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  1. Olá pessoal, Dando continuidade a atualização de alguns relatos, vou contar um pouquinho de uma viagem que fizemos até Carrancas, no Sul de Minas, no feriado de Tiradentes. Nessa viagem minha filha mais velha estava com 1 ano e 2 meses e fomos também acompanhados dos meus pais. Hospedagem: Chalé da Tica, via Airbnb. 620 reais para 3 diárias. Muito charmosinho e arrumado, só a água do chuveiro que não esquentava legal. Obs1: as atrações são divididas em “complexos”, porque com uma entrada visita-se várias piscinas naturais e cachoeiras. Geralmente dá para visitar 2 complexos por dia. Obs2: todas as atrações visitadas encontram-se um pouco afastadas do centrinho da cidade, mas em estradas de terra muito tranquilas de percorrer, mesmo em carro comum. Obs3: Carrancas tem otimos preços, média de 5-10 reais a entrada nos complexos de cachoeiras. A exceção fica pela pelo Parque Serra do Moleque, que custa 25 reais a entrada (porém é o que possui melhor infraestrutura). Dia 1: Chegada + Cachoeira da fumaca Saimos de BH cedo, é uma viagem de cerca de 5 horas considerando uma parada de 20 minutos para esticar as pernas. A chegada em Carrancas já é uma atração a parte, a medida que vamos nos aproximando da serra sabemos que iríamos conhecer um lugar especial. Fomos direto nos instalarmos no chalezinho e procurar um lugar para almoçar. Achamos um barzinho que tinha comida self-service por 10 reais por pessoa, bem saborosa. Após o almoço fomos até a Cachoeira da fumaça, que apesar de muito linda é proibido o mergulho. Ficamos lá curtindo a natureza diante de nós. À noite pedimos pizza. Dia 2: Complexo da Ponte + Complexo da Toca Após o café da manhã partimos para o primeiro complexo de Carrancas, o complexo da ponte: ao longo da trilha já se apresenta diversas pequenas poços que são deliciosos para experimentar as aguas extremamente geladas, mas no final você atinge a estrela do lugar, que á Cachoeira do Salomão, que é deliciosa, é fácil de sentar em baixa de sua queda e curtir uma hidromassagem natural. Após o almoço partimos para o complexo da Toca, que também possui vários poços, quedas dagua e o escorregador da Toca que é legalzinho (mas o da Zilda é muito mais, rs), mas a cereja do bolo sem dúvida era o poco do coração e do coraçãozinho, extremamente disputados, rs. A trilha também é belíssima, com bela flores arroxeadas que minha esposa adorou. Dia 3: Complexo da Zilda + Parque Serra do Moleque O complexo da Zilda fica um pouco mais afastado do centrinho de Carrancas (cerca de 12km), mesmo assim em menos de 30 minutos já estávamos lá. É cheio de atrações, inclusive para os mais aventureiros tem o racha da Zilda, que pelo que eu li é difícil de ser acessado, pois em determinado momento precisa atravessar o rio contra a correnteza. Para os meros mortais as melhores atrações são Cachoeira do Indio, as pinturas rupestres e a cereja do bolo: o escorregador da Zilda. É um tobogã absolutamente natural, delicioso de escorrega e cair um poco de agua no final. Ficamos uma manhã inteira somente subindo e descendo por ele. Depois fomos ao Parque Serra do Moleque, que é na mesma região e onde encontra-se a cachoeira mais gostosa de carrancas, na minha opinião: a Cachoeira da Zilda. Você deixa o carro no estacionamento e desce de jardineira até a entrada da trilha, onde tem banheiro e restaurantes. A trilha até a cachoeira é leve e totalmente sinalizada e acessível, com escadas e pontes. Um poco enorme com uma prainha te espera ao final. Ficamos o restante da tarde ali só curtindo essa maravilha. VID-20190421-WA0019.mp4 VID-20190421-WA0019.mp4 Dia 4: Complexo da Vargem Grande + Retorno para casa Nesse dias meus pais já estava um pouco cansados então fomos só eu, minha esposa e minha filha. Esse complexo na minha opinião é o mais lindo. É onde encontra-se a famosa Cachoeira da Esmeralda, ao final da trilha. Mas no caminho até lá já aparecem várias piscinas naturais belas e deliciosas para mergulho. Se chegar na cachoeira por volta de meio dia, a incidência da luz solar faz a agua ficar verde transparente, muito bonita. Almocamos num restaurante de comida caseira, que na verdade é na casa de uma senhora mesmo. Demos uma volta no centrinho da cidade, uma rapida passada na sua igreja principal que é bem bonita e voltamos para Belo Horizonte descansados e satisfeitos. Considerações finais: destino delicioso, de bom custo-beneficio e com ótimos atrativos naturais. Ao contrario de capitólio, que a cada dia que passa fica mais e mais elitizado, Carrancas preserva um ar mais rústico e bom para o bolso. A infraestrutura que ainda é um pouco limitada, fomos num feriado, a cidade estava lotada, poucas opções de bares, lanchonetes e restaurantes, todos lotados, com fila de espera. E também poucas opções de pousadas. Creio que melhorará com o tempo.
  2. No dia 14 de Junho de 2019 foi inaugurado o Caminho de Nhá Chica, inspirado no Caminho de Santiago de Compostela e no Caminho da Fé, a rota se inicia na cidade de Inconfidentes/MG e vai até o Santuário de Nhá Chica em Baependi/MG, são cerca de 260 km cruzando as belíssimas paisagens montanhosas da Serra da Mantiqueira, é todo sinalizado com setas e placas, para mais informações há um grupo no Face com o nome "Caminho de Nhá Chica" ou visite o site: www.caminhodenhachica.com 1° Dia: Inconfidentes/Borda da Mata (21 km). Eu percorri em Setembro de 2019, o 1° trecho, entre Inconfidentes e Borda da Mata, é o mesmo do Caminho da Fé, após Borda os caminhos se separam, o da Fé vai pra Tocos do Moji e o de Nhá Chica vai para Congonhal... 2° Dia: Borda da Mata/Congonhal (25 km). Trecho muito bonito após uma fazenda com um haras, muito pitoresco, na metade do trecho há uma torneira ao lado da Igrejinha no bairro das Almas, o topo da Serra das Almas e Cachoeira das Almas são os destaques desse trecho... 3° Dia: Congonhal/Espírito Santo do Dourado (26km). Trecho magnífico, logo de cara tem que superar a Serra de São Domingos, ainda na Serra, no km 07 tem fonte de água potável e mais uns 7 km depois tem o Santuário da Obediência, com estrutura de água e lanchonete, a paisagem é linda, com lindas araucárias e várias plantações de brócolis e morango, um dos trechos mais bonitos do caminho... 4° Dia: Espírito Santo do Dourado/Silvianópolis (20 km). Trecho muito bonito e ermo até a rodovia MG-179, chegando nessa rodovia, a uns 100 mts tem uma barraca de frutas e doces mineiros onde adquiri bananas e doces, os últimos 3 quilômetros são em asfalto até Silvianópolis... 5° Dia: Silvianópolis/Careaçu (20 km). Trecho plano e tranquilo perto dos anteriores, na saída de Silvianópolis há um belo lago chamado Lago dos Bandeirantes, próximo a Careaçu o caminho coincide com o Caminho de Aparecida até a cidade, paramos no bar da ponte para beber alguma coisa e seguimos para a belíssima Pousada Castelo... 6° Dia: Careaçu/Heliodora (24km). Saindo de Careaçu por baixo da Fernão Dias, chegasse na Comunidade Rainha do Brasil, ali o monge Bernardo ofereceu café e batemos um papo, deixando o local passa-se por umas 3 porteiras e uma pequena trilha até pegar a estrada de terra novamente, a partir dali caminha-se por lugares muito ermos e bonitos até o km 16, ali há um comércio para abastecer e depois seguir pelos 8km finais pelo asfalto visualizando lindas montanhas... 7° Dia: Heliodora/Natércia/Conceição das Pedras (24km). Entre Heliodora e Natércia há uma grande inclinação a ser vencida, ou seja; vai ter que subir muito e descer tudo até Natércia, lá de cima tem uma bela vista de ambas cidades, em Natércia me abasteci com víveres e segui rumo a Conceição das Pedras em meio a belíssimas paisagens, o destaque nesse trecho é a bela Cachoeira da Usina, eu aconselho a ficar em Natércia pois a pousada lá é muito boa e serve janta e a de Conceição das Pedras fica atrás de posto de gasolina, sem janta... 8° Dia: C. das Pedras/Cristina (36km). Mais um dia com uma serra a ser vencida, talvez a maior inclinação do trecho, porém esse trecho é o mais belo do caminho, passa por mata nativa, pelo bairro Sertãozinho e Vargem Alegre onde há muitas plantações de banana e café, em Vargem Alegre (km18) há uma pousada, seguindo adiante, o caminho até Cristina revela-se magnífico com suas belas paisagens, Cristina é uma cidade turística e charmosa, a mais bela do caminho... 