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Travessia do Lagamar (PR/SP)- de Paranaguá à Ilha do Cardoso
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Por Jonas Silva ForadaTribo
Nos últimos dias de 2019 tive o prazer de fazer um dos trechos da Travessia Entre Ilhas, que é mais conhecido como Lagamar. O trecho entre Cananéia/SP e Paranaguá/PR. Na verdade Lagamar é o nome do estuário menos degradado e mais produtivo do mundo situado na região que compreende os estuários do Rio Ribeira, Iguapê e o Estuário de Paranaguá. É uma região de manguesal que abriga uma grande diversidade da flora e principalmente fauna terrestre e marinha. O Lagamar está num trecho de preservação da Mata Atlântica que, explica e chama ainda mais atenção pela sua riqueza.
Apesar da preparação em grupo acabei fazendo o percurso no estilo "solo". Quando chegamos em Cananéia do grupo que já era reduzido, uma das pessoas não compareceu, e a outra preferiu ficar na cidadezinha. Como aquecimento, depois de passar boas horas na espera em Registro/SP, aguardando um ônibus para a Ilha, chegamos em Cananéia. Logo tratamos de fazer um tour pela pacata cidade histórica que se orgulha de brigar (ser) considerada a primeira "cidade" brasileira. Fato é que em 1531 Martin Afonso de Souza aportou na Ilha de Cananéia, segundo documentos históricos. Visitamos o museu municipal que também guarda uma preciosidade: o maior tubarão branco em exposição, embalsamado, do mundo. A fêmea, capturada em águas brasileiras da região têm 5,5 m de comprimento e nada menos que 3,5 toneladas.
Como aquecimento da jornada eminente, subimos (na verdade subi) o Morro São João Batista para conferir a vista do Mar Pequeno e tem uma pequena ideia da dimensão do projeto. Nessa ascensão que acabei ficando sozinho, minha parceria desistiu, melhor que foi ali e não em meio à praia deserta.
No geral Cananéia é uma daquelas cidades que faz voltarmos no tempo e fazer uma reflexão sobre nós homens, nossa sociedade e nosso progresso. As ruas foram projetadas para o Séc. XVI ou XVII e hoje precisam conviver com carros do séc. XXI, isso não é um problema, quando a população e o fluxo não é muito grande. As marinas e mercados de peixe estão por todo lugar, a pesca é a principal atividade da cidade. Pra quem gosta de curtir um final de tarde num barzinho, vai encontrar na Ilha algumas opções bem aconchegantes, e diversificadas. A sensação de segurança também traz um certo conforto.
PRIMEIRO DIA DE TRAVESSIA (NA VERDADE PREPARAÇÃO)
Neste dia acordei às 06:00 na esperança de chegar à Praia do Cambriú antes das 09:00. Na realidade como estava sozinho, mesmo tendo esperado até às 09:30 no pier não consegui nenhuma voadeira rumo ao Cambriú. Para garantir fui para o Marujá, depois faria o trecho de 12 km até o Cambriú caminhando.
O trajeto até a Comunidade Marujá já foi emocionante, cruzamos com golfinhos, guarás vermelhos e nossa voadeira deu uma pane ficando uns 40 min à deriva no meio do canal.
Do Marujá até o Cambriú a viagem foi angustiante: cruzar a Praia da Lage se revelou o principal teste emocional da viagem. São cerca de 6 km apenas, mas o fato de conseguirmos enxergar a outra ponta torna essa praia deserta um "inferno".
Parece não ter mais fim, some-se o fato de ser o início da travessia, então eu queria olhar o relógio a todo instante para saber do meu desempenho, ilusão, nada mudaria. Levei mais que 1h e 30min de caminhada, tive de fazer algumas paradas e lutar constantemente com os pensamentos negativos. Alguns urubus sobrevoavam meu esqueleto trambaleante fazendo troça.
Com muita luta cheguei no outro lado e depois na Praia do Fole, alcançando o Cambriú já depois das 15:00. Assustado, e preocupado devido à experiencia na Laje, resolvi dormir por ali mesmo. No finalzinho da tarde, conversando com moradores descobri que o seu Toninho (barqueiro) fez duas travessias de barco vindo de Cananeia naquele mesmo dia. No final eu tinha chegado também.
