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Monte Roraima, Salto Angel, El Pauji, Gran Sabana - Dezembro 2012


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Boa Vista

 

Depois de um dia inteiro de viagem, cheguei em Boa Vista de madrugada, peguei um taxi (R$30,00 tabelado) fui direto para o Hotel Ideal. Simples, cama era boa e chuveiro também. Café da manha meio fraco mas deu pra quebrar o galho. Diária de R$50,00 em quarto com ar condicionado para 1 pessoa. Pedi informação do que eu poderia fazer em Boa Vista, e o dono do hotel me disse que não tinha nada pra fazer lá, que a orla estava abandonada e mesmo quando eu insisti dizendo que alguma coisa deveria ter para fazer ele me disse que Boa Vista não tinha nada para turista fazer!?!? Mesmo assim fui até a Orla Tauman, e realmente está tudo meio abandonado, não sei se era porque ainda era de manha mas o lugar estava vazio e realmente as construções (restaurantes, parques, píer) estavam todos se deteriorando. A Orla fica há 10 minutos a pé do Hotel Ideal. Lá só encontrei dois guris que estavam tirando fotos e como pensei que fossem turistas fui pedir pra eles o que eles iriam fazer em Boa Vista. Mas eles eram de lá e me confirmaram o que o cara do hotel me disse, que lá não tinha nada para fazer...

 

Sendo assim, peguei uma lotação (R$2,50), que são taxis que tem uma rota estabelecida e pegam vários passageiros e fui até a rodoviária, pensando em comprar passagem para ir até a Serra do Tepequem ou para Uiramuta, onde fica o ponto extremo norte do Brasil, e chegando lá entrei em todos os lugares pedindo informação sobre os ônibus para esses lugares e ficavam me mandando de um lugar para o outro e ninguém sabia de nada. Ninguém sabia sobre ônibus para esses lugares, as próprias pessoas que trabalhavam nas empresas de ônibus. Depois de rodar por lá, ir e voltar várias vezes pedindo informação, passei em um balcão de uma empresa que estava fechado, mas tinha um cartaz informando que ônibus para Tepequem só nas 4ª feiras, pra Uiramuta nem sinal de fogo consegui.

 

Eu tinha planejado ficar 4 dias no estado de Roraima para conhecer algo por lá e prestigiar o Brasil também antes de seguir pra Venezuela, mas diante desse cenário decidi que cruzaria a fronteira no dia seguinte, afinal ainda era domingo e eu não ia ficar mais 3 dias em Boa Vista sem nada pra fazer. Peguei novamente o taxi lotação, voltei para o hotel Ideal, arrumei minhas coisas e me transferi para o Hotel Euzebios (R$80,00), que tinha uma piscina maravilhosa, afinal, já que eu ia passar mais esse dia em Boa Vista, pelo menos aproveitava a piscina do hotel. Hotel muito bom, com café da manha excelente.

 

Outra coisa que não dá pra esperar muito em Boa Vista é na parte da alimentação. Sou do sul e de uma região com “orgias” gastronômicas, e apesar de ter vários pratos típicos do norte, senti falta de um restaurante de verdade por lá. Para almoçar me indicaram um tal de Frangão, que ficava numa esquina e o lugar não tinha paredes, só o telhado. Tinha uma churrasqueira enorme onde assavam os frangos e no meio do lugar um bufe com comida a quilo. A comida era boa, nada de especial, mas achei meio anti-higiênico o lugar... e de noite me indicaram comer na Praça das Águas, que fica há uma quadra do Euzebios. A praça é um lugar muito legal, onde todos vão passear e aproveitar a noite agradável de quente de Boa Vista! Tem lugares para as crianças brincarem, artesanato, nesse dia tinha um teatro de rua e um grupo de música típica de Roraima se apresentando por lá. Lugar muito legal. E nessa praça tem também uma praça de alimentação, que são barraquinhas minúsculas que servem tudo quanto é tipo de comida que você pode imaginar! A comida era boa também. No dia seguinte acordei e decidi que iria ficar aproveitando a piscina até meio dia que era quando vencia a diária do hotel e só depois seguir para a Venezuela.

 

Fronteira / Santa Elena

 

Peguei um taxi do hotel até o terminal (R$10,00) de onde saem os taxis lotação para a fronteira e não tive que esperar muito para juntar 5 pessoas e partir para fronteira. Como eu estava sozinha e o resto do pessoal ia só até a cidade do lado brasileiro, não iam cruzar a fronteira, não consegui negociar com o taxista para me levar até Santa Elena, mas não fez muita diferença. O taxi de Boa Vista até a fronteira custou R$25,00 e da fronteira até Santa Elena custou R$10,00 porque fomos em apenas duas pessoas. O taxista nos levou direto até o Hotel Michele, onde deixamos as mochilas e fomos procurar alguma coisa para comer, afinal já eram 3 da tarde e eu só tinha tomado café da manha. Eu e um argentino que conheci no taxi fomos para a padaria, onde comemos alguma coisa e aproveitamos para fazer cambio na 4 esquinas. O cambio estava R$1,00 para B$7,70. O dólar estava valendo B$16,00. Muito bom o cambio, praticamente o dobro do que tinha pesquisado aqui antes de ir, me senti milionária!!! Troquei logo R$1000,00 e recebi um bolo enorme de dinheiro que não sabia nem onde ia guardar tudo aquilo. Voltamos para o hotel para pegar as mochilas e pegamos um taxi (B$15,00) até o terminal de ônibus de Santa Elena, com intenção de ir para Ciudad Bolivar e fazer o Salto Angel.

 

Eu achava que meu problema com os transportes tinham acabado no Brasil, mas que engano, eles estavam apenas começando! Chegamos no terminal por volta de 16:00 e todas as oficinas estavam fechadas, e havia muita gente esperando por lá. Conversando com as pessoas, tivemos a informação de que não haviam mais ônibus e que se quiséssemos passagem teríamos que voltar as 4 da madrugada para ficar numa fila enorme e tentar conseguir a passagem para viajar as 7 da noite. Eu olhei para o argentino e disse que não ia embora daí, se tinha ônibus que saia as 7 da noite, as oficinas tinham que abrir para receber os ônibus e organizar a viagem. Ficamos esperando junto com mais um monte de gente que também não tinha passagem e que precisavam viajar naquele dia, mas um monte de gente mesmo, dava pra lotar mais um ônibus só com a galera que tava lá e não tinha passagem, fora aqueles que tinham desistido e ido embora. As 18:00 as oficinas começaram a abrir, fomos em todas e a resposta era a mesma: não tem passagem. Por volta das 18:30 apareceu um ônibus, e assim que o motorista saiu da porta eu me atirei na frente dele pedindo se tinha lugar para viajar no ônibus. Ele me fez um sinal pra esperar e foi na oficina fazer as burocracias deles. Quando ele voltou um monte de gente abordando ele pra conseguir um lugar no ônibus.

