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  1. Quando decidi viajar para os Lençóis não imaginava que era possível atravessar todo o parque nacional caminhando. Uma porque ele é gigante, com mais de 150 mil hectares de área, outra porque caminhar em meio a dunas não parece uma tarefa lá muito fácil. No início de abril, achei uma boa promoção de passagem aérea – R$ 340 pela Gol, comecei a pesquisar para definir os passeios que gostaria de fazer e aí então me deparei com relatos de viajantes que atravessaram o parque a pé. Como meu estilo não é “consumidora de turismo”, gosto mais de conhecer os lugares tentando fugir dos pontos mais turísticos e vivenciar mais a realidade local, além de curtir e ter alguma experiência em trekkings, pensei: o jeito perfeito de conhecer os lençóis será este, caminhando. Achei importante fazer o relato desta viagem pois as contribuições dos mochileiros sempre me ajudaram muito no planejamento das minhas viagens e gostaria de retribuir a ajuda com informações atuais deste trekking maravilhoso. 13/06/2013 Peguei o vôo por volta das 0h, chegando à São Luis às 3h. Esperei no aeroporto o horário da van que me levaria até Barreirinhas, agendada para as 5h. Essa parte foi bem chata, estava morrendo de sono e fiquei dormindo nos bancos do aeroporto para esperar o horário, mas transporte às 3h somente privado, e aí acho que sairia um pouco caro. Então de São Paulo mesmo já havia feito a reserva das vans que saem em horários regulares, às 5h e às 7h, através da agência São Paulo Ecoturismo. A van chegou às 5h30, e eu já estava um pouco aflita pois tinha efetuado o depósito da reserva da van no dia anterior depois das 19h, pensei que a empresa pudesse não ter visto. Mas depois a funcionária me informou que eles acompanham depósitos e emails mesmo à noite. O trajeto São Luis-Barreirinhas dura cerca de 4h. Paramos às 7h para o café da manhã e chegamos em Barreirinhas às 9h20. Logo fui encontrar o guia Carlos Queimada, com quem eu tinha fechado a travessia. Passamos no mercado para comprar água e snacks, eu já estava levando frutas, castanhas, barrinhas de cereais e sanduíches (queijo provolone, que não estraga fora da geladeira). Em seguida fomos encontrar o carro que nos levou até Canto do Atins, ponto de partida da caminhada. Os carros que fazem este trajeto são em geral caminhonetes Toyota com a caçamba adaptada com bancos. O motorista levava pessoas e mercadorias que ele foi entregando no caminho, encomendas de moradores de Atins e adjacências. Esperamos cerca de 1h até o carro ser carregado com as mercadorias e os passageiros chegarem. O percurso leva umas 2h. Chegamos em Canto do Atins, na pousada da Luzia às 13h. Querendo aproveitar o restante da tarde pra conhecer um pouco do entorno, decidi não almoçar, fomos até a praia e depois uma lagoa próxima. O Carlos brincou que eu era a mulher-camelo, que só come uma vez ao dia, pois eu preferia comer qualquer coisa no horário do almoço para aproveitar mais o tempo nas lagoas, e aí refeições somente à noite. No jantar, comemos o famoso camarão desta pousada, que sem exagero foi um dos melhores que já comi na vida. O banho na pousada é uma ducha fria (como nos outros lugares que fiquei, até porque faz bastante calor no Maranhão, rs) na parte externa. Tomei banho de biquíni, mas valeu a pena porque eu tava querendo uma viagem com maior contato com a natureza, e não me importo com lugares rústicos. Neste primeiro dia já vi um pouco do que conheceria melhor nos próximos dias, lindas dunas e lagoas de água doce, no meio do nada, sem ninguém por perto, o pôr do sol belíssimo. Perto desta beleza, a praia de lá ficou até meio sem graça. Custos do dia Van: R$40 Café da manhã buffet livre: R$10 Toyota: R$20 Pousada da Luzia: diária R$25, camarão à moda da casa R$25, água garrafa pequena R$3 14/06/2013 – 1º dia Com a mochila preparada e o reservatório do camelbak abastecido, acordamos e 3h30 partimos para o primeiro dia de caminhada. Como o primeiro e o terceiro dia do trekking são os mais longos, com cerca de 8 horas de caminhada, o ideal é sair ainda de madrugada para diminuir o tempo de exposição ao sol forte. Lembre-se de levar lanterna, ajuda nesta parte da caminhada. A lua estava crescente, mas imagino que deve ser incrível caminhar em noite de lua cheia. A primeira parte da caminhada foi ao longo da praia, alternei andando descalça e com havaianas. Depois de umas 2 horas adentramos as dunas e paramos às 7h para tomar o café da manhã. Bananas, maça, um bolo de fubá que eu tinha trazido de São Paulo, pão. Alguns minutos para apreciar o nascer do sol. Após o desjejum ao nascer do sol, continuamos a caminhada pelas dunas, passando por lagoas e áreas alagadas, por isso que se caminha boa parte do tempo descalço ou de chinelos. Para minha surpresa, caminhar nas dunas não é tão difícil quanto eu imaginava, pois pensei que a areia era fofa e quente, e que os pés afundariam a cada passo. Pelo contrário, as areias são bem firmes na maior parte do percurso, e as areias bem claras não absorvem o calor do sol forte. E o calor é bem suportável, pelo menos para mim que gosto muito de sol. Fundamental é levar muito protetor solar, boné e óculos de sol, que protege do vento e do reflexo do sol na areia clara. O caminho dispensa muitos comentários, as fotos mostram um pouco da grande beleza natural e paisagens belíssimas que encontramos no caminho. Fizemos 2 paradas nas lagoas, de cerca de 1 hora cada, com direito a banhos e cochilo, rs. O tempo de caminhada neste primeiro dia foi em torno de 9 horas, incluindo o tempo das paradas. Chegamos à Baixa Grande, o primeiro oásis do percurso, na hora do almoço, por volta das 12h30. Baixa Grande é um povoado bem pequeno, com cerca de 8 famílias vivendo em casas dispersas. Ficamos na casa do seu Moacir, tio do Carlos, sua filha Rosa cozinhou para nós e almoçamos logo após chegar: arroz, feijão de corda, macarrão e peixe frito. A traíra, peixe de água doce pescado no rio que passa atrás da casa é bem saborosa. Para beber, guaraná Jesus, um refrigerante que só vende no Maranhão. Não gosto de refri mas este eu tinha que experimentar. Depois do almoço fiquei proseando com Rosa, que é bem conversadeira, e brincando com seu filho Israel, de 2 anos. Seguindo o costume local, fui dormir na rede após o almoço. Dormi até o final da tarde, estava bem cansada da caminhada e meus pés doíam muito. Na verdade, a dificuldade da caminhada em dunas foi outra, pois andar descalça forçou muito meus pés, e quando chegamos no primeiro oásis eles estavam bem cansados e doloridos. Depois da soneca da tarde, fomos para as dunas ver o pôr do sol. Na volta, banho (sem biquíni, rs), jantar, prosa... tudo muito agradável e tranquilo. Dormi um pouco mais tarde que o dia anterior pois não teríamos que sair tão cedo no dia seguinte. A dormida foi em rede, a noite estava bem fresca e choveu durante a madrugada. Custos do dia Casa do Seu Moacir: dormida, almoço, jantar, café da manhã, 2 garrafas grandes de água – total R$72 15/06/2013 – 2º dia Acordei bem descansada às 6h, arrumei a mochila e fomos tomar café da manhã: tapioca com manteiga, ovos mexidos, café com leite. Partimos às 7h para um dia de caminhada que seria à princípio bem tranquilo. A previsão é que o trecho entre os dois oásis Baixa Grande – Queimada dos Britos seja feito em 3 horas. Mas logo no início percebi que seria mais difícil que isso, meus pés doíam mais que o dia anterior e eu andava mancando. Depois de 30 minutos de caminhada, o Carlos sugeriu que eu colocasse o tênis, o que não adiantou à princípio, eu dava 5 passos e parava de dor. Nesse momento bateu um desespero, até o próximo oásis tava relativamente perto, mas comecei a pensar em como seria o dia seguinte, como um longo trecho de caminhada, será que eu