SEGUNDO DIA - MAR IMPLACÁVEL ESPERA INFINDÁVEL
Madruguei. Às 06:15 já me punha a caminhar, na esperança de ver o sol nascendo na Praia do Fole, de frente para a Ilha do Cambriú, nada mais que expectativa. O Astro só apareceu já alto umas 06:50 devido a quantidade de nuvens. Transpor a pequena Praia de Fole Pequeno é simples, a Praia do Fole também foi fácil, ou a ansiedade de chegar na aterradora Praia da Laje novamente fez com que as duas ficassem mais fáceis.
De peito aberto me pus a caminhar e em menos de 1h cruzei aquela vastidão de areia liza. É curioso como ela parecia ainda maior, apesar de psicologicamente ter sido bem mais fácil. A faixa de areia estava com mais de 50 m de largura, a maré tinha recuado bastante.
No trecho de pedras entre a Laje e o Marujá, fiz uma pausa para comer e beber água na bica que tem por ali.
Logo que começa o costão um visual deslumbrante, a Praia do Marujá sumindo no horizonte como um traço reto entre a água azul e a mata verde. Depois de sair no Marujá e caminhar uns 2 km encontrei as primeiras pessoas desse trecho. Era um pequeno grupo, aproximadamente 15 pessoas tomando banho de mar. Pelos demais 14 km daquele dia não vi mais ninguém, apesar de ter encontrado até uma placa indicando um restaurante.
Caminhei, caminhei, até tentei parar para descansar, mas além de não me sentir cansado, o sol de rachar e a falta de qualquer sombra desencorajam a pausa. Incrível que nesse dia, apesar de a praia ser bem mais extensa, quando me dei conta estava na antiga Vila da Baleia e já eram 12:00.
A Vila, agora destruída, mostra o quão implacável as águas podem ser. Hoje nenhuma residência permanece no local. O mar cortou um braço de uns 500m por ali, e continua avançando. As pessoas saíram deixando tudo para trás. Inclusive muito lixo (roupas, plástico, fios, canos, etc.) que provavelmente vai acabar no Atlântico, que diga-se de passagem já tem muito lixo. Uma vergonha. Ainda mais sabendo que se trata de uma comunidade que vive do Mar.
A parte boa é que no canal que se forma atrás da antiga Vila as águas além de limpas são muito calmas. Não resisti, tirei a roupa e dei alguns mergulhos. Arrumei minhas coisas como um travesseiro e tirei um bom cochilo, imaginando a pernada de volta até a nova Vila da Baleia ou Marujá pra conseguir um barco que me deixasse em Ararapira.
Acordei com o ruído de um barco parando ali pertinho, fui logo perguntar sobre chegar do outro lado. O barqueiro, Pedro, se ofereceu me deixar na agora Vila da Baleia, aceitei. Na Vila consegui um transporte para o final da tarde. Precisei ficar 4h esperando, sentado ao pé de uma árvore, sendo paparicado por uma cachorra que apareceu ali.
Cheguei em Ararapira quase noite. Lá fui informado que se tivesse parado na Pontal do Sul/SP poderia também chegar no Superagui caminhando: o antigo canal não existe mais, está todo assoreado pela areia e fica exposto, exceto em maré cheia.
TERCEIRO DIA - A PÉ OU DE CAVALO
Comecei cedo, e como não podia ser diferente larguei a tralha na ponta do Superagui e fui até o meio do antigo canal, marcar a divisa dos estados.
Caminhando no Paraná, logo avistei o improvável; no meio do nada um cavalo branco observando o Oceano, cheguei pensar que fosse loucura da solidão na minha cabeça. No entanto, pude confirmar era um cavalo mesmo. Resisti a tentação de cavalgar até a Vila de Superagui.
Caminhei, passei por alguns riachos, boias, quando encontrei gente, fui saber que já estava chegando na Vila. Eram 11:00 e meus planos de wild camping ficariam para outra oportunidade. Pleno, cheguei na Vila de Superagui. No entanto, um erro crasso me deixou preocupado, e não era o cansaço dos 20km e tanto. Em um dos riacho eu optei por não tirar a bota, resultado foi que era mais fundo que o planejado e entrou água nela, caminhei o resto do trecho, uns 10km, com o pé encharcado. Rendeu muita dor na sola do pé e o medo de aparecerem bolhas me obrigando a desistir no último trecho.
