. Durante o voo, estava bastante cansado, devido à noite quase sem dormir. O estômago havia melhorado. Raramente durmo em aviões, mas estava tão cansado que dormi 😴. Perdi a vista dos Andes. Só em alguns momentos em que acordei e olhe pela janela, pude vê-los. Por coincidência, um destes momentos foi quando sobrevoamos La Paz. Na parte final do voo, quando já estava acordado, vim conversando com uma funcionária da embaixada da França, se bem me lembro. Ela falava do desconforto que se criou na embaixada pelo posicionamento do embaixador ou de algum membro do alto escalão do governo francês, em relação ao sequestro ocorrido na embaixada do Japão. Dizia que ele falou, fez papel de bom, foi embora e as pessoas da embaixada ficaram sob ameaças dos grupos terroristas. Cheguei em São Paulo no fim da tarde. Já estava recuperado para voltar a trabalhar no dia seguinte. 🙂
  5. RELATO TRIP - @der_wanderlust .pdfINTRODUÇÃO E PREPARATIVOS para quem quiser, tem a versão mais bonitinha em PDF aqui -> (edit: NÃO SEI PORQUE O ARQUIVO PDF APARECE COMO INDISPONÍVEL PARA DOWNLOAD, MAS QUEM QUISER O RELATO COMPLETO EM PDF, É SÓ CHAMAR NO INSTA @der_wanderlust) RELATO TRIP - @der_wanderlust .pdf PROMESSA FEITA, PROMESSA CUMPRIDA... Fala galera mochileira e não-mochileira, Depois de ter colocado o pézinho pra fora desse Brasilzão pela primeira vez na vida na minha primeira trip internacional, me sinto na obrigação moral de retribuir a toda ajuda que eu recebi de outros mochileiros que já tinham feito esse rolê antes, e que compartilharam suas experiências de viagem, para que pessoas como eu, que nunca tinham comprado sequer uma passagem aérea antes, pudessem viver uma das experiências mais incríveis da vida: mochilar!!! Então, cumprindo a promessa que fiz antes de viajar, cá estou eu, escrevendo este relato, que também espero que inspire muitas outras pessoas a pegarem sua mochila e partirem pro mundo, porque viajar é preciso!!! RESUMÃO O clássico mochilão pelos três países, 40 dias, desembarcando em Lima, indo pra Ica, Arequipa, acampando com escoteiros do mundo todo em Cusco, depois indo pra Puno, passando por Copacabana, La Paz, fazendo a travessia do Salar do Uyuni e chegando no Atacama e descendo até a capital chilena para pegar o voo de volta para casa. Tudo realizado entre julho e agosto de 2018, rodando mais de 5.000 km, só andando de bus entre cidades (porque pobre tem que fazer o dinheiro render kkkk). E por falar de dinheiro, vamos a parte interessante. João, quanto custou essa brincadeira toda? Pois bem, vamos por partes: Comida, transportes, hospedagens e passeios fora do acampamento (30 dias) R$ 4743 (1000 euros) Lembrancinhas e bugigangas pra família toda R$ 667 (parte em dólar, parte em reais) Passagens Áereas (Londrina-Lima/Santiago-Londrina) R$ 1476 (em reais mesmo) Acampamento em Cusco (10 dias, tudo incluso) R$ 1409 (exclua isso da sua planilha) Chip Internacional EasySIM4U R$ 120 (e ganha 6 revistas super tops) Seguro Viagem (40 dias) R$ 110 (economizei 500 dólares com ele) Excluindo o monte de blusa, chaveiro, cobertor, poncho que eu comprei lá (tudo é muito barato no Peru e na Bolívia), foram R$ 7850 tudinho mesmo. O que mais me pesou foram as passagens aéreas, por eu ter que sair do meu país Londrina-PR (pequena Londres com preços de Suíça), que só tem um aeroporto regional, as passagens saíram uns 300 reais mais caras do que se saísse de Guarulhos, só que ai gastaria com ônibus até São Paulo e no fim das contas daria na mesma. Então, considerando os 30 dias que eu estava na viagem “regular”, ou seja, que eu não estava acampado, minha média foi de R$ 163 por dia (alimentação, passeios, ingressos, hospedagem e transporte). Saiu um pouco caro, mas muito mais barato do que se eu tivesse ido de pacote de agência de viagem que se vende aqui no Brasil. O ROTEIRO O roteiro eu mostro detalhado aí embaixo com o mapa do My Maps (usem o My Maps, é muito bom pra quando você está planejando que lugares quer conhecer, ver quais cidades são próximas, quanto tempo de deslocamento e coisas assim). O roteiro por cidades ficou desse jeito: 20 jun – Londrina/Lima 21 jun – Lima - (City Tour) 22 jun – Lima/Ica - (Miraflores) 23 jun – Paracas/Huacachina - (Reserva Nacional e Islas Ballestas) 24 jun – Arequipa - (City Tour) 25 jun – Arequipa - (Trekking Canion del Colca) 26 jun – Arequipa/Cusco - (Trekking Canion del Colca) 27 jun/05 ago - Acampamento Vale Sagrado 06 ago – Cusco - (Maras e Moray) 07 ago – Cusco - (Dia no Hospital) 08 ago – Cusco/Águas Calientes - (Trilha hidrelétrica) 09 ago – Machu Picchu - (Huayna Picchu) 10 ago – Águas Calientes/Cusco - (Trilha de volta) 11 ago – Cusco - (Montanha Colorida) 12 ago – Cusco - (Laguna Humantay) 13 ago – Cusco/Puno - (Mercado San Pedro) 14 ago – Puno/Copacabana - (Islas Flotantes de Uros) 15 ago – Copacabana/La Paz - (Isla del Sol e Isla de la Luna) 16 ago – La Paz - (City Tour) 17 ago – La Paz - (Downhill Estrada da Morte) 18 ago – La Paz/Uyuni - (Chacaltaya e Vale de la Luna) 19 ago – Uyuni -(Salar 3 dias) 20 ago – Uyuni - (Salar 3 dias) 21 ago – Uyuni/San Pedro de Atacama - (Salar e Vale de la Luna) 22 ago – San Pedro de Atacama - (Lagunas Escondidas e Tour Astronomico) 23 ago – San Pedro de Atacama/Santiago - (Geyseres del Tatio) 24 ago – Santiago - (1700 km rodados pelo Chile) 25 ago – Santiago - (City Tour) 26 ago – Viña del Mar/Valparaíso - (Bate e volta) 27 ago – Santiago - (Cajón del Maipo) 28 ago – Santiago/Londrina Quando eu sai do Brasil, planejava ficar mais dias em Huacachina e menos em Arequipa, planejava fazer o tour do Vale Sagrado Sul em Cusco, assim como outros passeios em San Pedro de Atacama, mas como não viajei com o roteiro amarrado, ou seja, não tinha comprado passagem de bus nenhuma, nem reservado passeios ou hostels (exceto por Machu Picchu), pude muda-lo na hora, seja por amizades que fiz no caminho, ou por perrengues como o dia 07/08 que eu passei no hospital (isso eu conto depois). Por isso eu não recomendo comprar nada daqui do Brasil, nem reservar passeios, nem passagens de ônibus, nem hospedagem, tudo você consegue lá na hora, pechinchando e barganhando, assim você consegue preços melhores e não fica com o roteiro amarrado, você tem mais flexibilidade caso mude de ideia ou aconteça alguma coisa. Não tem segredo, tem que pesquisar, na internet, em blogs de viagens, no Mochileiros.com, em relatos de quem já foi, no meu caso, peguei um roteiro de 20 dias num blog, e fui adaptando, adicionando cidades e passeios, vendo os ônibus e hostels que eu poderia usar. Para os passeios, eu procurava nos relatos do Mochileiros.com e via as agências que a galera recomendava e já ia anotando o nome e o preço que pagaram pelos passeios. Para a hospedagem, eu procurava no Booking.com o nome da cidade, ordenava pelo menor preço, e ia vendo as avaliações da galera, se tinham curtido o lugar, mas sem reservar nada, só anotava o nome, o preço da diária, e quando chegava na cidade, ia direto nele (muitas vezes reservava o hostel pelo Booking quando chegava na cidade, pra não ter que pagar em caso de cancelamento). Para os transportes entre cidades, procurava no Rome2Rio as empresas que faziam o trajeto, o preço médio das passagens e já deixava anotado, mas também comprava só quando chegava na cidade, teve alguns que deixei pra comprar no dia da viagem mesmo. Para a alimentação, era na raça mesmo, perguntava para os locais mesmo onde tinha lugar bom e barato para comer, mas para planejamento, calculava R$ 40,00 por dia com comida. Tinha vez que gastava R$ 10,00, tinha dia que gastava R$ 50,00, mas fome não passava kkk. QUANTO LEVAR? Depois de definir o roteiro, ia anotando numa planilha no Excel mesmo, o roteiro por dia, os preços médios dos passeios, dos ônibus, das hospedagens, mais uns R$ 40,00 por dia pra comer, somei tudo e levei uns 20% a mais, só pra garantir. Funcionou bem, pelas minhas contas, eu precisava levar 1400 euros, trouxe 400 de volta, que já estão guardados para a próxima trip. Mas ainda levei meu cartão de crédito internacional, já desbloqueado para operações no exterior, só para uma possível emergência. Felizmente não precisei usá-lo. PREPARATIVOS Passagens Aéreas As duas piores partes da viagem são: comprar passagens aéreas e comprar moeda estrangeira, porque independentemente do quanto você pesquisa, parece que sempre você tá perdendo dinheiro. As passagens eu recomendo comprar uns 4 ou 5 meses antes da viagem. As minhas, comecei a procurar em janeiro, comprei em março, pra uma viagem para julho. Como eu tinha definido o roteiro primeiro, sabia que queria chegar por Lima e sair por Santiago, então procurava em todos os sites de busca possível na vida. Usei a opção “Múltiplos Destinos” ou “Várias Cidades”, passagens Londrina-Lima (20/07) e Santiago-Londrina (27/08), o Skyscanner tinha os melhores preços, mas ainda assim estava meio caro (R$1600). No site da Latam, Avianca, tudo acima de R$1800. Aí por acaso eu fui andar no centro da cidade um dia e passei em frente a agência da CVC, estava com sede, aí pensei, vou entrar, fingir que quero um orçamento e tomar uma água né? Tinha certeza que na agência de turismo seria o lugar mais caro. A atendente fez a busca no sistema dela, aí me disse: “R$ 1500 e pouco com bagagem despachada”, e eu: “como assim???? Mais barato que no site da Latam”. Acabei comprando lá, e como paguei a vista, teve um descontinho lá e saiu por R$1476 (comprei a passagem em março, minha viagem era em julho). Depois, de vez em quando eu olhava nos sites de busca e o preço não abaixava mais, então acredito que peguei a passagem com o preço mais barato possível kkk. A única coisa, é que em junho, a Latam trocou as escalas do meu voo de volta, ai a CVC me ligou para avisar que se eu voltasse no dia 27/08, teria uma escala noturna gigante no Rio de Janeiro, e acabaria chegando no dia 28/08, então ela me propôs voltar dia 28/08 num voo que eu pegaria escalas menores e chegaria no mesmo dia. Aceitei, o que foi a melhor coisa, porque ganhei um dia extra no fim da viagem. Chip Internacional Vou ser bem sincero, eu queria muito não ter comprado, mas como estava com tudo sem reservar, não conhecia nada, e queria dar um up no meu Instagram, fazer uns stories legais e postar tudo (pobre quando viaja tem que mostrar pra meio mundo, né?), e ainda por cima apareceu uma promoção da Revista Aprendiz de Viajante, que na compra de 6 revistas por R$ 120,00, de brinde ganhava um chip da EasySIM4U, com 4G ilimitado por 30 dias em todos os países, acabei comprando, não me arrependo, a internet funcionou muito bem mesmo, nas cidades, em alguns passeios, até em Machu Picchu funcionava, só no Salar do Uyuni que não tinha sinal nenhum. Também é possível comprar os chips nos países, não custa caro, mas tem que por crédito, troca o número, e tem franquia limitada, além de trocar o chip sempre que troca de país. Esse chip internacional funcionou nos 3 países, mas não servia pra ligações, apenas dados móveis. Além disso, como viagem era de 39 dias, e o chip só funcionaria por 30 dias, coloquei sua data de ativação para a partir do 9° dia, assim teria internet nos últimos 30 dias. Nos primeiros dias teria que me virar pedindo “la contraseña del wifi”. Usar chip brasileiro no exterior é pedir para pagar absurdos no fim do mês. Moeda Estrangeira Essa parte é com certeza a mais complicada, como levar dinheiro para a viagem? Reais, dólar, euro, cartão internacional, tele sena? Primeiramente, o cartão, mesmo sendo mais seguro, cobrava muitas taxas, fora os impostos que eram altíssimos para uso no exterior, além disso, muitos lugares não aceitam, então já risquei da minha lista. Bem, a moeda do Peru é o Novo Sol (S/)(PEN), da Bolívia é o Boliviano (Bs.)(BOB), e do Chile é o Peso Chileno ($)(CLP), por serem moedas “fracas”, suas cotações para compra no Brasil são as piores, então, ou compre dólar/euro no Brasil para trocar lá, ou leve real e troque lá. No meu caso, depois de muitas contas, cheguei à conclusão de que compensaria levar dólar ou euro, ao invés de reais. Para saber se compensa é só usar a formulinha que eu desenvolvi kkk (Quanto consigo em Soles levando Dólares) / (Quanto consigo em Soles levando Reais * Preço do Dólar em Reais) Se essa conta for maior do que 1, leve dólar, caso contrário, leve reais. Essa fórmula serve para todas as outras moedas, substituindo Soles por Bolivianos, Pesos, ou qualquer outra moeda fraca. Também pode ser substituído o Dólar por Euro, ou Libra, ou outra moeda forte. País Peru Bolívia Chile Real 0,77 PEN 1,65 BOB 152 CLP Euro 3,80 PEN 8,00 BOB 753 CLP Dólar 3,25 PEN 6,90 BOB 650 CLP As cotações estavam assim, então preferi comprar euros. No Banco do Brasil a cotação estava melhor que nas casas de câmbio, e para funcionários, não é cobrada a taxa de operação, então se você tem algum parente ou conhecido que trabalhe lá...#ficaadica. Enfim, comprei 1400 euros por R$4,72 para levar, depois comprei mais 250 dólares por R$4,04, e na véspera, minha tia ainda me deu mais R$300 para comprar um poncho de lhama kkk. Toda essa grana devidamente guardada num saquinho de plástico com um papelão no meio para não amassar, dentro de uma doleira que eu usava amarrada na coxa (na cintura é muito manjada) por baixo da calça, com medo de alguém roubar aquilo assim que eu saísse do aeroporto. Importante, não dobrar as notas de dólar ou euro, lá eles são bem chatos com isso. Voltei para casa com R$200,00, 400 euros e 20 dólares. Seguro Viagem Aproveitei a Black Friday de 2017 e comprei o seguro viagem da Allianz Mondial, por R$109, plano América do Sul Standart, para 30 dias, estava com 50% OFF. Aí, em março, quando comprei a passagem para mais de 30 dias, liguei lá, expliquei a situação, aí cancelaram minha apólice, devolveram todo meu dinheiro, e fizeram uma nova apólice de 40 dias por R$110, pasmem. E pelo menos no meu caso, não foi um gasto, foi um investimento muito bem usado. Certificado Internacional de Vacinação Essa porc%#** desse certificado, teoricamente é obrigatório para entrar na Bolívia ou Amazônia Peruana, aí todo mundo se mata pra conseguir, tendo que ir em algum posto da ANVISA para tirar (é de graça), aí chega na hora da viagem e ninguém nem pede (ninguém me pediu). Mas é a famosa Lei de Murphy, se você viajar sem, tenha certeza de que te pedirão, então não arrisque, procure onde é o posto da ANVISA mais próximo da sua casa e faça esse certificado. Ingresso para Machu Picchu O famoso ingresso, como eu ia na alta temporada (junho a agosto) e queria subir a Huayna Picchu (aquela montanha que aparece no fundo de MP), tive que comprar o ingresso em abril para poder subir em agosto. Caso você não queira subir nenhuma montanha ou vá na baixa temporada, não precisa de tanta antecipação. O acesso ao parque é limitado a 2000 pessoas por dia. Pedi para um guia turístico que mora em Cusco que conheci num grupo de viagens do Whatsapp, para que ele comprasse para mim, para que eu conseguisse o desconto de estudante. Mandei foto da minha carteirinha (ISIC e normal) e ele conseguiu comprar com desconto, de 200 soles, paguei 125. Mas caso você não tenha carteirinha, pode comprar pelo site oficial http://www.machupicchu.gob.pe/, ou pode deixar para comprar lá em Cusco mesmo. Mochilas De bagagem de mão, eu levei uma mochila de ataque de 30 L daquelas da Decathlon (comprem essas coisas na Decathlon que é top e barato), com uma pastinha com o passaporte, certificado de vacinação, passagens aéreas e minha caderneta de anotações. Já pra despachar foram: uma cargueira de 85 L da Conquista que eu já tinha há anos, com praticamente tudo dentro, além de um saco de dormir para -15° (emprestado de um amigo), um isolante térmico inflável (também da Decathlon e também emprestado de um amigo) e minha barraca Azteq Katmandu 2/3. Para não despachar esse monte de coisa amarrado e correr o risco de perder tudo ou alguém enfiar drogas na minha mochila cheia de zíperes (minha mãe assiste aquelas séries de aeroportos no NetGeo e ficou morrendo de medo kkk), eu pedi pra um amigo que trabalha com tapeçaria e ele costurou um saco para colocar tudo dentro e com um zíper só para poder passar um cadeado e deixar a mãe tranquila (ficou parecido com uma bolsa de academia). O que levar? Para detalhar melhor, tá aí uma lista completinha de tudo que eu levei: · 1 bota impermeável (Yellow Boot Timberland), 1 tênis (All Star velho), 1 par de chinelos e 1 par de alpargatas. · 2 toalhas de banho (1 normal e 1 daquelas da Decathlon que seca rápido) e 1 toalha de rosto, Kit banho (shampoo, condicionador, sabonete e bucha). · 1 estojo (pasta, escova, fio dental, desodorante, perfume, repelente). · Hidratante e protetor labial (levem, senão a boca e o rosto de vocês esfarelam no deserto). · 4 calças (2 jeans, 1 de sarja com elástico e 1 de moletom) e 2 bermudas (1 jeans e 1 de praia). · 8 camisetas. · 12 cuecas e 7 pares de meia. · 2 camisetas segunda pele. · 3 blusas (2 de lã e 1 de moletom). · 1 casaco impermeável corta-vento (R$199 na Decathlon, melhor investimento). · Pacote de lenços umedecidos. · Remédios usuais (antialérgico, sal de fruta, band-aid, para dor de garganta, Dramin) · Pasta com os documentos. · Doleira com a grana (dólar e euro). · Carteira com a grana trocada, cartão de crédito internacional para emergências, carteirinha de estudante. · Celular, carregador, fones de ouvido, bateria extra, adaptador. · 2 cadeados e algumas sacolinhas plásticas. · Caderneta e caneta. · 1 óculos de sol e relógio de pulso. · 1 rolo de papel higiênico. · 1 pacote de paçoca rolha e 1 saco de bala de banana (pra fazer a alegria da gringaiada). Me arrependi de levar tantas blusas porque lá acabei comprando mais (Mercado São Pedro em Cusco é sucesso), luvas, toucas e cachecóis não compensa levar daqui, porque lá tem mais bonitos e mais baratos. Devia ter levado e acabei me esquecendo, protetor solar, lá é caríssimo, aí tinha que ficar pedindo emprestado pros outros, e não esqueçam que nos Andes o Sol é mais forte, fora o vento e a secura do ar, então levem creme, hidratante para o rosto e lábios porque vão usar e muito! DIÁRIO DE BORDO Nos capítulos seguintes, vou contar como que foram os passeios, dia por dia, tentei lembrar e ser o mais fiel possível com todos os fatos passados, contando os perrengues, minhas impressões, também tentei contar tudo do modo mais descontraído que eu consigo ser (uiii ele é superdescontraído ele hehe). Coloquei algumas fotos para tentar ilustrar o que eu vivi, os lugares por onde passei, a grande maioria delas foi tirada do meu celular mesmo, como não tenho câmeras profissionais, nem GoPro, tive que me virar nos trinta com meu Galaxy S7 Edge, mas felizmente, a câmera dele é bem razoável, algumas poucas fotos, lá na parte do Atacama, foram tiradas com um iPhone X de um desconhecido que eu pedi para tirar do celular dele, porque o meu estava sem bateria e ele me mandou pelo Whatsapp depois. O relato em si acabou ficando mais longo do que o planejado, então, caso você não esteja com muita paciência para ler tudo, ou queira só um resumo, no final de cada dia eu coloquei um quadrado cinza com todos meus gastos diários, nome das empresas de bus, de algumas agências, dos hostels onde fiquei hospedado. Além disso, coloquei também algumas caixas coloridas com informações importantes em destaque, deem uma olhada nelas. Do mais, é isso, espero que curtam, e qualquer coisa, pergunta, dúvida, me chamem no Instagram @der_wanderlust que eu respondo com o maior prazer. Bora lá!!!
