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Cachoeira da Fumaça por Baixo - Sem guia


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Primeiramente, gostaria de agradecer ao Mochileiros.com pelas informações que obtive com outras pessoas que fizeram o percurso e aos meu colegas de Trilha Henrique Rosa e Jorge Alberto Rêgo.

 

Fizemos em 2 dias e meio a trilha da cachoeira da fumaça (chapada diamantina) sem guia, passando pelos principais pontos: Ribeirão do Meio, Serra do Veneno, Vale da Muriçoca, Palmital, Rio Capivara, Cachoeira do Capivara, Cachoeira da Fumaça por baixo, Serra do Macaco, Cachoeira da Fumaça por cima até Vale do Capão. De 26/09/09 a 29/09/09:

 

Dia 1 (26/09/2009): Saímos os três de Salvador de carro às 01:30h (madrugada). Como conhecíamos a estrada foi fácil chegarmos em Lençóis. Aos que não conhecem o caminho aconselho a comprar um mapinha rodoviário, mas desde já digo que não é nenhum bixo de sete cabeças.

 

Resumindo a estrada: Saindo de Salvador, toma-se a BR-324 e segue por cerca de 100kms até Feira de Santana. A estrada é relativamente bem conservada, mas não aconselho a ninguém ultrapassar os 100km/h, haja vista que é uma estrada que circulam muitos ônibus e caminhões. Ao chegar em Feira de Santana toma-se o anel viário da cidade e segue no sentido OESTE até passar por uma ponte acima da BR-116. Neste ponto deve se tomar a BR-116 e seguir no sentido SUL. Daí em diante segue-se até a cidade de Paraguassu onde existe o entroncamento com a BA-242 que segue até Brasília. Deste entroncamento segue cerca de 200 kms até Lençóis. Não tem erro. Recomendo no entanto cautela pois a BA-242 apesar de bem conservada tem pontos onde o asfalto está deformado e existem buracos enormes que detonam a jante de qualquer carro que passe desavisado.

 

Chegamos em Lençóis às 07:50h da manhã, guardamos o carro em uma pousada local (não nos cobraram nada) e tomamos um café da manhã na cidade. Em razão da demora do rango saímos entramos na trilha somente 10horas.

 

Para começar a trilha para a cachoeira da fumaça, temos que passar por uma atração local muito famosa, o Ribeirão do Meio, um tubogã (muito grande por sinal) que desce num laguinho de água ferrosa.Para chegar lá basta perguntar aos habitantes o caminho para o Ribeirão do Meio. Em resumo, partimos por uma trilha de chão da Igrejinha de Trás (atenção pois existem duas, uma na praça principal da cidade e outra em uma rua secundária que fica a noroeste depois de atravessar a pontezinha. A trilha é larga e de chão batido, muito tranqüila por sinal, é uma caminhada leve, onde deve-se ganhar tempo. Depois de cerca de 30 minutos chega-se ao Ribeirão do Meio.

 

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F1

Ao chegar ao Ribeirão do meio deve-se ter atenção para não “bater cabeça”, a continuação da trilha (subida para a serra do veneno) não passa pelo laguinho que os turistas costumam ficar, nem pelo tubogã. A trilha na verdade continua por cima. Portanto ao chegar no Ribeirão, deve-se procurar essa encruzilhada para seguir por cima do tubogã/rio e não pegar o caminho que vai por baixo. Optamos por não nos banhar no Ribeirão do Meio, posto que começamos um pouco tarde a trilha (10hrs) e esse tempo poderia nos faltar quando estivesse perto do pôr do Sol. Recomendo no entanto verificar a água do grupo, pois do ribeirão do meio até o Palmital não existe (pelo menos não vi) água corrente. E na serra do veneno a desidratação é certa.

 

Serra do veneno: na base da serra (depois de cruzar o ribeirão do meio), tem-se a ilusão de que o topo da serra “é logo ali”, na verdade nas próximas horas essa foi a sensação que mais tivemos, a de que o topo era logo na frente. Isto acontece devido à curvatura da serra que não nos permite ver o alto dela. A subida é íngreme em rocha e entre árvores espinhosas (usar botas fortes e meião de futebol se não quiserem ter a perna toda “lapeada” por galhos espinhosos e secos. ). Um bom preparo físico aqui fará toda a diferença.

