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10 dias pela Bolívia (Jan/2012)


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Antes do início do meu relato ja deixo explicado que não viajo sem ter minha mochila no meu campo de visão e que sou extremamente neurótico com segurança. Viajar para mim não é descanso e sim dedicação à conhecer coisas e aprendizados diferentes. Não me importo em voltar cansado desde que a viagem seja algo único e impagável. Tem que valer a pena. :wink:

 

Esse relato segue em paralelo com o do João(Peregrino Lunar): uma-historia-de-30-dias-pedindo-carona-na-america-do-sul-t68393.html"

 

..............

 

 

Janeiro, 08 de 2012. Depois de um planejamento todo frustrado e outros 5 (dos 7) integrantes da trip terem cancelado a ida de última hora, estava eu na rodoviária de São Paulo esperando pelo ônibus que me levaria até Corumbá numa viagem de 14 horas. Pensei em trocar o destino e ir para o Pantanal mas já havia um camarada no meio do caminho em algum lugar entre Minas Gerais e a fronteira. Embarquei no ônibus e aos poucos ele foi vencendo as distâncias e no meu primeiro dia de férias eu dormi fácil!

 

Acordei com o sol da manhã e o ônibus parado numa cidade não muito longe da fronteira. Por algum motivo houve um atraso na chegada. Ainda faltavam algumas horas de viagem até Corumbá. Peguei na mochila algo pra comer e desci do ônibus para comprar uma Coca e recarregar o cantil que havia esvaziado durante as horas no ônibus. Missão cumprida me sentei ao sol esperando que o motorista do ônibus voltasse do café.

 

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De volta ao ônibus e mais estrada. As paisagens foram passando e eu passei a mão no celular para a última verificação dos emails antes de sair do alcance do meu pacote de dados. O camarada que provavelmente já estava em Corumbá não tinha celular e não mandou nenhum email. Concluí que ele também não estava no horário enviei email informando minha localização. Fiquei mais tranquilo.

 

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Chegando a Corumbá o ônibus atravessou a fronteira e já me deixou do outro lado... passava das 13:00 e a fila da imigração da Bolívia era faraônica. Sem alternativas, fui em busca do último da fila e lá me postei. Debaixo do sol escaldante escutava conversas em todas as línguas. Durante uma delas descobri que precisava passar na migração brasileira antes para posteriormente passar pela boliviana. Quase 2 horas de espera desperdiçadas saí da fila e me encaminhei pro outro lado da fronteira. Passando pelo meio do aglomerado disforme da fila. Um carro atropelou um cão que saiu correndo e ganindo na minha direção. Tentei pará-lo para ver se algo de muito grave aconteceu mas ele estava raivoso e tentou me morder. Imediatamente 2 argentinas surgiram correndo e chorando com pena do cão. Com mais gente atrás dele continuei em direção à migração brasileira. Chegando lá nada de diferente e novamente me postei como último da fila. Passado das 16:00 eu consegui meu visto de saída e voltei para o lado boliviano que incrivelmente parecia parado no tempo com a fila do mesmo tamanho de antes. Faltando apenas 2 horas para o encerramento do "expediente" boliviano era visível que não conseguiria nada mais naquele dia com aquela fila então fui procurar algum lugar pra dormir antes do dia escurecer.

 

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No processo de descolar um teto acabei conhecendo um outro brasileiro que concordou em dividir um quarto de duas camas pra aliviar o custo. Feito isso e com mochila trancada no quarto, o objetivo agora era comer algo e dormir cedo para madrugar na fila. Saí pela minúscula cidade e vasculhando no comércio local logo achei um restaurante de um brasileiro. Ótima pedida! Comi um PF muito bem feito e tomei Paceñas e Huaris bem geladas até a hora que o comércio fechou.

 

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Na volta pro quarto, passei num comércio que ainda estava aberto e comprei meia-dúzia de latinhas de Paceña. O calor era de matar e não rolava ficar dentro do quarto... me sentei no corredor e uma a uma as latinhas foram secando. Acabei dormindo ali no vento do corredor mesmo.

 

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Logo nos primeiros raios da manhã eu acordei com um pássaro de canto forte. Tomei um banho e sem comer nada, voei pra fila da imigração boliviana. Cheguei entre os 10 primeiros e lá esperei até que me dessem o visto. Enquanto isso, um limiar de sinal da Tim apareceu e um email chegou... era o João Paulo dizendo que havia me esperado demais e seguiria sem mim. O email enviado no dia anterior não me dava possibilidades de informar que eu já estava quase com o visto. Essa hora ele já estava chegando a Santa Cruz. Problemas de comunicação à parte, um senhor falante tentava furar a fila na minha frente. Barrei-o que prontamente me disse que tinha pressa pois era funcionário da ferrovia e precisava voltar pra lá rápido. Nessa vida nada é de graça e logo depois de uma negociação pelo lugar ele soltou que falaria com um amigo e mediante um suborno o cara forneceria as passagens do trem "esgotado" que sairia às 11:00.

