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EUROPA em 41 DIAS - 11 PAÍSES - AGO/SET 2014 (C/ FOTOS)


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  • Colaboradores

Boa Tarde João Rosenthal.

Primeiro quero dar os parabéns pelo relato e pelas foto, sensacional.

Estou me programando para fazer a minha primeira viagem para europa para o ano que vem.

O meu roteiro é o seguinte, Lisboa 04 dias, Madri 03 dias, Paris 04 dias e Roma 04 dias.

Dois locais citado tem algum local que deveria ficar mais ou ficar menos.

Sobre gasto, tirando passagem aérea, hospedagem e deslocamento de um lugar para outro, quanto seria gasto diário por dia com alimentação e passeios que podem ser feitos lá.

Fico Grato.

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Boa Tarde João Rosenthal.

Primeiro quero dar os parabéns pelo relato e pelas foto, sensacional.

Estou me programando para fazer a minha primeira viagem para europa para o ano que vem.

O meu roteiro é o seguinte, Lisboa 04 dias, Madri 03 dias, Paris 04 dias e Roma 04 dias.

Dois locais citado tem algum local que deveria ficar mais ou ficar menos.

Sobre gasto, tirando passagem aérea, hospedagem e deslocamento de um lugar para outro, quanto seria gasto diário por dia com alimentação e passeios que podem ser feitos lá.

Fico Grato.

 

Valeu pelo elogio, brother!

 

Então, esses dias são dias completos? Não incluem os deslocamentos? Se forem dias completos, acho que está bem tranquilo, talvez tirar 1 de Lisboa e adicionar em Paris, pois há muito mais para se fazer na capital francesa.

 

Sobre gastos, leia as mensagens minhas para a Beatriz e lá tem todas as respostas que vc precisa ::otemo::

 

Abraço!

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  • Membros

Oi João td bom?

 

Li em um blog que é mais econômico não reserva os hostel pelo Brasil, e sim ter umas 3 ou 4 opções na cidade que vou estar e fazer a negociação do preço no próprio local.

Vc acha que é realmente mais econômico ou não teria mto diferença?

Eu fiz uma planilha com os lugares que quero visitar e umas 4 opções de hostel em cada cidade.

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Oi João td bom?

 

Li em um blog que é mais econômico não reserva os hostel pelo Brasil, e sim ter umas 3 ou 4 opções na cidade que vou estar e fazer a negociação do preço no próprio local.

Vc acha que é realmente mais econômico ou não teria mto diferença?

Eu fiz uma planilha com os lugares que quero visitar e umas 4 opções de hostel em cada cidade.

 

 

Beatriz, te aconselho a reservar aqui no Brasil.....Em, cima da hora,quando vc for corre o risco de não ter vagas ou se tiver, na maioria das vezes o preço é mais salgado.

reservando aqui no Brasil, com alguns meses de antecedência, Vc consegue preços que chegam a metade do que seria se vc procurasse na hora. Vai por mim....tanto hostels quanto passagens de avião e Onibus (ainda mais peça Eurolines), se vc paga adiantado a economia é grande !! Quanto mais cedo reservar mais barato e mais possibilidades de vagas vc vai ter !! ::otemo::

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Oi João td bom?

 

Li em um blog que é mais econômico não reserva os hostel pelo Brasil, e sim ter umas 3 ou 4 opções na cidade que vou estar e fazer a negociação do preço no próprio local.

Vc acha que é realmente mais econômico ou não teria mto diferença?

Eu fiz uma planilha com os lugares que quero visitar e umas 4 opções de hostel em cada cidade.

 

 

Beatriz, te aconselho a reservar aqui no Brasil.....Em, cima da hora,quando vc for corre o risco de não ter vagas ou se tiver, na maioria das vezes o preço é mais salgado.

reservando aqui no Brasil, com alguns meses de antecedência, Vc consegue preços que chegam a metade do que seria se vc procurasse na hora. Vai por mim....tanto hostels quanto passagens de avião e Onibus (ainda mais peça Eurolines), se vc paga adiantado a economia é grande !! Quanto mais cedo reservar mais barato e mais possibilidades de vagas vc vai ter !! ::otemo::

 

 

Obrigada pela dica Jacques!