 

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F2 – Subindo o Veneno

 

Ao subir o veneno damos de cara com o vale do Rio Capivara, bom momento para respirar, abrir os mapas, bater umas fotos. Neste ponto nos perdemos por cerca de 20 minutos, pois não olhamos o mapa e saímos da trilha, seguindo um caminho natural de pedras que segue na direção sul. Voltamos até reencontrar a trilha por onde a perdemos. O sentido que tínhamos que seguir era OESTE para cruzar o vale da Muriçoca, a trilha estava entre uns arbustos que não vimos. Deste ponto é só descida, uma descida animal, não precisa de corda, mas o ângulo de descida é muito grande.

 

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F3 – Topo do Veneno

Ao descer do outro lado da Serra do Veneno, passamos pelo vale da Muriçoca, neste ponto vale a pena fazer uma pausa para comer, descansar uns 20-30 minutos junto à água (e aos moskitos) antes de encarar a subida que se tem pela frente. Neste ponto a vegetação muda drásticamente:

 

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F4 – Vale da Muriçoca.

 

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F5- Face Sudoeste da Serra do veneno, por onde descemos até o Vale da Muriçoca.

 

Deste ponto em diante a subida foi árdua (mais íngreme que a subida da serra do veneno) e fomos seguindo a trilha ao redor de uma serra alta e rochosa, por dentro da densa vegetação. Ao contorná-la a vegetação abre novamente em forma de arbustos e mato baixo e descemos outro ponto bastante íngreme (semelhante à descida para a muriçoca) onde a trilha se perde em função da mata fechada, mas de posse do mapa sabíamos por onde ir e seguimos por dentro do mato sem maiores problemas.

 

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F6- Descida ao Palmital

 

Chegamos no Palmital por volta das 17:20h, foi o tempo necessário para encontrarmos as árvores do outro lado do rio onde é de praxe acampar a primeira noite, tomamos um banho na cachoeira do palmital (geladaa) e encontrarmos a continuação da trilha que seguiríamos no dia seguinte.

 

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F7- Cachoeira do Palmital (nesta época do ano seca)

 

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F8- Acampamento da primeira noite

 

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F9- Amanhecer do segundo dia

Dia 2 (27/09/2009):

No segundo dia acordamos 06hrs, tomamos um café da manã potente (altamente calórico), desarmamos as barracas e armamos as mochilas. Nesta hora tivemos o maior insight e talvez o maior conselho que eu possa lhes dar com relação a este relato: As subidas e descidas em rocha com o peso das mochilas nas costas castigaram os joelhos do meu amigo Jorge Rêgo, que achou por bem fazer um “cajado” para não piorar a situação. O cajado nos ajudou nos dois próximos dias como nenhum outro acessório, e lhes digo que podem jogar fora seus bastões de trekking, pois nessa viagem o que ajuda mesmo é um cajado de madeira de cerca de 1 metro e meio. O cajado é a melhor forma de descer encostas rochosas íngremes sem machucar os joelhos e nos ajuda a subir como apoio lateral.

 

A cachoeira do palmital mostrada acima ainda está relativamente no alto, sendo que no segundo dia às 07:30h recomeçamos a descer mais encostas até o meio do vale do rio capivara, o que nos leva a um lugar muito acidentado, onde as rochas em meio ao rio fecham os caminhos e formam piscinas em meio a correnteza. Esse lugar é belíssimo pois estamos cercados pelas serras por ambos os lados. Neste lugar a trilha segue (como seguirá por muito tempo) o curso do rio subindo até o entroncamento entre o vale da fumaça e a serra do macaco.

 

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F10- Rio Capivara (Entre as enormes serras).