conseguiria? E se não conseguisse, o que faria, ia ter que ficar ali até melhorar? O Carlos já havia brincado antes que ia me fazer chorar por conta do cansaço, e naquele momento quase rolou isso mesmo. Decidi continuar, mesmo andando devagar e parando muito. Trocamos de mochilas, o Carlos passou a carregar a minha, que tava bem mais pesada (7kg), e eu a dele, bem mais leve, o que ajudou muito. Depois de algum tempo, como o pé foi aquecendo, a caminhada ficou muito mais tranqüila. Tanto que optei em não parar para banho de lagoa durante o percurso, pois temia que o pé esfriasse e eu voltasse a caminhar mancando. Com isso o humor melhora demais também, deu para aproveitar a vista, tirar muitas fotos, conversar com o guia sobre o modo de vida no meio daquele enorme deserto. Chegamos às 11h em Queimada dos Britos, na casa do Seu Raimundo e Dona Joana, pais de Carlos. A recepção foi muito boa, tanto pela Rosa de Baixa Grande quanto no Seu Raimundo, povo simples e simpático que gosta de conversar. Queimadas dos Britos é um pouco maior que o outro oásis, possui 13 famílias em casa mais próximas, formando um pequeno povoado. Após um café com bolachas e um dedo de prosa com Seu Raimundo, de novo escolhi não almoçar para aproveitar as lagoas da região. Há 15 minutos da casa tinha uma lagoa lindíssima e escolhi passar a tarde nela. De uma duna próximo vi também o pôr do sol, belo como os outros. Na volta, banho, jantar com carne de cabrito, e mais prosa com Seu Raimundo e Dona Joana. Mostraram as fotos que colecionam na parede da casa, contaram as histórias das pessoas nas fotos, em especial a história da gravação do filme Casa de Areia, com Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Seu Jorge e outros bambas. Satisfeito por ter nascido e morar ali, apesar de ter passado um bom tempo em Santo Amaro do Maranhão, Seu Raimundo diz que não quer viver na cidade, porque lá tem muita zoada, muito barulho... quer mesmo o sossego, que é o que encontrei de sobra ali. Custos do dia Casa do Seu Raimundo: dormida, jantar, café da manhã, água de coco, garrafa grande de água – total R$50 16/06/2013 – 3º dia Dia de acordar cedo e caminhar muito, rs. Depois do café da manhã preparado pela Dona Joana, partimos às 4h30. Neste dia, caminhei a maior parte do tempo de tênis, para amenizar o impacto nos pés. A programação era semelhante a do 1º dia, sair cedo, paradas breves para chegar em Santo Amaro do Maranhão na hora do almoço. Mas soube que não havia lagoas próximas à Santo Amaro e eu queria aproveitar ao máximo as lagoas, então pedi pro Carlos para fazermos diferente, ficando mais tempo nas lagoas durante o sol forte e partindo pra Santo Amaro no final da tarde. Ele topou, mesmo me alertando que a caminhada seria mais cansativa desta forma. A primeira parada foi às 7h, para lanche, descanso e apreciar a vista. A segunda às 8h30, ficamos durante 1 hora tomando banho de lagoa, próximo à Lagoa das Emendadas, umas das mais bonitas que vi por lá. A terceira parada foi por volta das 10h, ficamos por mais 1 hora na beira da lagoa. Perguntei pro Carlos se estava longe, e ele me respondia “Tá mais longe que perto”, o que virou uma piada no resto da caminhada, pois eu estava bem cansada neste ponto e perguntei a ele muitas vezes o quanto faltava. Caminhamos por mais 2 horas e eu já estava exausta, pedindo para acharmos uma boa lagoa pra parar, ele disse que logo chegaríamos em uma das melhores lagoas; avistando uma bem rasa perguntei “É aqui? Não. Agora é”. Depois de um banho rápido, caminhamos mais 15 minutos e chegamos na Lagoa das Andorinhas, maravilhosa, a que mais gostei! Foi super cansativo este trecho mas valeu a pena, tirei a roupa rápido e mergulhei, nadei, me refestelei naquela água azul clara e fresca. Eram 13h e nesta parada tive bastante tempo pra ficar na água, tomar sol, dormir, comer... Ficamos mais de 2 horas e depois partimos para chegar em Santo Amaro antes de anoitecer. 15h, hora de continuar a caminhada. Um pouco depois da Lagoa das Andorinhas, passamos pela Lagoa das Gaivotas, que é bastante visitada por turistas hospedados em Santo Amaro. O acesso à carros a este ponto é permitido, avançar mais que isso já é proibido, mas vimos 2 carros circulando irregularmente no parque. Me explicaram que a circulação de carros é proibida dentro do parque, exceto para os nativos que moram e precisam ir até as cidades ou casos com autorização do IBAMA. Mas as agências de turismo burlam e circulam, a despeito da multa ser bem cara, parece que em torno de R$ 5000. Os nativos se indignam mas não denunciam, pois precisam manter uma boa convivência por viverem do turismo. O restante da caminhada durou mais 3 horas, sem paradas, até a pousada em Santo Amaro do Maranhão. Este trecho final foi bastante cansativo também, apesar de já não haver mais sol. Aí não era o pé que doía, era desgaste físico mesmo aliado à sensação de que nunca chegaríamos. Ao entrar no vilarejo, a areia fica fofa e a caminhada mais difícil. Paramos para beber uma água gelada. Cheguei à Hospedaria São José às 18h completamente exausta, no limite do cansaço mesmo, e a recepção da dona Marineide foi muito boa, água de coco, suco, quarto pronto... descansei de pernas pro ar (literalmente) e fui tomar um banho. Alguns minutos de soneca e fomos jantar na pousada Água Doce. Camarões gigantes na chapa, mas sinceramente não tava muito boa a comida, apesar de tamanha fome que sentia. No dia seguinte almoçamos lá, peixe frito e arroz de cuxá, aí sim a comida estava gostosa. Depois do jantar, voltei pra hospedaria e caí na cama, não consegui nem dar uma voltinha na cidade, apesar do irmão de Carlos telefonar convidando para as festas que estavam acontecendo. Custos do dia Pousada Água Doce: camarão na chapa, prato pra 2 pessoas R$ 70, cerveja R$ 6 Hospedaria São José: diária do quarto com ventilador com café da manhã R$ 30, água de coco R$2 17/06/2013 Ótima noite de sono, acordei às 8h30. Café da manhã servido na varanda: café, bolo, frutas, suco natural. Tinha a manhã para aproveitar em Santo Amaro, Carlos tinha agendado o carro de volta a São Luis para às 13h. Passamos na pousada Água Doce para reservar o almoço para às 12h e fomos para a praia do rio Alegre. Passei o resto da manhã entre o banho de rio e o banho de sol na faixa de areia. O rio estava vazio, algumas mulheres lavando roupa, crianças brincando e um grupo de senhores muito simpáticos bebendo cerveja na beira. Depois do almoço, voltei correndo pra hospedaria, tomei banho, arrumei a mala... o carro avisou que iria chegar só 13h30... mas só chegou às 14h, então deu pra dar uma relaxada na rede da varanda. O trajeto Santo Amaro-Sangue levou 2 horas, cheguei às 16h e esperamos até às 17h a van que me levou pra São Luís, onde chegamos às 20h. Pedi ao motorista que me indicasse algum hotel próximo do aeroporto, pois meu vôo sairia às 3h e queria dormir um pouco pois teria que trabalhar no dia seguinte. O hotel era bem ruim, mas há 10 minutos a pé do aeroporto. Como era madrugada, peguei um taxi, achei um roubo R$15 pra andar 5 minutos, mas beleza. Afinal, depois das paisagens estonteantes que conheci nessa viagem, tava tão renovada que nem ligava pros detalhes. Custos do dia Almoço pousada Água Doce: R$ 40 prato pra 2 pessoas. Jardineira Santo Amaro-Sangue: R$20 Van Sangue-São Luís: R$30 Hotel São Luis: R$50 Taxi aeroporto: R$15 Além dos custos que relacionei acima, teve também as diárias do guia. Regra geral, todos os guias cobram o valor de R$150 pela diária. Como eu fiz o trekking sozinha, chorei um desconto e Carlos topou negociar, R$400 o pacote. E o Carlos Queimada eu super recomendo, gente fina, atencioso, cuidou de tudo que era necessário, além de experiente, nasceu no meio dos lençóis e conhece tudo e todos por lá. Taí o contato dele: Carlos Henrique