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Viena - dias 23 ao 26

 

Acordei às 9h após quase doze horas de sono, tomei o café meia boca do hostel, guardei minhas coisas e saí do hostel. Peguei o ônibus indicado em frente ao Parlamento e logo depois já estava na rodoviária de Bratislava. Às 11 em ponto o ônibus saiu rumo a Viena, com uma parada no aeroporto de Viena (que é o aeroporto usado pelos habitantes de Bratislava, pois há muito mais opções de voos do que o da cidade deles). A viagem entre as duas cidades é bem curta, e 12:30 já estávamos na capital da Áustria, com uma mega chuva pra me dar as boas-vindas ::essa::.

 

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O ônibus te deixa do lado da estação de metrô, então peguei a linha indicada e facilmente cheguei ao Wombats Naschmarkt. Já falei do hostel no primeiro post, mas foi realmente um choque entrar nele pela primeira vez, e aquela impressão de hostel como um lugar pequeno, compacto, foi embora. O lugar é enorme, muito grande mesmo, e muita gente, fila grande para o check-in a qualquer hora do dia. Tinha reservado quarto para 8 pessoas, mas me botaram no de 6, e quando entrei me deparei com um dos mais belos quartos de hostel que já vi: limpo, espaçoso, banheiro impecável e cama confortável.

 

Tomei um banho e saí para conhecer a cidade, apesar do temporal do lado de fora. Tinha capa de chuva sempre comigo, então resolvi encarar (e me arrependi profundamente depois). Nesse dia não tinha nada programado, pois como só teria uma tarde, toda a minha programação para Viena tinha sido pensada para os três dias completos que teria a partir do dia seguinte; acabei levando essa tarde como um bônus. Decidi ir ao Donaustadt, o distrito financeiro da cidade e que fica nas margens do Danúbio. Peguei o metrô (por sinal excelente, o metrô de Viena é sensacional) e cheguei ao meu destino. Logo que saí começou uma ventania e a chuva apertou, a ponto de eu não conseguir enxergar 20m a minha frente. Parecia um tornado, chegava a ser difícil caminhar contra o vento. Andei um pouco pelo local, mas simplesmente não tinha como ficar na rua (que por final estava vazia, só havia eu andando, ninguém era idiota a ponto de ficar desprotegido com um tempo daqueles). Joguei a toalha e voltei para a estação de metrô, e de volta pro hostel. Chegar no quarto e observar aquele fim de mundo da janela foi um grande alívio.

 

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Acabei ficando bem amigo dos outros mochileiros do meu quarto, um casal de franceses, um australiano, uma coreana e um chileno. Como ninguém teve coragem de sair do hostel naquele dia, ficamos conversando e à noite fomos ao bar do hostel tomar umas cervejas e jogar sinuca. O bar do Wombats fica muito cheio, para muitos é só o esquenta, para outros é o programa final. Como o vento e a chuva continuavam muito fortes, todos ficaram por lá nesse dia, então bombou até as 3h, quando fechou. Ficamos até umas 2h e fomos dormir.

 

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Acordei às 10 no meu primeiro dia completo em Viena, abri a cortina naquela apreensão e vi que o vento tinha parado, mas a chuva continuava. Menos mal! Tomei um café reforçado que havia comprado no supermercado no dia anterior (no Wombats cobram 3.90 pelo café da manhã, mas é muito completo) e fui para a região central a pé. Iniciei pelo Hofburg Palace, o mais famoso da cidade junto com o Schönbrunn, e dei a volta nela e em outros monumentos adjacentes, como a Biblioteca Nacional da Áustria. Havia uma exposição (não sei se era permanente ou não) sobre a Áustria na I Guerra Mundial, e como sou fascinado pelo assunto decidi entrar. A exposição é muito simples, mas muito interessante, e conta detalhes sobre os Habsburgos e seu envolvimento no conflito.