 

A trilha é longa e sobe acompanhando o rio. Em determinado ponto encontramos a Cachoeira do Capivara, que impressiona pela garganta de pedra e pela altura. Nesta época estava vazia, mas dá para perceber que nas épocas de cheia o rio se torna muito caudaloso. Neste ponto percebemos que existiam vários locais para camping legais e infelizmente muitos vestígios de grupos anteriores. Acredito que neste ponto muitos grupos durmam, pois o poço desta cachoeira é lindo e o lugar é mágico para se passar uma noite. De qualquer forma, não ficamos. O tempo era curto e o pior ou melhor rssrsrs ainda estava por vir ainda neste mesmo dia.

 

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F11- Rio Capivara – Poço que fica embaixo da cachoeira

 

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F12- Cachoeira

 

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F13- Cachoeira – garganta

 

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F14- Cachoeira – início da garganta

 

Saindo deste trecho seguimos pelo vale até o entroncamento entre a serra do macaco e o vale (sem saída) que segue até a base da cachoeira da fumaça.

 

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F15 – Vale do capivara.

 

No entroncamento já tinha lido inclusive aqui no mochileiros.com que as pessoas costumam deixar suas mochilas para seguir pelo vale da fumaça. Acontece que mesmo sem termos visto ninguém na trilha desde que começamos a serra do veneno no dia anterior, não confiamos em deixar todo nosso equipamento à mercê neste local. Optamos por seguir pelo vale com as mochilas. Em determinado ponto percebemos o seguinte: A trilha pelo vale da fumaça é em aclive e embora seja em ângulo leve temos que passar sobre enormes pedregulhos (que caíram do alto da serra), seguir por encostas de terra, passar entre raízes, pisar de pedra em pedra sobre o rio etc. As mochilas seriam um peso enorme para nós. Optamos por destacar as mochilas de ataque das mochilas cargueiras, socar alimento, lanterna e máquina fotográfica e irmos “leves” até o nosso objetivo. Entocamos as cargueiras numas pedras escondidas e fomos o mais rápido que pudemos. Essa trilha é pesada a chegada na fumaça por baixo foi a parte da trilha mais cansativa (ter em vista que cansativa é diferente de perigosa) ainda mais por estarmos andando num ritmo forte para evitar o anoitecer neste vale. Obs: No caminho vimos duas cobras e várias aranhas na trilha.

Às 14:30h do segundo dia chegamos na cachoeira da fumaça por baixo. O cansaço era indescritível. Comemos, colocamos as pernas na água negra e gelada, batemos várias fotos. A imensidão do lugar e a sensação de pequenez são indescritíveis.

 

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F16- O “topo”do aclive por onde viemos, neste lugar que forma o poço da água que cai da fumaça.

 

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F17- Paredão que forma a fumaça. Não se vê água por que infelizmente o rio estava seco.

 

Após o merecido descanso saímos do poço às 15:20h e começamos a descer em ritmo acelerado para as nossas mochilas e para o entroncamento. Não queríamos descobrir como seria aquele vale à noite. Às 17:35h chegamos nas mochilas, às 17:50h (hora exata em que o sol se põe) chegamos ao entroncamento e acampamento da segunda noite. Fizemos miojo com vono que ficou uma delícia. Hehehe

Dormimos bem esta noite. Neste entroncamento existe água abundante, abrigo do vento e me pareceu seguro. Ao tomarmos banho no capivara a noite nos deparamos com um tipo de inseto muito estranho, uma espécie de mariposa do tamanho de uma colher de chá com umas garras hediondas.

 

Dia 3 (28/09/2009):

O terceiro dia começou com nossos preparativos para o maior desafio da trilha, comemos bem e bastante, já num misto de adrenalina com glicose, enchemos nossos cantis de água pegamos os cajados que tanto nos ajudaram no dia anterior e começamos às 08:20h a subida da serra do macaco. Nada do que li ou do que me falaram me prepararia para aquela subida. Como disse meu amigo Jorge Rego, é aqui que a trilha separa os homens dos meninos. E é verdade. A subida é na verdade uma escalada, onde a trilha nos leva entre enormes rochedos nos obrigando a pular, escalar pedras, nos agarrar a raízes, engatinhar entre frestas, subir aclives cravando nossas mãos entre frestas e pedras as vezes soltas, carregando os 17 quilos de mochila cargueira nas costas. A trilha em vários momentos não tem mais do que dois palmos de largura separando um paredão de pedra, mato ou raízes de abismos. Tirei algumas fotos nos momentos de menos tensão, elas não dão a dimensão do perigo real, da adrenalina de estar ali, mas servem de parâmetro. Aos que não conhecem a trilha não aconselho de forma alguma a subida em tempo chuvoso.