 

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Feito isso, peguei o visto, a mochila e fui para a ferroviária. Chegando lá percebi que tudo era um conchavo muito bem tramado. A bilheteria ficava aberta por um curtíssimo período para que os "cambistas" de jaleco azul pudessem agir. Eles pareciam formigas num pedaço de bolo. Alguém de mochila chegava e eles fervilhavam em volta. Mencionei o nome do velho e todos sumiram como numa mágica e eu entrei na estação. Lá o velho me recebeu como se fosse um antigo amigo e me disse para ficar esperando no canto sem falar com ninguém. Minutos depois o trem chega e todos embarcam. Com o trem saindo um boliviano com cara de idiota vem me pedir o suborno e com o trem já em movimento e percebendo o desespero dele pra descer eu negociei a meu favor e quase saiu de graça. Dei o troco do refri que eu havia comprado e ficou por isso mesmo.

 

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Já dentro do vagão Pullman (verde-e-branco) amarrei muito bem a mochila no bagageiro e peguei a máquina para registrar a viagem. O trem balançava muito! Alguns momentos chegou a mais de 45º entre um vagão e outro. O cheiro forte de mofo e sofás bem destruídos com capas de pano que pareciam cortinas velhas completava o visual.

 

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Pensei que agora era somente esperar o trem chegar ao destino, mas de repente um estouro e uma fumaça enorme envolve o trem. O cara que viajava comigo, que trabalhava na Alston do Brasil, lançou logo: o freio do vagão à frente estourou!

 

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Depois de uma avaliação do maquinista, seguimos um pouco mais adiante onde um carro da ferrovia já esperava com ferramentas e ali ocorreu mais um atraso na minha viagem.

 

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Com o freio resolvido a viagem continuou... cemitérios e ruínas predominaram a paisagem até o pôr-do-sol e além dele. A cada estação um tumulto tomava conta do vagão com pessoas subindo e descendo e crianças vendendo comida e refrigerantes. Mesmo com a noite avançando as paradas agitavam o vagão. "Pojo, pojo, pojo!" era o grito recorrente junto com "Limonada helada!" e assim se sucedeu até que foi-se a última parada.

 

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Um silêncio negro pairou no ar e as pessoas dormiram. Fiquei ali velando a todos e aproveitando a paisagem noturna. Nessa noite não dormi.

 

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O dia amanheceu e com ele veio um vento úmido que logo se revelou gelado. Estávamos chegando em Santa Cruz de la Sierra. De lá o destino era Sucre e depois Uyuni.

 

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Desembarquei em Santa Cruz num ambiente que mais me lembrava a rodoviária do Rio de Janeiro(tenho família lá e conheço bem). Um ambiente quente, extremamente antigo e encardido (mas bem varrido). Como não há quase nada para fazer em S.C. fomos em busca das passagens para continuar a viagem. A ideia era viajar até Sucre durante o dia e até Uyuni durante a noite. Compramos as passagens para Sucre. Tudo como "manda o figurino": ônibus semi-cama (nos disseram que não existia onibus-cama para Sucre) com banheiro e ficamos quase 2 horas aguardando o horário da partida. Aproveitamos para circular nos arredores da estação rodoviária e eu aproveitei para comprar um chip de celular local. Fui até um posto telefônico onde uma menina de uns 20 anos atendia sozinha num pequeno balcão. Tadinha... era feia que dói mas isso me facilitou... uns minutinhos de conversa + bombom de presente... pronto.... e ela ligou na central da operadora e ativou o chip pra mim. Não me condenem! Eu fiz uma menina feliz e ela me ajudou. Isso se chama simbiose! Bem diferente de parasitismo. :-P

 

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Saí dali e fui em busca de alguma coisa para comer. Encontrei o camarada pelo caminho numa banca de bugigangas onde tocava uma música bem típica: "Ai se te piego, ai ai" ......... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA SOCOROOOOOO ATÉ AQUI!!!! "Anfam" acabamos entrando num lugarzinho minúsculo onde uma mulher bem obesa (é nesses lugares que tem comida boa! rs) estava à porta montando PFs de arroz frango frito e batata. Preço padrão, frango bem sequinho e batata dispensável.. fechou.. foi ali mesmo a última refeição antes de La Paz. Pagamos a refeição e a gentil mulher encheu meu cantil com água da cozinha. Pinguei o potabilizador e voltamos para a rodoviária.