Achei um camping, muito da hora, e fiz uma coisa improvável que tive vontade lá pelas 09:00 da manhã, comprei uma coca-cola. Pensa num refrigerante gostoso. O marido da dona do camping, ao conversarmos se dispôs a me deixar na Ilha das Peças no outro dia.
Fiquei algumas horas sentado no píer da Vila esperando o pôr do Sol, durante esse tempo vários grupos de botos desfilaram a poucos metros de mim.
QUARTO DIA - UMA TRAPAÇA, MUITA ESPERA
Desarmei acampamento antes de o Sol nascer, mas tive de esperar o barqueiro, kkkk. À 06:40 me deixava na Ilha das Peças, e não quis me cobrar nada ainda. Nesse dia foi muito tranquilo, aquela sensação de tempo e espaço relativa, devido nas Peças eu saber que seriam apenas 16km para completar a trilha tornou tudo psicologicamente muito leve. A areia firme, a companhia da Ilha do Mel a poucos metros tudo preparado para um final incrível.
Depois do antigo farol, hoje caído, avistei a Vila das Peças. Inocente, mesmo percebendo um trecho que aparentava "mangue" resolvi cruzar por ali mesmo, próximo do mar, para não contornar pela margem da várzea. Foi o trecho mais cansativo, e olha que desisti logo do meio e fui para a margem da mata. A cada pisada o pé afundava alguns centímetros na areia fina, acabando com minha panturrilha (lembrei dos tempos de treino na areia para disputar campeonatos de futebol).
Chegando na Vila, 10:00, fui procurar alguém que me deixasse em Paranaguá. Não fui bem tratado pelos barqueiros, foram meio rudes - mochileiro acho que eles pensam que nós mendigamos carona. Fiquei chateado, mas paciência. Para piorar um do puto ainda me trapaceou, me disse que eu teria que esperar a escuna regular as 16h, mas se quisesse, por 70 reais me levaria às 15h, já que ele ia buscar mais gente em Paranaguá.
Achei um camping, armei a barraca para terminar de secar e dormi um sono. Eram 14:30 quando desmontei tudo e fui encontrar o indivíduo. O pilantra apareceu umas 15:20, eu com cara de bobo, fui no barco. A única coisa que o @#$& me disse é que ia para Supergui e não podia me levar (sacanagem, devido ao nosso combinado nem fui atrás de outros barcos).
Resumindo fiquei torrando no píer até às 16:30 quando a escuna me levou para Paranaguá. Foi um travessia incrível, que e ensinou muito. O fato de eu estar sozinho proporcionou perspectivas únicas. Saí de lá mais experiente, e agora que venha o Cassino.
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Por nnaomi
Ilha do Mel DDD (41)
Período: 17 a 21/12/2018 Cidades: Ilha do Mel A Ilha do Mel, pertencente ao município de Paranaguá, tem 95% de sua área composta por ecossistemas de restinga e Floresta Atlântica que são protegidas em duas UCs: uma Estação Ecológica e um Parque Estadual. Além das belezas naturais de 35 km de praias e costões rochosos e trilhas pela mata, possui atrativos históricos como o Farol das Conchas e a Fortaleza de N. Sra. dos Prazeres. São quatro vilas principais: Nova Brasília, Farol, Fortaleza e Encantadas que concentram a infraestrutura turística e estão interligadas por trilhas. Não há tráfego de carros e o deslocamento é feito por trilhas ou através de barcos.
Confira abaixo as dicas e o relato de viagem. Fiquei hospedada em Nova Brasília, na Ilha do Mel. A ilha é bem turística e existem boas opções de hospedagem e alimentação, mas não há hotéis de grande porte e/ou mais sofisticados devido às características do local. No geral, as opções são simples.
Obs.: ATENÇÃO: Não possuo nenhum vínculo com hotel, restaurante, agência, loja e qualquer outro tipo de estabelecimento divulgado nos meus relatos de viagem. Alguns dos pontos turísticos listados, bem como alguns estabelecimentos, não foram visitados por mim e as informações foram obtidas de guias ou funcionários de CITs ou são provenientes de pesquisa. Portanto, recomendo que antes de utilizar qualquer serviço, verifique com a secretaria de turismo da cidade e/ou outras fontes idôneas e confiáveis, como sites oficiais do governo ou órgãos de ensino/pesquisa, se os dados são atualizados e/ou verossímeis. Verifique também as datas dos relatos; algumas informações permanecem válidas com o passar dos anos, porém outras são efêmeras. Esse site não se propõe a ser um guia turístico, trata-se apenas de um relato de viagem e um apanhado de observações, experiências vivenciadas e opiniões de cunho pessoal que não têm a pretensão de ser uma verdade absoluta, pois retratam apenas uma faceta ínfima do diversificado e amplo universo histórico e cultural que um destino de viagem proporciona. Vá, experimente, vivencie e encontre a sua verdade.
