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Mochilão em casal - 20 dias intensos por Bolívia, Peru e Chile - Agosto-2016 - Com gastos e fotos


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Oi Marcelo! Tenho o roteiro pré-definido sim, dá uma olhada:

 

1º dia: BH x São Paulo x Santa Cruz de la Sierra x Sucre

2º dia: Sucre x Uyuni

3º dia: Salar de Uyuni

4º dia: Salar de Uyuni

5º dia: Salar de Uyuni

6º dia: San Pedro de Atacama

7º dia: San Pedro de Atacama x Arica

8º dia: Arica x Tacna x Arequipa

9º dia: Arequipa

10º dia: Arequipa (Cañon del Colca)

11º dia: Arequipa

12º dia: Arequipa > Cusco

13º dia: Cusco

14º dia:Cusco (Vale Sagrado)

15º dia:Cusco x Aguas Calientes

16º dia:Machu Picchu

17º dia:Aguas Calientes x Cusco

18º dia: Montanhas coloridas (?)

19º dia:Cusco x Copacabana

20º dia:Isla del Sol

21º dia:Isla del Sol x Copacabana x La Paz

22º dia:La Paz (Chacaltaya + Valle de la Luna)

23º dia:La Paz (Downhill)

24º dia:La Paz x Santa Cruz de la Sierra

25º dia:Santa Cruz de la Sierra x São Paulo x BH

 

A princípio eu ficaria 5 dias em Cusco, mas como eu quero ir nas montanhas coloridas resolvi acrescentar mais dias lá e tirar Puno. Você acha que vale a pena? Ou você gostou mais de Puno? O passeio para as montanhas coloridas dura um dia inteiro? Fique a vontade pra dar uns pitacos no meu roteiro!

 

Agora que vi que você é de BH! Eu moro em São Paulo, mas nasci aí e pelo menos umas seis vezes ao ano eu viajo para ver família e amigos. ::otemo::

 

Sobre seu roteiro, acho que está bom, mas se eu fosse você alterava um pouco as ordens. No retorno de Aguas Calientes para Cusco você chega muito tarde, por volta das 22:00 e o passeio para as Montanhas Coloridas sai às 3 da manhã. Acho que seria pouco tempo para descanso. São cerca de 3 horas de viagem até parar no ponto em que todos os grupos tomam café e começam a subir. Dá pra ir dormindo durante esse tempo, aí vai do que você achar melhor para teu corpo. Após o passeio você chega em Cusco por volta das 18h.

Talvez a única alteração que eu faria é tirar um dia de Arequipa e colocar ou em Cusco ou em San Pedro, mas aí depende do seu planejamento, dos lugares que quer visitar, etc. Mas saiba que Arequipa é encantadora, adorei a cidade.

Sobre Puno, eu só passei por lá porque queria conhecer o Lago Titicaca e eu não iria para Copacabana depois. É um passeio legal, mas não o vejo como obrigatório, algo imperdível.

No seu caso, eu cogitaria a possibilidade de nem parar lá. Veja a opinião de pessoas que fizeram Puno e Copacabana na mesma viagem, acho que vai te ajudar melhor. ::mmm:

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Nossa cara, que ótimo relato!

PArabéns pela viagem e pelos preparativos. Eu estou organizando meu semi-mochilão para a Europa no final do ano e não tinha pensado em muuuitas das coisas que vc colocou aí, já vou usar como base.

Vou dar uma lida melhor nas roupas de frio, mas fiquei em dúvida meio básica... Você chegou a lavar as roupas, como fazia?

Obrigado, abraços!

 

E aí cara, blz? Durante a viagem eu lavei roupa sim, duas vezes. Porque no Peru era muito barato.

Na Europa eu não sei como funciona, na verdade também tenho que pesquisar pois provavelmente será meu próximo mochilão ano que vem.

De fato, os preparativos foram fundamentais para que a viagem desse certo.

Espero que curta a continuação do meu, hoje posto um novo capítulo.

Um abraço.

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Grande Marcelo,

 

Fico feliz que pude te ajudar na sua viagem. Perrengues sempre acontecerão né? Aquele app Maps.me me salvou várias vezes nas madrugadas que eu chegava nas cidades sem hostel reservado heheheheheh

 

Sigo acompanhando suas aventuras.