Malheiros Gárcia Como últimas dicas, queria falar do peso da mochila. Eu super me esforcei para levar o mínimo de coisas possíveis, mas como não sabia se faria frio à noite, acabei levando um casaco, e mais uma muda de roupa que não usei. Numa caminhada na areia, com sol forte, mais que em qualquer outro trekking, o peso da mochila influencia muito o desgaste físico. À noite não chega a fazer frio, pelo menos pra uma paulista, então uma calça leve e blusa de manga comprida dão super conta. Mais um shorts e regata pro dia e outra muda de roupa pra pegar o avião seriam suficientes. O que pesa bastante também é comida, mas aí não tem como, só ao final que se livra desse volume. Já o tênis, que achei que não ia usar, me salvou no 2º e 3º dia de caminhada. Pra quem faz o trekking mas segue viagem depois e precisa de bagagem, parece que tem um esquema de despachar o resto da bagagem. Bom, o relato foi longo mas espero que ajude quem estiver planejando fazer este rolê. Apesar dos momentos de cansaço, posso dizer que super valeu e que penso em fazer novamente no fututro, pois é uma forma muito legal de visitar os lençóis. Na próxima, espero ter mais tempo pra fazer em uns 5 dias, aí dá pra passar mais tempo nas queimadas e até acampar na beira de lagoas. Quis detalhar para saberem da dificuldade, como Carlos disse não fui a única a cansar desse jeito, mas quero dizer também que não é nada impossível de ser feito, quem tem vontade e curte caminhar, deve experimentar.
  2. Caros, alguém já fez essa trilha, passando pela Queimada dos Britos? Como fazer, quanto tempo leva, quanto custa e quais as dicas para não passar aperto? Bjs Thais
  3. Galera, nunca fiz relatos aqui, por relaxamento mesmo (rsrsrsrs), mas esse achei legal postar, quem quiser ver fotos pode me seguir no instagram (aldoluizcs) que sempre posto lá varias fotos, e qualquer duvida que possa esclarecer estou a disposição. Abaixo segue meu relato da experiência incrível que tive nos Lençóis Maranhenses, e acredite vale muito apena! Os Lençóis Maranhenses ficam a cerca de 260 km de São Luís - MA, o parque foi criado em 1981, e tem aproximadamente 160 mil hectares, com dunas de até 40 metros de altura e lagoas de água doce e cristalina sensacionais. Um dos principais acessos ao parque é através da cidade de Barreirinhas (roteiro que fizemos), também pode ser iniciado por Santo Amaro, a grande vantagem de começar por Barreirinhas é a de sempre andar a favor do Vento. O Contato de guias pode ser feito com os guias independentes, no entanto existem poucas informações e paginas destes na internet (vai ter que cavar muito pra achar), então o melhor mesmo é entrar em contato com a Cooperativa de Santo Amaro (santoamarocoop), no telefone (98) 98861-7358 ou pelo email: santoamarocoop@outlook.com, e também no Facebook da cooperativa. O nosso guia o Ribeiro, é natural dos Lençóis, nascido e criado na Baixa Grande, conhece muito o caminho das dunas, e tem um senso de orientação absurdo, é muito gente boa, o contato dele é no telefone: (98) 99617-1708, o valor cobrado para a travessia foi de R$ 200,00 a diária para até 4 pessoas, acima disso R$ 50,00 por pessoa extra, se for um grupo maior pode se negociar o valor. A Travessia dos Lençóis Maranhenses tem um Grau de dificuldade moderado/Alto (Tem que estar em boa forma, se tiver sedentário vai sofrer como eu, rsrsrsrs) devido ao terreno de areia fofa das Dunas, mangues e lagoas, o que em dados momentos dificulta um pouco a locomoção desgastando muito os pés. Uma opção legal para minimizar o desgaste dos pés é fazer a rota de papete de trekking ou sandália confortável, com ou sem meias, ou apenas de meias, ou até descalço é uma opção para poucos quilômetros, acredito que o ideal é ir testando todos, andei muito descalço e abri duas bolhas enormes nos dedões, e como se cruzam várias lagoas e mangues as vezes o calçado atrapalha, então revezamento é a palavra. Recomendo levar apenas uma roupa pra caminhar, eu fui de calça leve, camisa manga longa UV, protetor de rosto e boné, ajudou bastante com o sol, na caminhada durante o dia. Se não se cuidar vai queimar feio, e levar também uma roupa extra para usar para dormir. Levar apenas isso ajuda muito no trajeto pois carregar peso nesses terrenos é muito complicado, pode até se levar um mochilão e despachar ela de Barreirinhas para Santo Amaro, e você levar apenas o essencial numa mochila de ataque., fizemos isso e deu certo, a mochila ficou na casa do Guia em Santo amaro e pegamos na volta. Nosso roteiro de 3 dias se deu da seguinte forma: São Luís /Barreirinhas Chegada na Quarta Feira e Saída na Quinta pela manha para Barreirinhas! Chegamos em São Luís e ficamos em um hotel próximo a rodoviária, o Hotel Itatiaia, diária do quarto quádruplo que pegamos ficou R$ 200,00 dividido para nos 4, saindo de São Luís, pode pegar ônibus (Foi nossa opção), Van ou Carro privativo, optamos pelo Ônibus da Cisne Branco, com passagem no valor de R$ 53,00, essa viagem dura cerca de 4 horas até chegar em Barreirinhas, com uma parada de uns 15 a 20 min em um restaurante no caminho para tomar um café. Como pegamos o ônibus das 6:00 deu pra dar uma cochilada na viagem, o ônibus não é semi leito, mas da pra ir "Confortável", a Cisne Branco tem saídas as 06:00, 08:45, 14:00 e as 19:30. Barreirinhas/Atins/Canto de Atins Chegada em Barreirinhas na Quinta antes de meio dia e saída para Canto de Atins no inicio da tarde! Encontramos o Ribeiro em Barreirinhas no Ponto da Cisne Branco no centro da Cidade, ele nos levou para almoçar em um restaurante local com comida simples e extremamente saborosa, as opções eram Peixe ao Molho (Sensacional), Mocotó, Filé de Frango e Fígado, depois do almoço pegamos um Bandeirantes 4x4, e seguimos para cruzar o Rio Preguiça em uma Balsa (5min pra travessia), então seguimos por aproximadamente 1:30, até chegar no Restaurante da Luiza (Fica entre as dunas e a praia) onde Jantamos e dormimos (redário), nesse restaurante/pousada da Luiza tem o famoso Camarão dos Lençóis, como sou alérgico não provei, mas todo mundo elogiou muito, e o Peixe Grelhado não fica atrás, tem um sabor incrível, o Jantar tem um valor Fixo de R$ 36,00 por Pessoa, e a dormida (redário) custa R$ 40,00 numa rede limpinha e gostosa e com lençol cheirosinho. Também encontramos Cerveja geladinha (Heineken) a um valor de R$ 15,00 a garrafa de 600 ml, o que pra mim ta valendo dada a dificuldade de chegar até esse local. Fomos nesse fim de tarde a primeira Lagoa que fica a uns 10 min do restaurante da Luiza, essa lagoa fica escondida atrás de uma duna de aproximadamente uns 25 metros e tem suas águas de cor verde clara, com vários peixes pequenos e bem relaxante, daqui também da pra curtir um por do Sol sensacional, numa mistura de praia e Dunas que putz, não da pra descrever, só indo conferir. Canto de Atins/Baixa Grande Primeiro dia de caminhada, acordamos as 02:30 da madrugada e tomamos um café simples, (pão, manteiga, tapioca, café e leite) e as 3 da madrugada saímos para nossa jornada incrível de 32 km até a Casa dos Pais do Ribeiro em Baixa Grande, 8 horas de caminhada. A caminhada começa pela praia com um terreno mais firme pra andar, com o barulho do mar como trilha sonora, o clima ajuda bastante a andar e ainda ganhamos de presente um nascer do Sol na praia muito show de bola. Caminhamos umas 3:30 pela praia rumo ao caminho das dunas, jornada pesada, mas que é compensada a cada duna e cada lagoa que é vista pelo caminho. As paisagens dos Lençóis são únicas e deslumbrantes, a cada duna que se sobe do outro lado você encontra uma surpresa, seja uma Lagoa gigantesca, uma cabana de pescador com porcos e bodes correndo próximo ou até um conjunto de dunas que parecem desenhados a mão. Neste dia chegamos na casa do seu Domingos e Dona Maria, que