9° Dia: Cristina/Carmo de Minas Carmo de Minas (20km)/ Soledade de Minas (16km). Pretendia fazer os 36km mas entre Cristina e Carmo de Minas é por uma rodovia movimentada e sem acostamento, portanto peguei uma carona até Carmo e de lá iniciei os 16 km até Soledade, o trecho é por terra e plano, não tem a beleza dos trechos anteriores mas é bonito, ali já estamos caminhando pela famosa Estrada Real, Soledade de Minas é uma cidade bem pequena, há um trem turístico que vem de São Lourenço até lá... 10° Dia: Soledade de Minas/Caxambu/Baependi (30km). Pra sair de Soledade é necessário subir uns 4 km de asfalto (trecho movimentado) até a estrada de terra que leva a Caxambu, alguns km depois encontra a Estrada Real e segue até a cidade por trechos tranquilos, com matas preservadas, consegui ver alguns saguizinhos nas árvores, ao chegar em Caxambu segue pela rua de cima da rodoviária rumo a Baependi, terra de Nhá Chica, devido a proximidade das cidades, os 7 km finais não tem muita beleza, com alguns lixos no meio da estrada mas ali o importa é chegar ao Santuário de Nhá Chica e agradecer pela jornada perfeita, conhecer o local, comprar lembranças, carimbar e pegar o certificado, foi o que fiz depois segui para um hotel p/ descansar e voltar pra casa no dia seguinte... POUSADAS QUE PERNOITEI: Preços em 2019... Santa Varanda: Inconfidentes: $50 Tem janta 👍 Nossa Senhora de Fátima: Borda da Mata: $60 Tem janta 👍 Hotel Silva: Congonhal: $50🙁 sem janta (é melhor ficar no JS). Pousada do Adão: Espírito Santo do Dourado: $50🙁sem janta (Na verdade é ponto apoio onde vc pousa, não tem outra opção por enqto). Hotel Luciana: Silvianópolis: $50👍 Tem janta no comércio embaixo do hotel. Pousada Castelo: Careaçu: $50👍 Tem janta na praça da Matriz. Hotel Vilarejo: Heliodora: $50😒 (Única opção na cidade, tem o suficiente, conseguimos janta mas não sei se é sempre que consegue). Natércia: Pousada do Juliano: $?👍Tem janta, eu não fiquei lá mas vi que é bonita. Conceição das Pedras: Pousada da Dona Fininha ☹️ $50 sem janta, fica atrás de um posto de gas. Bairro rural Vargem Alegre: Zé Toco $?( Por ser casa de família, provavelmente serve janta, eu não fiquei lá). Cristina: Pousada Casarão: 👍🤑$100 (belíssima pousada mas é cara e não oferece janta, é melhor ficar na Pousada Real, do Célio, $50 + janta). Carmo de Minas: Hotel São Lucas:👍$? (Não fiquei mas vi que o hotel é muito bom). Soledade: Solar das Montanhas: 👍$60(boa mas não serve janta). Caxambu: Hotel São Francisco 👍$80 não oferece janta. Baependi: Pousada Instituto Nhá Chica: 👍$? (não fiquei, não sei se serve janta, a pousada é bonita). Se quiserem um relato bem detalhado visite o site abaixo: http://www.oswaldobuzzo.com.br/Home/caminho-de-nha-chica
  3. Após trabalhar no feriado de carnaval, assim que chegou quinta-feira estava eu partindo rumo a uma bela caminhada pelo Sul de Minas, na Serra da Mantiqueira, no total foram nove dias de pura diversão, tranquilidade e paz rural. Fiz meu planejamento ao meu modo, mas no decorrer do périplo eu soube que alguns trechos fazem parte do Caminho dos Anjos, e eu estava o fazendo ao contrario. Bom, como eu já havia visitado e me encantado por Aiuruoca, decidi começar por lá novamente e conhecer a Cachoeira do Batuque. Segue um relato! 27/02/2020 - 06/03/2020 - Roteiro: Dia 1: Ônibus de São Thomé das Letras até Aiuruoca. Caminhada do centro de Aiuruoca até a Cachoeira do Batuque. Pernoite no Abrigo do Batuque R$40,00 (Distância 6km) Dia 2: Abrigo Batuque em Aiuruoca até o centro de Alagoa. Pernoite na Pousada Pica-Pau R$50,00 – (Caminhada de 25km) Dia 3: Cachoeira Zé Pena + Corredeira de Itaoca até a Pousada Casarão R$90,00 com café e refeição (Caminhada de 20km) Dia 4: Pico do Santo Agostinho ou Pico do Garrafão – altitude 2380 metros (Caminhada de 20km) Pernoite Pousada Casarão R$90,00 Dia 5: Cachoeira do Facão e Cachoeira do Veloso – (Caminhada 7km) – Pernoite Pousada Casarão R$90,00 Dia 6: Cachoeira Ingá e Camping do Formigão Amarelo – Pernoite R$20,00 – (Distância 19km) Dia 7: Cachoeira do Escorrega (Caminhada 19km) – Pernoite Chalé Formigão Amarelo R$20,00 Dia 8: Descanso no Formigão Amarelo – diária R$20,00 Dia 9: Ônibus para Itamonte centro (R$6,00) Dia1 Mapa Aiuruoca até Batuque: https://goo.gl/maps/TFtxScMJkXp2hHoC8 Atrasado pra pegar o ônibus das 07h30, saí praticamente correndo em direção ao ponto e cheguei no exato momento em que o ônibus passava, só deu tempo de tirar a mochila das costas e subir os degraus. Não deu 30 minutos e uma vontade horrível tomou conta de mim, com aquele sacolejo todo, de repente, eu queria era urinar, foi aí que tive que me concentrar até chegar a Cruzília, quase uma hora de puro desespero. Também me vem um latão sem banheiro e eu estava sem jeito de pedir pra parar na estrada, até esperei alguma deixa, mas depois de sobradinho ninguém mais desceu ou subiu. Umas 08h50 pensei em descer de vez e ir andando até Cruzília, mas sabia que ia melar a viagem já desde o inicio, pois a previsão em Cruzília era de chegar 09h10 e as 09h20 já saia um ônibus para Aiuruoca pela viação Sandra. Contudo, aguentei e a minha chegada em Aiuruoca transcorreu perfeitamente. Logo quando desembarquei, me pus a almoçar no mesmo self service de outrora, o Restaurante Central. Além de comida boa é com preço justo. R$16,00. Vale a pena! Com isso, foi só seguir caminhada até a Cachoeira do Batuque, essa cachoeira eu não havia visitado das duas vezes em que estive em Aiuruoca e nesta ocasião eu fui direto e somente pra ela, no que diz respeito a minha passagem em Aiuruoca. Vou contar pra vocês que a previsão do tempo não estava nada boa para se fazer caminhadas, os dias estavam chuvosos e não costumo dizer que é um dia ruim, até porque chuva é sempre bem vinda, uma dádiva, uma benção. Por isso eu disse que só não era apropriado para as andanças, mas “era o que tinha pra hoje” e assim se fez. O jeito foi proteger o que não podia molhar e bora walking and singing in the rain... Segui sentido Vale do Matutu, ou seja, pela rua à esquerda da Igreja Matriz até encontrar a estrada de chão batido e após 5km, virei à direita, no local tem placas indicando o Vale do Matutu e as pousadas, mais alguns metros adiante e tomei à direita novamente pra chegar até o Abrigo Batuque. Fui bem recepcionado e mesmo na chuva eu parti pra Cachoeira do Batuque, distante uns 30 minutos do abrigo. De cara, após passar uma porteira, começa uma subida num morro, daí se encontra uma via mais demarcada e com 10 minutos se encontra a placa indicando o início da trilha mais fechada até as quedas. Foram mais 15 minutos de caminho autoguiado até se chegar na imensa, surpreendente e bela Cachoeira do Batuque! Devido à chuva não fiquei mais que 30 minutos por ali, e voltei pro abrigo. Bom, já devo adiantar que é mais que indicado se hospedar no Abrigo Batuque. Cachoeira do Batuque - fev/2020 Legenda1: acesso ao Abrigo Batuque ------- Legenda2: subir o morro ida cachu Legenda1: virar à esquerda -------- Legenda2: inicio da trilha, esquerda Dia 2 Mapa Batuque até Alagoa: https://goo.gl/maps/2SLAZXdBBcTpb2S28 Acordei cedinho, com tempo nublado e uma garoa fina, aquele aspecto do dia que não dá vontade de nada fazer. No entanto, eu tinha o anseio de caminhar, de pegar estrada, parecia um remédio que tinha que tomar na hora exata, mas sem hora marcada. Bom, eu ainda estava com uma “carga” pronta pra ser despejada a cada passo dado. O dia prometia o trajeto mais longo do meu planejamento, seriam pelo menos 25km do Batuque até o centro de Alagoa. Assim, ainda com o sorriso na boca comecei a pernada. Voltei, como se tivesse indo pro centro de Aiuruoca, às 06h25, mas logo tomei uma curva acentuada para a direita. As placas indicavam as distâncias até cada bairro/povoado. Neste momento nem reparei muito e nem tirei uma foto, depois de 5 minutos eu pensei comigo que deveria ter tirado uma foto só pra ter uma referência a mais. Em todo esse trajeto eu tive o Rio Aiuruoca como testemunha, ele sabe que com uns 14km eu tive que abandonar de vez a ideia de andar com tênis e usei um chinelo. Liberdade para meus pés, pois o calçado anterior estava apertado, após certo tempo de uso (meses) e não laceou, uma pena. E com o tênis molhado agravou mais a situação, ainda acho que demorei bastante pra trocar. Passaram-se poucos carros por mim, a estrada em muitos trechos estava em condições difíceis de percorrer com carro. Bom, foi chuva por vários dias, e nesta ocasião não tinha sido diferente. Mesmo assim a paisagem se fazia bonita em certos trechos, no Povoado Tamanduá eu parei no mercadinho pra abastecer de alimentos, fiz meu lanche e depois segui novamente. Já tinha se passado