 

Abraço.

Esse app Maps é ótimo mesmo. Só vacilei em demorar a usá-lo, teria me poupado tempo em San Pedro.

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Mais um relato detalhado pra ajudar a galera. Parabéns, Marcelão! Obrigado por retornar com sua história. Acompanhando aqui os próximos capítulos. Abraço! ::otemo::

Rodrigo, meu caro. Valeu por todas as dicas, de verdade mesmo! Toda hora eu e minha esposa ficavamos consultando seu relato atrás de dicas, haha.

Abraços!!!

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Acompanhando seu relato. Já gostei de saber que os dois juntos não chegaram a gastar nem 12 mil, somando as passagens, sinal que o que estamos pretendendo levar dará e sobrará.

 

E aí meu caro, tudo bem?

Acredito que seja o suficiente sim. Claro que tudo depende do tempo em cada cidade e dos passeios que se decide fazer, mas é uma boa média sim.

Espero que curta o próximo capítulo com a sequência do relato.

Um abraço.

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Olá amigos!

Desculpe pela demora, vou me esforçar para não demorar a postar os próximos capítulos.

Ah, só hoje percebi que não havia postado o Roteiro, então atualizei o primeiro post. ::putz::

 

Capítulo 1: A Corrida contra o tempo e os primeiros amigos

02/08/2016

 

Enfim chegou o tão esperado dia de viajar. Dormimos na casa da minha sogra, pois fica a 15 minutos do aeroporto de Guarulhos.

Nosso voo estava programado para sair às 8:35 da manhã, com conexão em Asunción, no Paraguai e de lá seguiria para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O horário local de chegada seria 12:30. Depois teríamos um voo doméstico para Sucre, via BOA - Boliviana de Aviación, às 14:35. Sim, tempo bem apertado.

 

O planejamento era chegar em Sucre e ir pro terminal rodoviário comprar a passagem noturna para Uyuni.

Tínhamos a opção de comprar a passagem antecipada em um site (https://ticketsbolivia.com.bo/), mas como não tinha Bus-Cama e estávamos com medo de algum imprevisto, decidimos arriscar e deixar pra comprar lá.

Chegamos cedo no aeroporto e despachamos as mochilas. A chamado para o embarque foi no horário previsto.

 

Lendo dicas e relatos eu já estava me preparando psicologicamente para eventuais imprevistos, mas não esperava que fosse acontecer nas primeiras horas da viagem.

Sei lá o porquê atrasou cerca de 40 minutos para decolar e assim o tempo para pegar o avião em Sucre ficou ainda mais reduzido.

Durante o voo, os comissários entregaram dois formulários, um para aduana onde você declara bens e valores que está levando e outro para a imigração.

A preocupação era com o tempo e tentamos descer o mais rápido possível, mas estávamos no meio da aeronave.

Então, aqui vai uma dica: Se alguém se arrisca a pegar voos em curtos espaços de tempo dê preferência sempre aos primeiros lugares pois saem primeiro.

Descendo, tivemos que passar pela longa e estranha fila da imigração, pois ela se estende até as escadas andar acima e haviam poucos guichês atendendo. Esta foto aqui não tá muito boa, foi tirada na parte de cima das escadas. Dá para ter uma pequena noção de como foi a fila.

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Ficamos uns 40 minutos esperando até passar e ir correndo pegar as bagagens.

Aí tinha outra fila, para passar pelo estranho detector que existe lá.

Para quem não sabe, você precisa passar as bagagens por esse detector e apertar um botão. Se acender a luz verde você está liberado. Se acender a vermelha você tem que parar e abrir a mala para ser revistada.

 

Vi a outra fila e pensei “Não vai dar tempo! ”. Aí pedi ajuda a um funcionário que nos colocou na frente de todo mundo. O povo deve ter ficado puto, mas era o voo que estava em jogo.

E por sorte deu luz verde tanto para mim quanto minha esposa.

Corremos e conseguimos embarcar aos 45 do segundo tempo!!!

Entramos e aí me lembrei de mais uma coisa: No Aeroporto de Sucre não tem Casa de Câmbio! Ferrou! Na correria em Santa Cruz eu ignorei a Casa de cambio do aeroporto e não tinha nenhum misero centavo em Bolivianos.