são os pais do nosso Guia o Ribeiro, pessoas simples, altamente receptivas e felizes, o local parece um Oasis no meio do deserto é muito bonito, com árvores frutíferas (Caju, mirim e murici) o Rio Negro ao lado da casa e uma duna gigantesca de onde pode se ver um pôr do Sol muito show. Aqui pagamos R$ 35,00 cada refeição (Almoço e Jantar), R$ 40,00 pela dormida (redário) e café da manhã, e também disponibilizam lençol super macio e cheiroso. Uma curiosidade aqui é que NÃO EXISTEM mosquitos, é impressionante mais não vimos mosquito lá, aqui também podemos encontrar Cerveja (Skol Latinha) e refrigerante R$ 5,00 cada, não tão gelados mas ta valendo, também vendiam água aqui por R$ 3,50 (500 ml). A energia elétrica é a base de Gerador (Diesel), então só é usada poucas vezes a noite quando tem turistas hospedados, então não esperem cerveja geladíssima aqui, cerveja em Garrafa também pode ser encontrada aqui, basta pedir para o Guia providenciar. Comemos aqui no almoço um Bode guisado ao leite de coco que estava muito gostoso e a noite comemos um Peixe grelhado também muito saboroso. Dormimos e relaxamos depois da longa jornada de 32 km, tratamos os pés e a noite fomos presenteados com uma fogueira nos fundos da casa onde podíamos deitar na areia macia e ver as estrelas, e que céu esse dos Lençóis, recomendo muito que deixem uma horinha da sua noite para admirar as estrelas. Baixa Grande/Queimadas dos Britos Segundo dia de caminhada seria mais tranquilo, pois saímos um pouco mais tarde já que a caminhada é de apenas 8km até a Queimada dos Britos (ou Queimada dos Paulos, outra família do local), saímos as 08:30 daqui seguindo para a Queimada dos Britos. Esse trecho particularmente é o que tivemos as mais belas paisagens e lagoas até então, de cara depois de subir/cruzar uma duna animal que fica na saída da Baixa Grande de cara você já vê um mar azul enorme, é apenas a primeira de varias lagoas maravilhosas nesse caminho. Passamos também por uma parte de mangue cortada por lagoas com vegetação bem típica da localidade, depois de cruzarmos essas lagoas e o mangue chegamos a Queimada dos Britos/Paulos, onde nos hospedamos na casa do senhor Maximiliano e Dona Maria de Jesus, pessoas simples porem muito compromissadas com os turistas. A recepção dos moradores é uma coisa totalmente impar, Dona Maria de Jesus recebe todos no redário da casa, o local é muito bem cuidado e aconchegante e mesmo com a areia das dunas aqui esta sempre limpo e bem varrido. O Senhor Maximiliano nos trouxe logo uma Coca Cola e Cerveja Skol bem geladinha, difícil resistir (risos), conversamos um pouco e fomos tomar um banho no rio/lagoa que fica por trás da casa deles, aqui eles tem uma estrutura simples, as casas são feitas com palha, e onde dormimos tem o chão de cimento, nos demais é chão de terra batida, mas tem um banheiro bem arrumadinho com chuveiro e tudo mais. Pagamos R$ 35,00 cada refeição (Almoço e Jantar) e R$ 40,00 pela dormida (redário) e café da manhã, coca cola e Cerveja, custavam R$ 5,00 e tinham água também a 7,00 (1,5L). Também saímos para ver o por do Sol e tomar banho em uma lagoa imensa que fica a uns 15min de caminhada da cada do Maximiliano e Maria de Jesus, foi o Por do Sol mais bonito que vi nos lençóis ate então. A noite novamente recebemos o presente de uma fogueira muito gostosa para podermos sentar ao redor e jogar conversa fora admirando as estrelas. Queimada dos Britos/Santo Amaro. Terceiro e ultimo dia, e posso dizer que o mais desgastante devido as caminhadas nos dias anteriores, e as bolhas nos pés (Cuidem bem dos seus pés!). Nesse dia saímos também as 3:00 em direção a Santo Amaro, levantamos as 2:30 mais ou menos e a Maria de Jesus já estava preparando nosso café, com tapiocas e bolachas. Nos despedimos de Dona Maria de Jesus e seguimos nossa caminhada sentido Santo Amaro, nessa altura passamos praticamente por todo ecossistema existente nos lençóis, desde praia, dunas e os mangues, nessa saída encontramos um caminho entre árvores frutíferas locais e sobre um mangue caminhamos praticamente na água na canela por uns 30min, e depois iniciamos o caminho pelas dunas novamente, a cada duna encontrávamos uma lagoa que sob a luz da lua ficavam ainda mais bonitas, e após algumas horas de caminhada nos deparamos com o nascer do sol em meio os lençóis que deixam sem palavras para descrever, o Sol nascendo escondido em meio as dunas e refletindo nas lagoas fez toda diferença nas sensações e emoções que a experiência de quem faz a Travessia dos Lençóis Maranhenses traz. Caminhamos e curtimos as lagoas pelo caminho até encontrarmos a ultima grande lagoa, que era junto a uma das Sondas da Petrobras que ainda permanecem lá, inativas mais ainda estão no meio dos lençóis, assim como ainda restam explosivos (Dinamites) perdidas por lá. Nosso Guia contou que já aconteceram acidentes com pescadores que encontravam essas dinamites e utilizavam pra pescar ou até mesmo ao guardar em suas mochilas acabavam detonando e morrendo. Ficamos numa lagoa gigante de águas verdes claras uns 3 km após a Sonda da Petrobras relaxando, conversando e aguardando nossa carona chegar. Como a partir daqui não existiam mais lagoas Cheias, apenas uma única já na saída para Santo Amaro (Lagoa das Andorinhas), que é uma das lagoas turísticas mais visitadas, ou seja, cheia de turistas, decidimos chamar o Carro para nos buscar uns 5km a frente e dar uma apreciada nessa lagoa que se diferenciava de todas as nossas lagoas até então exclusivas para nós. Na chegada do carro seguimos para Santo amaro onde ficamos na casa do nosso guia curtindo uma coca cola gelada, uma sombra gostosa e um rede pra relaxar, depois do almoço seguimos viagem para Sangues onde pegamos nosso transporte para São Luís. Dicas Importantes sobre a Travessia - Cuide dos seus pés, o percurso é pesado e desgasta muito eles. - Leve dinheiro trocado, lá o pessoal não aceita cartão. - Procure sempre um guia local, existe a opção de fazer a travessia sem guia (Usando GPS e mapa do Wikilok) no entanto as dunas e lagoas mudam muito e isso pode dificultar sua jornada. - Leve bastante água e Clorin caso precise beber das lagoas, no entanto recomendo que sempre que possível comprem água nas casas locais, existem muitos bode e porcos soltos pelos lençóis. - Leve o mínimo peso possível, uma roupa pra caminhar e outra pra dormir esta de bom tamanho, uma mochila de ataque já esta ótimo para travessia, caso precise levar mais roupas pode despachar e pegar em Santo Amaro. - Cajado (eu não levei e arrebentei meu tornozelo); - Medicamentos (relaxante muscular é imprescindível, esparadrapo para bolhas também); - Lanches (barra de cereais, barra de proteínas, castanha, banana desidratada, etc…); - Meias de compressão ajudam bastante nas caminhadas longas. - Use muito protetor Solar, ou roupas pra se cobrir todo.
