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  1. Olá pessoal! Já frequento aqui faz um tempo, mas só agora decidi postar um relato sobre minha viagem. Fui pra Itália a trabalho no início do mês passado. Não pude ir à Itália, passar por tantos palcos de momentos históricos, e não me envolver com a história brasileira em solo italiano! Entrei em contato com o Mário Pereira (mariopereira.italia@gmail.com), ele é o encarregado de cuidar do monumento, ele foi desde o início muito simpático e atencioso, e foi no passeio não só o meu, como de um casal de Curitiba, e uma equipe de TV do Paraná que estava gravando um documentário (quem quiser pode ver os episódios no site: http://video.globo.com/videos/rpctv-meuparana/v/meu-parana-a-feb-na-italia-parte-1/1582956/ ), documentário que eu participei, e acho que vou aparecer no último episódio, que vai ao ar esse sábado, no programa Meu Paraná, da Globo de lá. O trabalho que hoje o Mário o faz, e seu pai, pracinha fez até o fim da vida, não é apenas de cuidar do monumento, mas sim de manter viva e espalhar as façanhas que a FEB fez. O Monumento: Encontrei o e-mail do Mario Pereira em um site que não me recordo, e comecei a conversar com ele sobre ir ao monumento, econversa vai conversa vem, perguntei se o Monte Castello ficava muito distante, e como faria para ir lá de ônibus, ele me respondeu dizendo que não tinha como ir para lá de ônibus, mas que tinha uma equipe de TV do Paraná lá, e que possivelmente eles iriam para o Monte Castello, e que eu poderia acompanha-los.. Bom, para mim foi excelente, já que o que para mim era uma possibilidade quase nula, se transformou numa possibilidade quase certa! E iria ver um local em que a FEB lutou! O Mario se ofereceu para ir me buscar na estação de trem de Pìstoia, já que o monumento fica numa área afastada da cidade... Terminei de acertar os detalhes de minha ida para lá já na Itália, e fiquei no aguardo. Saí de Bolonha bem cedo na segunda, por volta das 6h00, para pegar um trem até Prato, trocar de trem e chegar em Pistoia às oito e pouco, conforme meu 'plano'. Eu nunca tinha visto o Mário, na verdade só uma foto no site que achei o e-mail, mas nem lembrava mais. Então foi muito estranho, porque para mim todas as pessoas eram potencialmente ele! Parecia que naquele dia todo mundo decidiu se comportar como se estivesse procurando alguém, e eu não sabia como abordar ninguém.. não ia falar 'Oi, você é o Mário?' pra todo mundo, parecia filme quando o cara tem que encontrar alguém que não conhece ou tudo explode. hahah Eu estava com meu mochilão, que tinha uma bandeira do Brasil, então ficava mexendo nele pra dar destaque... hahaa Mas quando ele apareceu, começou a procurar mais que as outras pessoas, então o reconheci, hahah. Fomos até o Monumento, passando pelas ruas de Pistoia, inclusive a muralha, que está muito bem conservada. O Monumento, onde ficava o cemitério antigamente, é incrível. Os restos mortais foram levados ao Rio, mas as lápides permanecem lá. As árvores, todas muito antigas, para transmitir serenidade, as montanhas ao fundo, o barulho das rãs e dos pássaros, transmitem uma paz incrível. Em frente e ao lado do Monumento, ficam campos de oliveiras. Lá no monumento encontraríamos a equipe de TV e um casal de Curitiba, que encontrou a equipe em Pisa, e decidiu ir para lá na segunda. Nesse dia seria a primeira vez que a equipe iria até lá por conta própria com o trailler deles, e como sabem, as ruas e o trânsito na Itália são caóticos, moral da história: eles se perderam e demoraram um tempão para chegar, na verdade estava saindo com o Mário de novo para resgatarmos o pessoal de TV e buscar os outro visitantes na estação, quando trombamos com eles. Foi excelente encontrar todo aquele pessoal, todos são pessoas incríveis! Voltamos ao Monumento, gravamos alguma cenas, e partimos para o Monte Castello. Monte Castello: Por todo o caminho do que na época da guerra foi uma via muito importante, o Mário ia contando histórias e alguns fatos que aconteceram lá, o casal insistiu, e com muito custo conseguiu pagar a gasolina do Mário, e muito custo mesmo! O primeiro lugar em que paramos, foi numa posição do alto de um morro, de onde se podia ver todo vale, e a cidade de Pistoia, onde ficava o QG avançado da FEB, da pra ver como a cidade ficava vulnerável lá embaixo. Andamos mais um pouco, e paramos no local onde Frei Orlando morreu, por um acidente.. Andamos mais um pouco, passamos pelo belíssimo 'paese' de Bombiana, inclusive lembro de ver um hotelzinho por lá, e de pensar que se houver uma próxima vez, gostaria muito de me hospedar ou almoçar por ali... Mais um pouco e chegamos ao Monte Castello. Lá há outro monumento muito interessante: O arco voltado para baixo simboliza os soldados que lutaram e aqui ficaram na terra, o arco voltado para cima, representa os soldados que tombaram, e subiram ao céu. A Sombra dos arcos, forma, sempre, uma cruz no chão onde tantos morreram. Ao fundo fica o Monte Castello. Essa é a vista de Bombiana a partir do Monumento. É meio maluco pensar que um lugar tão bonito assim, um dia foi um palco cheio de neve, sangue e angústias... O Mário conhece cada palmo daquelas terras, cada pessoa que teve contato com a FEB. Ele mostrou por exemplo, de onde ficava a última trincheira aliada, ao lado da casa de um partigiano, que foi quem cedeu