 

Então, fica a dica, troquem algum dinheiro para pagar o taxi até Sucre.

Ao descer me indicaram uma senhora, dona de uma loja no aeroporto, mas ela só aceitava a trocar 100 dólares e com a cotação a 6,50, um roubo.

Eis que aí, surgiram dois brasileiros que fizeram toda a diferença:

Lorena e Thiago, que também iriam para Uyuni. (Em breve postarei foto deles)

 

Conversamos rapidamente e eles nos emprestaram dinheiro para pagar o taxi.

Começou aí uma amizade que proporcionou grandes momentos na viagem.

Eu, minha esposa e eles encontramos uma van coletiva que deixava no centro de Sucre e cobrava 8 bols por pessoa. E lá fomos nós juntos com os nativos.

Em Sucre a altitude é de 2.810m, então decidimos tomar um Diamox para reduzir os efeitos da e posso afirmar que nos ajudou bastante.

Chegamos ao centro e o taxista nos indicou uma Casa de Cambio.

Fomos na Money Exchange. Fica numa pequena galeria, entre a Aniceto Arce e esquina com San Alberto. Lá o dólar estava a 6,92 bols. Fizemos uma pesquisa rápida e era o local com a melhor cotação.

 

E aqui vai outra dica valiosa, o cara que nos atendeu nos deixou carregar celular, usar Wi-Fi e ainda ligou para a 6 de Octubre para ver se tinha passagem.

Acabei comprando o voucher com ele por 85 bols semi leito e depois só troquei na rodoviária.

 

O cara foi muito gente boa, infelizmente não me recordo do nome dele.

Fica a dica então, é bem no centro, próximo ao Hostal Libertard e a Oasis Tour, na Aniceto Arce, 95.

Peguei este print Google street view, mas não tá lá essas coisas, mas vocês podem ver no lado esquerdo a placa de onde tem esta casa de câmbio.

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Depois fomos comprar água e biscoito para viagem além de procurar um lugar para comer.

Na mesma rua, vimos um local chamado Riko’s.

Dividimos um frango assado e uma fanta, deu 56 bols para 4 pessoas e ainda pegamos uma guarnição à parte que custava 5 bols.

 

Depois andamos um pouco e fomos ver como ir para a rodoviária. Nos deram a dica de pegar um pequeno ônibus local a 1,50 bols, mas eram pequenos e todos estavam muito cheios pois era horário de pico. Sente o drama aí.

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Então fechamos um táxi a 3 bols por pessoa.

 

Na rodoviária peguei a minha passagem e esperamos o horário da saída.

Minha esposa foi ao temido banheiro e disse que não estava tão ruim quanto descrito nos relatos. Não sei se foi sorte do dia.

Por volta das 20:15 o ônibus chegou e embarcamos. Uma coisa que achei curiosa é que eu não percebi diferença alguma nos assentos, entre poltronas Cama e Leito.

O assento não me incomodou, mas não consegui dormir muito. Às vezes olhava para fora da janela e já admirava as estrelas, pois o céu já se mostrava muito bonito.

Foi muito corrido, mas deu tudo certo.

 

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GASTOS DO DIA:

08 Bols (cada passageiro) – Van Coletiva Aeroporto Sucre x Região Central de Sucre

03 Bols – 01 Garrafa de Água (01 litro)

14 Bols – Frango Frito + Fanta (56 bols divididos por 4)

05 Bols – 01 Guarnição à escolha

85 Bols – Passagem Sucre x Uyuni

2,5 Bols – Taxa de Embarque

1,0 Bol – Banheiro

TOTAL: 121,50 Bols - (US$ 17,56)

 

 

Próximo Capítulo: O primeiro dia de Tour – O fantástico Salar de Uyuni

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Capítulo 2: O primeiro dia de Tour – O fantástico Salar de Uyuni

03/08/2016

 

Como relatei anteriormente, não consegui dormir muito, talvez por ansiedade. A viagem foi tranquila, não me recordo de nada que desabonasse. O ônibus não tinha banheiro. Algumas pessoas que fizeram esta viagem relatam que o motorista para no meio da estrada para os passageiros fazerem suas necessidades, mas sinceramente não me recordo de ter paradas.