das 9h. O meu ritmo era de boa, até porque os trechos de lama não permitiam uma velocidade maior. Nesse momento eu ainda tentava evitar me “sujar” muito. Ao chegar no Bairro Nogueira, fiz mais uma parada. Na verdade eu não estava cansado e não se tem tantas subidas nem descidas íngremes e logo me acostumei com a chuva no corpo. Após atravessar o bairro de Campina, que se mostrou um lugar bem bonito, diga-se de passagem, eu pausei de novo. Sempre parando num abrigo ou ponto de ônibus e dessa vez do lado de uma placa que indicava 5km pra chegar em Alagoa. Opa, quase lá! 12h10 eu já estava numa subida, uma lotação escolar subindo também encalhou bem na minha frente, a motorista abandonou por ali e continuou a pé até seu destino, o qual eu não sabia, mas o carro estava vazio, não tinha estudantes. A ideia de tirar o chinelo nas lamas mais profundas foi ganhando força até que uma hora já tava descalço direto mesmo, porém sempre prestando atenção por onde pisava. Passei o bairro Ouro Fala e ao chegar no centro, depois das 13h, procurei a Pousada Pica Pau, ao tocar a campainha uma senhora me atendeu, me apresentei e assim fechei a pernoite. Corri pra um banho, pois eu estava todo enlameado e andava assim na cidade e todos me olhavam, estranho rs. Após uma boa ducha, fui almoçar de fato no restaurante ao lado da pousada, chama-se Restaurante Pica Pau. Agora, imagina uma comida saborosa... muito bom mesmo e era self service por R$15,00. Pra esse dia só descanso... Dia 3 Mapa Alagoa até Zé pena: https://goo.gl/maps/SMueaH63SD1Tm1nH9 Mapa Zé Pena até Itaoca: https://goo.gl/maps/cSD1eh2ZtxPKpT2CA Mapa Itaoca até Casarão: https://goo.gl/maps/4uBVk6PySQD5BfHQ9 Mais um dia nublado, mas despertei empolgado ainda, além da expectativa de chegar a Pousada Casarão, eu teria duas cachoeiras para visitar, a do Zé Pena e a Corredeira Itaoca. Com isso, daria em torno de 20km de caminhada. Voltei mais pro centrinho até dobrar na rua Jose F. Ribeiro, já em estrada de chão, (barro e lama rs), prossegui mais uma andança. Nesse dia eu já comecei a andar descalço logo de cara, já não ia ficar me preocupando muito. Até a Cachoeira do Zé Pena seriam 5,7km e uma bifurcação à esquerda. Na estrada eu passava por muitos pastos e o silêncio imperava, só os pássaros cantavam. Ainda sem muitas subidas nem descidas. Eita Rio Aiuruoca que baita companhia, com 3km veio a bifurcação e tomei o caminho da esquerda, tem até uma placa e no fundo se avista mais um povoado. Assim, com mais 2km eu estava próximo da cachoeira. O acesso fica atrás de uma casa, tem uma ruazinha de acesso, nesse dia estava bem lamaceira mesmo. Ainda bem que tinha uns trabalhadores e pude perguntar o caminho. Já digo que o acesso até a cachoeira tava bem dificultoso, a grama do pasto alta, muita lama e pouca sinalização, mas quando avistei a placa “welcome”, atravessei o curso d’água e na outra margem consegui chegar na queda. Como a correnteza tava bem forte devido as chuvas, só contemplei, comi meu lanche em pé mesmo, fotos e voltei. Legenda1: atravessar o leito do rio -------------------------- Legenda2: Cachoeira Zé Pena O mesmo caminho, mas agora eu ia virar a primeira esquerda pra seguir até a Corredeira Itaoca e passar bem pelo povoado mesmo. Lugar muito simpático, não parei pra prosear mas acenava cumprimentando. Cada vez mais lama e cada vez mais rural. A chuva vinha intermitente. Os passos eram lentos e olhos atentos! Depois de 5km na mesma estrada, virei à esquerda pra já estar na rua da corredeira Itaoca, a corredeira é bem visível! Legenda1: Panorama Corredeira Itaoca ----------------------- Legenda2: Araucárias no caminho Faltavam mais uns 8km até a pousada casarão, mas ainda uma parte hard me aguardava, uma subida de 1km pra chegar até a estrada principal que liga Alagoa até Itamonte (LMG-881), muita cautela para atravessar, um pouco de dificuldade pois parecia que não andava, pisei num grampo e sorte que não furou profundo a sola do pé. Ali pensei, O que eu tô fazendo aqui? Haha. As vezes bate esse pensamento, mas é bom, imagina se fosse tudo flores? Ao vencer esse trecho que considerei difícil, saí na estrada e de cara um mercadinho, fiz umas compras e mais uns 6km até pousada, só que agora com asfalto e chuva também! Têm placas indicativas pra se chegar na pousada Casarão, e de lei que lá cheguei bem sujo, mesmo assim fui muito bem recepcionado pelo Joãozinho e sua família. Ali eu iria permanecer por 3 dias super agradáveis onde deu o tom da magia e tranquilidade dessa viagem. Após batermos um papo, fui me ajeitar, pois mais tarde já tinha janta! Na pousada Casarão eles fazem com que os hospedes se sintam em casa. Vale muito a pena passar por lá, seja qual tipo de viagem for a sua, o lugar tem uma ótima estrutura e chalés família, casal, etc. Bom, confira nas redes e verás. Dia 4 Mapa pico google: https://goo.gl/maps/YUXWA61rnJwAMX8G8 Após um sono muito confortável, acordei com uma sensação ótima pra se iniciar o dia. Eu havia marcado o café da manhã as 07h com a dona Ana, e assim pude me fortalecer pra subir o Pico do Santo Agostinho ou Pico do Garrafão, que tem no seu cume 2380 metros de altitude. O céu permanecia nublado, mas não se tinha mais chuvas. O café da manhã é muito bem servido e contem, é claro, o famoso queijo parmesão artesanal de Alagoa, no dia anterior o Joãozinho havia me mostrado parte da produção e me encantei, uma pena que dessa vez eu não ia comprar pois ia pesar demais na minha mochila, senão ia trazer umas peças comigo. A jornada do dia seria o ponto alto da minha caminhada, alto em todos os sentidos. Muito eu esperava por esse momento e assim me pus a caminhar rumo ao Parque Estadual Serra do Papagaio. Após passar alguns sítios e chegar numa igreja, logo tomei à direita e a subida já se mostrou acentuada e constante. E era isso mesmo, já dizia o ditado quem tá na chuva é pra se molhar. No meu caso só fui presenciar chuva na volta da trilha. Foram quase 7km até a porteira que marca o inicio da trilha, ou seja, dali não se passa mais carro. Eu estava acompanhando um mapa wikiloc e em certo ponto me confundi um pouco depois de adentrar a porteira, mas a dica é: a trilha sobe sentido oposto ao de uma casa bonita e é subindo o morro beirando uma cerca. Legenda1: à direita e inicio aclive --------------------- Legenda2: à esquerda pro pico Legenda1: pico santo agostinho encoberto --------------------------- Legenda2: primeiro morro vencido Após vencer esse morro e com algumas paradas para recompor o fôlego, cheguei na placa indicando “Vale do Garrafão”, um pouco mais de subida até se estabilizar, foi um trecho de quase 3km, a trilha super tranquila de se guiar. Eu sempre atento aos passos pra não pisar em nada que não deveria. O visual estava neblinado o tempo todo, só por um momento que pude visualizar à minha direita o Pico do Papagaio, mas ainda foi pouco perante todo potencial de visual que aquela região tem. Logo adiante, e quase chegando na parte final da trilha, consigo visualizar o Pico do Santo Agostinho, mas rapidamente a neblina o cobriu novamente. Nesse último trecho a trilha se faz por uma mata fechada pra depois abrir nos campos de altitude. Eis que após 3h30min de caminhada, cheguei no grande topo do Pico do Santo Agostinho (ou Pico do Garrafão). Lá no alto andarilhei, vi todas as possibilidades de visual (neblina) e também as possibilidades de acampamento, realmente é muito bacana o espaço pra acampar lá no topo. Legal de lembrar sempre de manter uma preservação e seguir uma boa conduta em meio a natureza. A única coisa que me incomodava era o meu tênis! Complicado mesmo, e fazia tempo que não passava por isso. Se não fosse tal incomodo minha volta seria bem mais tranquila, no entanto tive que fazer diversas paradas e andar todo torto rs. Contudo, com 3h de trilha eu estava de volta na Pousada Casarão, de lei aquele merecido descanso! Legenda1- inicio vale do garrafão 2,7k ----------------------------------- Legenda2- visu do Pico Papagaio Pico Santo Agostinho ou Pico do Garrafão Dia 5 Mapa Cachoeira do Facão: https://goo.gl/maps/cpZ7gTBPjtbSGWXX8 Já é Março, nesse dia acordei um pouquinho mais tarde, no planejamento inicial eu havia deixado pra ir até as principais cachoeiras do bairro quilombo, mas resolvi alterar e fazer um pouco mais light, afinal de contas eu fiquei bem satisfeito com o rolê até então. Por isso o novo plano era ir até a Cachoeira do Facão e depois a Cachoeira do Veloso, passei também pela Cachoeira Boa Vista, que fica bem no acesso ao