  6. PARTE 1: UM NADA BREVE ENSAIO SOBRE UMA VIAGEM. Passado quase 1 mês de meu retorno ao Brasil meu coração se acostuma com a saudade e anseia pelo próximo destino... Afinal, viajar é isso: se tornar um pouco do lugar visitado e deixar um pouco de você lá, não é mesmo? Começo falando bem rapidamente de mim: até pouco tempo atrás, viagem não era algo que eu considerava nem tangível nem desejável (acho que faltava peças em meu cérebro) mas desde que encontrei minha metade da laranja, sinto um enorme desejo de desfrutar desse mundão de meu Deus com ela. Começamos em Campos do Jordão, fomos para Salvador, Arraial do Cabo, voltamos para Salvador (é bom demais lá <3) e outras viagens "pequenas" aqui e ali, mas sem nunca deixar as terras tupiniquins. Dito isso, apresento aqui os 3 personagens principais dessa história: este que voz fala, Marcos (ja previamente apresentado). Mozão, Juliana. E nosso primeiro destino internacional: Bolívia. Essa viagem era para ter saído em 2017, mas alguns problema$ a adiaram para 2018, ou seja, tivemos ai quase 2 anos de pesquisas, planejamentos e preparação. A primeira coisa foi definir onde ir: fazer o clássico, Chile - Bolívia - Peru? Escolher apenas um desses países? Escolher outro país? O que levamos em conta foi que, para nós, 30 dias (inicialmente eram 30 dias) era pouco tempo para mais de um país, para dizermos que de fato conhecemos um país, assim optamos por apenas um por viagem. A equação Barato x Uyuni x Huayna Potosi (já adianto que este não rolou, mais a frente direi o porquê) teve como resultado: vamos para a Bolívia \o/. Nosso roteiro foi esse: SANTA CRUZ DE LA SIERRA X SUCRE SUCRE X POTOSÍ POTOSÍ X UYUNI UYUNI X LA PAZ LA PAZ X COPACABANA (ISLA DEL SOL) COPACABANA X LA PAZ X COCHABAMBA COCHABAMBA X TORO TORO TORO TORO X COCHABAMBA X SANTA CRUZ DE LA SIERRA Deixamos o solo tupiniquim no dia 14/12/2018, em voo da Gol. Dentro da Bolívia todo o trajeto entre cidades foi feito de ônibus. Neste relato tentarei ser o mais detalhista possível em relação a agencias, como chegar, preços, etc.e sintam-se a vontade para me perguntar qualquer coisa, diversos relatos me ajudaram muito e se eu puder minimamente retribuir esta ajuda, já ficarei muito feliz. Dicas iniciais (para antes da Bolívia): Ir de ônibus, trem da morte ou qualquer outro meio terrestre tende a ser muito mais barato, com certeza é uma experiencia unica, mas é muito mais demorado. Motivo esse que nos fez optar por ir pelo ar. Ainda sim, ressalto que durante os meses que procurei passagens áreas, encontrei preços que ficavam mais em conta que ônibus, porém eram datas bem fora do que teríamos disponíveis. Só para terem uma noção da diferença: como moro em Jundiaí - SP, minha partida é da cidade de São Paulo, de lá eu pagaria R$350,00 o trecho (ou seja R$700,00 total) de ônibus saindo do tietê, numa viagem de 36 horas que se findaria em Santa Cruz de la Sierra. De avião, paguei R$1053,00 ida e volta em um voo de aproximadamente 3 horas de duração. Percebi também que o processo de entrada na Bolívia é muito mais rápido pelo aeroporto. Acredito ser sabido por todos (menos por Jon Snow, esse não sabe nada) que não é necessário Passaporte para visitar países da América do Sul, somente um RG em boas condições e dentro de um prazo aceitável (que agora me fugiu a mente se é 5 ou 10 anos da data de expedição) já é o suficiente, porém ouçam o tio aqui: se tiver passaporte, leva, se não tiver, faça. è muito menos burocrático o uso do passaporte, se for abordado por um policial só o carimbinho de entrada nele já resolve. Não que você vá ter problemas se for só com RG, mas o passaporte facilita a vida lá. Se você não tem ainda, pense que é melhor fazer agora do que esperar a taxa subir (e ela sempre sobe), ou não ter tempo para tirar (já pensou precisar do passaporte para viajar e encarar uma greve ou tempo de emissão de 3, 4 meses? Isso pode ser possível, então é melhor prevenir que remediar. Ah, CNH não conta como documento, é RG ou passaporte). A Bolívia exige a carteira internacional de vacinação de febre amarela, facilmente obtida caso você seja vacinado (se precisar de ajuda é só chamar) mas em nenhum momento alguem lá dentro pediu para ver a minha. Ainda sim, é melhor ter e não precisar do que precisar e ter que cry over spilt milk (escola de idiomas Mamonas Assasinas). Seguro viagem não é obrigatório, mas se você precisar de médico lá e não ter seguro, prepara o bolso. Vi relatos de pessoas que deixaram 10 mil trumps lá só com medico. Não feche passeios e/ou hostels aqui, não compensa. Lá as ofertas são muito maiores e consequentemente há maior margem para tentar barganhar um desconto, fora que há hostels que você não vai achar nos aplicativos e sites. Se quiser, de uma olhada (usei muito o booking, hostelworld e airbnb) para ter uma ideia de quais hostels procurar ou onde procurar por eles. A lingua não é um problema: Falo inglês e tenho um espanhol nivel duolingo (iniciado 2 meses antes da viagem). Levei também um livro de bolso de conversação em espanhol mas usei 2 vezes no máximo. Acontece que o povo Boliviano é solícito, seja educado e fale devagar, com mimica se necessário, que você se fará entender. Em ultimo caso tem o Google tradutor que pode ser usado até off, então não se preocupe com isso. Ah, entender eles é bem tranquilo até, é mais difícil para eles nos entenderem, mas como eu disse, é possível. Dicas iniciais (inside Bolivia): Não coma nada da rua: talvez pareça ríspido, eu li e ouvi muito isso, e ainda sim me arrisquei, porém só não como duas coisas: pedra quando esta sem sal e urubu quando voa. Ou seja, saiba seus limites. Se seu estomago for nível rambo e quiser encarar, só vai. Mas não é aconselhável. Não beba água da torneira: pelo motivo já citado, a água da torneira pode ser prejudicial. Conhecemos um casal brasileiro que se mudou para Cochabamba e tomaram a agua da torneira. Ganharam uma semana de cama severamente doentes. Uma saída barata é a água de saquinho, custa 0,50 BOBs um saquinho de 500ml. A altitude pode ser um grande problema, então não a subestime. Se aclimatar corretamente, um cházinho de coca, soroche pills, folha de coca mascada, tudo isso ajuda, mas não extrapole seus limites pois nada disso é milagroso. O que levar? Isso é relativo, então posso dizer o que eu levei: 3 calças (duas seriam o suficiente, porém acabei me sujando bastante no Uyuni). 7 camisas (um baita exagero). 1 calça de pijama (ok). 2 camisas e um shorts de pijama (ok). 4 camisas de manga comprida (exagero) 1 Segunda pele (ok). 1 blusa de moleton (não usei, mas mozão usou). 1 casaco que não sei nem como chamar, mas é daqueles que é quase um iglu, protege mais do frio que meu quarto (o tamanho dele na mala foi algo triste, mas lá eu usei bastante) 9 cuecas e 1 sunga (usei todas mas acho que dava para levar menos) 5 pares de meia (exagero) 2 pares de tenis e 1 par de chinelo (ok) 1 toalha fast dry comprada na Decatlhon (quem sabe rola um patrocínio??) Escova de dentes Creme dental Creme de pentear cabelo Alguns rolos de papel higienico (não lembro quantidade, mas como descumpri a regra de não comer nada da rua, todos os rolos foram muito úteis) 6 pacotes de leninhos umedecidos (3 comigo e 3 com mozão, mas foi exagero também) Kit de primeiros socorros (remédio para dor muscular, remédio para estomago, diamox, sal de fruta, ibrupofeno, dipirona, band-aid) Celular, carregador e carregador portátil. Doleira Mochila de ataque de 10L (não chegou nenhuma proposta de patrocínio então não haverá divulgação dessa vez u.u) Cartão de crédito para emergências (não usei) Desodorante Sabonete Jogos (A quem interessar possa: Coup, The resistance e baralho). Touca 1 par de Luva 1 óculos de Sol Manteiga de Cacau Cadeados Acredito que só, mas posso ter esquecido de alguma coisa. Tudo foi dentro de uma mochila de carga de 42L (que é maior que muitas de 50L), e de uma mochila de 35L. Ambas foram comigo dentro do avião, não houve despacho. E assim encerro a introdução. Na próxima vez que voltar a escrever já falarei sobre o inicio da viagem, e para você que ma acompanhou até aqui, deixo algumas fotos de aperitivo \o/ Até logo (espero)
  7. RELATO OBJETIVO SOBRE A BOLIVIA E PARQUE SAJAMA EM MARÇO 2020. Roteiro: Belo Horizonte>> La Paz >> Parque Sajama>>La Paz >> BH Sai de BH dia 05\03 18 hs de voo com conexão em SP e Chile. Havia reservado o hostel Wild Rover- hostel agitado, muitos gringos ( só eu de brasileiro)com bar bem movimentado, muito bom para curtir a noite. Restaurante bom, banho quente, No entanto se pretende descansar não é um a boa escolha. LA PAZ Em LA PAZ não há muito o que fazer. Dei uma volta na cidade. Muito comercio de rua. Mais do que lojas oficiais. Fui lá nas ruas de equipamentos esportivos, realmente o preco é melhor que no brasil, além das marcas que não temos. Por eemplo uma bota merrel 800 bolivianos. Preço melhor que na amazon com a taxa de importação, mas ainda assim caro. Muita roupa falsa de marcas de montanha. Melhores coisas de LA PAZ. comida de rua e o teleferico, as tia gorda vende de tudo na rua, Pasteis, bolos, empanadas muito melhores que nos restaurante. Sanduiches de pernil, frutas e vários tipos e formas de milho, comi de tudo. não tive um desarranjo intestinal. Teleférico, melhor atração de LA PAZ, porque nele você verá toda a cidade e os majestosos nevados no entorno. São várias as linhas, tem a linha celeste que fica no centro prto do mercado camacho. No final dele tem conexão com os outros, tem um que chama mirador, é o mais alto da cidade.. No dia 08\3 partir para Parque Sajama. Peguei ônibus no terminal de Buses de La Paz, com destino a Arica no Chile. Ônibus de viagem bem confortável. Passagem 75 bolivianos. Pedir para descer no Parque Sajama, umas 3 hs de viagem. Desci na entrada do parque. Minutos depois apareceu um van, que deixou 2 mochileiros da rodovia. Esta mesma van me levou a Vila.( 10 bolivianos). Estas Vans fazem este serviço de forma regular. Então não esquenta em descer e não ter carona para a vila. Além dos diversos carros que passam e oferecem carona. Hospedagem na Vila Sajama foi um suplicio. Fiquei no Hostel Sajama, péssimo, caro, sem agua quente, sem refeições, inclusive para comprar. 100 bolivianos a diária em quarto individual e 60 em quarto compartilhado. Andando pela mini Vila para encontrar um lugar para jantar, encontrei o Hostel Parinacota, bem organizado. Lá eles servem jantar e café da manha,( para não hospedes), O jantar estava ótimo com chá e sobremesa. Lá fiz contato com um dos donos o Gregorio , que também é 'guia' de montanha. Combinei com ele em ir ao Acotango. Apenas o transporte sem Guia. 1000 bolivianos. Ele me buscou na pousada as 04 hs e chegamos na base do Acotango antes das 06 hs. 09\03 Vestir os equipamentos e partir sozinho. ( ele ficou em baixo dentro do carro esperando). Tem uma subida pesada logo após o primeiro Vale. Esta é a única subida mais difícil. Depois e caminhar na neve até o cume. A descida realizou por outro lado. Como se voce continuasse a caminhar após o cume. Bem tranquilo so neve fofa. Fiz alguns trecho de esqui bunda. - LEMBRENTE : 6000 metros mexe muito com a fisiologia, tive dor de cabeça, mas foi auto limitada. O sol amplificado pela neve queima demais. enato muito cuidado. Sempre de óculos bem escuros preferencialmente balacrava ou duas bandanas. Agora começa a loucura... Após a ascensão do Acotango, resolvi subir ficar no campo base do Parinacota. Por lá, aos 5200 metros de altitude fiquei 4 noites. Sozinho. Novamente paguei 1000 bolivianos. Para o Gregorio me deixar no campo base. Ele me deixou com 6 litros de agua da torneira do hostel. No campo base tem um abrigo grande de pedras, com 5 beliches, com colchoes novos, cobertas grossas boas. NÃO TEM AGUA!! como o solo é de por de rocha vulcânica, não tem agua escorrendo do topo do vulcão. O nível da neve é bem alto 1 hora de caminhada. Neste primeiro dia optei por dormir na barraca. Pois minha barrca nunca tinha enfrentado frio verdadeiro. A minha Naturehike cloud up 2, passou bem pelo teste. Nevou a noite toda. O vento não incomodou. Acordei com neve até o 1\4 inferior da barraca. A noite ouvia o excesso de neve escorrer pela barraca. No entorno havia 30 cm de neve em todo lugar. Logo fiquei feliz, acabou meu problema com água !! Só que não é tão simples derreter neve. Exige-se um volume grande de neve e muito FOGO. Como eu levei apenas um botijão pequeno para o fogareiro. Optei por não derreter a neve no fogo. Enchi um saco plástico transparente e deixei a radiação solar fazer sua parte, depois de 2 dias eu tinha 4 litros de neve derretida e com processo de produção mantido. Resolvido o problema de agua. Agora era apenas torna-la potável. Já havia gasto 8 pastilhas de clorin na agua que o guia me deu. Joguei no galão 2 litros de neve derretida, e minha ultimas 2 pastilhas de clorin, deu certo so tiver um episodio de diarreia no primeiro dia e não tive mais. Comida não era um problema, havia levado 4 refeições liofilizadas, muita castanha do Pará, frutas secas e barras de proteína e chocolate. Levei uns saches de chá e alguns de leite em pó. Tinha também soro de reidratação e tomava um litro por dia. Resumindo não passei fome nem sede. Banho! apenas paninho com álcool nas partes e creme antibacteriano que eu levei. Nevou dia e noite sem parar. Minha barraca ficou enterrada na neve. A segunda noite ... Seria a noite de ataque ao cume. Optei por dormir no abrigo, pois iria acordar de madrugada e vestir a roupa de alta montanha no abrigo. Seria.... Acordei as 23 horas com uma dor de cabeça, falta de ar pior da vida. Tomei ibuprofeno e paracetamol. So melhorou pela manha. Quando conseguir dormir um pouco. Tomei ibuprofeno 8\8 hs e melhorou durante o dia. Dei umas voltas pelo entorno, neve fofa e alta pra todo lado. Almocei, tomei cha e leite. Li meu livro( Transpatagonia, pulmas não comem ciclistas, Guilherme cavallari). Algo indispensável nestes momentos de solidão. Tinha até medo de terminar de ler rápido. DIA DE CUME!!! 10\03\2020 Dormir no abrigo, jantei um frango liofilizado. Tomei um chá e mais copo de leite. Fui dormir. Não conseguir acordar as 01 horas como previsto. Acordei as 04 hs!! muito tarde. Resolvi ir assim mesmo. Tempo bom. Tomei café, comi um biscoito, castanhas e barra de proteína. tomei um leite e preparei um chá para levar. Aqueci agua e enchi a garrafa. 04:30 partir do abrigo. Lua cheia escondida por nuvens, mas deixava passar claridade. Não precisava de lanterna. Estava quente, fui com a jaqueta de plumas e um fleece. Logo logo, retirei a pluma e fiquei só com o fleece. Como nevou muito não vi os famosos penitentes. Peguei um subida a direita neve fofa entre algumas grandes pedras negras. Subida íngreme. Pesada. Continuei subindo em direção a direita. Coloquei os crampons logo após a ultima pedra negra. Logo estava em uma parede de 50graus de neve fofa -+30 cm. Para minha infelicidade o sol já havia nascido e estava em brilho total, céu de poucas nuvens. Pouco vento e muito calor. Em uma rajada de vento, foi-se meu boné... As 10 horas parei, fiz um lanche e tomei um chá. Sol a pino, neve refletindo o sol direto no rosto! Continuei em um diagonal para a direita, alternando com alguns períodos de subida reta. 11 horas e agora e um paredão de gelo e neve 20 cm 60graus de inclinação a menos de 300 metros do cume. Continuo na subida, com muito sol que ficava ainda pior refletido na neve. Tinha dois sois a me fritar. A insolação minou minhas forças, comia neve para hidratar, a boca estava seca e quente. Tomei toda minha água. continou por mais uma hora. olhei do GPS 12:17 horas, altitude 6210 metros , 480 millibar. cansado, desidratado, sozinho faltando MISEROS 170 METROS ATÉ O CUME. Desisto! Iniciei uma descida rápida. com alguns tombos. Neve fofa devido ao sol. Atolando ate o joelho. Descia quase paralelo ao paredão de gelo e neve. Comendo neve com muita frequência, já estava desidratado. Sentia um calor, um vapor sair do rosto, nem imaginava que eram as queimaduras solares. Bati algumas vezes os crampons na minha bota, perigo total. Assim que além de estragar a bota, ocorrem os ferimentos na perna. Finalmente cheguei a a região onde iniciava as pedras pretas. Retirei os crampons, não foi uma boa ideia. Estava muito escorregadio, o pe afundava na neve e iniciava escorregão, como um patins. Em um desses tiver que utilizar o piolet para minha retenção. Finalmente cheguei a base da montanha, agora era apenas uma caminhada na neve ate o abrigo. Andava muito rápido, devido ao calor insuportável que sentia no rosto. Esfregava neve e comi sem parar. Cheguei ao abrigo em menos de 2 horas !! Joguei muita agua gelada no rosto. Bebi um litro de agua de uma vez. Tirei a roupa, esquentei agua, fiz um chá e comi uma canja de galinha liofilizada. Fui cuidar do estrago das queimaduras no rosto. Passei um camada generosa de bepantol e protetor solar. Morto, destruído fui dormir. Devia ser umas 14 horas. Acordei poucas vezes para tomar agua e fiquei feliz, quando deu vontade de urinar, sinal de boa hidratação e perfusão. Dormir a noite toda. Senti um pouco de frio, talvez pela falta de calorias. 12\ 3 Dia do resgate Acordei, tomei um leite, comi umas barras de chocolate e castanhas. Desmontei a barraca , juntei meu lixo guardei a agua e agora era so esperar o resgate. Fui deitar ainda estava muito cansado. Algumas horas depois, entra o motorista, falando que o 4x4 não conseguiu subir ate o abrigo. Descemos caminhando 30 minutos e pegamos o carro. Rumamos para Vila Sajama. VILA SAJAMA>>LA PAZ Ele disse que me deixaria em Tambo Quemado, porque lá possui mais opções de transporte a La Paz. Tambo Quemado é uma cidade fronteiriça com o chile. Fiquei encostado no controle alfandegário, um portico azul. Ao lado tem um patio grande onde tem vários caminhões parados e vans. O motorista disse que eu posso pegar uma van para Patacamaya ou Oruro e de lá outra para La Paz. Havia muitas vans inclusive uma que iria sair em 30 minutos para Patacamaya. Como eu fui de ônibus da Nordic que vai ate Arica na costa Chilena e sabia que ele retornava e passava ali entre 15:30 e 17 horas. Este lugar lembra uma parada de caminhoneiros, com vários restaurantes e pequenos comércios em volta. Optei por comer algo descente e aguardar o ônibus direto para La Paz. Pra variar comi pollo(frango) com arroz. Foi o melhor frango frito da viagem. Também dias comendo só liofilizados. Logo passou o ônibus, antes das 17 horas. Várias pessoas o pegaram. Mas ele ainda estava vazio, passagem 40 bolivianos. Fui tranquilo, com espaço e segurança até La Paz umas 4 horas de viagem. No terminal de Bus estavam medindo temperatura de todos que desciam dos ônibus. Peguei um taxi, 40 bolivianos, ate o meu hostel, o mesmo Wild Rover, no centro de La Paz. No hostel fiquei em um quarto com 6 beliches, que fica onde era o sotão da casa, chama quarto D. Péssimo sem ventilação. como peguei um resfriado na montanha estava tossindo muito, piorou ainda mais naquele quarto abafado. Eu tinha a pretensão de ir ao Huyana Potosi no dia 13. Mas todo queimado e com resfriado abortei a ideia. Fiquei um dia besuntando a cara de bepantol e protetor solar, curti um pouco a noite no bar do Hostel. No outro dia fui ao LAGO TITICACA . LA PAZ >> COPACABANA ( LAGO TITICACA) Resolvi fazer um bate e volta a Copacabana, local mais conhecido a beira do lago. No próprio hostel tem uma agencia de viagens. Perguntei sobre o ônibus Bolívia HOP. Fui informado que era 40 DOLARES ate Copacabana, voce pode descer onde quiser e pegar o ônibus quando quiser também. Caro demais 200 reais. O barman do hostel me falou que havia vários ônibus de saiam de Cementerio com destino a Copabana. Peguei uma van perto do mercado camacho 2 bolivianos. Pedi para descer no cementerio que iria pegar o ônibus para Copacabana. Este Cementerio é um bairro na parte alta de La Paz. A van para perto de uma praça com vários ônibus e vans paradas. Tipo um rodoviária informal. Lá havia varias pessoas oferecendo passagens para Copacabana. Comprei em um ônibus grande de viagem, 20 bolivianos. São umas 3 horas de viagem. Quando chega no lago tem que passar de balsa. Todos descem o ônibus vai vazio. Voce descer vai a bilheteria compra a passagem do barco de passageiros 2 bolivianos. Atravessa e espera o ônibus nom outro lado na praça da cidade. -decora o nome e placa de seu ônibus! Chegando a Copacabana é um vila pequena, bem bonita, com mirantes no entorno, uma linda igreja logo no inicio da vila. Vários restaurantes que servem o prato principal da cidade- trucha do lago Titicaca. Descia rua principal, com sol forte vindo do lago, eu igual um tuareg com o rosto protegido com bandanas. Fui a beira do lago de aguas cristalinas e geladas, tirei umas fotos. No entorno do lago tem vários quiosques, que vendem passeios para as ilhas do lago. Como cheguei tarde não havia mais passeios. Existem muitos hostels a beira do algo e a maioria possui um restaurante com um térreo, com cadeiras e guarda sol. Lugar perfeito para curtir a vista do lago, comer uma trucha tomar uma pacena gelada. Fui no ultimo restaurante ao lado esquerdo da rua principal tem uns sofas no terraço, muito confortável. Sobre Copacabana, é um vila que vale pena ficar alguns dias. La os hostel é mais barato, percebi muita gente mais alternativa. Pode-se inclusive partir de lá para o Peru. tem vários ônibus que fazem este trajeto. È mais perto que LA PAZ. COPACABANA>> LA PAZ Teem vários horários de ônibus de volta a LA PAZ , eu peguei o de 18:30 hs , mas vi que o ultimo sai 22 horas. A volta é o mesmo esquema de balsa e barco em Tiquina. o ônibus te deixa no terminal de BUS de LA PAZ, no centro. DICA: banheiro só na hora de pegar o barco, 1 boliviano. levar uma blusa de frio. LA PAZ >>> BH Meu voo seria dia 15 as 8:45 hs. Sai do hostel as 7 horas. Estava chovendo e não conseguir chegar a tempo-perdi o voo! Tentei sem êxito ao menos chegar a Santiago que era minha conexão de 14 hs para Guarulhos. Não tinha um voo para o chile neste dia. Então tentei um para Guarulhos para pegar minha conexão para Confins , nada não tinha um voo também. Conseguir um voo para Guarulhos pela BOA , Saindo as 6:30 chegando em Guarulhos as 12:30 horas . Com troca de aeronave em Santa cruz de la Sierra. 1600 REAIS, com bagagem. De Guarulhos para confins comprei voo da gol 360 reais com bagagem. CORONAVIRUS Em LA PAZ alguma pessoas com mascaras, a maioria com mascaras de panos estilizadas. No hostel aquela muvuca de 15 pessoas em um quarto, tossindo e espirando( provavelmente resfriado), claro que sem mascaras. Nos aeroportos principalmente em Santiago e Guarulhos a grande maioria de mascara. Varios tipos, alguns usando no queixo, outros com uso intermitente. Casais um com mascra outro sem. Na volta em gaurulhos e Confins, haviam mais pessoas usando mascaras. Pouco depois que cheguem vi as noticias de fechamento de fronteiras na Bolivia e grande parte da America latina. Como cheguei resfriado e passei por aeroportos e principalmente por Sao Paulo onde há transmissao comunitaria. Institui auto quarentena domiciliar de 7 dias. Como profissional de saúde nao posso trabalhar com sintomas gripais. DICAS GERAIS: TRANPORTE PUBLICO TELEFERICO E VANS, SÃO BARATOS E EFICIENTES. NAO TEM UBER. TAXI NÃO É MUITO CARO. EXEMPLO PARA O AERORPORTE, QUE LONGE OUTRA CIDADE 70 BOLIVIANOS. COMIDA COMPRA NOS MERCADOS OU NA BANCAS DE RUA, NOS HOSTELS SÃO MUITO CAROS. COMPRA MUITA AGUA BEBA 4 LITROS POR DIA. O SOL É MUITO FORTE, DEVIDO A ALTITUDE , USE MUITO PROTETOR SOLAR, BONE E OCULOS ESCUROS E BANDANA (BUFF). FAZ FRIO TODO DIA, SEMPRE SAIA COM UM CORTA VENTO UM ANORAK TODO DIA. DA UMA VONTADE DANADA DE URINAR TODA HORA. TEM MUITOS BANHEIROS PUBLICOS, 1 BOLIVIANOS. OS BANHEIROS SÃO USAVEIS. SEGURANÇA, NÃO VI UM FURTO OU ROUBO, NÃO FUI ABORDADO POR NINGUEM. TEM MUITA POLICIA NA RUA. PASSEIOS: LAGO TITICACA -COPACABANA VALE UMA PERNOITE ALTA MONTANHA; PRA MIM FOI O MOTIVO PRINCIPAL DA VIAGEM. TEM MUITAS AGENCIAS PROXIMO A IGREJA SAO FRANSCISCO RUA MURILO, ILAMPU. ISAAC TAMAYO, SARNAGA. MEDIA DE PREÇO PARA HUAYANA POTOSI 800 BOLIVIANOS COM EQUIPAMENTOS DELES. EU LEVEI MEUS EQUIPAMENTOS, MAS O ALUGUEL NAO E CARO. UMA BOTA 30 BOLIVIANOS POR DIA . OS OUTROS PASSEIOS , DE BIKE, TREKKING ETC... NÃO FIZ MAS VALE MUITO A PENA FAZER. GASTOS: PASSAGEM 1600 REAIS BELO HORIZONTE -LA PAZ. HOSTEL 40 BOLIVIANOS\DIA CERVEJA 24 BOLIVIANOS AGUA 2 LITROS 8 BOLIVIANOS PASTEL DA TIA GORDA 4 BOLIVIANOS.