 

Eu estava junto com o argentino, e ele pediu se a gente era um casal e ofereceu pra gente viajar no lugar que os motoristas dormem quando eles viajam em dois motoristas... não aceitamos, então ele me pediu se eu viajaria no banco da frente junto com ele. Eu aceitei, mas o meu amigo argentino ainda não tinha lugar. Eu não precisava viajar naquele dia, afinal minha viagem estava adiantada em 3 dias, mas o fato de ter que acordar as 4 da manha, ficar numa mega fila e depois ficar em Santa Elena o dia inteiro sem nada pra fazer e voltar só de noite pra pegar o ônibus me motivou a querer sair naquele dia mesmo dali. Bom, resumindo a muvuca, o ônibus era pra sair as 19:00, mas só saiu as 20:30 depois de muita briga, confusão, teve gente que viajou sentada nas escadas do ônibus, só faltava colocarem pessoas no bagageiro. Eu fui sentada na frente junto com o motorista e do meu lado um soldado da guarda nacional com uma daquelas armas bem grandes. O preço normal da passagem de Santa Elena pra Ciudad Bolivar era de B$145,00, mas eu tive que pagar propina para conseguir viajar e ficou em B$200,00. Foi ali que eu vi porque o pessoal reclama tanto que os ônibus na Venezuela são congelantes, eles deixam a temperatura do ar no 15 / 16 graus, então, levem casaco, agasalho, saco de dormir pra viajar nos ônibus da Venezuela porque é muito frio mesmo. 11 horas depois chegamos em Ciudad Bolivar.

 

Ciudad Bolivar

 

Peguei um taxi do terminal e fui direto pro aeroporto (B$30,00), pois já queria resolver o Salto antes de me alojar em algum lugar. Fui procurar a agencia indicada aqui no site, Bernal Tour e não achei. Então pedi informação e me disseram que eles tinham mudado de nome para Sapito Tours. Fui até lá e o Sr Bernal estava terminando de despachar os turistas daquele dia para Canaima, então aproveitei para tomar um café e comer alguma coisa no aeroporto. Dei uma volta e sondei os preços dos outros lugares antes de voltar na Sapito. O Sr Bernal me atendeu muito bem, o preço dele não era o mais barato nem o mais caro, mas a agencia estava muito bem recomendada e decidi não arriscar, fechei o Salto para o dia seguinte com ele.

 

Seguindo a dica de alguém daqui, pedi para ele se era possível visitar o salto na parte da manha, em vez de ir a tarde como é o padrão dos passeios, e ele prontamente mudou o roteiro para que fossemos ao salto na parte da manha, mas depois explico melhor isso e como funciona o tour do Salto Angel e parque Canaima. O tour de 3 dias ficou em B$3500,00 com tudo incluso (avião, comida, acampamentos, transfer, guia...) Ficamos conversando um pouco e ele me pediu se eu já tinha lugar para ficar ou se sabia em que hotel ia me hospedar. Eu falei que não, tinha um hotel, pousada Don Carlos, mas não tinha nada reservado.

 

Ele me pediu se eu não queria ir para o parque Canaima ainda nesse dia e aproveitar para relaxar e curtir o lugar antes de começar o passeio no dia seguinte. Se eu soubesse que aquele lugar era um paraíso tinha aceitado a sugestão dele na hora, mas não fazia ideia do que era o parque porque não tive tempo pra pesquisar muito sobre o salto, então fiz a burrada de não aceitar essa sugestão. Essa é uma dica que dou, quem tiver tempo, fique um dia a mais no parque Canaima, porque o lugar é espetacular. Mas tem que gostar de lugares remotos, rios, cachoeiras, e essas coisas, porque lá não tem nada pra fazer a não ser curtir muito a natureza!

 

Ignorante que fui, decidi passar o dia em Ciudad Bolivar até porque queria conhecer a cidade e visitar o centro histórico e outros lugares indicados. O Sr Bernal me ofereceu um quarto num anexo da casa dele que eles fizeram para hospedar turistas, mas quando me disse o preço eu recusei: B$350,00. Eu tinha visto no Hotel Michele que a hospedagem era B$80,00, então imagina o susto que levei quando ele me passou esse preço. Entao ele ligou pra a pousada Don Carlos, que me passou o preço de B$300,00 e para mais dois lugares que também ficaram nessa faixa. Sendo assim, decidi ficar no quarto que ele me ofereceu mesmo, mas se alguém souber de hospedagem mais barata em Ciudad Bolivar posta lá no tópico! A casa dele ficava apenas duas quadras do aeroporto, ele me levou de carro e queria esperar eu me arrumar para me levar até o centro histórico, mas eu recusei dizendo que iria caminhando mesmo, pra conhecer a cidade!

 

O centro histórico de lá achei bem fraquinho, nada de muito interessante, e a parte do rio Orinoco que corta a cidade também não achei nada de mais. Não perderia meu tempo em Ciudad Bolivar, cidade suja com transito louco e além de tudo peguei bem o dia de comemoração de um partido politico, a guarda nacional trancou várias ruas e nem jantar eu consegui. Fora que é muito quente e ninguém usa vestido, saia ou nada curto porque todos os homens de lá são tarados e mechem muito com todas as mulheres, acompanhadas ou não. Isso na Venezuela em geral, mas lá achei pior que em Santa Elena. E me disseram que tem lugares piores.

 

Depois disso, o Sr Bernal ainda me levou para o terminal e passou comigo em todas as oficinas para tentar comprar a passagem de volta para Santa Elena para o dia 21/01, dia que eu voltava do salto Angel. Ele foi muito prestativo mesmo, mas não conseguimos comprar porque eles não vendem passagens antecipadas, só no dia e se chorar muito no dia anterior.

 

No dia seguinte o filho do Sr Bernal estava me esperando pra me levar para o aeroporto onde tomei o café da manha e antes de viajar combinei com o Sr Bernal que ele ficaria de comprar a minha passagem de volta, pois eu já tinha marcado o Monte Roraima e as empresas de ônibus entrariam em férias coletivas no período de 22 a 26 de dezembro. Vejam bem que era alta temporada, todo mundo querendo viajar e todas as empresas de ônibus não trabalharam nesse período... Inacreditável isso. Deixei o dinheiro da passagem com ele e embarquei num avião para o parque Canaima. O avião que eu fui até que era grande, cabiam 16 pessoas, o normal é ir naqueles que cabem só 5 pessoas, então o voo foi relativamente confortável.

 

Salto Angel / Parque Canaima

 

O roteiro normal de quem faz o Salto Angel é chegar no parque, visitar os saltos e cachoeiras ali por perto na parte da tarde, dorme nos alojamentos de cada agência e no dia seguinte de manha sobe de barco para o acampamento do Salto, visita o Salto na parte da tarde e na manha seguinte volta de barco para Canaima e pega o voo de volta. Seguindo a dica de alguém daqui, pedi para o Sr Bernal se não podíamos visitar o Salto na parte da manha, quando diziam que o tempo estava melhor, então ele mudou o nosso roteiro, e eu achei que ficou bem melhor fazer do jeito que a gente fez do que o contrário.

 

Chegamos em Canaima e já seguimos em um caminhão até o ponto onde pegamos o barquinho que nos levaria para o acampamento base do Salto Angel. O acampamento da Sapito Tours fica na Isla Ratones, bem de frente para o Salto, então tu já chega e consegue ficar vendo a queda o tempo todo. Nessa ilha tem o acampamento da Sapito e de mais uma agencia que não sei o nome, os outros ficam do lado do rio que fica o salto, então as pessoas não tem a visão do Salto. Só por esse motivo já vale escolher a Sapito ou essa outra agencia, porque essa vista do outro lado do rio é a mais bonita de todas, onde se vê o Salto Angel e todo o paredão, é lindo demais, incrível mesmo! Recomendadíssimo!

