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Na terra da Rainha, e dos Reis do iê-iê-iê (um passeio por Manchester, Liverpool e Londres)


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Amigos, apesar de existirem vários relatos de viagem ao Reino Unido, resolvi retribuir às várias dicas que obtive aqui no site, com algumas informações que considero interessantes para quem pretende fazer uma viagem semelhante a que fiz em dezembro último à Manchester, Liverpool e Londres, e que gostem de Beatles também. Aproveito para sugerir alguns apps para quem pretende utilizar smartphone na sua viagem, e ainda acrescentei algumas dicas básicas que servem para qualquer tipo de viagem ao exterior. Espero que o relato seja útil a todos que o lerem.

 

Prá começar, um agradecimento e duas recomendações: o agradecimento é para a "mochileira" Marina, pelas dicas que muito gentilmente me passou, e que me ajudaram muito ao longo de toda viagem, e por isto será citada algumas vezes ao longo do meu relato. Já a primeira recomendação é tentar ler e se informar o máximo que puder sobre o destino escolhido. Felizmente, hoje podemos contar com sites como o Mochileiros, e também com outros tantos especializados em turismo, assim como blogs de brasileiros que moram ou viveram fora daqui e que podem dar dicas bem legais sobre qualquer destino que você pretenda seguir. A segunda, é conhecer tudo com uma relativa calma e não tentar visitar correndo todos os lugares que você gostaria de ir, para acabar não conhecendo efetivamente as atrações e nem aproveitando tanto assim a viagem. Uma sugestão que dou, é que após ter tomado conhecimento dos principais pontos de visitação do interesse de cada um, que se faça uma lista das consideradas prioritárias, e depois as localize em um mapa tipo "google maps", para se ter uma ideia de distância e tempo entre elas. Depois, você pode "classificar" as atrações por cores, e aí definir o que vai ser visitado e/ou priorizado a cada dia, de acordo com as cores estabelecidas. Por exemplo, as atrações marcadas em azul são aquelas prioritárias e imperdíveis, enquanto as marcadas em verde, serão aquelas que só serão visitadas se sobrar um tempo. Gaste um pouco de tempo neste planejamento antes de viajar, por que isto vai te ajudar muito a ganhar tempo quando estiver em solo britânico.

 

Dou uma paradinha neste ponto prá comentar sobre um grande facilitador que utilizei nesta viagem: um smartphone (mas que se aplica ao tablet também). Uma das coisas que sempre privilegiei nas minhas viagens foi o fato de poder me desligar do mundo e me "concentrar" no destino escolhido. Com isto, mesmo após o advento dos celulares e notebooks, sempre evitei levá-los em minha companhia, para não receber notícias do trabalho, encomendas de compras de última hora e nem me preocupar com coisas que estavam a no mínimo 10 horas de viagem e que pela distância, só poderiam ser resolvidas após o meu retorno ao Brasil. No entanto, com a enorme quantidade de aplicativos para viagem que existem hoje para smartphones e tablets, resolvi procurar e testar previamente alguns para identificar os que poderiam ser mais úteis durante a viagem. O bom, é que mesmo que você não esteja disposto a gastar centavo algum, você conseguirá baixar vários, por que existe um monte de aplicativos "free". Basta você entrar na "store" do seu aparelho e digitar "london" no “buscar”, por exemplo, que você verá uma infinidade deles. Dê preferência para aqueles que trabalham "offline", ou seja, aqueles que funcionam mesmo sem um chip de uma operadora local e nem precisam que o aparelho esteja conectado a uma rede wi-fi. Para não ser surpreendido com o não funcionamento do app, teste algumas funcionalidades do aplicativo ainda no Brasil, para não perder tempo de tentar entender o app, justamente quando estiver em plena Baker Street procurando pela estação de metrô mais próxima...rs.

 

O primeiro app que indico é o citymaps2go. Nele você pode baixar os mapas das cidades que pretende visitar e marcar os pontos de seu interesse, assim como sugeri no caso do “google maps”. Depois de marcados, ele calcula a distância de onde você está dele naquele instante e o tempo que vai gastar até chegar ao destino desejado. Além disto, ele indica os restaurantes, hotéis, estações de trem, aeroportos, cafeterias e trabalha como um GPS. Ao invés de sair com um mapa da cidade na mão, eu saía apenas o smartphone que me guiava pela cidade, já que os mapas baixados, funcionam offline. Como ele indica a direção em que você está caminhando, você não perde tempo andando para a direção errada de que se deseja. No meu caso, encontrei os mapas tanto de Londres, como os de Manchester e Liverpool.

 

Copiei todas as informações que obtive sobre os meus destinos em um arquivo em word, com endereços, sites, preços de entradas, horários de funcionamento, etc., dos lugares que gostaria de conhecer e salvei este arquivo no meu smartphone também. Para abri-lo, usei o aplicativo "documents", disponível na store e também gratuito. Ele lê e escreve arquivos em word e pdf, e é uma “mão na roda”. Com ele instalado, eu pesquisava com rapidez a informação que precisava, sem fazer muita bagunça e sem carregar um calhamaço de papel no bolso ou na mochila. Quem planeja uma viagem, sabe como as vezes é complicado manusear ou consultar as anotações bem no meio da rua e achar um nome ou endereço que você sabe que anotou, mas não sabe aonde. No “documents” você digita uma palavra chave e ele procura prá você aonde ela se encontra, tal como se faz normalmente em um arquivo do Office. Como nem sempre tudo dá certo numa viagem, sugiro levar por precaução, uma cópia impressa deste arquivo de informações na mala. Vai que um dia o seu aparelho pifa, ou seu carregador de bateria não funciona, ou a bateria acaba, né???? rs.

 

E já que é para aproveitar os recursos do seu aparelho, digitalize também os principais documentos da sua viagem (passaportes, passagens, vouchers, ingressos emitidos pela internet, etc) e guarde na memória do seu telefone, ou em algum arquivo na nuvem ou em algum e-mail seu. Em caso de perda do original de algum deles, será mais fácil recuperar as informações que você precisar.

 

Fotografe a sua mala despachada, guarde estas fotos na memória do seu aparelho, e anote as principais características da sua bagagem, como por exemplo, o nome do fabricante e as dimensões das malas. Em caso de extravio, ao fazer uma ocorrência junto à companhia aérea, estas informações serão importantíssimas. Palavra de quem já passou pela situação!!! Coloque o seu nome e endereço em vários locais da sua bagagem, inclusive internamente. Como as malas são jogadas de um lado pro outro nos aeroportos e nos aviões, perder a identificação externa é uma coisa mais comum do que se imagina!

 

Já que falei em bagagem extraviada, uma outra sugestão: leve na mala de mão, pelo menos uma “muda” de roupa “sobressalente”. Embora as companhias aéreas ressarçam os passageiros pelas despesas com compra de roupa em situação de malas extraviadas, dependendo do horário ou o local de sua chegada, nem sempre é possível a compra imediata de roupas de reposição. E cá entre nós: começar uma viagem, utilizando a mesma roupa que viajou o dia anterior, é uma tristeza, né?... rs. Se for viajar com mais de uma mala e/ou acompanhado com a família, por exemplo, distribua a roupa de todos nas diversas malas que esteja levando. Assim, no caso de extravio de uma mala, a que se “salvou” terá roupas para todos, até que a outra mala perdida seja encontrada ou novas roupas sejam adquiridas.

 

Outra dica muito útil prá quem vai ao Reino Unido é levar um bom guarda chuva/sombrinha resistente ao vento. Parece ser comum que a chuva lá sempre caia acompanhada de um vento forte, que além de aumentar a sensação de frio, te obriga a "torear" o vento com o seu guarda chuva. Portanto, nada de levar “aquele” comprado na mão de um coreano, por que ele não vai resistir...rs. Comprei um ótimo em uma viagem que fiz à Itália que aguentou o “vai e vem” do vento, e prá quem não tem um assim, sugiro comprar um em uma das várias lojas especializadas em Londres.