 

Depois do Hofburg decidi apenas caminhar pelo centro de Viena, sem me preocupar em entrar nos lugares. Excelente decisão, pois a arquitetura naquela parte da cidade é espetacular, a cada rua há uma construção mais impressionante que a outra. Em Viena tudo tem grandes proporções, detalhes muito ricos, e a limpeza e organização da cidade impressionam. Caminhei por quase duas horas e decidi voltar ao hostel (que fica bem próximo, localização excelente) para cozinhar meu almoço, pois comer fora em Viena é bem caro. Fiz meu tradicional frango com macarrão, e quando acabei vi que o vendaval havia voltado. Àquela altura já estava com muita raiva, pensando se eu pegaria um único dia bom em Viena. A manhã só com chuva tinha sido o tempo mais aceitável ali.

 

Decidi não sair do hostel, mas como meus amigos do quarto também estavam de volta, foi tranquilo passar o tempo. Ficamos no quarto mesmo, conversando sobre viagens e roteiros. O australiano tinha apenas 18 anos e estava viajando sozinho há 2 meses e meio, e iria completar 3, que é o tempo permitido. O tempo continuou exatamente o mesmo pelo resto do dia, mas parou de chover quando já estava escuro. Decidimos sair para comer em um restaurante chinês ao lado do hostel, e a comida era excelente. Pagamos 10 euros por pessoa com bebida e sobremesa, um preço bem justo pra Viena. Voltamos pro Wombats e fomos novamente ao bar. Acabei conhecendo bastante gente naquela noite, de muitas nacionalidades. O bar é praticamente uma mini-balada, e pra quem viaja sozinho é muito bom. Fiquei até fechar nesse dia.

 

No meu terceiro dia em Viena levantei às 10 de novo, e quando olhei pela janela quase chorei de emoção: a chuva e o vento haviam parado! Não tinha sol, é verdade, mas àquela altura ver um tempo nublado era um presente divino. Como tinha comprado a entrada pro Schönbrunn ainda no Brasil, e era às 13h, resolvi matar tempo no hostel e ir depois do almoço. Dei uma enrolada, cozinhei minha comida e às 12 em ponto fui para a estação de metrô, parando na estação que se chama Schönbrunn mesmo. Muito fácil chegar lá, mesmo não sendo tão central.

 

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Apresentei meu ticket e iniciei a visita ao palácio. Você recebe um fone de ouvido e a visita é com áudio, passando por todos os cômodos. Gostei bastante, e apesar de achar um pé no saco visita guiada, essa foi tranquila. O tour é de aproximadamente 40 minutos, e depois dele fui aos jardins, de onde se tem uma vista do alto. Pode-se ver não apenas o palácio, mas várias partes de Viena.

 

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Saí do Schönbrunn e fui de metrô até o Parlamento da Áustria, próximo ao centro. O Parlamento é bonito, mas depois de ir ao húngaro os outros se tornam bem menos interessantes. Do Parlamento caminhei até o Donaukanal, que é um canal do Danúbio que passa no centro da cidade. O lugar foi talvez o que mais gostei em Viena, pois mescla construções históricas enormes com prédios ultra modernos, tudo isso à beira de um belo rio. Como era perto das 19h, estava começando a escurecer, tornando aquilo tudo ainda mais bonito. Caminhei bastante pela margem do canal, e posso afirmar que ali foi o momento que me fez perceber o quanto eu gostava de Viena. Gostava muito mesmo, pela primeira vez na viagem me bateu uma tristeza de saber que não teria muito tempo para a cidade. Por mim eu ficava 1 semana lá, apenas caminhando por aquelas ruas, vendo aquelas construções fantásticas. Apesar de tudo eu ainda tinha mais um dia completo em Viena, e queria fazer dele o melhor possível.

 

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Voltei bem tarde pro hostel, e no caminho parei no mesmo restaurante chinês da noite anterior, e comi muito bem novamente pelos mesmos 10 euros. Voltei pro hostel, tomei um banho e fui pro bar mais uma vez. Nessa noite estava bem cansado, então não bebi e apenas joguei algumas partidas de sinuca. Mesmo assim acabei indo dormir às 2, mas como não tinha bebido coloquei despertador para não acordar tão tarde como nos outros dias.