 

O tempo passou, chegou a hora... subimos no ônibus e para minha surpresa nem minha mochila cabia no espaço destinado às pernas! Para piorar, o banheiro estava trancado com um arame ou seja, inútil. A viagem até Sucre era algo de 12 horas e naquele espaço definitivamente não iria rolar! Já com minha enoooorme paciência se esgotando com a empresa de ônibus "Santa Cruz" (fujam dela!) que já havia me atendido muito mal mas tive que engolir pois foram os únicos que disseram ter ônibus espaçoso, nem tentei sentar. Havia um homem fazendo a "chamada" e este foi meu alvo. Puxeio-o para o meio do corredor e me postei bloqueando a saída. Depois de uns 30 minutos de bate-boca com o mentiroso (que havia me prometido semi-cama), devolvi a chave do ônibus e ele me devolveu o dinheiro das passagens. Evadi-me dali como um trombadinha da Sé e voei para a sala do órgão "competente" que coordenava a rodoviária para registrar a reclamação e foi lá que eu descobri que não existiam (sabe-se lá o motivo mas é proibido) ônibus semi-cama e nem cama com destino a Sucre.

 

De volta à estaca zero, a alternativa era seguir rumo ao norte e deixar o Salar para outra vez com a esperança de ônibus melhores ou rota alternativa. Cochabama aí vamos nós.... ou não! Nesse meio tempo um protesto se instaurou na única rodovia asfaltada que ia para Cochabama e com a chuva que caía, a pista alternativa de terra se tornara inviável à passagem dos ônibus. Todas as empresas estavam proibidas de vender passagens a Cochabamba (os alto-falantes anunciavam isso a todo instante). Sem o que fazer, baixamos as mochilas num canto da rodoviária onde eu poderia ficar de costas a uma parede com cobertura de outra. Eu carregava apenas meu mochilão de 60 litros mas o camarada que segui comigo carregada mais duas bolsas pequenas além do mochilão. Amarrei todas as mochilas umas às outras e fiquei ali fazendo alterações no meu caderno de planejamento e o camarada foi usar internet. Enquanto eu fazia anotações da nova rota, um moleque (maior que eu) se encostou do meu lado próximo às mochilas... óbvio que eu saquei a proximidade desnecessária e continuei ali imóvel como se continuasse escrevendo. Bingo! O moleque tentou puxar uma das mochilas com o pé... visivelmente pesadas por estarem todas amarradas, ele tentou novamente. Joguei o caderno no chão e pulei no pescoço moleque. Coloquei o bico da caneta na garganta dele (bem abaixo da glote onde um furo não causaria danos sérios) e fiz força até ele esboçar reação. "Mira cabrón (apontando a bandeira do Brasil na minha mochila) no soy gringo, soy brasileño. Por esta vez no voy a sangrar usted. Te vá y no vuelves más a importunar brasileños." E o moleque correu... nunca mais o vi. 3 vivas para a Bic-Kubotan por sua resistência! KKK

Fiquei preocupado que poderia haver retaliação de outros ou mesmo da polícia local(extremamente corrupta) e então mandei um SMS para o camarada e trocamos de posição para o andar superior onde teria um maior campo de visão do saguão inferior. Trocamos a guarda das mochilas para não me pegarem com lastro que me impossibilitaria uma possível fuga.

 

Fiquei vagando pelo saguão inferior aguardando a reabertura das vendas para Cochabama e em conversa com um cara da MOPAR descobri que eles estavam preparando um ônibus para partir assim que fosse autorizado e que o motorista era um cara com bastante experiência no trecho além disso conhecia muito de desvios para escapar do protesto. Eu definitivamente não tava afim de cair em balela desses mentirosos novamente. Fiquei com um pé atrás... Perguntei qual era o ônibus e em vez do balconista me mostrar a foto como todos faziam ele me apontou um ônibus lá fora. Há... eu já tinha pago uma vez o embarque! Me utilizei do mesmo papel numa outra entrada e disse que havia saído do ônibus para usar o banheiro e passei... fui lá conferir o ônibus.. realmente... o ônibus batia com a descrição. Do lado de fora havia dois homens conversando que tentaram me parar e novamente "joguei" com eles e um deles era o motorista que levaria o ônibus... 10 anos de profissão na mesma rota. Tá... agora eu tenho dois mentirosos ou dois que falam a verdade finalmente? Troquei uma ideia rápida com o camarada e decidimos tentar sair dali pois o prejuízo em ter que pegar um teto por ali seria extremamente difícil em vista do número excessivo de pessoas que não poderia sair de Santa Cruz. Dormir na rodoviária não era uma boa ideia devido ao ocorrido até agora. Negociei as passagens e já pedi para me deixarem esperar na plataforma.. um lugar bem apertado e muito tumultuado... em fim, relativamente seguro e de aceso restrito somente a quem pagava pelo uso do terminal. Embarcamos já era fim de tarde e logo escureceu.