as terras para o monumento, e como foi inconcebível tentar tomar as posições alemãs com um ataque frontal... Tudo aquilo pra mim já tinha sido fantástico! Não contava que depois ainda visitaríamos outros lugares! Saímos do monumento ao pé do Monte Castello, e nos despedimos do pessoal da RPCTV, já que o motorhome deles não conseguiria acompanhar nossa próxima empreitada: subir no Monte Castello. Como estávamos de carro, contornamos o monte, e subimos um pouco, já estávamos cercados de árvores, a maioria, árvores muito novas e finas, o Mário disse que na época da guerra, as árvores foram utilizadas para construções e também destruidas para revelar o inimigo, e que as poucas árvores mais velhas (com os troncos grandes, quase sem folhas.. pareciam aquelas árvores que andam, os ents, do Senhor dos Anéis) provavelmente foram testemunhas dos combates. Então começamos a caminhar pelo monte Castello, até que chegamos em um antigo bunker alemão. Já estava relativamente destruído e coberto de musgos.. todo de pedra, era de lá que os tedescos (como os pracinhas se referiam ao inimigo) se abrigavam. Havia uma trilha mais ou menos bem definida, e fomos seguindo-a. Não dava para ver o Vale da Morte, mas dava pra imaginar a visão que eles tinham.. Passamos pelo local onde os 'Dezessete da Abetaia' foram mortos, os 17 estavam em uma patrulha de reconhecimento noturna, e possivelvente por imprudência, se aproximaram demais das linhas inimigas, e quando falo demais, é coisa de cinco ou sete metros, num relevo muito inclinado.. ao serem descobertos, foram todos mortos. Mário disse que vira e mexe encontram estilhaços, granadas e munição pelo chão, que simplesmente aparecem depois de chuvas, então falei que deveria ser legal ter um detector de metais.. sempre vi em filmes, e morro de vontade de usar.. E o pior, que o Mario disse que tinha um, mas que havia deixado em sua 'trincheira' (o escritório dele no monumento..) mas que não se importaria de me deixar usar.. hahah Gostaria de subir até o topo e se possível avistar o monte Belvedere.. Mas começou a chover, e tivemos que ir.. Montese: A estrada para Montese era estreita, os sobrados davam direto nela e as vistas eram fantásticas: típica estrada do interior italiano.. Passamos por uma ponte, que na época da guerra foi destruída, e do vale do lado, ainda dava para ver uma trilha (mantida viva até hoje por outros carros) que faziam a travessia num trecho mais raso do riacho.. Chegando em Montese, ao longe, já é possível avistar o castelo da cidade.. Paramos na praça principal da cidade, onde uma fonte, toda cravejada de balas permanecia da maneira como estava no fim do conflito, para que nunca se esqueçam do que aconteceu ali. Montese foi tomada, casa por casa, no estilo 'Stalingrado', pelos brasileiros. Depois subimos até o castelo, que é bem pequeno, comparado a outros, mas está muito conservado, e como turismo lá é raro, ele parece intocado, ele fica aberto, sem ninguém a vigia-lo nem nada. Para subir na torre e ver o pequeno museu que tem lá, tem que falar antes com o a mulher que tinha o telefone fixado na porta. Durante a guerra a torre foi usada como um ponto de observação. Como meus companheiros de viagem eram do Paraná, queriam muito ver onde o sargento Max Wolf fora morto. E lá fomos nós! Não posso deixar de falar de como é importante que em todos os locais onde ocorreram eventos significativos tinham placas metálicas ou algum tipo de marco para que nunca se esqueçam do que ocorreu ali.. Inclusive em locais que serviram de hospital ou qualquer outra utilidade, lá dentro possuem uma placa informando isso. E onde o sargento Wolf foi atingido também tinha uma placa, não no local exato, porque ficava um pouco mais distante da estrada, mas estava lá. Do local, lá ao fundo, conseguíamos ver a rocca (castelo) de Montese. Eu, Mário e Mary Célia. Pistoia: Tomamos rumo à Pistoia, na estrada, tivemos que parar para o trem passar num ponto, e conseguimos desfrutar de uma vista belíssima da região. Pistoia é uma cidade bonita e pouco explorada (exceto por orientais, que lotavam a praça), a Praça do Duomo deixa muitas outras cidades 'no chinelo', com a Catedral, o Batistérios e alguns Palácios: Pistoia já teve seu momento de glória na Itália, e os frutos disso podem ser vistos hoje. A muralha ainda é muito extensa e bem preservada. Vale uma visita! Infelizmente não tive tempo de conhecer a cidade inteira.. Mas pelos lugares que vi pelo carro pude fazer uma avaliação da cidade. Aproveitei que minha mochila estava no carro, coloquei-a nas costas, me despedi de meus novos amigos, e tomei rumo à estação para prosseguir para Florença. Bom, meu relato foi esse. Espero que tenha conseguido despertar a curiosidade e vontade de fazer algo parecido em vocês, acho que não podemos deixar essa história virar apenas uma nota nos livros de história. Filmes e documentários que estão ou foram feitos, vem ai para ajudar. Torço para que em breve, todo brasileiro que vá a Florença, tome ao menos um período do seu dia, se dirija uns 30km à noroeste e conheça o monumento. Bom, estou aí para ajudar quem precisar em tudo o que for possível. E sim, escrevo muito mesmo, espero que não tenha ficado cansativo (na verdade estava demais, aí dei uma enxugada.. espero que pra melhor') Abraço a todos!
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