 

Todo mundo sabe que a moeda britânica é a libra esterlina, mas sempre fica aquela dúvida, se para o caso de uma estadia de poucos dias, se é possível se virar usando os euros que já se tem no bolso. Sinceramente, só vi aceitar euros na Feira de Portobello Road, que é um comércio bem informal. Como Londres é lotada de turistas, outros tantos lugares e feiras devem aceitar também, mas não conte com um câmbio favorável e nem que receberá um troco exato. A libra esterlina baseia-se no sistema decimal e cada libra tem cem pence. As notas são emitidas nos valores de 50, 20, 10 e 5 libras, e as moedas nos valores de 2, 1, 0,50, 0,20, 0,10, 0,05, 0,02 e 0,01 de libra. Prá complicar a vida do turista, os valores normalmente estão identificados apenas por extenso e não pelo valor numérico da moeda. Ou seja, ao invés de você receber uma moeda escrita com 2£, por exemplo, você receberá uma moeda onde está escrito "two pounds". Pode parecer besteira mas na hora em que você está em uma fila prá pagar seja lá o que for (tipo, a do metrô ou supermercado) com um monte de moedas na mão e com um monte de gente esperando atrás, a identificação dos valores parece que fica muito mais demorada do que se imagina, principalmente por que os britânicos, assim como a maioria dos europeus, não estão acostumados a esperar que as pessoas contem as moedinhas que se tem nos bolsos...rs. É bem visível a irritação deles quando alguém demora prá pagar em qualquer tipo de caixa, inclusive do próprio operador do caixa. Portanto, só entre na fila quando tiver já o valor exato na mão, ou então pague sempre com uma nota de maior valor do que a compra (lógico, né?? rs), para transferir a responsabilidade de identificar as moedinhas para a pessoa do caixa...rs. Claro que com o uso diário das moedas, você acaba se familiarizando com elas e identificando pelo tamanho o valor de cada uma, mas até que isto aconteça, é bem provável que o seu bolso já esteja lotado delas !!! rs

 

Este primeiro post, foi apenas de “dicas gerais”, mas prometo que no próximo, eu começo a escrever sobre as cidades....rs

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Prá quem cansou de tantas sugestões, passo a relatar um pouco mais sobre a viagem em si. Saí do Brasil com todos os hotéis já reservados daqui, usando os sites “booking” e “tripadvisor” (também disponíveis para smartphone). Como a minha opção de locomoção foi a de viajar de trem, já comprei também antecipadamente pela internet, as passagens da Virgin Trains (http://www.virgintrains.co.uk‎) para os trechos Londres - Manchester e Liverpool – Londres. Viajei pela Air France e como não existe voo direto desta companhia para Londres, fiz uma breve escala em Paris. Cheguei com a família em Londres, por volta das 2 e meia da tarde, e embora fosse possível ir no mesmo dia para Manchester, resolvemos passar a noite na capital britânica, para o caso de ocorrer um atraso em alguns dos voos e para que a viagem não ficasse muito extensa e cansativa. Desembarcamos no Aeroporto de Heathrow, um dos mais movimentados do mundo, e que fica a 24 km do Centro da cidade. Passamos tranquilamente pela imigração, onde fomos atendidos de uma forma bem cordial e informal. As perguntas foram as de praxe: para onde iríamos, que hotel ficaríamos, qual seria a duração da viagem, e o por quê de viajar para onde estávamos indo. Liberados para entrar no Reino Unido e com todas as malas em mãos, o próximo passo foi sair do aeroporto para o Centro da cidade. Existem várias opções de transporte do Aeroporto para o Centro e cada um com os seus prós e contras. Pelo que pesquisei, a mais rápida e cara, é o trem Heathrow Express, que faz, sem paradas, o trajeto Aeroporto - Estação Paddington, entre 15 a 23 minutos, dependendo do terminal de saída do aeroporto, e que custa a partir de £21, se comprada em máquina própria no aeroporto ou pela internet (http://www.heathrowexpress.com), ou a partir de ₤26, se comprada dentro do trem. Apesar de rápido e confortável, nem sempre é a melhor opção, não só pelo preço mais alto, mas por que dependendo da localização de onde você for se hospedar, será necessário ainda utilizar um outro meio de transporte complementar entre a Estação Paddington e o endereço do seu hotel/hostel. A segunda opção é o trem Heathrow Connect, que por fazer 5 paradas, gasta 25 minutos para chegar à mesma Estação Paddington. Em compensação, a passagem é mais barata e custa ₤9,90. Assim como o Heathrow Express, são trens modernos, super confortáveis e que dispõem de espaço para as bagagens. A terceira opção, mais comum aqui no Brasil, é um ônibus especial (da empresa National Express), que faz a ligação entre o terminal rodoviário do aeroporto e a estação de ônibus de Victoria, por ₤5,50. A viagem pode durar até uma hora e meia, dependendo do trajeto e do trânsito. Dizem que é uma boa opção para quem vai para outras cidades da Inglaterra, ou para um dos outros aeroportos da cidade: Gatwick, Stanstead e Lutton. Outra opção, ainda mais comum nos aeroportos brasileiros, é o transporte por táxi. O problema é que andar de táxi em Londres é caro, e a viagem até o Centro da cidade custa por volta de ₤45 a ₤70 (segundo reportagem recente da Folha de São Paulo). Por conta do trânsito e pelo respeito que os motoristas tem aos limites de velocidade, pode se gastar mais de uma hora para chegar ao seu destino. Entretanto, dependendo do número de pessoas que estiverem com você, o custo por pessoa, pode compensar. Deixei por último, a opção que escolhi: ir de metrô !!! Existe uma linha que sai do Aeroporto de Heathrow e que atravessa quase todas as zonas de tráfego em que a cidade é dividida. O metrô de lá tem linhas para praticamente qualquer lugar da cidade que você desejar ir, e a possibilidade de você descer numa estação bem próxima de onde você vai se hospedar é grande. Para verificar isto, consulte o site http://www.tfl.gov.uk/ ou baixe um app para o seu smartphone. Em Londres, eu utilizei muito o app “London Underground Free” da Visual IT. É gratuito como o próprio nome já diz. Ao invés de andar com aquele mapa do metrô na mão com todas as indicações de linhas, estações e conexões, eu simplesmente consultava o aplicativo, que informa também quais são as estações que estão com problema, calcula o tempo que você gasta para chegar de uma estação para outra, oferece alternativas de trajeto, e informa se tem atraso em alguma linha. Algumas destas funções funcionam offline. Muito prático! Como o meu trem para Manchester sairia da Estação de London Euston, que tem integrada a ela a Estação de Metrô de Euston, reservei um hotel bem próximo para facilitar o meu deslocamento. Como a linha do metrô que sai de Heathrow não segue direto para a Estação de London Euston, tive que fazer uma troca de linha em uma estação previamente escolhida, que dependendo da situação de cada um, pode ser um inconveniente, porque nem todas as estações do metrô de Londres, tem escadas rolantes ou elevadores. Em algumas delas, o turista vai ter que subir ou descer as escadas carregando a sua mala e dependendo do peso da bagagem, pode ser um problema. Além disto, conforme o dia ou o horário que você pegar o metrô, o movimento pode estar mais pesado e talvez você encontre dificuldade para entrar no vagão carregando uma mala ou até mesmo de encontrar um assento disponível. Entretanto, acho que este inconveniente pode se aplicar mesmo para aqueles que optarem em utilizar o trem Heathrow Express, que apesar de ser o meio mais caro e rápido, só pára na Estação de Paddington, e como escrevi anteriormente, pode “obrigar” o passageiro a utilizar o metrô com estas mesmas restrições para chegar ao seu destino final.

