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Tenho medo de voar! o.O


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  • Colaboradores

Alguns podem achar engraçado, mas sei que tem um montão de gente com medo escondida por aí! Então pelamor, ajuda!!!

 

Eu não sei quando o medo começou, e nem porque. Me lembro de ter tido tontura no primeiro voo e só. De lá pra cá, ele só aumenta.

É um medo específico: decolar. O resto eu encaro com relativa tranquilidade desde que o avião aparente estar parado, sem uma mexidinha sequer.

 

Se ele dá uma mexidinha, eu já acordo, coração acelera, suo frio. Se ele dá uma caidinha, já to na metade do terço calculando se vai dar tempo de me redimir de todos os pecados antes de cair e morrer. É triste. E só peguei turbulência mais forte uma vez, em um pouso (eu tava tão cansada de um voo de dois dias que tava semiconsciente, agradeço).

 

Hoje eu pareço #alouca do avião. Entro, me sento, me amarro, fecho os olhos, tampo os ouvidos (pra não ouvir os barulhos), proíbo meu filho, marido e até o papa de falar comigo e encosto a cabeça no banco da frente pra não ver nada. Suo frio, quase desmaio, tremo, fico sem ar, e meia hora depois... relaxo.

 

Não gosto de viajar de carro nem de ônibus, pq tb é muito perigoso... da última vez que fui de carro a Curitiba jurei nunca mais fazer isso... prefiro meia hora de medo no avião do que 5 na estrada cheia de gente imprudente. E tb, não dá pra ir de carro pra Islândia!! A ideia de navio tb não me agrada, não acho cruzeiro uma viagem atrativa pra mim. Então tenho é que superar (ou pelo menos não deixar piorar) o medo de voar!!

 

Não funciona pro medo de DECOLAR: pensar que avião é o transporte mais seguro, respirar fundo, tomar remédio, ficar dias sem dormir pra estar muito cansada, tomar algo alcoólico, ler, ficar tentando adivinhar o motivo da viagem de todos dentro do avião. Isso foi o que já tentei.

 

::ahhhh:: Que que eu faço?

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Olha... na verdade o medo é decorrente de uma resposta do seu cérebro a um estímulo de perigo (real ou imaginário). No caso, e sem brincadeira, é um medo desnecessário; ou o avião não cai ou ele cai, não depende de nenhuma ação por parte de quem está viajando. Ou seja, ficar ou não com medo é irrelevante para o sucesso do vôo. O medo no ser humano é útil para evitar situações de perigo e colocar o corpo em alerta para enfrentá-lo.

 

Como em um vôo nada depende de você, o que é possível é antes de viajar decidir por subir ou não no avião. Depois que subiu já era. Ou seja, a questão é de enfoque. Entender e aceitar nossas escolhas. Acho que meditação é um ótimo caminho.

 

Não sou da área médica, então se falei besteira me desculpem rsrs apenas passei minha visão de vida para todas as coisas.

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  • Colaboradores

Juliana,

 

Eu não psicologo, sou matemático, então minha abordagem será um pouco diferente dos textos que a Nathalia te mandou, bom eu gosto de racionalizar tudo, nem sempre é possível, mas... Se o seu medo é com relação a um acidente em detrimento da decolagem, pense na quantidade de acidentes desse tipo que realmente acontecem em escala mundial versus a quantidade de voos. Ou mesmo compare a quantidade de qualquer acidente aéreo, de preferencia os comerciais, com a quantidade de voos, e vc verá que de fato, esse é o meio de transporte mais seguro.

Agora, com uma abordagem um pouco mais psicológica, tente entender qual é o real motivo para esse medo. Ele surgiu quando? Por que? Está relacionado a algum evento? A primeira vez que eu voei eu tinha 16 anos, e fui sozinho de São Paulo para Porto Alegre para fazer um curso. Durante o voo foi tudo tranquilo, mas no pouso eu senti os meus ouvidos tapando e uma dor realmente insuportável, eu fiquei com aquela dor por umas 3 horas, além de surdo por umas 5. Imagina como foi o treinamento...rs... Na volta eu fiquei morrendo de medo de na aterrissagem sofrer desse jeito novamente, para piorar na minha volta eu iria fazer um monte de escalas (voo maldito, desci em Florianópolis e em Curitiba) antes de São Paulo, mas não senti mais nada. Mais tarde, mergulhando em Paraty, eu descobri que eu tenho um problema no ouvido que, quando eu estou meio gripado, me impossibilita de regular (equalizar) a pressão. Voei diversas vezes depois dessa sem nunca ter tido problema, até que em 2011 eu estava no Chile e peguei um voo Santiago - Valdivia, eu estava podre de gripe. Pronto, lá veio a dor novamente, de escorrer lágrimas. Bom, porque toda essa história, eu tenho essa "condição" e não tem jeito, hoje eu estou gripado, daqui a duas semanas eu vou para Cusco, estou preocupado? Sinceramente, não. Se doer, vai doer, e depois vai passar, e eu vou poder aproveitar a minha viagem com a minha esposa. Sem ansiedade.