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Nanci Naomi
http://nancinaomi.000webhostapp.com/
Trilhas:
Grupo CamEcol - Caminhadas Ecológicas Taubaté
Relatos:
23 dias no PR - dez/2018 - Parte 1: Natal de Curitiba | Parte 2: Morretes | Parte 3: Guaraqueçaba | Parte 4: Ilha do Superagui
15 dias em SC - fev/2018 - Parte 1: Vale Europeu | Parte 2: Penha
Paraty e Ilha Grande - jul/2015 - Parte 1: Paraty | Parte 2: Araçatiba e Bananal | Parte 3: Resumão das trilhas
3 dias em Monte Verde - dez/2014
21 dias na BA - fev/2014 - Parte 1: Arraial d'Ajuda | Parte 2: Caraíva | Parte 3: Trancoso | Parte 4: Porto Seguro
11 dias na BA - dez/2013 - Parte 1 e 3: Salvador | Parte 2: Costa do Dendê - Ilha de Boipeba e Morro de São Paulo
21 dias em SE e AL - fev-mar/2013 - Parte 1: Aracaju | Parte 2: Maceió | Parte 3: Maragogi
21 dias em SC - jul/2012 - Parte 1: Floripa | Parte 2: Garopaba | Parte 3: Urubici | Parte 4: Balneário Camboriú
8 dias em Foz do Iguaçu e vizinhanças - fev/2012 - Parte 1: Foz do Iguaçu | Parte 2: Puerto Iguazu | Parte 3: Ciudad del Est
25 dias desbravando Maranhão e Piauí - jul/2011 - Parte 1: São Luis | Parte 2: Lençóis Maranhenses | Parte 3: Delta do Parnaíba | Parte 4: Sete Cidades | Parte 5: Serra da Capivara | Parte 6: Teresina
Um final de semana prolongado em Caldas e Poços de Caldas - jul/2010
Itatiaia - Um fds em Penedo e parte baixa do PNI - nov/2009
Um fds prolongado em Trindade e Praia do Sono - out/2009
19 dias no Ceará e Rio Grande do Norte - jan/2009 - Parte 1: Introdução | Parte 2: Fortaleza | Parte 3: Jericoacoara | Parte 4: Canoa Quebrada | Parte 5: Natal
10 dias nas trilhas de Ilha Grande e passeios em Angra dos Reis - jul/2008
De molho em Caldas Novas - jan-2008 | Curtindo a tranquilidade mineira de Araxá – jan/2008
Mochilão solo: Curitiba e cidades vizinhas - jul/2007
Algumas Cidades Históricas de MG - jan/2007 - Parte 1: Ouro Preto | Parte 2: Tiradentes
9 dias nas Serras Gaúchas - set/2005 - Parte 1: Gramado | Parte 2: Canela | Parte 3: Nova Petrópolis | Parte 4: Cambará do Sul
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Por nnaomi
Morretes DDD (41)
Período: 03 a 10/12/2018 Cidades: Morretes, Antonina, Paranaguá e Quatro Barras* A região turística Litoral do Paraná engloba as cidades de Morretes, Antonina, Guaraqueçaba, Paranaguá, Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná. São cerca de 100 km de litoral, destacando-se a Ilha do Mel e o Parque Nacional do Superagui. Nas praias, ilhas e baías, podem ser avistados golfinhos e muitas aves. Além dos encantos do mar, há cachoeiras na maior área contínua brasileira de Mata Atlântica. Somando-se às belezas naturais, destacam-se as cidades históricas como Guaraqueçaba, Morretes, Antonina e Paranaguá e os caminhos históricos das ligações entre o litoral e o planalto como o Caminho do Itupava, a Estrada da Graciosa e a Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba. Suas riquezas também estão na cultura caiçara das canoas de bordadura, do fandango e na culinária típica do barreado e da banana servida na forma de bala, cachaça e chips.