 

O Aeroporto de Heathrow está na zona 6 de transporte e uma passagem de metrô para o centro de Londres (Zona 1), que é ainda válida para usar o sistema ao longo de todo o restante do dia, custa ₤8,90, e pode ser adquirida na estação do aeroporto. Assim que sair da alfândega, siga a sinalização indicativa que te guiará para o “Underground”. Bem próximo da catraca do metrô, você vai ver do seu lado esquerdo, as máquinas touch-screen para a compra do seu bilhete. Escolha a tarifa desejada e escolha a forma de pagamento. Você pode pagar em dinheiro ou em cartão de crédito, mas existem algumas máquinas que só aceitam, ou um, ou outro. Se pagar com dinheiro, utilize notas de baixo valor, para não encher o bolso de moedas, por que o troco das máquinas é sempre em moedas. Lembre-se de escolher a tarifa de transporte que aplica ao seu caso conforme a localização do seu hotel/hostel. Como as principais atrações de Londres ficam nas zonas 1 e 2, é normal as pessoas escolherem se hospedar nesta região e se for o seu caso, escolha a tarifa entre as zonas 1 e 6. Guarde o seu bilhete até sair da estação, pois precisará dele para passar na catraca da última estação que você for passar. No meu caso, comprei um bilhete “one day ticket”, válido somente para o dia em que foi comprado (e não por 24 horas após a compra). Se pretende ficar mais dias contínuos, compre um oystercard. Mais adiante tentarei explicar como se usa e compra. A linha que sai do aeroporto chama-se “Piccadilly Line” e é representada como a linha azul escuro no mapa do metrô. O trajeto do aeroporto até o Centro, dura aproximadamente 1 hora. Os vagões saem vazios de Heathrow, e é tranquilo encontrar assento e um espaço para ajeitar a mala, mas até chegar ao centro, o metrô já vai estar cheio, ou bem mais cheio, dependendo do dia e horário...rs.

 

Para aqueles que tem previsão de chegar em voos mais tarde da noite, só existe a opção do ônibus noturno N9, que tem como destino final a Trafalgar Square, no Centro de Londres. A viagem dura aproximadamente 1 hora.

 

Importante lembrar que apesar de um ou outro meio de transporte ser mais rápido do que o outro, a frequência de saída deles é diferente. O Heathrow Express por exemplo, parte a cada 15 minutos. O Heathrow Connect e os ônibus, partem a cada 30 minutos, e o metrô a cada 5/10 minutos, dependendo do horário do dia.

 

No próximo post, a primeira noite em Londres.

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Obrigado, c.gustavo

 

Como escrevi anteriormente, escolhi um hotel bem próximo da estação de trem que me levaria até Manchester saindo de Londres. Aliás, mais perto impossível. O hotel, um Ibis, ficava em frente a uma saída secundária da estação. Bastava atravessar uma rua. Como a Estação de Metrô de Euston é integrada à Estação de Trens de London Euston, não tivemos maiores problemas em encontrar o hotel. Ao escolher o seu, sugiro consultar os comentários de hóspedes anteriores, utilizando o site/app Trip Advisor. Não se preocupe apenas com o conforto e limpeza, mas também quanto às reclamações de barulho e de vibração proveniente do tráfego dos trens nas estações. A avaliação do Ibis era boa e confirmei isto pessoalmente, mas nem todos os hotéis da região possuem comentários positivos. Ao passar pela Estação London Euston, aproveitei para olhar as opções de restaurantes, cafeterias e lanchonetes para uma eventualidade. Deixamos as malas no hotel e saímos para o Centro de Londres, utilizando ainda o mesmo bilhete de metrô comprado no aeroporto. Descemos na Leicester Square Station por volta das 4 e meia da tarde, e como estava escurecendo cedo, já encontramos uma Londres "de noite", toda iluminada para o Natal. Ao contornamos a Leicester Square Guarden já era possível ouvir uma mistura de idiomas proveniente de turistas das mais diferentes nacionalidades, muitos tirando fotos ou carregando sacolas de compras. Próximo a esta região, existem “n” opções de restaurantes, lojas, e cinemas. Uma das lojas citadas aqui no Mochileiros e que chama atenção é a da M&M World. Lá eles vendem de tudo com a marca M&M, além dos chocolates, obviamente..rs. Só existem 5 lojas dela no mundo todo, sendo que a de Londres é a única fora dos Estados Unidos. Como já conhecia as lojas de Las Vegas e Orlando, o que me chamou a atenção nesta, foi a reprodução da famosa foto dos Beatles atravessando a Abbey Road, só que com os bonecos do M&M....rs. Como a loja estava cheia, até por que lá dentro a temperatura estava bem mais agradável do que a da rua...rs, foi preciso um pouco de paciência para tirar uma foto na fictícia Abbey Road.

 

Rodamos toda a região, repleta de lojas famosas e bateu “aquela” fome. Tinha anotado o nome de vários restaurantes, e nesta região, lugar para comer, é o que não falta. Andando prá lá e prá cá, achei um que tinha sido comentado aqui no Mochileiros: Nando's. Dizem que são quase 200 restaurantes só em Londres. O restaurante tem um ambiente bem descolado, com garçonetes jovens e simpáticas e uma música ambiente legal. Como o símbolo do Nando’s é um galinho português, coincidentemente ou não, estava tocando música pop portuguesa quando chegamos !!!! O restaurante funciona ao estilo dos pubs ingleses: lá, depois que você é encaminhado para a sua mesa, você vai até o balcão, faz o seu pedido, informa o nº da mesa em que está, paga, e volta para o seu assento para aguardar o seu prato ficar pronto, que é entregue depois por uma garçonete. Você pode escolher o quão picante você quer a comida, e garanto que ela é “bem” picante, mesmo !!! Li esta dica e passo prá frente: Prá quem não é fã de pimenta peça “plain”. Prá quem ama pimenta, peça o “medium”. Lá existe aquele esquema de comprar o “bottomless soft drink”, ou seja, bebida ilimitada, para quem optar por beber Fanta, Coca ou Sprite. Entre a opção de bebidas, e prá quem estiver com saudades, é possível pedir cerveja brasileira!!! No site deles, existe o cardápio completo do que é oferecido: http://www.nandos.co.uk/.

 

Depois da viagem, da longa caminhada pelo Centro de Londres e do jantar, o cansaço deu as caras. Pegamos o metrô na mesma estação e voltamos para o hotel. Era hora de recuperar as energias numa boa noite de sono !!!!

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Mesmo tendo várias opções para café da manhã na estação de London Euston, optamos em tomar o nosso no hotel mesmo. Pela variedade e pela fartura, valia mais a pena ficar ali mesmo. Como o check-out do hotel era ao meio dia, comprei propositadamente, as passagens para Manchester, ainda no Brasil, pela internet, para às 12:20 h. Existem outros horários para fazer este trajeto por trem, mas em alguns, como os que saem mais cedo, a passagem é mais cara devido a maior demanda. Para viagens assim mais longas, sugiro a compra antecipada, mas nas de curta duração e com frequência maior de trens (como a que fiz de Manchester a Liverpool), acho que isto não é necessário.

