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Outra vez Bolívia : Samaipata, Vallegrande, Cochabamba, Sucre, Tarabuco


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  • Colaboradores

Olá,

 

Queremos agradecer ao Mochileiros.com e à Maria Emília por este relato, que foi muito proveitoso e importante quando fizemos esse roteiro, há menos de um mês. Para auxiliar futuros viajantes, também postaremos aqui como foi nossa experiência por essas cidades, tentando de alguma forma deixar este fórum cada vez mais completo.

 

Mais uma vez obrigado, Maria Emília. E esperamos que você e outros viajantes curtam ler nossa aventura ;)

 

Abraços

 

Santa Cruz de La Sierra

 

Em Santa Cruz, nos hospedamos no Hospedaje Santa Bárbara (Calle Santa Bárbara, entre calles Junin e Arenales). É um local bastante simples e ideal para mochileiros que buscam economia (não custa lembrar que Sta. Cruz é uma cidade relativamente cara para padrões bolivianos). Ficamos num quarto duplo, por 50 bol. (25 por pessoa), não há cozinha, café-da-manhã e nem internet, mas os quartos são limpos e a localização é relativamente boa.

 

Um bom lugar para lanches é um café cujo nome esquecemos, mas que fica na esquina com as calles Sucre e 24 de Setiembre, em frente ao café 24 (este também bastante bom, com ambiente mais rústico), na praça principal da cidade. O ambiente é agradável e o atendimento é bom. Há uma boa variedade de sucos por apenas 6 bol.o copo grande. Também serve lanches (provamos o famoso "sonso" e adoramos) e tem ótimo sinal wi-fi.

 

Há um supermercado Hiper Maxi a apenas três quadras do Sta. Bábara, e próximo dali ficam as famosas “7 calles”, um agrupamento de ruas que faz as vezes de mercado popular (vende desde produtos de higiene até roupas, passando por alimentos e souvenirs). Na rua Sta Bárbara e arredores, também há vários restaurantes com preços populares (menu del dia a cerca de 12 bolivianos)

 

No dia que decidimos ir a Samaipata tomamos um táxi no lugar aqui indicada por Maria Emília. Foram conosco mais um casal de mexicanos no carro. A viagem durou cerca de duas horas e meia e custou 70 bol. por pessoa.

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  • Colaboradores

Samaipata

 

Pedimos ao motorista para nos deixar na Plaza de Armas, que é o centro da cidade. Ficamos hospedados no Residencial Rosário, a menos de uma quadra da praça, ao lado de onde se hospedou Maria Emilia. Mesmo sendo um pouco mais caro, 80 bol. pelo quarto de casal, optamos por este por haver cozinha, televisão, banheiro privativo e uma ampla sala. Na verdade, este quarto é uma espécie de quitinete. O hotel como um todo é simples, estavam até fazendo algumas reformas, mas o quarto que ficamos (que tem vista para a praça) é legal.

 

Fizemos duas refeições no café La Chakana. O local é aconchegante e tem pratos com preços bons (comemos a macarronada, 20 bol. o prato, simples, sem carne, mas bem gostosa, como era farta, dividimos)

 

A cidade é bastante bonita, e fizemos dois passeios: o zôo El Refugio e o El Fuerte. É fácil encontrar táxis para estes e outros lugares. Os preços são tabelados e são estes aqui já citados pela criadora deste tópico.

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  • Colaboradores

Vallegrande

 

Independente da história de Che Guevara, Vallegrande por si só vale uma visita. É um lindo pueblito entre montanhas, com estrutura para receber turistas e gente muito simpática.

 

Chegamos à noite e tomamos um táxi até o hotel Teresita, indicado por Maria Emília. Ao chegar, disse ao motorista para aguardar enquanto iria ver se havia vaga para nós. O motorista logo respondeu: “não precisa, sempre tem vagas”. E tinha mesmo.

 

O hotel é realmente bem acolhedor. Há um bom tanque de pedra e longos varais. Aproveitamos para lavar todas nossas roupas.

 

Nessa cidade, fomos várias vezes ao Mercado Municipal. O nao era muito grande, mas bem servido de tendas para tomar café da manha ou fazer lanches, e cholas vendendo de tudo um pouco.

 

O único contratempo foi o ônibus para ir embora. Queríamos ir a Sucre, e como já havíamos lido aqui que era preciso reservar lugar no ônibus, fomos até a rodoviária um dia antes especialmente para isso. Mas ninguém era capaz de dizer como reservar. Pior ainda: todos os vendedores do terminal diziam que simplesmente não havia como reservar. “E se chegarmos em Mataral e todos os ônibus que passarem por ali rumo a Sucre estiverem lotados?” nós perguntávamos. Todos diziam apenas: “olha, aí é uma questão de sorte, mas vários ônibus passam, em algum vocês conseguem subir”.