  8. Boa tarde pessoal! Estou indo para La Paz em maio e estou querendo economizar um pouco na alimentação dos passeios. Por isso gostaria de indicações de locais para comprar comida, supermercados e algo do tipo com preços bons kkkk vlw
  9. Redes sociais e contato https://linktr.ee/francolrc86 Saudações Amigos! Meu nome é Franco Coimbra, sou de Minas Gerais. Sempre gostei de viajar, ônibus, avião, trem. Nunca tinha saído do País e achava que não tinha condições para isso.  Achei o site mochileiros.com, por acaso na net, é comecei a ler. Entre relatos de viagens, tutoriais, fui apreendendo formas de viajar barato. Muitos relatos de viagem me tocavam, as pessoas estavam sempre felizes amadurecidas e ansiosas, já planejando uma nova viagem. Agora tenho o maior prazer de ajudar e retribui toda a informação que consegui neste site. PLANEJAMENTO Transporte: Tenho uma facilidade com internet pois trabalho com tecnologia. Depois de várias buscas de preços descobrir que a melhor formar é se cadastrar no site Skyscanner. Após o cadastro, você criar um alerta de preço no trecho pleiteado. Fiz isso em janeiro de 2018. Em fevereiro comprei uma passagem Brasília a Campo Grande por R$179 incluindo bagagem. Também uma de Bogotá a São Paulo, com escala em Fortaleza por R$ 680,00, todas da Avianca. Descobri também que mudando a localização do navegador, você pode comprar passagens domesticas em outro país de forma mais barata. O resto do trecho foi todo de Bus, usei as páginas Busbud e redbus para estimar o preço das passagens para o planejamento. Felizmente não usei o sites para realizar a compra, pois a vista é bem mais barato. Os ônibus em geral são mais confortáveis e baratos que no Brasil. Em países como Peru e Bolívia tem serviço de bordo, e telas de interatividade. As passagens são pechichaveis pode se fazer um leilão indo em várias empresas, mais não deixem de conferir a qualidade das avaliações nos sites que vendem passagens. Foram milhares de quilômetros admirando paisagens deslumbrantes pela janela. Andei em empresas como Copacabana, Trans Titicaca, Oltursa, Tepsa, Civa, Berlinda del Fonce, Ochoa e Bolivariana. Não tive nenhum problema. Foto: Ônibus no terminal Bimodal de Santa Cruz Fiz uma planilha com a estimativas de custo, e levei 10% a mais. Fiz uma planilha, que ao longo da viagem fui trocando os custos estimados pelos custos reais. Pará reservar acomodações e estimar custos de hospedagem, usei Hostel Word e Booking. A VIAGEM Santa Cruz de la Sierra Realmente fiquei só um dia pra descansar, pois fui de bus de Campo Grande a Corumbá e de Puerto Quijarro a Santa Cruz. Não fui de trem da morte, porque estava caro no dia, em relação ônibus. Foto: Chaga em Santa Cruz Foto: Coincidência, boliviana com a tatoo com meu nome. La Paz Um choque cultural, muito bonito e diferente. Um povo amável que lhe mostrará outros níveis de humildade. Do taxi ao Uber, tudo muito barato. Deliciosas sopas, empanadas e sal tenhas. Fiquei no Llmas Hostel, próximo a praça Espanha e teleférico. Passei mal, uma forte dor de cabeça, mais nada que Sirochi Pill não resolvesse. Encontrada em qualquer farmácia custa cerca de R$2.00. Fui a todos os parques, praças, miradores e no teleférico. Na noite fui a disco chamada fórum. As pessoas são muito preconceituosas com a Bolívia, La Paz é bonito e seguro. Foto: Teleférico La Paz Foto: sopa de Fidel com Maní Copacabana O lago titicaca é fantástico, a cidade é pequena e acolhedora. Fiz o passeio na Ilha do Sol. Paisagens perfeitas. Foto: São Pedro de Tiquina Foto: Lago Titicaca (Tirada por mim) Cusco Em Cusco os preços sobem um pouquinho. Pra economizar é só fugir da rota turística e ir a mercados e restaurantes frequentados por nativos. Recomendo o passeio ao Vale Sagrado. Cerca de R$70,00 com almoço buffet. Se conhece as Salineiras, Olaytaitambo, e muita histórias e ruínas do povo Inca. Machu Pichu é caro. Recomendo ir de Van até a hidrelétrica, seguir a pé até Águas Calientes, descansar em um Hostal, e subir no outro dia a Machu Pichu, fica cerca de R$230,00. Ao lado da igreja, na praça de Armas, existem 2 Pub s muito legais para sair na noite. Foto: Plaza de Armas Fotos: Mercado Artesanal Foto: Olaytaitambo Lima Fiquei num excelente Hostel perto do mar, na região do Barranco, na minha opinião a parte mais bonita da cidade. Fiz muitos amigos no Hostal. Foto: Barranco Mancora Passei do ponto no ônibus, tava dormindo e desci 20km depois num posto de fiscalização. Voltei de carona num ônibus que vinha de Caracas a Lima de refugiados Venezuelanos. Muito triste a situação, gente com a roupa do corpo e 20 dólares pra começar uma vida nova em Lima. Foi uma das minhas preferidas. Cidade puquena sem muita infraestrutura. Mais fiquei num Hostel chamado Misfit, fica 1km da cidade. Os quartos são suítes de madeira e palha. Muita tranquilidade e gente agradável. O tempo para. Lugar excelente pra relaxar. Amei. Cuenca O Equador é lindo. É hoje na minha opinião o país que tem melhor qualidade de vida. Quero trabalhar e viver um tempo no Equador, conhecer melhor o país. Passei no Equador rápido porque estava atrasado no tempo. Fui a Cuenca e de passagem por Guayaquil e Quito. Medellín Cidade fantástica, povo amoroso. Muito organizada, excelente sistema de transporte. Conheci o centro, o teleférico, o centro, o estádio. Cartagena Lidissima cidade, mais não deve sair do centro histórico. A cidade tem altos índices de assalto. Mais relativamente segura no centro. Recomendo passeio completo nas ilhas do rosário. Custa cerca de R$100,00. Inclui almoço e um passeio de Snooke muito bom. A praia Baru é super explorada comercialmente. Não sou contra quem tá correndo atrás do seus sustento, mais os vendedores são muito importunadores. Santa Marta Pelo menos uma vez tinha que me hospedar em um party hostal. Fiquei no Brisa Loca, tem um bar, e uma boate no terraço. Quem não gosta de festa não pode ficar lá. A música cessa só as três da madrugada. Muito boa. Bogotá Fiquei na região da candelária. Conhecia só locais próximos que dava pra fazer a pé e de transporte público. Gostei do clima fresco. DINHEIRO A melhor forma que encontrei, é levar um poço de dinheiro numa doleira. O resta deixa numa conta brasileira. Assim baixei o app da western Union e envia via app do meu banco e depois de meia hora sacava em uma loja local da western Union. PERRENGUES O tempo foi curto, talvez o trajeto deveria ser menor. Dava pra ter feito trechos de voo, se me programasse e comprava a passagem uma semana antes. Teria ganha tempo. E na maioria das vezes é mais barato que ônibus. Já na cidade de Ipiales, comprei uma passagem em um bus noturno para Medellín. Por volta das 04:00 de hoje 19/09/2018, na carretera 25 no povoado de El Cruero, o ônibus é parado pela polícia para uma fiscalização de rotina. Eu estava na poltrona 01, o policial ao notar que eu era estrangeiro me acordou e me chamaram pra dentro da guarita. Era um policial de etnia branca e um de etnia negra. Lá revistaram todas as minhas malas. Não satisfeitos pediram para ligar meu celular e escutaram todas minhas ultimas conversas. Não satisfeitos pegaram minha carteira contaram meu dinheiro (540 dólares). Disseram que poderia pedir para o ônibus seguir viagem, porque estava preso para averiguação da Interpol. Aí eu fiquei muito puto... Falei que estava correto. Que estava legal no país, que tinha visto em meu passaporte, e que o dinheiro que estava por tanta dó estava longe da quantidade limite que poderia portar. O policial de uma forma muito truculenta disse que se não calasse ia me fazer uma multa. Peguei meu telefone, falei que ia ligar numa linha de emergência do consulado brasileiro (nem sei se existe). Para pedir ajuda. Nesse momento um dos policiais foi para fora da guarita, enquanto o outro que ficou, na maior cara deslavada me pediu 100 dólares. Falei que não ia pagar, porque primeiro estou correto, e em segundo porque meu dinheiro estava contado e 100 dólares me faria falta para voltar ao Brasil. Não paguei, repeti que não pagaria, até porque o dinheiro me faria falta mesmo. Perguntaram minha profissão, quanto era meu salário. E por fim quando viram que não conseguiria me extorquir, me liberaram. Atrasou o ônibus em meia hora. CONCLUSÃO Não sou a mesma pessoa. Mudei e muito. Mais humilde, aberto. Aprendi a chegar nos lugares me apresentar e conhecer todos. Que se tem uma amizade intensa, ou um amor intenso, e depois a vida segue, e a despedida pode ser um adeus. Me renovei quero iniciar novos projetos, estudar mais, melhorar meu salário, cuidar da minha saúde. conhecer muito mais. Viajar sempre. Quero cuidar mais da minha saúde, racionalizar o álcool e para de fumar. Estudei muito quase um ano pra fazer essa viagem. Quem quiser dicas e compartilhar experiências meu zap é 34998004627 Abaixo uma planilha com todos os custos, as datas não estão certas mais os custos sim. https://docs.google.com/spreadsheets/d/1_yIgkqtuVEvNEooOlkJhYwEIwpRGtyUKGMFkGk5KjZA/edit?usp=drivesdk Redes sociais e contato https://linktr.ee/francolrc86 V_20181102_072341_N0.mp4
  10. Nossa viagem teve início em julho de 2019 e terminou 41 dias depois, em agosto de 2019. Viajamos, eu e minha esposa, de forma relativamente barata, ficando em hostels, airbnb e pequenos hotéis. A maior parte dos trajetos fizemos de ônibus, mas alguns trechos optamos por voos baratos, o que ajudou a cumprir o extenso roteiro que fizemos. Inclusive a ida de São Paulo a Jujuy compramos as passagens de ida e volta com milhas aéreas numa promoção da Gol com a aerolineas argentinas. O lado ruim do passeio foi que acabou "rápido". Apesar de ser nossas mais longas férias, por incrível que pareça ficou a sensação de que "passou rápido". Vou sintetizar o que fizemos de forma a dar uma ideia de cada local. Se alguém quiser alguma informação que possa ajudar no planejamento de viagem, é só entrar em contato. . São Paulo - Jujuy - o voo foi tranquilo e, inclusive, pudemos ver o eclipse parcial do sol. Fizemos escala em Buenos Aires, assistimos ao jogo entre Brasil e Argentina no porto Madero e, no dia seguinte logo cedo, partimos para Jujuy; . Jujuy - Quebrada de Humahuaca - chegamos no aeroporto e dividimos um taxi até o terminal de ônibus. De lá tomamos um ônibus pra Purmamarca, onde ficamos hospedados por duas noites no excelente La Valentina Hostal (R$ 125 o casal). Conhecemos o Cerro de los Siete Colores, caminhamos pelo paseo de los colorados, ficamos à toa no pequeno, belo e tranquilo vilarejo. Também fomos a cidade de Tilcara e as ruínas de Pucará de Tilcara (recomendo muito fazer o passeio com o guia local incluído no valor da entrada). Por fim, conhecemos Humahuaca e as Serranias del Hornocal. O NOA (Noroeste Argentino) tem paisagens maravilhosas e grandiosas. Aliás, o que não faltou nessa viagem foram grandes paisagens, daquelas onde o horizonte parece bem distante. Nossa intenção era conhecer Salta e Cafayate na volta, pois, em 38 dias nosso voo sairia da mesma Jujuy. No fim das contas, Salta e Cafayate ficaram para outra viagem, pois ficamos mais tempo em alguns lugares e voltamos a Jujuy no mesmo dia em que nosso voo retornaria ao Brasil. . Purmamarca - San Pedro de Atacama - tomamos o ônibus da empresa Andesmar as 03:40 hs da madrugada, na entrada de Purmamarca (atrasou meia hora, o que fez a gente pensar que seríamos deixados pra trás,,, mas não hehe, ainda bem). A viagem foi tranquila e cruzamos a fronteira com o Chile no Paso de Jama. O ônibus chegou antes e ficamos cerca de 1 hora esperando para fazer os trâmites de entrada. Mas foi bem tranquilo e logo estávamos descendo em direção a San Pedro. Esse trecho da viagem é fantástico. Chegamos as 11hs da manhã. Ficamos 4 noites nessa pequena cidade de adobe, num airbnb que não recomendo (La Estancia - R$ 150 o casal), pois era um pouco afastado do centro e faltou água quente. Na verdade, nos receberam na chegada e depois nunca mais apareceram (no último dia deixamos as chaves com um bilhete e fomos embora). . San Pedro de Atacama - já havia estado na cidade algumas vezes. Local bem legal, com aquele clima gostoso de aventura. Fizemos vários passeios maravilhosos: Laguna Cejar, Lagunas Altiplânicas, Salar de Atacama, Geisers del Tatio, Valle de la Luna, Tour astronômico, mas o que mais gostamos foi o passeio de bike pela Garganta del Diablo. Fizemos uma breve pesquisa e contratamos tudo lá mesmo,,, Alugamos duas bikes, compramos águas e empanadas e partimos em direção a Pukará de Quitor. Pagamos a entrada na estradinha que leva a garganta del diablo, ouvimos as explicações do que havia no local e fizemos a volta completa pela garganta até a igreja de San Isidro. Passeio gostoso e bem divertido. Depois voltamos pela estradinha até Pukara de Quitor. Subimos até o ponto mais alto com uma vista incrível do pôr do sol. O tour astronômico também foi sensacional. Valeu a pena. Uma dica é comprar empanadas, pois são gigantes e muito gostosas (e baratas). O melhor de San Pedro foi ter conhecido uma bonita família da Alemanha na gélida laguna Cejar,,, as amizades improváveis que surgem nessas viagens são um verdadeiro tesouro. . San Pedro - Arica - Tacna - Lima - esse foi um dia lonnnngo, mas, ao mesmo tempo, tranquilo. Saímos as 22 horas de San Pedro e chegamos as 06:00 hs da manhã em Arica. Queríamos conhecer as cuevas de Anzota, mas o receio de demorar na imigração e perder o voo fez com que deixássemos pra outra vez. De lá, tomamos um taxi compartilhado de uma espécie de empresa que fica ao lado do terminal de ônibus e cruzamos a fronteira com o Peru (desde que tomamos o taxi em Arica, mais os trâmites de fronteira e a chegada na rodoviária de Tacna levamos cerca de 1 hora no total). Tinha uma baita fila na imigração, mas andou rápido. Era nossa terceira fronteira. Chegamos em Tacna, tomamos um café da manhã próximo ao terminal de ônibus, trocamos algum dinheiro e fomos pro aeroporto. Lá ficamos algumas horas esperando até a partida para Lima. O voo foi pela Viva Air Peru, custou 65 dólares por pessoa (com as bagagens incluídas). Pela distância enorme entre as duas cidades achamos o valor bastante bom. Saímos pontualmente as 14:45 hs e chegamos as 16:30hs no aeroporto de Lima. De lá fomos pro bairro Miraflores, onde havíamos reservado o airbnb da Diana. Vou comentar aqui porque foi o melhor airbnb da viagem: um quarto enorme, com banheiro, tv a cabo, wifi e etc. A localização é excelente (Calle Porta 264 en Miraflores - R$ 98 o casal) e a Diana gente finíssima. Muito amável e prestativa. Acabei deixando pra avaliar ela depois da viagem e descobri que não podia porque o airbnb dá o prazo de 15 dias pra avaliações. Daí resolvemos deixar a dica aqui, pra quem for a Lima. . Lima - foram 2 noites em Lima, adoramos o bairro de Miraflores. A cidade está sobre uma espécie de falésia, sendo que se vê a praia lá do alto. É uma região bem bonita com área pra caminhada, recreação e belos jardins, acompanhados da vista do mar, que fica uns 65 metros abaixo. Essa região é conhecida como Malecón. Fizemos diversas vezes a caminhada desde o shopping Larcomar até o farol e também nas imediações da Praça Kennedy. Em um dos dias acordamos cedo e saímos em direção ao centro histórico e catacumbas do convento de São Francisco, as quais recomendo como um passeio "diferente". A noite fomos até o Parque la Reserva (também conhecido como parque das águas - uma curiosidade é que choveu um pouco neste dia, coisa rara em Lima). Um passeio bem legal e que gostamos bastante. O parque é meio afastado e tomamos um taxi. Na volta tivemos que pechinchar porque os valores variavam muito e já era tarde. Queríamos muito conhecer o museu de arqueologia, mas estava em reforma por 2 anos. Desta forma, fomos ao Museu Larco. Pra quem curte arqueologia esse é um museu imperdível, pois além de estar em uma propriedade linda, o acervo é incrível. Vale a pena o passeio guiado, pois é barato e nos deu informações bem legais. O restaurante do museu também vale a pena (não é barato, mas também não é um valor abusivo). Além deste museu conhecemos o Museu de Arte de Lima, o sítio arqueológico de Huaca Pucllana e o bairro Barranco. Lima foi uma grata surpresa, em especial o museu Larco, a comida muito boa (lomo saltado, papa a la huacachina, frutos do mar, etc...), e a beleza do Malecón. Depois de dias muitos bons partimos em direção ao terminal de ônibus da empresa Oltursa, em direção a Huaraz. . Huaraz - a cidade mudou bastante desde a última vez (em 2003) que estive lá. Ficou um pouco mais feia e bem maior do que era. Chegamos e fomos pra um airbnb que havíamos reservado (El Alamo Amuk - R$ 55 o casal). O local era razoável, um quarto enorme com banheiro dentro, porém um pouco inferior as fotos que vimos. O problema foi que ficamos 2 (dos 4 dias) sem água, devido a manutenção da prefeitura naquela rua (baita azar,,,, não foi culpa do local, mas mesmo assim não foi nada agradável... ). Havia combinado os possíveis passeios uns meses antes com a agência Scheler (whatsapp +51 943 397 706 - site: http://www.schelerhuayhuashtrek.com/) e nos demos bem. O cara (o Scheler) foi totalmente solícito, gente finíssima (ajudou em tudo), e os passeios ocorreram de forma excelente. Nos arrependemos de não ter ficado na pousada dele. Fizemos os seguintes passeios: Llanganuco (imperdível,, no caminho conhecemos outras cidadezinhas da região, inclusive a histórica cidade de Yungay - soterrada em segundos, por uma avalanche em 1970 - tomamos sorvetes típicos, doces de leite tradicionais da região e queijos), Glaciar Pastoruri (chega-se a cerca de 5050 metros de altitude - cansativo mas gostamos bastante), Sítio Arqueológico Chavín (quem gosta de arqueologia esse é o lugar - na pirâmide principal é possível entrar nas galerias subterrâneas,,, um local incrível). Tínhamos a intenção de ir até a laguna 69 e laguna Parón, mas o tempo não ajudou e ficará para uma próxima viagem. Uma dica é conhecer o excelente museu arqueológico de Ancash e tomar um suco de limão com ervas na creperia do Patrick (na avenida principal). Na noite do último dia fomos ao terminal da empresa Linea Bus, onde viajamos para a cidade de Trujillo. . Trujillo - chegamos na cidade umas 06:30hs da manhã. Tomamos um taxi até o hotel Strenua Las Quintanas (R$ 81 o casal). Excelente local (banheiro, frigobar, microondas, cafeteira, tv