 

Como acordamos cedo e ainda tínhamos um bom tempo até o trem partir, pegamos o metrô na estação de Euston em direção à estação St John’s Wood, para conhecer a famosa Abbey Road. Para quem não conhece (será que alguém não conhece? ... rs), a Abbey Road é onde está localizada a faixa de pedestre mais famosa do mundo, a Abbey Road Crossing. Nela, foi feita uma das capas de discos mais conhecidas da história da música e que estampou o 12º álbum dos Beatles, em 1969. Nesta capa, Paul McCartney atravessa a rua descalço, enquanto os outros 3 usam sapatos. A foto foi tirada por Iain Macmillan no cruzamento bem próximo ao estúdio da Abbey Road Studios. A faixa de pedestres é tão famosa que conta até com webcam (http://abbeyroad.com/crossing), que mostra o movimento da faixa 24 horas por dia. Quem tiver curiosidade, pode assistir os turistas imitando os Beatles pelo site. E prá quem já foi e tirou uma foto no local, pode enviá-la para Jeff Jarratt (icrossed@abbeyroadcrossing.com) que reúne e publica no site dele (http://abbeyroadcrossing.com), as fotos tiradas pelos fãs.

 

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Uma informação importante, é que existe uma estação de metrô de superfície chamada Abbey Road, em West Ham, a 14 km do local correto. Por isto não confunda: a Abbey Road Crossing fica próxima à estação St John’s Wood.

 

Tinha lido que o número de pessoas que vai até Abbey Road registrar a sua travessia na faixa de pedestres era grande, mas tivemos dupla sorte. Primeiro, talvez por ser um domingo e cedo, só encontramos alguns asiáticos por lá, aparentemente meio perdidos e sem muita certeza se estavam no lugar certo....rs. Segundo, por que não chovia, e isto em Londres, as vezes é sorte mesmo...rs. Entretanto tirar uma boa foto, parecida com a do álbum, não é fácil e precisa de ainda mais sorte e paciência, por que apesar do significado que tem para os beatlemaníacos, a rua é evidentemente uma via normal, com trânsito de veículos e pedestres. Não existe um sinal (semáforo) para atravessar a faixa, e conforme é de costume lá, os carros param para você poder cruzar a rua. O problema é que o menos que se quer nesta hora, é um carro parado na faixa na sua foto, já que na original tirada por Iain Macmillan, os que aparecem, estão apenas estacionados junto às calçadas. Além disto, moradores da região, aproveitam que você parou o trânsito e aceleram o passo para atravessarem a rua junto com você, e acaba sendo demorado você conseguir uma foto sem a interferências de carros ou de outras pessoas. Uma boa sugestão para quem quiser tirar um monte de fotos enquanto um amigo ou parente atravessa a faixa, para depois escolher a melhor, é baixar o aplicativo “fast camera” para smartphone. Este app dispara um monte de fotos por minuto, ao contrário das máquinas tradicionais que levam um tempo mais demorado entre uma e outra. Quando a pessoa chegar do outro lado da rua, o “fast camera” vai ter disparado umas 300 fotos, enquanto a máquina convencional, terá tirado apenas umas 4....

 

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Em um dos lados da faixa de pedestres, fica o Abbey Road Studios, onde os Beatles gravaram várias de suas músicas. No muro deste estúdio é permitido escrever mensagens para os Beatles e deixar o seu nome registrado ao lado de gente do mundo inteiro. Com certeza, eles devem repintar o muro de tempos em tempos, para permitir que os beatlemaníacos tenham uma brechinha de espaço prá deixarem a sua mensagem...rs.

 

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A Marina, aqui do Mochileiros, que me ajudou com dicas bem legais, me passou uma que não tinha visto em lugar nenhum. Ali perto, de Abbey Road, está localizada uma das casas do Paul McCartney, onde ela, na sua passagem por Londres, teve a sorte de se encontrar com ele na rua (mas esta é uma estória que ela merece contar aqui no site). A rua é vigiada com câmeras e no googlestreet parte das imagens dela foi omitida, justamente no trecho em que apareceria a casa dele. Tiramos algumas fotos lá também, e já era hora de voltar para o hotel para fazer o check-out sem muita correria, já que ainda tínhamos que pegar o metrô. Voltamos para a estação St John’s Wood, onde existe uma lojinha (lojinha mesmo, bem pequena) dedicada aos Beatles. Lá você encontra camisetas, bonés, chaveiros, etc, mas com pouca variedade. Não comparei os preços, mas para quem deseja comprar alguma coisa alusiva aos Beatles, existe uma loja em Londres, com muito mais opções. Conto prá vocês, mais adiante....

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Embora já viaje há um bom tempo para fora do país, nunca tinha escolhido utilizar o trem como meio de transporte e tinha algumas dúvidas de principiante a respeito. A Marina (minha conselheira dos Mochileiros) me ajudou a esclarecer algumas, e fomos para a estação já mais preparados para o que íamos encontrar pela frente. Aqueles que já tem o costume de viajar de trem há mais tempo, vão achar as dicas que vou passar agora meio banais, mas para aqueles que assim como eu, se acostumaram a viajar só alugando carros ou utilizando receptivos locais, talvez tenha utilidade.

 

Viajamos pela Virgin Trains e comprei as passagens com antecedência. Não sei se é uma regra válida apenas para as passagens compradas pela internet, mas elas não são remarcáveis. Se após comprada a passagem for preciso a troca do horário da sua viagem, será necessário comprar outra e o dinheiro da primeira, não será reembolsado. Por isto, se você for do tipo que não consegue cumprir horários, especialmente nas férias, deixe para comprar a sua passagem mais próxima da hora de sua viagem, mas esteja ciente também, que existe o risco de não achar passagens exatamente para o horário que se deseja e nem na tarifa que gostaria de pagar. Não existe a necessidade de se chegar com muita antecedência à estação, mas esteja lá, com tempo suficiente para identificar em qual plataforma o seu trem irá partir, lembrando que os trens saem no horário, e as portas são fechadas 2 minutos antes do horário marcado.

 

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No caso da Virgin Trains, eles oferecem 2 tipos de passagem: a “advance” e a 1ª classe, sendo que a do segundo tipo, custa mais ou menos o dobro do preço da primeira. Para acomodar bagagem de pequeno porte, existe um espaço acima dos assentos, similar ao que existe nos aviões (veja foto abaixo). Para as malas maiores, existem 2 ou 3 espaços por vagão ao nível do chão, com uma prateleira a 1,00 m do chão aproximadamente, para colocação da bagagem. Neste espaço cabem 2 malas embaixo e 2 acima, de tamanho médio. Pessoas que viajam com malas grandes ou que demorarem um pouquinho para entrar no trem, terão dificuldade de achar lugar para guardar a sua bagagem.

 

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Alguns vagões possuem uma área chamada de “shop” onde são vendidos produtos de consumo rápido, tais como chocolates, balas, salgados ensacados, refrigerantes e revistas.

 

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Para pessoas que viajam em grupo, é possível comprar passagens com uma mesa para 4 lugares. Os assentos que foram vendidos, ficam devidamente assinalados em um display acima deles e alguns dispõem de tomadas para carregamento do celular. Não se esqueça que o modelo de tomada de energia elétrica do Reino Unido é diferente do nosso aqui, e isto é válido tanto para os trens, como para hotéis e aeroportos. No site da Virgin, você pode escolher o assento, visualizando a sua localização, da mesma forma que fazemos nas companhias aéreas.

 

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Ao sair pela estação London Euston, a passagem é "checkada" por funcionários da Virgin Trains que ficam no portão que dá acesso à área de embarque. A viagem é bem tranquila e dura cerca de 2 horas, com 2 ou 3 paradas.