 

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F18- Trilha no macaco

 

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F19- vista no início da subida da serra do macaco

 

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F20 – Trilha no macaco 2

 

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F21- Abismo e vista na parte média da subida da serra do macaco

 

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F22- Trilha no macaco 3

 

Ao subirmos a serra do macaco reina uma certa felicidade, uma sensação de vitória, a trilha pela serra segue entre aclives e declives de médio esforço entre uma mata quase fechada. Em determinado ponto fui picado na altura do joelho por algum animal. Não vi que animal era, mas sei que não era uma cobra pois a marca era um furo apenas e não 2.

A picada deixou minha perna do joelho para baixo ardendo muito e o local da picada criou um puz ou secreção. O sangue estava quente e não havia nada que pudesse fazer ali. Continuamos pela trilha até um local muito bonito que não consta em mapas nem ouvi ninguém falar o nome. Existe ali uma cachoeira muito bonita com um poço de água bem gelada. Em uma das poças colocamos nossas pernas para aliviar as dores da caminhada.

 

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F23- Poço da cachoeira que não sei o nome (quem souber me diga depois)

 

Continuamos a subir uma serra que fica atrás da serra do macaco. Neste ponto várias pessoas já disseram que se perderam, pelo que soubemos até guias se perdem e como não haveria de ser diferente conosco, nos perdemos hehehe.

Atenção neste lugar. Aconselho que antes de subir a serra se tenha o mapa das trilhas na mão e uma bússula, pois acontece que esta serra apesar de ser entre vegetação de caatinga e estar em muitos trechos bem clara, possui muitos platôs de rocha que acabam por confundir quem está na trilha e nos levar para direções que não devemos ir. Fomos seguindo a trilha, achamos e perdemos ela diversas vezes, mas o importante é que fomos na direção que ela deveria seguir.

 

Fizemos algo um pouco imprudente que foi cortar caminho por entre a vegetação fechada, neste trecho conseguimos com relativa facilidade pois o mato é baixo, mas o perigo de encontrar uma cascavel não nos saia da cabeça; A continuar na direção certa e por uma trilha muito duvidosa que se resumia a mato um pouco tombado e ligeiramente pisado ehhehe, nossa trilha deu de encontro com a tradicional, batidíssima trilha da cachoeira da fumaça por cima. Saímos do meio dos mandacarus, de uma trilha perigosa e fechada para uma com quase dois metros de largura com marca de tênis Nike e havaiannas na areia. Como estávamos dentro do tempo seguimos para a cachoeira da fumaça por cima como planejado. Este foi o coroamento da viagem. Foi o momento onde vimos do alto tudo akilo (ou boa parte daquilo) que fizemos no dia anterior ao atravessar o vale da fumaça. O lugar é indescritível, não me canso de lembrar das sensações maravilhosas que tive ao chegar finalmente no alto daquele lugar.

 

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F24

 

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F25

 

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F26

 

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F27

 

Encontramos depois de 2 dias e meio no local outras pessoas pela primeira vez: Um casal que estava hospedado em vale do capão. Descemos os cinco num bom ritmo pelas escadarias de pedra que dão no vale do Capão.

 

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F28 – Escadaria

 

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F29 - Vale do Capão

 

Em vale do capão chegamos às 18:00, fomos comer na praça e fomos dormir no camping local às 19:30h, dormi muito mal em função da picada de aranha que tomei (acho que foi aranha), no dia seguinte pegamos uma Rural ano 74 até Palmeiras de onde pegamos um gol 95 de volta a lençóis.

Para essa viagem usamos dois mapas que são vendidos numa loja de equipamentos “dois irmãos” na praça principal de lençóis. Os dois mapas se complementam, aconselho a comprar os dois.

