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Primeiro Mochilão: 29 dias sozinha na Bolívia e Peru


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Mari, eu sou adventista, então tanto em La Paz como em Cusco eu vou na minha igreja. Em La Paz eles tem um costume bem interessante, as programações principais são aos sábados de manhã, então a cada semana uma família voluntária fica com a tarefa de enfeitar a igreja com flores compradas no mercado rodriguez. então, cada último sábado do mês eles fazem a agenda de quem serão as famílias responsáveis em comprar as flores a cada semana do mês seguinte.

 

Eu fiquei curioso do mercado rodriguez pq eles compram as flores lá. se a família quiser ajudar mas não puder ir escolher e comprar as flores ou fazer os arranjos, então uma família entra com o dinheiro e outra com o trabalho de ir comprar e fazer os arranjos. eu achei bem legal esse costume, assim todo mundo pode ajudar e participar, colaborando pra beleza da igreja.

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então, eu vou estar lá pelo mesmo período, e mais um pouquinho. olha, a graneros, que é onde tem as ropas de lã e tal costuma ficar bem vazia, mas tem outras. como será meu 4 ano em la paz. quando tiver por lá me manda uma mp e a gente combina de irmos as compras, principalmente pq além da minha mulher vai te uma amiga nossa junto. tem uma rua subindo a illampu, que tem muita coisa e a STC tbm.

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DIA 21 - Uyuni e Salar

O ônibus chegou em Uyuni às 7h, eu já tinha desistido de dormir, com aquele ônibus chacoalhando horrores. Eu mal botei o pé pra fora do ônibus e uma horda de agentes de viagens alucinados já caíram em cima de mim. Gente, sério, sabe aquelas cenas de filme em que os zumbis fecham o cerco em cima da pessoa? Pois é, foi

que eu me senti, só faltou eles ficarem murmurando “brains, brains”. Tenso, viu. Sério, tive que pedir pra eles me darem um tempo, eu precisava pelo menos pegar meu mochilão e dar uma respirada.

 

Aí veio o Thiago, da Thiago Tours, me oferecendo os pacotes dele, com valores bem baixos. Ele é brasileiro e já ficou apelando pro meu lado patriótico, mas se deu mal, porque eu não sou nada patriota hahahahaha. O mineiros já se interessaram pelo passeio dele, mas como as coisas que eu li sobre a empresa, aqui no fórum, não eram lá muito boas, preferi não arriscar. Todos os vendedores estavam dizendo que não dava pra fazer o passeio de 3 dias porque nevou forte uns dias antes e não estava dando pra chegar nos geisers e nem na laguna verde, no terceiro dia, estava tudo bloqueado pela neve. Até que veio uma moça muito simpática, a Mari, minha xará, da Expediciones Latitudes, ela me falou sobre o passeio e me convenceu a ir até a agência, que fica bem na frente da estação de trem.

 

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Chegando na agência, fui super bem atendida pelo dono da bagaça, conversei muito com ele sobre essa questão dos caminhos bloqueados pela neve, porque eu queria muito fazer o passeio de 3 dias. Ele disse que eu poderia arriscar, mas que não me garantia que ia conseguir chegar na laguna verde e que, se isso acontecesse, não devolveriam a diferença do dinheiro. Resolvi correr o risco. Ele queria 750 bolivianos pelo passeio de 3 dias e 2 noites, mas eu disse que fecharia com ele se me fizesse por B$. 700 com o saco de dormir incluído. FECHADO! Pedi pra ele anotar no recibo tudo o que estava incluído (sempre façam isso, por garantia). Lá pelas tantas, entra na agência o alemão/polonês do nome impronunciável que eu conheci em Machu Picchu. Ele tinha me pedido umas dicas e eu falei pra ele sobre Uyuni, pelo jeito resolveu seguir meu conselho. Mas ele e o amigo americano queriam só fazer o passeio de um dia, no máximo dois.