 

Chegamos em Manchester, por volta das 2 e meia da tarde, na estação de Manchester Piccadilly. O hotel em que ficaríamos, desta vez não ficava tão próximo da estação como o de Londres (explico em seguida), mas mesmo assim, só tivemos que andar uns 8 minutos para chegar até ele. Com tanto lugar para conhecer na Inglaterra, alguém poderia perguntar, por que fui logo escolher Manchester para ir, né? A resposta é simples. Além de gostar de Beatles, também gosto muito de futebol, e meu filho em particular, é torcedor do Manchester United, e justamente naqueles dias, aconteceria um jogo da Champions League, entre o United e o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, o time europeu que possui o maior número de jogadores brasileiros em seu elenco na atualidade. Mas para ter certeza que iríamos realmente assistir ao jogo, procurei me informar previamente pela internet, como seria possível adquirir ingressos com “segurança” estando no Brasil. Existem algumas empresas que vendem o ingresso para o jogo, com o pagamento sendo efetuado por cartão de crédito, mas com a entrega dos ingressos sendo efetivada somente algumas horas antes da partida, no hotel em que você estiver hospedado ou mesmo próximo do estádio. Li no Trip Advisor alguns relatos em que a entrega não foi realizada, por se tratar na verdade, de um site de cambistas. Pesquisando aqui e ali, descobri que o Manchester United possui uma empresa credenciada para a venda de ingressos, a Thomas Cook Sport, que vende um “pacote” completo para o jogo, chamado de “Match Breaks”, que inclui diária em hotel, visita ao Old Trafford Stadium (estádio do time), visita ao Museu do United, desconto na loja oficial, e obviamente ingressos para o jogo. Como o pacote incluía tudo o que queríamos, compramos pela internet e reservamos as visitas pelo site do clube. São oferecidas 2 opções de hotel, sendo que cada um deles, possui localização, categoria e tarifa diferenciados um do outro. O hotel que escolhemos tinha uma localização excelente, quase em frente a Piccadilly Gardens. Manchester não dispõe de sistema de metrô, e nesta praça passam as principais linhas de ônibus e de trem da cidade (chamado de metrolink), de onde se vai para praticamente qualquer lugar da cidade.

 

Mesmo o jogo só acontecendo na noite seguinte, como havia a necessidade de se trocar no estádio os vouchers emitidos pela internet pelos ingressos, resolvemos fazer isto logo após deixar as malas no hotel, até mesmo para se ter uma ideia do tempo que gastaríamos para chegar ao estádio no outro dia. Como ainda era cedo e não tínhamos almoçado, resolvemos primeiro procurar um restaurante ali por perto do hotel, e descobrimos um, que depois vimos por todo lugar que íamos no Reino Unido. Trata-se do Pizza Express! O estranho é que apesar de ter lido muito sobre "onde comer”, não tinha visto nenhuma referência a ele. O lugar tem um ambiente bem agradável, com uma comida gostosa e assim como o Nando’s, você é atendido por jovens e simpáticas garçonetes. Apesar do nome, o menu tem outras opções além de pizzas. As opções de pratos estão em http://www.pizzaexpress.com.

 

Próximo dali, existe um Centro de Informação ao Turista, para onde fomos para saber como chegar ao Old Trafford Stadium para retirar os nossos ingressos. Por indicação deles, acabamos fazendo o trajeto por ônibus. Depois me lembrei de que tinha baixado um app para utilzar o metrolink, mas era tarde, por que já estávamos dentro do ônibus que nos levaria ao estádio. Os ônibus de lá não tem trocador/cobrador e quem recebe o dinheiro das passagens é o motorista que fica dentro de um cabine fechada. Maiores informações a respeito do transporte de Manchester, você encontra em: http://tfgm.com.

 

Como lá estava anoitecendo cedo, já chegamos ao estádio no “escuro”. O ônibus deixa os torcedores a cerca de 3 quadras do estádio, e é fácil achá-lo devido a arquitetura particular que possui e que se destaca da região onde está localizado. Os ingressos são retirados num prédio que fica numa área externa ao estádio, e que lembra os caixas de cinema dos shoppings brasileiros, pois é toda envidraçada. Pegamos os nossos ingressos, que vieram acompanhados de uma revista com a programação do jogo, onde estão as principais informações relativas àquela partida específica. Aproveitamos para dar uma olhada rápida na loja do United que estava prestes a fechar. Ao tentar descobrir como se voltava ao hotel de ônibus, acabamos descobrindo como fazer para voltar de metrolink...rs. Apesar do trem deixar a gente exatamente no mesmo local de onde partimos em Piccadilly Gardens, chegamos a conclusão de que utilizar o metrolink seria a melhor opção, pela maior frequência e por ser mais rápido. As passagens são compradas em máquinas que ficam espalhadas pelas estações. Não existe catraca e nem cobrador para verificar quem efetivamente pagou pela passagem, mas de vez em quando entram alguns fiscais para verificar se tem alguém burlando o sistema.

 

Já que estávamos de posse dos ingressos para o jogo, pudemos sair tranquilos para dar uma volta e conhecer o comércio próximo ao hotel, que mesmo em plena época pré-natalina, só funcionava até às 8 da noite (em Londres e Liverpool também era o mesmo horário). Um dos nossos objetivos, era comprar um chip de celular de uma operadora local, lá chamado de SIM Card. Existem diversas operadoras de telefonia celular no Reino Unido e todas elas oferecem planos pré-pagos de dados e voz, o chamado “Pay As You Go”. Pesquisei os preços dos planos disponíveis pelo site das empresas O2, Vodafone, Lebara, Virgin, 3three e T-Mobile, e encontrei uma infinidade de opções, com preços para todos os tipos de gosto. Também consultei a opinião de brasileiros que adquiriram o SIM Card por lá, nesta ou naquela operadora, e como é comum nestas situações, encontrei comentários favoráveis e contrários a todas elas. Entre várias sugestões, encontrei uma aqui no Mochileiros, de ir diretamente à loja “Carphone Warehouse”, que vende chips de todas as operadoras, e que poderia me ajudar a descobrir qual o melhor plano e operadora conforme a minha necessidade, sem precisar tentar descobrir as diferenças entre elas. Achei a ideia interessante e encontrei uma loja deles na Market Street, que é uma rua fechada para o tráfego de veículos e repleta de lojas e shoppings. Entretanto, me arrependi da opção que fiz, por que embora tenha deixado bem claro que gostaria de um plano que me permitisse conversar com o Brasil, me venderam um que me permitia conversar com toda a antiga União Soviética e parte da Ásia, menos com o Brasil.

 

A solução para este caso e o dia do jogo eu conto no próximo post!

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Depois de esperar a noite toda para que o chip funcionasse, já acordamos com destino certo: a Carphone Warehouse. Fomos até a loja que nos vendeu o chip, onde a vendedora teve a cara de pau de nos dizer que o chip era aquele mesmo e não nos deu muito atenção. Resolvemos procurar uma outra loja da mesma rede que ficava em um shopping logo em frente (o Manchester Arndale) e mais uma vez, dizeram que o chip vendido estava certo. Acabamos descobrindo neste mesmo shopping, um quiosque da operadora do chip, a Lebara, e um indiano que nos atendeu, confirmou que a Carphone Warehouse havia nos vendido o chip errado, pois tinha uma área de cobertura diferente da desejada. Depois de ouvi-lo xingar muito em inglês enquanto tentava resolver o nosso problema, ele conseguiu trocar o plano por um ainda melhor e sem precisar pagar nem um centavo a mais por isto. Ali mesmo no quiosque, já foi possível falar com o Brasil e estávamos liberados para iniciar o roteiro que tínhamos preparado para aquele dia. Portanto, ao contrário do indicado por um outro mochileiro, não comprem na Carphone Warehouse !!! Prefiram as lojas e quiosques das próprias operadoras. Fazendo uma pesquisa para planos pré-pagos com validade de 30 dias pela internet, já dá para perceber que a diferença de preços e de velocidade de transmissão de dados entre elas, não é tão significativa assim que compense perder o tempo que perdemos aguardando a solução de uma coisa tão simples, que é colocar o chip certo para a região com a qual se deseja comunicar.