Bairro do Engenho, porém a trilha se mostrou bem fechada, eu tava light rs. Andei uns 7km ao todo. Conforme os dias iam se passando o tempo ia abrindo de pouco em pouco, A Cachoeira do Facão que era chamada de Cachoeira da Usina antes, fica a 3km da Pousada Casarão e é só pegar a estrada sentido Alagoa e virar no Bairro Companhia. Ao descer a rua, tem uma placa indicando a trilha no meio do pasto. Trilha demarcada e depois vem um trecho íngreme, tem até umas cordas de apoio em momentos mais críticos, mas no geral é uma trilha curta e tranquila. Legenda 1 - entrada trilha cachoeira facão ----- Legenda 2 - entrada trilha cachoeira facão Legenda 1 - Cachoeira do Facão por cima ----------------- Legenda 2 - cachoeira facão por baixo Queda bonita, Cachoeira do Facão A outra cachoeira era a do Veloso, pra ir eu tive que voltar a pousada e seguir por mais uns 500 metros e pronto, à direita tem uma trilhinha e então segui pelo leito do rio pra se chegar na queda mais acima, parece ser meio fechado, mas é tranquilo. E do lado da pousada! Legenda 1: trilha saindo da estrada -------------- Legenda 2: Uma Queda, Cachoeira Veloso Dia 6 Mapa Casarão até Formigão: https://goo.gl/maps/kPbxhpotyVD4RfBy8 Minha última manhã na Pousada Casarão, mais um café da manhã farto e ainda pude fazer um lanche para a caminhada do dia. O destino era o Camping Formigão Amarelo em Itamonte e dar uma passada antes na Cachoeira Ingá, no bairro Quilombo. Bom, a queda eu só vi de panorama mesmo. Segui a estrada e agora com fone de ouvido eu entrei numa brisa muito dez, pus minha playlist pra funcionar e assim fiz uma caminhada agradável por demais. Veja bem, Minas Gerais ajuda também, muitas montanhas ao redor, o clima rural ameno, respirando aquele ar puro por dias já. Eis um cara mais uma vez transformado pela caminhada, eu mesmo. Com 1 hora e 30 minutos de caminhada, uma rapaz me ofereceu uma carona. Aceitei e assim pude bater um bom papo até chegar ao camping formigão amarelo, foi mais uns 10km de estrada, que ora era asfaltada ora de terra ainda. Quando começou a descida de serra eu fiquei atento e ao passar o Mercadinho do Bairro Cachoeira, veio o portão do camping, pedi pra descer e já me despedi, poxa adiantou um bom lado! Bati palmas e ninguém me atendia, o portão tava aberto e então adentrei pra ver se a recepção era mais pra baixo. O camping apesar de bem estruturado estava com ar de que não tinha ninguém ali por um tempo, voltei pro portão e lá tem um chalé bem do lado, vi que tinha umas roupas e resolvi chamar novamente. Daí então apareceu uma senhora e disse que estava hospedada lá e que os proprietários estavam viajando. De prontidão ela disse que ia pegar o número do whats app deles e me passou também a senha do wifi. Logo entrei em contato, e demonstrei interesse de pousar no chalé de baixo, que era rústico de madeira. A diária era de R$20,00. Só fui checar se estava aberto e sim, estava. Confirmado e então era só eu entregar o dinheiro no centro de Itamonte, pois lá eles têm uma funcionária numa lan house. Chamei a senhora novamente, mas acho que ela não me ouviu, então resolvi descer. Só deixei as coisas, relaxei um pouco e com um tempo de sobra, fui ver como era o acesso a Cachoeira da Conquista, e não estava muito a fim de fazer trilhas longas, pois estava de chinelo, não queria usar aquele tênis mais nunca rs. Quando fui sair o portão estava trancado, ou seja, a senhora saiu e nem percebeu que eu estava por lá. Arrumei um jeito de sair e segui rumo ao bairro da conquista. Descendo à direita do camping, logo virei à esquerda e segui numa boa em mais um povoado rural. Muita tranquilidade por sinal, muitos pastos e aos poucos a vista da Serra da Mantiqueira ficava mais linda. Nessa tarde o tempo já estava ensolarado. Andei por uns 40 minutos e logo percebi que não tinha nada de sinalização da Cachoeira da Conquista. Enfim, conforme o mapa que eu tava mostrava de fato o começo de um leito do rio, mas de acordo com algumas informações que colhi teria mais uns 40 minutos de trilhas. É, realmente não dava naquele momento. Uma pena! Andei mais um pouquinho subindo mais só pra ver se não tinha alguma placa mais acima e do nada me deparo com uma moça na beira da estrada, sentada e ouvia um som. Era a mesma senhora que me atendeu no camping, que coincidência. Ela estava rezando ali e logo voltei pra não atrapalhar! Assim, foi essa breve caminhada pelo bairro. Passei no mercadinho do bairro Cachoeirinha e fiz um rango/ lanche para aquela tarde! Na paz. Nesse dia eu devo ter andando uns 10km. Dia 7 Mapa Formigão até Cachoeira Escorrega: https://goo.gl/maps/FqbvfZNNWn9mDKnJ9 Mais uma manhã que eu acordo extremamente bem, e realmente apesar da boa disposição eu fiz mais uma mudança no roteiro, a intenção era ir para a grande Cachoeira da Fragaria, porém de ida e volta daria uns 40km e mesmo que conseguisse alguma carona ainda ficaria muito para caminhar. Então resolvi ir para a Cachoeira do Escorrega, distante menos de 10km do camping e assim peguei estrada, bem de manhã. Sentido Itamonte eu segui por uns 5,5 km, até que avistei a placa Usina dos Bragas, então tomei à direita rumo ao Bairro do Morro Grande. Mais 600 metros fiz uma curva à direita de novo e então em 2km eu estava próximo da Cachoeira do Escorrega, já perto da cachoeira tem uma placa indicativa. Se for de carro cobra-se estacionamento, coisa de R$5,00. Com uma água bem gelada, que não tive coragem de testar o tobogã natural, o lugar guarda sua beleza. São varias quedas para poder refrescar num dia de calor, ali parece que costuma lotar nos finais de semana. Bati umas fotos, comi meu lanche e fiquei numa boa ali! Paz maior não existe, o sol já era bem presente no dia. A caminhada foi sensacional! Vale muito a pena. Caminhada do dia: ida e volta uns 20km. Legenda 1 - indo pra Cachu Escorrega, direita ------------ Legenda 2 - Usina dos Braga Legenda 1 - esquerda, poucos metros ---------------------- Legenda 2 - primeira corredeira Cachoeira do Escorrega - Itamonte - MG Dia 8 e Dia 9 Tirei o dia pra descansar já que o camping era propicio para isso. Recomendo o Camping Formigão Amarelo, eles contam com algumas atividades como tirolesa no próprio local, tem uma cozinha comunitária, churrasqueira, banheiros com chuveiros quentes e preço bom! Esta a 13km do centro de Itamonte. Na minha estadia, pude refletir na pura tranquilidade, por ora comecei a relembrar a leitura de Walden ao visualizar o chalé de madeira, só que em meio aos eucaliptos o bosque. No centro de Itamonte eu ia embarcar no ônibus para São Lourenço e depois, para Três Corações (passou por Cachoeira do Carmo, Jesuania, Lambari, Cambuquira). E, por fim, embarquei num ônibus para São Thomé das Letras. Tomei ciência de um ônibus que ia até o centro de Itamonte, horário único, as 07h, a um custo de R$6,00. Esse ônibus sai de Alagoa as 06h e volta às 15h. Fica aí a dica. (o preço de Alagoa até Itamonte eu não sei). É bom até pra mim, pois quem sabe logo poderá ter outros passeios por essa região que tanto me agrada! Faltou com certeza a Cachoeira da Fragária, mas ainda darei um jeito de visita-la e emendando com outro pico. Assim é Pé de Natureza! Até a próxima!
  4. Olá! Deixo um breve relato sobre minha visita à Aiuruoca, sul de Minas Gerais, parte da Serra da Mantiqueira, e que se divide em dois momentos distintos, primeiro visitei o Vale do Matutu e em outra ocasião fui ao Vale dos Garcias, segue o texto. (Janeiro de 2020) Vale do Matutu, Camping O Panorâmico – Aiuruoca - MG. Ah Minas Gerais, esse mundo travestido em estado brasileiro. Aiuruoca resguarda tranquilidade, magia e paisagem deslumbrante nesse lado sul de minas. O destino foi o Vale do Matutu em Aiuruoca e assim acampei no Panorâmico, foram quatro dias de pura paz. Foto: Cachoeira do Fundo - Vale Matutu Após algumas pesquisas feitas sob um efeito da empolgação, pois cada vez que mais lia sobre a cidade mais eu me encantava e mais eu queria visita-la. Há de se falar que as recomendações que escutei também foram cruciais para que eu escolhesse esse pedaço do paraíso que se denomina Aiuruoca. Assim parti de São Thomé das Letras utilizando de transporte coletivo e fiz também uma bela caminhada até este destino. Esse ônibus partiu da rodoviária de São Thomé as 07h30 da manhã, trajeto diário até Caxambu sendo que até a cidade Cruzília a estrada é de terra. Depois se passa por Baependi até chegar a Caxambu. Fiquei em Cruzília mesmo, paguei R$12,50 (Jan/20). Desembarquei as 09h15 e as 09h20 já chegou