 

A subida de barco foi tranquila, não precisamos descer nenhuma vez para empurrar o barco ou ir por terra para que o barco pudesse passar nas partes mais baixas. O nível do rio estava bem bom e nossa viagem levou cerca de 3 horas de barco. O percurso em si é lindo, com vários tepuis e paredões, só que dói a bunda de ficar sentada naqueles pedaços de madeira, então se tiver alguma coisa macia pra levar e sentar em cima vale a pena. Ah, e vai se molhar, não tem jeito. Então nada de levar na mão coisas que estragam com agua. As bagagens vão protegidas na parte de traz do barco. Eu levei minha câmera dentro de uma sacola plástica e bati várias fotos na subida, mas tem que cuidar pra não molhar.

 

Chegamos no acampamento e cada um escolheu sua rede. O acampamento tem estrutura básica, apenas dois banheiros, umas mesas com bancos e as redes, mas não precisa mais que isso mesmo! Nunca tinha dormido na rede e foi bem tranquilo. Assim que chegamos pedimos permissão ao guia para fazer uma fogueira, e assim que terminamos de juntas madeiras e acendemos começou a chover. E não parou mais... Jantamos com chuva, dormimos com chuva, acordamos de madrugada com chuva... mas poe chuva nisso. As 6 da manha, quando nosso guia nos acordou, não tinha uma nuvem no céu, o tempo estava perfeito e a cachoeira com muito mais agua que no dia anterior! Abençoada chuva! E acordar e dar de cara com aquela vista, não tem preço! Tomamos um bom café da manha e descemos para o rio porque tínhamos que atravessar de barco para iniciar a trilha que nos levaria ao mirante do salto. A caminhada dura uns 40 minutos, tem umas subidas mas nada muito desgastante, é tranquilo, só ir devagar e sempre praqueles que não tem preparo nenhum. Chegamos no mirante e o Salto estava bombando de água, mais uma vista maravilhosa e o tempo estava perfeito! Ficamos cerca de 01 hora ali, só o nosso grupo, mais uma vantagem de fazer o roteiro inverso! Entao descemos para nos banhar no 2º poço que o Salto forma, onde além de um banho maravilhoso tem uma vista linda! Voltamos para o nosso acampamento, almoçamos, ficamos mais um tempo ali curtindo aquela vista maravilhosa e entao descemos o rio de volta para Canaima.

 

O alojamento da Sapito Tours em Canaima não fica na vila, fica na parte onde tem as praias de areia dos rios, em frente para o salto Hacha, o mais legal que visitamos no dia seguinte. Se quiser dar uma volta na vila, tem que ir de barco, é bem baratinho, mas eu nem fui, fiquei lá mesmo. Nesse alojamento tem chuveiros também pra tomar um banho, no acampamento do Salto só banho de rio. De noite, nosso grupo ficou na beira da praia olhando o ceu cheio de estrelas, inclusive muitas cadentes e conversando e dando muita risada! Dei sorte com o grupo também!

 

Na manha seguinte, fomos conhecer os saltos e cachoeiras da região, fomos ao salto Sapo, Sapito um outro que não lembro e pra finalizar o mais incrível de todos e que a maioria dos guias não leva o pessoal, o Salto Hacha. Ele é parecido com o salto Sapo, onde tu passa por tras da cachoeira, só que esse além de entrar por tras tu consegue tomar vários banhos de cachoeira, é muito bom, nem sei quanto tempo ficamos lá, o lugar é incrível. Tanto que perdia hora e voltei para o alojamento faltava 15 minutos para eles servirem o almoço e em seguida já tinha que ir pro aeroporto pegar o voo de volta. Bateu aquela tristeza e muita, mas muita vontade de ficar mais um dia naquele lugar incrível, não tem palavras pra descrever o que é o Parque Canaima, só estando lá pra ver e sentir toda energia que tem naquele lugar.

 

A volta foi no avião de 5 lugares mas o voo foi bem tranquilo. Cheguei em Ciudad Bolivar no aeroporto e fui direto na Sapito agradecer por tudo o que o Sr Bernal fez por mim, só que ainda tinha mais. Ele me levou de volta para o hotel esperou eu arrumar minhas coisas e me levou para o terminal e me deixou na porta da oficina direto com o cara que tinha vendido a passagem recomendando para ele cuidar de mim! Não tenho como agradecer tudo o que o Sr Bernal fez por mim, foi atencioso, gentil, educado, divertido! Vou deixar o contato da agencia:

 

Sapito Tours (Bernal Tours)

Fone: 0058 (0) 285 632 7989

Celular: 0058 (0) 414 854 8234

E-mail: bernaltours@terra.com.ve ou sapitotours@terra.com.ve

http://www.bernaltours.com

A agencia fica no aeroporto de Ciudad Bolivar.

 

O guia da agencia que fez o tour com a gente no parque Canaima e Salto Angel, é nativo de Canaima e quem preferir pode entrar em contato direto com ele, ele foi excelente, atencioso, prestativo, recomendo também para quem prefere ir direto para Canaima e contratar os passeios por lá:

Freddy Campos

E-mail: campofre@hotmail.com

Fone: 0416 102 5365

 

E mais uma vez recomendo ficar um dia a mais no parque, porque o lugar é demais!!!

Mais alguns valores que tem que pagar a parte para ir a Canaima: Taxa de embarque no aeroporto B$ 30,00 + taxa de entrada no parque Canaima B$150,00

 

El Pauji

 

Fiquei esperando no terminal de Ciudad Bolivar até a hora do ônibus (B$250,00), dessa vez como viajei em cima junto com os passageiros levei meu saco de dormir e graças a ele não congelei.

Cheguei em Santa Elena por volta das 6 da manha e não tinha nenhum taxi no terminal para levar os passageiros que estavam chegando do terminal, que fica afastado, até a cidade... Ah, Venezuela e seu deficiente sistema de transporte público! Apareceu um taxi e um casal entrou nele, eu pedi se podia compartir eles concordaram e assim fui até o hotel Michele.

 

Cheguei lá e estava fechado, só abria as 07:30, entao lembrei que tinha lido alguma coisa sobre um lugar chamado El Paujii, deu na louca e decidi ir pra lá. Fui caminhando até a próxima quadra onde pedi informação pra alguma alma que já estava acordada e descobri que o carro que ia para El Paujii saia as 07:00 (B$70,00) de um lugar que ficava a 3 quadras dali. Entao fui pra lá, e o carro demorou 3 horas para percorrer 70 km, pra ter noção da situação que estava a estrada de chão! Foi uma viagem divertida, conheci mais dois caras de Caracas que também estavam indo pra lá. El Paujii é um antigo povoado de mineiros, junto com índios que vivem por ali e ainda por cima virou point de hippies, bem louco o lugar.

 

Cheguei na única bodega que tinha na cidade pedindo onde tinha hospedagem, me mandaram falar com uma mulher que estava ali perto, que morava lá e tinha três quartos para alugar. Fomos para a casa dela enquanto ela preparava o quarto, me ofereceram um café da manha maravilhoso e não quiseram me cobrar nada! A hospedagem custou B$150,00. Em El Paujii tem dois lugares principais para visitar: El abismo e poço esmeralda.