 

Dito e feito, às 8:30 já estava de pé, e com sol! Pela primeira vez em Viena eu estava vendo o sol! Tomei o café do hostel pela primeira vez e não me arrependi. 3.90 saiu até barato, pois tinha muita opção de pães, recheios, bolos, omelete, café com leite, sucos, e até nutella! Comi muito, fiz aqueles euros investidos renderem. Naquela manhã queria conhecer o Museum Quarter, que concentra três famosos museus da cidade. Fui a pé mesmo, e com 15 minutos de caminhada já estava lá. Escolhi entrar no Leopold Museum, já que ele concentra quadros do Gustav Klimt, famoso pintor vienense.

 

O museu é bem grande, mas vale a pena. Os quadros possuem características modernistas, mas há de tudo, já que muitos artistas estão lá presentes. A parte final do museu é voltada para arte contemporânea, e como eu particularmente não gosto, passei rápido por essas seções. Saí do museu e voltei pro hostel para fazer meu almoço. Como a localização do Wombats é excelente, dá para ficar indo e voltando dele sem perder tempo. Comi, dei uma descansada rápida, e peguei o metrô para a região do Hundertwasserhaus, que são prédios coloridos. Chegar lá não é exatamente fácil, pois não há estação de metrô próxima, então desci na menos distante e caminhei por 20 minutos até lá. O local é pequeno e bem interessante, e as casas coloridas são muito bonitas. Não diria que o local é imperdível, mas eu particularmente não me arrependo nem um pouco de ter ido.

 

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De lá peguei o metrô (esqueci de dizer que comprei o passe de 48h de metrô, assim poderia usar sem receio) até o Palácio Belvedere, que fica próximo à estação de ônibus. O lugar é muito lindo, principalmente o jardim, onde muita gente vai para se exercitar e relaxar. Não fiquei muito tempo porque estava cansado, mas o suficiente para gostar de lá. Já estava anoitecendo e eu estava exausto, então voltei pro hostel. Aquela noite iria rolar ostentação! Tinha achado um buffet livre de sushi próximo ao hostel por 13 euros, e resolvi comer lá. Convidei os outros do meu quarto, mas ninguém topou, então fui sozinho mesmo. O sushi passava na esteira e você ia coletando eles, era quase uma caça, aventura pura. Eu já como muito normalmente, mas estando em um rodízio livre de sushi a fome dobra. Pegava praticamente tudo que passava à minha frente, tinha até gente me olhando assustada no lugar. Chegou ao ponto da garçonete japa comentar, brincando, "sir, you eat a lot" ::lol4::; levei aquilo como um elogio e continuei comendo.

 

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Paguei os 13 euros com muito alegria e voltei quase rolando para o hostel. Como teria que acordar às 6 para pegar o ônibus para Praga, cheguei e fui direto dormir. Viena havia terminado com chave de ouro, mas a cidade ficou na memória. Não digo que foi minha cidade preferida, pois muitas foram, mas foi uma memorável.

 

Viena - considerações finais

 

- Acho que já elogiei Viena o suficiente ao longo do relato, mas é sempre bom ressaltar: cidade sensacional! Bonita, limpa, organizada, com muita coisa para se fazer e com uma atmosfera muito agradável.

 

- A cidade é cara, mas dá pra encontrar coisas mais em conta mesmo na região central. É bem possível, por exemplo, fazer um almoço com 8, 9 euros. Se gostar de comida asiática, tá aí a melhor opção.

 

- Eu gostei muito mesmo de Viena, então teria ficado 4 dias completos ao invés de 3. Mas isso seria um dia apenas para relaxar e curtir a cidade com calma, pois em 3 completos você consegue ver as principais coisas sem correria. Perdi muito tempo por causa do tempo ruim e ainda assim conheci bem a cidade.

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Praga - dias 27 ao 30

 

Acordei às 6h, tomei meu café e fui para a estação de metrô. Minha parada seria na estação Edberg, já que a rodoviária - de mesmo nome - fica anexada nela. Cheguei com 20 minutos de antecedência, e às 8 em ponto saiu meu ônibus para Praga. O ônibus tinha WiFi grátis e a viagem foi bem tranquila; às 12:30 já estávamos na capital tcheca.