a cabo, café da manhã excelente no quarto e muita simpatia). Não fica tão próximo ao centro mas fizemos a pé o trajeto numa boa. O próprio hotel ofereceu o tour que fizemos. Visitamos as Huacas Esmeralda e Arco Íris, depois fomos a cidade de barro de Chan Chan (centro da cultura Chimú). O tour nos levou para almoçar na praia em Huanchaco. Poderíamos comer em qualquer restaurante. Escolhemos um com vista. Provamos o famoso ceviche da região. Tivemos ainda tempo de dar uma voltinha pela praia e caminhar até o pier. Depois o passeio seguiu em direção a Huaca de la Luna (cultura moche,,,, local imperdível). A noite curtimos a belíssima praça central de Trujillo. Uma cidade com um centro histórico bem preservado e multicolorido. No dia seguinte tomamos um tour para conhecer o complexo El Brujo. Depois de cerca de 1 hora chegamos ao complexo. Visitamos o sítio arqueológico e depois o museu. Pela forma como foram encontrados seus restos mortais, a Dama de Cao foi alguém muito importante,,, provavelmente uma governante. A huaca (como eles chamam os templos) é impressionante. O interessante é observar que se pode ver dezenas dessas huacas pelas redondezas. Há centenas delas na região. Foram culturas muito organizadas e poderosas, que persistiram por séculos. A quantidade de objetos de arte, inclusive feitos de ouro, é muito grande. Uma curiosidade é que em quase todos os sítios arqueológicos da região é possível ver o Viringo (o cachorro sem pelos que era comum na época das antigas culturas da região). Após visitar o museu voltamos pra Trujillo, descansamos e tomamos um ônibus para Chiclayo (3:30 hs de viagem). Nos sentimos os "indianas jones" nessa viagem. . Chiclayo e Lambayeque - Chiclayo é uma cidade enorme,,, achamos Trujillo bem mais bonita. Nos alojamos no Hostal Satélite (55 reais o casal). É um alojamento bemmmm simples e fica numa avenida afastada do centro. A dona é muito simpática e o "coronel" (o cachorrinho super amável) deu as boas vindas. Mas o local é muito simples mesmo. Contratamos um tour que nos levou para Huaca Rajada, onde visitamos o sítio arqueológico (onde foi encontrada a tumba do Sr. de Sipán), bem como o pequeno mas interessante museu local. Foi um passeio que valeu a pena. Logo depois o tour seguiu para a vizinha Lambayeque. Primeiro paramos para um almoço e compra de um doce típico local (o alfajor King Kong,,,, não curtimos o doce não hehe). Fomos para o museu arqueológico Bruning e, logo depois, a cereja do bolo, o museu Tumbas Reales de Sipán. Sensacional !!! (pena que não permite fotos internas). Faltou conhecer o "estranho" parque Yortuque, um local com estátuas bem loucas,,, e a cidade praiana vizinha de Pimentel (precisaria ficar cerca de 3 dias para conhecer com calma o local). Uma dica pra comer são os cafés/restaurantes que ficam na praça da catedral de Santa Maria (praça chamada parque principal). Bom preço e comida excelente. A noite tomamos um mega super ultra confortável ônibus da empresa Movil em direção a cidade de Chachapoyas. . Chachapoyas - está aí uma região com muito a oferecer. Chegamos logo cedo na pequena e bela cidade,,, um ar de interior com um centro bem preservado e com casas em tom marrom e bege. Nossa hospedagem foi em um airbnb na Jirón Junin, n° 731 (R$ 89 reais o casal) . Gostamos do local, um quarto separado (com banheiro e tv) na casa da Sra. Ritha. Muito simpática e receptiva. Há poucas quadras do centro e de frente para uma pizzaria familiar muito boa. Ficamos 4 dias na região e contratamos alguns passeios na praça principal. Conhecemos os seguintes lugares: -> Kuélap - imperdível,,, partimos na van em direção ao povoado de Nuevo Tingo. Pra chegar na cidade murada dos Chachapoyas, a mais de 3.000 metros de altitude, tomamos um teleférico que por si só é uma atração (são 4 km percorridos em cerca de 20 minutos). A cidade é toda murada, possui apenas três entradas e tem construções circulares. Foi um passeio excelente, apenas o guia era meia boca,,, um cara muito ruinzinho (no passeio seguinte trocamos de agência e o outro guia foi muito bom). Neste local também fizemos amizade com um casal de viajantes da Austrália. No caminho para Kuélap estão as ruínas de Macro, as quais é possível acessar passando por uma espécie de gôndola com cabos de aço para cruzar o rio. Não conseguimos ir pela falta de tempo, mas pareceu interessante. -> Catarata Gocta - fizemos por conta própria. Tomamos uma van - transporte público - até um ponto na estrada onde há tuc-tucs. Um deles nos levou 5 km acima até Cocachimba, o vilarejo onde tem início a trilha para a parte baixa da catarata. Ficamos fãs dos tuc-tucs,,, são baratos e estão por todos os lados. Compramos as entradas e partimos pela trilha (6 km em cerca de 2:45hs). A trilha é tranquila, bem marcada e não necessita guia. É mais tranquilo (fisicamente) ir do que voltar . Chegamos na frente da catarata (na verdade são duas quedas somando 771 metros). É claro que entrei na água gelada,,,, nadei até o outro lado do laguinho e fiquei curtindo a paisagem por um tempo (não vimos ninguém mais se aventurar a nadar ali). Uma sensação incrível de leveza. É um passeio muito bonito e agradável. Na volta, quase no final da trilha, havia uma casinha onde o morador local vendia café (que ele mesmo cultivava), variedades de cachaça (produzidas por ele) e a bebida chamada "arapa" (ou algo assim,,, derivada do bagaço de cana e muito apreciada localmente por ser barata e ter algo de álcool). Pra adoçar eles usam a "panela", um adoçante que acho que é rapadura moída. Ainda almoçamos em Cocachimba e voltamos a Chachapoyas via tuc-tuc + van na estrada. -> Pueblo de los muertos - caminhamos até a rodoviária da cidade e tomamos uma van em direção a cidade de Lamud. Passamos por Luya e poucos quilômetros depois descemos na praça principal de Lamud (creio que 1:30hs de viagem). Perguntando aqui e ali nos indicaram um local próximo (1 quadra e meia descendo a praça). Trata-se um pequeno galpão com algumas múmias e artefatos arqueológicos repleto de botas de plástico (estilo galochas) e roupas para quem vai explorar a Caverna Quiocta. Uma moça nos recebeu e deu informações sobre o "pueblo de los muertos", disse que era domingo e que estava sem as chaves do sítio arqueológico. Pediu para esperarmos um pouco e se foi. Ficamos ali observando os folders colocados nas paredes e vimos que há muitos lugares para explorar a partir de Lamud. Havia opções para a Caverna Quiocta, para os Sarcófagos Karajia e para outros locais com sarcófagos menos conhecidos. Depois de um tempo ela nos cobrou dois tíquetes (um valor simbólico) e deu as chaves pra gente. Perguntamos como podíamos fazer para chegar lá. Ela ficou surpresa e perguntou se não estávamos de carro. Dissemos que não,,,,, daí ela indicou os tuc-tucs da esquina. Combinamos o preço com o motorista e ele nos levou. São cerca de 9 km até o início da trilha. Haja bunda,,,, Começamos a descer até a encosta onde fica o local onde ficavam depositadas as urnas funerárias. A trilha é uma descidona boa,,, mas em uns 40 minutos estávamos no portão de entrada. Abrimos com as chaves que a moça nos deu e ficamos ali por cerca de 1 hora. No caminho é possível ver, bem ao longe, a catarata Gocta. O local é impressionante, com vistas alucinantes do penhasco e um tanto quanto perigoso quanto à quedas. Tem que ir com muito cuidado e não abusar. Ainda há alguns sarcófagos inacessíveis que se vê na encosta, mas as "casinhas" onde ficavam a maioria deles estavam vazias e semi destruídas. Com certeza caçadores de tesouros retiraram quase tudo dali. O fato de estarmos sós neste lugar foi algo diferente. Fechamos o portão com as chaves e retornamos pela trilha morro acima. O tuc-tuc estava lá esperando e nos levou de volta a Lamud. O local onde pagamos os tickets estava fechado, assim que (conforme combinado), deixamos as chaves na farmácia chamada "Botica Sanchez". Almoçamos e retornamos de van para Chachapoyas, felizes e cansados. -> Revash e Museu de Leymebamba - saímos num tour em direção a pequena vila de San Bartolo. Depois de umas 2 horas chegamos na pracinha de onde sai a tranquila caminhada (uma meia hora) até os mausoléus de Revash. Impressionante as casinhas pintadas de vermelho e branco. Muito bem conservadas. Na região há diversas delas, mas essas são as mais acessíveis. Dá pra chegar bem pertinho mesmo. Tiramos algumas fotos, curtimos a paisagem e retornamos à van. Logo em seguida seguimos para a cidadezinha de Leymebamba, onde almoçamos e fomos ao interessantíssimo museu (que fica meio afastado do povoado). Um museu muito bem organizado com um acervo único: mais de 200 múmias e objetos encontrados nas encostas da laguna de los condores (3 dias o passeio até o local - não fizemos), além de explicação da cultura Chachapoyas, maquetes, animais mumificados, instrumento feito de concha marinha chamado "pututu" (inclusive se pode soprar para escutar o som), etc. O bom é que se pode tirar fotos sem restrições. Logo após a rica visita guiada regressamos para Chachapoyas. Foi um grande dia ! O potencial turístico da região é muito grande,,, não conhecemos vários lugares: cânion de Sonche, ruínas de Macro, sarcófagos de Karajía, caverna Quiocta, trekking gran Vilaya, etc). Além disso, cada ano se descobrem novos sítios arqueológicos. Há passeios mais "nervosos" como o trekking até a laguna de los condores (3 dias no total) e o "nervosíssimo" e absolutamente incrível Gran Pajatén. Recomendamos muito o norte do Peru, repleto de belezas naturais, sítios arqueológicos, museus, boa comida, etc. Os preços são mais baratos que a região de Cusco e há poucos turistas e muito o que ver. Como curiosidade, não encontramos brasileiros em Huaraz, Trujillo, Chiclayo e Chachapoyas. Também não deu pra conhecer a região de Cajamarca e as praias do norte do país... quem sabe um dia... Na madrugada, seguimos viagem numa van turística em direção ao aeroporto da cidade de Jaén, a 220 km (umas 4 horas), onde saiu nosso voo para Cusco (com escala em Lima). Pequeno aeroporto em Jaen: De dentro do Tuc-Tuc próximo ao aeroporto de Lima (demos uma voltinha até chegar a hora do voo para Cusco): . Cusco - chegamos mais uma vez na espetacular cidade de Cusco. Vendo as pedras que formam a base das construções não há como não tentar imaginar como era a cidade no auge do império Inca. Chegamos no aeroporto e já negociamos um taxi até o lúdico e pitoresco Hostal Royal Frankenstein (R$ 75 o casal), do alemão Ludwig, uma cara gente boa e muito bem humorado que dá todas as dicas que precisar. O hostal é simples, limpo e com excelente localização (em cada canto tem algo inusitado). Recomendamos ! Como em outras viagens já havíamos conhecido Machu Picchu, o Vale Sagrado dos Incas e uma boa parte de lugares da região, nos concentramos onde ainda não havíamos estado. Curtimos a cidade em si,,, caminhamos sem rumo pelas ruas, almoçamos um almoço bem fraquinho no mercado municipal, assistimos a uma apresentação de dança folclórica e deitamos no gramado em frente a Qoricancha (centro religioso Inca). No dia seguinte tomamos um tour para o sítio arqueológico de Moray (enormes círculos em terraços, com vários níveis, que devem ter servido de adaptação para cultivo de milho e batatas). Um local muito bonito! Fizemos paradas em alguns lugares onde há apresentações de como os antigos tingiam os tecidos para fazer roupas e de como era a produção de cerâmica; venda de chocolates com sal de Maras; e etc. Finalizamos o dia nas salinas de Maras,,, outro local bastante peculiar. Valeu a pena conhecer. No dia seguinte fizemos uma caminhada da plaza de armas em direção a Saqsaywaman. Visitamos o sítio arqueológico e fomos ao nosso objetivo principal: brincar no escorregador natural de pedra, chamado "suchuna" (garantimos que a descida é veloz ). Depois caminhamos até o sítio arqueológico de Qenqo e regressamos a pé até Cusco. Fomos dormir cedo porque, conforme havíamos combinado com a guia Suzana, as 3 hs da madrugada sairíamos em direção a Waqrapukara, uma joia da região. Hostal Royal Frankenstein - Cusco: A tinta na mão da moça vem de um bichinho que fica num cactus da região: . Waqrapukara ("waqra": chifres; "pukara": fortaleza) - esse é um daqueles lugares únicos,,, uma rocha gigante na beira do cânion do rio Apurímac, com duas saliências (como se fossem orelhas ou chifres), com um platô plano no alto. Acredita-se que o local foi construído pela cultura Kana e que era usado como local cerimonial, posteriormente foi dominado pelos Incas que agregaram construções ao local e agregaram a função de fortaleza ao local. É como se fosse uma pequena Machu Picchu. As 4 hs da manhã a Suzana apareceu com o motorista (um primo dela) e saímos em direção a rota que passa por Sangarará. Paramos para tomar café da manhã em um vilarejo a beira da estrada. Depois, cruzamos uma lagoa muito grande e teve início uma estradinha de terra bem estreita e cheia de curva pela encosta (uns 9 km), até que a única forma de seguir era a pé. O carro nos deixou ao lado de uma pequena lagoa de águas escuras onde havia uma casinha de um criador de ovelhas e alpacas. De lá subimos pela trilha na lateral direita da lagoa e logo tomamos uma parte mais plana e alta. A trilha é super bem marcada e tranquila, mas a falta de fôlego nos fez lembrar que estávamos a 4.500 metros de altitude. Depois de um tempo começamos a descer suavemente e, umas 2 hs depois, chegamos a Waqrapukara (cerca de 8 km de trilha). O céu estava muito azul,,, um dia maravilhoso. O local é impressionante, repleto de escadarias de pedra e construções. Não pagamos nada para entrar, apenas anotamos os nomes no livro do guarda parque. Ficamos um tempo por lá e a Suzana realizou uma espécie de agradecimento a Pacha Mama. Havia apenas alguns gatos pingados por lá. Pouquíssima gente. Depois de um tempo começamos a regressar. A volta é uma subida suave, mas que cobra seu preço. Levamos um pouco mais de 3 horas para chegar ao carro, com direito a várias paradas para beber água. Regressamos a Cusco cansados e muito felizes. Obs.: há outras rotas para conhecer Waqrapukara: pelo vilarejo de Huayqui (penso que essa deva ser a rota mais bonita, pois segue a encosta do cânion - também acredito que deva ser a mais fácil de se fazer por conta própria, pois há transporte de Cusco até Acomayo, e de lá até Huayqui), e por Santa Lucía. . Yauri/Espinar - saímos cedo do hostal Frankenstein e um taxi nos deixou num terminal de ônibus na rua Huayruru Pata (terminal Sicuani - empresa Coliseo), de onde saem coletivos para Sicuani. Depois de uns 140 km e 2 horas e pouco de viagem, fomos deixados na garagem da empresa (Av. Cesar Alvarez). Perguntamos e, próximo dali, saíam os ônibus para Yauri. Mais 70 km e quase 2 horinhas e chegamos na cidade (que é bem grandinha). Tomamos nosso tradicional tuc-tuc e descemos na praça principal, onde lemos que haviam vários pequenos hotéis. Ficamos no excelente e frio Real Apart Hotel (R$ 60 reais o casal). Foi uma positiva surpresa, por isso recomendamos. Na manhã seguinte um tuc-tuc nos deixou onde saíam os ônibus para os Três Cañones de Suykutambo. É preciso chegar antes das 8 hs, pois só há um único ônibus no dia, saindo cedo e regressando de tardezinha. Quase não conseguimos um lugar. Em pouco tempo havia muita gente do campo (com muitas crianças pequenas) e ônibus saiu mega lotado, com gente em cima uns dos outros (literalmente). Depois de uns 30 km descemos numa parada que fica bem no encontro dos três cânions. O motorista advertiu para não perdermos o horário da volta, que seria as 15:30hs. Descrevo o local como surpreendente, com sítios arqueológicos da cultura Cana e paisagens absurdamente belas. Cruzamos o rio Apurímac (um rio maravilhoso) e pegamos uma trilha até o alto de um dos paredões. A subida é boa (vale lembrar toda a região está acima dos 4.000 metros,,, ufaaa!). Tiramos umas fotos e apreciamos a vista. Depois retornamos por um caminho que tem inicio próximo da parada do ônibus e que nos levou até um sítio arqueológico chamado T'aqrachullo (ou Maria Fortaleza). O local é turístico e tem indicações. Subimos até o alto de outro paredão onde a vista dos três canions é fantástica (essas subidas são de cerca de 100 metros de desnível). Lá no alto tem muitas ruínas do sítio arqueológico, com construções circulares (típicas da cultura Cana). Descemos pelo mesmo caminho e seguimos as indicações até outras ruínas fantásticas (de onde já se pode observar a presença da arquitetura Inca). Depois retornamos a estrada e fomos caminhando (7 km) até as ruínas de Mauk'allaqta. Cruzamos novamente o rio por uma ponte de metal antiga e pegamos a trilha até o sítio arqueológico. Este era ainda mais incrível que os demais, com dezenas e dezenas de construções circulares, inclusive uma "chulpa" (urna funerária) com a cúpula de pedra. Ficamos um tempo aí e voltamos a estrada para esperar o ônibus que nos levaria de volta a Yauri. Por sorte, um casal muito gente boa (de Arequipa) estava passando de caminhonete e ofereceu carona. Era um casal que havíamos visto no início do dia próximo aos três cânions. Voltamos e nos deixaram na praça onde ficava nosso hotel. Quando descemos do carro vimos que eles também estavam hospedados no mesmo local. Coincidência boa. Depois jantamos juntos num restaurante típico local e acabamos por fazer amizade com eles. No dia seguinte pegamos o ônibus de volta a Sicuani e, de lá, uma van até Puno, onde dormimos uma noite e depois seguimos viagem até La Paz, via desaguadero. Não deu tempo de conhecer K'anamarka e outras atrações da região (termas, vilarejos e etc). São necessários pelo menos 2 dias livres (sem contar a chegada e a saída) para conhecer bem o local. . La Paz - chegamos em La Paz pela manhã, a viagem e a passagem pela fronteira foram tranquilas pra gente, porém não podemos deixar de registrar que algumas pessoas levavam chocolates (comprados em Cusco) e (absurdamente a nosso ver) ficaram retidos. Bem,,, da rodoviária seguimos a pé em direção ao Loki Boutique La Paz (R$ 112 o quarto de casal - um pouco acima do que vínhamos pagando em hospedagem até então). O quarto e o banheiro são excelentes. O único probleminha é que, durante a noite, ouvíamos ratos dentro das paredes do antigo casarão (mais especificamente numa das tomadas do