Confira abaixo as dicas e o relato de viagem. Fiquei hospedada no centro de Morretes, de onde parti para conhecer Antonina e Paranaguá. A infraestrutura turística é pequena, pois atende majoritariamente os turistas que só vem almoçar e passar parte da tarde na cidade, mas é suficiente para atender quem desejar pernoitar.
* Quatro Barras, na verdade, faz parte de outra região turística, a Rotas do Pinhão.
Obs.: ATENÇÃO: Não possuo nenhum vínculo com hotel, restaurante, agência, loja e qualquer outro tipo de estabelecimento divulgado nos meus relatos de viagem. Alguns dos pontos turísticos listados, bem como alguns estabelecimentos, não foram visitados por mim e as informações foram obtidas de guias ou funcionários de CITs ou são provenientes de pesquisa. Portanto, recomendo que antes de utilizar qualquer serviço, verifique com a secretaria de turismo da cidade e/ou outras fontes idôneas e confiáveis, como sites oficiais do governo ou órgãos de ensino/pesquisa, se os dados são atualizados e/ou verossímeis. Verifique também as datas dos relatos; algumas informações permanecem válidas com o passar dos anos, porém outras são efêmeras. Esse site não se propõe a ser um guia turístico, trata-se apenas de um relato de viagem e um apanhado de observações, experiências vivenciadas e opiniões de cunho pessoal que não têm a pretensão de ser uma verdade absoluta, pois retratam apenas uma faceta ínfima do diversificado e amplo universo histórico e cultural que um destino de viagem proporciona. Vá, experimente, vivencie e encontre a sua verdade.
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Nanci Naomi
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Trilhas:
Grupo CamEcol - Caminhadas Ecológicas Taubaté
Relatos:
23 dias no PR - dez/2018 - Parte 1: Natal de Curitiba | Parte 2: Morretes
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Por deborar
Meu interesse pela Ilha do Cardoso, extremo sul do litoral de São Paulo, divisa com Paraná, nasceu pelos meus contatos pessoais já que nunca ouvi sobre a ilha em outros meios. Curiosa com as referências que recebi, destinei um feriado prolongado para conhecer o local.
A ilha em 1962 se tornou o “Parque Estadual Ilha do Cardoso”, com o fim de estimular a preservação natural. Hoje conta com uma extensa área de Mata Atlântica, é habitat natural de espécies raras, além de ter um centro de pesquisas científicas.
A grandiosidade da mata já fica clara quando se toma o barco. Não sendo isso o bastante, o caminho passa por uma baía de golfinhos, e eles aparecem com frequência para saldar os visitantes.
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Por FelipeSilvaSP
Olá pessoal! Tomei coragem e resolvi fazer meu primeiro post com relatos de viagens. Resolvemos fugir um pouco dos roteiros movimentados e curtir mais o sossego e a naruteza. Espero que este relato ajude a todos que queiram conhecer esses lugares. Vamos lá:
1º Dia - Registro e Cananéia
Acordamos bem cedo e pegamos a estrada, a direção era a cidade de Cananéia-SP (Litoral Sul). No caminho tranquilidade, sossego até.... TRANSITO NA SERRA.. "Meo será que até em dia de semana a gente pega transito nessa maldita serra???" Essas foram as palavras sábias de minha noiva logo qdo paramos atras de um monte de carros.. E que transito!!! Atrasou a viagem mais ou menos umas 3 horas...
Após rodar varios KM's resolvemos dar uma paradinha na cidade de Registro. Ela é uns 100km de Cananéia. Meo que cidade limpa! Que povo educado! Fora que é muito rica em cultura. Como foi uma cidade que teve muitos imigrantes japoneses, em varios pontos da cidade você ver coisas relacionadas com o Japão. É bem legalz.. Após conhecer a cidade e comer varias coisas lá (vários bolinhos japoneses ) continuamos nossa viagem.
*AVISO* - Pra que vai de São Paulo (Capital) p/ Cananéia muito cuidado com estrada que liga a Regis Bitencurt a cidade de Cananéia, pois tem varias curvas e muitos buracos.
Bom, chegamos em Cananéia. Nooossssaa nunca vi um litoral tão calmo, o povo muito simples hospitaleiro, ficamos em um hotel e fomos dar uma volta na cidade. O legal de lá é que tem vaaaariaass coisas historicas sobre imigrantes e talz. Fechamos com um rapaz o passeio para Ilha do Cardoso e voltamos pro hotel e fomos descansar.