 

Fui para o quarto descansar um pouco afinal tinha viajado a noite inteira e nem chegue já viajei de novo. Quando acordei, estava chovendo e resolvi ficar dormindo, já que esses lugares tem que ir caminhando e aproveitar a vista. Quando acordei já era quase noite, acho que eu tava cansada, e não estava mais chovendo, entao fui procurar um lugar pra comer alguma coisa, e não tinha nada, absolutamente nada para comer naquele lugar... tudo fechado e o único que tinha alguém não estava servindo. Fui bater na casa da mulher que me hospedou pra pedir onde tinha algum lugar pra comer, e cheguei bem na hora que eles estavam jantando e me fizeram ficar lá e comer com eles! Depois ficamos conversando até bem tarde, pessoal muito gente fina! No dia seguinte, acordei e fui procurar um lugar pra tomar café da manha, dessa vez achei um único lugar que servia alguma coisa, e mesmo sendo depois das 9 tive que esperar quase uma hora pra eles conseguirem me servir um café.

 

Fui conhecer o poço Esmeralda, que pelas fotos tem uma cor verde esmeralda, mas devido a chuva do dia anterior estava marrom. Na volta encontrei os dois caras de Caracas, conversamos um pouco e entao eu decidi voltar para Santa Elena, porque não tinha mais muita coisa para fazer por lá e nem comida, e eu preciso comer, hehehehe! Fui na bodega que é o ponto de encontro de todos por lá e de informação e o carro para Santa Elena já tinha passado mas me disseram pra esperar que sempre passava algum outro que levava até Santa Elena. Só tinha que sentar e esperar. Foi o que eu fiz por mais de uma hora até que apareceu uma caminhonete e fui embora para santa Elena. El Paujii é um lugar bem legal, eu que dei azar com o tempo e também acho que não é um bom lugar pra ir sozinha, tem que ir com turma que aí vai ser divertido, e levar comida!

 

Santa Elena / Gran Sabana

 

Chegando em Santa Elena me hospedei no Michele, um hotel simples e barato, é a base de quase todos que fazem o Monte Roraima se hospedam ali. É muito barata mesma a hospedagem, quarto simples B$80,00, duplo B$120,00 e triplo B$180,00. Os quartos são grande, o colchão confortável e o chuveiro com agua quente. A única coisa horrorosa é a toalha deles, parece um pano de chão e não seca nada, entao levem toalha! Se bem que eu usei a deles mesmo porque era tao quente que saia do banho e logo já estava seca!

 

Era dia 23/12, e a maioria das agencias estavam fechadas!!! A única que estava aberta era a Kamadac e a do Sr Roberto, que fica no terminal mas ele está sempre pelo hotel Michele. Eu queria fazer a Gran Sabana no dia seguinte, só que não tinha mais ninguém para fazer comigo porque como não estavam saindo ônibus de nenhum lugar da Venezuela, não chegavam pessoas para fazerem os tours, por isso as agencias também não estavam trabalhando... Fui na Kamadac e disse que queria fazer a Gran Sabana nem que fosse sozinha no dia seguinte, então eles me passaram o valor de B$800,00 para ir num carro pequeno sozinha. Fechei com eles e voltei para o hotel, que fica na frente, onde encontrei e conheci o Ivan, que ia para o Roraima comigo! Só que ele estava indo para o Angel no dia seguinte. Aproveitamos para ligar para o Marcos, nosso guia contratado do Monte Roraima e ele prontamente foi até o hotel para nos conhecermos e conversar sobre o Roraima. Já de cara dá pra ver que ele é muito gente fina, super prestativo, educado e tudo de bom, o que pudemos confirmar durante nosso tour! Jantamos em uma pizzaria italiana na mesma quadra do Michele que tinha uma pizza muito boa mesmo! Não lembro o nome, mas é na mesma quadra do Michele só que na direção oposta da que vai para o centro.

 

No dia seguinte saí para conhecer a Gran Sabana sozinha mesmo, eu e o guia / motorista, muito querido e educado e me deixou ficar o tempo que eu quis em cada parada. A Gran Sabana é linda, vale muito a pena fazer esse passeio, tomei vários banhos de rio e de cachoeira e a vista da estrada também é legal. Se não estivesse nublado daria para ver todos os Tepuis, inclusive o Roraima. Não vou descrever todos os lugares que paramos porque existem diversas opções de roteiro e as agencias podem mudar, mas todos foram legais! Nem quis parar para almoçar numa comunidade indígena, preferi ficar mais tempo nos rios e cachoeiras, o motorista concordou e até gostou da ideia! Só recomendo para quem for pra Santa Elena fazer o Roraima reserva um dia pra Gran Sabana também! Vale a pena! Na volta do passeio o tempo começou a abrir um pouco e pude ter minha 1ª visão do Roraima, mesmo que meio nublado arrepiou saber que em poucos dias eu estaria lá! Cheguei por volta das 17:00, tomei um banho e foi jantar no restaurante chinês que tem na praça central, comida muito boa também!

 

Nos próximos dois dias fiquei em Santa Elena sem fazer nada, queria fazer mais uma veza Gran sabana para ir em outros lugares que não tinha ido e também para ter o que fazer enquanto esperava a galera chegar do Brasil para iniciar o Monte Roraima, mas de novo não tinham pessoas para fazer porque não tinham ônibus chegando. Mas foi legal ficar ali no hotel, tinha muita gente indo e chegando, conversei com todos que chegavam do Roraima e de noite nos reuníamos para beber e conversar. Bebida é muito barata na Venezuela, muito mesmo. Quem for pra Santa Elena no dia de natal tem que ficar ligado porque não abre absolutamente nada nesse dia, fiquei o dia inteiro sem comer, só de noite achei uma bodeguinha aberta e comprei uns biscoitos. No dia 26/12 chegaram o resto da galera que faltava do grupo que formamos aqui no mochileiros, nos conhecemos no hotel e já foi simpatia a 1ª vista! O Marcos (guia) foi de novo para o hotel e explicou tudo novamente para eles, então marcamos de sair no dia seguinte de meio dia, hora que o Ivan deveria chegar do Salto Angel.

 

Só que o Ivan foi parar na Colombia!!! Brincadeira! Como os ônibus não estavam funcionando e não existem mais voos de Santa Elena para Canaima, o Marcos arranjou um avião privado para o Ivan ir e voltar do Salto Angel (não sei o preço, mas foi meio caro...) Só que na hora de voltar de Canaima, os caras colocaram ele num voo para Ciudad Bolivar, exatamente o lado oposto que estávamos. E não tem voo de Ciudad Bolivar para Santa Elena... Bom, só sei que era o Marcos correndo e ligando pra tudo quanto é lado, o Ivan me ligando de Ciudad Bolivar para o hotel Michele e pedindo pra falar comigo, e não sabíamos o que fazer, até que eu disse pra ele ir na sapito Tours, a agencia que eu fiz o Salto Angel e não é que os caras conseguiram um ônibus pra ele sair de noite? O problema é que o Ivan ia chegar só no dia seguinte as 7 da manha e iria atrasar nossa ida em um dia para o Monte Roraima, e eu e o resto do pessoal já estávamos mais do que ansiosos para ir pra lá de vez... então combinamos com o Marcos que nós 4 iriamos ainda nesse dia, dormiríamos em Paraitepuy, enquanto ele ficava em Santa Elena e esperava o Ivan chegar e eles iriam no dia seguinte e a gente se encontrava no 1º acampamento. O Marcos concordou imediatamente, apesar de isso implicar em pagar dois transportes para levar a gente e depois eles.