 

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Deixei o mochilão em uma salinha que eles tem nos fundos e separei umas roupas pra levar na malinha de mão que comprei em La Paz. Na mochila de ataque foram os remédios (muitos), papel higiênico, água, lanches e a câmera. A Mari veio me buscar pra me levar até um lugar pra tomar café da manhã, o Nonis. O lugar fica quase na frente da agência, é meio escondidinho, mas o café da manhã é muito bom e barato. Pedi o café da manhã continental, por B$ 20, vinha café preto, chá de coca, suco, pão e geleias.

 

Fui em uma lojinha de esquina e comprei duas garrafas de água e alguns chocolates (B$ 30). Voltei pra frente da agência, onde já estava o nosso motora, o Nelson. Os carros estavam em ótimo estado, bem novinhos. Já conheci um dos companheiros de viagem que também estava esperando ali, o Nico. A Mari, figuraça que é, já queria fazer os meus lados com ele hahahahahahaha. Ela perguntou se eu tinha namorado e eu disse que não, aí ela apontou pro Nico e disse: “Agora tem, vocês tem 3 dias pra aproveitar, depois tu vai me agradecer”. Cara, não me aguentei de tanto rir HAHAHAHAHAHAHA ::lol4::

 

O Nelson saiu pra buscar o resto da turma, que estava tomando café da manhã no hotel, uma família gigante hehehehe. Todos os outros carros já haviam saído e a gente ainda estava lá. Mas enfim, ele chegou com a turma do barulho, depois de arrumar mochilas e malas, o pessoal foi metade pra um carro e metade pro outro. No carro onde eu estava foram a Ximena; as duas irmãs dela, Márcia e Ana (que mora no Zimbabue e veio visitar a família); a sobrinha da Ximena, Andrea, que é espanhola e veio visitar a família; o Nico, da Alemanha, e eu. No outro carro foram as duas filhas da Ximena, a Carla, de 18 anos e a Laura, de 10; a prima das meninas (não lembro o nome), de 16; a Beth, amiga da Andrea e um casal de irmãos franceses, a Celine e o… bom, como ninguém entendia o nome dele de jeito nenhum, demos um novo nome pra ele: Sérgio hehehehehehe ::lol3::

 

Trupe formada, saímos às 11h em direção ao cemitério de trens, que fica bem próximo da cidade. Ficamos só alguns minutos e já saímos em direção à Comunidade Colchani, onde eles refinam o sal e também onde fica o Museu de Sal; tem inúmeros artesanatos e lembrancinhas do salar pra vender. Próxima parada: Salar! Paramos no famoso Hotel de Sal, o único que fica no meio do salar, lá onde tem as bandeiras dos países. Atualmente ele está desativado, e os guias não recomendam entrar por risco de desabamento do telhado. Depois de tirarmos vááárias fotos, seguimos de carro pelo salar. Nesse meio tempo, a Andrea - uma pessoa muito hiperativa hahaha - veio puxando papo com o Nelson - uma pessoa EXTREMAMENTE tímida. Gente, ele tem só 22 anos e já faz tours ao salar desde os 20.

 

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DICA: se vocês moram em um lugar muito úmido, como eu, cuidado na hora de escolher os artesanatos feitos de sal. Eu comprei um copinho com dados, tudo de sal, o copo é todo pintado com algum tipo de tinta/caneta mas já tá tudo borrado e os detalhes já não tem mais. O clima é muito úmido aqui em Porto Alegre, choveu muito no inverno e, quando fui ver, o copinho tava todo borrado sem eu nem ter mexido nele.