o próximo ônibus sentido Aiuruoca, essa linha é a viação Sandra que opera e paguei R$17,05 (Jan/20). Em Aiuruoca não se tem uma rodoviária propriamente dita, as passagens são compradas na Lotérica Cibele ou com o motorista mesmo, depende da linha e horário. Ao desembarcar já segui direto pro Vale do Matutu, o plano era chegar ao Camping O Panorâmico, mas antes passar pela Cachoeira Deus Me Livre, que fica no meio do trajeto de quase 11 km entre o centro e o Panorâmico. Assim ajeitei a cargueira nas costas e partiu. Ao pegar a rua à esquerda da igreja matriz, segui diretão até encontrar a estrada de terra. O dia estava bem ensolarado e a paisagem muito bonita, algo pra se ajudar numa caminhada sob o sol. Em seguida, rapidamente um carro parou e, por incrível que pareça, me pediu desculpas rs. Na hora eu estranhei, mas logo um senhor acompanhado de uma moça no volante, me disse que não poderia oferecer carona porque o banco de trás estava lotado de compras. Esse ato realmente me surpreendeu, foi de uma gentileza enorme e que eu nem esperava, poxa eu nem havia acenado. Comentei com as pessoas depois que gostaria de atingir tal nível de gentileza, fica aí uma lição das várias que temos numa viagem. Adiante, consegui uma carona até a Cachoeira Deus Me Livre, que fica um pouco depois do Pocinho, um moço me deixou na porteira que se inicia a trilha (uma subida bem íngreme), agradeci a ajuda espontânea do colega e assim segui pelo pasto de uma propriedade. Logo a trilha se fecha em meio a mata e então veio um córrego pra se atravessar, pós travessia desse rio, a trilha seguiu sobre um tronco de árvore esticado no chão apontando para a esquerda. Então com mais 20 minutos cheguei numa bela queda, com um poço bom para banho. Apesar da mata ser mais fechada o sol batia ali reluzindo todo aquele ambiente. Que cena linda! Ainda consegue-se avistar outras quedas mais acima, meio que escondidas, mas que possuem trilha até lá. Eu não fui devido a cargueira, me joguei foi pra um banho na primeira queda mesmo! Quando voltei pra estrada de terra, continuei a subida de onde havia parado, a presença do sol marcada fortemente até que um ponto de água apareceu junto a uma santa moldada numa curva à direita da subida. Ali refresquei de leve para já logo avistar a estalagem mirante, uma pousada. Um minuto depois consegui outra carona e agora sim fui direto pro camping, um casal muito gente boa me deixou na cara do gol. Camping O Panorâmico Enquanto o Odilon fazia uma breve manutenção em seu carro, eu relatava sobre minha trajetória, assim batemos um papo rápido e fui montar minha barraca. Passei a tarde numa boa, só descansando, pois o dia seguinte prometia e o rolê seria a subida ao Pico do Papagaio (bate-volta). À noite o pessoal que estava acampado se reuniu pra fazer uma janta coletiva, eu nem pude participar devido o meu sono, capotei que nem vi mais nada até o amanhecer do dia, as 05h30. O Panorâmico tem um ambiente agradabilíssimo, cozinha coletiva, um restaurante, um vasto espaço para acampar com diversos pontos de energia e luz. A tranquilidade impera com simplicidade e hospitalidade. Vale muito a pena. Indico demais esse camping pra quem deseja ir ao Matutu. (Site: http://www.opanoramico.com.br/) Legenda: Cachoeira Deus me Livre - Legenda: Um dia lindo de sol Legenda: Chegando na queda - Legenda: Porteira de Inicio da trilha Vou pular de dia, vou pro terceiro de minha estadia em Aiuruoca, pois escrevei sobre o pico do papagaio num texto isolado, mais abaixo. *** O plano foi então ir até a Cachoeira do Fundo, no entanto, eu queria passar pela Cachoeira dos Macacos (3 km do camping), pelo Casarão do Vale do Matutu (acredito que uns 6 km do camping), e então começar a minha trilha. Ao chegar no casarão aproveitei que o Café da Roça estava aberto e comi uns lanches, assim fiquei mais preparado pra prosseguir a caminhada. Eu tinha um relato em mãos pra chegar até a cachoeira do fundo além de uma cópia do mapa da trilha, me ajudou bastante e vou deixar o link no final do texto. Em todo o trajeto identifiquei, em geral, duas bifurcações, todas sinalizadas. A primeira devemos seguir à direita (placa Patrimônio), pois a esquerda chega ao restaurante da Dona Iraci. Por questões de preservação, carro não passa nesse trecho a não ser dos moradores. A outra bifurcação aparece com mais uns 25 minutos de caminhada e tem uma placa mais discreta indicando o caminho à esquerda, do lado direito tem uma casa logo após ter passado um riacho. Agora então é só seguir a trilha, vem uma subida e mais um pouco se chega à Cachoeira do Meio, o barulho em meio a mata fechada aumenta bastante devido o volume de água, é quase impossível passar pela cachu sem percebê-la. Uma escapada rápida à direita e já está na queda. Contudo, para continuar até a do fundo, volta-se para a principal e logo terá uma vista panorâmica da Cachoeira do Fundo que é bem alta. A partir de então não tem erro, é preciso apenas tomar muito cuidado caso queira chegar bem próximo das quedas, a subida é íngreme e de certa forma exige atenção e cautela. Como eu estava sozinho fiquei apreensivo algumas vezes, mas correu tudo ok. Ao chegar lá no meio da queda, pude avistar a trilha que eu havia caminhado e percebi que a chuva já estava caindo por lá. Sendo assim, nem pude fazer muito tempo de contemplação e me pus a voltar. Foi dito e feito, fiz a maioria da volta sob uma chuva bem refrescante e fiquei contente de ter feito a volta na hora certa, pois o trecho mais difícil já havia passado quando me trombei com a chuva. Eu ia até almoçar na Dona Iraci, porém eu estava muito sujo pra entrar no estabelecimento e resolvi passar no mercadinho que fica próximo do casarão pra comprar as coisas pra cozinhar no camping. Enfim, voltei bem de boa com os pingos de chuva me acompanhando bem de leve. Pensa num descanso que tive no camping, apesar da jornada ter sido prazerosa foi bem cansativa. Não seria pra menos, o paraíso deve ser aproveitado de todas as formas seja em atividades ou na calmaria! Pé de Natureza! Mais informações aqui: https://7cantosdomundo.com.br/cachoeira-do-fundo-em-aiuruoca-mg/ Dicas gerais para prática de trilhas na natureza! https://pedenatureza.blogspot.com/2019/01/dicas-gerais-para-pratica-de-trilhas-na.html Legenda: Cachoeira dos Macacos - Legenda: primeira parada do dia Legenda: Entrada do Matutu - Legenda: Seguir à direita aqui (Tia Iraci) Legenda: Agora à esquerda - Legenda: parada na Cachoeira do Meio Legenda: panorama na trilha - Legenda: primeira parte da subida Legenda: Subindo mais e mais - Legenda: Subi até aqui só Pico do Papagaio via o Panorâmico – Aiuruoca - MG Janeiro de 2020 Quais máscaras usamos na vida? Quantas são essas máscaras que cobrem nossas faces, moldam nossas posturas e modificam nossas atitudes? Certamente um pouco que introspecção se faz necessário para desvelar tais respostas, mesmo que não se alcance uma exatidão. O procedimento de, em algum momento da vida, buscar se autoconhecer não deveria ser tido como algo individualista e momentâneo, mas como uma forma de vida. Por vezes, o retorno que se tem de si é de uma pessoa fracassada em sua procura de liberdade, pois se está presa nas emoções e sentimentos reprimidos, e que o auto isolamento acaba por afastar o risco de manifestação dessas repressões. Bom, se caso em algum dia passar por esse tipo de reflexão confusa e um tanto superficial, o fato é que visitar, estar ou até mesmo morar em lugares dotados de magia e boas energias é o mínimo que se pode fazer para amenizar os desequilíbrios contidos no ser. Cada vez que subo uma montanha eu me sinto uma pessoa melhor, são lições mínimas que a cada passo se torna algo enorme apesar de imensurável. Vale lembrar que o Pico do Papagaio faz parte do Parque Estadual Serra do Papagaio e pertence à cadeia de montanhas da Serra da Mantiqueira. O parque abrange diversos municípios tais como Baependi, Alagoa, Itamonte, Pouso Alto e o já mencionado Aiuruoca. Existem algumas trilhas e diversos pontos de base para encarar essa jornada, eu escolhi o Camping Panorâmico, Vale do Matutu, de lá foram 7km até o cume, foi uma trilha bem demarcada, sem muitas bifurcações difíceis, só que com um pouco de inclinação acentuada logo de inicio, mas nada de muito técnico. Acompanhado de alguns mapas do wikiloc, que no caso tirei uns prints pelo celular, comecei a subida as 07h30 da manhã. O tempo aparentava instável, apesar de se ter ainda sol e partes de céu azul. Na real, não é aconselhável ir na época que