 

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O ônibus não desenvolveu muita velocidade devido ao tráfego e chuva e logo estancamos de vez devido ao protesto. Quase 1 hora parado e eu já tava ficando preocupado... cadê o motorista esperto que haviam me "vendido"? Tá... logo ele apareceu... o cara entrou na contramão com o ônibus e mais pra frente no acostamento oposto e como se não bastasse na grama oposta! Tirou fina de vários caminhoneiros parou... desceu e negociou com o protestantes para poder passar um pouco mais e uns caminhões liberaram a passagem... porém informaram que mais pra frente quebrariam o ônibus se chegasse até lá... uns 5 minutos de estrada a mais e o ônibus entra em ruas estreitas e de terra.... mais uns 5 minutos e para de novo. Ok, parados num local apertado com um veículo enorme... fechados dentro de um cubículo onde a única fuga é pela janela totalmente previsível.... pensei FOD*** esse motorista de merda levou todo mundo pra uma emboscada no vilarejo dele. Passei minha neura pro camarada e ele foi pro fundo do busão com as mochilas. Com o caminho até a porta liberado e os nativos tranquilos sentados nos bancos eu joguei a chave do busão no chão e desci. Lá na frente o motorista e mais outros nativos removiam enormes pedras do caminho. Porra! O cara tava mandando num esforço pela galera... fui lá e ajudei. Pedras retiradas e todos correram como se corressem por suas vidas e o cagão aqui correu também, óbvio! :-D

 

Já no ônibus e a velocidade de cruzeiro retomada só me restou dar uma golada no final de água que tinha no cantil e aproveitar a luz da Lua. Não consegui dormir nessa noite.

 

O dia amanheceu e já em Cochabamba desci voando para comprar passagens com destino a La Paz para tentar pegar ônibus na sequência e com isso tirar um pouco do atraso no cronograma. Passagens da Trans Copacabana compradas e já ficamos na porta de embarque pois em 30 minutos o ônibus sairia. Embarcamos sem muitos problemas e a viagem seguiu totalmente tranquila... joguei um pouco no celular e tentei sintonizar alguma emissora de TV sem sucesso.

 

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A noite foi se aproximando e com ela ... La Paz!! Finalmente! Ao desembarcar senti que a maré-vermelha havia ficado pra trás. Já era tarde.

 

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Como já havia feito um planejamento tático de La Paz pegamos um táxi e fomos em direção ao Hostel Copacabana.... WI-FI, café da manhã, próximo ao centro e principalmente ao Hard Rock Café! O preço era um pouco acima do esperado mas o Loki estava lotado e os outros no arredor não possuíam preço muito diferente além de não ter WIFI gratuito. Trancamos as mochilas no quarto e fomos pra rua aproveitar o fim de tarde. Circulamos até onde deu.. já a noite descolamos uma pizzaria bem legal ali perto onde jantamos. Eu fiquei vagando mais um pouco pela cidade a pé e o camarada foi dormir... aproveitei a "andada" para mapear o tamanho das lojas que eu não vi de dia e os nomes que permitiam saber o que vendia e poderiam ser interessantes. Eu iria pegar La Paz novamente na volta. Passei por uma quitandinha que tinha umas Paceñas geladas, comprei duas e limitei minha caminhada até onde durassem as latinhas. Findas, dei meia-volta e iniciei a volta ao hostel.... uma caminhada que foi mais dura devido às subidas íngremes mas em pouco tempo já estava jogado na cama. Dormi por cerca de 4 horas, acordei e fui tomar banho... ah, finalmente um banho descente! Reorganizei minha mochila afim de poder deixar a toalha molhada por debaixo da sobre-tampa, cutuquei o camarada que ainda roncava e desci para tomar café. Logo na sequência senta um zumbi ao meu lado... era o camarada ainda dormindo em pé. Um jarro de café depois, e saímos para dar uma olhada melhor na cidade.

 

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Voltamos,fizemos o checkout e fomos em busca do ônibus para Copacabana.

 

O trajeto para Copacabana foi o mais tranquilo de todos... desde a compra das passagens até chegar lá. Conseguimos um ônibus relativamente novo que partiria em 20 minutos. Aproveitei esse tempo para comprar postais em um dos comércios ali próximo.

 

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Descendo em Copacabana o clima de cidade praiana era visível. Como sempre, prioridade 1 era um teto... negociado Hostal Wara a 88 bolivianos/dia e mochilas trancadas hora de ir saudar o Titicaca. As fotos abaixo não foram montagens de Photoshop. Eu realmente tirei essas fotos!

 

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Tá... o surto psicótico de ver o Titicaca passou... na praia haviam vários grupos de pessoas sentadas... uns contemplando a paisagem, outros dormindo em cima de suas mochilas, outros tocando instrumentos.... (depois de ler o relato do João Paulo, percebo que um desses grupos que estavam com mochilas na praia, me parecia ser o do João Paulo que há dias tinha me desencontrado na fronteira)...

