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Dia 04 - 28/12 - Salta - Tilcara - AR- 250km

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Esse dia amanheceu caindo um dilúvio na cidade de Salta, chovia tanto que a rua em frente ao hotel parecia um rio de tanta agua que descia a rua. Pretendíamos visitar a praça 9 de Julio pela manhã e depois o cerro San Bernardo antes de partir rumo a Tilcara pela Ruta 9, a famosa estrada La Cornisa, mas devido ao temporal desistimos do passeio. Esperamos diminuir a chuva, demos uma volta de carro pela praça principal e resolvemos ir para Tilcara voltando até General Guemes para ir pela estrada principal. Em várias ruas havia um enorme acumulo de água, a chuva só parou quando pegamos a autopista na saída da cidade.

 

Paramos para abastecer em um YPF Full na rotatória que vai para General Guemes e compramos mais sanduíches para comer no caminho. Ao descer do carro estava incrivelmente frio e foi assim com frio e tempo nublado por um bom caminho. Passamos rapidamente por S.S. Jujuy e depois começamos a subir lentamente pela quebrada de Humahuaca. A estrada muda completamente e começam a aparecer enormes montanhas acompanhando o rio ao lado direito da estrada.

 

Paramos no mirador de Leon para algumas fotos e encontramos um pessoal do Brasil realizando uma expedição(4x4embuscadevidas.com.br). O tempo continuou nublado e com chuviscos até poucos depois de uma serrinha, onde quase chegando na entrada para a RN 52 que vai para Purmarmaca e Chile, o sol finalmente apareceu. A temperatura voltou a ficar agradável e logo chegamos em Tilcara. Ficamos procurando o hotel que reservamos pelo booking, El Jardin, mas não conseguimos encontrá-lo. Nesse tempo a fome apertou e desistimos momentaneamente de procurará-lo e fomos até a praça procurar algo para comer.

 

Entramos em um restaurante onde o prato principal era carne de lhama. Pedimos um sanduiche de lomito, mas no meio do caminho desistimos e cancelamos o pedido. Um pessoal brasileiro nos disse que a comida do local era ruim e resolvemos desistir de almoçar lá. Pegamos o carro e voltamos até um restaurante na entrada da cidade, onde já havíamos almoçado em 2012 e pedimos duas milanesas de pollo. Uma já era suficiente para quatro pessoas, era muita comida. Acabamos deixando um prato inteiro de lado. Depois perguntando ao pessoal do restaurante, nos avisaram que o hotel ficava próximo, quase ao lado da rodoviária e na direção oposta que o gps indicava. Fomos até o hotel, que na verdade tem um grande camping junto e fizemos o check-in. Descansamos um pouco e no final da tarde fomos até a praça principal dar um passeio e comprar algumas lembrancinhas na feira, além de visitar o museu que fica na praça, sendo que naquele dia a entrada era grátis, bastando apenas dar uma colaboração qualquer caso quisesse.

 

O museu é bem interessante, tem cerâmicas e utensílios de várias civilizações tanto da Argentina, quanto do Chile e Peru. Depois disso procuramos algum local para fazer câmbio, mas a cotação de reais para pesos estava horrível: 1ARS = 0,53 BRL. Já anoitecendo compramos algo para comer e voltamos ao hotel para descansar. Durante noite esfriou bastante em Tilcara, fez em torno de uns 10ºC, estava ótimo para dormir.

 

Hotel e Camping El Jardin

- Excelente hotel, possui garagem e café da manhã além de camping nos fundos

- Fica próximo a rodoviária e praça da cidade

- AR$ 600,00 o quarto de casal

 

Gastos com combustível: AR$ 500,00 - 34,50 litros para completar o tanque, em General Guemes e depois em Tilcara

Pedágio: Não há pedágio nesse trajeto

 

Video com o trajeto do dia. Dêem uma curtida lá :)

 

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Rua alagada em frente ao Hotel Samka em Salta

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Ruta 9 – Enfim o sol ::otemo::

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Ruta 9

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Difunta Correa

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Rodoviária de Tilcara

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Tilcara

Editado por hlirajunior
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Opaa amigo... Pelo que estou vendo seu relato é rico em informações. Quero fazer algo parecido, no entanto a viagem será de moto.

Quanto ao seguro, minha moto não tem, logo não tenho cobertura nenhuma contra danos e até mesmo roubos. A dúvida é a seguinte, esses seguros que você citou, eles cobrem o que exatamente?

 

Outra dúvida, minha viagem tem objetivo de ir até Cusco, não pretendia passar pela Argentina nem Chile, qual seria o problema de ir direto pela Bolívia? As complicações lá são maiores? Obrigado e parabéns pelo relato.

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Opaa amigo... Pelo que estou vendo seu relato é rico em informações. Quero fazer algo parecido, no entanto a viagem será de moto.

Quanto ao seguro, minha moto não tem, logo não tenho cobertura nenhuma contra danos e até mesmo roubos. A dúvida é a seguinte, esses seguros que você citou, eles cobrem o que exatamente?