quarto). Gravei e mostrei para a administração do hostal, mas não tinham outro quarto,,, assim que ficamos ali mesmo. Muito estranho dormir com os ratos fazendo ruídos a noite toda. Já estivemos muitas vezes em La Paz, uma cidade única,,, ainda mais agora, com o sistema de teleféricos cruzando a cidade de cima a baixo. É uma mescla de caos urbano com um ar de aventura. Muitos mochileiros de todo o mundo cruzando as ruas agitadas e, ao fundo, a paisagem maravilhosa do nevado Illimani. Nosso objetivo inicial era descansar na cidade e fazer alguma trekking/montanhismo. Desistimos do Sajama pelo alto custo que implicaria e acabamos não indo desta vez ao Parque Condoriri, onde pretendíamos conseguir algum transporte até a trilha que leva ao Pico Áustria (um mirante maravilhoso). Acabou que aproveitamos pra curtir a cidade em si e descansar uns dias. Andamos muito a pé e de teleférico. Visitamos: Calle Jaén (artesanatos), Mirador Killi Killi, Parque Urbano Central, Mirador Laikakota (o escorregador de cimento liso vale muito a pena), Zona Sul da cidade, inclusive fomos ao Valle de la Luna. Na volta paramos em outro escorregador (altíssimo) de cimento. Ficamos ali brincando por um tempo até retornar ao centro da cidade de teleférico. Um lugar bem legal é o café chamado Kuchen Stube (rua Rosendo Gutierrez - próximo a praça Eduardo Avaroa). Nos dias em que ficamos em La Paz houve desfiles por toda a cidade. Foi muito legal ver o pessoal ensaiando nas praças à noite e desfilando nos dias seguintes. Teve até uma espécie de desfile de carnaval (um megaevento da cidade). Fomos convidados pelo Juan, pela Miroslávia e por seu filho Nils (amigos de longa data e donos da agência de turismo http://hikingbolivia.com/ - aproveito para indicar a agência pela competência e honestidade deles) para um jantar e depois para participar de uma cerimônia tradicional local para pedir um ano bom a Pacha Mama. A cerimônia foi bastante diferente de tudo que havia participado. Um momento interessantíssimo da viagem e expressão da cultura local. Na noite seguinte viajaríamos de ônibus até Cochabamba, entretanto, conseguimos um voo pela BOA (https://www.boa.bo/) por incríveis 99 reais. Partimos logo cedo para Cochabamba. . Torotoro - chegando no aeroporto de Cochabamba tomamos um taxi até a Av. República, onde saem as vans para Torotoro. Esperamos uns 40 minutos até lotar e saímos. Foram 137 km em cerca de 3:40hs (35 bolivianos por pessoa - uns 19 reais). Estão construindo uma rodovia nova entre Sucre e Cochabamba, mas quando fomos a estrada estava bem judiada. Antes de chegar, há vários zigue zags na estrada. Torotoro é mais uma pequena vila que uma cidade,,, tem muitos hostals, duas pizzarias e poucos restaurantes. Está a 2.700 metros de altitude. Ficamos no Hostal Torotoro (R$ 75 o casal), onde há uma entrada imitando caverna e quartos razoáveis, entretanto é bem mal administrado por duas adolescentes. Para ter água quente era necessário pedir e esperar. A pequena vila é base para passeios incríveis. Tem uma pracinha e vários edifícios com réplicas de dinossauros. Para fazer os passeios é necessário contratar um guia da cooperativa de moradores da região. Pessoas super bem treinadas e educadas. Gostamos muito da organização. O primeiro a fazer é passar no escritório de registro do Parque Nacional Tororo. A entrada custa 100 bolivianos (uns 60 reais) e vale por 4 dias. Cada tour tem um custo adicional e pode ser dividido em até 6 pessoas. Chegamos no local onde saem os guias e já montamos um grupo com 6 pessoas para conhecer o El Verguel + Cânion de Torotoro. O valor foi cerca de 160 bolivianos, que dividimos em 6. Fizemos o trajeto a pé mesmo, pois achamos mais interessante (cerca de 10 km ida e volta, contando a entrada no cânion). O guia era muito gente boa. Logo na saída da cidade há uma encosta com incríveis pegadas de dinossauros de vários tipos. Depois seguimos por uma estradinha de pedras até chegar a uma trilha que segue por uma espécie de leito seco de um rio. Neste caminho há formações rochosas bem legais e pegadas de vários períodos (Triássico, Jurássico e Cretácio) de 4 famílias de dinossauros (Anquilossáurios - quadrúpedes herbívoros; Terópodos - carnívoros; Ornitópodos - herbívoros de quatro patas que também caminham em duas; Saurópodos - os de pescoços longos). Algumas são do tamanho de uma pessoa. Chegamos num mirante de metal, de onde se vê o cânion de cima. Um lugar único! Depois de um tempo ali iniciamos a descida até o rio Verguel,,, cerca de 850 degraus de pedra. Seguimos por dentro do cânion até chegar num laguinho de água bem fria. Do outro lado uma cachoeira que o guia jurava que era de água morna. Fomos os únicos que arriscamos ir. E não é que o guia não mentiu. Uma água cristalina e morninha. O duro foi voltar pela água gelada do laguinho hehe. Regressamos lentamente, subindo os degraus e fazendo a trilha de volta até a cidade. Um dia espetacular! Na manhã seguinte formamos um grupo com dois casais de espanhóis e o mesmo guia do dia anterior. Pagamos cerca de 600 bolivianos (100 para cada pessoa) e saímos num carro em direção a Ciudad de Itas + Caverna Umajalanta. O primeiro destino foi a Ciudad de Itas (uns 20 km de Torotoro e 1.000 metros mais alto). É uma trilha bem tranquila, passando por formações rochosas que lembram vários animais. Há inúmeras grutas e passagens entre as rochas, formadas pela erosão das chuvas. Algumas formam galerias enormes. Uma curiosidade é que foram encontrados artefatos da cultura Guarani na região ("Ita" = pedra em Guarani). Disseram que é o local mais alto (cerca de 3.700 metros) com registro dos Guaranis. Também passamos por pinturas rupestres. Foram cerca de 4 km (ida e volta). A próxima parada foi o almoço num local com uma vista sensacional. O almoço (pago a parte do passeio) foi excelente. Seguimos para o local onde fica a caverna de Umajalanta. O carro nos deixou a 1 km da boca da caverna e seguimos por uma trilha bem gostosa de se fazer e com pegadas de dinossauros pelo caminho. Antes de entrar há uma parada para colocar os capacetes com lanternas e deixar as mochilas. A caverna é magnífica e um tanto quanto "aventureira". Descemos diversas vezes em cordas com nós,,, cruzamos passagens muito estreitas e nos arrastamos entre o teto e o chão. No final há um laguinho com peixinhos sem olhos (típicos de cavernas). Outro dia incrível para não esquecer... Regressamos a Torotoro e saímos pra comer uma pizza. Uma dica: Torotoro está entre Cochabamba e Sucre e há possibilidade de "transfer" de Torotoro para Sucre. São 6 horas de viagem de carro e só não usamos porque já havíamos comprado as passagens aéreas. Os espanhóis conseguiram fechar um carro e partiram até Sucre. No dia seguinte nós tivemos que regressar, numa épica e muito empoeirada viagem de van, a Cochabamba, pois de lá tomamos um desses voos econômicos para Sucre. Por conta de um tiozinho (muito sem noção) que atrasou a van em quase 1 hora, chegamos no aeroporto cerca de 20 minutos antes da saída do voo. Foi um desespero, pois despachamos as bagagens e embarcamos de forma imediata, mas deu tudo certo. Torotoro vista no voo Cochabamba a Sucre: . Sucre - chegamos ao aeroporto e achamos tudo muito organizado. Pegamos uma van até o centro de Sucre por um valor muito bom (se fôssemos de táxi sairia umas 8 vezes mais). Caminhamos até o hostal La Casa Verde (R$ 150 reais o casal - foi a hospedagem mais cara de toda a viagem), bem localizado (poucas quadras da praça central) e com um excelente café da manhã. A cidade foi uma grata surpresa. O centro histórico é muito bonito, todo em estilo colonial e muito bem preservado, com muitas opções de restaurantes, cafés e lojas de chocolate e artesanato. Na praça, em frente a Catedral Metropolitana de Sucre, pegamos o ônibus do "Parque Cretácico" (horários: 9:30, 11:00, 12:00, 14:00 y 15:00 hs - de terça a domingo), uns 5 km de distância (15 minutinhos). A área pertence a fábrica de cimento "Fancesa" e, além do parque (que é interessantíssimo, muito educativo, com réplicas de dinossauros, museu e muita informação), também tem o sítio paleontológico chamado "Cal Orcko", um dos mais importantes já descobertos. Trata-se de um paredão (cerca de 110 metros de altura x 1500 metros de comprimento, inclinado em 73º), em camadas, onde estão expostas 5055 pegadas individuais de dinossauros de, pelo menos, 8 espécies. Há 462 trilhas de caminhada contínuas. Dá pra ver o paredão desde o parque (uns 300 metros de distância), mas fizemos o tour guiado (ocorre apenas das 12 as 13hs - horário de almoço da empresa de cimento), caminhando ao longo da parede. Foi sensacional ficar ali ao lado das pegadas,,, vale muito a pena! Planejamos conhecer Maragua, um local creca de 25 km de Sucre, com trekkings, pegadas de dinos (uma das maiores pegadas de carnívoros do mundo pode ser vista aí) e pinturas rupestres, mas pela falta de tempo deixamos para uma outra oportunidade. De noite, tomamos um ônibus da empresa "6 de octubre" na rodoviária de Sucre em direção à Villazón (cidade na fronteira Bolívia/Argentina), uns 420 Km de distância. Estávamos um pouquinho preocupados porque, na noite do dia seguinte, tínhamos um voo de Jujuy para Buenos Aires, e depois para o Brasil. Tinha muito chão ainda até chegar em Jujuy. . Villazón/La Quiaca - Jujuy - Brasil - depois de uma longa, porém tranquila viagem (cerca de 9 horas), chegamos na gélida rodoviária de Villazón (3.450 metros de altitude e -8ºC de temperatura). De lá tomamos um taxi até a fronteira (2,6 km dali) onde havia uma pequena fila,,, mas andou rápido. Ninguém revistou nada! Pegamos as mochilas e fomos caminhando 1km até a rodoviária de La Quiaca (já na Argentina). Esperamos um pouco até que achamos um ônibus para Jujuy (260 km em cerca de 5 horas). Acabou que deu tudo certo, pois tínhamos toda a tarde em Jujuy até a hora de nosso voo as 21:40hs. Deixamos as malas no novo terminal de ônibus de Jujuy e fomos até o centro pro tempo passar. Aproveitamos para almoçar, tomar um café num shopping, caminhar um pouco pelas ruas próximas e o principal: comprar algumas garrafas de vinho no supermercado! Voltamos para o terminal e esperamos passar um ônibus que nos deixaria no aeroporto. O mais engraçado é que, depois de fazer o check-in do voo, ouvi nossos nomes sendo anunciados no aeroporto. Fomos até o balcão da empresa e, para nossa grata surpresa, o voo estava lotado e nos mudaram para a 1ª classe. Hahaha,,, tá certo que era um avião pequeno e a 1ª classe não era algo assim fantástico, mas minhas pernas agradeceram o espaço cômodo até Buenos Aires. De lá pegamos o ônibus da empresa Tienda León (que faz o transfer gratuito de quem compra passagens da aerolineas argentinas) e fomos do aeroparque até o aeroporto de Ezeiza. Tomamos mais um chá de cadeira (umas 4 horas) e embarcamos as 06:40hs da manhã pro Brasil. Foi uma viagem épica , que na verdade foram muitas viagens em uma. Focamos em lugares menos conhecidos como Waqrapukara, Suykutambo, Parque Torotoro, Chachapoyas e o norte do Peru. Mas também vivenciamos grandes cidades como Cusco, Lima, La Paz, Huaraz, Trujillo, Chiclayo, Puno, Sucre e Jujuy. E ainda as pequenas e únicas Purmamarca, Tilcara, San Pedro de Atacama, Huanchaco, Lamud, Leymebamba, Yauri e Torotoro. Visitamos museus, sítios arqueológicos dos mais variados, desertos, cidades de antigas civilizações, montanhas, geleiras, mar e neve, águas termais, geisers, lagos de cor turquesa e cachoeiras,,, andamos de avião, ônibus, bicicleta, teleférico, carro, tuc-tuc,,, caminhamos trocentos quilômetros (ainda vamos fazer esta conta) entre cidades e trekkings em lugares maravilhosos e repletos de história e aventura,,, fomos do mar até 5.050 metros,,, comemos comidas típicas e deliciosas (viva o Peru),,, dormimos cinco noites dentro de ônibus, uma num aeroporto, muitas em pequenos e simples hotéis e até mesmo uma num hospital. Conhecemos muitas pessoas legais de muitas nacionalidades (chilenos, bolivianos, peruanos, argentinos, brasileiros, espanhóis, ingleses, alemães, australianos, e muitos outros),,, sendo que algumas boas amizades tiveram início. Celebramos a amizade com Juan, Miroslávia e Nils, participamos da cerimônia da Pacha Mama em La Paz e em Waqrapukara e desfrutamos da hospitalidade do maluco do Ludwig em Cusco. Por fim, brincamos muito, como deve ser, deslizamos em escorregadores de Saqsaywaman e em La Paz, nos perdemos de bicicleta na Garganta del Diablo, nadamos em lagoas geladas e, principalmente, compartilhamos um com o outro, juntos, pequenos e grandes momentos que ficarão eternizados em nossos corações. Infindáveis pequenos fragmentos de coisas boas,,, de cumplicidade,,, de entender um ao outro. O maior tesouro da viagem foi estar na melhor companhia.
  11. Olá pessoal, O fórum sempre me ajudou demais em todas as viagens que havia feito e nunca fiz um relato, peço desculpas, mas dessa vez vou tentar contribuir como posso no roteiro que voltei recentemente. LOGÍSTICA GOL e Latam todas conhecem, sem muitas novidades. A BOL (Boliviana de Aviacion) foi novidade para mim, achei OK, pontual, aviões igual a todos só que um pouco mais antigos, preço justo, só o check in que não consegui fazer online mas os guichês tinham vários funcionários e foram super rápidos. DICA: Perdi o voo de La paz - Uyuni (subestimei o trânsito de La Paz) a opção era remarcar (acho que 60 BOL de taxa, que é super barato) mas só tinha opção para o outro dia e iria atrapalhar meu planejamento. Fui conversando com várias pessoas no aeroporto e cheguei até um local onde saem os BUS (mas só tinha opção de tarde, e isso era 08 - 09 h da manhã) ou pegar as VANS (fica na mesma rua em quadras diferentes, não tem como não ovir pq os cara ficam gritando o destino). Então peguei uma VAN de La Paz -> Oruro (50 BOL - 2h trajeto) e Oruro - Uyuni (60 BOL - 3:30h tajeto), as VANS são dignas e bem novas mas super apertado e o trajeto tranquilo basicamente uma reta com estrada bem conservada. Esse local fica bem na saída do aeroporto, caminhadinha considerável mas peguei uma VAN de transporte oficial por 1,50 BOL que me deixou na rua de trás. Foto da Van HOSPEDAGEM Pesquiso e fecho tudo pelo BOOKING tem outras opções mas eu já acostumei e eles me dão alguns descontos esporádicos. Já fechei tudo antes, apenas Uyuni que desenrolei na hora e foi tranquilo. La Paz - Selina Hostel ( encurtador.com.br/chCGW ) - Localização boa com mercado, restaurante e farmácia bem próximo, possuem um restaurante/lanchonete que é bem bom e bem caro. Pegada deles é mais para galera que curte uma festa inclusive uma mini baladinha dentro do hostel, quartos e banheiros tudo ok. O centro é uma caminhada considerável visto que estará na altitude mas isso depende de cada um, eu particularmente fui até o mercado das bruxas e mirador kili kili a pé pq curto andar para explorar a cidade. Custo x benefício eu recomendo. Uyuni - Como era apenas uma noite fiquei num hotel bem barato (50BOL) que é bem zuadinho (não lembro nome e nem tem site), tem várias opções por todo canto, dá para chegar e procurar ou olhar no booking também. San Pedro Atacama - Aji Verde Hostel ( encurtador.com.br/ejlop ) - Hostel bem diferente, gostei muito da estrutura e do ambiente único problema é que ficava longe do centro, nada impossível de caminhar mas no fim do dia após os passeios eu deixei de ir no centro à noite por cansaço. Se pudesse ficaria em algum local mais próximo da rua Caracoles que é onde tem tudo. Tem mercado próximo do hostel e um restaurante de bairro. Santiago - Pariwana Hostel Santiago ( encurtador.com.br/rAHKY ) - Um dos hostels mais top que já fiquei, tudo nota 10 MAS se vc não gosta de farra/bagunça não vai gostar. Fica bem na região como se fosse a Vila Madalena em SP, a Lapa no RJ, o Batel em Curitiba e assim por diante então a noite tem bastante barulho, se estiver indo para descansar, que não era meu caso, não vai conseguir. Mas tem TUDO perto, todos principais pontos turísticos da cidade estão próximos, mercado, restaurante tudo tudo próximo. CÂMBIO Fiz um tópico exclusivo sobre o tema porque vejo que sempre tem muita dúvida e discussão sobre isso. A ideia foi tirar as fotos das cotações para tentar ajudar. Sempre levo DOLAR, acho que no fim das contas vai ser sempre a melhor opção na maior parte das vezes. É aceito em qualquer lugar do mundo e terá menos dor de cabeça MAS poder variar dependendo do destino, dependendo da cotação entre outras situações. Em Santa Cruz não sai do aeroporto então peguei só um pouco, no aeroporto de La Paz a cotação é melhor mas tem a pegadinha dos 20BOL de taxa, e na Calle Sagargana acredito que será a melhor opção, como eu estava no carnaval só tinha uma casa de câmbio aberta então com certeza não estava com a melhor cotação. Uyuni não tirei foto, não lembro o cotação mas em La Paz era melhor. Em San Pedro do Atacama o câmbio era 810 dollar, 176 reais mas pergunta em todas pq tem uma do lado da outra que dá bastante diferença. Simulações DESTINOS Não vou postar as fotos dos passeios para não deixar muito longo o post, mas tem bastante coisa no meu insta ( @fahypolito ) caso queira ver. Vou focar em postar imagens úteis que da trip que não estão no insta. DICA: Pode ser óbvio mas talvez alguém não tenha pensado nisso, pesquisa por hashtag no insta (caso não saiba segue foto abaixo) assim poderá ter ideias dos locais que irá visitar. Isso me ajudou bastante quando pesquisar o salar de uyuni para ter umas ideias para as fotos.
  12. Chegando no terminal de buses de La Paz, conforme aconselhado neste forum, peça à Polícia Turística para ajudá-lo a tomar um taxi (devido às histórias de taxis falsos, roubos, etc. Eles já estão acostumados, vão anotar a placa, no do carro, nome do motorista - é meio constrangedor mas ..). O taxista pode levá-lo à região da Calle de las Brujas (centro) por 10 Bs. Por 10 Bs a mais (cerca de 5 ou 6 Reais ao todo) você percorre os hotéis e hostais da reião, visita as habitaciones e escolhe a que lhe convier.
  13. Boa noite!😀 Alguém sabe se a rodoviária de La Paz tem algum site onde eu possa cotar valores (das empresas) de ônibus? Pretendo fazer o deslocamento de La Paz - Uyuni (dia 07 de julho/domingo). Alguém já fez este trajeto? Quanto tempo? (vi que será em torno de 10 horas). Indicam alguma empresa de bus? Obrigada!!