 

Galera aproveitando o momento inigualável... tudo numa boa mas, paaaaatz ESQUECI de negociar os passeios do dia seguinte antes de ir até a praia... andei pela rua principal e em rápida análise um pacote foi fechado para a Isla del Sol a sair às 08:30 do dia seguinte. Ufa, hora da trutcha!!! Circulada básica para mapear a cidade e me "abundei" num restaurante com WIFI gratuito para comer a truta-do-lago. Tá não foi o mais barato mas me rendeu uma senha permanente de internet que eu usei pelo restante do tempo que fiquei por lá na cidade ;) A truta... tá... a truta... muito boa! Mas é só uma truta... como qualquer outra que comi aqui no Brasil.

 

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Tomei umas 3 Huaris e o camarada desistiu da paisagem da rua e foi dormir... mais umas 3 Paceñas e a cidade ficou deserta. Eu sentado na calçada sem breja e nem o cantil pra afastar o calor comecei a escutar um "tututu" longe... decidi seguir o som pra ver o que era. Eu parecia o Pica-Pau seguindo o som kkkk... encontrei.. vinha de uma espécie de sub-solo. Parecia uma baladinha alternativa e abafada. Nada a perder, decidi descer as escadas. PORRA DE CONTOS-DE-FADAS! Foi a Branca de Neve que mandou construir a entrada de 1,50m de altura! Bati a cabeça tão forte que fiquei até meio zonzo. Encostei no balcão para pedir uma cerveja e imediatamente o balconista pega um guardanapo e passa na minha testa... era sangue... a pancada me tirou um "escalpo" KKKK

 

Baladinha legal.... tinha uma banda local tocando um tipo de reggae mais local ainda rsrs. Fiquei lá até que terminassem de tocar e um bando de Argentinos começarem a zonear a bagaça... quando percebi que a cerveja já era muita e os ânimos já se exaltavam, fui embora... era quase 3 da madrugada... eu precisava dormir um pouco pra suportar a caminhada que estava por vir. Voltei pro hostel e me joguei na cama. Acordo com o camarada me cutucando (vez dele rs). Banho rápido e minha cabeça dói... não, não foi a cerveja... foi a pancada rsrs ardeu com a água do chuveiro. Corremos para a praia e entramos no barco... MERDAAAA ESQUECI A MÁQUINA! O camarada tinha duas e deixou uma comigo.

 

Ilha do Sol lá vou eu!

 

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Chegando na ilha fomos recepcionados por um guia (opaa ninguém mencionou isso na agência) com um colete de fotógrafo e um chapéu Panamá que começou a conduzir a galera. Logo de início percebi na praia que uma galera (João Paulo??) tava acampada e me bateu uma inveja animal só de pensar como seria a noite na ilha. Ja era... paciência... da próxima vez eu pesquiso melhor a viagem.

 

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Conforme uns mais lerdos se distanciavam ele parava e começava a fornecer curiosidades locais para arrebanhar os retardatários. De tudo que o guia falou o que mais me chamou atenção foi a informação dobre as três pequenas ilhas (foto mais abaixo) que delimitam um antigo vale onde existe uma cidade submersa descoberta por Jacques Cousteau http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/892616.stm" . Já há planos de manejo sendo elaborados para o turismo aquático no Titicaca visando a visitação dessa cidade submersa. Curiosidades apresentadas e o guia deu opção de voltar ao barco ou fazer a trilha que atravessa a ilha. O camarada voltou e eu nem pisquei já estava na trilha.

 

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O sol era forte mas a brisa era gelada e refrescante. A trilha era tranquila como uma calçada de bairro e lá fui seguindo e olhando a paisagem. De repente um "bloqueio" com uns nativos e um talãozinho. Pedágio!!! Novamente a agência não mencionara isso e eu não tinha 1 centavo furado (nem almocei nesse dia). Ou paga ou volta. Não, não viajei tanto pra voltar agora! Nem que eu fosse preso na parte sul da ilha eu faria a travessia e foi esse meu argumento em cada "posto" de passagem que eu furava na base da inadimplência. Instrui os nativos a conversarem com as agências para isso não acontecer mais. Os nativos fazem a manutenção exemplar da trilha e dependem desse dinheiro para viver. Não contribuir é como pedir para eles destruírem tudo com lavouras para o próprio sustento. Lamentável essa falha de informação da agência.