 

Desci na rodoviária, troquei alguns euros por korunas e pedi um lanche no Burguer King, pois estava morto de fome. Geralmente eu evito comer fast food, mas como era a única opção disponível acabei indo. Depois do almoço peguei o metrô até a estação indicada, e com a ajuda do google maps cheguei ao Old Prague Hostel. Fiz o check-in, tomei um banho e saí para conhecer a região central de Praga. Comecei pela Praça do Relógio, que é sem dúvida uma das mais belas da Europa, e de lá segui para a Charles Bridge, onde vi a maior concentração de pessoas de toda a minha vida. Era insano! Atravessei a ponte, tirei algumas fotos, admirei alguns artistas de rua extremamente criativos (em Praga eles conseguem ser ainda melhores do que nos outros países) e observei a beleza daquele lugar. Toda aquela região é um espetáculo: o rio, as construções, o castelo de Praga, tudo realmente muito lindo!

 

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Da Charles Bridge fui caminhando até o Bairro Judeu, que é bem pequeno, e pode-se visitar em pouco tempo. Dei uma rodada por ele e depois fui atrás de um lugar para jantar. Acabei indo em um restaurante de comida típica da República Tcheca, e pedi um prato que não lembro o nome agora, mas era muito bom! Era carne ao molho com cerejas, e paguei algo como 120 korunas (aprox. 15 reais). Em Praga só comi fora, pois há muitas opções baratas, e também porque estava com muita preguiça de cozinhar.

 

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Depois da janta dei mais uma rodada pelas ruas, que iluminadas se tornam ainda mais bonitas, mas decidi ir pro hostel tentar arranjar companhia para sair. Já tinha ouvido falar muito bem da noite em Praga, e queria aproveitá-la ao máximo. No meu quarto todos iriam fazer o pub crawl, mas quando fui comprar na recepção já havia sido esgotado para aquele dia. Comprei na hora para o dia seguinte. Voltei para o quarto e vi todos saindo, e eu sem uma mísera companhia. Deitei na cama, e quando já era meia noite decidi sair sozinho mesmo. Perguntei na recepção se havia alguma balada boa perto, e me indicaram a Roxy. Era praticamente do lado do hostel, em uma entrada super pequena. Lá dentro aquela entrada apertada se transforma num mega lugar, é realmente impressionante o tamanho. A entrada custava 100 korunas com direito a uma bebida, que se pega na entrada mesmo. A música é sempre eletrônica, e a galera que frequenta é muito doida! Confesso que ir a uma balada sozinho foi uma experiência e tanto, e a noite foi bem melhor do que eu imaginava. Voltei para o hostel só às 7 e já convencido de que meu dia seguinte só se iniciaria à tarde.

 

Dito e feito, acordei às 12h (sem ressaca ::otemo::) e não perdi tempo. Tomei um banho e já saí para procurar um lugar para almoçar. Pra ganhar tempo acabei indo no mesmo que havia jantado na noite anterior, mas variei o prato. De lá atravessei a Charles Bridge até o Castelo de Praga. Paguei a entrada e iniciei minha longa visitação. Primeiro fui à Catedral St. Vitus, muito bonita por sinal, e de lá visitei as demais partes do castelo (não todas, pois se paga por cada uma). Fiquei quase cinco horas lá dentro, e fui embora porque estava cansado. O castelo tem de tudo: coisas interessantes, bonitas, outras sem graça, feias. Mas gostei muito, é certamente um must-do em Praga.

 

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Na volta para o hostel parei em uma pizzaria, onde comi uma pizza grande de salmão por 180 korunas, preço excelente para o tamanho da pizza. Naquela noite iria fazer o pub crawl, e já estava animado com a ideia. Cheguei no quarto e conheci dois brasileiros: ambos se chamavam Rodrigo e estavam viajando juntos por um mês, mas enquanto um deles voltaria logo em seguida, o outro seguiria por uma volta ao mundo em um ano. Ficamos bem amigos e convenci eles a fazerem o pub crawl comigo. No horário marcado fomos os três para o ponto de partida, e para a nossa tristeza metade das pessoas do pub crawl era brasileira ::dãã2::ãã2::'>. Aquilo foi tão desanimante que praticamente nos isolamos deles, e ficamos só trocando ideia com os gringos (com as gringas, melhor dizendo 8)).