  14. Alcides

    La Paz

    La Paz é uma cidade intrigante. Há pessoas que numa primeira vista a acham um horror, e há outras que a acham incrível. Eu faço parte deste segundo grupo. A cidade esta situada numa grande depressão e há um contraste grande entre as casas sem reboque e o Illimani (pico nevado que domina a cidade) ao fundo. As atrações mais tradicionais e conhecidas ficam nas redondezas da cidade e são: . Sítio arqueológico de Tiwanaku - passeio de meio dia, leva umas 2 horas para chegar lá e mais umas 2 ou 3 horas para conhecer tudo. Vc pode ir por uma agência turística ou por conta. Pela agência sai uns 20 dólares. Por conta vc gasta a metade disso. . Nevado Chacaltaya - passeio de meio dia (geralmente saindo as 9 da manhã). Leva umas 2 horas para chegar lá e custa de 40 a 60 bolivianos (cerca de 6 dólares) - este passeio geralmente é vendido junto com o Vale da Lua, o qual é bem menos interessante, mas válido por percorrer a parte baixa da cidade. . Passeio de Bike La Paz - Coroico - leva um dia inteiro e você desce desde La Cumbre (4.700 m) até Coroico (1.800 m) em 4 horas de bike. Muito legal este passeio. Custa cerca de 35 dólares. . Na cidade você pode ver um show de penha folclórica na Calle Sagárnaga ou imediações (cerca de 20 bolivianos), também pode fazer um city tour a pé, visitando as igrejas, ruas de pedestres, palácio do governo, mercado das bruxas, etc. . Copacabana é uma opção mais distante e que já tem suas próprias atrações. Há passeios não convencionais, como escaladas e ascensões a picos nevados, como o Huayna Potosi 6.088 m e outros. Uma agência legal e que me deu bons descontos e bons serviços foi a Alberth Tour, que fica na Calle Illampu, em frente ao Hostal Copacabana (o qual tbém é bom, cobrando cerca de 30 bolivianos por pessoa - negociáveis como tudo em La Paz)
  15. Olá viajantes, preciso de ajuda para verificar se esse roteiro "funciona" realmente. Sairei de Manaus no dia 04 de maio de 2019, chegando a Cumbica e já saindo para Barra Funda, pegando o busão com destino a Corumbá. Tudo no mesmo dia, pois o ônibus sai a noite de São Paulo. Chegando em Corumbá no dia 5. Vou até a Fronteira e compro as passagens para Santa Cruz. Chegando a Santa Cruz, dia 6 pernoito 1 dia. Saio de Santa Cruz no dia 7 com destino a Sucre, chegando no dia 8, onde pretendo passar 2 dias, até o dia 10. Saio para Potosi e chego no mesmo dia, pernoito até o dia 11. Vou a Uyuni e pernoito até o outro dia, 12. Salar de 3 dias, até o dia 15, Volto a Uyuni e saio direto a La Paz, chegando dia 16. Aí vem mais duvidas, pois quero pernoitar no Titicada, se possível junto com os nativos. Se tem pacotes dede La Paz ou tenho que ir a Copacabana. Lí muitos e muitos comentários aqui, porém não li nada a esse respeito. Se tem ônibus de Copacabana direto a Santa Cruz Como sobram dias, qual cidade dessas citadas que poderei passar mais dias, ou quais locais a visitar ? Se fosse você, para onde iria mais ? Agradeço aos comentários
  16. Olá pessoal, tudo certo? Vou fazer meu pimeiro mochilão em Março e começarei pela Bolivia. Estou com uma dúvida terrível sobre a segurança lá. Quero levar meus equipamentos para fazer algumas filmagens e tirar algumas fotos e queria saber se a Bolívia é um país seguro em relação a assaltos. Sou do Rio de Janeiro e lá eu não consigo fazer nada disso com o mesmo medo. Obrigado desde já!
  17. Fala ai galera Em jun/19 vou seguir pelo meu primeiro mochilão e ainda estou em busca de dicas. Fiz um roteiro inicial mas gostaria de receber algumas orientações de quantidade de dias ficar, pontos para conhecer, o que não vale a pena a visita... O roteiro é basicamente o seguinte: - Inicio do mochilão com chegada à noite em Santiago, 2 noites e 1 dia; - Atacama, 3 dias e 3 noites; - Tour de 3 dias e 2 noites pelo Salar de Uyuni; - 1 noite de deslocamento entre Uyuni e La Paz (ônibus); - La Paz, 2 dias e 2 noites (DownHill e Chacaltaya); - Copacabana (Isla del Sol) em 2 dias e 1 noite; - 1 noite de deslocamento entre Copacabana e Cusco (ônibus); - 1 dia e 1 noite pelo centro de Cusco; - Passeio de 1 dia pelo Vale Sagrado até Ollantaytombo e ida para Água Callientes à noite; - 1 dia em Machu Picchu e WaynaPicchu e retorno para Cusco à noite; - Ida para Lima (avião) e tour por Lima; - Paracas 1 dia; - Huacachina e retorno para Lima; - Volta ao BR. E ai, onde dá para melhorar ou otimizar essa Trip? Algum Hostel para indicar nessas cidades? Valeu, obrigado!
  18. Bom galera, estive na Bolívia no início deste ano (fevereiro) e gostaria de deixar minha contribuição por aqui. Antes de ir à La Paz passei por Santa Cruz de La Sierra. No meu blog (http://getoutside.com.br/?p=186) tem o relato das duas cidades, e também o álbum de fotos para vocês darem uma conferida. Fiz uma lista de 5 coisas para se fazer em La Paz e espero que ajude o pessoal que está montando um roteiro que irá passar por lá. Cheguei na Bolívia por Santa Cruz de La Sierra e, de lá, fui para La Paz em um voo da BOA, companhia aérea estatal da Bolívia. Pegamos uma aeronave certamente antiga (visto que tinha cinzeiros nos apoios de braço), mas foi um voo relativamente tranquilo, com bom serviço de bordo e tudo mais. Saímos do calor de Santa Cruz e chegamos à noite, no frio de La Paz. O plano era pernoitar em La Paz e ir na manhã seguinte para Copacabana. De Copacabanairíamos para o Peru, mas depois retornaríamos à La Paz para uma estadia de três dias. Nesse pernoite ficamos hospedados noLoki Hostel de La Paz , em um quarto duplo que custou 160Bs. Apesar de passar somente uma noite, tive uma boa impressão do Loki. No entanto, na volta do Peru resolvemos ficar hospedados noWild Rover, por sugestão de uma galera que conhecemos na trilha pra Machu Picchu. E na comparação, a atmosfera do Wild Rover me pareceu melhor, mas é importante saber que o hostel é uma festa só e isso significa bar lotado até tarde e barulho pelos corredores. Se você não se incomoda com isso, é talvez o lugar ideal. Pessoas de todos os lugares do mundo, clima divertido, BBQ, bebida, festas e tudo mais, além de uma boa localização (nesse quesito o Wild Rover e o Loki são iguais, já que ficam na mesma quadra). Churrasco organizado pelo pessoal do Wild Rover Quarto duplo que ficamos no Wild Rover Sobre a cidade de La Paz, acredito que 2 dias sejam suficientes, talvez 3 se você pretende fazer o downhill na World’s Most Dangerous Road . Acho que o mais legal de La Paz é o povo em si, já que a cidade, na minha opinião, não tem muito a oferecer (verdade que eu vim de um tempo em Cuscoe isso provavelmente contaminou meus critérios). Uma dica que dou e que foi muito legal para nós, é caminhar. Percorremos boa parte da cidade a pé e foi o jeito que achamos de conhecer a cidade melhor. Fomos do Wild Rover até o mirador Kili Kili, depois para o Estádio Hernando Siles, depois para o Witches’ Market. Cansativo, considerando a altitude, mas acho que é um dos melhores jeitos de se efetivamente conhecer um lugar. Mas enfim, vamos à lista de 5 coisas para se fazer em La Paz: [googlemap]https://maps.google.com/maps/ms?msid=216558415809335500474.0004e502ee76e77a46df5&msa=0&ll=-16.510162,-68.112831&spn=0.125742,0.154324[/googlemap] 1. El Mercado de las Brujas (witches’ market) Localizado próximo ao Wild Rover, é uma região da cidade com muitas lojas e com uma grande aglomeração de locais (e alguns turistas também). Ver os locais no seu dia a dia é que faz desse lugar uma atração interessante, na minha opinião. O nome do lugar se dá em razão das inúmeras lojas com poções, fetos de lhama empalhados, ervas e muitos outros materiais do tipo. 2. Downhill na Estrada mais Perigosa do Mundo (Worlds Most Dangerous Road ) Infelizmente e apesar de querer muito, não pude fazer esse downhill em razão do problema que tive no joelho na trilha pra Machu Picchu. De todo modo, aos que gostam de aventura, esse parece um programa imperdível em La Paz. Pelo que vi lá, existem inúmeras empresas que fazem o downhill, e os preços certamente variam muito. A empresa que me pareceu mais confiável (e talvez ela seja a mais cara) é a Gravity, mas acho que essa não é a melhor hora para economizar. Apesar de todo o aparato de segurança, acidentes podem acontecer facilmente, e o barato pode sair caro. 3. Mirador Kili Kili Apesar de ser uma caminhada sofrida para se chegar considerando a altitude de La Paz, a vista lá de cima é interessante. Dá para se ter uma boa ideia da geografia de La Paz, e uma boa vista do Estádio Hernando Siles. Um detalhe é que a região não me pareceu muito segura, apesar de não termos tido problema algum. Talvez exista algum meio de se chegar lá sem caminhar, mas nós decidimos rodar toda La Paz a pé, praticamente. 4. Estádio Hernando Siles Para quem gosta de futebol, estádios são sempre uma atração. NO meu caso, não foi diferente. Não há absolutamente nada de especial no Hernando Siles, mas posso adicionar mais esse estádio no meu currículo. A caminhada do mirador Kili Kili até o estádio é bem tranquila, pois se desce o tempo todo e a região me pareceu bem segura. Recomendo checar o horário de visitação, pois tivemos que aguardar por algumas horas até que o estádio fosse aberto. 5. Valle de la Lunna Situado a aproximadamente 10 km do centro de La Paz, conhecemos o Valle de la Lunna (moon valley) como parte de um city tour que fizemos. Achamos mais proveitoso fazer o city tour para cobrir as zonas mais afastadas do centro. O Valle é uma região com formações rochosas muito interessantes, que se formaram ao longo dos anos em razão da erosão. Abaixo algumas fotos que tirei lá:
  19. Olá mochileiros *_* Eu e o Dan passamos 8 dias - janeiro de 2017 - em terras bolivianas como parte do nosso pequeno mas sensacional mochilão de 20 dias pela América do Sul, onde passamos pelo Chile, Bolívia (no qual dedico esse relato) e o sul do Peru. Relato Chile: o-fantastico-chile-santiago-embalse-el-yeso-valpaiso-vina-e-san-pedro-de-atacama-com-fotos-roteiro-e-gastos-2017-t140000.html Relato sobre Puno/Peru: https://www.mochileiros.com/o-lindo-sul-do-peru-puno-lago-titicaca-e-ilhas-uros-e-taquile-janeiro-2017-com-roteiro-e-fotos-t142889.html Viemos direto do Chile, onde contratamos o tour de 3 dias pelo deserto saindo de San Pedro de Atacama(custou 100 mil pesos chilenos por pessoa - 500 reais - e inclui todo o transporte, alimentação e hospedagem ),nessa que foi a experiência mais exótica e inesquecível de nossas vidas , onde vimos inúmeros vulcões, lagoas, geysers e até neve Além de passarmos pelo deserto da Reserva Eduardo Avaroa e pelo salar de Uyuni (incluído nesse tour) visitamos também as cidades de Uyuni, La Paz e Copacabana, o lago Titicaca e a linda Isla del Sol Apesar da maior parte dos relatos sobre a Bolívia falarem de eventuais perrengues (principalmente no salar) não tivemos nenhum tipo de contratempo, UFFA Ao todo gastamos cerca de 5.500 reais por pessoa no mochilão, já incluindo as passagens (parte mais cara da viagem, 2 mil reais ida e volta ), sendo que na Bolívia gastamos um pouco mais de 500 reais (tirando o passeio pelo deserto, pago no Chile) um valor relativamente baixo, o que comprova que o país é um dos mais baratos para se viajar Para ver mais fotos, acesse meu insta: https://www.instagram.com/rafah.meireles/?hl=pt-br ou face: https://www.facebook.com/rafael.henriquecarter A Bolívia é um país de contrastes, com uma pobreza explicita e que tem uma cultura forte e unica, completamente diferente da nossa. E é justamente essa diferença cultural que nos encanta e que nos faz ficar impressionados com esse pequeno país de pouco mais de 10 milhões de habitantes. Pelas ruas das cidades e vilarejos que visitei percebi coisas como o modo de vida simples, a influência do campo em boa parte da população e a forte presença até hoje de elementos das culturas originárias, como o uso da língua quechua, por exemplo. As cholas, mulheres que usam roupas típicas, são o mais claro exemplo da resistência boliviana contra a cultura ocidental. Interessante também são as diferenças nos costumes entre os bolivianos de diferentes regiões, principalmente em La Paz, a mais 'americanizada' cidade do país. Os bolivianos são, no geral, bem tímidos e não gostam de se comunicar tanto, principalmente as cholas, que só falam o básico do que é perguntado a elas. São bem acolhedores e prestativos, principalmente em La Paz, porém também tivemos atendimentos bem duvidosos, diria até grosseiros, em vários lugares. Alimentação: Um dos pontos que mais me impressionou no país foi a alimentação, tanto em sabor quanto em variedade de pratos - na maioria dos restaurantes que fui as entradas custavam entre 15 e 20 bolivianos e as sopas são as entradas mais populares (destaque para a sopa de tomate ), já o prato principal fica entre 40 e 60 bolivianos e o suco natural 8 bolivianos. Bolos e doces no geral saem entre 5 e 15 bolivianos e são bem gostosos, melhores que os doces chilenos Porém, como a higiene não é um dos fortes do país, é preciso escolher bem o lugar onde você irá comer. Dê preferência a cafés e restaurantes que já foram indicados por outros viajantes e tente evitar a tradicional comida de rua, já que a comida fica exposta sem nenhuma proteção e é quase sempre servida com a mão, com isso as chances de você ter um piriri são grandes Ande sempre com um alcool em gel, pois na maior parte dos banheiros, além de não haver limpeza, não há agua para lavar as mãos Em Uyuni, a avenida Potosí e a Plaza Arce são repletas de pubs e pizzarias com ambientes bem legais. Em La Paz, eu super indico o Café del Mundo (Calle Sagarnaga, 324), que apesar de ser um pouco caro se comparado com outros cafés da região, tem uma ótima localização e um dos melhores e mais gostosos cardápios da cidade - foi aqui que tomei o chocolate quente mais gostoso da minha vida . Em Copacabana eu comi em um restaurante muito gostoso e barato na Calle Baptista, porém não lembro o nome dele Altitude e temperaturas: Sinceramente nós não tivemos nenhum problema com a altitude em toda a Bolívia - e olha que chegamos a 5 mil metros de altitude . O máximo que senti foi um pouco de falta de ar em algumas subidas, mas ao longo da viagem vi muitos relatos de pessoas que vomitaram e até desmaiaram devido ao mal de atitude, então é sempre bom andar com algum remédinho e claro, mascar muitas, mas muitas folhas de coca Outra coisa importante: apesar de janeiro ser verão no país, não se engane, faz muitooooo frio - Durante o dia as temperaturas até sobem e faz um calor gostoso, nada excessivo, porém a noite venta muito e as temperaturas despencam, principalmente no deserto e no salar (chegamos a pegar 0 grau na primeira noite ). Leve segunda pele, casaco corta vento, luvas e toca. Dê preferência também a tênis de escalada ou algum outro sapato de sola alta e que não escorregue com facilidade, pois o chão do deserto é bem escorregadio em alguns pontos e se o salar tiver alagado, vc evita de molhar os pés Câmbio: Em basicamente toda a Bolívia a cotacão estava em 1 real = 2 bolivianos, mas sempre vale dar uma pesquisada. Em Uyuni, as casas de cambio ficam na Avenida Potosí, na região da Plaza Arce. Em La Paz, elas ficam espalhadas pela região da avenida 16 de Julio. Já em Copacabana, você consegue encontrar na região da avenida Costanera. Trocamos o equivalente a 1.200 bolivianos e foi mais que sificiente para passarmos 8 confortáveis dias no país. Hospedagem: Como fizemos o passeio de 3 dias pelo deserto saindo do Chile, as duas primeiras noites ficamos em alojamentos conveniados com a agência - porém no hotel que ficamos hospedados em Uyuni, a diária saia 100 bolivianos por pessoa, por quarto privativo ou casal e ducha quente (que não estava nem um pouco quente, mas o hotel é bem confortável). Em La Paz ficamos no The Adventure Brew, um gigantesco mix de hostel e hotel na avenida Ismael Montes, bem pertinho da Rodoviária - o quarto compartilhado com 12 pessoas saiu por 63 bol. e a estrutura do hotel me surpreendeu positivamente. Em Copacabana ficamos no Mirador, um dos maiores hoteis da cidade e que fica de frente ao Lago Titicaca - saiu 50 bol. a diária por pessoa por um quarto com vista para o lago No geral, as acomodações são bem simples mas confortáveis e o melhor, super baratas Fique atento se o hotel oferece ducha quente, pois você vai ver a diferença! Transporte: Infelizmente a Bolívia ainda carece de infraestrutura em muitas coisas e tanto as rodovias quanto as companhias de ônibus do país deixam muito a desejar. As estradas do país em sua maioria não tem asfalto e as ruas dos centros urbanos não tem eletricidade e o esgoto corre a céu aberto. Felizmente a rodovia que liga Uyuni a La Paz foi recentemente asfaltada, o que deixou a viagem de 8 hrs de ônibus entre as duas cidades bem mais confortável (120 bol. por pessoa). Já as viações (com exceção da Todo Turismo, que faz a rota anteriormente citada) contam uma frota de ônibus extremamente antigo, com assentos apertados (alguns estão quebrados e não tem sinto de segurança) e o atendimento é bem desorganizado (muitas empresas não tem sistema computadorizado e os assentos comprados são marcados em papéis). Inclusive, quando estávamos indo para Copacabana, a empresa Titicaca vendeu os mesmos assentos que compramos para outras duas pessoas, olha só a confusão Segurança: Não é porque um lugar é pobre que necessariamente é violento e a Bolívia é um claro exemplo disso, já que em nenhum momento me senti inseguro, mesmo com alguns moradores locais nos contando que a violência urbana é bem comum nas grandes cidades. Então é bom sempre pesquisar sobre as regiões que você vai visitar, evitar grandes aglomerações, não ostentar objetos caros e ficar sempre de olho no celular e na carteira no bolso Dia 1: Como disse anteriormente, compramos nosso passeio pela Reserva Ecológica Eduardo Avaroa em San Pedro de Aatacama, no Chile, por 100 mil pesos chilenos (algo em torno de 500 reais) na Colque Tours (localizada na Calle Caracoles). Essa agência tem unidades tanto em San Pedro quanto em Uyuni e tem um atendimento bem legal, apesar de ter vendido algumas informações erradas - no folheto dizia que passaríamos a segunda noite hospedados no Hotel de Sal, o que não ocorreu e os nossos companheiros de viagem compraram o pacote com um guia bilingue, o que também não aconteceu O guia nos pegou no hostel na manhã de terça e nos levou até um restaurante para tomar café da manhã. lá conhecemos nossos companheiros de viagem: A Anja e a Cindy, ambas da Suíça e o Cédrick do Canadá - demos muita sorte já que o pessoa eral super legal, pq passar 3 dias com gente chata não dá Depois de uma hora e meia (o guia estava atrasado) fomos de van até a imensa fila da imigração chilena. Tudo certo seguimos até divisa com a Bolívia, onde fica a imigração - é uma pequena casinha no meio do nada cercada por várias montanhas - foi aqui que trocamos de carro e seguimos viagem em um 4 X 4 com o guia Victor, um boliviano muito simpático e gente boa , que adora musica brasileira e que morre de vontade de conhecer o Brasil Os destinos do dia foram: Laguna Blanca Laguna Verde Águas Termais Geysers Sol de Mañana Laguna Colorada Um lugar mais lindo que o outro. Todos eles ficam dentro da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa - é necessário pagar uma taxa de 150 bolívianos para entrar no parque. Eles lhe entregam um bilhete que é necessário devolve-lo no dia seguinte, na saída do parque, então tome cuidado para não perde-lo :'> É bom também levar uns bolivares a mais para pagar banheiro ou comprar alguma coisa nas paradas. Na volta da laguna Colorada começou a nevar do nada . Claro que foi uma neve bem fina e rápida, mas que pra quem nunca viu isso, foi demais Seguimos então para o nosso refúgio da noite, uma pequena hospedaria no meio das montanhas, a quase 5 mil metros de altitude - sem água quente, sem eletricidade e com um jantar delicioso (foi nosso primeiro dia sem tomar banho haha, já que a ninguém tem coragem de nefrentar um banho gelado a quase 0 grau). Dia 2: Acordamos cedo, tomamos café da manhã e seguimos para o dia mais longo do tour, onde visitamos: Deserto Siloli Arbol de Piedra Deserto Salvador Dalí Lagunas Altiplânicas Vilarejo de Alota Cidade de San Cristóbal Cemitério de trens - arbol - terma Depois seguimos por conta da agencia até um hotel no centro da cidade de Uyuni. Apesar da ótima localização, de ter quartos individuais, ter Wi-fi e ser bem confortável, não tinha água quente novamente Para quem se interessar, o hotel se chama Kutimuy e as diárias custam 100 bol. por pessoa (achei caro para o padrão da cidade). Dia 3: Acordamos antes as 4 da manhã e seguimos até o ponto alto de todo o passeio, o incrível Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo. Por ser temporada de chuvas, parte do deserto estava alagado o que me proporcionou a paisagem mais linda que vi na vida . É FANTÁSTICO, SENSACIONAL, MARAVILHOSO ver o nascer do sol refletido no salar alagado, algo que não tem explicação, fiquei arrepiado e até emocionado. Sério, é demais !!!! Depois seguimos até o famoso hotel de sal que fica no meio do salar para tomar café da manhã e depois fomos tirar várias fotos no Monumento Dakar Rali, no Monumento das Bandeiras e claro, tirar as engraçadas fotos de ilusão de ótica na parte seca do salar Com isso chegava ao fim nosso tour pelo deserto e nosso grupinho iria se separar O Cédrick iria voltar para San Pedro, a Cindy iria para Sucre e a Anja seguiria conosco até La Paz naquela mesma noite - compramos as passagens na noite anterior por 120 bol. em um bus super confortável, com tv, jantar e café da manhã incluso. Mas antes demos uma volta na cidade de Uyuni para conhecer melhor a cultura boliviana. A cidade em si é bem bagunçada, mas a região da