 

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Horas depois a trilha acaba e nenhuma policia me esperava rsrsrs. A descida para a praia se dá por uma escada pitoresca com uma nascente que escorre pelas laterais. OBA! Água fresca! Enchi o cantil, pinguei o potabilizador e iniciei a descida dos inúmeros degraus. Agora era só esperar o grupo se reunir e entrar no barco. Chega de sol por hoje, procurei uma sombra para me sentar e tomar um pouco de água da Ilha do Sol. Tá... nessa hora que me toquei... quem foi o idiota que imaginou que na ilha do sol não teria sol????? BURROOOO

 

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Já era... a caquinha tava feita... agora era aguentar as queimaduras e seguir com a viagem de qualquer jeito. A volta não foi tão legal quanto a ida pois tive que ficar dentro do barco para não arder no sol mas mesmo assim foi legal. Apesar de ser a mesma paisagem, ainda sim é aqueeeeela paisagem. :wink:

 

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De volta a Copacabana um banho frio para ajudar aliviar a dor e rua. Comprei uma Paceña e sentei na calçada de frente para onde eu tinha a senha do WIFI para checar alguns emails enquanto esperava o camarada aparecer. Fomos a uma lan-house para copiar as fotos da máquina dele e na sequência buscamos um rango. A janta foi Paceñas e outra truta num lugar mais barato. Tá... a truta.... segunda chance e reafirmo: tem truta igual aqui no Brasil. Novamente o camarada vai hibernar e eu fico na rua sentado curtindo a brisa mas dessa vez fique lá de frente pro mar. Sem nada nos bolsos, com o dinheiro dentro da meia e acompanhado de 2 garrafas vazias me dei o prêmio de dormir olhando o lago. Acordei no meio da noite com um frio de rachar por causa das queimaduras e fui pro hostel onde enrolei mais um pouco na cama e com os primeiros raios de luz, fui tomar banho. Quando voltei o camarada já comia seus doces matinais (como comia doce, arre!). Arrumamos as mochilas e saímos pela cidade para comprar souvenires. Era domingo e tava rolando um ritual no centrinho da cidade com vários carros (de toda a Bolívia) decorados sendo bentos pelo frei local. Muita agitação e um forfé total. Percebi que não adiantaria pressa pois voltar a La Paz seria somente depois daquele congestionamento todo se dissipar.

 

Já que inevitavelmente era hora de compras então dediquei meio dia a isso. Limitei a 1 real cada souvenir principalmente por causa do peso mas confesso que isso não deu muito certo... sabe como é... levar uma bugiganga porcaria pra sua mãe é transformar os almoços de domingo em gororoba de presídio por um ano inteiro!! KKKKKK Criatividade! Usar a criatividade é importante! Comprei amuletos tradicionais, flautinhas, patuás, estatuetas, lhamas etc... o máximo que deu feitas de madeira/bambu/lã para não pesar. A única divergência foi somente um monolito de proteção feito de pedra que dias depois explodiria no meu quintal (eita mal-olhado!).

 

Hora do almoço e fomos em busca de um tradicional "almuerzo" BBB (bom, bonito e barato) que consiste em sopa de entrada + prato principal. Escolhi um espaguete com molho de carne... sim o macarrão à bolonhesa nosso de todo domingo... fiz isso justamente para analisar como é a cultura deles com relação a um prato que conhecemos bem. Tá... depois de olhar aquela sopa que parecia tirada da valeta da esquina, decidi comer.

 

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Pára! Pára tudo! Chamei o garçon e perguntei se era possível trocar o macarrão por outro prato de sopa. Táva bom aquele caldo estranho. Disse o garçon que a cor escura era por causa da batata desidratada mas na foto vocês podem comprovar que há restos/miúdos de frango e boi bem como umas folhas secas que pareciam couve mas de espessura bem mais fina (folhas de capim?? rs). Nada disso interessa... o que interessa é que tava muito bom!

 

Com a barriga cheia fomos atrás das passagens. Aqui eu iniciaria minha volta sozinho e o camarada continuaria subindo. Passagens na mão e mochila nas costas. Saludos! Embarco para La Paz com uma vontade enorme de passar mais uma semana em Copacabana.

 

A volta para La Paz foi sem novidades. A ideia era voltar de vez para o Brasil mas decidi ficar um dia a mais em La Paz. Mesmo porque, a presilha da barrigueira minha mochila havia quebrado e os 50 quilos só nas costas já estava me matando. Mesmo planejamento... mantive o Hostal Copacabana pois consegui um desconto de "cliente" em um quartinho minúsculo mas com banheiro privativo e aquecimento central. Tranquei a mochila e saí. Lembrei-me de uma rua ali perto onde eu vi um lugar que fabricava bolsas e levei a peça quebrada. 5 bolivianos e consegui um par de presilhas similar. Nada igual ao original (as originais possuem ajuste dos dois lados) mas deu pra adaptar. Mochila resolvida fui negociar a subida do Chacaltaya e Vale de la Luna e depois fui comprar bugigangas na Calle de las Brujas e ruas de baixo. Um amigo havia me pedido um Lhama e eu cheguei a cotar preço dos fetos ressecados mas depois desencanei de levar aquela coisa fedorenta na mochila rsrs

 

Dei uma caminhada gigantesca pela cidade e fui a vários pontos turísticos a pé (eu gosto de andar). Já no final da noite quando estava voltando passei na frente do Hard Rock Café e tudo parecia meio paradão lá dentro... eram umas 20:30... imaginei que a coisa ficaria melhor lá pelas 22:00 então fui arrumar algo pra comer.... voltando da Janta passei lá denovo e nada... tudo deserto... decidi ir tomar um banho e depooois voltar.. DAMED! Mesmo marasmo! Entrei de qualquer jeito... não iria deixar de tomar uma breja no HHC de La Paz!