Fazendo um paralelo, no ano passado eu fiz São Paulo - Montevidéu - São Paulo, de moto, sozinho. Foram mais de 4000km, e até então, eu só tinha rodado, no máximo, 400km em uma viagem. Deu tudo certo, mas a todo momento fui taxado de louco, porque é perigoso. Moro em São Paulo, corro risco de vida toda vez que saio da segurança da minha casa (que só é pseudo segura, pois tenho duas rotts, circuito de tv, muros altos, portão automático, etc.).

Então, a conclusão que eu chego é que realmente não temos controle de tudo, e ultimamente corremos muito mais riscos do que realmente estamos conscientes, mas se formos pensar em tudo, temer tudo, não saímos de casa.

Bom falei um monte de coisas, né? Em resumo, tente achar a raiz do seu medo, e analise racionalmente se é justificado.

 

É isso.

 

Boa sorte!

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Olha... na verdade o medo é decorrente de uma resposta do seu cérebro a um estímulo de perigo (real ou imaginário). No caso, e sem brincadeira, é um medo desnecessário; ou o avião não cai ou ele cai, não depende de nenhuma ação por parte de quem está viajando. Ou seja, ficar ou não com medo é irrelevante para o sucesso do vôo. O medo no ser humano é útil para evitar situações de perigo e colocar o corpo em alerta para enfrentá-lo.

 

Como em um vôo nada depende de você, o que é possível é antes de viajar decidir por subir ou não no avião. Depois que subiu já era. Ou seja, a questão é de enfoque. Entender e aceitar nossas escolhas. Acho que meditação é um ótimo caminho.

 

Não sou da área médica, então se falei besteira me desculpem rsrs apenas passei minha visão de vida para todas as coisas.

 

É pensador, enquanto eu escrevia, eu pensei em colocar esses fatos abordados por vc. O controle que temos dessa situação, é mesmo, somente antes de subir. Depois, mesmo se o avião cair, não tem muito o que fazer (talvez colocar a mascara que vai cair na sua frente e esperar).

Essa é a minha forma de ver as coisas também, posso fazer alguma coisa? Não. Então para que se preocupar?

 

Abraço,

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Pois é Glimaz,

 

Realmente é uma questão do enfoque. Normalmente pessoas que têm por hábito manter tudo sob controle tem mais dificuldade para lidar com o desconhecido ou o incontrolável. Já que é matemático rsrsrs trabalhar com uma variável aleatória não é uma coisa fácil para alguns.

Veja que a Juliana tem medo de andar de carro também... parece realmente um desconforto acima da média para situações fora de seu controle tipo vai que alguém me fecha, vai que o carro da frente capota em cima de mim, vai que...

 

Por isso falei da meditação como forma de conhecer a si mesmo e aceitar que não podemos controlar muitas coisas em nossa vida... desde antes da concepção já estamos atirados ao aleatório rsrs

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Pois é Glimaz,

 

Realmente é uma questão do enfoque. Normalmente pessoas que têm por hábito manter tudo sob controle tem mais dificuldade para lidar com o desconhecido ou o incontrolável. Já que é matemático rsrsrs trabalhar com uma variável aleatória não é uma coisa fácil para alguns.

Veja que a Juliana tem medo de andar de carro também... parece realmente um desconforto acima da média para situações fora de seu controle tipo vai que alguém me fecha, vai que o carro da frente capota em cima de mim, vai que...

 

Por isso falei da meditação como forma de conhecer a si mesmo e aceitar que não podemos controlar muitas coisas em nossa vida... desde antes da concepção já estamos atirados ao aleatório rsrs

 

 

Juliana,

Tem tudo a ver com o que o Pensador escreveu...

Meu marido tinha muito medo também, viajar era uma tortura para ele. Para você ter uma idéia ele suava tanto que a roupa ficava molhada e eu do lado dele, sentia o "cheiro do medo" , de tanta adrenalina. No dia da viagem ele já não comia nada, tamanho desespero. No avião, não falava, não comia, não levantava...enfim..

Para mim, a tortura era inversa : EU AMO VIAJAR !!! Tenho rodinhas no pé...rs...

Até que conversamos muito a respeito, pois o mêdo dele tirava um prazer meu e o meu prazer não podia ter um custo tão alto para ele..

Descobrimos em pesquisas, uma terapeuta especializada em medo de voar - ELVIRA GROSS. Ele fez a terapia ( em grupo) , isso há uns 3 anos atrás....depois disso ? Ahhhh... ele colocou rodinhas no pé comigo !...rs...

A terapia tem uma parte teórica, ela leva piloto de avião para tirar todas as dúvidas, visita em hangar na parte de manutenção, simulador de vôo e por último um vôo da turma junto " para se formar" . Ela te explica exatamente porque teu corpo reage como reage, a parte fisiológica e a psicológica ( Lutar ou correr) O índice de sucesso é de 90%. Da turma do meu marido, apenas 2 pessoas não conseguiram superar o medo.