2º Dia - Ilha do Cardoso
ZzZzZzZzZzZz... Bééé.. Bééé.. Afff o odeio meu despertador..
Acordamos umas 6:30, pois o passeio ia começar as 8:00... Quando o chegamos no lugar que o barco ia sair *SUPRESA* , o barco dava medo de mais... Acho que até um botinho inflavel passava mais segurança, mas fazer o que néh? Ja tinhamos pago... Então?? Caímos para dentro!!! No caminho o guia vai mostrando uma porrada de lugar e você acaba nem ligando mais para o barco, de tão lindo que é a paisagem.. Agua azulzinha, varios passaros, golfiiinhos (depois entro em mais detalhes), peixes e mutucas.. AIII MUTUCAS.. Isso!!! Infelizmente não sabiamos que em novembro e dezembro era a epoca de reprodução delas.. Mas blz, umas picadas a + ou - não matam ninguem. Voltando... O caminho até a Ilha do Cardoso é maravilhoso.. E quando voce chega lá!! MEEEOO DEEUUSS... Que lugar éh aquele.. Lindo d+, deserto, verde. Tem lugares na Ilha que tem piscina natural , fora a fauna.. Tudo o que tipo de passaro, peixes e golfinhos.. Sim agora vou chegar nessa parte... Eu sabia que os golfinhos eram brincalhões, mas não do jeito que eles estavam na ilha.. E ficavam se mostrando para nós, pulando chamando a atenção... Você pulava na água e eles vinham querer brincar. Dentro da ilha tem um museu bem legal, que tem fotos e ossos de jacaré, tubarões e até baleia encontrada lá. Quando deu umas 17:00 saímos da Ilha e voltamos para Cananéia.. E sabe o que fizemos???? NADA!! Porque eu e minha noiva estamos parecendo dois camarões, assadosssss por causa do sol... Comemos algumas coisinha e fomos durmir cedo!
3º Dia - Iguape e Ilha Comprida
"Amor, acho melhor a gente levar algum cartão, debito ou credito!" Essa foi mais uma das frases sábias de minha noiva. Pois éh!Eu não quis escuta-la, pois iriamos entrar varias vezes no mar e ja tinhamos dinheiro na carteira dela e na minha. Sóh que só fui perceber que tinha esquecido minha carteira mais tarde.
Saimos de Cananéia e fomos para a cidade de Iguape. Lá tem uma praia que fica em uma reserva. A praia da Juréia.. A praia é linda, bem diferente das praia normais.. Éh limpa e voce tem mais contato com a natureza. Ficamos um pouco lá e resolvemos ir para a Ilha Comprida. Você pode ir para Ilha ou por Cananéia que tem balsa, ou por Iguape quem a ponte. Ja que estavamos em Iguape, fomos pela ponte. A Ilha éh show de bola, tem a parte movimentada que fica no centro com varias lojas e quiosques. Ficamos um pouco la e fomos sentido Cananéia, onde fica a parte afastada. Tudo deserto, não tem asfalto, você anda com o carro pela areia da praia.. É muito doidooo, que sensação gostosa. Aproveitamos a praia, as dunas, tiramos varias fotos, brincamos muito com o carro na areia e cansamos... Resolvemos continuar o caminho para pegarmos a Balsa e ir para Cananéia só que...
*AVISO* Cuidado com o horario que você vai dirigir pela praia em Ilha Comprida, a maré pode subir!!
SIMMMM... A maré subiu.. O ultimo canal que tinhamos que atravessar para pegar a balsa encheu de mais e tivemos que voltar... Isso não é o pior, o pior era que eu esqueci a minha carteira e a minha noiva com suas frases sábias acertou mais uma... Esse maldito cartao fez uma faltaaa.. Pq ja não tinhamos mais dinheiro, estavamos sem cartão e não tinha jeito nenhum de sacar.. Acho que foi um dos perrengues mais doidos que passei em minha vida. Pq daquele canal para a balsa faltavam apenas 5 km e o retorno inteiro eram + de 90 km, fora que estava escurecendo e a maré subiundo.. Mas chegamos... Com a gasosa na reserva, sem dinheiro e suando frio ... Essa noite a gente aproveitou bem Cananeia, fomos para um barzinho e nos divertimos muito. Sóh que antes, agradecemos a Deus por ter chegado sã e salvo em casa!!!