Viajar à noite é sempre recomendado em viagens do tipo “Mochilão”, pois você economiza com hospedagem e ganha tempo nos deslocamentos.

 

O ônibus chegou a Uyuni mais cedo que o previsto, por volta de 3:30. Ele para no meio do nada, numa rua deserta sem qualquer sinalização. Eu estava com roupas de frio e luva mas ao descer senti um frio descomunal.

Sério, foi surreal o choque. Dentro do ônibus você não tem a real noção da temperatura e para quem havia saído de mais de 20 graus em São Paulo já encarar temperatura negativa foi tenso.

Eu estava com luva e mesmo assim sentia meus dedos roxos e doloridos. Queria sair dali o mais rápido possível.

Já havia lido a história aqui no Mochileiros de uma senhora salvadora e surgiu uma mulher com as mesmas características nos chamando para o estabelecimento dela. Eu sentia tanto frio que se o capeta me convidasse para o inferno eu aceitaria na hora.

 

Fomos seguindo-a e ela nos levou para um lugar pequeno e estranho. Daí me dei conta que era a pessoa errada. Ela era de uma agência que não me recordo o nome e queria nos vender o tour.

Tentei enrolar para ficar mais um tempo lá dentro para nos aquecer, mas ela percebeu que não iríamos fechar o passeio e nos colocou pra fora dizendo que estava perdendo tempo e que não havia mais nada para conversar.

Outra mulher nos abordou na rua e nos levou para a agência dela. Ela informou que o Café Nonis (que era o local que procurávamos) estava fechado e disse para ficarmos na agência até o local abrir, que iria explicar como é um Tour pelo Salar e que não teríamos compromisso de fechar com ela.

Aceitamos e ficamos lá até umas 04:30. A mulher foi muito simpática, mas o pensamento era fechar com a Esmeralda Tours, que é bem recomendada aqui no fórum.

 

Chegamos ao Café Nonis e a famosa senhora não estava lá. Parece-me que estava doente no dia. Tomamos um café da manhã ((pão, manteiga, geleia, café e chá de coca) por 15 bols. Havia outras opções para comer, um pouco mais caras, mas preferi não arriscar muito.

Deixamos os celulares carregando e aproveitamos para usar o Wi-Fi e dar um sinal de vida para a família. Chequei a temperatura porque fazia muito frio e estava desse jeito aqui:

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Perguntamos sobre banho quente, já que não havíamos tomado na noite anterior e o homem que nos atendeu disse que não seria possível porque a água estava congelada.

Eu comecei a sentir um pouco de enjoo, provavelmente já efeito da altitude, mas não chegou a incomodar muito.

Ficamos até 07:30, horário que as agências começam a abrir. Nos dividimos para checar os valores e na Esmeraldas Tour estava 750 bols o Tour de 3 dias. Aí, o Thiago foi até a Andes Salt Expeditions, que nos ofereceu 650 bols o passeio por 3 dias, incluindo o transfer para o Atacama.

Desconfiei do preço e fui checar a reputação na internet e encontrei muitos comentários favoráveis.

Como o preço estava bem abaixo e nos asseguraram que ao fim do dia veríamos o pôr do sol no Salar, resolvemos fechar.

 

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E olha...nós recomendamos demais a agência. O nosso guia se chamava Fred e ele foi muito tranquilo, atencioso e gente boa conosco durante os 3 dias. E era muito experiente, nos explicou com muita riqueza cada detalhe de todo o percurso. E independente de qual agência você vá contratar, verifique se eles param para ver o pôr do sol porque vale muito a pena, é lindíssimo, uma experiência indescritível.

 

A atendente ofereceu sacos de dormir para alugar, se não me engano 15 bols. Eu e minha esposa já tínhamos, mas o Thiago e a Lorena pegaram.

Após fecharmos o passeio e ouvirmos as instruções fomos comprar água e comida para os 3 dias.

Havia uma feira local e comprei luvas e gorros mais reforçados. Após pechinchar bastante ele me vendeu duas luvas e dois gorros por 50 bols. Compramos um pacote de 6 águas de 2 litros por 33 bols, biscoitos e petiscos por 30 bols e um pacote de folha de coca por 5 bols, que serviu e sobrou para todos nós durante os 3 dias.