 

O resumo do pub crawl é o seguinte: open bar de absinto no primeiro bar, shot de tequila no segundo, terminando na Karlovy Lazne, a balada gigante de 5 andares e que é famosa por ser a maior da Europa Central. A noite foi uma verdadeira loucura! Talvez a minha melhor na Europa, foi realmente de outro mundo. Saí de lá quando já estava amanhecendo, totalmente embriagado e sem fazer ideia de onde os brasileiros estavam (não tem como não se perder na Karlovy). Cheguei no hostel e capotei.

 

Naquela manhã o movimento no quarto estava especialmente intenso, e acabei acordando às 10 com uma ressaca daquelas. Pensei em ficar no hostel por mais algum tempo até me sentir melhor, mas desisti e levantei. Tomei banho, muita água, e saí para almoçar. Comi pela terceira vez naquele restaurante, e depois fui fazer um passeio a pé meio aleatório. Iniciei indo até a Wenceslas Square, que fica em uma avenida bem larga e bonita. Fiquei lá por algum tempo e depois fui andando por alguns lugares menos turísticos, o que foi um grande alívio, pois a quantidade de visitantes em Praga é absurda. Andei bastante e acabei entrando em um Starbucks para tomar um café. Aproveitei o excelente WiFi grátis para falar com a minha mãe pelo Skype, pois ainda não havia falado com a minha família desde o início da viagem, exceto por Whats App.

 

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Depois fui até a margem do Rio Vltava e decidi caminhar no sentido aposto ao da zona turística, e descobri uma cidade fascinante. A arquitetura ganha um charme diferente, e a cidade se torna mais tcheca e menos turística. Para completar o sol estava se pondo, e aquela luz dourada era um negócio de cinema. Eu estava em uma verdadeira paz de espírito. Depois de andar muito decidi voltar, mas pela outra margem do rio, até a Charles Bridge. Atravessei novamente, passei pela Praça do Relógio e de lá para o hostel. Encontrei os dois brasileiros, e como nenhum dos três tinha condições físicas de pegar balada naquela noite, chamei eles para ir a um pub ver a primeira rodada das eliminatórias para a Eurocopa 2016, Alemanha x Escócia.

 

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Fomos a um pub irlandês (que por sinal estava lotado de torcedores escoceses) sensacional. Pedimos cada uma Guiness e um prato de comida, e ficamos lá assistindo o jogo. Ao final vitória alemã por 2x1, para a tristeza dos muitos escoceses que estavam lá. Saímos e resolvemos dar um passeio noturno por Praga, pois um dos caras tem uma camêra profissional e queria fotos da ponte iluminada. Fizemos o basicão turístico (Praça do Relógio, Charles Bridge), mas que muda de cara à noite, não apenas pela beleza da iluminação, mas porque não há turistas, algo estranho para um lugar que durante o dia fica tomado de gente. Voltamos para o hostel perto da 1h. O quarto estava cheio, parece que ninguém quis sair naquela noite (talvez porque fosse domingo), então ficamos interagindo com o povo por mais algum tempo, e só fui dormir às 4.

 

Meu último dia em Praga foi praticamente um dia morto, pois não havia nada na cidade que eu ainda fizesse questão de ver, e meu voo para Amsterdan sairia às 17h, fazendo com que às 14 eu já precisasse iniciar meu deslocamento até o aeroporto. Pra completar só acordei às 10, então arrumei minhas coisas, fiz o check-out e saí pra almoçar e dar uma última volta por Praga. Comi num restaurante coreano em frente ao hostel, excelente e barato, e depois peguei um caminho aleatório por algumas ruas da zona central. Achei uma praça bem tranquila e decidi sentar lá e esperar o tempo passar, apenas observando as pessoas e o local. Perto das 14h fui para a estação de metrô, desci na final, e de lá peguei o ônibus até o aeroporto, tudo muito tranquilo (ir de táxi é besteira, é muito fácil só com transporte público).

 

O ônibus me deixou na porte do terminal 2, que é um dos mais feios que já vi na vida (por dentro parece um galpão abandonado). Fiz o check-in na EasyJet e depois esperei por duas horas e meia, pois o voo atrasou um pouco. Era para sair às 17h, mas acabou saindo só às 17:20. O voo em si foi muito tranquilo, e às 19h chegamos em Amsterdan.