4º Dia - Eldorado (Caverna do Diabo) e Iporanga (PETAR)
Chega de praia!!! Vamos agora curti cachoeiras e cavernas.
Logo de manhã pegamos a estrada e fomos em direção a Caverna do Diabo. Para chegar lá, você tem que passar pela cidade de Eldorado. Tem varias placas mostrando o caminho. É muito facil encontrar o lugar...
Quando vc chega no parque, você paga um taxinha para ir com o guia na caverna e pelo estacionamento. E só pode ir em turmas. Mais ou menos uns 40 minutos para fechar as turmas. Turmas fechadas vamos lá. Caverna é muito legal.. Nunca uma é igual a outra e a Caverna do Diabo e a mais diferente que eu ja vi.. Ela eh muito grande.. MAS ÉH GRANDE MESSSMOOOOO!!! Você fica impressionado com tamanha beleza.. E como a natureza consegue ser tão maravilhosa.. O ponto positivo da Caverna do Diabo, é que ela tem luzes, então não há muito a necessidade de lanternas. O negativo é que tem alguns lugares que a gente pode ver que foi vandalismo. E para a natureza consertar isso demora centenas de anos. É um passeio mais Light, e não requer muito esforço fisico.. Vale muito apena ir.
Terminado o passeio fomos para Iporanga. Para o lugar mais fascinante que eu ja vi..
Chegamos em Iporanga e fomos procurar alguma pousada. Rodamos muito até acharmos uma bem legalz. Se não me engano é Pousada Casa de Pedra, fica em frente ao rio Ribeira. Fomos fechar o passeio do dia seguinte e ficamos de bobeira a noite toda.
5º Dia - Iporanga - Petar
8:00 da manhã ja estavamos no lugar onde tinhamos marcado com o Guia. O guia custa R$ 100,00 o dia, ja com todos os equipamentos inclusos. Nosso guia foi o MIZAEL, o moleque eh gente fina de mais. Nosso roteiro tava a exploração de 3 cavernas mais o Boiacross.
*AVISO* O preparo fisico é muito importante para a exploração. Caso você nao tenha, explore cavernas mais basicas
Fomos para a Caverna Santana. Completamenta diferente de tudo que imaginei, nao tem luz nenhuma, só as nossas.. Ela eh tem varios labirintos e varias galerias, uma mais linda do que a outra. É a caverna mais bonita do Petar, pois tem varias estruturas, estalactites, estalagmites, cortinas e até umas pedrinhas que brilham no escuro que eu esqueci o nome. No final dela caminhamos um pouco e fomos para uma cachoeira.. Eu nem esperei o guia falar e ja pulei...
MEO DEUS... QUE AGUA GELLAAAAADDDDAAAAAA...
E era isso que ele ia falar, que tem lugares que a agua chega a 5ºgraus...
Depois disso fomos para a segunda... Caverna Ouro Grosso.. Que d+... A entrada dela é 40cm x 40cm e ela eh bem estreita. Nivel de dificuldade altissimo... Soh que no final voce ganha um presentaçoooo... Dentro da caverna tem uma piscina natura de + ou - 3 metros de pronfudidade e uma mini-cachoeira tbm!!! O mais legal lá é que a água não é tão gelada
A terceira foi a Caverna Alambari de Baixo.. Essa é maluca... A entrada dela éh bem larga e a claridade é alta na entrada. Assim a gente pode aproveitar cada detalhe dela... O mais legalz dela, é que você é obrigado a se molhar.. No meio dela vc tem que entrar na água. E as vezes a agua chega até o pescoço (tenho 1,74). Muito legalz.Cada caverna tem um diferencial, só que a do Alambari de Baixo e a do Ouro Grosso o nivel de dificuldade é alto.. Mas vale a pena..
No final, fizemos boia cross nas corredeiras do Petar... Foi incrivel... Chegamos mortos de fome e cansado na pousada... Fomos a um restaurante e curtimos a noite na cidade...
6º Dia - Volta para Sampa..
Acordamos taaaarrrde maiiss.. Meoo a volta éh sempre um saco.. Mas tinhamos que voltar...
Na volta a SP passamos ainda em Registro, pra mais uma passeada.. Ja disse que essa cidade é gostosa d+?? Meoo.. Éh.. Se vocês passarem em frente dela, não deixem de visitar...
Bom gente, esse foi meu relato. Espero que tenham gostado e ajude a muitos do forum..
Abraços..
Felipe Silva
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