 

Momento reflexão: eu fiquei pensando muito nisso durante o trajeto, o Nelson começou a fazer os tours quando tinha só 20 anos. Será que ele teve outra oportunidade na vida? Porque, assim, Uyuni é uma cidade muuuito pequena, e tudo lá é voltado pro turismo, tudo gira em torno do salar. As pessoas que nascem lá e não tem condições de ir estudar em outro lugar, estão fadadas a trabalhar com turismo. A Mari também é uma delas, ela mesma me disse que não tinha muitas opções, e precisava trabalhar. Sei lá, é meio triste essa falta de perspectivas e opções. Me senti mal por eles, e ainda me sinto meio triste cada vez que penso nisso.

 

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Mas enfim, voltando aos assuntos alegres, seguimos até a Isla del Pescado, ou, como muitos conhecem, a ilha dos cactus gigantes, onde seria a nossa parada de almoço. É literalmente uma ilha cheia de cactus, que cresceu no meio do nada. Mas aí tu te pergunta, porque raios eles chamam de Isla del Pescado se é uma ilha de cactus no meio de um deserto de sal? É por que ela tem o formato de um peixe!!! O nome oficial é Isla Inkawasi, mas todos conhecem por Isla del Pescado.

 

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O Nelson preparou o almoço, fez uma mesa toda bonitinha hehehe, tinha chuleta, batatas, arroz e salada. Depois de comer, ele disse que tínhamos 1 hora pra conhecer a ilha enquanto ele arrumava as coisas do almoço e colocava tudo no carro. O ingresso não é incluso no passeio, mas custa só B$ 30 e vale muito a pena, o visual de cima da ilha é lindo demais, e a própria ilha também. Tem cactus com 9 metros de altura e mais de 600 anos de idade, é incrível.

 

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Depois de sairmos da ilha, fomos rumo ao primeiro alojamento, um dos vários Hotéis de Sal do povoado de San Juan. Muitooooo legal, mesmo. Paredes, mesas, bancos, camas, tudo de sal. Como disse uma amiga minha: deve rolar uns churrascos massa por lá hahahahaha. Fomos recepcionados com chá e bolachas (aqui no RS a gente não fala biscoito hehehe). Primeira coisa que eu fiz foi me informar sobre a ducha hehehehe, só tinha uma e custava B$ 10. Depois do lanche, levantei e voei pra ser a primeira a tomar banho hehehe. Água quentinha, banheiro limpinho, maravilha dos deuses.

 

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A janta foi uma sopa de verduras delicinha como entrada, e depois frango, batatas, banana assada e salada, e de sobremesa tivemos pêssego em calda. Praticamente um banquete. A energia elétrica ia das 19h às 22h, mas acho que foi um pouquinho além das 22h. Eu saí pra fotografar e depois fui dormir. Essa noite foi tranquilo pra dormir, não fez taaanto frio, só -10ºC. Na verdade, teria sido uma noite tranquila se eu não estivesse me sentindo mal pra caramba, culpa do banho gelado em La Paz. Meu nariz estava congestionado, minha garganta doía e tive febre, ou seja, não dormi nada.

 

 

- Gastos e endereços

Passeio Salar de Uyuni, 3 dias e 2 noites: B$ 700 (incluindo saco de dormir) pela Expediciones Latitudes, na Avenida Ferroviaria, bem em frente à Estação de Trem

Café da manhã continental: B$ 20, no Nonis, em frente à agência

2 águas de 2L e chocolates: B$ 30

Lembrancinha de sal: B$ 15

Ingresso Isla del Pescado: B$ 30

Ducha no alojamento: B$ 10

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DIA 22 - Tour Salar de Uyuni: Vulcão e Lagunas