 

Saldo da viagem: Muitas fotos, vídeos, botas surradas, uma picada de animal e muita história para contar.

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Não chegamos a pesar, mas acho que foi por volta disso... O mal é que minha barraca é para neve e pesa um quilo a mais que o normal. Quanto às fotos lhe asseguro que não dão de longe a sensação que é o lugar. E deixei de tirar fotos em alguns lugares legais como no vale da fumaça e no macaco...

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Estava pensando em ir pro pati do dia 30 deste mes até dia 02, mas me aconselharam a não ir porque o pati é em locais mais descampados, e nesta época do ano está muito seco e sem as belezas naturais que a cheia proporciona. Estou postergando para a época de cheia, que segundo conversei com o pessoal local é de abril a junho o "pico" de chuvas.

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Estava pensando em ir pro pati do dia 30 deste mes até dia 02, mas me aconselharam a não ir porque o pati é em locais mais descampados, e nesta época do ano está muito seco e sem as belezas naturais que a cheia proporciona. Estou postergando para a época de cheia, que segundo conversei com o pessoal local é de abril a junho o "pico" de chuvas.

 

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-Bem, aproveitando o mote, e me perdoem a pergunta em lugar não muito apropriado, como é o tempo em Lençóis na época de Dezembro a Janeiro?

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Bastante seco, cachoeiras secas, rios só com filetes de água, vegetação mais seca... A época das chuvas começa historicamente em Abril e vai até meados de agosto. Os guias locais me disseram q a melhor época é entre Abril e Junho. E de fato, estive no são joão de 2008 lá e estava muito mais bonito. Agora conselho maior é tentar evitar épocas de festa: Festival de Inverno de Lençóis, Carnaval, São joão, feriadões etc. Isto se vc como eu não gosta de fazer trilha e encontrar muita gente.

 

Abraço

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  • 1 mês depois...
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Realmente, Guilherme, essa trilha é uma das mais bonitas da Chapada, embora seja uma das mais difíceis! Eu fiz o caminho inverso que você fez: Saí do Vale do Capão, subi a Fumaça e desci pela Fenda, que é bem mais complicada do que descer a Serra do Macaco. Mas em compensação, a gente sai bem mais perto do Poço da Fumaça!

 

Você falou de uma descida bem íngreme para chegar até o Vale do Muriçoca! Então, na verdade você não precisaria ter descido por ali. Em vez de ir pela esquerda, tem um atalho pela direita que chega no mesmo lugar de uma maneira mais fácil e mais rápida, é uma descida bem menos sofrível! E pra mim e meu grupo, que fizemos o caminho inverso, isso nos poupou bastante tempo, já que tínhamos que subir!

 

Realmente, acho que se vocês tivessem saído um pouco mais cedo, teriam dormido na Cachoeira do Capivara, que é bem mais recomendável do que o Palmital. Na noite em que eu e meu grupo dormimos lá, havia dois outros grupos. Lá é muito mais higiênico e eu passei uma noite bastante agradável! A lua estava quase cheia, e como eu resolvi dormir a céu aberto mesmo, tive uma visa maravilhosa antes de dormir! E, tipo, quando a gente tava no entroncamento entre o Rio Capivara e o Rio da Fumaça, lá onde fica a descida da Serra do Macaco, um outro guia que fazia o caminho inverso da gente, disse pro meu guia que havia guardado uma lenha lá no Capivara, então quando chegamos já nos foi poupado o tempo de catar a lenha! No Capivara sempre ocorre essa cooperação entre os grupos e os guias! Realmente me deu vontade de passar uns dias a mais ali, mas o meu grupo tinha viagem marcada para o outro dia! =(

 

Gente, o Guilherme e seus amigos foram muito corajosos em fazer essa trilha sozinhos, mas isso não é recomendável para todo mundo! Mas se mesmo assim, alguém quiser arriscar, principalmente se for sair do Capão e descer a Fenda, não esqueça de levar umas cordas, elas serão muito úteis em algumas descidas!

 

Boa sorte a todos!

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