 

Topamos a empreitada mesmo assim. Pegamos o ônibus que ia para Cochabamba na rodoviária de Sucre e, depois de duas sofridas horas de pé (sim, se vai a Mataral nao tem como comprar passagem com lugar marcado), descemos às 20hl, em frente a uma praça, ao lado do pedágio. Era preciso esperar até às 21h em frente ao pedágio, segundo informaçoes dos locais, na beira da estrada, quando os primeiros ônibus saídos de Sta Cruz rumo a Sucre começavam a passar.

 

Todos vinham lotados e queriam cobrar abusivos 100 bol. por passageiro para que fôssemos em pé ou sentados na parte da frente, no meio dos cobradores e motoristas. Estavam claramente abusando da nossa condição de fragilidade, no frio e no meio do nada, pois sabíamos que a passagem não passa de 70 bol.

 

Os meninos que estavam mascando coca e cuidando do pedágio nos deram a dica: os ônibus passam até a meia-noite, e os últimos sempre aparecem com lugares para sentar. Descansamos um pouco na praça e voltamos para o pedágio por volta das 22h30m para tentar a sorte outra vez. Nada de ônibus com assentos disponíveis. Por fim, um caminhoneiro parou e perguntou se queríamos ir com ele, deu a entender que não nos cobraria nada e que chegaríamos em Sucre no máximo até ao meio-dia do dia seguinte. Sem muita esperança de conseguir melhor e ávidos de aventura, encaramos o convite.

 

Não vou entrar em maiores detalhes, mas ao invés das 12h, chagamos em Sucre às 18h (seis longas horas de atraso), o caminhoneiro não nos deixava dormir. conversava o tempo todo, mascava coca como um doido e tomava goles de uma bebida que embebedava só com o cheiro de meia em meia hora – segundo ele, era para se manter acordado. A estrada era péssima, só para caminhões, subia e descia montanhas, e ainda estava em reforma. Temíamos que o motorista insone desmaiasse a qualquer momento sobre o volante e alçássemos vôo em algum precipício. Ao chegar em Sucre, ele ainda nos cobrou 25 bol. de cada um pelo desserviço. Enfim, o importante é que chegamos vivos dessa aventura tipicamente boliviana e estamos aqui para contar a história.

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  • Colaboradores

Sucre

 

Chegamos em Sucre no final da tarde e, cansados, fomos direto ao Hostel Cruz de Popayan. O ambiente é agradável e bastante tranqüilo (o predio é patrimonio histórico), a cozinha espaçosa. Ficamos num quarto com duas camas, sem televisão e com banheiro coletivo (80 bol., café da manhã incluso). No entanto tivemos problemas com a internet, o que nos rendeu uma boa dor de cabeça e a saída do hostel.

 

O sinal de internet wi-fi nesse hostel é bastante ruim, funcionando apenas na sala onde está o roteador (recepção) e, se há outros computadores usufruindo do sinal, é bem possível que você não consiga nem abrir a página inicial do Google, pois o velocidade fica bem prejudicada. Por conta disso, um tcheco mimado e mal educado ficou furioso conosco, querendo que desligássemos nossos computadores para que ele pudesse falar com seu papai pelo skype, quando viu que isso nao iria acontecer, pegou suas coisas e saiu bravo. A recepcionista, vendo que havíamos ligado nossos laptop há menos de 5 minutos e que o gringo já estava lá há pelo menos duas horas, limitou-se a pedir que não nos importássemos, e que diria a ele para procurar outro hostel se estivesse descontente, mas duvido muito que ela tenha se dado esse trabalho.

 

Diante do péssimo amparo do staff relativo aos problemas de conexão, o descaso destes com as grosserias do tcheco e da nossa necessidade de internet para o trabalho, não restou alternativa a não ser buscar outro hostel. Encontramos o Wasi-Masi, que cobra 110 bol. por um quarto com cama matrimonial e banheiro privado (sem café da manhã). Como iríamos ficar mais de cinco dias, conseguimos baixar a diária para 100 bol.