fui, no verão, pois todos os dias estava chovendo na região e tomar chuva em montanha não é uma boa, sobretudo com o risco de incidência de raios. Sendo assim eu decidi ir devido a uma janela de tempo com sol mesmo sabendo que teria que ficar muito atento a mudanças repentinas no ambiente. No dia anterior troquei um breve papo com o Odilon do camping e uma informação importante que me lembrei foi que logo na primeira parte da trilha eu teria que atravessar uma casa, ele disse que os cachorros latiriam bastante, mas que não iriam me morder. Ainda bem que ele avisou porque se eu não tivesse esse alerta talvez eu desistisse de passar ali rs. A trilha continua como se não tivesse a casa e logo depois uma bifurcação mínima, a da esquerda é a trilha mais demarcada, a outra também sobe e parece uma espécie de atalho, porém mais utilizada pelos cavalos da propriedade. Subida firme durante um tempo e logo já se tem as primeiras vistas da paisagem desse pedaço lindo do sul de Minas Gerais. A vegetação avistada é de Mata Atlântica sendo que mais acima terá a transição aos Campos de Altitude conforme a altitude se eleva. Vale lembrar que se tem um desnível até que considerável nesses 7km de trilha, que se aproxima dos 900 metros. Nisso a trilha continuou revezando por mata mais fechada e algumas vezes passando por pastos. Após 1 hora de caminhada passei a ver a pedra de frente e então ia me aproximando de sua base, logo veio uma placa indicando que faltavam 4,80km para o mirante e assim segui à esquerda. A trilha permanece bem demarcada e agradável, e lógico que fui fazendo as paradas necessárias para recompor o fôlego e as energias. Já próximo da base da rocha se tem outra placa avisando que restavam 3,46km. Bora lá! Legenda: - Legenda: Logo veio uma espécie de portal ou mini gruta que aparece na direita, mas o destino é permanecer na trilha. Uma guinada para a esquerda. Bom, ao analisar o mapa dá pra perceber que a trilha faz um contorno na grande rocha, então, ao chegar à base da mesma não perca essa noção. A trilha se afasta um pouco da rocha. E vai chegar o momento de encontro com outras trilhas e cada vez mais vai unificando o caminho rumo ao Mirante do Papagaio. Eu avistei muita jabuticaba caída na trilha, acho que era isso mesmo, não provei rs. Adiante, eu saí num descampado e com uma vista para duas quedas em meio à montanha, cenário muito lindo sempre a alimentar cada vez mais o fôlego do trilheiro. Depois cheguei nas áreas de acampamento e agora já estou em direção à pedra novamente, trilha demarcada ainda e com algumas placas indicando o caminho certo para cada trilha, que foi muito útil para volta, já que se pode entrar em trilha diferente, sempre vale estar atento. Tanto na ida quanto na volta! Legenda: Quedas ao longe - Legenda: área de acampamento Legenda: Outra área de acampamento - Legenda:chegada ao pico Eis que com 2 horas e 45 minutos eu atingi o Pico do Papagaio com seus 2105 metros de altitude com relação ao nível do mar. O visual estava semiaberto na direção de Aiuruoca, no oposto vinha marcada uma chuva e de fato não demorou muito, enquanto eu comia meu lanche, após ter tirado algumas fotos, os pingos vieram até mim. Não teve jeito e então com uns 30 minutos lá no topo eu tive que voltar. Protegi a mochila e tudo o que não podia molhar e iniciei minha volta, ainda com um lanche na boca. Mantive a calma, pois o trecho final tem umas rochas escorregadias, sempre cautela e paciência. Se necessário utilizar as mãos ou descer arrastando mesmo. Bastaram 15 minutos e a chuva cessou, porém preferi continuar a descida numa boa, já que se tinha essa possibilidade do tempo virar de novo. Com isso pude curtir mais ainda a trilha na volta, bem na calma, e cada vez mais satisfeito de estar ali, a adrenalina da subida já não imperava tanto ali na volta e quando o cansaço bateu eu já estava próximo do camping novamente. Desci com 2 horas e 10 minutos e ainda era 13h da tarde! Então ainda tive um bom tempo pra almoçar, tomar uma bela ducha e curtir o Panorâmico da Pedra alcançada no dia! O desejo que fica então é o de poder apreciar o Pôr do Sol ou o próprio nascer do sol após um acampamento, mas aí tem que ser no inverno mesmo. Por ora é só gratidão e que boas vibrações possam modificar minha vida pra melhor, lógico que sem querer ser ganancioso, mas que eu possa tirar proveito dessas lições implícitas no ato de caminhar em meio à natureza! Cachoeira dos Garcias, Aiuruoca - MG 28 - 30/01/2020 Muito embalado pelo som de Durutti Column (Estoril À noite), fui descansar um pouquinho em meio a natureza de Aiuruoca (novamente). Dessa vez o destino foi o Vale dos Garcias. Parti de São Thomé das Letras bem cedo, pois o ônibus diário sai as 07h30 da rodoviária até Caxambu. No caso eu parei em Cruzília porque ali logo em seguida já chegava um ônibus da Viação Sandra com destino a Aiuruoca. Preço: São Thomé x Cruzília (R$12,75), Cruzília x Aiuruoca (R$17,05). Uma boa caminhada me esperava quando desembarquei em Aiuruoca, lá pelas 11:15 da manhã. Assim, já providenciei de almoçar no restaurante bem ao lado onde o busão para. A comida é muito boa e é self service por R$16,00, lá eu também tinha almoçado da outra vez que estive em Aiuruoca. Depois de muito bem alimentado, inclusive tive que repetir o rango, pois a Abobora tava show de bola, dei inicio a pernada. O sol estralava e meio dia (12h00) eu comecei a seguir o caminho correto. Um pouco antes eu havia tentado uma estrada indicada pelo google maps como um trajeto mais curto pra quem tá a pé, no entanto, essa estrada dava em sítios apenas, se tivesse alguma ligação para a estrada do Vale dos Garcias deveria ser por trilha. Decidi voltar! Não perdi nem 20 minutos e eu já estava orientado, agora ao adentrar a estrada do Vale dos Garcias não tem erro e nem perigo de se perder, enfim o trajeto é sinalizado onde existe necessidade e indica também as quilometragens. Pra quem vai de ônibus de Caxambu x Aiuruoca, pode descer antes de chegar no centro, é bom avisar o motorista ou o cobrador que com certeza saberão informar o local de descida. No mais, é melhor ainda estudar bem o mapa de onde se pretende ir. Acredito que por esses tempos eu tenho me achado um andarilho contente, caminhando por belas paisagens e curtindo minha paz. Mas para ir aos Garcias eu sofri um pouco rs. Foi aí que eu vi o cansaço bater de vez, e uma pena não ter tido nenhuma caroninha no trajeto todo. Bom, sei que era meio de semana, plena terça-feira, e eu tava de chinelo e tal, mas mesmo assim valeria uma carona hein. Sei também que não se passava muitos carros. Enfim, ao todo foram mais de 4 horas camelando sob o sol e muita subida de fato e cada vez mais minha cargueirinha ia aumentando seu peso exponencialmente rs. Ao longo dos 3km iniciais, a estrada se manteve em boas condições, digo isso mais pra quem tá de carro. Apesar de que, no geral, é tranquilo subir a serra até os Garcias de carro. Talvez o último quilometro até a chegada do restaurante é que a situação complica mais. Com quase 5km se chega numa base do Parque Estadual Serra do Papagaio, é interessante para pra deixar o nome e fortalecer a visibilidade do parque. Quando eu passei estava fechado, se não estivesse eu faria um a pausa ali. A partir de então já se começa a ter alguns calçamentos em locais estratégicos para subida, e assim vai se revezando durante a subida. Eu fiz umas cinco pausas, caminhei na mais pura calma, pois não adiantava ter pressa, o jeito era procurar esquecer que se estava exausto. Por vezes eu olhava para trás e o visual esplêndido eu pude apreciar, além do Pico do Papagaio e sua serra se tornar imponente à minha esquerda. Quando passei pela pousada canto das bromélias eu voltei a ficar mais de boa com a caminhada, dali faltava uns 3km ou menos. Com a garrafa abastecida de água novamente, continuei mais energizado a parte final. No último km, já em propriedade do restaurante, desci na calmaria até encontrar com a Camila que me atendeu e mostrou como funcionava o camping. Diária com café é R$50,00 e sem café é R$25,00. As duas diárias eu fiquei sem café, pois o restaurante estaria fechado na quarta-feira, dia seguinte da minha chegada. No entanto, não tive problema alguns os funcionários foram muitos solícitos comigo, no sentido que coaduna com o ambiente natural ao qual eles vivem. Só tenho a agradecer e indicar pra quem quer ficar um pouco em paz. O local é muito bem estruturado e procura se encaixar em meio a natureza preservada, ao invés de eu descrever vá conferir os perfis das redes sociais deles. Posso adiantar que se pode almoçar com vista panorâmica da Cachoeira dos Garcias! A Cachoeira dos Garcias Não liguei pro meu aparente esgotamento físico e, após montar a barraca, segui pra Cachoeira dos Garcia. Lá é tudo muito bem sinalizado e tem suporte (corrimão) para descer a trilha. Bom, ali logo de cara têm duas opções, a queda em si ou ir para a prainha. Nesse final de tarde eu fui pra queda. Controlando minha avidez, mas chegou a minha vez e assim se fez o meu visitar a uma belíssima cachoeira, forte, límpida e constante. Por vezes, direta, remediadora e alucinante. 