  4. Finalmente consegui realizar o sonho de atravessar os Lençóis caminhando, conhecer as lagoas mais incríveis e obviamento menos turisticas e desertasssss desse paraiso. Foram 3 dias , iniciando em Santo Amaro e finalizando no Canto do Atins. Lembrando que a areia das dunas não tem sal e não esquentam. Caminhamos de meias para não lesar o pé. Levamos 4 litros de água para cada, frutas, e sanduiche de ovos para esse primeiro dia. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Guia Cleiton 098999833442 para reservar a travessia com quadriciclo pelo circuito das lagoas de 3 dias R$300,00 por dia para nos guiar 3 dias R$900,00. Para até 3 pessoas esse esmo valor. Seu Zeca e dona Evanira, o rancho dos Liras 098986040016 para reservar hospedagem, almoço e jantar. R$100,00 por dia com café, almoço, jantar, dormida em rede, passeio na lagoa secreta, frutas docinhas do pé, água geladinha, sucos naturais,sorvete de cupuaçu feito por dona Evanira. Valores Para uma pessoa. Leve dinheiro,pois nenhum lugar tem conexão, não existe sinal de internet e celulares graças ao bom deus, não funcionam, somente da Operadora Oi. Um guia nascido na queimada dos Britos foi muito importante para que nossa travessia fosse segura, incrível, e de paisagens inesquecíveis, segura digo, no sentido que vc pode se perder facinho, afinal com a ventania que acontece por lá,qquer pegada e rastro é apagado 2 minutos depois. Cleiton nos acompanhou com seu quadriciclo, levando nossas mochilas, água, comidinhas, frutas, etc. Dando suporte em todo o percurso, nos mostrando sua terra natal da melhor maneira possível. Um verdadeiro contador de causos Fizemos o circuito mais demorado dos Lençóis, fomos em zigue zague, conhecendo as maiores dunas e as maiores lagoas do parque, pegamos algumas com água pelo pescoço, outras somente um espelho d'água azul pela cintura. Num total de 68 km em 3 dias. Na primeira etapa da caminhada, fomos de Santo Amaro até a Queimada dos Britos, ficamos hospedadas na casa do Seu Zeca, única com luz, bebidas gelada e banho morno, não era quente a agua, mas como o sol é muito forte durante o dia, a caixa de água era aquecida e a noite a água estava bem morninha para banho. Esse lugar merece duas noites para vc descansar e continuar seu trekking de mais dois dias. Seu Zeca nos levou para conhecer a lagoa da Vanessa e a lagoa Secreta (diz ele que só ele sabe onde é, bote fé rs ), e percorremos as queimadas de outras duas famílias, atravessamos o rio negro, subimos dunas de 25m e vimos cada por de sol impossível de descrever Na segunda etapa, da queimada até a Baixa da grande, fizemos em 5h pois encontramos as lagoas mais lindas dessa travessia. Umas azuis, outras verdinhas. Quase fomos atacadas por duas gaivotas nervosas, que cuidavam de seus filhotinhos em terra. Dormimos ali na casa de dona Maria da Graça e seu filho Valter, que moram num oásis a beira rio, a energia acaba cedo, não tem bebida gelada, e não tem chuveiro,foi banho de caneca,mas tudo tranquilo, a 'vibe' era essa, a família muito querida fez tudo que podia para nos acolher bem. Ainda aqui subi a duna mais alta da minha vida, para ver um por do sol inesquecível, a duna do Caruto, visual imperdível e um céu de chorar de emoção. Alias o ceú desse lugar ( dos Lençóis) é algo que vc nunca viu antes, se vc é de SP (céu sempre escondido pela poluição) espere anoitecer sentado a beira de uma duna, com os pés na lagoa quentinha, sim, ao final do dia, essas lagoas parecem águas termais, muito relaxante para terminar um dia de caminhada em grande paz e tranquilidade, ahhhh sem falar na porção de estrelas cadentes, uma por minuto , perdi as contas de qtas cairam. Na terceira etapa, da baixa da grande até Bonzinho, ja quase chegando no litoral , foi bem difícil qdo chegamos na parte plana, de areia fofa, mais de 3km andando até alcançar a praia, vento muito forte e o sol já estava apino na nossa cabeça. Protetor solar, água e força nas pernas. Já na praia, subi no quadriciclo até o canto do Atins,pois não aguentava mais, a areia ja tinha sal, o sol ja esta queimando, e as pernas não respondiam mais. Viajar é sempre uma experiencia de vida, essa foi uma viagem de grande aprendizado e superação.Uma das caminhadas mais lindas que fiz no Brasil. Namaste viajantes!
  5. Época para ir: de Maio à Setembro (lagoas cheias) Período da viagem: 31 de Agosto - 11 de Setembro No período de 11 dias foi possível fazer toda a “Rota das Emoções”, trecho turístico do norte do nordeste brasileiro que inclui, basicamente, Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba e Jericoacoara. Inicialmente, a viagem (a casal) previa passar todo este tempo apenas na região do Maranhão. Entretanto, nos quatro primeiros dias da viagem foi possível conhecer e aproveitar as lagoas mais bonitas do deserto maranhense, realizando a travessia a pé de Santo Amaro até a Queimada dos Britos, e de lá até Canto de Atins. Com isso, lá mesmo, decidimos partir para os outros dois destinos cobiçados da região, mas o foco aqui no relato será em como realizar a travessia dos Lençóis Maranhenses da maneira mais proveitosa possível. Agências de turismo, revistas de viagem e reportagens de TV tratam a cidade de Barreirinhas como “a principal porta de entrada dos Lençóis Maranhenses”. ESQUEÇA ISSO! Barreirinhas é uma cidade que fica próxima ao deserto, mas para quem deseja curtir a essência do lugar, não aconselho usá-la como base: carros, escola, caos, abarrotada de turista e absolutamente nada de legal para se fazer por ali (a não ser um pequeno cais com uns bares e restaurantes), além de se localizar no extremo oposto das lagoas mais bonitas da região. Para quem gosta de aventura, Barreirinhas é incogitável como opção para usar de base. Além disso, todo dia que você quiser ir aos Lençóis Maranhenses, ficará na dependência de um transporte de agência de lá (que metem a mão para os passeios mais legais), estando impossibilitado de explorar por conta própria. A cidade-base para iniciar a jornada e usufruir ao máximo do melhor que o lugar tem a oferecer é Santo Amaro, localizada no extremo oeste do parque. Primeiramente, a passagem a ser comprada deve ser para o aeroporto de São Luís (MA), e é bom estar ciente que as vans que saem do aeroporto da capital rumo a Santo Amaro possuem apenas dois horários: 12:00 e 2:00am. Sua reserva deve ser feita com o Saulo, da Malheiros Viagens: (98) 98745-9614 | (98) 98713-6472 | (98) 98734-6020. 31 de Agosto - Chegada em Santo Amaro: Chegamos no aeroporto de São Luís na hora do almoço, e após cinco minutos de espera, a van da Malheiros passou para nos buscar. De lá, foi uma viagem de três a quatro horas até um povoado chamado Sangue, e de lá fomos transferidos para jardineiras (veículos utilizados na região, com bancos improvisados na caçamba), e partimos por uma “estrada” de areia rumo a Santo Amaro. São mais três horas balançando na areia fofa, em meio a galhos de árvores resvalando na cara, pequenas lagoas, etc. Chegamos em Santo Amaro já de noite após uma longa jornada que começou às 6 da manhã no Rio de Janeiro. A cidade de Santo Amaro é mínima, e é focada em turistas que querem aproveitar exclusivamente o dia (de noite não há nada badalado, a cidade é bem pacata), estando próximo das principais belezas dos Lençóis Maranhenses. Indico a Pousada Cajueiro, onde nos hospedamos por três noites antes da jornada rumo à Queimada dos Britos (dica: o quarto 14 é o melhor, com vista pro Rio Alegre). 1º de Setembro – Missão Andorinhas: Como pretendíamos fazer a travessia do deserto maranhense sozinhos, com a ajuda apenas de uma bússola e um GPS da Claro (que pegou perfeitamente bem na região, até mesmo nas áreas mais remotas), utilizamos o primeiro dia da viagem para um “desafio”, que seria imergir no parque por conta própria, partindo de Santo Amaro, e encontrar a Lagoa Andorinhas. Não se assuste muito com os relatos e conselhos alheios dos locais de que “é perigoso ir explorar o parque sozinho, pois volta e meia há turistas que ficam horas, e às vezes dias, perdidos andando em círculos”, pois não precisa de muita instrução pra saber que o sol nasce no leste e se põe no oeste, e dando uma leve estudada no Google Maps antes, com auxílio de uma bússola, se situar em prol da sobrevivência por lá não chega a ser um problema. Senso de orientação, informação e utensílios básicos são o suficiente. Entretanto, apesar de ser fácil imergir e voltar para Santo Amaro, encontrar a Andorinhas, que fica a aproximadamente 5km para dentro do deserto, não é fácil, pois uma coisa é orientação para não se perder e conseguir voltar de onde veio, outra coisa é encontrar uma lagoa alheia, sem referência alguma de onde ela fica. Passamos pela entrada do parque às 10:30 e, com um pouco de sorte, encontramos a Andorinhas lá pras 15:30, regressando para Santo Amaro às 19:00. O passeio foi maravilhoso, parando de lagoa em lagoa, se banhando, descansando, nadando pelados, sem pressa, e tudo completamente deserto, como se tivéssemos privatizado as lagoas apenas para a gente (bem diferente da região de Barreirinhas, por exemplo). O paraíso inteiro era nosso, sem uma alma viva, com exceção de aves, peixes e alguns bois. No caminho, passamos pela Lagoa Gaivota, que infelizmente já estava seca nesta época do ano. Após a longa caminhada, pizza em Santo Amaro e repouso pra visitar a Betânia no dia seguinte (desta vez, pela distância, com uma jardineira contratada, da Malheiros). 