Plaza Arce é bem interessante (cheia de pubs e restaurantes que ficam repletos de turistas). Dia 4: Depois de 8 hrs de viagem finalmente chegamos em La Paz, uma das cidades mais altas do mundo e o principal centro financeiro e comercial da Bolívia e onde estava muito frio Fomos para nosso hostel, tomamos banho quente (uffa), dormimos e depois fomos bater perna na cidade. Visitamos nesse dia: Plaza Mayor Museu San Francisco Igreja de San Francisco Mirador Killi Killi Plaza Murillo Palácio do Congresso Palácio do Governo Catedral Metropolitana Teatro Municipal A início pretendiamos ficar 3 dias na cidade, porém como a cidade não tem muitos atrativos fora o Chacaltaya, decidimos pular a escalada a essa montanha e irmos para o Peru, algo que não estava nos nosso planos haha. Puno, cidade base para visitar o lado peruano do Lago Titicaca, fica a apenas 7 horas de La Paz e a passagem custa apenas 80 bolivianos. Ficamos 3 dias incriveis na cidade. Para ver meu relato sobre Puno: https://www.mochileiros.com/o-lindo-sul-do-peru-puno-lago-titicaca-e-ilhas-uros-e-taquile-janeiro-2017-com-roteiro-e-fotos-t142889.html Dia 5: Depois que saímos de Puno, no Peru, finalmente chegamos em Copacabana, a turística cidade as margens do Titicaca. No primeiro dia na cidade visitamos o Cerro do Calvário, uma grandiosa montanha no centro da cidade e que oferece uma vista espetacular de toda a região . mas prepara-se, porque a subida é ingrime e a altitude também não colabora muito, quase morremos !!! haha Hj brincamos que a parte mais dificil da viagem foi chegar no calvário Dia 6: Nesse dia acordamos cedo para irmos até a famosa Isla del Sol , que fica no Lago Titicaca. Qualquer agência na cidade realiza esse que é o passeio mais famoso da região - compramos em uma das cabines que ficam localizadas na avenida Costanera, com os caras que ficam gritando ''isla del sol, isla del sol'' . Existem várias opções de passeio: a que leva vc até apenas a parte sul da ilha, a que leva vc apenas até a parte norte, o passeio que inclui isla del Sol e isla de la Luna, e tem passeio apenas de ida ou apenas de volta, fica a sua escolha. Compramos os bilhetes para conhecer a parte norte da ilha (30 bol. cada um) que é a parte mais bonita da ilha e onde ficam as antigas ruínas incas O passeio até a ilha é feito em um barquinho bem velho, sem cinto, sem coletes salva-vidas, sem nada!!! O dia estava bem nublado e chovia um pouco na hora, ou seja, as águas do Lago Titicaca estavam super agitadas e o barco balançava demais . Foram momento de muito medo haha, mas sobrevivemos Por sorte, assim que chegamos na ilha, o sol saiu e pudemos apreciar as fantásticas paisagens da ilha emoldurada pelas águas azuis do lago Lindo demais!!! Dia 7: Nosso último dia em Copacabana e também o dia mais chuvoso e frio de toda a viagem haha. Como nosso bbus para La Paz saía apenas as 18 hrs (Fomos com a empresa Titicaca, 30 bolivares, 4 hrs de viagem) fomos dar uma volta pelo centro antigo de Copa. Conhecemos a grandiosa e bela Basílica da Virgem de Copacabana, um dos lugares mais sagrados do país e depois fomos visitar o cemitério da cidade (sim, adoro arte tumular ). Como a chuva não parava de jeito nenhum, ficamos enrolando no hostel e depois enrolando mais ainda no restaurante onde almoçamos (aproveitamos o wifi tbm haha). Depois embarcamos no bus - fizemos uma viagem super tranquila - chegamos na rodoviária de La Paz. Pegamos um táxi até o pequeno, mas moderno aeroporto El Alto (60 bolivianos) e passamos a noite lá. Dia 8: As 5 da manhã embarcamos em nosso voo Latam com destino a Lima, onde faríamos uma escala de 6 horas. As 12 hrs embarcamos novamente e as 20 hrs chegamos em terras brasucas, no aeroporto de Guarulhos. Chegava ao fim nosso sensacional mochilão . Espero que tenham gostado do relato
  20. Olá bon vivant, Queria ajuda nesse roteiro com dicas, experiências etc. (qualquer coisa é bem vinda) Como é meu primeiro mochilão escolhi Bolívia por não ser tão caro, além de lindaaaa pelas fotos e mais perto da cidade onde moro. De Corumbá até Puerto Quijarro para pegar o trem da morte (que sai terça, quinta e domingo por 100BOB) até Santa Cruz de la Sierra no dia 17 de janeiro, pensei em comprar na hora, será que rola? Chegando em Santa Cruz dia 18 de janeiro pela manhã, ficar até dia 20. Dia 20, pegar o o onibus (acho que na rodoviária deve ter vários onibus PRECISO DE INFORMAÇÃO) para La paz. Pela distância, acho que chego em La Paz dia 21 e já vou pro hostel onde fico até dia 24 de janeiro, o dia que pensei em voltar pra Santa Cruz de la Sierra e de lá voltar pra Corumbá de novo. Não vi muitos pontos turísticos de Santa Cruz e La Paz, se alguém tiver de dicas de lugares não tão caros para visitar, comer, passear, etc. E também, gostaria de saber: é na fronteira pra pegar a permissão de ir pra Bolívia? E se compensa levar a grana em dólar do Brasil pra Bolívia? Gratidão.
  21. Olá! Resolvi fazer o relato da minha viagem que foi beem tranquila, não passei nenhum perrengue e me surpreendi com a Bolívia! Fui pra Bolívia pela Gol, pra Santa Cruz em um vôo bem rápido. Não tinha milhas, então minhas passagens não ficaram tão baratas. Os valores colocarei abaixo. Cheguei em Santa Cruz as 13:00 e ja comprei minhas passagens de avião de Sucre para Santa Cruz pela Amaszonas, mas NÃO recomendo essa companhia, mais na frente eu conto o porquê ! Peguei um transporte coletivo para o centro, já tinha lido que o táxi cobraria um valor maior ja que o aeroporto fica distante da cidade. No ônibus pedi socorro para um rapazinho que me informou onde descer e pegar um táxi para o terminal bimodal, onde eu pegaria um ônibus no mesmo dia para La Paz. Assim eu cheguei no tal terminal e já comprei nossas passagens pra La Paz. O terminal é bem movimentado, mas nada que fosse diferente das rodoviárias daqui. Nesse terminal foi onde encontrei o melhor câmbio durante a minha viagem: R$ 1,00 - Bs 1,88. Depois encontrei um brasileiro q mora em Santa Cruz e ele disse que em câmbios no centro dá pra encontrar R$ 1,00 - Bs 2,00, mas não tive a sorte de de encontrar! Valores para 2 pessoas Passagens são Paulo - santa cruz: R$2.200,00 Passagens Santa Cruz - La Paz: Bs 260,00 Passagens Sucre - Santa Cruz: Bs 800,00 Táxi para terminal Bs 15,00 Dica SEMPRE peça desconto em tudo, eles aceitam tão facilmente que achei q devia ter pedido um desconto maior!
  22. Eu e minha irmã Manu fizemos essa viagem pra Bolívia do dia 27 de dezembro de 2016 ao dia 05 de janeiro de 2017. Foi uma experiência liiiinda e emocionante e eu já tô morrendo de saudades! Vou tentar relatar um pouco do que vivemos lá e dar algumas dicas de lugares e coisas pra fazer. Vou tentar relatar também alguns semi perrengues que vivemos que teríamos conseguido evitar com um pouco mais de informação. Mas o mais importante: SE VOCÊ TÁ PENSANDO EM IR PRA BOLÍVIA, FAÇA ISSO! Vale muito a pena! Começamos com os preparativos como a vacina pra Febre Amarela que foi bem tranquila de tomar, a Manu tomou em Criciúma - SC onde ela mora e eu tomei em Sorocaba - SP, e no mesmo local conseguimos pegar o Certificado Internacional de Vacina, o CIV (mas eles geralmente emitem o certificado em um dia específico da semana, é só se informar no posto onde você fizer a vacina). Aqui tem a lista dos postos onde rolam a vacina no Brasil: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/viajante/centros.pdf Reservamos os hostels pela internet pois ficamos com medo de ficar sem vaga! Valeu a pena ter feito a pesquisa porque no fim escolhemos lugares bacanas, mas numa próxima eu não faria a reserva antecipado, sempre sai mais barato deixar pra reservar pessoalmente. Levamos o dinheiro em dólar e trocamos lá por bolivianos, foi bem tranquilo e acho que no fim compensou levar em dólar. No final da viagem a gente tava quase sem dinheiro e tínhamos 40 reais na carteira que trocamos por bolivianos e essa grana acabou ajudando bem! rs Nosso itinerário foi: uma noite em La Paz, duas noites em Copacabana e mais 6 noites em La Paz novamente. A gente tava meio sem grana então resolvemos ficar mais dias em La Paz ao invés de tentar visitar várias cidades correndo. Também foi uma escolha pessoal porque sempre que viajo prefiro tentar ficar alguns dias na mesma cidade e conhecer bem o lugar. O que eu mudaria nesse itinerário hoje seria incluir uma noite a mais em Copacabana, pra mim e a pra Manu a experiência lá foi incrível e a gente certamente ficaria mais uma noite! Viajamos com a BOA, a Boliviana de Aviación, que é uma estatal boliviana. A nossa experiência com a boa foi bem tranquila. Apenas na volta tivemos um atraso de umas duas horas e meia em Santa Cruz de la Sierra porque tiveram que trocar de aeronave e a falta de comunicação e informação por parte da empresa deixou tudo um tanto confuso e muito cansativo (mas descobrimos que isso é uma coisa comum na Bolívia, não é um demérito só da BOA). Fora esse episódio na volta, correu tudo bem e não tivemos outros atrasos. Os aviões eram confortáveis e normais e o serviço de bordo era atencioso. A comida servida era bacana também. Recomendo a empresa, o custo benefício foi bom! CHEGANDO EM LA PAZ Em nenhum momento pediram a CIV e tivemos que preencher uns papeis pra entrar e sair do país, mas foi bem tranquilo. Já na viagem conhecemos um paulistano muito bacana chamado Sérgio (salve Sérgio!) e depois dois brasilienses também muito legais na alfândega, o Erick e o Alfredo (salve galera!). Sentimos uma leve tontura ao desembarcar do avião, mas não foi nada tão assustador e felizmente o soroche não nos fez tão mal. A gente sentia um pouco mais de dificuldade pra dormir, acordávamos algumas vezes durante a noite nas primeiras noites e sentíamos muito cansaço e coração acelerado pras subidas e esforços maiores (isso a Manu sentiu mais que eu, mas não foi nada demais tbm). Chegando em La Paz o Erick e o Alfredo não tinham hostel reservado ainda e foram pro mesmo hostel que a gente, rachamos um taxi e ficou 30bs por pessoa (depois descobrimos que isso era um pouco caro, mas eles cobravam por pessoa de qqr forma). Fomos ao BUNKIE HOSTEL, que fica na Avenida Montes, na região central. Super recomendo o Bunkie Hostel, fica bem próximo do Terminal de Ônibus de La Paz (5 minutos apé), do Mercado Lanza e da Calle de las Brujas e também bem perto de vários restaurantes e casas de câmbio. Além disso o hostel é muito aconchegante e bem seguro! Olhando de fora parece bem velho e esquisito, mas por dentro é limpo e quentinho, a água do chuveiro esquenta e as camas são realmente MUITO confortáveis e tem os melhores edredons que eu já usei (sem exagero rs). Como a gente já tinha reservado antes, eu e minha irmã pagamos 70bs por pessoa a diária em um quarto compartilhado feminino com direito à café da manhã. O Erick e o Alfredo que reservaram na hora conseguiram um quarto apenas pros dois pelos mesmos 70bs por pessoa (o quarto deles era pequeno mas eles falaram que compensa). TRAJETO PRA COPACABANA No dia seguinte fomos pra Copacabana a partir do Terminal de Buses que é ali pertinho e descobrimos que há vários horários de ônibus e várias empresas que fazem o trajeto. Chegamos meio perto da hora e não conseguimos ônibus pras 14h, então tivemos que ir as 16h30 por uma empresa que não lembro o nome mas é o GUICHÊ 14 e NÃO recomendo. Foi 35bs por pessoa e a viagem dura cerca de 4 a 5hs contando com o trajeto da balsa. A empresa era meio confusa e não informava nada direito, a viagem até que foi ok mas dava pra ter sido mais tranquila(rs). Descobrimos na hora de embarcar que era tipo um microônibus pra 30 pessoas e que as malas tinham que ir amarradas em cima do ônibus (tava chovendo haha), eles colocavam uma lona por cima depois mas a gente entrou com a mala mesmo no busão. Eu e a Manu ficamos apuradíssimas pra fazer xixi durante todo o trajeto, acho que a gente tava tomando muita água porque o clima lá é MUITO seco e deu ruim (rs). Durante um engarrafamento saindo de El Alto alguns caras desceram pra fazer xixi na beira da estrada mas dps eles tinham que correr pra alcançar o ônibus e a gente ficou com um pouco de medo de arriscar haha ficamos na esperança de chegar logo a hora da balsa pra gente poder fazer xixi mas demorou mais de 3 horas e foi meio sofrido. Quando paramos pra pegar a balsa o motorista só mandou todo mundo descer e não avisou nada. Já era noite e corremos pra fazer xixi, os baños públicos estavam fechados e fizemos xixi em baixo de uma escada junto com outras pessoas desesperadas hahahaha quando fomos pegar a balsa descobrimos que a balsa em que estavam as pessoas do nosso ônibus tinha acabado de partir, tivemos que esperar a próxima balsa (que demorou uns 10 minutos pra sair) e nesse meio tempo vimos a balsa com o nosso ônibus começando a fazer a travessia. Ficamos desesperadas achando que o ônibus chegaria lá antes da gente e fosse partir sem nós e com a nossa mala, só mais tarde descobrimos que isso não acontece pq a balsa do ônibus é BEM mais lenta e demora pra chegar do outro lado, mesmo que você parta depois dele. Informação importante: (só descobrimos depois né hahaha) mas é melhor esperar pra usar o banheiro e comprar comida se precisar do outro lado, depois que fizer a travessia com a balsa, lá você vai ter um tempinho pra esperar o ônibus de qualquer forma e aí não tem erro. Eu já tinha lido que o ônibus vai em uma balsa e as pessoas vão em outra, mas eu imaginava que era algo mais organizado e que todo mundo que tava num mesmo ônibus ia junto. Acho que vale ressaltar aqui que é assim desorganizado mesmo: rola uma fila pra pegar a balsa e mistura a galera de vários ônibus e quando vc chega do outro lado vc tem que esperar um tempo até o seu ônibus chegar e é só ficar meio ligado pra não perder ele. Se eu soubesse disso antes não tinha sofrido em vão haha e o fato de já ser noite deixou tudo mais assustador também. No fim demoramos um pouco mas encontramos a galera do nosso ônibus do outro lado e logo embarcamos no ônibus de novo. Chegando em Copacabana estávamos famintas depois de muitas horas sem comer e decidimos pegar um taxi até o hostel pra ser mais rápido, rachamos o taxi com um amigo iraniano que fizemos no ônibus, o Fred, e a corrida ficou por 10bs. Passamos o nome da rua e o nome do hostel pro taxista e ele nos levou pro lugar errado. Chegando lá era uma estradinha de terra e ela não podia entrar com o carro e falou pra irmos apé que o hostel ficava logo em frente, achamos um pouco estranho mas descemos e logo vimos que era o hostel errado! Ele tinha nos levado pra um hotel chique e mais reservado chamado “A Cúpula” que a gente jamais teria condições de pagar hahaha mas eles nos deixaram usar o wifi e nos explicaram onde ficava nosso hostel. Fomos a pé arrastando as malas pela estradinha de terra e depois de algumas subidas finalmente achamos nosso hostel. Nessa noite saímos só pra jantar junto com o Fred perto do hostal (a comida costuma demorar bastante nos restaurantes em Copacabana, melhor não esperar ficar faminto pra procurar um lugar rs) e depois tomamos um pouco de vinho. Ficamos hospedadas no Hostal Olas del Titicaca, que fica bem localizado e foi ok. Não é ótimo, mas pagamos 55bs por pessoa a diária em um quarto para mim e minha irmã com banheiro particular e café da manhã. O chuveiro não esquentava e saia só uma gota de água, mas dps descobrimos que em outros quartos até que funcionava melhor. Pela localização e preço vale a pena sim, mas não foi nada demais e se você quisesse chegar depois das 1h tinha que bater na porta até ser ouvido pq não ficava ngm na recepção de madrugada(rs). Mas a estadia foi tranquila. VISITA À ISLA DEL SOL No dia seguinte visitamos a maravilhosa Isla del Sol. Os passeios todos são as 8h30 ou as 13h30. Fomos no das 8h30 e como acordamos meio atrasadas compramos o passeio direto no hostal! Pagamos 35bs por pessoa ida e volta (uns amigos que compraram fora do hostal pagaram 30bs por pessoa) e fomos com a empresa Andes Amazonia, a empresa era bacana! O barco era bem confortável e parecia seguro e ngm tinha que ir engolindo fumaça gasolina como eu li em alguns relatos aqui antes (rs). Conhecemos dois argentinos muito divertidos no barco, o Ricardo e o Facundo, com quem fizemos parte da trilha. Fomos até a parte norte da ilha, de lá fizemos a trilha até a rocha sagrada (ida e volta dá umas 2h30 de duração) e voltamos as 13h30 pra pegar o barco até a parte a sul da ilha, onde iríamos almoçar. Também tem a opção de ir apé até a parte sul (são 8km de caminhada) mas creio que é meio corrido pra quem tem que estar lá até as 15h30 pra voltar pra Copacabana com o mesmo barco. A trilha até a rocha sagrada é linda linda e o guia vai explicando algumas coisas pelo caminho. Tem umas subidas um pouco íngremes, minha irmã sentiu bastante cansaço nessa caminhada e o nosso guia, o Fermin, descolou uma plantinha nativa de lá pra ela esfregar na mão e inalar que ajudava na respiração, ele era muito legal. No final do passeio os guias pedem uma contribuição de 10bs por pessoa, mas só contribui quem quer. Na volta tivemos que dar uma corrida pq o barco só espera até as 13h40 e foi um pouco desesperador novamente, mas foi um desespero numa vista linda, pelo menos haha então acho que vale ressaltar que você volta exatamente pelo mesmo caminho que percorreu pra chegar até a rocha, até chegar novamente no local da ilha onde os barcos ficam atracados, que é de onde você vai partir. Quando você chegar lá em cima e o guia encerrar as explicações, você já pode começar a voltar se quiser. A gente não sabia disso e ficou meio que esperando o guia e meio que curtindo a vista maravilhosa (rs) e deixou pra voltar junto com o guia, mas se a gente tivesse saído um pouco antes teríamos ganhado uns 20 minutos preciosos pra depois não precisar sair correndo (literalmente hahaha) pra não perder o barco. Nossos amigos brasileiros Amanda e Brunno estavam na mesma que a gente na volta da trilha, a gente ainda não tinha se conhecido naquele momento mas acho que compartilhar aquele breve desespero na ilha maravilhosa foi importante pra estreitar os laços da nossa amizade depois hahaha <3 Você paga 15bs pra entrar na parte norte da ilha e depois mais 10bs pra entrar na parte sul, mas esse passeio vale muito a pena com certeza e numa próxima visita quero dormir pelomenos uma noite na Isla. <3 Na parte sul da ilha almoçamos num lugar bem simples gerido por várias cholas, acho que eram uma família, custava 30bs por pessoa e o prato era arroz, batata, salada e truta fresquinha do lago. Eu não sou uma grande fã de peixe mas esse era especial então eu provei e estava realmente muito gostoso. O resto da comida tava meio gelada e sem gosto pq elas tavam numa super correria atendendo várias pessoas, mas a truta fazia valer a pena. Demos uma descansada lá, compramos uns artesanatos baratinhos de presente pros amigos e logo deu a hora de voltar. Fui lavar minha mão na fonte que tem lá na parte sul e nesse momento uma cholita também foi lavar a mão e tomou um pouco de água, eu me senti super conectada com ela e com a pachamama (rss) e resolvi tomar um gole da água tbm achando que estava vivendo um momento mágico, mas a água tinha um gosto estranho e quando recuei alguns passos eu vi que era um cano que levava água até a fonte hahahaha no fim não passei mal e foi tudo susse, mas não recomendo que tomem essa água, melhor só lavar a mão. No barco na volta pra Copacabana conhecemos um casal de brasileiros muuuito legais, o Brunno e a Amanda (salveeee galera!), fizemos amizade e combinamos um rolê mais tarde. A noite saímos com o iraniano Fred, o Brunno e a Amanda e graças a eles tbm conhecemos outro casal de brasileiros muito legais, o Ciro e a Fran e fomos todos beber em um bar chamado Puerto Viejo numa ruinha principal de Copacabana que eu super recomendo. Tava rolando música ao vivo nessa noite, um jazz com reggae e foi BEM legal! Rolava 2 litros de chop (gelado, isso é importante!) por 55bs e eu que gosto de tomar vinho pude comprar uma garrafa de vinho num mercadinho em frente (por 20bs) e levei pra tomar no bar sem problemas. O dono desse bar é um chileno bem animado haha e também rola umas comidinhas gostosas por lá. Foi uma noite muito divertida, entoamos um FUERA TEMER juntos e descobrimos que tem muitos cachorros de rua bem cuidados em Copacabana, todos são enormes e muito carinhosos e então fizemos vários amigos caninos na madrugada tbm. DE VOLTA PRA LA PAZ No dia seguinte acordamos e compramos a passagem de volta pra La Paz pras 13h30, o ônibus saia pertinho do hostal e a empresa chamava Panamericana (se não me engano), era um ônibus MUITO mais confortável e a empresa muito mais organizada do que a que usamos na ida e custou 40bs por pessoa. Valeu muito a pena. Aproveitamos a manhã pra passear pelas ruinhas lindas de Copacabana, compramos alguns artesanatos e almoçamos em um lugar gostoso e muito barato chamado Alax Pacha, onde pagamos 20bs por pessoa por um almoço que incluia uma sopa de entrada, spaghetti à bolonhesa de prato principal e panqueca de mamão com chocolate de sobremesa. Depois descobrimos que dava pra ter feito um pedido só e dividido por duas, era muita comida (inclusive na maioria dos restaurantes onde comemos a gente podia ter feito isso, mas só percebemos quase no fim da viagem)! Embarcamos pra La Paz as 13h30 e tudo correu bem na viagem de volta. CONTINUA Espero ainda essa semana fazer o restante do meu relato! Ainda tem minha irmã passando mal no dia da virada do ano, meu pé torcido no Chacaltaya e muitas emoções! rs =)
  23. Este é um Guia de La Paz que está sendo construído com informações de usuários que foram postadas nos fóruns relacionados ao tema aqui no Mochileiros.com. Este guia é atualizado periodicamente.