 

Praga - considerações finais

 

- Praga é uma cidade única, não tem como descrevê-la. A arquitetura é talvez a mais bonita da Europa inteira, e o clima é muito agradável. Caminhar pelas ruas, sem mapa ou destino, é o que há de melhor para se fazer. Voltaria à Praga sem dúvida alguma.

 

- Para quem gosta de noitada, Praga é o lugar. Há muitas opções, e o pub crawl vale a pena. Foi o único que fiz em toda a viagem, pois normalmente prefiro sair por conta própria, mas esse foi muito bom. A Karlovy Lazne é sempre a parada final do pub crawl, mas para quem não for fazer, é uma balada obrigatória em Praga.

 

- Nos meus 3 dias lá me bateu uma preguiça absurda de cozinhar. Não preparei minhas refeições uma única vez, comi sempre fora. Apesar disso é bem em conta, não achei a cidade nem um pouco cara. Com 150, 160 korunas (20 reais ou 6 euros) dá pra fazer uma refeição excelente.

 

- 3 dias foi um bom tempo em Praga, mas teria ficado mais 1 sem problemas. É a típica cidade agradável, onde mesmo tendo visto tudo você pode ficar um tempo a mais apenas para andar por ela, sem pressa e sem roteiro. Mas se fosse indicar um tempo, diria 3 dias.

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Amsterdan - dias 31 ao 33

 

Cheguei no aeroporto de Schipol, provavelmente o melhor que já vi em toda a minha vida, e fui direto pro balcão de informações. Há um trem que passa dentro do aeroporto e te leva pra estação central, muito fácil. Tudo isso fora o nível de inglês das pessoas, que realmente impressiona. Cheguei na estação central e encontrei com o amigo do cara que me hospedaria, mas que por motivos pessoais teve que voltar ao Brasil justo na data em que eu estaria lá. O amigo dele me entregou as chaves, indicou o caminho até o apartamento e o tram que eu deveria pegar. Muito tranquilo, e às 20h já estava no apartamento.

 

No meu planejamento em Amsterdan constavam três dias completos, e o dia da chegada era praticamente morto. Mas eu olhei pro relógio, vi que marcava 20h e pensei "dia morto nada!". Peguei o tram de volta pro centro e dei uma mega caminhada, ficando a maior parte do tempo no Red Light District, o famoso distrito das prostitutas nas vitrines e dos coffee shops. Como não havia jantado, entrei em uma pizzaria e pedi uma pizza, e logo veio o choque de preços pra quem vinha de Praga: tudo muito caro, mesmo para os padrões de euro era caro. Foi provavelmente a cidade mais cara depois de Paris. Valores à parte, comi muito bem enquanto assistia Áustria x Suécia pelas eliminatórias para a Eurocopa. Depois da janta ainda rodei mais um pouco pelos belos canais da cidade, e antes da meia-noite voltei (o tram para de funcionar 0h).

 

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O dia seguinte começou bem cedo, às 7h. Acordei, preparei meu café da manhã e saí para o Museu do Van Gogh. A fila estava bem tranquila e em 10 minutos já estava dentro. Paguei 15 euros para entrar, e fiquei lá dentro por 2h. Foi com certeza um dos mais belos museus que vi em toda a viagem, pois além das belas obras de um dos melhores artistas de todos os tempos, o museu ainda faz uma cronologia com as diferentes fases da carreira do Van Gogh, e dá pra percebê-las nitidamente nas obras. No último andar há ainda uma exposição fotográfica bem interessante. Tudo muito legal.

 

Do museu segui para o parque ao lado dele, onde fica o famoso "I amsterdan", o típico lugar sem graça que ganhou fama, e as pessoas se juntam aos montes para bater fotos. Fiquei no máximo 2 minutos lá e decidi ir a um supermercado próximo, o Albert Heijn, excelente por sinal. Fiz as compras necessárias para os três dias e voltei para o apartamento. Fiz meu almoço, enrolei por algumas horas e depois voltei pro centro para continuar explorando suas ruas e canais. Amsterdan me conquistou, definitivamente, e sua região central foi um dos highlights da viagem, seja pela beleza, seja pela atmosfera. Tudo incrível.