 

Antes de falar um pouco sobre a cidade, sugiro 3 apps para smartphone para baixar, para quem for visitar Manchester: o primeiro eu já citei aqui, é do metrolink, que dá informações a respeito do transporte público da cidade efetuado através de uma espécie de metrô de superfície, ou trólebus ou VLT, com “carros” limpos e modernos. Embora algumas funcionalidades do aplicativo só funcionem com um chip instalado, como por exemplo, calcular o tempo e a distância entre 2 pontos de parada, nele você terá acesso ao mapa de rotas do metrolink.

 

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O outro aplicativo que sugiro, é o “city walk”, que indica os principais pontos de interesse da cidade, e até sugere tours a serem feitos, inclusive com uma estimativa de tempo que se gastará para fazê-los. O “city walk” também está disponível para várias outras cidades do mundo, e funciona offline.

 

Por último, temos o “This is Manchester”, que disponibiliza uma série de opções culturais, de esporte, onde comer, onde se hospedar, onde ir e onde comprar. Embora pareça que só estejam relacionados no app aqueles estabelecimentos que pagaram para estarem ali, não deixa de ser uma boa referência para se encontrar sugestões disto ou daquilo.

 

Apesar de possuir dois dos mais famosos times da Europa, o Manchester United e Manchester City, e ser a cidade de origem de bandas como Oasis e The Smiths, Manchester é uma cidade praticamente desconhecida por nós brasileiros.

 

Encontrei muito pouca informação de alguém que já tivesse ido lá, e acabei tendo que descobrir por conta própria e com o auxílio dos apps que mencionei, os pontos de interesse da cidade que merecem ser visitados. Como escrevi anteriormente, fiquei hospedado em um hotel perto da Piccadilly Gardens, região próxima das principais atrações da cidade. Perto dali, está o National Football Museum (http://nationalfootballmuseum.com), que reúne uma série de preciosidades da estória do futebol, lembrando que “teoricamente” foram os ingleses que inventaram este esporte, já que existe indícios de um esporte semelhante praticado pelos chineses há muito tempo antes. O Museu está localizado no espaço anteriormente chamado de Urbis (Manchester’s Centre for Urban Culture) e a entrada é grátis. Entretanto, percorrendo o espaço divido em 06 níveis, você encontrará diversas caixas em acrílico com placas incentivando a doação de qualquer quantia em dinheiro para manutenção do espaço. O museu é bem moderno e bastante interativo e segundo eles, é o maior e melhor museu de futebol do mundo. Para algumas atividades interativas chamadas de “football plus experiences” é necessário a compra de créditos para poder participar. Nos diversos níveis do museu, você encontrará camisas de seleções e de times ingleses das mais diversas épocas, réplicas e originais de bolas, troféus e medalhas, poderá ver a evolução dos uniformes dos jogadores, árbitros, e até da roupa dos jogadores ao longo do tempo, os primeiros álbuns de figurinhas com jogadores de futebol, sentar nas cadeiras do antigo Estádio de Wembley, ver muitos gols, imagens históricas, ouvir narrações de jogos de antigamente, enfim, é um acervo bem grande e prá quem gosta de futebol é um “prato cheio”...rs. Do Brasil, poderá ser ouvido o Hino Nacional enquanto são mostradas em uma parede, imagens da seleção brasileira em copas do mundo, especialmente a de 1970. Também pode se vista uma camisa utilizada por Pelé, em 1963. O Zagalo também é citado, como um dos técnicos que criou um esquema tático diferente do que era usado no seu tempo. Antes de sair do museu, existe uma loja que vende de tudo um pouco sobre futebol, como livros, DVDs, réplicas diversas, chaveiros, posters, quadros, etc. Mas o que me chamou a atenção foi a venda de 2 camisas originais assinadas, uma da seleção brasileira assinada por Pelé, e outra do Manchester United assinada por George Best, considerado um dos maiores ídolos do United de todos os tempos e o melhor jogador irlandês e britânico da história. O interessante é que a camisa do George Best tinha um preço de venda quase 10 vezes superior à do Pelé, talvez pelo fato do jogador irlandês já ter morrido há quase 10 anos.

 

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Próximo do Museu está localizado a Catedral de Manchester. Construída no século XV, ela foi atingida pela explosão de uma bomba que aconteceu no centro comercial de Manchester, em 1996, detonada pelo Exército Republicano Irlandês, o IRA (Irish Republican Army). A entrada na Catedral é grátis, e escrevo isto, por que em algumas igrejas de Londres, por exemplo, tem que se pagar para visitar.

 

Ali pertinho existe uma ótima opção para almoçar/jantar ou “fechar” o dia: o Printworks (http://www.theprintworks.com). O Printworks é um prédio construído em 1873, e que até 1985 funcionava como parque gráfico dos jornais Manchester Evening Chronicle e Daily Mirror. O prédio que também foi atingido pelo ataque terrorista de 1996, foi restaurado no ano de 2000, e hoje é um “centro de entretenimento” reunindo no mesmo espaço, cerca de 20 estabelecimentos, entre restaurantes, bares, night clubs e um cinema, incluindo o maior Hard Rock Café do Reino Unido (http://www.hardrock.com/cafes/Manchester), onde se pode encontrar algumas relíquias, como uma carta escrita por George Harrison, uma conjunto de chá estilo oriental que pertenceu a John Lennon, guitarras e outros objetos de músicos como Elton John, Elvis Presley, Roger Taylor do Queen, Natasha Bedingfield e Liam Gallagher do Oasis, entre outros.

 

Saindo do Printworks, a gente dá de cara com a “The Wheel of Manchester”, uma roda gigante nos moldes da “London Eye”, mas em dimensões menores. São 42 cápsulas com capacidade para até 6 adultos e 2 crianças, e que chega a atingir 60 metros de altura, permitindo uma vista panorâmica da cidade de Manchester.

 

Em frente à “The Wheel of Manchester” encontra-se o “The Corn Exchange Shopping Centre” (http://www.cornexchangemanchester.co.uk/), situado na Exchange Square, do lado oposto a uma loja da Selfridges (onde aconteceu a explosão da bomba), com outras tantas opções de bares, restaurantes e cafés, além de lojas de roupas e de cosméticos. Por conta do atentado, o local foi restaurado no ano de 2000 e adaptado para a nova finalidade. Do lado externo deste centro comercial, existe um telão enorme e no dia em que passamos por lá, estavam transmitindo ao vivo, o funeral de Nelson Mandela. Na rua em frente ao shopping, acontecia uma disputada feira de artesanato vendendo artigos com motivos natalinos e mais adiante, existe uma "praça" com dois restaurantes, em arquitetura bem típica e no melhor estilo inglês, chamada de "Cathedral Gates".

 

A cerca de 700 metros dali, caminhando por uma rua chamada “Deansgate“, chegamos até a John Rylands Library (http://www.library.manchester.ac.uk/rylands/), que está instalada em um prédio construído em estilo gótico, e que lembra muito uma igreja. A biblioteca levou dez anos para ser construída e foi inaugurada em 1900, sendo uma homenagem da Sra. Enriqueta Rylands à memória do seu marido John Rylands. Hoje, a biblioteca faz parte da Universidade de Manchester e possui o terceiro maior acervo do Reino Unido com mais de 250.000 volumes impressos e mais de um milhão de manuscristos. A entrada é franca e existem exposições permanentes e temporárias para serem visitadas.