Acordamos às 6h, tomamos café da manhã e saímos lá pelas 7h. Fomos primeiro até a estrada de ferro perto da fronteira com o Chile, dá pra tirar umas fotos maneiras lá. A segunda parada foi no mirador do Vulcão Ollague, demais de lindo, o chão é todo de rochas vulcânicas. Uma das coisas que eu acho mais incríveis nesse passeio é que se pode ver a lua mesmo durante o dia. Pode ser 11 horas da manhã, mas se tu olhar pro céu ela vai estar lá, o céu foi a coisa que mais me encantou na Bolívia, nunca vi um céu tão bonito em toda minha vida. Enfim, a galera saiu a desbravar as pedras e demorou pra voltar, quase todos os carros já haviam ido embora (o que é ótimo, porque fica mais fácil fotografar sem tanta gente em volta hehehehe),só um outra empresa continuava por lá, eles estavam preocupados com o segundo carro deles que desapareceu, perguntaram pra vários motoristas e ninguém sabia de nada, ninguém via o tal carro desde que saíram do alojamento. Por isso é bom cuidar na hora de contratar a empresa, o motorista precisa ser bom, prudente e ter bastante experiência, porque não é difícil se perder por lá, o caminho não é marcado e pra todo lado que tu olha é tudo meio que igual, ficando muito difícil de se localizar por lá.

 

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Bom, não podíamos ficar aguardando com eles, precisávamos continuar nosso passeio até a Laguna Cañapa. A essa altura, já estava quase na hora do almoço, então o Nelson mandou a gente passear por ali enquanto ele preparava o almoço (bife à milanesa, massa e tomates). Tinha neve derretida por todos os lados, e aí o negócio virou um lodaçal tenso hahaha, a Andrea foi fotografar os famincos e queria chegar bem perto, porque ela só tinha uma grande angular de 10mm (inveja saudável), ela ficou presa naquela mistura de neve e terra até os tornozelos e bateu o desespero porque ela ia cair e a câmera ia junto hahahaha. Mas ela conseguiu salvar a tempo. Não muito longe dali, uma outra menina não teve a mesma sorte, caiu de costas no barro hahahahahahaha ::lol4::

 

OBS: Se acostumem a comer comida fria, todos os almoço são gelados, não adianta. Mesmo assim, a comida foi sempre boa.

 

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Muitas fotos depois, almoçamos e voltamos pra dentro do carro, paramos poucos minutinhos na frente da Laguna Honda. Meu, que paisagens, esse segundo dia tem uma paisagem mais linda que a outra, de cair os butiá do bolso. Em seguida, fomos até a Laguna Hedionda, liiiinda linda (batendo uma puta saudade desse passeio), cheia de flamincos. Nessa laguna tem banheiro, é meio tenso, mas tem e custa B$ 5 pra usar. Confesso que eu teria pago B$ 20 e sairia feliz, porque olha, tomando a quantidade de água recomendada chega uma hora que a coisa começa a apertar hehehehe. Quando chegamos na Árvore de Pedra já tava um frio de renguear cusco. Desbravamos as rendondezas, tiramos fotos e depois seguimos para a Laguna Colorada.

 

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No caminho, paramos no posto de controle da Reserva Nacional Eduardo Avaroa, onde precisávamos comprar os ingressos (na compra do pacote, eles avisaram que não estava incluído). Os preços para bolivianos e extrangeiros são diferentes, eu paguei B$ 150 . Quando chegamos na laguna Coluna Colorada o sol já estava se pondo, tinha muita sombra e estava bem frio, mas nada disso tirou a beleza do lugar. Éramos praticamente os únicos ali, porque sempre demorávamos mais em todas as paradas. Assim sendo, fomos os últimos a chegar no alojamento hahahaha.

 

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OBS: Eu fiz uma panorâmica linda da Laguna Colorada, mas ela tá com 512MB e eu to sem meus programas de edição pra mexer nela. Mas assim que tiver meu notebook de volta, eu posto ela aqui.