 

O Wasi-Masi acabou se revelando um ótimo hostel. É bem localizado (a apenas uma quadra do Mercado Municipal e três quadras da plaza 25 de Mayo) Os quartos são bonitos, cleans, assim como os banheiros, há uma boa cozinha, embora pequena, e o sinal wi-fi é repetido por roteadores pra você não perder a conexão no quarto. É super bonito, muito tranqüilo e limpo. Além disso, tem uma cafeteria inclusa que oferece café da manhã e almoço (como somos pão-duros e estávamos nos recuperando de uma infecção intestinal, fizemos nossa própria comida, mas a deles parecia ótima). O atendimento também não deixa a desejar, o pessoal é bastante simpático e sempre disposto a ajudar. É claro que há hostels mais baratos, mas este é um dos melhores custo-benefício em que estivemos desde que saímos de Porto Alegre, em maio deste ano. Altamente recomendado.

 

A cidade é simples e agradável. É imperdível uma visita no museu de arte indígena, onde se pode conhecer muito da cultura milenar dos povos bolivianos. As peças de tapeçaria são belíssimas e de temáticas exuberantes e complexas. Acabamos indo também em um mirante, no terraço de uma igreja, bem em frente a famosa Igreja Felipe Nery. Por 10 bolivianos, conseguimos "mirar" boa parte de Sucre.

 

O passeio em Tarabuco no domingo também é uma ótima pedida. Tomamos as informações na recepção do hostel, pegamos um ônibus municipal e pedimos para o motorista nos avisar onde devíamos descer para pegar as vans para Tarabuco. Chegando lá, tomamos assento em um veículo e esperamos encher para sair. Metade dos passageiros eram turistas. A van era meio apertada e desconfortável, mas todos iam sentados e a viagem foi curta: em uma hora estávamos no nosso destino.

 

Maria Emília já descreveu muito bem a beleza de Tarabuco em dia feira, mas não custa reiterar: vale muito a pena conhecer. Uma dica para economizar é fugir dos restaurantes da praça principal para comer. Esses restaurantes destinados a turistas servem pratos por cerca de 30 bol. Já no Mercado Municipal, você pode almoçar uma comidinha honesta por 10 bol. Outra dica é caminhar um pouquinho mais, até a “feira dos camponeses”, que acontece também aos domingos. Esta praticamente não tem turistas, é uma boa oportunidade de estar mais imerso na cultura local. Como a feira acontece no pé de um morro, basta você subir mais um pouco para ter uma bela vista da cidade. Tanto a feira como o Mercado Municipal não ficam longe da praça principal, basta perguntar para qualquer cidadão de Tarabuco e saberão lhe indicar.

 

Voltamos num ônibus, pelo mesmo preço da van de ida. Foi uma viagem um pouco mais confortável e deu para apreciar melhor a paisagem. Descemos na última parada, a cerca de umas dez quadras do Mercado Muncipal de Sucre.

 

De Sucre seguimos para Cochabamba pela empresa Real Audiencia, em ônibus simples, por cerca de 45 bol.por pessoa. A saída foi às 19hs e chegamos às 5hs da manha. Viagem tranquila apesar do ônibus bem apertado.

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  • Membros de Honra
Ei amiga, interessante esta sua viajem.

No meu roteiro gostaria de passar por Sucre, Tarabuco e Vallegrande.

Mas tenho uma dúvida: Tem como viajar de Tarabuco para Vallegrande e depois Sta Cruz? Ou é necessário voltar a Sucre?

um abraço

alex

 

Oi,

 

De Tarabuco para Vallegrande não, tem que voltar para Sucre e daí para Vallegrande e depois para Santa Cruz.

 

Maria Emilia

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  • Colaboradores

Gracias, Maria Emília

 

E assim seguimos pela América, entre alguns sufocos e muito descobertas.

 

Buenas, para finalizar essa parte, gostaríamos de falar sobre nossa passagem por Cochabamba:

 

Chegamos na cidade em 07/10/10 e baseados em informações que coletamos na internet, fomos do terminal rodoviário, caminhando cerca de 2 quadras, até o Hostel Versalles (Calle Ayacucho, S-714), principalmente porque dizia ter convênio com o Hostel International (HI), o que poderia trazer descontos e vantagens. Já na chegada nos decepcionamos, pois apesar de seu preço (90 bol. o quarto matrimonial sem banheiro privado, 81 bol. com o desconto para sócios do HI) ainda assim caro para os padrões bolivianos, pois o café da manhã não estava incluso (custava de 12 a 18 bol.), além de não ter cozinha disponível e tampouco internet. Acabamos ficando porque, depois de uma noite mal dormida no ônibus vindo de Sucre, só pensávamos em descansar um pouco para então poder conhecer a cidade.