2 de Setembro – Lagoa Betânia: A Betânia é a maior lagoa dos Lençóis Maranhenses, localizada no extremo sul do deserto, longe suficiente para ser necessária a contratação de guia (com veículo). O Sansão (irmão do Saulo, da Malheiros) nos cobrou R$ 200,00 pelo passeio (R$ 100,00 para cada um) de forma exclusiva, apenas nós dois. Importante ressaltar que este passeio pode ser dividido por até 10 pessoas e que o valor normal é R$ 300,00 (ou seja, pode chegar a apenas R$ 30,00 por pessoa, se tiver um grupo grande). A região da Betânia é um grande complexo de lagoas, dunas e vegetação, com infraestrutura de restaurante e tudo, em que, após uma caminhada até chegar num ponto onde a vista é excepcional, pode-se almoçar uma galinha caipira “executada” na hora pelos locais. Após a refeição, descansamos na sombra das árvores com os pés na lagoa, voltamos para curtir o pôr do sol no topo de uma duna e retornamos para Santo Amaro. 3 Setembro – A TRAVESSIA (Santo Amaro - Queimada dos Britos): Uma das conclusões a que chegamos nesta viagem é que não vale a pena ir para os Lençóis Maranhenses se não for realizar a caminhada até a Queimada dos Britos (passando pelas Lagoas Emendadas e das Cabras), que é o ápice do roteiro, permitindo contemplar os Lençóis Maranhenses em sua essência. A Queimada dos Britos é uma região remota localizada exatamente no meio do Parque Nacional, isolada de tudo, cercada por vegetação e lagoas, onde residem cerca de 30 famílias. O esquema para ir lá é o seguinte: contrata-se um guia local, morador da Queimada (no caso, indico MUITO o Cleiton, contato que consegui através da Malheiros Viagens, com o Saulo e o Sansão) que dará todo o suporte: passará na pousada de Santo Amaro às 03:30 da manhã e levará as bagagens mais pesadas em seu quadriciclo até a Queimada. Se quiser, pode ir junto com ele (optamos por deixar ele ir na frente para irmos depois, sozinhos mesmo) parando quando quiser para descansar, se banhar nas lagoas, etc, enquanto ele fica consideravelmente à frente, no limite de onde a vista alcança, permitindo uma maior privacidade (principalmente se for à casal...). Veículos motorizados como o do Cleiton são permitidos apenas para moradores da Queimada dos Britos ou da Baixa grande, que são as duas áreas remotas dos Lençóis Maranhenses. Para se chegar mais rápido ao destino, não é muito difícil para quem estudou o mapa da região antes: basta, saindo de Santo Amaro, seguir para o leste (cerca de 6 horas andando). Com bússola, GPS e saindo de madrugada bem antes do sol nascer (para ter o nascer do sol como referência e também não correr o risco de pegar o sol de 12:00) não tem erro. Porém, a necessidade de um guia são outras: primeiro, o peso das bagagens, pois você dificilmente fará uma viagem para lá apenas com uma mochila pequena de mão (o quadriciclo dele é essencial, a não ser que haja uma vontade de realizar um treinamento físico, cruzando o deserto com um mochilão mais pesado nas costas), segundo pelo fato de pernoitar no terreno do Cleiton, na Queimada dos Britos, podendo tanto acampar com sua própria barraca quanto dormir nas redes de descanso, com fartas refeições sendo servidas. E terceiro porque, indo com ele, será possível desviar um pouquinho da rota e passar pelas Lagoas Emendadas (onde vimos o nascer do sol em dunas que chegam a mais de 40 metros de altura) e Lagoa das Cabras, que são as duas consideradas, pelos próprios nativos, como as mais bonitas de toda a região do lençóis. Neste passeio, saímos às 3:30 da manhã e chegamos na Queimada perto de 12:00, tempo para montar a barraca, descansar e aguardar o almoço (macarrão, molho à campanha, salada e peixe a vontade, pescado pelo pai do Cleiton). A caminhada é tranquila para qualquer tipo de pessoa, pois o ritmo é você quem dita, a areia de lá, em quase todo o percurso, é dura, facilitando a caminhada. O problema maior são as bolhas nos pés. E caso esteja cansado e queira adiantar uma parte do caminho, basta alcançar o Cleiton e montar na garupa do quadriciclo (comporta, com folga: ele e mais duas pessoas, dois mochilões, uma barraca de camping e 9 litros de água). Pude dirigir o quadriciclo para “brincar” entre as dunas e lagoas no entorno da Queimada dos Britos. Cleiton é figurassa, super tranquilo, deixa você dirigir numa boa! Após o almoço, descanso pelo terreno com vista pra lagoa, esticada de pernas na barraca e, final de tarde, passeiozinho básico até uma lagoa próxima para ver o pôr do sol do topo de uma duna da região. Retorno à Queimada para janta caseira e cochilada para acordar às 5 da manhã e seguir rumo ao Canto de Atins. 4 de Setembro – Canto de Atins: Seguimos a jornada bem cedo, em direção à praia, onde pude dirigir o quadriciclo do Cleiton novamente em alta velocidade, beirando o mar, em um trecho que não é tão legal quanto o primeiro (por isso, optamos por não perder tempo caminhando esta parte), mas onde brincar com o quadriciclo é legal, devido a areia rígida e lisinha. Cleiton nos contou que, neste trecho, é comum encontrar turistas despreparados que tentam atravessar os lençóis e acabam passando mal por desidratação (gringos principalmente), que tentam fazer a caminhada no sentido contrário (Atins em direção à Queimada). O sol do meio do dia por lá é assassino. Chegamos em menos de duas horas no Canto de Atins, base que fica no extremo oposto de Santo Amaro, à leste do Parque Nacional. Cleiton nos deixou na pousada do Sr. Antônio, que também conta com um restaurante famoso, onde vende o melhor camarão do nordeste. Acertamos com o Cleiton: R$ 400,00 (dividido por dois: R$ 200,00 cada), que incluiu todo o suporte como guia, o quadriciclo, o pernoite, almoço, jantar e café da manhã. Costumo achar tudo muito caro, mas sinceramente, este esquema valeu cada centavo! Canto de Atins é um ponto bem sossegado, ainda na área do deserto maranhense, que conta apenas com umas barracas de palha e algumas lagoas que, em Setembro, já não estavam tão cheias, mas que deu pra se divertir bastante, servindo como despedida dos quatro dias maravilhosos que foram esta jornada pela região. Contato do Cleiton: (98) 9983-3442. Como é raro conseguir sinal lá, caso não consiga o contato, esquematizar o passeio através do Sansão ou alguém da Malheiros, que consegue na hora estabelecer o contato com ele. BÔNUS: Jericoacoara e Delta do Parnaíba: Como havíamos planejado uma viagem de 11 dias por lá, e em quatro conseguimos “varrer” os lençóis, conhecendo as melhores lagoas e usufruindo do melhor passeio, decidimos que iríamos aproveitar o resto da viagem completando a “Rota das Emoções”, e iniciamos a missão de chegar em Jericoacoara. Saímos de Canto de Atins às 5 da manhã e tivemos que ir andando com mochilão nas costas por duas horas até Atins. De lá, jardineira para Barreirinhas (1h e meia). De Barreirinhas, outra jardineira para Paulino Neves (2h). E seguiríamos pingando de transporte em transporte até Jeri. Porém, em Paulino Neves, descobrimos que havia uma Hilux de uma agência de Jericoacoara que estava procurando exatamente mais duas pessoas para encher o carro que havia sido fretado de