 

Enquanto esperávamos o carro, encontramos mais duas brasileiras que também queriam fazer em 8 dias, convidamos elas para irem no dia seguinte já que elas recém tinham chegado em Santa Elena e tinham que se organizar ainda. Elas toparam e assim éramos um grupo de 7 pessoas. Eu, Andre, Andresa e Bruno saímos de Santa elena nesse mesmo dia junto com o Licinio e o Ali, filho do Marcos e fomos para Paraitepuy, que é de onde se inicia a caminhada para o Monte Roraima. É uma comunidade indígena bem pequena, de onde se tem a vista do Roraima e do Kukenan. O lugar é muito legal, e fica a dica pra quem tiver tempo, durma na noite anterior de começar o trekking em Paraitepuy, para nós foi show de bola passar a noite lá!

 

O Marcos se mostrou muito profissional em resolver todos esses pequenos problemas que aconteceram independente da vontade de todos, ele estava muito preocupado porque não queria e não iria deixar o Ivan pra tras de jeito nenhum. Conversamos sobre varias possibilidades porque iriamos começar o trekking com um dia de atraso, pensamos em fazer os dois 1º dias em um só, ficar um dia a menos lá em cima, até que vimos que todos podiam voltar um dia depois do marcado então optamos por fazer o trekking normal em oito dias só voltando um dia depois do combinado! No final deu tudo certo e pra nós ainda ganhamos uma noite extra em Paraitepuy! Não deixem de ir no bar do Leonel, figuraça de Paraitepuy! A gente ficou acampado por lá, mas tem umas cabanas pra alugar também.

 

Monte Roraima

 

Fizemos o trekking de 8 dias porque todos pensavam da mesma maneira: demorar tanto para chegar lá e ficar só um dia no topo? Nem pensar! Para mim não vale a pena, mas isso é uma questão de opinião pessoal. Fora que a parte mais interessante e bonita é o lado brasileiro e o lago Gladys. E caso o tempo resolva não colaborar justamente no único dia de topo? Para mim não justifica viajar para tao longe, caminhar tanto e não aproveitar tudo ou o máximo possível que o Roraima oferece! pagamos B$4500,00 por pessoa com tudo incluido, só tivemos que carregar nossas mochilas, o resto era tudo com o guia e os porteadores. Mas esse valor com certeza já deve ter sido reajustado, pois os preços na Venezuela estavam subindo Não vou descrever cada lugar, apenas dar um resumo do que foi o dia a dia.

 

1º dia

Acordamos junto com o sol, e da barraca tínhamos a vista do Roraima e do Kukenan! Lindos, esperando pela gente! Mais uma vantagem de dormir em Paraitepuy na noite anterior ao inicio do trekking! Tomamos café e tivemos que esperar até as 8 para o posto do Inparques abrir e liberar a gente pra começar a caminhada. No fim começamos o trekking ja eram 09:30 da manha, fomos sem pressa nenhuma, afinal tínhamos que esperar o resto do grupo chegar no acampamento. Esse teoricamente é o dia mais fácil, e na verdade é mesmo, só que estava tão quente, e o sol não dava uma trégua que eu cansei demais nesse dia, e mesmo super protegida e tomando bastante água fiquei com insolação. Não estou acostumada com tanto calor... não apareceu uma nuvem no céu, e quando paramos no acampamento Tek para almoçar eu estava acabada.

 

Ah, eu tinha virado o pé quando fiz a Gran sabana, não foi nada grave, mas pra não forçar demais onde estava doendo, acabei apoiando o pé em outra posição e me deu muitas bolhas logo no inicio da caminhada... Que azar. Mas não ia desistir de jeito nenhum. Almoçamos no Tek e tínhamos que seguir para o Kukenan, quando estávamos quase prontos para seguir o Marcos chegou junto com o resto do grupo: Ivan, Camila e Cris. Assim todos ficaram se conhecendo ali no Tek mesmo, porque a galera que estava comigo não conhecia o Ivan ainda! E conversamos muito pouco com a Camila e a Cris no dia anterior. Para ir do Tek para o Kukenan tem que atravessar dois rios, e acho que a melhor coisa é já fazer isso no 1º dia, assim não inicia a caminhada no dia seguinte cruzando rios porque essa parte já foi feita. Mas tem gente que prefere dormir no Tek. Eu achei que foi melhor ir pro Kukenan.

 

Esses dois acampamentos tem uma certa estrutura, tem um lugar pros guias cozinharem e mesas e bancos de madeira. Os banheiros são montados dentro de uma barraca própria com um buraco no chão. Tomamos um banho maravilhoso no rio Kukenan onde tivemos nosso 1º encontro com os puri puri, os mosquitos de lá. Olha, todos dizem que eles são terríveis e na verdade eles incomodam mesmo, só que os nosso mosquitos daqui são muito piores, pelo menos as picadas dos puri puri não ficam dias coçando insuportavelmente e nem doem. Dormimos com uma lua cheia maravilhosa iluminando o Roraima. Dica: levem uma meia para cruzar o rios, elas ajudam a não escorregar, foram bem uteis. Levei aquelas de hidroginástica que são bem pequenas e com borrachas na sola.

 

2º dia

Tomamos um café da manha reforçado, aliás, comida não foi problema, sempre tinha bastante comida e muito boa. Tanto o Marcos como o Licinio cozinham muito bem. Esse dia é meio chatinho, vai caminhando pela estrada e é só subida por um terreno bem pedregoso e de novo o sol e o calor fizeram com que eu cansasse muito, mas menos que no dia anterior, acho que já estava acostumando.

Cada um foi no seu ritmo, uns mais rápidos outros mais devagar, mas chegamos mais ou menos todos juntos no acampamento base. Logo na chegada fomos recepcionados por uma Cascavel bem na área onde ficaram nossas barracas. Os porteadores queriam matar mas a gente não deixou. Deixamos a cobra seguir seu caminho e avisamos todos para caminharem com cuidado. No acampamento base tem uma estrutura também mas menor que a dos dois anteriores. Nesse dia tivemos uma previa do que nos esperava no topo, fomos tomar banho no riacho que tinha ali e a agua era congelante.

Nessa noite choveu um pouco na hora que todos já estavam deitados na barraca e ventou bastante. De novo dormimos e acordamos com o Roraima dessa vez bem pertinho da porta de nossa barraca!