30 metros de queda livre formando um poço incrível o que se denomina Ribeirão do Papagaio. O meu roteiro era basicamente este e o dia seguinte inteiro eu pude contemplar estas belezas da natureza. O camping é lá no alto da montanha, tem um visu super dez, inclusive ao anoitecer eu via diversos relâmpagos ao invés de estrelas, e não deu outra que a chuva veio. De lei que minha barraca molhou e tive que migrar pra um lugar coberto e largar a barraca, bem na madrugada. Mas enfim, são ossos do oficio e no caso eu sempre carrego um plástico pra cobrir a barraca, porém eu peguei o mais curto e não cobriu por inteira. Ainda bem que dormi tranquilo mesmo assim! *** Amanheceu e lá pelas 07h eu voltei pra minha barraca, dormi mais umas 3 horas e depois parti para a prainha. O sol não estava forte e permanecia a maior parte do tempo coberto de nuvens. Mesmo assim me deslumbrei com o que vi na Prainha. Só não entrei na água, nem me deu vontade. Apenas descansei bastante a meditar naquele templo natural de todas as forças maiores. Adiante, fiz uma trilha e saí em outras quedas e corredeiras. Tudo muito em paz! Claro que tive voltar até a majestosa Cachoeira dos Garcias e não foi só uma vez não, após o almoço também. Também tudo ali bem pertinho e eu já tinha caminhado bastante pra chegar até ali, o jeito foi aproveitar e me energizar positivamente. *** Nada como um dia após outro dia, eis que à noite o céu estrelado se concretizou, não pude deixar de deitar na grama com as luzes todas apagadas e curtir o momento. Eu estava relax no nível máster rs. A volta foi feita ainda sob efeito dessa boa energia emana e concentrada também em mim. O visual pra se voltar a cidade é bem mais de tirar o fôlego e ainda mais o dia estava amanhecendo. Que show! A cada passo se descobria mais toda a serra do papagaio, agora à minha direita e por vezes na minha frente. Se eu comecei a pernada um pouco antes da 06h00 da manhã, as 09h00 eu já estava tomando o café da manhã na padaria de Aiuruoca. Ah e têm dois horários de ônibus pra Caxambu, um as 10h00 (Viação São Cruz) e outros as 11h15 (Viação Sandra), R$19,00! Me parece que Aiuruoca não está com um turismo massificado, não sei o que os locais acham, mas acredito que seja bom, apesar de o turismo movimentar a economia, mas nem tudo é dinheiro, é bom manter o equilíbrio em tudo! Pé de natureza, até! Fotos: Legenda: Cachoeira dos Garcias Legenda: vista do camping - Legenda: prainha garcias Legenda: prainha garcias - Legenda: após breve trilha Legenda: um dia assim - Legenda: Continuação garcias Legenda: casa maneira - Legenda: de volta no amanhecer Legenda: Serra do Papagaio - Legenda: bem sinalizado
  5. Rancho Wind Inn e Cachoeiras do Túnel e Itagyba em Delfim Moreira - MG Feriado de 15 novembro, previsão de tempo bom, então bora viajar! Dessa vez o convite veio do meu primo Fepa. O destino seria Delfim Moreira em Minas Gerais, lugar ao qual o Fepa já havia visitado outras vezes e sempre me relatava o quão bom era lá. Lugar de pura paz e boa vibe em meio à roça do sul de minas gerais. Delfim Moreira se situa na Região de Itajubá e fomos de carro seguindo pela via Dutra e um trecho da Carvalho Pinto. Foi uma viagem de um pouco mais de 4 horas de duração saindo de São Paulo, capital. Passamos então por Arujá, Jacareí, Taubaté, Aparecida, Guaratinguetá, Loreta e já perto de Delfim Moreira, fizemos uma pausa pra lanche em Piquete. Lanchonete bem legal e com lanches bons, assim já juntamos meio que um café da manhã e um pré-almoço. Não me recordo o nome da lanchonete agora, mas é bem na entrada da cidade. Logo depois, a subida da serra começou e assim pudemos ir apreciando cada vez mais o visual da serra abaixo. O Rancho Wind Inn se encontra a 2km do centro de Delfim Moreira e ao chegarmos fomos recepcionados pelo Tuia, dono do estabelecimento. O Rancho Wind Inn inspira tranquilidade desde o primeiro contato, é composto por algumas Casinhas da Roça e uma área para Camping. Por vezes, funciona o Bar do Vento, com seu ambiente meio rural e meio alternativo, uma ótima pedida pra curtir e relaxar numa roda de amigos onde se flui boas vibes e bons papos. Tem área para fogueira num ambiente bem arborizado, com flores e uma vista para as montanhas. Mas, para além de tudo, existem dois diferenciais, uma vitrola onde se pode ouvir diversos discos com música boa e variada. Outro diferencial é o atendimento do Tuia, que nos deixa bem à vontade com sua recepção. Paguei no camping R$45,00 (nov/19) onde se teve incluso um café da manhã mega especial com produtos frescos diretamente da roça! Mapa da Entrada pra estrada do Rancho: https://goo.gl/maps/sJYYsiPPjY7nW3Lo9 Página do Rancho: https://www.facebook.com/Rancho-Wind-Inn-1000026003472797/ Foram duas noites que se passaram voando, no entanto, conseguimos nos carregar com um pouco dessa atmosfera rural do sul de minas. No primeiro dia nos pusemos a relaxar no próprio rancho, só saímos mesmo pra dar um rolê pela cidade e almoçar. Um almoço super bom, saboroso e de tempero tipico de minas. (R$15,00) foi onde almoçamos nesses dois dias. Legenda: visual dos arredores - Legenda: corte de cabelo Legenda: vários discos e paz - Legenda: Caminhada na cidade No segundo dia acordamos cedo, a mesa já estava forrada com muitas delicias para o café da manhã. O sol já pairava lindo sobre nossos corpos e por toda extensão de Delfim, daí então foi a pedida para fazermos um rolê pelas cachoeiras mais próximas. O Fepa estava no comando do roteiro, pois ele era o conhecedor da região, e assim ele decidiu visitar primeiro a Cachoeira do Túnel. Distante uns 8km do camping, ao sair da estrada que leva ao rancho, dobramos a direita para acessar uma estrada de terra e numa bifurcação à esquerda seguimos o trecho último até a cachoeira. Nessa bifurcação contem uma placa, é bom manter a atenção. Para melhor orientação segue o link do google maps: https://goo.gl/maps/t9p4CxrWCzF9a8Rj9 Ao chegarmos no ponto certo, exitem duas trilhas a se seguir, é bom fazer as duas, uma de cada vez. Nosso caso fomos no da direita primeiro, que é uma queda maior e não chega a passar pelo túnel, já na segunda queda, no qual pegamos a trilha da esquerda da estrada, lá sim tem que se passar por um túnel, é um trajeto curto, mas que é bom fazê-lo bem de boa. Ambas as quedas são ótimas para banho, volume bem tranquilo das águas e é possível também se refrescar sob a cachoeira de fato. Renovador e massageador natural e de graça. é só preservar para manter, na nossa experiência trombamos uma área bem limpa, e tomara que as pessoas que frequentam mantenham essa premissa. Legenda: Cachoeira do Túnel - Legenda: Lado oposto cachu do túnel Legenda: a pose dos primos - Legenda: após atravessar i túnel Em seguida, partimos para a Cachoeira Itagyba, agora então voltamos sentido o centro da cidade e de lá tomamos o caminho de 1km até a porteira da cachoeira. Nessa trilha logo se aparece diversas placas de propriedade particular (Fazenda Bartira), e assim parte da trilha estava bloqueada, pudemos ver a cachoeira de longe e mesmo assim não íamos nos banhar nela pois possui um volume bem forte de água, todo cuidado é pouco. Ficamos nos perguntando e levantando respostas sobre o que deveria ter acontecido para o bloqueio. No almoço, foi nos informado que algumas pessoas estavam fazendo churrasco na beira da cachoeira e de seu leito, assim tentaram inibir de alguma forma essa prática. Contudo, a queda é bem linda e dá uma dimensão da força da natureza. Mapa: https://goo.gl/maps/GEm5wrTTPBZLeAoz6 Nosso rolê estava feito, agora mais do que nunca aquele ambiente do Rancho Wind Inn nos cairia como uma luva para passar uma tarde e noite de muita paz com os amigos de verdade! Não preciso nem falar que esse tipo de rolê fica marcado de fato por um longo tempo. Essa é minha busca na vida, na medida do possível viver dias agradáveis pode ser fruto de muita reflexão e saber o que se quer para a vida. Por vezes vale parafrasear o ditado popular de alguns mochileiros: viajar não é gasto, é investimento! Obs: Delfim Moreira está próximo de Marmelópolis, tenho um relato de Marmelópolis aqui, além de se ter diversas outras cachus em Delfim (Ninho da Águia, e Fazenda boa Esperança), pode-se também esticar até a cidade do Marmelo. É nóis. Bons ares! Legenda: Entrada para a cachoeira Itagyba - Legenda: Cachoeira Itagyba Legenda: Água com seu leito Forte