 

Outra dúvida, minha viagem tem objetivo de ir até Cusco, não pretendia passar pela Argentina nem Chile, qual seria o problema de ir direto pela Bolívia? As complicações lá são maiores? Obrigado e parabéns pelo relato.

Olá Jeferson, esses seguros cobrem danos a terceiros apenas. Na Bolívia, o maior problema atualmente é conseguir comprar combustivel em determinadas regiões, principalmente próximo a La Paz. mas é possível contornar comprando combustivel em tiendas e casas a beira da estrada ou comprar combustivel com galões indo ao posto. Outra rota possível é ir pelo Acre, da fronteira do Brasil com o Peru até Cusco são dois dias de viagem. abs

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Sério? Não sabia dessa dificuldade de abastecer por lá, já que vou de moto é meio difícil carregar galões. Eu moro no RJ, e descer pro sul aumentaria muito a viagem, talvez pelo Acre seria mais prático, tinha vontade de passar por Brasília antes pra visitar umas pessoas. Obrigado pela ajuda. E parabéns pelo relato.

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Sério? Não sabia dessa dificuldade de abastecer por lá, já que vou de moto é meio difícil carregar galões. Eu moro no RJ, e descer pro sul aumentaria muito a viagem, talvez pelo Acre seria mais prático, tinha vontade de passar por Brasília antes pra visitar umas pessoas. Obrigado pela ajuda. E parabéns pelo relato.

Valeu ::otemo:: Você pode levar um galão desse tipo aqui, de 5l ou 10l - http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-698073578-galo-gasolina-combustivel-oleo-ferramenta-completo-_JM Vi bastante motociclistas levando galões no atacama.

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Olá hlirajunior!

 

Fico aguardando todo dia um post novo.. ::hahaha::

 

Enfim consegui comprar o seguro do Chile, mas olha, se meu estoque de paciência não estivesse cheio... ::lol4::

 

Lendo sobre o câmbio, li em algum relato que nos postos de combustível eles aceitam reais e até tinham um câmbio bom. Você teve essa experiência?

 

Sobre o Hotel em Tilcara, não tem nenhuma foto do camping pra postar? Vamos levar barracas e onde der, vamos acampar... mais pela experiência, pois vamos optar pela barraca poucas vezes.

 

Aguardando os novos posts!

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Olá hlirajunior!

 

Fico aguardando todo dia um post novo.. ::hahaha::

 

Enfim consegui comprar o seguro do Chile, mas olha, se meu estoque de paciência não estivesse cheio... ::lol4::

 

Lendo sobre o câmbio, li em algum relato que nos postos de combustível eles aceitam reais e até tinham um câmbio bom. Você teve essa experiência?

 

Sobre o Hotel em Tilcara, não tem nenhuma foto do camping pra postar? Vamos levar barracas e onde der, vamos acampar... mais pela experiência, pois vamos optar pela barraca poucas vezes.

 

Aguardando os novos posts!

Oi Roberta, o próximo relato de Tilcara até San Pedro de Atacama, devo colocar amanhã. Só falta enviar o vídeo para o Youtube ::otemo:: Que bom que deu certo a compra do SOAPEX, agora é um item a menos pra se preocupar. Quando você vai?

 

Acho que os postos Petrobrás aceitam reais, mas não cheguei a ver se realmente aceitam. O único posto Petrobrás que parei foi no Chile, perto de Iquique. Sobre o Hotel e Camping e Tilcara minha esposa comentou algo no vídeo que elas fez:

 

 

No booking tem algumas fotos: http://www.booking.com/hotel/ar/el-jardin.pt-br.html?aid=942796 Pelo que vi há bastante camping na Argentina e Chile e são bem estruturados. ::otemo::

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Dia 05 - 29/12 - Tilcara[AR] a San Pedro de Atacama[CH] - 436km

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Quinto dia seguido de estrada, já estávamos nos acostumando com a rotina de tirar e colocar as malas e demais coisas todo dia no carro. O dia amanheceu sem nuvens no céu e antes de sairmos de Tilcara paramos no posto na entrada da cidade para abastecer, é o último posto grande antes do posto YPF no Paso de Jama (Há dois outros locais para abastecer, um em Susques e outro no restaurante Pastos Chicos próximo a Susques). Aproveitamos para comprar mais sanduiches e água mineral, pois as garrafinhas no Chile são bem mais caras.

 

Voltamos alguns quilômetros pela Ruta 9 até o cruzamento com a Ruta RN52 que vai para o Chile. Passamos por Purmamarca, mas não paramos para tirar fotos, a estrada vai acompanhando um rio com várias montanhas coloridas ao lado até chegar na Puerta de Lipán, onde começam as primeiras curvas em U. Em alguns trechos não há asfalto devido a obras, mas é tranquilo passar. Na parte final da subida mais intensa há alguns mirantes legais para fotos, principalmente na última curva em U. Depois disso a subida se torna mais suave até chegar na Abra de Lipán, a 4172m de altitude. No local há alguns vendedores de artesanato e um marco com a altitude do local.