 

Lugarzinho legal mas nada de especial como os outros ao redor do mundo. Tava rolando um rock clássico padrão (acho que era ZZ Top). Pelo salão tinha mais 3 pessoas... duas meninas conversando freneticamente e um cara assistindo uma reprise do MMA com o Minotauro. Me postei num ângulo do balcão de frente para a TV e pedi uma cerveja. O tempo foi passando e as músicas estavam boas. Lá pelas tantas quando eu saía do banheiro um som apocalíptico ecoou por todos os lados: "Ai se te piego, ai, ai, ai..." AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA DE NOVO NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOO

 

Em menos de 2 minutos eu já estava na rua trocando uma ideia com o segurança da porta e lá fiquei.... conheci uns brasileiros que estavam fumando na porta apesar de ser permitido fumar lá dentro. A conversa foi indo até as 4 da manhã quando tem o "toque de recolher" do governo e tudo tem que fechar. Um breve tumulto na porta, um outro brasileiro se cortou ao cair depois de um spray de pimenta desnecessário do segurança e um destacamento foi acompanha-lo até um hospital para dar pontos no dedo apesar de eu achar que ali não precisava de pontos mas..... em boca fechada não entra mosca. Fui pro hostel tomar outro banho e dormir um pouco.

 

Acordei lá pelas 7 juntei as coisas e desci já com a mochila pro café. Pela primeira vez a minha mochila ficou sozinha e sem ser trancada em algum lugar. Deixei-a numa estante de quartinho atrás da recepção que foi gentilmente cedido pelo dono do hostal enquanto eu ia ao Chacaltaya. Tomei o café da manhã e até tentei tomar o chá de coca mas tinha gosto de grama molhada, nem rolou. 08:10 chega o micro-ônibus e eu embarco. Trajeto marcado de muitos gritos de uma menina histérica que tava quase se cagando de ver o ônibus na beirada da pista.

 

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Uma breve parada para fotos e mais subida. Pouco tempo depois chegamos ao abrigo base.

 

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Dali pra frente era a pé. Cada um por si. Fiquei um pouco no abrigo para ver a paisagem e logo comecei a subir. Nada tão difícil quanto imaginava e nem perto do que falavam. Em resumo foram duas paradas que eu fiz na subida. Certo momento tive que puxar e jogar no chão um cara que teve vertigem ele se apoiou no joelho e balançava ao vento bem na beirada da trilha.

 

Sobe, sobe, sobe.

 

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Gelo escorregando pra kct e sobe, sobe, sobe.

 

Pronto! Mission accomplished!

 

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Bora descer... tá... brasileiro tem criatividade construtiva e às vezes, destrutiva.... um certo ponto da trilha era muito íngreme e com muita neve.

 

Lógico q eu iria tentar uma avalanche!!! Esperei todo mundo passar e fui juntando uma bola de neve enorme... um pouco maior que uma bola de basquete... rolei ela morro abaixo e ... UAU! Nada aconteceu! rsrs Mesmo bem compactada a bola se esfarelou. Desisti da brincadeira e continuei a descida que deveria ser tranquila MAS, começou a nevar e ventar forte. A neve batia na minha orelha e doía muito. Tive que usar as abas do chapéu para proteger. Sem alterar o ritmo terminei a descida. De volta ao abrigo vasculhei todos os andares.

 

Achei uma salinha quentinha no andar intermediário onde tinha um janelão que dava pra ver o vale todo. Ali fiquei até a movimentação de partida agitar o abrigo.

 

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Com todos a bordo, partimos para o Vale da Lua. No caminho alguns ficaram na cidade pois somente haviam pago metade do passeio. E a viagem seguiu até o outro lado da cidade.

 

O Vale da Lua não tem nada de tão especial. É como um parque com uma paisagem esculpida pela chuva em um solo semi argiloso. Segundo informação do guia, a paisagem muda constantemente com a passagem da época das chuvas.

 

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Findo o passeio água-com-açúcar o ônibus me deixa no hostel novamente onde eu pego a mochila, endereço os postais e coloco eles numa caixa de correio do próprio hostel. Me despeço do dono gente-boa e vou pra rua. Um táxi rápido e já na rodoviária pego um ônibus para Cochabamba. Agora sim... a volta pra casa de vez.... triste e feliz...

 

Em Cochabamba troco rapidinho de ônibus para Santa Cruz antes que algum protesto aconteça novamente e horas e horas depois cheguei em Santa Cruz. Ok, hora de ficar mais neurótico que o normal. Negociei a passagem para São Paulo diretamente. (cagada total!)