As despesas com alimentação nós dividimos entre os 4 brasileiros.

 

E ali por perto, o Thiago deu uma boa dica: Comprar um saco de linhagem, tipo os de batata que se vê em feiras para proteger mochila. Eu já estava com a capa protetora e comprei este saco de linhagem por 4 bols. Não é bonito, mas ajuda a conservar ainda mais as mochilas.

 

Voltando a agência nos deram a opção de escolher os outros dois companheiros de viagem entre um casal de chineses ou duas amigas, uma era suíça e a outra alemã. Anja(pronuncia-se Ania) e Laura eram os nomes delas. Optamos pelas europeias pela provável facilidade de comunicação porque passar dias com pessoas que você não consegue e não conseguir interagir é complicado.

Tivemos bons momentos durante a viagem e elas falavam espanhol porque viviam no Equador. Porém, elas mantinham um certo distanciamento de nós brasileiros, vou contando mais durante o relato.

Eis a foto do grupo formado e pela primeira vez dando as caras aqui os nossos amigos, Lorena e Thiago.

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Antes de continuar, vou destacar algumas dicas antes de começar o Tour do Salar:

Deixe reservado 150 bols para a Reserva Nacional da fauna Andina, pois é obrigatório pagar.

Tem mais 30 bols para o ingresso da Isla del Pescado, mas este é opcional.

 

Leve água dentro do quarto e deixe um pouco de biscoito, frutas nas mochilas dentro do carro para comer durante o tour. Embora o café da manhã, almoço e jantar estejam inclusos no Tour, você precisa se alimentar durante os deslocamentos.

Leve óculos de sol, protetor solar e protetor labial com você, pois será necessário constantemente.

Enfim, tire tudo o que você vai precisar durante o dia e deixe na mochila de ataque, pois os mochilões vão na parte de cima do carro e somente são retiradas no fim do dia quando você chega no hotel.

 

Tudo pronto para começar o passeio. Na hora de decidirmos os lugares a ficar houve um pequeno inconveniente que as europeias chegaram e já disseram: “Eu vou aqui e ela ali”, sem dar margem para discussão, revezamento ou qualquer coisa. Decidimos não discutir nem se estressar logo de começo da viagem.

Antes de ir para a primeira atração o motorista Fred passou na casa dele para pegar algumas coisas e conhecemos o filho dele, que se chamava NEYMAR! Sim, é isso mesmo produção. O garoto devia ter uns 3 anos e era uma figura. Aí ocorreu uma cena que nos marcou durante quase toda a viagem. Após umas brincadeiras e a criança subir no carro, o Fred o desceu cuidadosamente falando que tinha que ir trabalhar e que não poderia leva-lo. O menino começou a chorar de soluçar. Deu muita dó, mas o Fred seguiu viagem. No dia seguinte com mais intimidade conversamos com ele que confessou que fica muito pouco tempo em casa. Sempre que ele termina um Tour ele retorna em Uyuni para iniciar outro no dia seguinte. Disse que normalmente não passa natal ou ano novo em casa, somente em períodos de baixa temporada e que por isso fica pouco com a família. É triste, mas infelizmente é a realidade daquele povo que vive muito em função do turismo.

 

Bem... seguimos relato. A primeira parada é o cemitério de trens. Fica muito próximo da agência. Chegamos lá e o Fred disse que teríamos 20 minutos para conhecer e tirar fotos. Achei muito pouco o tempo, seria melhor reduzir o período de outro lugar. Mas enfim, bora aproveitar o tempo. O local é lotado de turista, então é difícil conseguir aqueeeeela foto fodona exclusiva, mas a gente tentou aproveitar ao máximo.

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20 minutos cravados e já partimos em direção a Colchani. Lá tem uma feira de artesanato e um museu de sal. Novamente lotado de turistas, mas como disse é o ganha-pão daquele povo.

Mal aproveitei ali e fomos para a próxima parada, bem no início do Salar ver aqueles montinhos de sal. Paramos, admiramos de perto pela primeira vez aquele “oceano branco”, tiramos foto e já seguimos adiante.