Caburé (praia próxima de Atins) até Jericoacoara por três europeus, e que ia passar por ali onde estávamos para saber se haviam surgido duas pessoas interessadas em ir para Jericoacoara. Esperamos por cerca de 1 hora, e apareceu o Mariano, dono da Bora Turismo, e cobrava R$ 250,00 por pessoa para levar de Caburé até Jeri (cerca de 6 horas de viagem, indo direto). Como já estávamos em Paulino Neves e ele já ia pra lá de qualquer jeito com dois lugares vagos no carro, consegui desenrolar por R$ 300,00 eu e minha namorada, ao invés de R$ 500,00, que seria o preço normalmente cobrado para duas pessoas. O investimento valeu muito a pena, pois chegaríamos em Jeri na noite daquele mesmo dia, ao invés de continuar a missão fazendo de transporte público: Paulino Neves-MA  Tutóia-MA  Parnaíba-PI  Camocim-CE  Jijoca-CE  Jericoacoara. Para quem deseja economizar ou não tiver esta sorte, saiba que este é o trecho a ser feito dos Lençóis Maranhenses até Jericoacoara, tendo que pernoitar em alguma das cidades (Parnaíba provavelmente, para fazer o passeio do Delta, algo que acabamos deixando para o final). Chegamos dia 5 de Setembro à noite em Jeri e ficamos até o dia 8. No primeiro dia deu para curtir a praia, fazer a trilha até a Pedra Furada (indo pelo lado da orla e retornando por cima) e assistir o pôr do sol na duna. No dia 7, fizemos Lagoa do Paraíso e Lagoa Azul; onde é possível estabelecer naquele clima clássico de lá, tomando cervejinha deitado nas redes que ficam dentro das lagoas, com mesas e sombreiros a poucos metros de distância. Em Jeri tudo costuma ser bem caro, mas como ficamos em camping e conseguimos pagar um preço especial (R$ 45,00 cada um por três noites) não foi a facada que esperávamos, ainda mais levando em conta que chegamos bem no final de semana do feriado de 7 de Setembro, com a vila lotada. Ficamos no Camping Flaco, mas o mais famoso de lá é o Camping Natureza que, devido ao feriado, parecia um campo de refugiados, não havendo espaço nem para entrar no terreno de tantas barracas grudadas umas nas outras. Gostaríamos de ter ficado pelo menos mais um dia em Jeri para ter feito o passeio à Tatajuba, mas como queríamos fazer o Delta do Parnaíba, saímos de Jeri dia 8 na hora do almoço e fizemos o percurso de transporte público de volta: Jeri  Jijoca  Camocim  Parnaíba. É fácil se informar por lá como pegar estes ônibus para estes destinos, basta pedir informação em qualquer agência ou em sua hospedagem. Chegando em Parnaíba, conseguimos duas diárias na Pousada Porto das Barcas, que é a melhor para quem está passando na cidade apenas para o passeio do Delta das Américas, pois ela fica ao lado das agências turísticas que fecham pacotes para o passeio do Delta, e na ruazinha do centro histórico, local bem pequeno e aconchegante, perfeito para estabelecer por lá. Chegamos dia 8, à noite, e conseguimos fechar o passeio de dia inteiro para o dia seguinte, com um grupo que já estava formado. Saímos da pousada de manhã bem cedo com a van da agência turística rumo ao Porto dos Tatus, de onde saem os barcos, e fizemos todo o trajeto do Delta, parando em mangues, dunas, praias e na Pousada Casa de Cabocla para almoçar, a única hospedagem localizada dentro do Delta. Na parte da tarde, o guia nos levou a um ponto específico para assistir a revoada dos guarás, que é um show à parte. Ao anoitecer, outro ponto do rio para procurar jacarés... Conseguimos visualizar um, que chegou ao lado do nosso barco, além de umas duas cobras penduradas em árvores. Regressamos à pousada em Parnaíba, dormimos, e dia 10 estávamos retornando para Barreirinhas (ônibus de Parnaíba para Paulino Neves, e de lá jardineira para Barreirinhas) descansar às margens do Rio Preguiça e regressar de ônibus para o aeroporto de São Luís no dia 11 (companhia Cisne Branco, que faz o trajeto Barreirinhas – São Luís e passa quase em frente ao aeroporto).
  6. Pessoal, acabo de voltar de uma viagem ao Maranhão e como recorri aos relatos aqui, vou deixar minha contribuição. A viagem foi do dia 1 de agosto ao 11 de agosto de 2014. Vou tentar atualizar os preços e descrever os lugares pelos quais passeis,pois tive dificuldade com estas duas coisas nos relatos que encontrei por aqui. Vou tentar não repetir informações que já existem em outros posts. 1. TRAVESSIA (Santo Amaro, Queimada dos Britos, Baixa Grande, Canto de Atins) Existem diversas rotas de viagens dentro do parque dos Lençóis Maranhenses. Eu fiz a que vai de Santo Amaro para Canto de Atins (passando por Queimada dos Britos e Baixa Grande). A melhor direção para fazer a travessia é a contrária do que realizei, por conta da direção do vento e da formação das dunas. Mas como eu queria terminar a viagem em Canto de Atins e dar uma relaxada lá, preferi ir contra o vento e contra as dunas. Foi bem mais tranquilo do que eu supus. Guia O guia com quem viajei foi Beziquinho. Super gente boa, muito simples e um grande conhecedor das dunas. Ele nasceu na região e hoje tem uma casa em Queimada dos Britos, que serve de ponto de apoio para os viajantes fazendo a travessia. O lugar é super bonito, a casa toda feita folhas de arvores e madeira. Dorme-se na rede em uma tenda linda. Havia um rio bem na porta da casa, onde era possível tomar banho e passar o tempo. Contato: 98 3369 - 1005 e 98 9609 - 2199 Facebook: https://www.facebook.com/biziquinho.lencois?ref=ts&fref=ts Outros guias: - Fagner 98 9190 3335 (guia que encontrei na caminhada e fizemos juntos uma parte do caminho). - Carlos Queimada 98 8734 0615 (guia famoso, que conversei pelo tel, mas que não estava disponível na data que eu precisava) Preço do guia: Até 3 pessoas paga-se 150,00 a diária. De 4 - 10 paga-se 200,00 a diária. (que pode ser dividida entre o grupo). Contactei o guia na região mesmo. Perguntando de boca em boca. Mas pode-se ligar antes e perguntar. Lugares: - Santo Amaro: é uma cidadezinha que cresceu com a exploração do petróleo. De lá tem como fazer vários passeios curtos, de uma tarde, por exemplo. Não os fiz, pois estava interessada na travessia. Tive a impressão de que é menos caótica do que Barreirinhas. Fiquei na Pousada fé em Deus:, que é gerida por Dona Graça, uma figura. 98 8707 0983 / 8870 9596 / 3369 1116 Queimada dos Britos É uma comunidade no meio das dunas, entre a vegetação. Moram algumas poucas famílias longe umas das outras. Lá vi um por do sol incrível, acompanhada pelo filho do Biziquinho de 5 anos. Nas comunidades se come bem simples: uma galinha matada na hora (deliciosa), arroz, feijão e macarrão - com muita fartura. Baixa Grande Fiquei na casa da Dona Dete. Aqui já haviam mais turistas. Uma cabana grande cheia de redes. Já havia também uma espécie de refeitório. O legal deste lugar é que perto da casa tem várias lagoas que dá para ir andando. Vi lagoas incríveis lá e o pessoal da casa é muito agradável. As comunidades já tem estrutura para banho e as redes para dormir. Canto de Atins Canto de Atins está na praia, mas as pousadas estão longe. A praia não é legal, mas as pousadas estão em frente a uma faixa de dunas incrível e com lagoas que dá para ir a pé. É impressionante como cada lugar é único, apesar de ser tudo duna e lagoa....O que não gostei daqui é que existem apenas duas pousadas: a Luzia e a do irmão dela. Ambos competem pelo maior preço. Fiquei na Luiza, que é famosa pelos camarões na brasa. Realmente a comida é gostosa, mas tem vários problemas neste lugar. Paga-se muito caro para comer e nada é farto. Apesar da comida ser gostosa, senti uma relação de exploração muito grande. Cada prato custava 30,00 e não havia sequer arroz à vontade. Não vendiam água de 1,5l, só garrafinhas a 3,00. Depois ainda dificultaram nossa saída do lugar, quando poderiam facilitar para seus próprios hospedes. Conclusão, vale a pena dar uma passada e até dormir uma