 

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Da John Rylands Library fomos até o Museum of Science & Industry (MOSI) (http://www.mosi.org.uk/). Para se chegar até lá, tem que caminhar cerca de 800 metros pela mesma Deansgate e virar na Liverpool Road. O MOSI é um dos museus mais importantes da cidade, e ocupa vários galpões em uma área de quase 28 mil metros quadrados, sendo que alguns destes galpões possuem até 4 níveis, o que requer muito tempo para se conhecer tudo. O museu conta a evolução industrial através de exposição de máquinas, equipamentos, trens e aviões que foram construídos ao longo do tempo nas diversas fábricas da cidade. Encontramos o museu bem vazio quando chegamos, muito em virtude do horário, do frio e da época do ano. Em algumas áreas que visitamos, simplesmente não vimos ninguém. Ao mesmo tempo que o MOSI é moderno e interativo, com simuladores e cinema 4D para aqueles que desejam pagar por estas atrações, em outras áreas ele chega a ser monótono, com exposições de muitas fotos e objetos espalhadas por uma área muito grande de ser percorrida. Infelizmente, já chegamos lá com pouco tempo para ver tudo, por que o museu fechava às 5 da tarde e não pudemos ver tudo. A entrada é franca, mas eles incentivam a doação de 3 libras.

 

Estava tudo muito ótimo e com muitas coisas ainda para conhecer, mas ainda tínhamos o jogo entre o United e o Shakhtar Donetsk para ir. Voltamos ao hotel para nos preparar para a partida e ver como funcionava uma partida de futebol na Inglaterra, no período pós-holligans.

 

Conto como foi, a seguir....

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O tempo que se gasta para ir de Piccadilly Gardens até Old Trafford utilizando o metrolink é de aproximadamente 10 minutos. Entretanto, em dias de jogos do United, é recomendável pegar o transporte com antecedência, já que com uma demanda maior, nem sempre se consegue pegar logo o primeiro “trem” que passar. Também, não é prá menos. O Old Trafford Stadium tem capacidade para 75.000 torcedores e o normal é o estádio estar sempre lotado, com grande parte da torcida utilizando o sistema de transporte público como opção de locomoção. Como éramos marinheiros de primeira viagem, não queríamos correr riscos e quase duas horas antes do jogo já estávamos dentro do vagão do metrolink, saindo de Piccadilly Gardens. A estação de destino e que serve ao estádio, fica a cerca de 900 metros da entrada do Old Trafford Stadium, e tem que se caminhar por cinco largos quarteirões até chegar ao estádio. Se a opção for ir de ônibus, como fizemos no dia em que buscamos os ingressos, a distância é menor: 300 metros, mas mesmo com um esquema especial de trânsito, o tempo que se gasta para chegar até o estádio é maior.

 

Tanto o trajeto quanto a chegada ao estádio foram tranquilos. Os torcedores entravam no metrolink, sem "empurra – empurra", sem cantorias e sem baderna. Quando descemos na estação de destino, todos foram caminhando calmamente e sem nenhum tumulto pelas ruas, com um número bem expressivo de crianças e mulheres. Ao chegarmos ao estádio, os “stewarts” (como são chamados os fiscais lá), ainda estavam se preparando para abrir os portões e foi interessante ver como funciona a organização deles e a convivência e o ambiente pacífico fora do estádio. Também deu prá perceber a ausência dos tradicionais cambistas (pelo menos da forma ostensiva que atuam aqui), vendedores de pipoca, de bebidas, de milho cozido, etc, que normalmente estão nas portas dos estádios brasileiros...rs. Já tinha visto no dia anterior, uma sinalização no estádio de que não era permitida a entrada de torcedores portando máquinas e filmadoras com objetivas, e por isto só levei o smartphone para fazer o registro da ida ao jogo. Do lado de fora existem alguns containers onde são vendidas as revistas que ganhamos com a programação do jogo. A loja do United também estava aberta e além dos artigos normais do clube, eles vendem o cachecol personalizado da partida que vai acontecer naquele dia. Os nossos ingressos eram para o setor mais alto do estádio, e para chegar até lá, tivemos que subir uma escada e tanto. Fomos uns dos primeiros a chegar e aí os “stewarts” já estavam prontos nas arquibancadas, ajudando às pessoas a localizarem os seus assentos marcados e que são respeitados.

 

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O estádio é bem confortável, e cada setor tem a sua lanchonete. Desta mini-área de alimentação dava para ver a chegada do público pela área externa do estádio, da mesma forma ordeira que já tínhamos presenciado. Como o estádio tem várias entradas, ele enche e se esvazia rapidamente. Ao entrar em campo os nomes dos jogadores são informados um a um pelo narrador oficial do estádio. Como era jogo da Champions League, é tocada a música oficial da competição, enquanto diversas crianças balançam uma bandeira enorme, em forma de uma bola, símbolo da competição. Os ingleses se comportam como ingleses na torcida...rs, e parece que a época dos hooligans realmente acabou por lá. Senti falta de uma vibração maior, talvez por causa do frio ou pela ausência de uma “charanga” para alegrar a galera...rs. O jogo em si foi complicado para o United, que ganhou por 1 x 0, com um gol já na metade do 2º tempo. Vibração mesmo só na hora do gol, mas 5 minutos depois, a torcida já tinha voltado para o seu estado de espectador passivo. Acabado o jogo, achei estranho os “stewarts” pedindo para a torcida esvaziar logo o local, mas mesmo assim, todos saíram de uma forma tranquila. Já estávamos nos sentindo extremos conhecedores de como voltar para o hotel, e seguimos direto para a estação de Old Trafford. Apesar da vitória apertada e da classificação do United para a próxima fase da Champions League, a torcida permaneceu quieta. Parecia que tínhamos acabado de sair de uma sala de cinema, e não de uma partida de futebol... rs. Como todos saíram do estádio ao mesmo tempo, era grande o número de torcedores que se encaminhavam para a mesma estação. Mesmo assim, não vi ninguém correndo para “chegar primeiro” que os outros. O policiamento era basicamente para controle do trânsito e fechamento das ruas para que os torcedores pudessem atravessar as ruas com segurança. Para pegar o metrolink de volta, o preço da tarifa é mais alto, e as pessoas precisam primeiro passar por um corredor a céu aberto, cercado por barras de aço de pequena altura, uma espécie de curralzinho igual a que tem aqui, para pagar pela tarifa. Diferentemente das outras vezes que compramos passagens, desta vez existiam funcionários em cabines para agilizar o processo. Apesar da quantidade enorme de gente, todo o procedimento é tranquilo, e não existe tumulto algum. Só passa pela catraca, o número de pessoas que o trem comporta, e as catracas e as vendas de passagem só voltam a ser liberadas, depois que o trem parte cheio e a área de embarque fica vazia. O intervalo de um trem para o outro é bem pequeno e rapidamente a estação já está vazia.

 

Voltamos ao hotel impressionados com a organização do evento, com o serviço de transporte e com o comportamento de uma forma geral da torcida. Entretanto, ao mesmo tempo que não vimos nenhuma bagunça, também sentimos falta de uma maior vibração por parte da torcida.

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Para o nosso último dia em Manchester já tínhamos agendado o tour ao Old Trafford Stadium, e a visita ao museu do clube que faziam parte do “Match Breaks” adquirido junto à Thomas Cook Sport. Acordamos cedo e deixamos as malas prontas para viajar para Liverpool, para assim que retornássemos ao hotel. A diária se encerraria às 11 horas, mas conseguimos esticar o check-out para uma hora mais tarde.

 

Depois de ir nos 2 dias anteriores ao estádio, já podíamos até dar informação a quem precisasse na rua de como chegar lá.... rs. Pegamos o metrolink e descemos na mesma estação do dia do jogo.