 

3º dia

A subida. Que todos já esperavam. O começo é bem difícil, tem que ir escalaminhando com a mochila pesada nas costas, depois fica um pouco menos difícil, paramos num mirante com uma vista linda onde comemos uns hambúrguer e biscoitos que o Marcos deu pra cada um levar. Nessa parte também cada um foi no seu ritmo mas sempre nos encontrávamos nos pontos de descanso. Sim, cansa e muito mas não é nada impossível, é só ir fazendo devagar e no seu ritmo. Passamos pelo Passo das Lagrimas, e partimos para a subida final! Só quem chega no topo sabe o que sente quando coloca os pés ali e tem aquela vista incrível, louca, diferente, impossível, sei lá como descrever o que se vê lá em cima. Além da vista para a paisagem abaixo, tem todas as formações rochosas com formatos cada um mais louco que o outro. Tu não sabe pra que lado olhar, é tanta coisa e tudo tão diferente. E é só o começo... O Marcos tinha mandado um porteador pra conseguir um hotel pra nós, porque a lotação estava esgotada no topo porque além de ser alta temporada todos queriam passar o ano novo lá. Ficamos no hotel Sucre. Pra quem está lendo um relato do Monte Roraima pela 1ª vez, hotel é como eles chamam as cavernas onde abrigam as barracas e a cozinha do vento e da chuva. Nosso lar no topo do Roraima. Tomamos um banho num lugar indicado pelo Licinio, mas nesse dia não tive coragem de lavar os cabelos, estava frio lá em cima, e anoitecendo já. Mas banho é coisa de brasileiro mesmo, não vimos o pessoal dos outros grupos tomarem banho não. De noite faz muito frio lá em cima, e nada melhor do que um chocolate quente com rum pra esquentar! Valeu a pena carregar a mochila mais pesada pra levar o rum que foi muito apreciado por todos! Alias a gente tinha cada um o estoque de bebidas para o topo e para o ano novo também!

 

4º dia

Levanta acampamento, mochilas nas costas mais uma vez e rumo ao lado brasileiro. Caminhar lá em cima não é moleza não, é o tempo inteiro pulando pedra, pedrinha, pedrao, poça de água, terreno encharcado, cada passo é um desafio, o que torna tudo mais divertido. Tudo isso com a inseparável mochila nas costas um desafio para o equilíbrio de qualquer um. Tem uns lugares que não são pedras no chão, são pedras altas e com espaços entre elas e tem que passar por ali. Mas não é nada impossível, todos conseguiram fazer na boa. Nesse dia visitamos o El Fosso, passamos pelo Ponto Triplo e quando chegamos no labirinto o tempo nublou de vez, e a coisa ficou sinistra, muito legal! Estava uma neblina só e nós passando pela parte do labirinto bem na hora! Tudo é diversão! Parecia que a gente estava em Lost. Chegamos no acampamento Coati, já no lado brasileiro, e ainda bem que o Marcos sempre ligado mandou um porteador na frente com as barracas, porque o lugar estava lotado. Teve grupos que não conseguiram montar as barracas e tiveram que se apertar e dormir em 5 numa barraca de 3 lugares nesse dia. Melhor do que ficar lá fora desprotegido e no vento. Fomos tomar banho e ficamos conversando com uns guris de Caracas que ofereceram pipoca pra nós!

 

Essa era a noite do ano novo, e quando escureceu o lugar estava um silencio só, e só o nosso grupo e os caras de Caracas fora das barracas, o resto da galera já tinha se recolhido. Nós pensamos, puxa vida será que a galera vai querer dormir logo na noite de ano novo? Essa foi a única vez que olhamos a hora, e ainda eram 8 da noite... E todos já estavam deitados na barraca e nós nem sequer tínhamos jantado ainda e queríamos comemorar o ano novo. Pelo visto era só o nosso grupo e mais um outro de brasileiros que estavam com esse plano, então jantamos, ficamos mais um pouco conversando e tomando chocorum e resolvemos ir deitar também, não que o resto da galera tivesse pedido silencio nem nada, mas nós decidimos respeitar a vontade da maioria. E também todos estavam cansados demais, e no dia seguinte tinha mais. A noite é muito fria no Roraima e no Coati o chão é muito gelado e úmido também, mesmo com muita roupa passei um pouco de frio nas duas noites do Coati porque o isolante e o saco não davam conta de segurar o frio que vinha do chão.

 

5º dia

Acordamos com um dia lindo, e o Marcos nos passou o plano desse dia, disse que iriamos passar por um rio e que íamos tomar banho NA VOLTA, tínhamos que seguir direto para o Lago Gladys onde iriamos almoçar, depois ir para a Proa e voltar para aquele rio e tomar banho. Assim, nesse dia saímos para caminhar só com a mochila de ataque. Quando chegamos no tal do rio, o lugar nos pareceu incrível, maravilhoso, o sol estava brilhando estava calor e antes que o Marcos pudesse dizer qualquer coisa estavam todos na agua! O que mais ele podia fazer senão cair na agua também. Assim ficamos nos divertindo por um bom tempo, até que o Marcos nos disse que tínhamos que seguir porque o estava ficando com neblina de novo. Antes de seguir para o lago ainda paramos num mirante de onde se vê o Roraiminha e a mata lá em baixo. Quando chegamos no lago estava tudo fechado, não conseguíamos ver absolutamente nada. O Marcos nos disse que algum grupo deveria ter decido lá e se banhado no lago, e que não podia fazer isso porque o lago era sagrado para os índios. Sempre que alguém entrava o tempo fechava. Ouvimos vozes e realmente tinha um grupo lá embaixo. O mais incrível de tudo foi que assim que eles subiram o tempo começou a abrir e pudemos ver e apreciar toda a beleza do lugar. Não seguimos para a proa porque o tempo estava muito fechado e não íamos conseguir ver nada, então voltamos para o rio onde almoçamos e em seguida voltamos para o hotel Coati para nossa ultima noite no lado brasileiro. Algumas pessoas tinham ido embora mas outros grupos chegaram, então o hotel continuou lotado. Mais uma noite gelada.

 

6º dia

Dia de começar a volta para o lado venezuelano. Mais uma vez o tempo nos ajudou e nos brindou com um lindo dia de sol. Fomos pelo Vale dos cristais e por uns lugares lindos, até chegar no hotel Sucre, onde largamos nossas coisas, almoçamos e seguimos para a jacuzzi, onde tentei tomar banho, mas foi só até a cintura, a água era muuuito gelada. Quando estávamos saindo para ir até a ventana e Maverick, o tempo mudou e a neblina apareceu mais uma vez. Acho que o Roraima nos queria nas entranhas dele porque sempre que estávamos indo para as bordas apreciar a vista a neblina aparecia. Fazer o que, montanha é assim mesmo. E ali é uma fábrica de nuvens! Voltamos para o nosso acampamento onde todos foram descansar e só eu fiquei conversando com o Marcos, Licinio e Ali, até a hora da janta quando todos desentocaram das barracas. Mais uma noite divertida com um grupo maravilhoso.

 

7º dia

Amanheceu com sol novamente, e poderíamos ter ido até a ventana para ver a vista mas ninguém queria ir, porque teríamos que caminhar muito até chegar no acampamento Tek nesse dia, que pra mim foi o pior de todos. Até então eu estava cansada obviamente, mas não estava sofrendo com dores musculares. Depois dessa decida não tinha parte do meu corpo que não doía. Bom, partimos do Sucre até o acampamento base, onde paramos para almoçar e nos despedir no Marcos, porque devido ao nosso atraso na saída, ele já tinha um grupo programado para começar nesse dia. Ele nos avisou antes de começar o trekking e todos concordaram em seguir até Paraitepuy com o Licinio e o Ali, estávamos muito bem acompanhados com eles, que foram super competentes também! Mas foi uma pena nos despedir do Marcos, nem ele nem nós queríamos que ele tivesse que deixar o grupo. E pensa que ele tinha acabado de descer e já ia ter que subir de novo o Roraima, que louco. Almoçamos no acampamento base e fomos no limite de nossas forças até o Tek, mais decida pela frente, muito mais fácil que a decida do Roraima, mas nossos joelhos e coxas já estavam arrebentados. Chegamos no Tek já estava anoitecendo, tomamos aquele banho, jantamos e todos caíram na barraca e dormiram que nem uns anjinhos. Na volta, o melhor é dormir no Tek, e não no Kukenan. Mesmo principio da ida, termina o dia cruzando os rios no dia seguinte é só partir pra caminhada. Fora que depois que atravessa o kukenan pra seguir pro Tek tem uma subida que eu não queria começar meu dia de caminhada com ela.