 

Já na fronteira novamente (eram umas 6:30 da manhã) descobri que o ônibus que eu estava voltaria e um outro viria somente às 14:00 para prosseguir viagem. Sem alternativas, fiz o trâmite de fronteira (tive que dar uns gritos na imigração brasileira pra coibir o tumulto dos bolivianos passando na frente de todo mundo) e fiquei vagando pela cidade até a hora de embarcar. Já no ônibus e vamos lá! Não! Para na fronteira pra RF fiscalizar. Era de se esperar... ônibus boliviano é suspeito sempre.... um agente federal subiu e imediatamente veio conversar comigo. Disse que tinha me visto gritar lá na fila da imigração e disse que ficaram só olhando a reação "das pessoas" (bolivianos). Mais uns minutos de conversa e o ônibus segue viagem.

 

bolivia2012358.jpg

 

Ah... finalmente... "terra firme" rsrs. Decidi dormir um pouco pois havia somente umas 10 pessoas no ônibus e destas somente um homem boliviano que era menor que eu. Nada pra se preocupar. Pouco tempo depois e de repente um cara me acorda. Era a PF novamente com a Guarda Nacional (comumente conhecida na Bolivia por "Los Assustadores"). O Agente pede para ver minha mochila e finge que vasculha algo. Logo manda eu descer junto com o outro único homem (era boliviano) que tinha no ônibus. Geral nos dois e manda o cara subir. Eu fico. Os caras da GN fecham uma parede que quase não dava pra ver o ônibus e os agentes da PF vem conversar comigo enquanto o ônibus é vigiado pela "parede". Me pediram pra eu comentar coisas suspeitas e que eu podia ter achado estranho. Qualquer coisa mesmo. Até uma mala amarrada com barbante poderia ajudá-los. Como fiquei horas esperando o ônibus chegar em Quijarro, fiz um descritivo bem curto de cada integrante do ônibus (que não eram muitos) e de suas bagagens. Não detectaram nada de anormal, eu voltei pro ônibus e a viagem continuou. Dessa vez sem paradas inesperadas.

 

Acordei diversas vezes no meio da noite e com o dia já clareando a região do Pantanal me trouxe um amanhecer impecável sem deixar nada a desejar para outros lugares.

 

bolivia2012360.jpg

 

É bom viajar mas também é bom voltar pra casa!

 

 

>>>>>>>>>>>>> acervo completo de fotos em: http://share.shutterfly.com/view/flashShareSlideshow.jsp?sid=0AYuGbhu4cN2jo4"

 

 

Willian

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Parabéns pelo relato meu caro.

fiquei abismado ao ler-lo,

eu sabia que a gente quase tinha se encontrado na viagem,mais pelo seu relato vi que na fronteira boliviana a gente estava a menos de 100 metros de distancia,o universo não permitiu que nos encontrássemos,mais tenho certeza que tu se divertiu e aproveitou pacas,sua historia ta incrível,que a gente ainda viaje junto,seja no Sudamerica ou em qualquer parte do globo.

 

",tive que ficar das 08:00 da manha as 18:00,não obstante o lado boliviano de imigração não havia nada para se esconder do sol que estava muito forte,pessoas desmaiavam, comecei a sentir efeitos de insolação,as pessoas dos dois lados protestavam e havia muita gente burlando fila,houve um tumulto e um cão foi atropelado.[...] blog do peregrino lunar (o joão paulo)

 

ta vendo a gente viu o mesmo pobre animal eu tenho certeza,e na isla del sol provavelmente era eu mesmo acampando

hahahahaha

"o universo e seus mistérios"

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Achei muito legal seu relato!!!! Apesar dos apuros que passou deve ter sido uma grande viagem!

::otemo::

 

Certeza! Foi sim... ainda há detalhes que não coloquei para não poluir muito o relato ... coisas como nunca usar essas caixas de postagem dos hotéis pq só recolhem 1 vez por mês. Os meus postais vieram com carimbo de 2 dias depois que eu voltei pro Brasil!!!! ::putz::

 

Willian

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  • 1 ano depois...
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Achei muito legal seu relato!!!! Apesar dos apuros que passou deve ter sido uma grande viagem!

::otemo::

 

Certeza! Foi sim... ainda há detalhes que não coloquei para não poluir muito o relato ... coisas como nunca usar essas caixas de postagem dos hotéis pq só recolhem 1 vez por mês. Os meus postais vieram com carimbo de 2 dias depois que eu voltei pro Brasil!!!! ::putz::

 

Willian

 

Mano quanto você gastou ao total na sua viagem?

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Cara, muito bacana seu relato. Amo a bolivia e Copacabana é especial.

 

Copacabana é parada obrigatória na minha opinião!!! Eu ainda volto lá pra passar uns 15 dias direto. Mas dessa vez eu levo uma bolsa térmica pra não precisar ir buscar cerveja no meio do pôr-do-sol. :D

 

 

W

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