noite, visto que você chega muito cansado de três dias de caminhada. Mas saia o quanto antes. De Canto de Atins até atins são 1,5 horas andando. Dá para ir, mas depois de três dias de caminhada não animei e peguei uma carona com um dos transportes que levam para passeios nas lagoas. Atins Atins é bem legal. É uma cidadezinha com ruas de areia ainda. Tem muitas pousadas bonitas e tal, mas o clima é bem leve. Lá fiquei na pousada do Melo (98 8843 3968), que é a mais barata (60,00 o quarto para casal). O bar do do Chico foi bem legal também. Vai toda a galera da região e é bom para tomar uma cerveja e bater papo. Lá também serve comida e o Chico é uma figura. A praia em Atins é linda. Uma das mais bonitas que já vi. Passei o dia todo lá. Também saem passeios, que não fiz, pois já tinha feito a travessia. Se alguém quer ir para ficar em um só lugar e de lá fazer passeios curtos, indico Atins. Atins é o intermédio das comunidades no meio dos lençóis e as cidadezinhas de entrada no parque (Santo Amaro e Barreirinhas) DICAS PARA A TRAVESSIA Não é possível fazer a travessia com uma mochila grande. Para a caminhada você deve levar: - um par de roupa para caminhada e um para a noite - água que você vai comprando nas comunidades - alguns biscoitinhos, barrinhas de cerais e frutas (pouca coisa) - protetor - óculos de sol - band aid e esparadrapo para bolhas (caso ocorra) - avaianas e um par de meia. Não leve sapatos. As meias podem servir em caso de bolhas. - roupa de banho e canga Não indico levar barraca e saco de dormir na travessia. Dorme-se em redes, que convém mais com o clima e com a própria estrutura montada para recebê-los nas comunidades. O que fiz foi despachar a mochila com o restante das roupas e utensílios com um amigo do guia que ia para Canto de Atins de carro. Ele deixou a mochila na pousada em que chegaríamos, que o guia tinha costume de levar o pessoal. PREÇOS Um panorama dos meus custos: - Guia 150,00 a diária (450,00 no total) - Dormida nas comunidades com café da manhã: 25,00 (75,00 três dias) - Dormida em Santo Amaro com café 60,00 para duas pessoas (1 noite 30,00) - Dormida em Canto do Atins 60,00 para duas pessoas (2 noites 60,00) - Dormida em Atins 60,00 para duas pessoas (2 noites 60,00) - Comida nas comunidades: 25,00 a refeição (75,00 três dias. Era muita comida!!!) - Comida em Santo Amaro: 30,00 para duas pessoas (15,00) - Comida em Canto de atins: 30,00 para uma pessoa (45,00) - Comida em Atins: 30,00 para duas pessoas (60,00) - Trasporte São Luis - Sangue - Santo Amaro (Van): 50,00 - Trasporte Canto de Atins para Atins: 10,00 (canora em um transporte de turistas) - Transporte Atins - Barreirinhas: 25,00 - Transporte Atins - São Luis: 50,00 (taxi coletivo) - Água: uma garrafa de 1,5: de 3,5 a 6,00 - dependendo de onde você estiver DESLOCAMENTOS E TRANSPORTE São Luis - Santo Amaro: peguei uma van que sai do aeroporto. Tem várias que saem para Santo Amaro e Barreirinhas as 3:30h, que parece ser o horário que chegam vários voos. É possível agendar. Liguei para Tomas 98 8836 4099. fui com ele, mas não sei se o fato de ter ligado influenciou. Você vai de van até Sangue e de lá pega um 4x4 coletivo com o pessoal da comunidade. Preço: 50,00 Tempo: 5h de viagem Santo Amaro - Queimada dos Britos: A saída é as 3:30 h da manhã para que a maior parte da caminhada não seja em sol quente. Tempo: são cerca de 8h de caminhada. Queimada dos Britos - Baixa Grande Tempo: são 4h de caminhada, saindo as 7h da manhã. Baixa Grande - Canto de atins Mais 8h de caminhada, sendo parte nas dunas e parte na beirada da praia. Pode-se fazer este percurso de motociclo, que os moradores tem e cobram. Tempo: 8h de caminhada. Atins - São Luis: O percurso é feito de 4x4 e depois taxi, van ou ônibus - como preferirem. Tempo: cerca de 5h (total) Preço: 25 (4x4 de Atins a Barreirinhas) + 50 (taxi de Barreirinhas - São Luis). O bom é que o taxi te deixa no hostel para onde vc vai ou no centro histórico, caso você ainda vá procurar lugar. O ônibus é apenas 10,00 mais barato (não compensa, pois demora 2h a mais e ainda vai te deixar na rodoviária). Dias Santo amaro: 1 Travessia: 3 Canto de Atins: 1 Atins: 2 :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: SÃO LUIS DO MARANHÃO São Luis é uma capital decadente. A maior parte dos prédios históricos está abandonada. De um lado tem a parte histórica, onde compensa ficar e na outra tem a parte litorânea. Nessa está tudo cheio de prédios, casas e comércio. Mas no centro histórico não tem muita coisa. Acho que uma tarde ou um dia em São Luiz é suficiente. O movimento mais pesado parece ser na sexta feira. Sábado e domingo o centro histórico morre. Não sei como é dia de semana. Mas tem coisas interessantes. Fiquei hospedada no centro histórico, que compensa. Você fica perto das principais coisas que tem para fazer: - Hostel Solar das Pedras, que fica na rua da Palma (centro histórico): 80,00 quarto para dois; 35 individual compartilhado. - Comer no restaurante da Criola. é um selv-service com comidas típicas. Muitos mariscos, arroz de cuchá, torta de carangueijo.... Custa cerca de 40,00 o kg. Achei mais em conta do que os outros restaurantes no cento histórico. - Tambor de Crioula: o mais famoso e acessível é o do Mestre Amaral. Fica próximo ao hostel em um lugar muito bonito, com uma vista incrível. - Reggae que dança coladinho! Tem vários. Tem um famoso, no bar do Nelson, que rola aos sábados. Mas não fui. - Mercado Central: é um lugar bem bacana. Lá vende de tudo. Dá para comprar camarão e cozinhar no hostel, castanha de caju, sapatos feitos na região, açaí! Gostei bastante do lugar. ALCÂNTARA Li várias discussões se vale ou não a pena ir para Alcântara. Passei apenas uma tarde lá e conheci o centro histórico. A viagem depende da maré, pois SL é uma ilha e quando a maré baixa, não tem como sair do porto. Os barcos saem por volta das 7h da manhã e é melhor comprar passagens no dia anterior - que custam 24,00 ida e volta. Tome cuidado com os guias. Eles compram passagens para revender e tentar fazer você comprar o pacote que inclui o guiado. Não botei fé nos guias. As duas experiências que tive foram com caras que ameçam que você vai ficar sem passagem, que não conseguir fazer nada sem a ajuda ele. Decidi fazer o recorrido sem guia e foi ótimo. Depois, conversando com um dos donos do restaurante, descobri que são todos ruins mesmo. Os amigos que contrataram um guia chegando em Alcãntara se arrependeram e até brigaram com os caras. Eles ganham te levando nos restaurantes caros, sem te perguntar se você quer ou não. O centro histórico é muito pequeno e com um pequeno mapa (que comprei por 7,00) você pode se orientar e dar um rolé. Achei o lugar bem legal e com várias possibilidades não exploradas. Na ilha tem vários quilombos e tem pousadas também (vi uma que era o mesmo preço do hostel de SL). Se eu voltasse passaria uma tarde em SL e me mandaria no outro dia cedo para Alcântara (essa é minha dica!). Tentaria ir para algum quilombo e conhecer os 50 km (?) de praia que existem. Encontrei várias pessoas com quem troquei ideia e me pareceu um lugar muito receptivo. Lá vi uma igreja dos escravos que foi incrível. Pura história de Resistência. Com vários São Beneditos, para quem o tambor de criola é feito. Lá nos quilombos, acredito ser possível ver Tambor de Criola também! E em um formato diferente da cidade.... PREÇOS Hostel São Luiz 160,00 + 40,00 (meia diária) para dois por duas noites: 100,00 Almoço Criola: 25,00 (com suco) Almoço na praia 80,00 (para dois): comi numa barraca na praia e não valia o preço. Almoço Alcântara: 15,00 pf Barco São Luiz: 24,00 Taxi Aeroporto: 40,00 (O próprio hostel fez o translado. Dividi com outro menino que também ia viajar) Dias São Luiz: 2
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