 

8º dia

Fomos os 1º a acordar, pois tinhamos que pegar o transporte de volta para Santa Elena as 10:00, pois eu, Bruno e Andressa tinhamos que voltar para Boa Vista nesse dia mesmo pra pegar o voo de volta. Tomamos um café e cada um foi andando no seu ritmo até Paraitepuy. Apesar de ser um dia fácil, meus pés doíam muito, meus joelhos gritavam nas descidas e as coxas tambem doíam muito. É a idade que chega! Todo nosso grupo foi de uma vez só, ninguém parou porque se parasse era muito difícil voltar a caminhar!

Assim chegamos em Paraitepuy as 9 da manha, onde compramos coca e cerveja na bodega do Leonel e ficamos esperando nosso transporte que não chegou... Houve um erro de comunicação e o nosso carro foi nos buscar no dia anterior, não tinhamos como voltar!! Mas apareceu um carro trazendo um grupo que ia voltar vazio, então o Licinio passou um rádio pro Marcos que disse pra irmos nesse carro mesmo que depois ele acertava. Assim, chegamos em Santa Elena, só pegamos nossas coisas no Michele, pegamos um taxi e seguimos para Boa Vista, quebrados mas felizes!

Ainda tivemos que esperar 1 hora na imigração super competente da Venezuela, com fome, sem banho, cansados e com as roupas do Roraima no corpo ainda, coitado que quem estava atrás de nos, hehehehe!!! Chegamos em Boa Vista e pegamos um quarto no hotel Ideal, eu, Bruno, Andressa e Andre, que resolveu voltar com a gente. Eu paguei só R$10,00 pra tomar um banho, porque chegamos lá já eram 7 da noite, tomamos aquele banho merecido e saímos para jantar na Praça das Aguas. Voltamos para o hotel, e ainda consegui dormir 1 hora antes de ir por aeroporto e pegar o avião de volta pra Caxias.

 

Dicas do Roraima:

 

Tempo:

Tivemos muita, muita sorte com o tempo, não choveu nenhum dos 8 dias que ficamos lá, mas deu pra ter uma ideia do que deve ser caminhar lá com chuva, nada fácil... vai molhar o pé com certeza, mesmo com bota impermeável porque tem uns lugares que são tipo charcos que se pisar errado afunda o pé até metade da perna, e com todos aconteceram isso. Nossa sorte é que tinha sol e a bota secava no mesmo dia. Então levem roupa para chuva, capa de chuva pro corpo e pra mochila e deixem uma roupa separada dentro de sacos plásticos e bem protegida na mochila pra usar de noite, essa roupa tem que ficar sempre seca, senão vao congelar. De noite é muito frio mesmo, eu fui com uma 2ª pele grossa, um fleece 100 e um anorak e passei um pouco de frio, podia ter levado um fleece mais grosso. E não esqueçam das pernas também, estava com 2ª pele e uma calça impermeável pra cortar o vento e com duas meias. Levem roupas quentes.

 

Saco de dormir

O meu era um Lafuma trek 100, com temperatura de conforto 8 graus. Não passei frio com ele, o único problema foi o frio que vinha do chão mesmo no Coati, mas um isolante melhor resolveria o problema.

 

Banho

A água é fria, bem fria mesmo, e as vezes tem vento, chove, é frio fora da agua também... então pros menos corajosos levem lenço umedecido pra quebrar o galho no dia que não tiverem coragem de tomar banho. Para as mulheres: não adianta levar xampu e condicionador porque não pode usar. A única coisa que pode usar é um sabão azul que vende lá em Santa Elena e pros esquecidos o Leonel tem na banca dele em Paraitepuy. Eu lavei meu cabelo com ele e não tive problemas, não ficou seco, não fez nó... não ficava aquela maravilha, mas como lá não tem espelho mesmo, tu nem vai saber se tá bom ou não o penteado!!! Pra se secar e trocar de roupa, levei toalha daquelas de secagem rápida uma grande e uma pequena. Me enrolava na grande e me secava com a pequena e pra trocar de roupa enrolada na toalha grande quando não tinha onde se esconder. Não foi um problema isso.

 

Material de Higiene

As únicas coisas que vão usar lá em cima e são essenciais: o sabão azul, desodorante, protetor solar, escova e pasta de dente, escova de cabelo e um hidratante para o rosto. O resto deixa em casa que é só peso pra carregar.

 

Roupas

Para as mulheres, indico levar dois biquínis e enquanto usa um o outro seca, assim fica tudo mais pratico, já que trocar de roupa lá não é que nem em casa. Quando chegar nos locais para tomar banho, já vai estar pronta, e na hora de se vestir já coloca o outro biquíni e fica pronta pro dia seguinte. Até levei calcinhas, mas a partir do 3º dia só usei os biquínis mesmo e facilitou as coisas.

 

Banheiro

Antes de ir eu achava que o nº 2 seria um problema, e foi muito mais fácil do que eu pensava. Antes de subir eles colocam uma barraca e tu entra dentro e eles tem um esquema que parece um banheiro mesmo, só com a tampa do vazo apoiada em um suporte, dá até pra sentar e relaxar! Lá em cima é o mesmo esquema, só que sem a barraquinha e tem que fazer dentro de um saco plástico com cal, que tu forra a tampa da vazo e senta ali, achei até mais higiênico que muito banheiro, porque cada um senta no seu saco, e depois tira o saco, amarra e coloca dentro do shit tube pra eles trazerem de volta. Pra mim foi muito pior fazer xixi, principalmente de noite, no escuro. Xixi sim foi um problema, especialmente pra mim que tive que levantar todas as noites.

 

Lixo

Levem uma sacola pra guardarem o lixo. Dá pra ir esvaziando a sacola, no acampamento base, colocar no sacão de lixo deles, assim não sobe com o lixo, e lá em cima teve um dia que também esvaziei a minha sacola no sacão de lixo deles. Não esquecer de levar a sacola quando for fazer xixi pra colocar o papel dentro, não deixe nada de lixo.

 

Papel Higienico

Eles dão um rolo por pessoa, mas eu levei mais um e usei tudo. Levei também lenço de papel mas não precisei usar. Depende de cada pessoa, pra mim foram 2 rolos de papel para 8 dias.

 

Mochila

Coloque só o necessário na mochila, ela vai pesar bastante na subida, e na decida também. A minha pesava 10 Kg na ida, mas por causa das bebidas, senão devia ser uns 8,5 kg. Usei tudo que levei, foi tudo bem planejado. Não senti falta de nada que não tivesse levado também, foi na medida. Talvez uma capa de chuva se tivesse chovido, mas dei sorte e tinha casaco e calça impermeável, por isso optei por não levar a capa. Embalei tudo em sacos plásticos, tudo mesmo. Separado por usos. As roupas de usar de noite e dormir num saco, roupa extra em outro, toalhas em outro, saco de dormir e assim por diante. Se chovesse, minhas roupas estariam triplamente protegida (capa, mochila impermeável e sacos plásticos), porque ficar molhado lá em cima deve ser muito desagradável. E ainda facilitava na hora de colocar e tirar as coisas da mochila, era só escolher a sacola que queria usar.

