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  1. Vou relatar aos amigos duas experiências terríveis que vivi no exterior: perder o passaporte. Quando isso acontece, você se sente impotente e tudo desmorona. Não existe mais ânimo para nada e tudo que você pensa é em seu passaporte e oque deverá fazer para continuar a viagem ou voltar para casa. Na primeira ocorrência eu estava apenas começando meu tour pela Europa, onde visitaria 5 países, porém, logo no segundo o triste fato: me dei conta que meu passaporte havia desaparecido. Era ainda ‘recruta’ em viagens e por descuido eu deixei momentaneamente o passaporte no bolso traseiro da calça: um erro banal que facilitou a ação dos ‘bate carteiras’, também chamados de ‘pickpockets’, que agiam em Las Ramblas, uma avenida muito famosa de Barcelona (Espanha), que por sinal é grande centro de compras e também com altos índices de furtos a turistas. A subtração do meu querido documento aconteceu na manhã de sábado e eu tinha voo para Paris ao meio dia de segunda-feira. Entrei em desespero e praticamente perdi toda empolgação da viagem. Como eu estava acompanhado de mais dois amigos, não era justo estragar a viagem deles, por isso eu me separei e enquanto eles faziam visitação aos pontos turísticos eu procurava o passaporte em departamentos de polícia e pontos de achados e perdidos. Chegue a ir ao Consulado, onde fui muito mal atendido. O atendente disse que eu precisava fazer o agendamento do atendimento pela internet e que eu teria que fazer o boletim de ocorrência e esperar quase uma semana para ser atendido: um absurdo. Liguei para a operadora de seguro, que me orientou a fazer o boletim de ocorrência, cancelar o passaporte e solicitar o seguro disponível, no valor de 3 mil euros. Mas nesse caso, todos os outros trechos (aéreo e ferroviário) já pagos seriam perdidos e eu teria que fazer um único voo de volta para o Brasil. Ou seja, como eu estava praticamente no início da viagem, seria o fim de meus planos de conhecer a Europa. Tomei uma decisão difícil, que foi de NÃO CANCELAR o passaporte e aguardar até a segunda-feira, para ver se o encontrava. No hotel, meus amigos conferiam fotos dos pontos turísticos visitados e à noite curtiam baladas no estilo ‘Pub Crawl’ ou maratona de bares, que é uma rota criada para os turistas conhecerem os melhores pubs e bares da cidade. Também conhecido como “Tour de Bares”, o Pub Crawl é muito popular na Europa e oferece a oportunidade de você conhecer várias boates em uma única noite. E enquanto eles se divertiam eu permanecia hibernado no hotel, onde me contorcia de preocupação. Chegou a segunda-feira e eu acabei me separando de vez dos meus parceiros de viagem. Precisei deixar o hotel e também perdi o voo para Paris. Passei a vagar pela cidade, carregando duas mochilas, sendo uma já bem carregada com alguns litros de vinho do Porto, adquiridos no primeiro país visitado. Já no início da tarde, voltei ao posto policial de Las Ramblas, onde já tinha até uma certa familiaridade devido minhas insistentes visitas. Diferente das outras vezes, um policial me orientou a seguir até uma praça (Pça S. Paulo nº 10), onde existe uma central de ‘achados e perdidos’. Ao chegar no estabelecimento fui muito bem atendido por uma senhora de óculos, que usava um vestido azul, já de idade bem avançada. Perguntei se eles haviam encontrado meu passaporte e ela fez uma rápida checagem em seu sistema e, na sequência, entrou em uma sala. Ao retornar disse uma frase que jamais me esquecerei: “Ah sí. Hay un pasaporte a su nombre”. E lá estava ele. Amassado, surrado, parecia que um trator havia passado várias vezes sobre ele. O dinheiro e um cartão de crédito que estavam no interior não foram localizados. Óbvio que os ladrões não seriam bonzinhos a esse ponto. Aquele foi o momento mais feliz de toda viagem e imortalizei o momento em duas fotos, que mostram bem o estado crítico que meu passaporte foi encontrado (fotos abaixo). Como eu já havia perdido o voo para Paris, fui até a estação ferroviária e comprei uma viagem de trem até Paris, um trecho que foi sumariamente interrompido na cidade de Cèrbere. Já era noite quando policiais armados invadiram o trem e mandaram todo mundo descer. A fronteira local acabava de ser fechada. Eu começava a achar que não era mesmo para eu continuar a viagem. Mas esse foi outro drama que eu conto em outra oportunidade. Enfim, fui forçado a descer do trem e junto de outros viajantes de diversas nacionalidades pegamos um taxi, que nos levou por uma estrada de terra até chegar em outra estação férrea. Embarquei em outro trem e cheguei em Paris por volta das 8 ou 9 da manhã. Tomei um cappuccino e fui até o hotel, em Pigalle, um bairro super boêmio, bem em frente do Moulin Rouge, exatamente o hotel que eu havia reservado com meus amigos, que já estavam visitando a cidade. Dei umas voltas pela região e logo depois do almoço acabei os reencontrando. Foi uma grande alegria e, juntos, continuamos a viagem. O segundo caso de perda (ou furto) de passaporte aconteceu em New Jersey, nos Estados Unidos. Eu fazia compras no shopping de mesmo nome da cidade e em certo momento dei conta que meu passaporte, que no ano anterior havia sido recuperado na Espanha, tinha desaparecido novamente. O terror voltava a tomar conta de outra viagem, sumariamente interrompida por puro descuido e falta de responsabilidade com único documento que garante o livre acesso do viajante no exterior e também seu retorno para casa. Mais uma vez tudo desmoronava, principalmente porque meu retorno para o Brasil deveria acontecer em 3 dias. Procurei o ‘achados e perdidos’ e a negativa me trouxe ainda mais desespero. Retornei para o hotel e aguardei até o dia seguinte, quando fui novamente ao shopping. E nada do meu passaporte. Sem outra opção, fui até o Consulado Brasileiro e, diferente do atendimento recebido em Barcelona, fui tratado com total atenção e prioridade. Preenchi o formulário DS-64 e me pediram um documento de identificação autenticado; que me foi enviado do Brasil por email. Precisei pagar uma taxa em forma de cheque administrativo. Também pediram uma foto com fundo branco e tamanho 2x2 polegadas (5x5cm), e do Boletim de Ocorrência de perda. De posse destes documentos solicitei um passaporte de emergência (que tem validade de apenas 1 ano). No dia seguinte à solicitação meu passaporte já estava pronto e pude voltar ao Brasil. Vale acrescentar que, se o viajante não conseguir emitir o passaporte há tempo, também existe a possibilidade de solicitar uma ARB (autorização de retorno ao Brasil) em vez de passaporte. A ARB é um documento mais simples, que poderá ser utilizado apenas uma vez, para uma viagem de retorno ao Brasil. Estas tristes experiências aconteceram quando eu era um ‘bisonho aprendiz’ de viajante. Avoado, não tinha cuidado com o documento mais importante do viajante e bem por conta disso sofri as consequências e paguei o alto preço deste descuido. E depois destas tristes fatos, aprendi a carregar uma doleira sempre colada ao corpo e meu passaporte nunca mais saiu de dentro dela. Hoje estou em meu sexto passaporte, mas tenho muita saudade daquele azulzinho que sobreviveu ao furto de Barcelona, votou surrado ao Brasil, mas que não teve a mesma sorte nos Estados Unidos. Depois de alguns anos e quase 100 países visitados, nunca mais perdi o meu querido e amado passaporte. Aprendi com meu erro!!! Fica a dica!
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