 

Como tínhamos horário para sair do hotel, nos programamos para visitar o museu antes de fazer o tour do estádio. Para quem não conhece, O United é considerado o clube de futebol mais rico do mundo na atualidade, e também um dos clubes mais vitoriosos do mundo. Foi fundado em 1878 por um grupo de ferroviários ingleses, tendo portanto, uma longa estória. Diferentemente do que acontece aqui, lá eles valorizam e referenciam os seus atletas, técnicos e dirigentes de ontem e de hoje. A começar pela estátuas de alguns jogadores na parte externa do estádio e aos nomes que alguns setores do estádio recebem, como por exemplo, o do ex-técnico Alex Ferguson. No museu é possível ver fotografias de vários deles, rever gols, acompanhar a evolução das camisas do clube ao longo do tempo, e ver as várias taças e troféus conquistados de campeonatos como a Liga Inglesa, Copa Inglesa, Premier League, Liga dos Campeões da Europa, a FA Cup, a UEFA Champions League e o Mundial Interclubes, entre outros. Entretanto a estória do United não está marcada apenas por momentos felizes. Em 1941, o estádio Old Trafford ficou em ruínas após sofrer um bombardeio aéreo durante a 2ª Guerra Mundial, sendo possível ver registros do acontecido. Já em fevereiro de 1958, oito jogadores do United e três funcionários da equipe morreram em consequência de um acidente aéreo nas proximidades da cidade de Munique, quando a equipe retornava para Manchester, após a disputa de um torneio internacional. Estes jogadores ficaram conhecidos com “Busby Babes”, e assim como os funcionários falecidos, são homenageados em uma ala especial do museu.

 

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Visto o museu era hora de conhecer o Old Trafford por dentro. Ciceroniados por um simpático guia, e em um grupo formado por aproximadamente 20 pessoas, começamos a percorrer os diversos setores do estádio, que foi construído em 1910, mas devido às consequências da 2ª Grande Guerra, foi reconstruído em 1949. Já passou por diversas ampliações e reformas e hoje é um estádio extremamente moderno e com capacidade para 75.000 espectadores, sendo o 2º maior da Inglaterra. O tour é bem legal, por que além de poder sentar nas poltronas onde ficam os jogadores à beira do gramado, e conhecer a sala onde os jogadores recebem as instruções do treinador, você conhece o local onde os familiares se encontram com os atletas, antes ou depois dos jogos, uma sala exclusiva para crianças portadoras de necessidades especiais, o túnel que dá entrada ao gramado, o lugar em que os jogadores dão as suas entrevistas e um memorial às pessoas que morreram no acidente aéreo de 1958.

 

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Detalhe: apesar do jogo do United X Shaktar ter ocorrido na noite anterior, o estádio estava extremamente limpo, por dentro e por fora, como se não tivesse recebido o público enorme que recebeu. O tour termina obviamente, na megastore do clube, com os mais diversos tipos de produtos e preços com o escudo do United. Até hoje foi a melhor loja de um time de futebol que já conheci. Indepentendemente de torcer ou não para o United, acho que é uma visita super interessante para aqueles que gostam de futebol. Informações sobre o tour e o museu podem ser obtidas no site: http://www.manutd.com.

 

Faltavam poucos minutos para o check-out estendido estourar e corremos para o hotel para guardar as compras feitas na loja do United e pegar as nossas malas. Chegamos em cima da hora, mas deu tudo certo. Com a bagagem em mãos, nos encaminhamos tranquilamente para a estação de Manchester Piccadilly.

 

Como já comentei anteriormente, o único trecho ferroviário que não havia comprado previamente pela internet, era o de Manchester para Liverpool. As cidades são bem próximas, e existe uma boa oferta de horários de uma cidade para a outra. Consultamos os horários dos próximos trens e como saíam 3 a cada hora, com intervalos de 10 a 30 minutos entre eles, resolvemos almoçar primeiro na estação, antes de viajar. Existem boas opções de restaurante na estação de Manchester Piccadilly. O check-in do nosso hotel em Liverpool era a partir das 15:00 horas o que nos permitiu almoçar sem pressa. Assim que terminamos, fomos até a loja da Virgin Trains para comprar as nossas passagens para o próximo trem. Apesar deles não operarem no trecho desejado, eles são autorizados a vender tickets para a National Rail, responsável por esta rota. Tinha um trem que sairia em 10 minutos. Era a conta de sair da loja e embarcar para Liverpool, e foi o que fizemos !!!!

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Se Manchester era uma cidade que sempre me lembrava futebol, Liverpool, sempre esteve associada aos Beatles. Mesmo a cidade possuindo desde 2004, uma extensa área portuária listada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, acredito, que também boa parte dos turistas que prá lá se dirigem, só vão por conta dos Beatles. A prova disto, é que mesmo depois de passadas décadas de sua dissolução e da morte de 2 dos 4 integrantes da banda, ainda existem diversos negócios na cidade ligados exclusivamente à marca “Beatles”.

 

Liverpool está a cerca de 55 km de Manchester, e a viagem de trem dura cerca de 50 minutos. Chegamos à Liverpool pela estação Liverpool Lime Street e o tempo na cidade além de fechado, estava frio e ventava bastante.

 

Assim como fiz nos outros hotéis, escolhi o de Liverpool, não só pelo conforto, mas também pela proximidade da estação em que desembarcaríamos. Neste caso, ele estava a menos de 400 metros de Liverpool Lime Street. O hotel na verdade, era um apart hotel e foi o melhor de todos em que estivemos hospedados. Embora a entrada dele seja meio escondida, a localização é excelente, por que fica próximo de shoppings, supermercados, farmácias, do "quarteirão cultural" e apenas a 800 metros de Albert Dock, que é uma referência turística da cidade, conforme vocês lerão no meu relato. De onde estávamos, dava para ir a um monte de lugares que nos interessava e que fazem parte das atrações da cidade, sem andar muito e sem necessitar de utilizar o transporte público. Aliás, o custo com o transporte público em Liverpool foi ZERO !!!

 

Para quem está gostando das minhas sugestões de apps para smartphone, sugiro os seguintes para Liverpool: “Group Travel Finder North West”, “This is Liverpool”, “Streetmap Offline – Liverpool” e “Discover Liverpool”. Como é normal, alguns recursos só funcionam no modo “on line”, mas sempre tem alguma coisa que pode ser consultada “offline” ou aproveitando aquele momento em algum lugar que tem “wi-fi free”.

 

Apesar de recém chegados à cidade, do tempo pouco agradável, e do quarto extremamente confortável, fizemos o que todo bom turista faz nestas situações: mal chegamos e já saímos para conhecer a região onde estávamos...rs. Descemos a Hanove Street e chegamos até a College Lane, que é uma rua onde é proibido o trânsito de carros. Ela se “comunica” com outras tantas ruas exclusivas para pedestres, como a Paradise Street e a Thomas Steers Way, dando a impressão de que estamos andando por um imenso shopping a céu aberto. Assim como em Manchester, uma feira de artesanato ocupava um quarteirão inteiro de uma destas ruas, muito direcionado para artigos natalinos e comida típica. Rodamos o que deu prá rodar, visitamos a feira, entramos em lojas, até o comércio de Liverpool fechar às 8 da noite. O interessante é que as vezes entrávamos em uma loja com um movimento absurdo nas ruas, e quando saíamos dela, após o aviso que estavam fechando, já encontrávamos as ruas praticamente desertas.

 

Depois de um dia que tinha começado cedo em Manchester, com visita ao Old Trafford, e que tinha sido completado com uma longa caminhada pelas ruas de Liverpool, resolvemos aproveitar que estávamos em um apart hotel com o conforto de ter geladeira, microondas, etc,. para passar em um supermercado e preparar o nosso jantar no próprio quarto para dar uma variada no cardápio e também para conhecer as opções que as prateleiras de lá oferecem. Com tudo comprado, e com as ruas vazias, era hora de voltar para o hotel, para recuperar as nossas energias. O dia seguinte prometia...

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