 

Barracas

As barracas que alugamos até que deram conta do recado, mas se tivesse chovido muito nos acampamentos antes da subida acho que teríamos problemas, então se possível peçam para ver as barracas antes de subir.

 

Botas / Chinelo

Levem um saco de lixo pra guardar a bota dentro da barraca de noite, ela vai estar suja e não é recomendável deixar fora por causa de bichos, umidade... Assim você coloca a bota dentro do saco e guarda dentro da barraca sem sujar a barraca, saco de dormir, mochila. Levei um chinelo pra descansar o pé e foi bem útil, e não pesa muito, então é bom levar um, especialmente se molhar a bota.

 

Comida

Não podemos reclamar da comida que o Marcos levou para nós, tínhamos até que pedir para ele servir menos. Fora que ele nos dava chocolate, bolacha de lanche. Mas quem curte um docinho depois das refeições levem alguma coisa a mais. Eu não levei e não senti falta. Agora já li relatos de grupos que tiveram problemas com falta de comida, então cuidado.

 

Agua

Agua é o que não falta nesse trekking. Todo nosso grupo tomou agua direto do rio e ninguém passou mal. Não usamos nada para purificar agua e ninguém teve problema.

 

Bichos

Nos acampamentos Tek e Kukenan o problema são os puri puri, mas não achei tao problema assim. Eles atacam mais no final da tarde, mas é só usar blusa e calça comprida que o problema tá resolvido. As picadas deles tambem não conçam tanto que nem as dos nossos mosquitos, o maior problem é a quantidade deles mesmo. No acampamento base vimos duas cascavel, não sei mais que bichos que tem lá. No topo aranha e escorpião, mas não fiquei sabendo de ninguém que teve problemas com picadas de bichos. Foi muito tranquilo e nunca li nenhum relato de alguém que teve problemas, é só ter os cuidados básicos: guardar os sapatos dentro da barraca, olhar onde coloca as mãos, onde pisa...

 

Lanterna

Tive problema com a minha lanterna, que resolveu parar de funcionar no 2º dia, então verifique se todos do grupo tem lanterna porque tive que usar emprestada dos outros. Levem uma lanterna boa, que ilumina bem porque será a única luz disponível.

 

Camera fotográfica / Filmadora (baterias)

Baterias e pilhas extras. A bateria da minha câmera acabou apenas no 7º dia, mas eu não usei flash, salvo poucas fotos e também não fiquei olhando para ver se as fotos estavam boas. Levem baterias extras porque tem muita coisa pra bater foto, muita mesmo. Várias pessoas do meu grupo ficaram sem bateria. Eu ainda voltei com duas baterias cheias. Vale a pena comprar uma bateria extra, sempre vai ter uso.

 

Remedios

eu levei alguns medicamentos por segurança: dorflex, neosaldina, benegrip, uma pastilha para azia, omeprazol, band aid, esparadrapo e uma pomada para nao infeccionar bolhas e outras perebas que pudessem surgir. Só usei o band aid e esparadrapo mesmo, mas a galera terminou com o meu dorflex!

 

Doações

Quando vocês estiverem dormindo nas barracas reclamando do frio e do desconforto, lembrem que os guias e porteadores estão dormindo ao relento enrolados em sacos plásticos... isso mesmo, não sei como os caras não congelam. Quem tiver roupas, saco de dormir, isolante, botas, qualquer coisa sobrando levem para eles. Vocês verão que trabalho pesado essa gente faz com as mínimas condições. Outra coisa, nas trilhas a gente distribuía bala, biscoito e barra de cereal pros porteadores que aceitavam tudo e comiam na hora. Então se der pra levar algumas coisas pra ir dando pra galera, acho que vai ser legal, eles ficavam muito felizes. Até agua eles tomavam da gente, porque já carregam tanto peso que nem agua eles não levam.

 

Contato do Marcos:

Recomendo o Marcos de olhos fechado, ele foi o melhor guia que já tive em todas as minhas viagens. Já subiu mais de 300 vezes o Roraima e cuidou da gente melhor que se fosse nosso pai e mae. É dificl achar ele, então tentem entrar em contato com bastante antecedência pra marcar com ele.

 

facebook- marco.mcalexis >@facebook.com.

cel 04261909361---

casa .-- 02895400239

 

 

Material essencial:

Bota de trekking

Saco de dormir

Isolante

Protetor solar

Boné

Óculos escuro

Lanterna

Papel higiênico

Repelente (eu não usei)

Meias

Roupas de secagem rápida e leves

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Esse relato foi perfeito pra mim.... ::otemo::

 

Vou pra lá agora dia 29/01, fazer S. Angel e M. Roraima tb.... Estava com receio de ñ conseguir fazer S. Angel por causa da baixa nos rios, mas q bom q vc conseguiu... Espero ter a mesma sorte...

 

Uma dúvida: O local q saem os transportes "lotações" pra Pacaraima é na rodoviária de Boa Vista msm?

 

Abs

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  • Membros de Honra

Oi Rodrigo

 

Vai conseguir fazer o Angel sim, pensamento positivo! Nem que tenha que ir a pé, mas nao deixa de fazer! e pede pro teu guia te levar no Salto Hacha, pra tomar aquele banho de cachoeira lá atras! Se ele nao quiser levar o grupo, o que é o normal, pergunta onde fica o alojamento Bernal e vai até a beira do rio, de lá tu ve uma cachoeira, esse é o salto Hacha. Aí é só tu ir caminhando dentro do rio, beirando ele até chegar no ponto de acesso da cachoeira, é bem fácil! Só pergunta se é seguro ir porque quando tem muita água é proibido, muito perigoso!

 

As lotaçoes nao saem da rodoviaria, saem de um outro terminal, mas é só pedir pro taxista te deixar no lugar das lotaçoes pra fronteira! Eu desci em Pararaima e fui a pe até a imigraçao do Brasil, depois a pé até a imigraçao da Venezuela. Pode ser um pouco complicado conseguir taxi do lado da venezuela, mas é só esperar um pouco que aparece!

 

Déia

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  • Membros
Mto obrigado pelas dicas Deia...

 

Eu tô indo sozinho, será q consigo gente rápida pra fechar a lotada ou seria mais seguro pegar o ônibus na rodoviária msm?

 

Pensamento super posito pra S. Angel.... ::cool:::'>

É como ela fala, tudo depende da sorte, geralmente a gente usa mais as lotacoes porque é mais rapido, o onibus não passa de 100Km/h e as lotacoes passam de 120 e 140.

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  • Membros de Honra

Rodrigo

 

O Jcarlos lembrou de uma coisa importante: peça pro motorista da lotaçao ir devagar, tem uns que sao muito loucos dirigindo!

 

Marcio

Que tal parar de adiar e ir conhecer o paraiso de uma vez? Só nao fui pra Los Roques porque nao deu tempo, mas queria muito ter feito os tres lugares: Algel, Roraima e los Roques!

 

Otavio

Sim, sim, antes que tu me peça eu já estopu separando as fotos para postar, hehehe!!

 

valeu!

 

Déia

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