 

Voltando ao Pensador : ele está coberto de razão e falou o mote principal da terapia !!! O medo, fobias, pânicos, são sensivelmente diminuídos, com a aceitação de que NÃO TEMOS CONTROLE DE NADA !

 

Vou colocar aqui um link de uma reportagem com ela, explicando o passo-a-passo e no final tem o site dela e formas de contato.

Ps.: Moderação me desculpe se não pode postar esse tipo de link, se não puder me avisem, que deleto imediatamente.

 

http://viagem.uol.com.br/noticias/2013/03/26/para-perder-medo-de-voar-fobicos-enfrentam-ponte-aerea-e-sessoes-de-psicologia.htm

 

Abraços e boa sorte !!!!

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  • Colaboradores

Obrigada a todos pelas dicas!

 

Nathalia, legais os links. Eu me encaixo no perfil em alguns quesitos: “Há aquelas que gostam de ter controle sobre as situações – e que no avião não podem tê-lo; e também as que receiam morrer e não concluir seus projetos." Mas não tenho medo de altura nem de lugar fechado.

 

Acho que esta coisa de não estar no controle ou não poder interferir é que mexe comigo. É como se eu estivesse apostando a minha vida nas habilidades de alguém que não conheço. Adoro aqueles pilotos que ficam falando com a gente no voo... me dá a sensação de que ele é meu amigo e vai zelar pela minha vida, hahaha!

 

O mesmo se aplica ao carro (na estrada) e ao ônibus. Eu não tenho medo de dirigir nem andar de carro na cidade, dirijo o dia todo... mas prefiro que eu seja a motorista, sempre. E na cidade parece mais tranquilo. Na estrada, um acidente tem grandes chances de ser fatal... e mais uma vez eu estou na dependência de gente que não conheço, no caso, os outros motoristas! (não que na cidade eu não esteja, mas a cidade é meu habitat!!, rs)

Editado por Visitante
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  • Colaboradores

Pensador, racionalmente eu sei da segurança de um voo, e da minha incapacidade de resolver qualquer problema, caso ele ocorra. Mas o medo não é racional, ele se apodera de mim e me faz idiota, rs. Pra vc ter ideia, uma vez viajei sem meu filho, só com o marido, e a ideia de acidentes era terrível... eu pensava que se fosse morrer, que fossemos todos, eu não queria deixá-lo sozinho. Tenho até vergonha de dizer isso, rs.

 

Glimaz, eu realmente não sei a causa. Como disse, nunca tive um perrengue mais grave. Desconfio que seja oriundo de uma curiosidade paradoxal sobre desatres aereos... faz tempo que eu deixei de assistir o programa, mas quando um avião cai, some, se acidenta, eu leio tudo a respeito. Torço sempre pra que seja uma falha humana... eu prefiro pensar que o avião em si nunca vai dar problemas, rs. Eu queria dar um abraço naquele piloto da Avianca que desceu o avião de barriga semana passada!!!

 

Tem um trecho de um relato do Daniel Frazão aqui no Mochileiros, que me traduz:

"Para cada acidente de avião, há 300 milhões de acidentes de carro. É muito mais provável que você sofra um acidente de carro que um acidente de avião." Sei. Também é muito mais provável que você seja mordido por um poodle que por um tubarão. Isso significa que os poodles são mais perigosos que os tubarões? Não. Só significa que há mais poodles que tubarões no seu caminho. "

( o-aviao-doidao-de-madri-t67259.html )

 

E por fim, Raquel, é minha pela imensa vontade de ver o MUNDO que ainda não deixei de voar. Mesmo sabendo que vou morrer de medo, eu encaro. Ainda não procurei ajuda técnica, uma psico por exemplo, pq ainda não deixei de fazer uma viagem por motivo de medo... mas talvez seja uma boa tentar controlar a ansiedade e tentar racionalizar o medo, como todos sugeriram!!

 

OBRIGADA A TODOS! QUEM TIVER MAIS DICA MANDA AE!

;)

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Tópico muito interessante... Minha opinião é bem parecida com a de glimaz: se deixarmos o medo nos controlar, simplesmente não vivemos...

 

Eu nunca tive problema com avião, mesmo tendo MUITO medo de altura e passando mal de verdade com a sensação de queda... Evito fazer esportes radicais que envolvam queda por causa desse medo incontrolável... Mas nos aviões já peguei inúmeras turbulências, e sempre consegui me acalmar exatamente por lembrar que estou no meio de transporte mais seguro do mundo, e que a probabilidade daquela sensação de queda terminar apenas num mínimo desconforto é de mais de 99%, então apenas relaxo e espero o fim da sensação ruim...

 

A única coisa que me incomoda de verdade nas viagens aéreas é justamente a sensação no ouvido também citada por glimaz, já que tenho o mesmo problema que ele... E ainda assim utilizo algumas técnicas pra amenizar isso...

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