  24. 12 dias de viagem pela Bolívia Puerto Quijarro, Santa Cruz de La Sierra, Vallegrande, La Higuera, Cochabamba, La Paz (El Alto), Copacabana, Isla del Sol, Isla de la Luna, Sucre. Eu e minha irmã fizemos uma viagem pela Bolívia. O período total, incluindo os trajetos dentro do Brasil de chegar na fronteira e voltar para casa, levou 15 dias. Na Bolívia mesmo foram 12 dias. Fizemos a viagem falando português. Claro que aprendemos um pouco de espanhol nesses 12 dias de Bolívia. Os comerciantes e mesmo na rua as pessoas compreendem e conseguimos nos comunicar. Não tivemos problemas de comunicação para locomover, comer ou em reclamar do serviço prestado. Fizemos isso em português e na medida que aprendemos um pouco do espanhol, passamos a fazer no “portunhol”. A viagem começou pegando voo para Campo Grande. Depois de descer do avião, saímos do aeroporto para a rodoviária de Campo Grande, pegamos ônibus coletivo. Foi bem tranquilo, as informações recebidas das pessoas na rua facilitaram se locomover na cidade. Na rodoviária de Campo Grande pegamos o último ônibus do dia 1º de junho de 2017 para Corumbá. O ônibus saiu às 23:59. Parece difícil de acreditar, mas eu e minha irmã passamos frio na rodoviária. Foi uma noite com temperatura diferente da que esperávamos. Tivemos que tirar as roupas da mochila e vestir. Muito frio, o vento ajudou a esfriar mais. Pouco antes das 23:59 entramos no ônibus e acordamos no outro dia cedo em Corumbá. Em Corumbá andamos a pé e de ônibus coletivo. Tem um ônibus que leva até a fronteira, acho que a passagem custa R$ 3,25. Em Corumbá conhecemos a chipa, um biscoito que parece pão de queijo, mas com formato diferente. Na fronteira a demora maior é passar pelo desembaraço do lado do Brasil, depois disso, no lado da Bolívia, é mais rápido. Minha irmã trocou parte de seus reais logo na primeira banquinha de câmbio de Puerto Quijarro, logo que entrou na Bolívia. Eu pensei em trocar depois, sonhei com uma cotação melhor, porém não deu certo. Ela conseguiu trocar cada real por 2,08 bolivianos. Este câmbio foi o melhor durante toda a viagem. Na maioria dos lugares trocam 1 real por 2 bolivianos. O câmbio ajuda bastante, converter os reais em bolivianos. O custo das coisas na Bolívia, em comparação com os preços praticados no Brasil, sai em conta. A exceção fica por conta de alguns locais turísticos com preços em dollar. Em Puerto Quijarro andamos a pé e de táxi. Na Bolívia é bem tranquilo andar de táxi, os preços, se comparados com os do Brasil, são mais em conta, tenha atenção somente em combinar o preço antes da viagem. Outra coisa, os carros são mais velhos. De Puerto Quijarro para Santa Cruz de La Sierra fomos de trem, no Ferrobus. O preço da passagem de trem (Ferrobus) é a mais cara para sair de Quijarro e chegar a Santa Cruz, são 235 bolivianos. As outras opções, trem da morte ou ônibus, custam em média 70 bolivianos. Conversamos com um taxista de Quijarro, ele disse que há universidade na cidade com curso de medicina, que sua mulher faz o curso. Há também na cidade shopping China, mas não chamou nossa atenção, os preços estão em dólar. No final da tarde fomos para o terminal pegar o trem (Ferrobus). A maioria dos passageiros no dia que viajamos não eram bolivianos. A poltrona do trem é boa, dá para dormir, lá pelas 20:00 oferecem a janta – é vendida a parte - o prato é arroz e pollo com papas (frango com batata frita). Na manhã seguinte chegamos em Santa Cruz. Em Santa Cruz conhecemos a “Plaza 14 de Septiembre”. Há alguns cafés próximos, um museu com algumas exposições, tinha o kiosko e yarituses (artes bolivianas), há também uma casa de cultura próximo da praça com exposição de quadros e apresentação musical. Andamos na cidade para conhecer os mercados, feiras e biblioteca. Vimos uma rua que é movimentada à noite, há várias portinhas com “mariachi – músicos com estilo mexicano”. Na Bolívia o principal prato dos restaurantes visitados foi “pollo com papas” (frango com batata frita). É muito comum, se quiser ser rápido para receber o almoço ou janta, peça um. Depois de Santa Cruz fomos conhecer Vallegrande. Pegamos van em Santa Cruz, na praça Oruro. Desta praça saem vários para Vallegrande. O motorista da van corria, fazia ultrapassagem de forma um pouco perigosa, mas chegamos. Para chegar a Vallegrande passamos por Samaipata, disseram que há algumas ruínas, registros históricos, parece ser interessante conhecer Samaipata. Na praça principal de Vallegrande (Plaza 26 de Enero) tem internet com acesso livre, pode aproveitar para mandar mensagem. Nos lados da praça ficam uma igreja, a prefeitura, o centro cultural da cidade e um café interessante para beber chá de coca. Ficamos numa pousada bem legal em frente a praça. À noite fez muito frio, mas frio mesmo, e o chuveiro só caia água fria, minha irmã acabou deixando a torneira aberta esperando para a água esquentar, mas nada de “água caliente”. A casa da cultura é o ponto para quem quer pegar um mapa da cidade e orientações sobre a Rota de Che Guevara. Se quiser comer algo, o mercado da cidade é a indicação, tem Api e outros sucos, tem algumas opções de bebidas alcóolicas (não lembro os nomes, só sei que comprei e bebi com minha irmã uma garrafinha). A Rota de Che é feita uma parte na cidade, visitando o hospital, o antigo campo de pouso de aviões e onde estão os restos mortais dos demais guerrilheiros. A outra parte é conhecer La Higuera e a Quebrada del Churro (acredito que se escreva assim). Para ver a parte da cidade preferimos ir com guia para ouvir as histórias, foi cobrado 45 bolivianos por pessoa. Isso é acertado na casa da cultura, ao lado da prefeitura. O guia vai mostrar caminhando ou no táxi, se for no táxi ele cobra mais 30 bolivianos. Conhecemos a lavanderia do hospital, local que aparece nas fotos com Che Guevara já morto. O guia disse que depois de morto, já na lavanderia, os militares abriram para a população ver o corpo, aos fotógrafos e jornalistas. Há também o campo de pouso dos aviões para visitar, este local foi desativado para os aviões e hoje está um museu de recordações de Che. Foi muito interessante visitar, viver isso, passar por este local e sentir que ainda há chama acesa daquele pensamento de Che vivo. O local de enterro de Che Guevara, pelo relato do guia, foi descoberto 30 anos depois de sua morte, que ocorreu 1967. A descoberta se deu porque um militar que participou da operação de captura e morte falou que Che estava enterrado no campo de pouso, que não tinha sido levada para outro lugar. Vallegrande e La Higuera são locais de resistência e luta, pois em conversa com o guia, mesmo depois desses acontecimentos, de sua representação simbólica em monumentos de recordação na cidade, a região é muito de direita, mesmo com a eleição vencida por Evo Morales, e continua a prefeitura tendo alcalde (prefeito) de orientação de direita. Por outro lado, essa parte do turismo é aproveitada, porque vem comemorando a data da morte de Che e neste ano de 2017 vão promover o evento de 50 anos sem Che. O outro local a visitar são os túmulos com os restos mortais de outros combatentes da guerrilha. O local fica atrás de uma área do rotary club da cidade. A guerrilha teve participação de mulher, teve a guerrilheira argentina Tania. Para conhecer La Higuera acertamos com o taxista 250 bolivianos pela viagem. Ele nos levou e trouxe. No meio do caminho ele vai mostrando os locais que Che passou. Nós não fizemos a trilha da “quebrada del Churro”, por onde o grupo de Che passou. Acho que perdi nesse ponto, vale a pena fazer a trilha, todos que fizeram gostaram. Em La Higuera tem a escola que Che ficou preso com os demais companheiros e, por informação do guia, onde foi morto pelos militares. Essa escola não funciona hoje mais para o ensino, é hoje local para recordações e visitas. Foi erguida uma a nova escola. Ergueu-se também um monumento de Che bem na frente da pracinha de La Higuera e outro ao lado da escola nova, onde há o monumento da cabeça de Che. Dentro da escola nova há fotos de eventos com familiares de Che e de Fidel. Já na escola em que Che ficou preso há várias mensagens nas paredes, bandeiras, quadros contando parte da história e um que chamou a atenção, o de que Che e seus companheiros eram procurados e havia recompensa. Pelo relato do guia, Che veio para a Bolívia por causa do país estar numa posição geográfica central na América do Sul, já havia base do partido comunista, seria campo para fazer escolas de guerrilha. Porém, o serviço americano de espionagem teve informações da presença de Che na Bolívia e daí os guerrilheiros enfrentaram uma propaganda contrária forte com recompensa por informações e captura. O guia disse que os guerrilheiros se separaram em dois grupos, um com Che e outro com Joaquim. Por estas condições adversas, Che já não poderia aparecer, a propaganda também inflava o povo contra a guerrilha, pois dizia que vinham para tomar as terras, uma propaganda que ganhou forças visto o relato do guia de ter havido reforma agrária na Bolívia anos antes da chegada de Che. Outro fato dito pelo guia era que os exercícios de reconhecimento dos terrenos, nesta altura do tempo, eram feitos à noite, de madrugada. E numa dessas madrugadas, um camponês avistou o grupo de Che passar por suas terras e logo avisou o exército boliviano, que cercou o terreno e de emboscada renderam o grupo. Che levou um tiro na perna e foi ajudado a ir à escola de La Higuera por dois companheiros. A escola de La Higuera serviu de prisão até sua morte e dos companheiros. Há também o relato de que a captura do Che foi comunicada por telégrafo com a mensagem de “De buen dia a papa” (acredito que se escreva assim). Che recebeu a identificação de “papa” na comunicação dos militares. Voltamos para Vallegrande no meio da tarde. Na rodoviária da cidade tentamos comprar as passagens para Cochabamba, porém estavam os ônibus lotados. Daí nos deram ideia de pegar uma van até Mataral, cidade em beira de estrada, pois poderíamos pegar um ônibus para Cochabamba. Porém, não foi possível. Em Mataral, deram-nos outra ideia, ir para Comarapa, e de lá sim conseguiríamos ir a Cochabamba. Em Comarapa conseguimos as passagens para Cochabamba. As distâncias na Bolívia, a depender da região, são relativamente pequenas, mas leva-se muito tempo de viagem. Há muitas estradas sem asfalto (ou com trechos asfaltados), passa-se por encostas de morro (ou da cordilheira), do lado da estrada é um precipício, por pequenos córregos. Nesta viagem a Cochabamba sentimos o ônibus passar por estrada de chão, poças de água ou pequenos córregos, brincamos até que, se o ônibus pifasse ou ficasse preso num buraco, todos desceriam para empurrar, os gringos, as chulas, todos ajudariam. Chegamos em Cochabamba de madrugada, por volta das 4:00, muito frio, esta noite eu não consegui dormir, sentei do lado dum boliviano das ancas largas, ele não se comportava no assento dele. Procuramos um alojamento para terminar a noite. Encontramos um bem esculhambado e ficamos nele, não havia opção naquele horário, nem poderíamos correr o risco de ficar andando de madrugada. Em Cochabamba conhecemos um museu arqueológico de uma universidade local (San Simon), subimos até o Cristo de la Concordia por teleférico, visitamos mercados e feiras. Andar em Cochabamba é tranquilo, pelo menos no centro, há indicação dos nomes das ruas nas esquinas. Experimentamos a pamonha deles (huminta). No dia seguinte fomos para La Paz, chegamos à noite. Ficamos num hotel (diária de 160 bolivianos para duas pessoas, duas camas) na zona turística, próximo do mercado das bruxas e do museu da coca. Nesta noite, depois de deixar as coisas no hotel e seguindo as orientações do taxista, formo a um pub inglês próximo do hotel (The English Pub). Olha, eu como visitante da Bolívia, preferia ir num bar boliviano, confesso que não gostei do pub inglês. No outro dia fomos andar no mercado das bruxas e no mercado Camacho. Conhecemos o El Alto, lá convertemos mais reais em bolivianos, cada 1 real por 2,06 bolivianos. Andamos de teleférico para o El Alto. Lá no final da linha vermelha do teleférico tem uma feira, muita coisa é vendida lá. Peças usadas de carro velho, roupa, comida, equipamentos de celulares e o que costumamos a ver por aqui nas feiras de produtos chineses. No El Alto há terminal e uma rodoviária informal onde há saídas de ônibus para todo lugar. Em La Paz visitamos a Plaza Murillo, onde fica a sede do parlamento boliviano. Nós entramos na Assembleia dos Deputados no grupo visita das criancinhas das escolas. Foi divertido visitar o parlamento boliviano no meio dos chicos e chicas. Em La Paz comemos carne de Ilama. Não é servido a carne de llama em qualquer restaurante, onde nós encontramos foi em dois restaurantes próximos do mercado das bruxas. O preço é dado em dólar. O prato foi 95 bolivianos e veio com batata frita e poderia se servir do buffet com as demais opções. De La Paz fomos para Copacabana. Adoramos o lugar, ficamos pouco tempo. Em Copacabana ficamos numa pousada que da janela do quarto dava para ver o lago Titicaca. Comemos trucha com arroz e batata frita, assim que chegamos num conjunto de barraquinhas próximo ao lago. O peixe é muito bom. Andamos ali pela frente do trapiche, onde os barcos param, no final da tarde. Muito frio. Depois andamos pelas ruas do centro de Copacabana, é pequena a cidade. À noite comemos nas barraquinhas de comida da feira na rua. Minha irmã comeu carne de Alpaca, acredito que seja parente da Ilama. No outro dia visitamos as Islas de la Luna e del Sol. Tiramos fotos lindas. O local é lindo. Fizemos uma trilha na Isla del Sol. Cansamos bastante e com falta de ar, destaque para a altitude de algo em torno de 4 km acima do nível do mar. Quando termina a trilha tem a fonte da juventude, os turistas são quem param pra molhar as mãos, o rosto, alguns bebem a água. Depois, já na margem, tem uns bares. Comi trucha novamente e minha irmã pediu sopa, mas não gostou, ficou reclamando da sopa, pois tinha cabelo e reclamou ao dono do bar. Neste momento percebi que reclamar em português é compreensível ao boliviano, não precisa gastar o portunhol. O dono do bar entendeu perfeitamente a reclamação em português e minha irmã entendeu o espanhol dele. Depois de Copacabana, voltamos para La Paz. Estava acontecendo a festa do Gran Poder. No hotel, em La Paz, vimos um pouco do Gran Poder pela janela, as ruas cheias, muitos bêbados, assim como carnaval no Brasil. Chamei minha irmã para conhecer a festa, mas ela não se animou, também estava no final, logo depois acabou a música. A coisa chata que aconteceu comigo foi comprar um cartão de memória pro meu telefone numa dessas barraquinhas de coisas da china. Meu telefone estava cheio de fotos e vídeos, sem espaço para mais nada. O que aconteceu, no dia em que estava em Sucre, percebi que o telefone não reconhecia o cartão de memória, enfim, perdi minhas fotos e vídeos que tinha transferido para o cartão de memória. Essa parte foi a mais chata, perdi muitas fotografias e vídeos, com destaque para as paisagens de Copacabana, do lago Titicaca e das ilhas. Na programação que a irmã fez ainda faltava visitar Sucre e Potosi, mas o tempo era curto. Resolvemos comprar passagens de avião para ir de Sucre a Santa Cruz, com objetivo de conhecer pelo menos Sucre. Então, deixamos de conhecer Potosi. De La Paz fomos de ônibus para Sucre. Chegamos em Sucre bem cedo, procuramos por pousada, mas as opções boas eram muito caras e as outras eram de quartos compartilhados. Uma que tinha propaganda e indicações boas para ficar, não abriu as portas quando batemos. Ficamos num alojamento próximo da plaza 25 de Mayo, o banheiro era compartilhado, não havia fechadura na porta pelo lado de dentro. Encostamos a mesinha na porta, isso serviria apenas de sinal para acordar se alguém abrisse a porta à noite ou durante o dia. Em Sucre conhecemos o mercado central, o mercado negro, o parque Bolivar, a Ricoleta (aqui fica o museu indígena e barraquinhas de artesanato e roupas bolivianas). Indicamos conhecer o museu do Sombrero, há opções boas de chapéu, os preços são razoáveis. Eu e minha irmã compramos, cada um, um sombrero que custou na faixa de 110 bolivianos. Do lado do museu do sombrero fica a fábrica. Outro lugar para visitar é o cemitério, minha irmã que fez questão de conhecer. Em Sucre há bons cafés próximos da Plaza 25 de Mayo, há também o chocolate de Sucre, comemos um chocolate recheado de coca, bem gostoso. De Sucre voltamos para Santa Cruz de La Sierra por avião. O aeroporto fica distante da cidade de Sucre, pagamos ao taxista pela corrida 60 bolivianos. No retorno à Santa Cruz não visitamos nada de desconhecido, fomos na plaza 14 de Septiembre e ficamos por ali. Compramos mais alguns artesanatos ali próximo da praça, tivemos que converter mais reais em bolivianos. Minha irmã conseguiu converter cada real por 2,06 bolivianos, já quando fui converter os meus reais me deram 2,05 bolivianos por cada real, disseram que havia abaixado o preço naquela tarde. Fomos de Santa Cruz para Puerto Quijarro de ônibus (70 bolivianos cada passagem). Daí pra frente foi passar pela fronteira e chegar em casa. A única coisa que tem para contar de mais interessante é que em Campo Grande, enquanto esperamos o avião, fomos conhecer o parque da cidade (Parque das Nações Indígenas), do lado há o Museu de Cultura com nome da Universidade local, Dom Bosco (este museu estava fechado) e o Shopping Campo Grande. De mais, pegamos o voo em Campo Grande, eu voltei para Brasília e minha irmã para Palmas.
×
×
  • Criar Novo...