 

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Chegamos ao local onde as agências param para almoçar. É ali também que fica o monumento do Dakar Bolívia e bandeiras de diversos países. Tinha a bandeira do meu glorioso GALO e, claro, não poderia deixar de tirar uma foto.

Fomos almoçar e o cardápio era bem simples e sem gosto: uma carne dura que acho que era de lhama, quinoa e saladas. Tudo frio. Exceto a Coca Cola, que estava quente.

Depois minha esposa arriscou ir ao banheiro e disse que estava em condições horríveis. Quase vomitou de nojo e voltou pra trás sem conseguir usar.

 

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Então seguimos viagem para o meio do Salar, fazer fotos de perspectivas. Não pegamos o Salar Alagado, mas é impressionante a beleza do lugar. Não sou muito fã dessas fotos, mas vai uma aqui:

 

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Seguimos viagem rumo à Incahuasi (Isla del Pescado). A entrada é opcional. Eu e minha esposa fomos, enquanto o Thiago e a Lorena ficaram lá em baixo.

Eu gostei de ver aqueles cactos gigantescos e subir até o topo e contemplar melhor a imensidão do Salar. O lugar é incrível e a visão muito linda, aquela imensidão branca quase que sem fim.

 

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Após descermos seguimos para ver o tão aguardado por do sol. No local, poucas agências estavam com carros lá. Se não me engano era o nosso e mais uns 4 somente. E posso afirmar que a parada é essencial: O por do sol é lindíssimo, o céu fica todo colorido numa visão deslumbrante, uma das mais bonitas que vi em toda a viagem.

Sério, vale muito a pena e fotos não conseguem representar nem 10% do que a gente vê lá e olha que elas não ficaram muito boas. ::putz::

 

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Com o anoitecer rumamos para o hotel de sal. Tivemos um pequeno problema porque nos foi prometido um quarto de casal, mas ao chegar lá já estavam ocupados e eu e minha esposa que ficamos em um quarto com 3 camas de solteiro. No fim, foi até melhor porque jogamos as mochilas em cima das outras camas e o quarto era mais espaçoso do que o outro.

O hotel era melhor do que eu esperava e já estavam servindo uma sopa. Eu e minha esposa preferimos tomar banho primeiro e era cobrado 10 bols por pessoa. Não era o melhor chuveiro, mas a agua estava quente e agradável.

Foi a melhor decisão que tomamos, pois o Thiago foi tomar depois e água estava fria.

E recomendo pagar por ele aqui, pois no dia seguinte não terá banho.

Jantamos uma sopa até agradável e ficamos jogando Uno.

E aqui vai a ultima dica do dia: Cuidado com a mulher que cobra o banho no hotel de sal. Ela tentou nos passar a perna 3 vezes. Primeiro com a Lorena, que pagou pelo banho, foi lá e estava frio. Ela voltou para reclamar e a mulher queria cobrá-la novamente.

Depois pensamos em comprar uma cerveja. Demos o dinheiro e ela disse que não tinha troco e que devolveria no dia seguinte. Ficamos desconfiados e pedimos o dinheiro de volta. Ela devolveu notas diferentes das que entregamos. Após discutirmos ela devolveu as notas corretas.

E no dia seguinte, não vimos nem cheiro dessa mulher pela manhã. Tomaríamos um baita de um calote, isso sim.

Enfim, fomos dormir porque acordaríamos cedo no dia seguinte. Já estava bem frio, mas nada fora do normal. Por enquanto...

 

GASTOS DO DIA:

15 Bols – Café da manhã

650 Bols – Tour de 3 dias + Transfer

8,25 Bols – 6 garrafas Água de 2 litros divididas por 4= 33bols

7,50 Bols – Biscoitos divididos por 4= 7,50 bols

05 Bols – 01 pacote de folha de coca para 4 pessoas (não dividi o valor)

25 Bols – Um par de luvas grossas e um gorro

4 Bols – Saco de linhagem para proteger a Mochila

5 Bols – Banheiro na parada de almoço

30 Bols – Incahuasi (Isla del Pescado).

10 Bols – Banho quente

 

TOTAL: 759,75 Bols - (US$ 109,79)

 

 

Próximo Capítulo: As Lagunas Altiplanicas

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