  6. Luminárias: Cachoeira do Mandembe + Cachoeira Pedra Furada (ônibus e a pé) (02/02/2020 a 05/02/2020) Localizada no sul de Minas Gerais, Luminárias é um município que faz parte do antigo caminho da estrada real e possui, assim, diversas Cachoeiras cercadas por uma região montanhosa. Apesar de todo o potencial dessa cidade, não aparenta ser tão visitada quanto São Thomé das Letras e Carrancas, que são alguns municípios limítrofes, e que recebem um maior contingente turístico do que Luminárias. Bom, então partindo de São Thomé das Letras, eu fui fazer uma visita a esse lindo e tranquilo lugar. O transporte foi o coletivo mesmo e para ir aos atrativos eu encarei a estrada na caminhada. Numa boa, na paz! Fiquei hospedado na Pousada Vó Vevinha, no centro de Luminárias. Pra almoçar eu fui ao Restaurante Padre Bento, comida boa e é self service! O roteiro foi bem simples: Um dia na Cachoeira do Mandembe e outro dia na Cachoeira da Pedra Furada, lembrando que fiquei com muita dúvida pois queria ir pra região da Cachoeira Serra Grande, mas ficará pra próxima ida! Como Cheguei Embarquei no ônibus da Viação Coutinho saindo de São Thomé das Letras rumo a São Bento Abade, o horário foi o das 13h15, era domingo. Cheguei em São bento as 14h e o próximo ônibus que me levaria pra Luminárias só passava as 18h, a viação é a Trectur. Bom, aproveitei a tarde de domingo nas lanchonetes, bares e na praça de São Bento. Enfim, cheguei em Luminárias as 18h45 e a pousada já é na rua do ponto final da linha. Foi tranquilo! (Legenda: Cachoeira do Mandembe I - Luminárias - MG) Cachoeira do Mandembe Distante menos de 8km do centro de Luminárias, a Cachoeira Mandembe é linda e de fácil acesso, possui pelo menos duas quedas e alguns poços para banho. As quedas não são grandes, mas são bem agradáveis e com água cristalina. Não há necessidade de se fazer trilhas extensas, pois se está bem próxima da estrada e dos dois lados da estrada se tem quedas. Vale a pena demais. Vou dizer como foi minha caminhada até lá! Acordei cedo, tomei café da manhã na pousada e já segui pro destino do dia. Conferi se o celular estava com a bateria devidamente carregada, até porque o mapa da cachoeira estava nele e seria minha referência. No caso fiz umas cópias do mapa do google e de trackloc com uma aproximação bem boa pra não se perder na caminhada. As 08h eu passo pela placa que indica a estrada para Cruzília e Cachoeira Mandembe, na Rua Prefeito Antônio Furtado. Segui direto até chegar na Estrada do Areião, com isso já veio uma ladeira pra subir numa boa e após ter subido o morro me deparei com a primeira bifurcação, tomei à esquerda pois na direita eu iria pra estrada da torre. A partir de então começou uma descida! Nisso já era 08h40min. (Legenda: Rua Prefeito Antônio Furtado - Legenda: tomei à esquerda) Mais 15 minutos e encontrei outra bifurcação e tomei à esquerda novamente! Tinha até uma espécie de barricada na via da direita, acho que muita gente se perdia ali. Mas enfim, segui mais 10 minutos e tomei à esquerda novamente! Passei por umas casinhas que na ida não tinha ninguém ao redor, mas na volta eles me cumprimentaram, com aquele ar bem receptivo. Eu já tinha passado por diversos pastos, o visual das montanhas era lindo e com algumas tonalidades de verde, por vezes eu via as pedreiras trabalhando e deixando suas marcas nas montanhas! Não se passava muitos carros, passaram algumas motos e caminhões carregados de pedras. (Legenda: esquerda novamente - Legenda: outra esquerda) As 09h15, ou seja, 10 minutos depois da última bifurcação, eu continuei à esquerda e a partir de então segui pela estrada de terra sempre na principal até chegar numa ponte, vejam bem, ponte é ponte não é mata burro rs. Na ponte já é a Cachoeira Mandembe, daí é só escolher o lado que quiser visitar primeiro. Eu desci pra direita primeiro, depois subi pra esquerda! (Legenda: seguir direto! - Legenda: tinha uma cobra no meio do caminho) (Legenda: Cachoeira Mandembe, direita da ponte) Curti numa boa paz aquela queda, o sol começava a aparecer naquele poço, pois já se ia passando das 10h00, arrumei uma “cama” natural bem em frente a queda e lá fiquei por um tempo. Depois segui o leito do rio, que estava tão calmo e reluzia o sol numa beleza imensa, assim fui até encontra uma confluência com um rio bem turvo e então eles seguiam junto virando a direita. Voltei, e fui pro outro lado da ponte! (Legenda: placa da entrada - Legenda: parte da esquerda) Foi então que me surpreendi mais ainda, formando um poço enorme e muito cristalino e límpido, não sei como explicar direito, mas ali fiquei bem contente, sensação ótima de estar ali e como era meio de semana, eu era dono do lugar por alguns instantes. Até nadar eu nadei, mas tem uma parte do poço que é bem funda, sempre bom ter cuidado! Em suma, assim foi o meu dia. Voltei pra pousada numa caminhada agradável, totalizando uns 16km no dia. Almocei e fui relaxar escutando o barulho da chuva! MAPA Google (https://goo.gl/maps/mQk1pY49XZ2Le9db7) (Cachoeira Pedra Furada, Panorama das quedas!) Cachoeira da Pedra Furada Chuva fina pela manhã, tempo nublado e um frio de leve. Assim começou o dia 04/02, uma terça-feira. O meu programa era ir até a Pedra Furada e fui. Tomei um café da manhã sem nada de pressa e antes das 08h30 o tempo sinalizou, vá! Conferi o que tinha que levar e nesse dia a caminhada seria de mais 9km até o destino. Dessa vez segui pra Rua João Ferreira Diniz e assim mudou de asfalto para estrada de terra. A ladeira veio novamente como no dia anterior, mesmo sendo outro caminho. Em resumo, a primeira bifurcação apareceu depois de 1 hora de caminhada e fui pra direita! Tem uma placa tímida nessa bifurcação, mas na foto se vê como é. Mais 10 minutos e teve outra bifurcação, dessa vez segui à esquerda, pois direto ia rumo a Fazenda Palestina (tem placa mas já tava apagada). (Legenda: festas tradicionais e natureza - Legenda: chegando estrada de terra) (Legenda: seguir pra direita - Legenda: agora pra esquerda) Menos de 10 minutos e mais uma à esquerda, que na verdade não se sai da principal, nessa bifurcação teve uma placa indicando que a Cachoeira Pedra Furada estaria a 3km dali. Assim segui e voltou uma leve subida de serra. Mais 40 minutos de caminhada e veio outra bifurcação, fui à esquerda e então já estava quase lá. Com mais 20 minutos andando, eu cheguei na Cachoeira. Tem um estabelecimento lá, pois é propriedade particular e cobra-se uma taxa de conservação de R$5,00. Como não tinha ninguém cobrando nesse dia eu desci direto e qualquer coisa na volta eu ia pagar. (Legenda: seguir esquerda, falta 3km - Legenda: à esquerda, já tá chegando) Mais um lugar sensacional, superou a expectativa. Mesmo com o céu nublado a paisagem estava bela. São várias quedas ao longo do complexo Pedra Furada, tem algumas trilhas e vale a pena fazê-las para obter diferentes ângulos de mais um pedaço do paraíso. Novamente eu estava sozinho no local e pude ficar bem em paz. Acho que não preciso nem me alongar nas descrições, mas só por esses dois passeios que fiz deu pra perceber que Luminárias vale muito a pena e mesmo para quem esteja de carro, um fim de semana ainda é pouco. No entanto, se essa for a possibilidade de ir por que não ir? Fica a dica! Quem sabe em breve eu volte pra ir ao Complexo de Cachoeiras Serra Grande e esticar até Carrancas... Pé de Natureza! - De São Thomé até São Bento Abade Horário ida: 13h15, preço R$8,75 - De São Bento até Luminárias Horário ida: 18h00, preço R$10,50 - De Luminárias até São Bento Abade Horário volta: 07h00, preço R$10,50 - De São Bento até São Thomé Horário volta: 07h50, preço R$8,75 Maiores informações de horário é bom ligar para a Viação Coutimnho e a Viação Trectur. - Pousada Vó Vevinha: Diária com café da manhã, R$60,00 - Almoço no Restaurante Padre Bueno: R$17,00 self service - Ótimo pastel na lanchonete de frente a Vó Vevinha. - São bento Abade tem algumas lanchonetes legais também!
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