 

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Caminhei por algum tempo, entrei em algumas lojas, e perto das 19h comecei minha busca por um lugar legal para comer e ver o jogo da Holanda. Naquela noite a Holanda jogaria com a República Tcheca, em Praga, e eu doido para ver o jogo num local tipicamente holandês. Acabei pegando o tram e parando na região de Leidseplein, uma das mais incríveis de Amsterdan, e entrei num restaurante/pub que me atraiu. Pedi um mega hambúrguer e uma cerveja, enquanto o local era tomado pelos laranjas. Experiência única, e a torcida holandesa realmente se destaca. No final vitória tcheca por 2x1. Saí de lá direto pro apartamento, e dormi bem cedo.

 

No meu segundo (na prática terceiro) dia em Amsterdan tinha me programado pra ir à Heineken Experience. Como acordei cedo e o local só abre às 11h, tomei café e fiz minhas coisas com calma, e às 10 peguei o tram. Desci perto dos museus e fui caminhando até o local. Esperei algum tempo até abrir, paguei os 18 euros e iniciei o tour. Pra quem gosta de cerveja acho que é imperdível, pois é muito interessante e você ainda tem a chance de tomar 3 copos de chopp, além de ganhar o copo com o logo da marca. Como acertei um quiz, ganhei um quarto copo de chopp, o que praticamente pagou os 18 euros da entrada em uma cidade cara como Amsterdan. Ao final do tour peguei meu copo brinde e dei uma caminhada pela região da fábrica, que é pouco turística e não tão interessante assim. Decidi voltar pra fazer meu almoço.

 

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À tarde me bateu uma preguiça de andar, e acabei ficando em casa mesmo. Como Amsterdan fica ainda mais bonita à noite, decidi descansar um pouco e sair quando já estivesse escuro. Acabei saindo só bem tarde, e ao invés de pegar o tram até o estação central, decidi para bem antes e fazer o restante a pé. Andei pelos canais até o Red Light District, onde jantei e dei meu rolê noturno. O lugar é muito interessante, e junta todas as tribos. Como sempre, perto da meia-noite fui obrigado a voltar para conseguir pegar o último tram. Dormi cedo novamente.

 

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Meu último dia em Amsterdan começou com uma visita ao Vondelpark, o maior parque da cidade. Caminhei bastante por ele, mas o parque é realmente enorme. Como começou a chover e estava sem minha capa de chuva, acabei voltando pro apartamento, onde passei o resto da minha manhã. Decidi fazer o almoço e sair depois dele. Comi e saí para a Casa da Anne Frank, o último lugar que eu fazia questão de ver na cidade. A fila era enorme, mas encarei. A entrada custa 9 euros e a visita é bem rápida, mas realmente incrível. Além da história comovente, o museu é muito bem estruturado, com a quase completa manutenção da estrutura original da segunda guerra mundial.

 

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Depois do museu aproveitei para conhecer o bairro onde o mesmo fica, que se chama Jordaan e é um dos mais legais de Amsterdan. Todo ele é cheio de casas coloridas e cafés por todas as partes, sempre à beira dos canais. Andei por algum tempo, parei para tomar um café, e depois voltei pro apartamento. Como sairia no dia seguinte às 6h, resolvi arrumar tudo e deixar o lugar em ordem naquele dia mesmo. Quando já estava anoitecendo pensei em voltar pro centro, mas acabei desistindo e jantei em casa mesmo. Fui dormir bem cedo, pois teria que acordar cedo também. Terminava ali minha passagem por Amsterdan, no dia seguinte começaria minha aventura pela Bélgica.

 

Amsterdan - considerações finais

 

- Amsterdan é muito bonita e tem uma das melhores atmosferas da Europa. Recomendo e muito!

 

- Os preços em Amsterdan são altos, bem mais do que no restante da Europa (perde apenas para Paris dentre as cidades que eu fui). Considere 10 euros um preço bom por uma refeição, mas é normal pagar 12, 13 nos lugares mais em conta.

 

- 3 dias é um bom tempo, não teria ficado 4 nem 2. Não é apenas uma opinião minha, mas acho que é praticamente consenso aqui no mochileiros que 3 dias é o ideal pra capital holandesa.

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