 

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Esse alojamento é beeeem mais simples que o Hotel de Sal, beirando o precário. Fomos recebidos com chá e bolachas. Eu já fui direto me informar sobre o banho, perguntei pro Nelson se tinha água quente nas duchas ele disse que sim (OBAAAA!), mas que não dava pra tomar banho porque os encanamentos estavam congelados (lógica pra quê, né? hehehe). FFFFUUUUU! Sim, fazia muito frio ali ::Cold:: A boa notícia foi que boa parte do gelo que bloqueava a estrada havia derretido e, assim, conseguiríamos ir até os Geisers e, quem sabe, até a Laguna Verde ::otemo::

 

DICA: Levem lenços umedecidos. Vocês podem até querer tomar banho, mesmo se estiver -50°C (eu mesma tinha essa intenção). Acontece que o banho pode não ser uma opção e os lenços umedecidos podem salvar o dia.

 

A Ana, irmã da Ximena, ficou muito mal nesse dia, com dor de cabeça, garganta, os olhos dela incharam de uma maneira absurda, e ficaram beeeem vermelhos, infecção tensa (por isso é bom estar sempre de óculos, tem muita poeira, mesmo dentro do carro com os vidros fechados). Dei alguns dos meus remédios pra ela e ela ficou deitada até o dia seguinte, com dois saquinhos úmidos de chá de maçã nos olhos.

 

Estávamos jantando quando eles anunciaram a ligada do gerador, às 19h. Geral correu pras tomadas, pra carregar baterias e celulares. Tivemos que dividir em turnos, 1 hora pra cada um, e precisava ter alguém de olho, porque chegavam uns espertinhos e desligavam as coisas dos outros pra ligarem as suas. Eu entrei no grupo das 20h e fiquei por ali, cuidando. Comecei a conversar com a Melissa, da Bélgica, que tava fazendo um ano sabático e tal. Ficamos lá, conversando sobre os desapegos de quem viaja por tanto tempo. E o pessoal enchendo o saco pra furar a fila e carregar os aparelhos, até que a Andrea teve a ideia GENIAL de pedir mais uma hora de luz (que iria só até as 21h). O cara com quem ela falou disse que era pra falar com o filho do dono do alojamento, só ele podia autorizar. Fomos lá e… adivinha quem era? O NELSON!!! hahahahahahahaha. Luz garantida até as 22h ::hahaha::

 

Carreguei minha meia hora de bateria (pq eu sou legal) e voltei pra janta, que era sopa de legumes e massa ao sugo, acho que tinha milho também. Enfim, lá pelas tantas, chegam os nossos motoras com 3 garrafas de vinho pra gente. EEEEEEE BELEZA!!! Pra espantar o frio hehehehehe.

 

Depois da janta, vesti todas as roupas que eu tinha (8 camadas de blusas e casacos e 4 camadas de calças), mais gorro, luvas e manta. Fui pra rua fotografar o céu, que era o mais espetacular que já vi na vida, fiz algumas fotos e voltei pra dentro. Quase todos já tinham ido dormir, só os belgas estavam por ali ainda, eles estavam esperando apagarem as luzes pra sair e fotografar o céu também. Fui com eles. Um deles tinha uma lente fish-eye de 10mm, ou seja, ela pegava tudooooo. do chão ao céu. A gente precisava deitar no chão pra ele fotografar, caso contrário, nossos vultos sairiam nas fotos. Cara, espetacular, sem palavras. Eu quero muito voltar lá, só pra ver aquele céu de novo. Tava fazendo -20°C essa noite, mas ficar deitada naquele chão, olhando as estrelas, compensou qualquer frio.

 

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Tiradas as fotos, voltei pra dentro e fui ~TENTAR~ dormir. Sério, acho que dormi umas 2 horas só, e só porque eu tava muito cansada. Eu tava com todas aquelas camadas de roupas, mais saco de dormir. mais 3 cobertores e, por mais que me encolhesse, não conseguia dormir de frio, além de estar mal da gripe, com tosse e toda ferrada. Tirando que a gente ia ter que acordar às 4:30h.

 

-Gastos e endereços:

Banheiro: B$ 5, na Laguna Hedionda

Ingresso Reserva Nacional Eduardo Avaroa: B$ 150

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