 

Após esse ponto, inicia-se a descida em direção as Salinas Grandes, que olhando a frente parece apenas um ponto branco no horizonte. A descida desse outro lado também é bem bonita, há uma sequência de curvas mais suaves e no final uma grande reta. No trecho inicial das salinas, removeram o asfalto para manutenção da rodovia, há um bom pedaço em estrada de rípio. Há alguns locais para estacionar o carro e venda de artesanato, além de banheiros químicos. Infelizmente dessa vez a entrada para o salar estava fechada e não conseguimos entrar de carro naquela imensidão branca. Apenas descemos a pé e tiramos algumas fotos, mas devido a claridade e calor não ficamos muito tempo. É bom ir preparado com óculos escuro e protetor solar, pois apesar da altitude e temperatura mais amena, o sol reflete no sal e pode queimar a pele e danificar a visão.

 

Continuamos viagem até o restaurante Pastos Chicos, logo após Suques, onde paramos para descansar. Haviam outros carros brasileiros no local. Nesse local há um restaurante, hotel e posto de combustível. Como estávamos com ¾ do tanque não paramos para abastecer. Depois disso seguimos viagem até a fronteira no Paso de Jama, o caminho é tranquilo e há grandes retas. A estrada passa pelo Salar de Olaroz e Salar de Jama. Paramos no posto YPF para abastecer, no local só havia a gasolina (nafta) Infinia, de maior octanagem e maior preço consequentemente. Dali seguimos até a aduana conjunta entre os dois países, mas que é super demorada.

 

Na estrada há uma cancela, onde um guarda verifica a placa do carro e a quantidade de passageiros, fornecendo um papel que deverá receber um carimbo a cada etapa do trâmite e na saída deverá ser entregue a outro guarda que libera outra cancela. Só de ver a quantidade de carimbos que deverão constar no papel e a quantidade de carros e ônibus parados já deu para perceber que não iria ser rápido. O primeiro trâmite é a migração, onde é dada a saída da Argentina. No guichê ao lado é feita a saida do carro na argentina. O próximo guichê é onde é feita a entrada de cada pessoa no Chile e depois a aduana do veículo, onde a pessoa digita todas as informações do veículo no sistema. É meio demorado e ao final é entregue um papel declarando a importação temporária do veículo no país. (ps: A ordem dos guichês pode mudar, mas é basicamente essa)

 

Depois disso ainda tem que passar no guichê do Senasa, preenchendo um papel onde deve ser declarado o que está sendo levado ou não pelos passageiros. Por último um fiscal irá ao carro verificar se está tudo ok ( as vezes é necessário passar as bagagens no raio-x) para ele dar o carimbo final no papel que deverá ser apresentado na cancela ao guarda para finalmente estar livre.

 

Nessa brincadeira toda, perdemos quase 2 horas, que naquela altitude parecem uma eternidade. Andamos alguns quilômetros e chegamos na placa que indica a divisa dos dois países. Depois disso começa a parte mais alta da travessia, sempre acima de 4000m, há belas paisagens com lagunas com um azul espetacular e alguns vulcões ao fundo. Em um determinado ponto é possível visualizar os monges de la pacana ao lado direito da estrada, antes de iniciar a subida para o ponto mais alto da travessia, onde alcançamos 4830m de altitude. Nesse trecho foi necessário subir em primeira marcha por cerca de um quilômetro, o carro pesado e a altitude deixaram o motor sem força.

 

Depois o carro voltou ao normal e logo começamos a avistar o vulcão juriques em frente e a laguna blanca na bolivia do lado direito. Ao poucos ao lado do Juriques surge o vulcão Licancabur imponente e inicia-se a descida até San Pedro de Atacama. É uma descida alucinante, começa perto dos 4800m de altitude e vai até 2400m em San Pedro em pouco mais de 40km. Nesse trecho resolvemos descer em 3º marcha usando o freio motor para reduzir a velocidade, em alguns pedaços cheguei a descer em 2º marcha utilizando assim bem pouco o freio do carro. No meio da descida tinha um ônibus quebrado e os passageiros sem noção do perigo ficavam no meio da estrada. Paramos para algumas fotos durante a descida até chegar em SPA.

 

Chegando na cidade, fomos a procura do hotel e mais uma vez chegamos na rua certa, mas demoramos um pouco para encontrá-lo, pois não possuia placa com o nome, somente encontramos após olhar todas as casas da rua pela numeração. O hotel fica um pouco afastado do centrinho da cidade, em torno de 15-20 min caminhando, mas foi o mais em conta que encontramos para o periodo do reveillon. Descansamos um pouco e a noite fomos comer uma pizza.

 

Hotel Portal del Sol

- Acomodações simples, ambiente familiar.

- Fica um pouco longe do centrinho de San Pedro, mas tem garagem e café da manhã.

- US$ 65.00 o quarto de casal

 

Gastos com combustível: AR$ 360,00 - 22,29 litros para completar o tanque no posto YPF no paso de jama

Pedágio: Não há pedágio nesse trajeto

 

Video com o trajeto de Tilcara a San Pedro de Atacama pelo Paso de Jama

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