 

Depois de algumas horas ali, o local se mostrou pior do que parecia: funcionários barulhentos (fato que despertou a insatisfação de outros hóspedes), banheiros e quartos mal conservados (abajures estragados, colchão velho, parede ser pintura e por aí vai), além do fato de que sequer disponibilizavam toalhas.

 

Depois de algumas horas de descanso, fomos caminhar para ver se encontrávamos outro local para ficar, uma vez que planejávamos permanecer mais 2 ou 3 dias em Cochabamba. Não foi preciso ir muito longe, demos uma volta na quadra e encontramos outras hospedagens, mais simples, sim, porém pela metade do preço. No dia seguinte mudamos para o Alojamiento Junin (entre las calles Aroma e Ladislao Cabrera), um local modesto mas limpo, administrado por uma senhora e seus filhos, tranqüilo, por apenas 40 bol. o quarto para duas pessoas (a ducha é paga a parte, 5 bolivianos cada banho), com banheiro coletivo.

Concluímos que caso o viajante esteja no clima de economia total, é uma ótima alternativa. Já se o dinheiro não é problema, então há outras ofertas de hotéis mais sofisticados e próximos da praça central.

 

::otemo:: Outras dicas de Cochabamba:

 

- Na Calle Ladislao Cabrera há a tradicional Salteñaria “El Horno”, onde se serve salteñas (tipos de empanadas) nos sabores picantes, normais e brancas. O recheio, que é feito de carne, azeitona, ovo de codorna entre outros temperos, é bastante famoso. Quem preza por uma boa comida típica, essa é uma boa pedida. É importante prestar a atenção no horário de funcionamento, que vai da manhã até o início da tarde.

 

- No Shopping de Cochabamba, pelo que conseguimos perceber, há salas de cinema, exibindo alguns filmes comerciais norte-americanos, uma praça de alimentação com sorveteria, pizzaria, além de outras opções de fastfood.

 

- Para ir ao Cristo, não conseguimos encontrar a linha de ônibus correta que pudesse nos levar até lá. Fomos então de táxi, tomando na Calle San Martin, por um preço de 8 bol. para duas pessoas.

 

- Comemos no restaurante vegetariano Gopal e não aprovamos. A comida de forma geral, levando em consideração o preço (15 bol., incluindo sopa, salada, comida, suco e sobremesa) não é ruim, porém o atendimento deixa a desejar. Primeiro uma funcionária nos informou que sem comer sopa o preço era 13 bol, na hora de pagar o dono disse que não havia esse desconto, que com ou sem sopa, o preço seria o mesmo. Na hora de servir a comida (umas 5 ou 6 opções de pratos quentes, que são servidos pela funcionária), esta avisou apenas depois que serviu que não poderíamos comer bife de soja pois já havíamos sido servidos de lentilha, para comer os dois teríamos que pagar mais. A sobremesa, uma creme de chocolate, era intragável.

 

Encontramos internet wifi no Café Paris, em uma das esquinas que da para a praça principal. Local agradável, com diversas opções de café, alguns lanches, etc.

 

Qualquer dúvida, é só perguntar!

 

Abs!

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  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra

 

- Para ir ao Cristo, não conseguimos encontrar a linha de ônibus correta que pudesse nos levar até lá. Fomos então de táxi, tomando na Calle San Martin, por um preço de 8 bol. para duas pessoas.

 

Os ônibus urbanos com destino ao Teleférico passam em frente a La Cancha e ao Terminal de Buses, você terá que embarcar no lado contrário do terminal, que aí ele estará indo nessa direção.

 

Maria Emília

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  • Membros

Estou saindo na semana que vem de Cuiabá para Cochabamba.

Vou de carro próprio.

Minha principal dúvida é sobre qual estrada devemos pegar!

 

Tinha uma dúvida cruel na rota entre SANTA CRUZ DE LA SIERRA e COCHABAMBA, mas, segundo li ali em cima, a melhor estrada é a rota 7, que passa por Yapacani.

 

Mas, tenho outra dúvida de rotas, para mim, que sairei de Cáceres passando por San Matías, tem duas opções:

 

1ª) Uma é a Rota 10, que passa por San Ignácio, Santa Rosa de La Roca e já me deixa dentro da Rota 7, a poucas horas de Cochabamba.

 

2ª) A outra rota passa por San José de Chiquito, Pailon e Santa Cruz, e nesse caso, acredito eu, seria melhor pegar a Rota 4.

 

Ao meu ver, a 1ª opção parece mais rápida e segura.

 

Para quem já fez esse percurso, pode me dizer se estou correto?

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